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ABNT NBR 16849 - Resíduos sólidos urbanos para fins energéticos Requisitos

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ABNT/CB-177
PROJETO ABNT NBR 16849
DEZ 2019
Resíduos sólidos urbanos para fins energéticos — Requisitos
APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Resíduos Sólidos para Fins 
Energéticos (CE-177:003.002) do Comitê Brasileiro de Saneamento Básico (ABNT/CB-177), 
com número de Texto-Base 177:003.002-001,nas reuniões de:
24.04.2019 23.05.2019 26.06.2019
25.07.2019 27.08.2019 03.10.2019
30.10.2019 26.11.2019
a) não tem valor normativo.
2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta 
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.
3) Analista ABNT – Eduardo Lima e Flávio Junior.
4) Tomaram parte na sua elaboração, participando em no mínimo 30 % das reuniões realizadas 
sobre o Texto-Base e aptos a deliberarem na Reunião Especial de Análise da Consulta Nacional:
Participante Representante
ABCP Antonia Jadranka Suto 
ABCP Daniel Mattos
ABETRE Diógenes Del Bel 
ABICP Joice Francine L. Fusita 
ABIHPEC Vilma Lima
ABIPLAST Carla Castilho 
ABIPLAST Simone Carvalho 
ABRELPE Gabriel Bras
BRENNAND CIMENTOS Murilo C. B. Laurindo
© ABNT 2019
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada 
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem 
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet 
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-177
PROJETO ABNT NBR 16849
DEZ 2019
CONSÓRCIO DE RESÍDUOS CURITIBA João Carlos Fernandes
CORPUS Wilton Apolinário R. Cunha
ESSENCIS Keslei K. S. Biaggio
ESSENCIS Pedro Carvalho
ESSENCIS CAI Hilton William da Silva
ESSENCIS MG Silvio César Costa Júnior
ESTRE Fabio R. Verzlackos
FEAM - MG Tania Cristina de Souza
FIEP Mauricy Kawano
GRUPO RENOVA Cristhiano Baccin 
INEA Cristiane F. N. M. Madeira 
INEA Tatiana Faria Pereira 
INP Alessandra Carvalho
INP Paulo Dacolina
INTERCEMENT Cristiano Ferreira 
INTERCEMENT Francisco Chaves Jr.
LOGA Silvana Alvim
LOGA Urias Rodrigues
MONITORE Rejane Afonso
PETROBRAS Angelo Augusto M. T. Silva
PETROBRAS Fernando Jorge Santos de Oliveira
RECICLE Sulamita Lemos
RECITEC Marcelo Waisberg
REVALORE Marília Tissot A. S.
SABESP Alisson Gomes de Moraes
SIGNUS VITAE Luiz Carlos Busato 
SILCON AMBIENTAL Marcelo Lacerda 
VOTORATIM Gunther Hofstatter 
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-177
PROJETO ABNT NBR 16849
DEZ 2019
Resíduos sólidos urbanos para fins energéticos — Requisitos
Urban waste for energy recovery — Requirements
Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas 
Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos 
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são 
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto 
da normalização.
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos 
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT 
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários 
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não 
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência 
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos 
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar 
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 16849 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Saneamento Básico (ABNT/CB-177), 
pela Comissão de Estudo de Resíduos Sólidos para Fins Energéticos (CE-177:003.002). O Projeto 
circulou em Consulta Nacional conforme Edital n° XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.
O Escopo em inglês da ABNT NBR 16849 é o seguinte:
Scope
This Standard specifies the requirements for energy recovery from urban wastes with or without 
addition of other non-hazardous wastes. It covers the aspects of: eligibility of class II wastes – 
non-hazardous,data record and traceability; preparation of urban waste for energy recovery (UWER); sampling 
and lot formation; storage; UWER classification; and use of UWER at energy recovery plants (ERPs), 
as illustrated in the custody chain shown in Figure 1, in accordance with the waste management hierarchy.
This Standard is not applicable to the energy recovery processes that utilize urban waste in one or 
more of the following conditions:
 a) raw urban waste, without preparation;
 b) without energy recovery;
 c) with pre-preparation, but with no lot formation neither quality requirements established for its use 
as UWER.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-177
PROJETO ABNT NBR 16849
DEZ 2019
Introdução
Considerando a crescente preocupação da sociedade com relação às questões ambientais e 
ao desenvolvimento sustentável, tornou-se necessária a criação de uma norma sobre o aproveitamento 
energético de resíduos sólidos urbanos, que promova a sua utilização de forma segura e sustentável, 
aumentando a confiabilidade das práticas de recuperação energética.
Esta Norma visa facilitar a comunicação entre as partes interessadas envolvidas na cadeia de custó-
dia de seleção, preparação e uso para fins energéticos do resíduo sólido urbano, bem como facilitar 
a interação com questões ambientais.
O uso racional de resíduos na preparação e o emprego de tecnologias adequadas de queima são, 
portanto, essenciais para alcançar os objetivos desta Norma.
Da mesma forma, definições claras e abrangentes sobre os requisitos de aceitação de resíduos para 
o preparo de resíduos sólidos urbanos para fins energéticos (RSUE), bem como a definição das 
classes dos lotes desse tipo de resíduo, são de grande importância para a promoção de práticas 
seguras de recuperação energética.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO
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ABNT/CB-177
PROJETO ABNT NBR 16849
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Resíduos sólidos urbanos para fins energéticos — Requisitos
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos 
com ou sem incorporação de outros resíduos classe II – Não perigosos, abrangendo os aspectos 
de elegibilidade de resíduos, registros e rastreabilidade, amostragem e formação dos lotes, 
armazenamento, preparo de resíduos sólidos urbanos para fins energéticos (RSUE), classificação 
dos lotes gerados e uso do RSUE nas unidades de recuperação energética (URE), conforme a cadeia 
de custódia descrita na Figura 1, respeitando a hierarquia de gestão e gerenciamento de resíduos.
Esta Norma não é aplicável aos processos de recuperação energética que utilizam resíduos sólidos urbanos:
 a) bruto, sem qualquer tipo de preparo;
 b) sem recuperação energética;
 c) com preparação prévia, mas sem formação de lote e especificação mínima de qualidade para uso 
como RSUE.
Diretrizes de 
Processo
Aplicação das 
classes de RSUEAplicação dos 
critérios de 
elegibilidade
Escopo ABNT NBR 16849
Recuperação 
energética a 
partir do RSUE
Requisitos de 
aceitação acordados 
com a UP-RSUE
Ponto de recepção 
do resíduo Uso do RSUE
Preparação de RSUE
Resíduos 
sólidos 
urbanos e 
outros não 
perigosos
Expedição do 
RSUE
Requisitos de classe 
do RSUE e outros 
acordados com a URE
Requisitos de 
processo
Requisitosaplicáveis na URE
Figura 1 – Modelo simplificado da cadeia de custódia de seleção, preparo e recuperação 
energética a partir de resíduos sólidos urbanos para fins energéticos (RSUE)
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PROJETO ABNT NBR 16849
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2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais, 
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edi-
ções citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido docu-
mento (incluindo emendas).
