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Identificação, classificação e análise de resíduos Apresentação Nesta Unidade de Aprendizagem, serão abordados os seguintes temas: identificação, classificação e análises de resíduos. O entendimento sobre esses tópicos é fundamental para o gestor ambiental que atua em uma sociedade com geração excessiva de resíduos, os quais precisam ser descartados e/ou reaproveitados de forma adequada. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Classificar os resíduos de acordo com a sua tipologia.• Identificar os tipos de resíduos com base nas legislações aplicáveis.• Reconhecer a importância das análises dos resíduos.• Infográfico O Infográfico a seguir apresenta uma síntese das fases relacionadas à caracterização e classificação dos resíduos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/37bfad93-10b2-4d9d-853e-6ef3c3c6a9e8/cb662a8b-b1e4-41d0-b147-7cc60e334fb2.png Conteúdo do livro Leia no capítulo abaixo sobre "Resíduos sólidos - Lixo", a definição de lixo, além de explicar como se dá o processo de geração de resíduos sólidos. Você também encontrará a classificação dos resíduos e sua destinação final. Boa leitura. FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA AMBIENTAL Raquel Finkler Identificação, classificação e análise de resíduos Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Classificar os resíduos de acordo com a sua tipologia. � Identificar os tipos de resíduos com base nas legislações aplicáveis. � Reconhecer a importância das análises de resíduos. Introdução Neste capítulo, você vai estudar os fatores e as características que influen- ciam na geração, na segregação e no tratamento de resíduos sólidos. Na atualidade, um dos principais problemas ambientais está relacionado com a elevada geração de resíduos, isso em virtude do consumo acentuado. Além disso, muitas vezes o descarte ocorre de forma ambientalmente inadequada e sem considerar a inclusão dos bens pós-uso em novos ciclos produtivos. Diversas variáveis influenciam na composição dos resíduos e, aqui, vamos conhecer e discutir sobre elas. O conhecimento sobre as caracterís- ticas permite que possamos indicar formas de manejo e os possíveis tipos de tratamento para cada categoria de resíduo sólido. Assim, estudaremos as principais normas em vigor utilizadas para classificar e para determinar a composição dos resíduos. Resíduos sólidos: problemas atuais A atualidade vem sendo marcada pelo elevado consumo e descarte de bens pós-uso. Os avanços industriais e tecnológicos permitem que diversos produtos e serviços estejam disponíveis para a sociedade de forma fácil e economi- camente acessível a muitos. Dos processos produtivos, a variável ambiental ainda não está amplamente disseminada. Assim, os processos transformam os recursos naturais em produtos, gerando grandes perdas, sendo que muitas destas se referem a resíduos sólidos. A geração de resíduos tem aumentado de forma não controlada e seus efeitos têm se multiplicado. Muito embora tenha sido (ou deveria ser) uma preocupação crescente, pouco se tem feito para reverter o quadro existente. Dentre os principais fatores que têm causado o aumento de resíduos gerados podemos destacar: aumento populacional, crescimento das cidades sem pla- nejamento e fatores relacionados à forma de consumo. Outro aspecto se refere à concepção de produtos com baixa vida útil (obso- lescência programada), razão pela qual rapidamente são descartados. Podemos perceber, dessa forma, que os produtos e os bens, após o uso, são desprezados, sem inclusão desses materiais em novos ciclos produtivos e, muitas vezes, sendo dispostos de forma inadequada, resultando em sérios problemas ambientais, sociais e, também, econômicos. A análise de ciclo de vida é uma ferramenta que busca compreender e avaliar os impactos ambientais associados a um produto ou serviço. Essa análise parte do princípio da avaliação de todos os impactos ambientais envolvidos em todas as fases do seu ciclo de vida, começando na extração da matéria-prima, passando pela produção, distribuição e utilização, até o destino final. Considerando o exposto, é importante analisarmos criticamente os seguintes conceitos: lixo e resíduos sólidos. De uma forma genérica, lixo e resíduo têm o mesmo significado, o qual compreende todos os materiais resultantes das atividades humanas. Contudo, lixo é comumente a denominação dada àqueles materiais que já não têm mais serventia e são descartados. Já os resíduos têm conotação técnica da possibilidade de reaproveitamento e reincorporação ao ciclo de vida do produto. Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (BRASIL, 2010, documento on-line), resíduos sólidos são considerados: [...] material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proce- der ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem Identificação, classificação e análise de resíduos2 inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Cabe ainda ressaltar a conceituação dada pela PNRS (BRASIL, 2010, documento on-line) aos rejeitos. Conforme esse referencial, rejeito são: [...] resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tra- tamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economica- mente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. Assim, podemos perceber que as diferenças entre lixo, resíduos sólidos e rejeitos estão relacionadas ao significado dos bens pós-uso para cada indivíduo, bem como com a sua destinação final. Nesse sentido, Barros (2012) comenta que a palavra “resíduo” denota a possibilidade de valorização, enquanto lixo ou dejeto costumam ser considerados como destinados à disposição final, se não houver tecnologias para seu aproveitamento integral de maneira econo- micamente viável e tecnologicamente factível. A análise dos conceitos nos permite identificar que as mudanças quanto à questão de resíduos sólidos dependem não só da revisão dos processos produtivos, que precisam incorporar conceitos de análise de ciclo de vida do produto, mas também de todos os indivíduos repensando seus hábitos de consumo e descarte e do Poder Público, no que tange à destinação am- bientalmente correta. Desse modo, cabe a necessidade de criar alternativas que viabilizem um ciclo de produção e consumo com reutilização e disposição adequada dos resíduos. Com base nessa premissa, há a PNRS (BRASIL, 2010), que traça definições, princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos com vistas ao gerenciamento e à gestão integrada dos resíduos sólidos. Além disso, atribui responsabilidade àqueles que de alguma forma estejam envolvidos com a produção, o consumo, a gestão ou o gerenciamento de materiais e/ou serviços que possam gerar resíduos sólidos. Assim, é importante termos clara a diferenciação dos conceitos de gestão e gerenciamento. Conforme a PNRS (BRASIL, 2010, documento on-line), em seu art. 3º: X – gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e 3Identificação, classificação e análise de resíduos destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei; XI – gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca desoluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável. Dessa forma, podemos perceber que a palavra “gestão” está relacio- nada a questões envolvendo diversas esferas (social, ambiental, cultural, política, econômica, entre outras), representando um desafio, em especial para o Poder Público, que deve definir políticas públicas e planejamento (Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos) que considere todos es- ses aspectos com indicação, inclusive, de programas, ações e metas. Já a palavra “gerenciamento” se relaciona à operacionalização das etapas de manejo considerando as políticas e os critérios de planejamento definidos pelo Poder Público. Fatores que influenciam na geração de resíduos A composição dos resíduos é influenciada por uma série de fatores que de- terminam sua quantidade e sua qualidade (aqui entendida como materiais descartados). Dentre os fatores, merecem destaque, em especial na geração de resíduos urbanos: a) Flutuações populacionais: a quantidade de resíduos varia conforme a época do ano, principalmente em municípios turísticos. b) Variações sazonais: em período de chuva, aumenta o teor de umidade nos resíduos; no outono, há maior presença de folhas; e no verão, há maior quantidade de embalagens de bebidas. c) Hábitos da população: quanto maior o nível cultura, maior a incidência de materiais recicláveis. d) Nível educacional: quanto maior o nível educacional, menor a incidência de matéria orgânica. e) Poder aquisitivo: quanto maior o poder aquisitivo, maior a incidência de materiais recicláveis. De acordo com Gil (2016), é possível observar os reflexos do poder aquisitivo na geração de resíduos sólidos, prin- cipalmente com relação a materiais descartáveis e vestuários. O autor Identificação, classificação e análise de resíduos4 também comenta que há grande diferença com relação a componentes passíveis de reciclagem na coleta regular e de resíduos alimentícios e rejeitos na coleta seletiva. Classificação de resíduos segundo a fonte geradora Os resíduos sólidos podem apresentar distintos critérios de classificação, considerando duas características. Dentre as formas mais comuns, há: a) a fonte geradora, b) a periculosidade, c) a biodegradabilidade, d) contaminação do ambiente, entre outras (INSTITUTO..., 2018; BARROS, 2012; BRASIL, 2010; PHILIPPI JUNIOR; AGUIAR, 2005). Barros (2012) comenta que em razão do elevado grau de heterogeneidade dos resíduos, diferentes classificações são adotadas considerando o diferente