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República Velha e a Industrialização

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Unidade I
REPÚBLICA VELHA
Profa. Leila Dutra
Origens da República no Brasil
A República foi proclamada em 15 de novembro
de 1889, e foi antecedida pelos seguintes regimes:
 Pré-colonial (1500-1530);
 Colônia (1530-1822);
 Primeiro Reinado (1822-1831);
 Regência (1831-1840);
 Segundo Reinado (1840-1889).
Atividade econômica na Monarquia
 Agricultura:
 latifúndio;
 monocultura;
 mão de obra escrava.
 A produção visava o mercado externo.
O Brasil e a lógica de acumulação primitiva do capital 
 A economia brasileira era uma extensão
de Portugal nas Américas.
 Portugal concentra a produção manufatureira:
 livros, roupas, utensílios domésticos, móveis etc.
 Não interessava para a Monarquia que o Brasil
desenvolvesse indústrias, pois havia uma dependência
política e econômica de Portugal.
Fim do Pacto Colonial
 O fim do Pacto Colonial consolidou o
domínio da Inglaterra sobre a América.
 Possuía o domínio:
 bélico;
 tecnológico;
 econômico.
As influências da Família Real
 Admiração pela cultura europeia, hábitos e costumes europeus.
 Dívida que o Brasil possuía com a Inglaterra,
controle e domínio econômico.
 Não interessava o desenvolvimento da indústria
nacional, pois havia a necessidade de importarmos
os produtos industrializados.
 Parte da estrutura política era feita pelos
grandes proprietários das atividades primárias:
 senhores de engenho;
 grandes mineradores;
 barões do café.
Ideologia liberal
 Parte dos cafeicultores investiu em novas formas de produção.
 Influência da ideologia liberal – o idealizador foi Adam Smith:
 liberdade no comércio;
 propriedade privada;
 restrição do poder estatal;
 liberdade para a sociedade se organizar economicamente.
 Esses ideais influenciaram os cafeicultores
que possuíam uma visão mais moderna.
Crescimento industrial na Europa
e nos Estados Unidos
 A revolução industrial na Europa e nos Estados Unidos 
ocorreu cerca de 100 anos antes do que no Brasil.
 Em meados de 1840, nesses países ocorreu a
transição de métodos de produção artesanais
para a produção por máquinas.
 Ocorreu primeiro na Europa:
1. possuíam tecnologia e experiência;
2. mercado para expansão;
3. grande crescimento da população.
Cercamento e expulsão dos trabalhadores do campo
 Mão de obra abundante.
 Crescimento das cidades industriais.
 Condições péssimas de trabalho.
 Condições miseráveis de moradia.
 Acidentes de trabalho.
 Inúmeras crianças trabalhavam como operárias.
Liberalismo na revolução industrial europeia
 Sem a interferência do Estado, as indústrias puderam
se expandir. Não havia uma regulamentação que 
organizasse a produção.
 Cresceu o poder da burguesia.
 Os ideais liberalistas se expandiram pelo mundo, 
e o Brasil passou a adotar esse modelo.
 Junto com o modelo econômico, vieram os ideais republicanos.
Imagem de operários
Fonte: <http://enem.descomplica.com.br/gabarito/gabarito-2012-dia1-rosa.html>
Interatividade
Por que a industrialização no Brasil somente
cresceu após a proclamação da República?
a) Porque não havia energia elétrica.
b) Porque não havia operários.
c) Porque a Monarquia adotou meios para impedi-la.
d) O governo republicano impôs a industrialização.
e) Não existiam industriais.
Resposta
Por que a industrialização no Brasil somente
cresceu após a proclamação da República?
a) Porque não havia energia elétrica.
b) Porque não havia operários.
c) Porque a Monarquia adotou meios para impedi-la.
d) O governo republicano impôs a industrialização.
e) Não existiam industriais.
Interação do passado com a nossa realidade
 Hoje a economia reflete as opções desse período.
 Podemos analisar as opções econômicas do passado 
e as suas consequências na nossa realidade atual:
 latifúndio;
 mão de obra barata;
 falta de diversidade nas grandes plantações. 
Liberalismo
 Os ideias liberalistas influenciaram a
formação da indústria nacional.
 Grande parte foi financiada pelo capital
da oligarquia cafeeira.