ABNT NBR 10004, Resíduos sólidos – Classificação
ABNT NBR 10007, Amostragem de resíduos sólidos
ABNT NBR 11174, Armazenamento de resíduos classes II – não inertes e III – inertes – Procedimento
3 Termos e definições
Para os efeitos deste Documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1 
amostra representativa
parcela do resíduo a ser estudado, obtida por meio de um processo de amostragem, que, quando 
analisada, apresenta as mesmas características e propriedades da massa total do resíduo
3.2 
amostra independente
amostra do resíduo ou RSUE coletada de forma que os seus resultados não possuam relação ou sofram 
qualquer tipo de interferência nos resultados de outra amostra colhida do mesmo resíduo ou RSUE
3.3 
amostragem
processo de elaboração ou constituição de uma amostra representativa de um resíduo ou RSUE
3.4 
recuperação energética 
aproveitamento energético
processo de utilização da energia térmica gerada a partir da oxidação térmica de resíduos destinados 
aos processos de combustão, gaseificação e/ou pirólise, que fundamentalmente utiliza energia tér-
mica para fins industriais ou de geração de eletricidade, executado sob condições controladas e com 
o devido controle e monitoramento ambiental
3.5 
base seca
base de cálculo em que o resíduo está livre de umidade
3.6 
biomassa
material orgânico não fossilizado e biodegradável, proveniente de plantas, animais e microrganismos, 
incluindo produtos, subprodutos, resíduos e detritos provenientes do uso da madeira, da agricultura, 
da silvicultura e das indústrias relacionadas, bem como da fração biodegradável de resíduos indus-
triais e urbanos com potencial de aproveitamento por recuperação energética
3.7 
briquete
blocos ou cilindros de resíduos sólidos gerados pela aglomeração de material solto
NÃO TEM VALOR NORMATIVO2/30
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PROJETO ABNT NBR 16849
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3.8 
classes dos RSUE
grupo ou fração de um universo de RSUE, com características que os classificam como pertencentes 
à mesma categoria (classe), aplicada às três características de classificação dos RSUE
3.9 
critérios de elegibilidade dos resíduos
conjunto de requisitos aplicáveis na entrada de uma unidade de preparo de resíduos sólidos urbanos 
para fins energéticos (UP-RSUE) aos resíduos classe II – Não perigosos que podem ser adicionados 
no preparo de RSUE
3.10 
curva de distribuição do tamanho de partículas 
representação em escala gráfica dos diversos tamanhos de partículas de uma amostra de RSUE, 
indicados com relação ao percentual retido em cada faixa de tamanho em particular
3.11 
densidade aparente
massa de uma amostra ou porção de resíduo, dividida pelo volume do recipiente que é preenchido 
pela amostra em condições específicas de ensaio
3.12 
destinador de resíduos
pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que exerce atividades de destinação ambien-
talmente adequada de resíduos sólidos
3.13 
emissão atmosférica 
lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou gasosa
3.14 
equipamento de controle da poluição do ar
dispositivo cujo uso no processo de recuperação energética ou em uma etapa de preparação de 
RSUE reduz as emissões atmosféricas de um ou mais poluentes
3.15 
especificação dos RSUE
definição prévia das características obrigatórias e complementares de um RSUE, acordadas entre 
as partes para o envio do RSUE a uma unidade de recuperação de energia energética (URE)
3.16 
especificação dos resíduos sólidos
definição prévia das características obrigatórias e complementares de um resíduo, acordadas entre 
as partes para o envio do resíduo a uma UP-RSUE onde se prepara o RSUE
3.17 
fontes fixas de emissão
qualquer instalação, equipamento ou processo, situado em local fixo, que libere ou emita matéria para 
a atmosfera, por emissão pontual ou fugitiva
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PROJETO ABNT NBR 16849
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3.18 
hierarquia de gestão e gerenciamento de resíduos
ordem de prioridade na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos: não geração, redução, reutilização, 
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos
NOTA Ver referência bibliográfica [1].
3.19 
homogeneização
processo de combinar componentes, partículas ou camadas a um estado mais homogêneo, a fim de 
assegurar a igualdade de distribuição das substâncias e propriedades da amostra, lote ou sublote
3.20 
laudo de caracterização de resíduo
documento de registro das características do resíduo destinado ao uso como RSUE, fornecido à UP-RSUE 
e elaborado por responsável técnico habilitado
3.21 
laudo de caracterização e classificação de RSUE
documento de registro das características do RSUE, fornecido à URE e elaborado por responsável 
técnico habilitado
3.22 
limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos
quantidade máxima de poluentes permitida a ser lançada para a atmosfera por fontes fixas, estabelecida 
por legislação pertinente, usualmente expressa em massa por volume (m/V)
3.23 
lista brasileira de resíduos sólidos
relação de resíduos estruturada em capítulos, subcapítulos e códigos, elaborada com base na 
legislação pertinente, utilizada como ferramenta para disciplinar as declarações sobre a geração de 
resíduos sólidos, estabelecendo uma classificação geral dos resíduos com base nos seus processos 
de origem
NOTA Ver referência bibliográfica [2].
3.24 
lote
quantidade de RSUE para a qual as suas características são determinadas para a sua classificação
3.25 
origem do resíduo 
identificação dos resíduos de acordo com o seu processo de geração, utilizando-se a Lista Brasileira 
de Resíduos Sólidos [2]
3.26 
pellet 
pedaço ou porção de resíduo sólido recuperado, gerado pela aglomeração do material solto em um 
molde, disco ou tambor
NOTA Os pellets geralmente possuem dimensões milimétricas ou centimétricas.
NÃO TEM VALOR NORMATIVO4/30
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PROJETO ABNT NBR 16849
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3.27 
plano de amostragem
procedimento predeterminado e devidamente registrado de definição das metodologias de coleta, 
conservação, transporte e preparação das porções a serem retiradas de uma população, formando 
uma ou mais amostras de caracterização do resíduo ou RSUE
3.28 
poder calorífico inferior 
PCI
quantidade de energia calculada subtraindo o calor de vaporização do vapor de água da quantidade 
de energia liberada na combustão completa, expressa por unidade de massa ou volume (m/V)
3.29 
poluente
substância que, lançada na atmosfera, solo ou água, pode alterar direta ou indiretamente a qualidade 
ambiental daquele meio, com potencial de resultar em poluição
3.30 
resíduos do processamento
qualquer material líquido ou sólido gerado pelos processos nas etapas da cadeia de custódia de pre-
paração e uso do RSUE
EXEMPLO Escórias e cinzas depositadas, cinzas volantes e material particulado da caldeira; produtos 
sólidos gerados em reação de tratamento de gases; lodos do tratamento de efluentes líquidos; catalisadores 
e carvão ativado usados.