enfoque, majoritariamente relativo às possibilidades de tratamento e de des- tinação. Estudaremos com maiores detalhes a classificação segundo a fonte geradora. Resíduos sólidos urbanos De acordo com a PNRS (BRASIL, 2010), resíduos sólidos urbanos referem-se aos resíduos domiciliares, aqueles originados de atividades domésticas em residências urbanas, e resíduos de limpeza urbana referem-se aos resíduos de varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana. Assim, apresentaremos, a seguir, os principais aspectos relacionados aos resíduos domésticos e aos resíduos de limpeza urbana. Segundo Philippi Jr. (2012), a geração dos resíduos domiciliares faz parte do cotidiano do ser humano, sendo inimaginável um modo de vida sem a sua geração. Dessa forma, na sociedade de consumo que vivemos, é cada vez maior a produção de resíduos descartados diariamente, aumentando os impactos causados pela sua geração. Nessa categoria de resíduos, estão contidos: restos de alimentos, resíduos sanitários, recicláveis e resíduos perigosos. Além do fator de geração considerado, existem outras condicionantes, como o manejo inadequado dos resíduos, o que ocasiona a presença de vetores, pelas altas concentrações de orgânicos, e a formação de lixiviados que levam à contaminação do solo e das águas subterrâneas. De acordo com Philippi Jr. e Aguiar (2005), a limpeza urbana refere-se ao conjunto de atividades que visam a manter a cidade limpa, afastando, dessa forma, os materiais que possam causar incômodos ou problemas à 5Identificação, classificação e análise de resíduos saúde pública. Ainda, os mesmos autores relacionam os serviços de limpeza urbana como sendo: varrição de vias públicas e logradouros, raspagem de sarjetas, limpeza de praças e jardins, remoção de entulhos (dependendo da quantidade e da origem), remoção de animais mortos, limpeza de terrenos baldios, entre outros. Resíduos industriais De acordo com a PNRS (BRASIL, 2010), os resíduos sólidos industriais são aqueles gerados nos processos produtivos e instalações industriais. Já de acordo com Philippi Jr. (2012), esses resíduos incluem ainda as atividades auxiliares, como manutenção, operação de área de utilidades, limpeza, obras e outros serviços. Dessa forma, as atividades industriais devem ser planejadas e operadas a fim de reduzir a geração de resíduos nos processos. O mesmo autor cita como atividades que influenciam na geração de resíduos industriais: projeto do processo, aquisição e armazenamento das matérias-primas, operação da produção, limpeza e manutenção de equipamentos, derramamentos e vazamentos, entre outras. Ainda, salienta que as características dessa tipo- logia de resíduos são amplamente variáveis, dependendo do segmento da indústria em questão. Resíduos de serviços de saúde Segundo a PNRS (BRASIL, 2010), os resíduos de serviços de saúde são os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS. Conforme a Reso- lução RDC nº 222 (AGÊNCIA..., 2018), esses resíduos referem-se aos gerados públicos e privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa. Resíduos de construção civil São considerados resíduos de construção civil aqueles gerados em constru- ções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes de terraplanagem para obras civis (BRASIL, 2010). Segundo a Resolução CONAMA nº 307 (CONOMA, 2002, documento on-line), os resíduos de construção civil são aqueles Identificação, classificação e análise de resíduos6 [...] provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha. A mesma resolução relaciona, ainda, que o sistema de gestão desses re- síduos visa a reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos. Resíduos agrossilvopastoris De acordo com a PNRS (BRASIL, 2010), os resíduos agrossilvopastoris são os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades, que se referem a resíduos associados a culturas da agroindústria. Resíduos de mineração Os resíduos de mineração, conforme a PNRS (BRASIL, 2010), são aqueles gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios. Resíduos de serviços de transporte Os resíduos de serviços de transportes são aqueles originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passa- gens de fronteira (BRASIL, 2010). Esses resíduos caracterizam-se pela heterogeneidade na sua composição, podendo conter agentes patológicos e disseminar doenças. A Resolução RDC nº 56 (AGÊNCIA..., 2001) define que esses resíduos devem estar acondicionados adequadamente e separadosde acordo com a sua classificação. Ainda, determina que as instalações que recebem e arma- zenam os resíduos sólidos dos terminais rodoviários e ferroviários devem ter capacidade de permanência de 48 horas e recolhimento diário. Já os veículos terrestres de transporte coletivo internacional devem comprovar o descarte dos resíduos antes de passarem pela fronteira. 