 E capital estrangeiro dos bancos multinacionais.
 A República nasceu capitalista e adotou os
ideais liberalistas no que se refere à falta de
influência do Estado nas relações de trabalho.
 No Brasil, a revolução industrial, apesar de tardia,
foi feroz da mesma forma que na Europa, no que
se refere à exploração dos trabalhadores.
A vida mudou
 As cidades cresceram, nasceram bairros, vilas.
 Com a industrialização veio a modernidade: energia
elétrica, trem, bondes, telefone, teatro, cinema etc.
 Mas a modernidade não foi para todos.
 A elite burguesa tinha acesso, mas os trabalhadores não.
 Esses não tinham acesso a saneamento básico,
água potável, moradia digna, saúde e educação.
 A maioria era analfabeta e residia em moradias
coletivas, sem as mínimas condições de conforto.
 A vida mudou para a elite; os trabalhadores
continuaram a ser extremamente explorados.
A Plebe (9 de junho de 1917) – primeira página: Igualdade e Fraternidade.
Burguesia nacional X Monarquia
 Com o crescimento da burguesia nacional,
houve a expansão dos ideais republicanos.
 Um dos modelos que influenciou a elite
brasileira da época foi o positivismo.
 Seu idealizador foi Auguste Comte. Defendia uma visão 
racional da sociedade, na qual a base do conhecimento 
é a ciência, e o comportamento humano deve ser 
regido por um modelo de ética e moral radicais. 
 A frase da bandeira nacional “ordem
e progresso” é fruto desses ideais:
 ordem – é a base;
 progresso – é a meta.
Burguesia nacional X Monarquia
 É importante termos em mente que a elite
brasileira fez uma adaptação dos ideais.
 Para o positivismo, a ética é fundamental.
 Mas não há como negar o que positivismo influenciou 
fortemente esse período. Um dos representantes mais
ilustres no Brasil foi Benjamin Constant – e, ainda,
Euclides da Cunha, Candido Rondon, entre outros.
 A filosofia cresceu entre os jovens oficiais do
Exército, e foram justamente os militares que
proclamaram a República.
Influência da industrialização
mundial na economia brasileira
 Com a expansão da industrialização pelo mundo, a
matéria-prima se tornou cada vez mais importante.
 O Brasil fornecia café e borracha.
 O café como fonte de energia para os operários.
 O látex, extraído dos seringais na região
amazônica, utilizado para a produção da
borracha, muito usada na indústria.
 Ambas as culturas financiaram o crescimento
da modernidade em várias regiões do país.
 Mas esse crescimento era restrito à elite.
A desigualdade social era a mesma em
todo o Brasil.
Desigualdade
 A desigualdade que nasceu com a
República reflete-se na sociedade até hoje.
 Um dos maiores contrastes está no crescimento
das cidades. Nos centros estão concentradas as
indústrias, comércio e a moradia das elites, os
teatros, centros culturais etc.
 Os trabalhadores foram afastados para os bairros
mais distantes, sem a infraestrutura necessária.
 Essa realidade persiste.
 As diferenças regionais também se acentuaram.
Nos centros, onde houve maior industrialização,
houve também um desenvolvimento maior da
estrutura estatal.
Interatividade
Por que o positivismo foi importante na formação da República?
a) Porque financiou os militares.
b) Porque trouxe ideias otimistas.
c) Porque trouxe ideias de organização e estrutura de Estado.
d) Porque influenciou no desenho da bandeira de República.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
Resposta
Por que o positivismo foi importante na formação da República?
a) Porque financiou os militares.
b) Porque trouxe ideias otimistas.
c) Porque trouxe ideias de organização e estrutura de Estado.
d) Porque influenciou no desenho da bandeira de República.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
Nasce um país voltado para o mundo externo
 Precisamos entender que o Brasil nasceu para atender 
as necessidades externas e permaneceu sendo gerido 
dessa forma por muitose longos anos.
 A cultura cafeeira gerou uma grande transformação
na economia, segundo Casalecchi (1982, p. 18): 
1. para resolver os seus problemas de transportes,
implanta e desenvolve o sistema ferroviário;
2. para resolver os problemas do beneficiamento e 
ensacamento, dinamiza as atividades industriais de 
máquinas de beneficiar café e sacaria, ao mesmo tempo 
que incentiva a indústria têxtil para vestir os seus 
trabalhadores (escravos e, depois, assalariados);
(continua...)