3.31 
redução do tamanho das partículas
operação unitária de cominuição mecânica das partículas por moagem, trituração, esmagamento, 
corte ou outro processo, resultando nadiminuição do tamanho das partículas do RSUE
3.32 
resíduos agrossilvipastoris
resíduos gerados pelas atividades agropecuárias e silviculturais, incluindo os relacionados aos insu-
mos utilizados nessas atividades
3.33 
resíduos industriais
resíduos gerados pelos processos produtivos e instalações industriais
3.34 
resíduos classe II – Não perigosos
aqueles classificados como Classes IIA e IIB na ABNT NBR 10004
3.35 
resíduos classe I – Perigosos
aqueles classificados como Classe I na ABNT NBR 10004
3.36 
resíduos sólidos
todo material, substância, objeto ou bem descartado, resultante de atividades humanas em socie- 
dade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos esta-
dos sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades
NÃO TEM VALOR NORMATIVO 5/30
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tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou que exijam 
para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível
3.37 
resíduos sólidos urbanos 
RSU
resíduos originários de atividades domésticas em residências urbanas, como varrição, limpeza de 
logradouros e de vias públicas, e outros serviços de limpeza urbana, de estabelecimentos comerciais 
e de prestadores de serviços
3.38 
resíduo sólido urbano para fins energéticos 
RSUE
resíduos sólidos urbanos, com ou sem incorporação de outros resíduos sólidos, resíduos agrossil-
vipastoris ou resíduos classe II – Não perigosos elegíveis, utilizados em processos de recuperação 
energética de maneira controlada
3.39 
secagem
processo de remoção de água a partir de uma amostra ou de um processo de preparação de resíduos
3.40 
separação
operação unitária de divisão de componentes, partículas ou camadas, quando se busca obter a segre-
gação de diferentes frações ou fases dos resíduos a serem utilizados na preparação do RSUE
3.41 
tamanho de partículas
dimensões, normalmente expressas como um percentual, de referência das partículas de RSUE 
determinadas a partir de um método de referência, limitadas a determinado diâmetro, ou como uma 
curva de distribuição de tamanho
3.42 
tamanho do lote
definição integrante dos mecanismos de controle da produção da UP-RSUE, que estabelece os crité-
rios de fechamento dos lotes de resíduos ou RSUE
3.43 
teor de cinzas
fração calculada em massa de resíduos inorgânicos remanescentes, após a combustão completa de 
um RSUE sob condições específicas, expressa como um percentual em relação à massa seca do 
RSUE utilizada no ensaio laboratorial
3.44 
teor de umidade
quantidade de água presente em um resíduo ou RSUE, obtida a partir de um ensaio específico
3.45 
triagem
atividade, manual ou não, realizada para dividir ou manter separados os resíduos sólidos ou de resí-
duos sólidos urbanos em componentes designados
NÃO TEM VALOR NORMATIVO6/30
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3.46 
trituração
operação unitária de tratamento mecânico cuja finalidade é reduzir o tamanho das partículas do resí-
duo, com a utilização de equipamentos apropriados que efetuem o corte, rasgo ou cominuição do resíduo
3.47 
unidade de preparo de resíduos sólidos urbanos para fins energéticos 
UP-RSUE
planta onde se realiza o preparo do RSUE a partir do resíduo sólido urbano ou de uma mistura de resí-
duos, incluindo as plantas de preparo situadas dentro da URE
3.48 
unidade de recuperação energética 
usina de recuperação energética 
URE
unidade dedicada à recuperação energética, com aproveitamento da energia térmica gerada pela com- 
bustão de resíduos
NOTA 1 Esta definição inclui o tratamento por oxidação térmica e outros processos, como a pirólise, gasei-
ficação ou processos de plasma, desde que demonstrem equivalência ao tratamento por oxidação.
NOTA 2 Esta definição também abrange toda a área do empreendimento, considerando as áreas de ativi-
dades ao ar livre, as áreas construídas e toda a instalação de tratamento, incluindo todos os fornos; áreas 
de recepção; armazenamento; linhas de triagem; sistemas de abastecimento de resíduos, combustível e ar; 
caldeiras; equipamentos de geração de energia e unidades associadas; equipamentos de controle de polui-
ção do ar; sistema de tratamento de águas residuárias; chaminés; dispositivos e sistemas de controle das 
operações dos fornos e de registro; e monitoramento das condições de operação.
4 Macroprocesso
4.1 A Figura 2 apresenta o macroprocesso de seleção, preparo e uso de resíduos sólidos urbanos, 
com ou sem incorporação de outros resíduos não perigosos ao longo de sua cadeia de custódia, a par- 
tir da UP-RSUE até a URE.
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PROJETO ABNT NBR 16849
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Início
Resíduos disponíveis
(resíduos sólidos urbanos e outros 
resíduos classe II – Não perigosos)
Seleção dos resíduos 
(especificação da UP-RSUE)
Preparação dos lotes de 
RSUE para envio às URE
Operações unitárias de 
preparo do RSUE 
(redução de tamanho, secagem, 
separação, mistura etc.)
Recebimento na unidade 
de preparo
Amostragem
Classificação
(conforme classes de especificação)
Laudo de caracterização 
do resíduo A
Laudo de caracterização 
do resíduo B
Laudo de caracterização 
do resíduo C
Expedição para a URE
Fim
Laudo de Caracterização e 
Classificação do lote de RSUE A
Laudo de Caracterização e 
Classificação do lote de RSUE B
Laudo de Caracterização e 
Classificação do lote de RSUE C
Resíduo 
elegível?
Sim
Não Outra 
destinação
Requisitos de 
elegibilidade e da 
UP- RSUE
Requisitos de 
aceitação da URE
Classes de RSUE 
previstas nesta Norma
Quantidade e 
especificações dos 
lotes
Planejamento da produção
(especificação da URE)
Outros resíduos
(não aproveitáveis na URE)
Armazenamento do 
resíduo
Armazenamento do RSUE
Armazenamento 
temporário
Recuperação energética na 
URE
Certificado destinação 
do lote de RSUE A
Certificado destinação 
do lote de RSUE B
Certificado destinação 
do lote de RSUE C
Figura 2 – Macroprocesso dos estágios do processo de preparação e uso do RSUE
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4.2 Este macroprocesso tem como objetivo assegurar a destinação ambientalmente adequada de 
resíduos sólidos urbanos, misturados ou não a outros resíduos classe II – Não perigosos, por meio de 
recuperação energética.
4.3 As etapas do macroprocesso são as seguintes:
 a) seleção dos resíduos (aplicação dos requisitos de elegibilidade);
 b) recebimento na UP-RSUE;
 c) armazenamento dos resíduos recebidos;
 d) planejamento da produção (aplicação das especificações estabelecidas pelo destinador);
 e) preparo do RSUE;
 f) armazenamento dos RSUE;
 g) amostragem;
 h) classificação dos lotes de RSUE (aplicação dos critérios de classificação, bem como das demais 
especificações do destinador);
 i) preparo dos lotes para expedição para a URE;
 j) expedição para a URE;
 k) uso dos lotes de RSUE (recuperação energética) nas URE.
4.4 Na entrada dos resíduos na UP-RSUE, aplicam-se os requisitos de elegibilidade estabelecidos 
na Seção 5.
4.5 O preparo dos lotes de RSUE na UP-RSUE deve atender aos requisitos da Seção 6.
4.6 Na saída dos lotes de RSUE para a URE, deve-se fazer a indicação da classe dos resíduos con-
forme as Seções 7 e 8.
4.7 A URE deve atender aos requisitos da Seção 9.
5 Elegibilidade de resíduos enviados para o preparo de RSUE
5.1 Generalidades
5.1.1 Os resíduos utilizados para a composição de um lote de RSUE devem ter a sua origem deter-
minada e registrada, constando nos Laudos de Caracterização dos Resíduos as especificações obri-
gatórias e complementares acordadas entre as partes.
5.1.2 As especificações do resíduo devem fazer parte do contrato entre o gerador do resíduoe 
a UP-RSUE. Esse conjunto de informações deve incluir tanto as especificações obrigatórias quanto 
as especificações complementares, quando aplicável.
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5.1.3 O gerador do resíduo e a UP-RSUE devem estabelecer procedimentos que assegurem a con-
formidade dos lotes com as especificações estabelecidas e as tratativas, em casos de não conformidade.
5.1.4 O gerador do resíduo e a UP-RSUE devem estabelecer um plano de amostragem desses resíduos.
5.2 Resíduos sólidos urbanos (RSU)
Os resíduos sólidos urbanos são elegíveis para a preparação de RSUE e, portanto, estão dispensa-
dos da aplicação das etapas descritas na Figura 3.
5.3 Resíduos classe II — Não perigosos
5.3.1 Os resíduos classe II – Não perigosos destinados à preparação de lotes de RSUE devem obe-
decer à hierarquia de gestão e gerenciamento de resíduos.
NOTA A ordem de prioridade na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos faz parte dos objetivos da 
Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12305/2010) [1].