7Identificação, classificação e análise de resíduos Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico Segundo a PNRS (BRASIL, 2010), os resíduos dos serviços públicos de sa- neamento básico são os gerados nessas atividades, excetuados os resíduos sólidos domiciliares e os resíduos de limpeza urbana. Classificação e identificação de resíduos de acordo com as normas em vigor A PNRS (BRASIL, 2010), em seu art. 13, define que os resíduos sólidos podem ser classificados quanto a sua origem e quanto a sua periculosidade. Os aspectos relacionados à classificação na fonte geradora (origem) já foram estudados no item anterior. Sobre a periculosidade, a Lei Federal supracitada indica que: � resíduos perigosos são aqueles que apresentam propriedades como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, bem como que apresentam risco à saúde pública ou à qualidade ambiental. � resíduos não perigosos são aqueles que não apresentam características de resíduos perigosos. Como podemos perceber, os resíduos perigosos podem ser gerados em múltiplas fontes, sendo costumeiramente relacionados aos resíduos industriais. Entretanto, em muitas outras atividades estão presentes, como em serviços de saúde. Dessas atividades resultam a geração de materiais contaminados por sangue, secreções, fluidos, entre outros fluidos corporais que possam conferir a característica de patogenicidade. Assim, para descarte e tratamento, esses resíduos devem ser considerados perigosos, precisando ser manejados com cuidados especiais, conforme definido na Resolução RDC nº 222 (AGÊN- CIA..., 2018). Identificação, classificação e análise de resíduos8 Você sabia que os resíduos gerados nas nossas casas também podem apresentar periculosidade à saúde pública e ao meio ambiente? Alguns exemplos de resíduos sólidos domésticos com risco à população são: pilhas e baterias, medicamentos, lâmpadas fluorescentes, latas de tintas, produtos domissanitários, entre outros (Figura 1). Figura 1. Exemplos de resíduos sólidos domésticos. Fonte: IMG Stock Studio/Shutterstock.com. Além da PNRS (BRASIL, 2010), a NBR 10.004 (ASSOCIAÇÃO..., 2004a) estabelece a classificação conforme a periculosidade dos resíduos, bem como conceitua resíduos sólidos como “aqueles nos estados sólidos e semissólidos, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e varrição”. Classificação de resíduos segundo a periculosidade A NBR 10.004 (ASSOCIAÇÃO..., 2004a) define, além do conceito de resíduos, a sua classificação de acordo com ao seu potencial de risco, em especial quanto à periculosidade, que está relacionada às propriedades físicas, químicas e/ou biológicas, podendo apresentar riscos à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou acentuando seus índices, e riscos ao meio ambiente, 9Identificação, classificação e análise de resíduos quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Conforme a referida norma, os resíduos são classificados em: � Classe I – resíduos perigosos: quando o resíduo pode ser enquadrado em pelo menos um dos critérios de periculosidade definidos (reatividade, corrosividade, patogenicidade, inflamabilidade e toxicidade), baseados em propriedades físicas, químicas e infectocontagiosas que apresentem, uma vez que podem representar risco à saúde pública e ao ambiente se manejados inadequadamente. � Classe II-A – resíduos não inertes: são aqueles resíduos que não são enquadrados como perigosos nem inertes, sendo que podem apresen- tar combustibilidade, biodegradabilidade e dissolubilidade em água. Philippi Jr. (2012) corrobora com essa determinação ao afirmar que “[...] estes resíduos não apresentam características de periculosidade nem são inertes”. É possível ainda determinar esse tipo de resíduo por meio de ensaios laboratoriais, seguindo a legislação vigente. � Classe II-B – resíduos inertes: são resíduos que não são solubilizados em água em concentrações superiores às estabelecidas para os padrões de potabilidade. Segundo Philippi Jr. (2012), os materiais desta classe não se decompõem prontamente quando em contato estático ou dinâmico com a água. Como foi estudado neste item, os resíduos apresentam distintas caracterizações. Aqui, você vai observar exemplos segundo a classificação da NBR 10.004 (ASSOCIAÇÃO..., 2004a). � Classe I – Perigosos: Resíduos provenientes de etapas de limpeza com solventes empregadas em processos de produção de tintas, Lodos provenientes do tratamento de efluentes líquidos originados no processo de curtimento de couros ao cromo, Óleos usados em isolamento elétrico, térmico ou de refrigeração, etc. � Classe II – Não Perigosos: Resíduo de restaurante (restos de alimentos), Sucata de metais ferrosos e não ferrosos, Resíduo de papel e papelão, Resíduo de madeira, etc. Na NBR 10.004 (ASSOCIAÇÃO..., 