5.3.2 Os resíduos classe II – Não perigosos destinados à preparação de lotes de RSUE, exceto 
o RSU, devem ser avaliados, sendo considerados elegíveis para incorporação na preparação do 
RSUE quando atenderem aos requisitos de 5.3.2.1 ou 5.3.2.2:
5.3.2.1 Ter origem compatível com os resíduos sólidos listados no Anexo A.
5.3.2.2 Caso não esteja listado no Anexo A:
 a) ser classificado como resíduo classe II – Não perigoso, de acordo com a ABNT NBR 10004;
 b) possuir PCI ≥ 2 750 kcal/kg, base seca, e apresentar concentração de cloro ≤ 3 % (Cl ≤ 3,00 %) 
e mercúrio ≤ 1 mg/kg (Hg ≤ 1 mg/kg).
5.3.3 A aplicação dos requisitos descritos em 5.3.2 é apresentada na Figura 3.
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O resíduo tem 
origem 
conhecida?
Resíduo
Está 
classificado conforme 
ABNT NBR 10004?
É resíduo 
Classe I, 
perigoso?
Caracterizar conforme 
ABNT NBR 10004
Resíduo sólido 
elegível para RSUE
Resíduo não 
elegível para 
RSUE
Sim
Não
Sim
Não
Sim
Não
Não
Sim
PCI ≥ 2 750 kcal/kg?
Cl ≤ 3 %?
Hg ≤ 1 ppm?
Não Sim
Resíduos sólidos urbanos
+
UP-RSUE
Está listado no 
Anexo A?
Figura 3 – Processo de avaliação da elegibilidade para o emprego de resíduos 
classe II – Não perigosos na preparação de RSUE
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5.4 Especificações obrigatórias para os resíduos destinados como RSUE
5.4.1 O Laudo de Caracterização do Resíduo a ser destinado como RSUE deve conter no mínimo 
as seguintes informações de cada lote recebido:
 a) responsável técnico pelo laudo;
 b) identificação do gerador (razão social, CNPJ e endereço);
 c) identificação do processo ou atividade que lhe deu origem;
 d) número do lote de identificação na origem;
 e) origem do resíduo, conforme o Anexo A;
 f) caso não esteja listado no Anexo A:
 — classificação do resíduo conforme a ABNT NBR 10004;
 — PCI; 
 — teor de cloro, expresso em porcentagem (%);
 — teor de mercúrio, expresso em miligrama por quilograma (mg/kg).
5.4.2 No caso de resíduos sólidos urbanos, considera-se como gerador a empresa responsável pela 
destinação para a UP-RSUE ou URE.
5.5 Especificações complementares para os resíduos destinados como RSUE
O Laudo de Caracterização do Resíduo de cada lote recebido pode apresentar qualquer das seguin-
tes propriedades, conforme acordado entre as partes:
 a) tipo de preparação e tratamento: processo ao qual o resíduo sólido urbano e outros resíduos 
compatíveis foram submetidos, indicando se houve a preparação de mistura de resíduos;
 b) formato predominante das partículas, referente ao resíduo fornecido, por exemplo, pellets, fardos, 
briquetes, lascas, flocos ou pó;
 c) tamanho das partículas;
 d) teor de cinzas;
 e) teor de umidade;
 f) concentração de metais: determinação da concentração de um ou mais metais em base seca e 
a partir de método analítico apropriado dos seguintes metais: antimônio, arsênio, berílio, cádmio, 
chumbo, cobalto, cobre, cromo, estanho, manganês, mercúrio, níquel, platina, paládio, ródio, 
selênio, tálio, telúrio, vanádio e zinco;
NOTA Outros metais podem ser acrescentados, mediante manifestação de interesse da UP-RSUE.
 g) outras propriedades e características: o Laudo de Caracterização do Resíduo pode conter carac-
terísticas econômicas, técnicas ou ambientais, conforme o interesse do cliente, por exemplo, 
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densidade aparente, teor de voláteis, concentrações dos principais constituintes ou de outros 
elementos-traço (oligoelementos), presença de elementos específicos, odores característicos, 
temperatura de ignição etc.
6 Requisitos aplicáveis à UP-RSUE
6.1 O preparo de RSUE para sua posterior destinação por meio de recuperação energética envolve 
operações unitárias, como trituração ou outras formas de redução do tamanho das partículas, separa-
ção ou segregação, homogeneização e secagem, entre outras.
6.2 As operações empregadas em cada lote produzido devem ser definidas de acordo com o uso 
estabelecido pelo destinador de resíduos e devem ser realizadas com o objetivo de adequação e apri-
moramento das características do RSUE, a fim de promover a recuperação da energia presente nos 
resíduos de forma eficiente, confiável, segura e sustentável.
6.3 O preparo de RSUE deve ser realizado apenas com resíduos elegíveis, conforme a Seção 5.
6.4 A UP-RSUE deve possuir mecanismos de controle da produção, de maneira a assegurar:
 a) a disponibilidade de informação documentada que determine:
 — as características dos lotes de RSUE e os resultados a serem alcançados em relação 
aos requisitos de classificação estabelecidos na Seção 7;
 — o tamanho máximo dos lotes de RSUE a serem produzidos;
 b) a disponibilidade e a utilização de recursos para o monitoramento e a medição adequados;
 c) a implementação de atividades de monitoramento e medição em estágios apropriados, para veri-
ficar quais requisitos de controle de processos ou saídas e quais requisitos de aceitação dos lotes 
de RSUE foram atendidos;
 d) o uso de infraestrutura e ambiente adequados para a operação dos processos;
 e) a designação de pessoas competentes, incluindo qualquer qualificação requerida;
 f) a validação e revalidação periódicas da capacidade de alcançar resultados planejados dos pro-
cessos de produção, onde não for possível a verificação da saída resultante por monitoramento 
e medição subsequentes;
 g) a implementação de ações para prevenir o erro humano;
 h) a implementação de atividades de liberação, entrega e pós-entrega.
6.5 Os lotes de RSUE devem possuir características homogêneas.
6.6 Os lotes de RSUE devem conter em sua composição ao menos 50 % de RSU. Podem ser per-
mitidos incrementos maiores de outros resíduos não perigosos para viabilizar a destinação de RSU, 
desde que a sua utilização seja justificada ambiental, técnica e economicamente.
6.7 O processo de amostragem do RSUE durante a produção dos lotes deve ser realizado de acordo 
com a ABNT NBR 10007.
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6.8 No caso de alterações significativas nas propriedades dos resíduos utilizados ou nas operações 
unitárias de preparação dos lotes, a produção de determinado lote deve ser considerada como 
sendo interrompida, devendo ser realizada uma análise pelo responsável técnico para determinar se 
a(s) mudança(s) pode(m) resultar em uma alteração na classificação do RSUE.
6.9 O armazenamento dos resíduos e do RSUE deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR 11174.
6.10 A UP-RSUE deve usar meios adequados para assegurar o seguinte:
 a) acompanhamento dascaracterísticas de qualidade do RSUE ao longo das etapas do processo 
de preparação;
 b) atendimento aos requisitos para classificação de RSUE, como estabelecido na Seção 7;
 c) identificação, a qualquer tempo, das fontes de eventuais desvios; e
 d) informações registradas e disponíveis, possibilitando a rastreabilidade dos resíduos utilizados em 
cada lote.
7 Classificação do RSUE
7.1 Especificações gerais
7.1.1 O sistema de classificação do RSUE determina valores-limites de três características do resí-
duo, conforme descrito na Tabela 1:
 a) PCI na base seca;
 b) teor de cloro, como recebido;
 c) teor de mercúrio, como recebido.
Tabela 1 – Limites para classificação dos RSUE
Característica de classificação 
Unidade Medida estatística Classes
PCI (base seca) P1 P2 P3
kcal/kg Limite inferior da média (P ≥ 95 %) PCI ≥ 4 750 4 750 > PCI ≥ 3 580 3 580 > PCI ≥ 2 390
Teor de cloro C1 C2 C3
% Limite superior da média (P ≥ 95 %) CI ≤ 0,5 0,5 < CI ≤ 1,5 1,5 < Cl ≤ 3,0
Teor de mercúrio H1 H2 H3
mg/kg
Média aritmética Hg ≤ 0,1 0,1 < Hg ≤ 0,25 0,25 < Hg ≤ 0,5
Percentil de 80 Hg P80 ≤ 0,2 0,2 < Hg P80 ≤ 0,5 0,5 < HgP80 ≤ 1
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7.1.2 Os valores-limites são aplicados com base no cálculo da distribuição estatística dos resultados 
analíticos das três características, conforme descrito a seguir:
 a) PCI na base seca: cálculo realizado a partir do limite inferior da média aritmética, para um inter-
valo de confiança de 95 %;
 b) teor de cloro: cálculo realizado a partir do limite superior da média aritmética, para um intervalo 
de confiança de 95 %;
 c) teor de mercúrio: cálculo realizado a partir da média aritmética e percentil de 80 do conjunto de 
amostras, devendo a classe ser determinada pelo maior valor encontrado entre os dois parâmetros.
7.1.3 Cada uma das três características é dividida em três classes, sendo atribuído um código 
composto por uma letra (P, C ou H, conforme o parâmetro) e um número de classe, de 1 a 3, para 
cada característica. Uma combinação de códigos de classe constitui a classe do RSUE. Exemplos de 
classificação de lotes de RSUE são apresentados no Anexo B.
7.1.4 Para os efeitos desta Norma, os RSUE são classificados de acordo com as três características 
de classificação e com a classe de cada uma delas. Os códigos de classe das três características 
constituem-se em especificações obrigatórias, conforme 7.2.
7.1.5 Os requisitos aplicáveis ao plano de amostragem do RSUE, aos cálculos das médias e limites 
do intervalo de confiança de 95 %, e à verificação da conformidade dos lotes são descritos no Anexo C.
7.1.6 Na UP-RSUE onde o lote é produzido, caso seja identificado algum desvio nas especificações 
de classe, o material pode ser reprocessado para alcançar a conformidade com os requisitos de 
qualidade estabelecidos para aquele RSUE ou pode receber outra destinação ambientalmente 
adequada.
7.1.7 O contrato entre as partes deve prever procedimento para tratativas de cargas não conformes.
7.1.8 Um Laudo de Caracterização e Classificação de RSUE deve ser gerado com base nos 
resultados analíticos obtidos em amostra(s) dos resíduos e deve ser emitido para cada lote que deixe 
a UP-RSUE para destinação por meio de recuperação energética.
7.1.9 Deve constar no Laudo de Caracterização e Classificação de RSUE o conjunto de especificações 
citadas nesta Norma, bem como as especificações complementares acordadas entre o responsável 
pelo envio dos resíduos e o destinador dos resíduos.
7.2 Especificações obrigatórias para os lotes de RSUE
As seguintes propriedades devem constar no Laudo de Caracterização e Classificação de RSUE para 
cada lote gerado:
 a) códigos de classe: identificação das três classes indicadas na Tabela 1 e dos valores encontrados 
para cada uma das três características de referência. Nos casos do PCI e percentual de cloro, 
devem ser indicados os valores da média aritmética e os limites superior e inferior do intervalo de 
confiança, respectivamente. Para o mercúrio devem estar descritos os valores de média aritmé-
tica e percentil de 80;
 b) indicação do número de amostras: deve ser descrito o número de amostras consideradas para 
a classificação do RSUE. No caso de número inferior a 10 amostras, o laudo deve indicar que 
e trata de um período inicial de caracterização do RSUE;
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 c) origem: deve(m) ser descrita(s) a(s) tipologia(s) de resíduo(s) utilizado(s) na fabricação do 
lote, de acordo com as indicações do Anexo A . Também deve(m) ser indicada(s) a(s) fonte(s) 
provedora(s) do(s) resíduo(s) sólido(s) urbano(s) e demais resíduos utilizados na composição do 
lote, quando aplicável;
 d) tipo de preparação, quando aplicável: deve apresentar o tipo de preparo a que o resíduo sólido 
urbano e outros resíduos compatíveis foram submetidos na UP-RSUE, indicando se houve a pre-
paração de mistura de resíduos;
 e) formato predominante das partículas: deve ser descrito o formato predominante no lote fornecido, 
por exemplo, pellets, fardos, briquetes, lascas, flocos e pó;
 f) tamanho das partículas;
 g) teor de cinzas;
 h) teor de umidade.
7.3 Especificações complementares para os lotes de RSUE na expedição
As seguintes propriedades podem constar no Laudo de Caracterização e Classificação de RSUE de 
cada lote gerado, de acordo com as definições previstas em contrato entre as partes:
 a) concentração de metais: determinação da concentração de um ou mais metais em base seca e 
a partir de método analítico apropriado dos seguintes metais: antimônio, arsênio, berílio, cádmio, 
chumbo, cobalto, cobre, cromo, estanho, manganês, mercúrio, níquel, platina, paládio, ródio, 
selênio, tálio, telúrio, vanádio e zinco. Outros metais podem ser acrescentados mediante mani-
festação de interesse da URE;
 b) teor de biomassa: deve ser especificado a partir de método analítico apropriado, podendo ser 
informado em percentual por peso, pelo teor de energia ou teor de carbono. Trata-se, nesse caso, 
do valor de referência para cálculo das emissões da biomassa ou de dióxido de carbono de ori-
gem fóssil por unidade de RSUE;
 c) manuseio, transporte e armazenamento: recomendações específicas quanto ao manuseio, trans-
porte e armazenamento, que possam contribuir para a conservação das propriedades do RSUE 
e para o seu emprego de maneira segura;
 d) outras propriedades e características: outras características econômicas, técnicas ou ambientais 
de interesse do cliente podem constar no Laudo de Caracterização e Classificação do RSUE, 
como densidade aparente, teor de voláteis, concentrações em base seca dos principais consti-
tuintes ou de outros elementos-traço (oligoelementos), presença de elementos específicos, odo-
res característicos, temperatura de ignição etc.
8 Expedição da UP-RSUE
8.1 As propriedades do RSUE consideradas pertinentes para assegurar o desempenho ambiental 
em uma URE necessitam ser especificadas no contrato de destinação firmado com a URE, de forma 
que os lotes de RSUE atendam às especificações de qualidade acordadas.
8.2 Composições de resíduos que não se enquadrem nos requisitos de elegibilidade ou nos requisi-
tos de classes previstos nesta Norma não podem ser consideradas RSUE.
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9 Requisitos aplicáveis à URE
9.1 Generalidades
9.1.1 As características dos sistemas de aproveitamento energético de cada URE determinam quais 
classes devem ser destinadas, de maneira que se possa assegurar um desempenho ambiental adequado.
9.1.2 Deve ser evitada a destinação de RSUE para uma URE quando a energia térmica produzida 
a partir da combustão do RSUE e disponível para o processo da instalação for menor do que a ener-
gia utilizada para a queimado RSUE, deste modo não disponível para o processo.
9.1.3 A instalação de uma URE deve estar condicionada à comprovação de sua viabilidade técnica, 
ambiental e econômico-financeira.
9.1.4 As instalações da URE devem ser projetadas, equipadas, construídas e operadas de modo 
que atendam à legislação ambiental pertinente e sejam respeitados os limites máximos de emissão 
de poluentes atmosféricos previstos na legislação.