2004a), estão definidas as categorias de resíduos conforme sua periculosidade, mas também podemos conhecer as etapas de classificação dos resíduos. Na norma, consta que para a definição das classes dos resíduos é necessário o conhecimento do processo ou da Identificação, classificação e análise de resíduos10 atividade na qual são gerados. A partir do levantamento dessas substâncias (matérias-primas e insumos), podemos compará-las com as listagens anexas à referida norma, que citam: resíduos perigosos de fontes não específicas e resíduos perigosos de fontes específicas. Desta forma, pode-se identificar os tipos de resíduos gerados em um processo produtivo sem a necessidade de realização de análises laboratoriais específicas. Entretanto, se os resíduos de um processo não constam nas listagens da NBR 10.004 (ASSOCIAÇÃO..., 2004a), se for exigido pelos órgãos ambientais, os resíduos complexos necessitam de laudos de análises de laboratório. A Figura 2 a seguir apresenta a classificação dos resíduos sólidos quanto à periculosidade considerando as listagens da NBR 10.004 (ASSOCIAÇÃO..., 2004a) e demais critérios que constam desta. Figura 2. Classificação dos resíduos quanto aos riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Fonte: Adaptada de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004a). Amostragem de resíduos A definição das características dos resíduos é sempre uma etapa importante. Para tanto, deve-se adotar um procedimento de coleta de amostra padronizado para evitar 11Identificação, classificação e análise de resíduos erros de classificação. Sendo assim, para a amostragem de resíduos é importante a adoção dos critérios estabelecidos na NBR 10.007 (ASSOCIAÇÃO..., 2004b). Nesse sentido, a referida norma apresenta uma série de definições sobre amostragem, que devem ser consideradas na ocasião de sua realização. Dentre os conceitos que merecem destaque, há: a) amostra simples (parcela obtida por meio de um processo único de amostragem em um determinado ponto ou profundidade); b)amostra composta (parcelas individuais, obtidas de diferentes pontos, profundidades e/ou instantes, que devem ser homogeneizada para sua composição); e c) amostra representativa (parcela de resíduos obtida por processo de amostragem que representam as suas características e suas propriedades). A definição do tipo de amostra a ser caracterizada, o número de coletas, o amostrador a ser utilizado, os parâmetros analisados e sua preservação, o local de coleta e o processo no qual foram gerados os resíduos devem estar descritos em um plano de amostragem, conforme consta da NBR 10.007 (ASSOCIAÇÃO..., 2004b). Análises segundoas normas em vigor Como vimos anteriormente, no caso de um resíduo não poder ser classifi- cado considerando a norma em vigor NBR 10.004 (ASSOCIAÇÃO..., 2004a), podemos utilizar dois ensaios para classificação descritos na NBR 10.005 (ASSOCIAÇÃO..., 2004c) e na NBR 10.006 (ASSOCIAÇÃO..., 2004d). A norma NBR 10.005 (ASSOCIAÇÃO..., 2004c) descreve o procedimento de lixiviação de resíduos sólidos. Nesta está conceituada a lixiviação de re- síduos para a determinação da capacidade de transferência de substâncias orgânicas e inorgânicas encontradas no resíduo sólido, por meio da dissolução em meio extrator. Assim, por meio do ensaio descrito na norma, é possível obter extratos com substâncias não voláteis e voláteis (25 substâncias que são listadas no anexo A da norma). Para a extração do último, a norma indica o uso do extrator ZHE, que é um equipamento específico para tal finalidade. Os resultados obtidos devem ser comparados com os valores máximos permitidos descritos na NBR 10.004 (ASSOCIAÇÃO..., 2004a). Já o ensaio da NBR 10.006 (ASSOCIAÇÃO..., 2004d) descreve o proce- dimento para a obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos. Para a determinação analítica, deve-se tomar uma amostra seca e misturá-la com um volume predefinido de solvente. Após agitação, manter a amostra em repouso e, ao final de sete dias, filtrá-la. O extrato solubilizado deve ser analisado e os resultados obtidos comparados com os limites definidos na NBR 10.004 (ABNT, 2004a). Identificação, classificação e análise de resíduos12 Os resultados obtidos no ensaio de solubilização devem ser comparados com aqueles que constam da NBR 10.004 (ASSOCIAÇÃO..., 2004a) em seu anexo G. Neste, constam os valores máximos que o solubilizado pode apresentar para 33 substâncias orgânicas e inorgânicas. Dentre as orgânicas, podemos exemplificar o Aldrin e Dieltrin, substâncias orgânicas sintéticas utilizadas como inseticidas, em especial nas décadas de 50 e 70, que devem apresentar um valor máximo de 3,0x10-5 mg/L. Quanto às substâncias inorgânicas, podemos destacar o mercúrio, metal tóxico que pode contribuir com problemas de coordenação motora, que não