9.1.5 A URE deve receber somente os RSUE classificados de acordo com os requisitos descritos na 
Seção 7 e conforme especificações estabelecidas no contrato com o(s) fornecedor(es) dos resíduos, 
de forma a assegurar que o RSUE recebido seja compatível com a tecnologia de recuperação energé-
tica existente na unidade, a fim de assegurar o melhor desempenho energético e ambiental.
9.1.6 Todas as cargas de RSUE recebidas em uma URE devem estar acompanhadas do respec-
tivo Laudo de Caracterização e Classificação do RSUE, gerado conforme os requisitos descritos na 
Seção 7.
9.1.7 O RSUE deve ser destinado somente à URE que possua um plano de monitoramento das 
emissões atmosféricas de poluentes, apresentado e aprovado pelos órgãos ambientais responsáveis 
pelo licenciamento da URE, de forma a assegurar o cumprimento da legislação pertinente.
9.2 Requisitos aplicáveis à operação
9.2.1 A URE deve possuir mecanismos de controle do processo, de maneira a assegurar:
 a) a disponibilidade de informação documentada que registre as características dos lotes de RSUE 
a serem utilizados e os resultados a serem alcançados em relação aos requisitos de desempenho 
operacional e ambiental;
 b) a disponibilidade e uso de recursos de monitoramento e medição adequados;
 c) a implementação de atividades de monitoramento e medição em estágios apropriados, para veri-
ficar se os requisitos para controle de processos ou das saídas foram atendidos.
9.2.2 Como parte dos mecanismos de controle do processo descritos em 9.2.1, a URE deve ter ins-
talado e em condições plenas de funcionamento, o seguinte:
 a) equipamento(s) de controle da poluição do ar para assegurar o devido controle das emissões 
atmosféricas de poluentes;
 b) sistema(s) de intertravamento para interromper automaticamente a alimentação de RSUE em 
caso de alterações no processo que possam resultar em comprometimento das emissões atmos-
féricas de poluentes.
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9.2.3 A URE deve usar meios adequados para assegurar:
 a) o atendimento aos requisitos de conformidade estabelecidos nesta Seção;
 b) a identificação, a qualquer tempo, das fontes de eventuais desvios; e
 c) que as informações estejam registradas e disponíveis para possibilitar a rastreabilidade dos resí-
duos utilizados em cada lote.
9.2.4 A URE deve possuir um programa de monitoramento de emissões de poluentes atmosféricos 
aprovado pelo órgão ambiental competente, nos termos da legislação pertinente.
9.2.5 Em caso de geração de resíduos do processamento na URE, a unidade deve possuir um pro-
grama de gestão e monitoramento desses poluentes.
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Anexo A 
(normativo) 
 
Lista de resíduos não perigosos passíveis 
de incorporação à preparação do RSUE 1
02 Resíduos da agricultura, horticultura, aquicultura, silvicultura, caça e pesca, e da 
preparação e processamento de produtos alimentares:
02 01 Resíduos da agricultura, horticultura, aquicultura, silvicultura, caça e pesca:
02 01 01 Lodos provenientes da lavagem e limpeza
02 01 03 Resíduos de tecidos vegetais
02 01 04 Resíduos de plásticos (excluindo embalagens)
02 01 07 Resíduos silvícolas
02 02 Resíduos da preparação e processamento de carne, peixe e outros produtos alimentares de 
origem animal:
02 02 04 Lodos do tratamento local de efluentes
02 03 Resíduos da preparação e processamento de frutos, legumes, cereais, óleos alimentares, 
cacau, café, chá e tabaco; resíduos da produção de conservas; resíduos da produção de levedura e 
extrato de levedura e da preparação e fermentação de melaços:
02 03 01 Lodos de lavagem, limpeza, descasque, centrifugação e separação
02 03 03 Resíduos da extração por solventes
02 03 04 Materiais impróprios para consumo ou processamento
02 03 05 Lodos do tratamento local de efluentes
02 04 Resíduos do processamento de açúcar:
02 04 03 Lodos do tratamento local de efluentes
02 04 04 Vinhaça
02 04 05 Bagaço de cana-de-açúcar
1 Lista derivada da Instrução Normativa n° 13/2012 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (Ibama) (Lista Brasileira de Resíduos Sólidos) [2].
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02 05 Resíduos da indústria de laticínios:
02 05 01 Materiais impróprios para consumo ou processamento
02 05 02 Lodos do tratamento local de efluentes
02 06 Resíduos da indústria de panificação e confeitaria:
02 06 01 Materiais impróprios para consumo ou processamento
02 06 03 Lodos do tratamento local de efluentes
02 07 Resíduos da produção de bebidas alcoólicas e não alcoólicas (excluindo café, chá e cacau):
02 07 01 Resíduos da lavagem, limpeza e redução mecânica das matérias-primas
02 07 02 Resíduos da destilação de álcool
02 07 04 Materiais impróprios para consumo ou processamento
02 07 05 Lodos do tratamento local de efluentes
03 Resíduos do processamento de madeira e da fabricação de painéis, mobiliário, papel 
e celulose:
03 01 Resíduos do processamento de madeira e fabricação de painéis e mobiliário:
03 01 01 Resíduos do descasque da madeira
03 01 05 Serragem, aparas, fitas de aplainamento, madeira, aglomerados e folheados não contendo 
substâncias perigosas
03 03 Resíduos da produção e da transformação de papel e celulose:
03 03 01 Resíduos do descasque de madeira e resíduos de madeira
03 03 02 Resíduos da lixívia verde (provenientes da valorização da lixívia de cozimento ou licor negro)
03 03 05 Lodos de branqueamento, provenientes da reciclagem do papel
03 03 07 Rejeitos mecanicamente separados da fabricação de pasta a partir de papel e papelão usado
03 03 08 Resíduos da triagem de papel e papelão destinado a reciclagem
03 03 10 Rejeitos de fibras e lodos de fibras, fillers e revestimentos, provenientes da separação mecânica
03 03 11 Lodos do tratamento local de efluentes não abrangidas em 03 03 10
04 Resíduos da indústria do couro e produtos de couro e da indústria têxtil:
04 01 Resíduos da indústria do couro e produtos de couro:
04 01 09 Resíduos da confecção e acabamentos
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04 02 Resíduos da indústria têxtil:
04 02 09 Resíduos de materiais têxteis (têxteis impregnados, elastômeros, plastômeros)
04 02 10 Matéria orgânica de produtos naturais (por exemplo, gordura, cera)
04 02 21 Resíduos de fibras têxteis não processadas
04 02 22 Resíduos de fibras têxteis processadas
07 Resíduos de processos químicos orgânicos:
07 02 Resíduos da fabricação, formulação, distribuição e utilização de plásticos, borracha e fibras sintéticas:
07 02 13 Resíduos e refugos de plásticos
09 Resíduos da indústria fotográfica:
09 01 Resíduos da indústria fotográfica:
09 01 08 Película e papel fotográfico sem prata ou compostos de prata
10 Resíduos de processos térmicos:
10 01 Resíduos de centrais elétricas e de outras instalações de combustão (exceto 19):
10 01 25 Resíduos do armazenamento de combustíveis e da preparação de centrais elétricas a carvão
12 Resíduos da moldagem e do tratamento físico e mecânico de superfície de metais e plásticos:
12 01 Resíduos da moldagem e do tratamento físico e mecânico de superfície de metais e plásticos:
12 01 05 Aparas de matérias plásticas
15 Resíduos de embalagens; absorventes, panos de limpeza, materiaisfiltrantes e 
vestuário de proteção não anteriormente especificados:
15 01 Embalagens (incluindo resíduos urbanos e equiparados de embalagens, recolhidos separadamente):