deve apresentar uma concentração superior a 0,001 mg/L no extrato solubilizado. Em resumo, os ensaios de lixiviação e de solubilização objetivam clas- sificar os resíduos indicando os riscos para a saúde individual, coletiva e ambiental, mas também para indicar métodos de manejo e de tratamento mais adequados. Análise de resíduos: importância para sua gestão Os resíduos também podem ser analisados conforme suas propriedades quí- micas, físicas e biológicas. No Quadro 1 apresentado a seguir, há a síntese das determinações. Determinações Parâmetros Químicas Poder calorífico, pH, matéria orgânica, relação C/N, gorduras, entre outros Físicas Geração per capita, composição gravimétrica, umidade e peso específico Biológicas Microrganismos presentes na massa de resíduos, em especial aqueles relacionados à degradação da matéria orgânica Quadro 1. Análises para caracterização de resíduos sólidos 13Identificação, classificação e análise de resíduos A seguir, estudaremos cada um dos parâmetros indicados. De acordo com Barros (2013), há de se conhecer as características dos resíduos (físicas, químicas e/ou biológicas) para identificar quais as melhores formas de acon- dicionamento, coleta, transporte e tratamento/disposição final. Análises físicas para resíduos sólidos Algumas das principais características físicas relacionadas aos resíduos sóli- dos são apresentadas na sequência. Barros (2012) afirma que a determinação é importante “para definir estratégias, e do ponto de vista operacional, o dimensionamento de equipamentos e instalações”. Geração per capita É definida pela relação entre massa de resíduos gerada em uma localidade e número de habitantes. Para fins de cálculo, pode-se utilizar os dados de massa informados ao Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, a outro órgão oficial ou mesmo da própria municipalidade, e os dados popula- cionais que constam no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Segundo o Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM (2001), a taxa de geração per capita varia de acordo com o porte do município (Tabela 1). De acordo com o Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos 2016 (BRASIL, 2018), que apresenta anualmente o indicador de massa coletada per capita, para o ano de referência tem-se uma taxa média para o Brasil de 0,94 kg.hab.dia-1. Fonte: Adaptado de Instituto Brasileiro de Administração Municipal (2001). Tamanho da cidade População urbana (habitantes) Geração per capita (kg/hab./dia) Pequena Até 30 mil 0,50 Média De 30 mil a 500 mil De 0,50 a 0,80 Grande De 500 mil a 5 milhões De 0,80 a 1,00 Megalópole Acima de 5 milhões Acima de 1,00 Tabela 1. Faixas de geração per capita considerando a população urbana Identificação, classificação e análise de resíduos14 Composição gravimétrica Refere-se aos percentuais de componentes que compõem a massa de resíduos sólidos, sendo uma informação que pode indicar o potencial de aproveitamento tanto de materiais recicláveis quanto da fração orgânica. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA (INSTITUTO..., 2012), a estimativa da composição gravimétrica dos resíduos no Brasil é: a) material reciclável = 31,9%; b) metais = 2,9%; c) papel, papelão e cartonados = 13,1%; d) plástico = 13,5%; e) vidro = 2,4%; f) matéria orgânica = 51,4%; e g) outros = 16,7%. Castilhos Jr. (2003) indica que a composição dos resíduos domésticos é diversificada, incluindo desde restos de alimentos, papéis, plásticos, metais e vidros até componentes que podem ser perigosos ao meio ambiente e à saúde pública. Por fim, Soares (2011) comenta que a composição gravimétrica é uma informação importante para a compreensão do comportamento dos resíduos e a presença de componentes, contribuindo ainda para o monitoramento am- biental, elucidando o processo de decomposição dos resíduos e a estimativa de vida útil de aterros. Umidade Barros (2013) define teor de umidade como o percentual (em peso) de água de uma amostra de resíduos sólidos expressa em porcentagem (%). Importante ressaltar que esse parâmetro pode variar conforme as variações sazonais. Além disso, é um fator que pode interferir nos processos de biodegradação da massa de resíduos. Peso específico É o parâmetro que relaciona a massa de resíduos, expressa em kg, pelo volume deste, expresso em m3. A unidade do peso específico é kg.m-3. Informações sobre o peso específico são utilizadas em dimensionamentos do sistema de coleta e tratamento. De acordo com o IBAM (INSTITUTO..., 2001), na ausência de dados precisos, pode-se utilizar: a) resíduos domiciliares = 230 kg/m3; b) resíduos de serviços de saúde = 280 kg/m3; e c) entulho de obras = 1.300 kg/m3. 15Identificação, classificação e análise de resíduos Análises químicas para resíduos sólidos Segundo Soares (2011, p. 09), “O conhecimento das características químicas possibilita a seleção de processos de tratamento e técnicas de disposição final”. As principais análises químicas para resíduos sólidos são apresentadas e comentadas a seguir. Poder calorífico De acordo com Barros (2012), refere-se à capacidade de um material despren- der determinada quantidade de calor quando submetido a perda, sendo sua unidade kcal/kg. Assim, a determinação desse parâmetro é importante para a avaliação e dimensionamento de sistemas térmicos de tratamento de resíduos como incineração e coprocessamento. Poli et al. (2013) comentam que as determinações de poder calorífico são análises importantes e complexas para a determinação do aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos. Potencial hidrogeniônico (pH) O pH mensura, por meio de uma escala logarítmica, o grau de acidez, a neu- tralidade ou a alcalinidade de um determinado composto ou solução. Segundo Barros (2012), a determinaçãodo pH é de suma importância, visto que sua variação pode acelerar, reduzir ou até mesmo inibir o processo de decompo- sição dos resíduos, sejam eles em processos de tratamento ou disposição final. Relação carbono/nitrogênio (C/N) O parâmetro relaciona a proporção de carbono contida em cada material em relação ao nitrogênio existente. A relação C/N ainda permite avaliar o grau de evolução da matéria orgânica do solo ou a importância de sua mineraliza- ção, sendo assim, em sistemas de tratamento de resíduos, pode-se verificar o grau de decomposição de matéria orgânica. A determinação dessa relação é especialmente importante para processos de tratamento biológico como compostagem e vermicompostagem. Análises biológicas para resíduos sólidos Os microrganismos são seres vivos que podem ser observados unicamente por um microscópio, sendo divididos em fungos, vírus e bactérias. A população Identificação, classificação e análise de resíduos16 microbiana e os agentes patogênicos determinam as características biológicas dos resíduos. Segundo Barros (2012), os resíduos orgânicos contêm elementos (como nutrientes e umidade) que, associados a condições ambientais (como temperatura e umidade relativa do ar), favorecem o desenvolvimento de diversas espécies de microrganismos. Contudo, além de estarem presentes nos resíduos, os microrganismos estão presentes também no solo, na água e no ar. Os microrganismos realizam a degradação da matéria orgânica e, ao conhecermos as suas características, é possível determinar os métodos de tratamento e/ou disposição final mais adequados aos resíduos. A determinação da composição dos resíduos e seu tratamento A adoção de tecnologias para tratamento dos resíduos é indicada na PNRS (BRASIL, 2010) como um dos itens que deve constar nos Planos de Gestão de Resíduos por meio da indicação de metas de eliminação e de recuperação de lixões. Portanto, tecnologias de tratamento devem ser adotadas para atender ao planejamento tanto por parte do Poder Público quanto pelos geradores com responsabilidade pela sua destinação/disposição. Saiba mais sobre a existência de lixões no Brasil acessando o link a seguir: https://goo.gl/akPMuC É importante, primeiramente, definir o conceito de destinação e disposição final. A PNRS (BRASIL, 2010, documento on-line), em seu art. 3°, define: VII – destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aprovei- tamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes [...], entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; 17Identificação, classificação e análise de resíduos VIII – disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos. Assim, tanto para a destinação quanto para a disposição ambientalmente adequadas dos resíduos, é importante conhecer sua composição para definir qual tipo de tecnologia será adotada. A definição do tipo de tratamento a ser adotado necessita da realização de análises químicas, físicas e biológicas, pois é com base nestas que poderão ser estabelecidos os métodos de operação dos sistemas de tratamento e otimização dos sistemas propostos. Identificação, classificação e análise de resíduos18 AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução – RDC/ANVISA nº 56, de 6 de abril de 2001. Brasília, DF, 2001. Disponível em: <http://www.abraidi.com.br/files/ tmp-PDF/rdc-56-de-2001-requisitos-essenciais.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2018. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da Diretoria colegiada - RDC nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerencia- mento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. Brasília, DF, 2018. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/ RDC_222_2018_.pdf/c5d3081d-b331-4626-8448-c9aa426ec410>. Acesso em: 14 jun. 2018. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004. Resíduos sólidos - Clas- sificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004a. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.005. Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004c. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.006. Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004d. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.007. Amostragem de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004b. BARROS, R. M. Tratado sobre resíduos sólidos: gestão, uso e sustentabilidade. Rio de Janeiro: Interciência, 2013. BARROS, R. T. V. Elementos de gestão de resíduos sólidos. Belo Horizonte: Tessitura, 2012. BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília, DF, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2010/lei/l12305.htm>. 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Acesso em: 14jun. 2018. 19Identificação, classificação e análise de resíduos Dica do professor A Dica do Professor a seguir descreve em maiores detalhes como é feita a classificação dos resíduos sólidos em classes e quais informações dos resíduos são avaliadas para a sua caracterização. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/b679362b17ccf9f2675d00a621b3bd24 Exercícios 1) A segregação dos resíduos na fonte geradora e a identificação da sua origem são partes integrantes dos laudos de classificação. Qual das opções a seguir apresenta o conteúdo esperado nesse laudo? A) Descrição de matérias-primas, de insumos e do processo no qual o resíduo foi gerado. B) Descrição de matérias-primas, da embalagem do produto e do processo no qual o resíduo foi gerado. C) Descrição dos insumos e do processo no qual o resíduo foi gerado. D) Descrição da embalagem do produto, matérias-primas e do processo no qual o resíduo foi gerado. E) Descrição de matérias-primas, de insumos, do processo no qual o resíduo foi gerado e descrição da embalagem do produto. 2) Complete a frase a seguir: O laudo para classificação dos resíduos pode ser baseado exclusivamente na ........................................................quando do enquadramento do resíduo. A) Identificação da tipologia do processo B) Identificação do processo produtivo C) Validade do produto D) Listagem dos resíduos E) Na quantificação dos volumes gerados 3) Um resíduo é classificado como perigoso se ele é tóxico, inflamável, corrosivo, reativo ou patogênico. A alternativa que descreve um produto tóxico, patogênico e não perigoso, respectivamente, é: A) Vidro, resíduo hospitalar contendo sangue com HIV, álcool. B) Chumbo, mercúrio e papel. C) Mercúrio, resíduo hospitalar contendo sangue com HIV, papel. D) Resíduo hospitalar contendo sangue com HIV, álcool, papel. E) Álcool, mercúrio e vidro. 4) Os laudos analíticos são de fundamental importância para tomada de decisão e para o planejamento de ações. Para isso, recomenda-se que os laudos contenham: A) Substância aquosa com pH ≤ 2. B) Substância que reage violentamente com a água. C) Substância contendo microrganismos patogênicos. D) Substância instável e com propriedade de combustão. E) Substância capaz de causar alterações no material genético. 5) A NBR 10004:2004 é uma norma que tem como objetivo: A) Guiar como deve ser o reaproveitamento e reúso de determinados tipos de resíduos. B) Restringir a geração de alguns resíduos específicos. C) Promover a classificação dos resíduos. D) Garantir a destinação adequada dos resíduos. E) Descrever como deve ocorrer o processo de amostragem dos resíduos sólidos. Na prática Imagine-se como consultor ambiental em uma empresa que faz o gerenciamento de resíduos sólidos produzidos em diferentes tipos de empresas, sejam elas indústrias, empresas de construção civil, entre outras. Na elaboração do plano de gerenciamento de resíduos, você deve identificar quais tipos de resíduos são produzidos em uma determinada empresa, como eles são classificados e de que forma deve ser feito o descarte. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/298cbf76-bb7c-4836-b305-818dded84e4b/83e8aae3-f4bd-4325-a470-924e4d36c76d.png Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Gerenciamento de resíduos sólidos: dimensões da sustentabilidade Com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, a correta destinação dos resíduos nas empresas se tornou lei e o gerenciamento passa a ser uma necessidade e uma solução. O que antes era conhecido como “lixo” ganhou um novo significado: “resíduos sólidos”, quando é possível reaproveitá-los ou reciclá-los, e “rejeitos”, quando se esgota a possibilidade de processamento. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. ABNT NBR 10004: Resíduos sólidos – Classificação Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/watch?v=fKwh5l8_uQc https://analiticaqmcresiduos.paginas.ufsc.br/files/2014/07/Nbr-10004-2004-Classificacao-De-Residuos-Solidos.pdf