15 01 01 Embalagens de papel e cartão 
15 01 02 Embalagens de plástico
15 01 03 Embalagens de madeira
15 01 05 Embalagens longa-vida
15 01 06 Misturas de embalagens 
15 01 09 Embalagens têxteis
15 02 Absorventes, materiais filtrantes, panos de limpeza e vestuário de proteção:
15 02 03 Absorventes, materiais filtrantes, panos de limpeza e vestuário de proteção não contaminados 
por substâncias perigosas (não abrangidos em 15 02 02)
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16 Resíduos não especificados em outros capítulos desta Lista:
16 01 Veículos em fim de vida de diferentes meios de transporte (incluindo máquinas todo o terreno) 
e resíduos do desmantelamento/desmanche de veículos em fim de vida e da manutenção de veículos 
(exceto 13, 14, 16 06 e 16 08):
16 01 19 Plástico
16 01 23 Pneus inservíveis/usados aeronáuticos
16 01 24 Pneus inservíveis/usados de automóveis
16 01 25 Pneus inservíveis/usados de bicicletas
16 01 26 Pneus inservíveis/usados de caminhões/ônibus 
16 01 27 Pneus inservíveis/usados de motocicletas
16 01 28 Pneus inservíveis/usados de tratores
16 01 29 Pneus inservíveis/usados outras aplicações
16 03 Produtos fora de especificação e produtos vencidos ou não utilizados:
16 03 04 Resíduos inorgânicos não contendo substâncias perigosas (não abrangidos em 16 03 03)
16 03 06 Resíduos orgânicos não contendo substâncias perigosas (não abrangidos em 16 03 05)
17 Resíduos de construção e demolição:
17 02 Madeira, vidro e plástico:
17 02 01 Madeira
17 02 03 Plástico
19 Resíduos de instalações de gestão de resíduos, de estações de tratamento de águas 
residuais e da preparação de água para consumo humano e água para consumo industrial:
19 05 Resíduos do tratamento aeróbio de resíduos sólidos:
19 05 01 Fração não compostada de resíduos urbanos e equiparados
19 05 02 Fração não compostada de resíduos animais e vegetais
19 05 03 Composto fora de especificação
19 06 Resíduos do tratamento anaeróbio de resíduos:
19 06 03 Lodo do tratamento anaeróbio de resíduos urbanos e equiparados
19 06 04 Lamas e lodos de digestores de tratamento anaeróbio de resíduos urbanos e equiparados
19 06 05 Lodo do tratamento anaeróbio de resíduos animais e vegetais
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19 06 06 Lamas e lodos de digestores de tratamento anaeróbio de resíduos animais e vegetais
19 08 Resíduos de estações de tratamento de efluentes (ETE) não anteriormente especificados:
19 08 09 Misturas de gorduras e óleos, da separação óleo/água, contendo apenas óleos e gordu- 
ras alimentares
19 09 Resíduos de estações de tratamento de água (ETA) para consumo humano ou de água para 
consumo industrial:
19 09 04 Carvão ativado usado
19 12 Resíduos do tratamento mecânico de resíduos (por exemplo, triagem, trituração, compactação, 
peletização) não anteriormente especificados:
19 12 01 Papel e cartão
19 12 04 Plásticos
19 12 07 Madeira não contendo substâncias perigosas (não abrangidos em 19 12 06).
19 12 08 Têxteis
19 12 10 Resíduos combustíveis (combustíveis derivados de resíduos)
19 12 11 Borrachas
20 Resíduos sólidos urbanos e equiparados (resíduos domésticos, do comércio, 
indústria e serviços), incluindo as frações provenientes da coleta seletiva:
20 01 Resíduos provenientes da coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos (exceto 15 01):
20 01 01 Papel e cartão
20 01 08 Resíduos biodegradáveis de cozinhas e cantinas
20 01 10 Roupas
20 01 11 Têxteis
20 01 25 Óleos e gorduras alimentares
20 01 28 Tintas, produtos adesivos, colas e resinas não contendo substâncias perigosas (não abran-
gidos em 20 01 27).
20 01 30 Detergentes não contendo substâncias perigosas (não abrangidos em 20 01 29).
20 01 38 Madeira não contendo substâncias perigosas (não abrangidas em 20 01 37).
20 01 39 Plásticos
20 02 Resíduos de limpeza urbana:
20 02 01 Resíduos de varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza 
urbana biodegradáveis
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20 02 03 Outros resíduos de varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de 
limpeza urbana não biodegradáveis
20 03 Outros resíduos dos serviços públicos de saneamento básico e equiparados:
20 03 01 Outros resíduos urbanos e equiparados, incluindo misturas de resíduos
20 03 02 Resíduos de mercados públicos e feiras
20 03 03 Resíduos da limpeza de ruas e de galerias de drenagem pluvial
20 03 06 Resíduos da limpeza de esgotos, bueiros e bocas de lobo
20 03 99 Resíduos urbanos e equiparados não anteriormente especificados
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Anexo B 
(informativo) 
 
Exemplos de classificação de lotes de RSUE
A classificação dos RSUE conforme disposto nesta Norma tem como objetivo facilitar o entendimento 
dos envolvidos na cadeia de custódia de preparação e destinação adequadas do RSU, por meio de recu- 
peração energética, bem como a comunicação entre as partes interessadas envolvidas com o tema.
A adoção de classes de RSUE também tem como objetivo facilitar os procedimentos de controle, auto-
rização e elaboração de relatórios sobre a recuperação energética de RSUE. As classes, portanto, 
indicam as especificações dos lotes de RSUE.
As classes foram determinadas como uma ferramenta para a identificação e pré-seleção de RSUE. 
Entretanto, os desempenhos das URE dependem das propriedades do RSUE e mais significativa-
mente da concepção e condições de operação de tal planta.
EXEMPLO 1
O conjunto de ensaios analíticos das amostras de um determinado RSUE preparado em uma UP-RSUE indica 
as seguintes características:
 a) PCI na base seca: valor médio de 3 442 ± 288 kcal/kg (P ≥ 95 %);
 b) teor de cloro: valor médio de 0,46 ± 0,12 % (P ≥ 95 %);
 c) teor de mercúrio: média aritmética de 0,018 mg/kg e percentil de 80 do conjunto de amostras igual a 0,45 mg/kg.
Lançando-se os valores na Tabela 1, tem-se a seguinte classificação para este RSUE:
 a) PCI: limite inferior = 3 442 – 288 = 3 154 kcal/kg, portanto, a classificação deste PCI é classe P3;
 b) cloro: limite superior = 0,46 + 0,12 = 0,58 %, portanto , a classificação deste cloro é classe C2;
 c) mercúrio: média aritmética de 0,018 mg/kg, portanto, a classificação deste mercúrio é classe H1; e percentil 
de 80 igual a 0,45 mg/kg, portanto, classe H2. A maior classe é a H2; sendo assim, o RSUE é classificado 
como H2.
Classificação geral: P3 C2 H2.
EXEMPLO 2
O conjunto de ensaios analíticos das amostras de um determinado RSUE preparado em uma UP-RSUE indica 
as seguintes características:
 a) PCI na base seca: valor médio de 4 812 ± 324 kcal/kg (P ≥ 95 %);
 b) teor de cloro: valor médio de 0,21 ± 0,15 % (P ≥ 95 %);
 c) teor de mercúrio: média aritmética de 0,4 mg/kg e percentil de 80 do conjunto de amostras igual a 0,45 mg/kg.
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Lançando-se os valores na Tabela 1, tem-se a seguinte classificação para este RSUE:
 a) PCI: limite inferior = 4 812 – 324 = 4 448 kcal/kg, portanto, a classificação deste PCI é classe P2;
 b) cloro: limite superior = 0,21 + 0,15 = 0,36%, portanto, a classificação deste cloro é classe C1;
 c) mercúrio: média aritmética de 0,4 mg/kg, portanto, a classificação deste mercúrio é classe H3 e percentil 
de 80 igual a 0,45 mg/kg, portanto, classe H2. A maior classe é a H3; sendo assim, o RSUE é classificado 
como H3.
Classificação geral: P2 C1 H3.
EXEMPLO 3
O conjunto de ensaios analíticos das amostrasde um determinado RSUE preparado em uma UP-RSUE indica 
as seguintes características:
 a) PCI na base seca: valor médio de 4 812 ± 1 310 kcal/kg (P ≥ 95 %);
 b) teor de cloro: valor médio de 0,21 ± 0,35 % (P ≥ 95 %);
 c) teor de mercúrio: média aritmética de 0,12 mg/kg e percentil de 80 do conjunto de amostras igual a 0,45 mg/kg.
Lançando-se os valores na Tabela 1, tem-se a seguinte classificação para este RSUE:
 a) PCI: limite inferior = 4 812 – 1 310 = 3 502 kcal/kg, portanto, a classificação deste PCI é classe P3;
 b) cloro: limite superior = 0,21 + 0,35 = 0,56 %, portanto, a classificação deste cloro é classe C2;
 c) mercúrio: média aritmética de 0,12 mg/kg, portanto, a classificação deste mercúrio é classe H2 e percentil 
de 80 igual a 0,45 mg/kg, portanto, classe H2. A maior classe é a H2; sendo assim, o RSUE é classificado 
como H2.
Classificação geral: P3 C2 H2.
EXEMPLO 4 (cálculo do percentil de 80 para o Hg):
O conjunto de ensaios analíticos de concentração de Hg das amostras de um determinado RSUE preparado em 
uma UP-RSUE encontra-se relacionado a seguir:
Número 
da amostra
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Concentração 
de Hg (mg/g)
0,018 0,020 0,020 0,020 0,023 0,025 0,027 0,030 0,032 0,051
A linha de corte é calculada como: 0,8 × 10 amostras = 8.
Assim sendo, o valor de percentil de 80 para o Hg é a média aritmética entre os valores 0,030 mg/kg e 
0,032 mg/kg, ou seja, 0,031 mg/kg.
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EXEMPLO 5 (cálculo do percentil de 80 para o Hg):
O conjunto de ensaios analíticos de concentração de Hg das amostras de um determinado RSUE preparado em 
uma UP-RSUE encontra-se relacionado a seguir:
Número da amostra 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Concentração de Hg (mg/g) 0,01 0,02 0,04 0,08 0,13 0,25 0,27 0,34 0,42 0,47 0,52 0,55
A linha de corte é calculada como: 0,8 × 12 amostras = 9,6. O primeiro número inteiro superior é igual a 10.
Assim sendo, o valor de percentil de 80 para o Hg é de 0,47 mg/kg.
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Anexo C 
(normativo) 
 
Plano de amostragem, cálculos estatísticos aplicados aos lotes 
de RSUE e requisitos de verificação da conformidade
C.1 Plano de amostragem
O plano de amostragem deve estabelecer definições e requisitos como a metodologia de amostra-
gem, quantidade de RSUE preparada (por período, unidade de tempo, lote ou outro critério), efeitos 
da sazonalidade etc., de tal forma que se assegure a rastreabilidade e a representatividade dos resul-
tados de análise para classificação dos lotes de RSUE.
O plano de amostragem deve prever a seguinte frequência mínima de amostragem:
 a) até que se obtenham 10 resultados de caracterização dos teores de PCI, Cl e Hg do lote de RSUE: 
uma análise de amostra representativa do RSUE a cada 500 t ou uma por dia (o que for maior);
 b) após a obtenção de 10 resultados: no mínimo uma análise de amostra representativa do RSUE 
a cada produção que corresponda à produção média de RSUE de uma por mês.
NOTA A aplicação dos critérios acima obedece à regra de utilização somente de resultados gerados 
dentro de um período móvel de 12 meses.
C.2 Cálculo das médias, limites do intervalo de confiança de 95 % e percentil de 80
C.2.1 Cálculo da média e limite do intervalo de confiança de 95 %
O cálculo das médias e limites no intervalo de confiança de 95 % deve ser realizado 
utilizando-se no mínimo 10 resultados analíticos, não podendo ser utilizados resultados realizados 
com lotes encerrados há mais de 12 meses.
Os limites superior e inferior do intervalo de confiança de 95 % da média aritmética são calculados 
considerando-se uma distribuição normal, ou seja, aplicando-se a Equação (1):
1 96 SX ,
n
= ± ⋅µ (1)
onde
X é o limite superior/inferior do intervalo de confiança de 95 % da média aritmética;
µ é a média aritmética (com base em todas as medições);
1,96 é a característica funcional da distribuição normal (para o intervalo de confiança de 95 %);
S é o desvio-padrão (com base em todas as medições);
n é o número de medições.
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C.2.2 Percentil de 80 (P80)
O percentil de 80 corresponde à concentração de Hg de referência maior que 80 % dos resultados 
encontrados, para um conjunto de dados de 10 ou mais medições consecutivas, realizadas com lotes 
gerados em um intervalo máximo de 12 meses.
O percentil de 80 é calculado aplicando-se a Equação (2):
0 80LC , n= ⋅ (2)
onde
LC é o número inteiro que representa a linha de corte;
n é o número de medições.
Aplica-se a linha de corte sobre o conjunto de resultados analíticos que caracterizam o RSUE, orde-
nados do menor para o maior.
 a) caso o valor encontrado para LC seja um número inteiro, o P80 corresponde a média aritmética 
calculada utilizando-se os valores da amostra que corresponde ao LC e o da amostra imediata-
mente superior.
 b) caso o valor de LC não resulte em um número inteiro, o P80 corresponde ao valor da amostra do 
número inteiro imediatamente superior ao LC encontrado.
NOTA Os exemplos de classificação de lotes de RSUE são apresentados no Anexo B.
C.3 Verificação de conformidade para a classificação
A conformidade de um ou mais tipos de RSUE produzidos por uma UP-RSUE deve ser verificada com 
o objetivo de demonstrar que as três características de classificação (PCI e concentração de Cl e Hg) 
estão de acordo com os valores-limites estabelecidos para a classe atribuída àquele lote.
A conformidade de um RSUE com determinada classe é verificada com a utilização de um conjunto de 
no mínimo 10 resultados de análise obtidos no período máximo de 12 meses.
O mínimo de 10 resultados de análise pode ser obtido a partir de um ou de diversos lotes gerados. 
Quando diversas amostras são coletadas a partir do mesmo lote, o plano de amostragem deve asse-
gurar que sejam usadas amostras independentes.
Dentro do período inicial de caracterização, portanto antes de se obter o número mínimo de 10 resul-
tados, os Laudos de Caracterização e Classificação dos Lotes de RSUE devem indicar que se trata 
de um período inicial de caracterização do RSUE. Nesses casos, os laudos devem indicar o número 
de amostras de referências utilizadas para as características obrigatórias e complementares dos resí-
duos descritas no laudo.
Para a determinação da classe de Hg dentro do período inicial de caracterização, portanto antes de se 
obter o número mínimo de 10 resultados, deve-se utilizar como referência, de maneira conservadora, 
50 % dos valores-limites de cada classe (margem de segurança indireta).
Quando os mecanismos de controle da produção, descritos em 6.4, indicarem que uma alteração na 
composição dos resíduos ou nas operações de preparo afetará os requisitos de aceitação do lote de 
RSUE, deve-se reiniciar a amostragem para a definição da classe do RSUE.
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Bibliografia
[1] Lei 12.305/2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos
[2] Instrução Normativa Ibama 13/2012, Anexo I – Lista brasileira de resíduos sólidos
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