Nasce um país voltado para o mundo externo
3. para resolver os seus problemas de comercialização, 
financiamento e abastecimento, dinamiza as atividades do 
comércio de exportação e importação, o sistema bancário, 
o convívio urbano, além de propiciar o desenvolvimento 
dos portos, armazéns, transportes urbanos – enfim, auxilia
o crescimento ou o aparecimento de cidades;
4. para resolver os seus problemas de mão de obra,
utiliza-se dos escravos e, depois, com a extinção
do tráfico, em 1850, e com a crescente necessidade
de braços para a lavoura com a expansão, introduz-se
o trabalhador livre: o assalariado.
Fonte: PRADO JR. Caio. História econômica do Brasil.
26ª ed. Brasília: Brasiliense, p. 121 (pdf)
Nem tudo era igual
 É importante salientar que havia uma grande
diferença de ideias entre os grandes fazendeiros
do Vale do Paraíba e do Oeste de São Paulo. 
 Os primeiros eram mais conservadores, apoiavam
a Monarquia e defendiam a mão de obra escrava. 
 Já os fazendeiros do Oeste de São Paulo – da
região de Campinas, por exemplo – eram mais
urbanos e tinham mais proximidade com os ideais
republicanos, dentre eles a abolição.
Modernidade
Segundo Caio Prado Jr., citado por Casalecchi (1982, p. 20):
 a partir de 1850, fundam-se “62 empresas industriais,
 14 bancos,
 3 caixas econômicas, 
 20 companhias de navegação a vapor, 
 23 de seguros, 
 4 de colonização, 
 8 de mineração, 
 3 de transporte urbano,
 2 de gás e 
 8 estradas de ferro”. 
Fonte: <http://www.academia.edu/1560692/Aspectos_econômicos_
da_República_Velha_café_urbanização_e_industrialização>
Modernidade
 Atrelado ao crescimento da indústria,
ocorreu a concentração nas cidades. 
 Um grande número de operários, muitos
estrangeiros, imigraram para as cidades. 
 Alguns já haviam participado de movimentos
sociais e sindicais em seus países e trouxeram
para as terras brasileiras as suas experiências
de organização e mobilização operária.
Caminhos da abolição
 O programa do Partido Liberal, antes mesmo de
1870, já pregava pela introdução do trabalho livre.
 Lembremos que, em 1850, a Lei Eusébio
de Queirós proibiu o tráfico de escravos. 
 A saída imediata foi o tráfico interno, o que não
foi suficiente para atender as necessidades.
Guerra do Paraguai
 Outro importante acontecimento foi a Guerra do Paraguai 
(1864-1870). Vários negros lutaram com a promessa de 
liberdade e de condições de constituírem uma vida livre 
e digna, e passaram a se mobilizar para exigir o atendimento
das promessas.
 Além disso, a partir da década de 1880, o movimento 
abolicionista se fortaleceu. Surgiram associações, 
periódicos e uma massiva propaganda.
Caminhos da abolição
 O historiador Boris Fausto ensina que vários membros 
da sociedade participaram dos movimentos abolicionistas. 
Pessoas de condições sociais diversas participaram do 
movimento, dentre eles “destacou-se Joaquim Nabuco, 
importante parlamentar e escritor, oriundo de uma família 
de políticos e grandes proprietários rurais de Pernambuco” 
(FAUSTO, 2008, p. 218).
 O autor também cita a participação de pessoas negras
ou mestiças, que tiveram uma atuação marcante no
movimento abolicionista: “os mais conhecidos são os
de José do Patrocínio, André Rebouças e Luís Gama”
(FAUSTO, 2008, p. 219).
Caminhos da abolição
 O Brasil sofria uma grande pressão externa para
decretar a abolição. Inglaterra e Estados Unidos
pressionavam o governo imperial. 
 Em 13 de maio de 1888, não resistindo mais às inúmeras 
pressões, a princesa Isabel decreta a Lei Áurea. 
 Os escravos finalmente foram libertados.
Abolição X Monarquia
 Os proprietários esperavam receber indenizações. 
Não receberam nenhuma quantia.
 A parcela da sociedade que até então exercia
a defesa da Monarquia insurgiu-se contra ela
e passou a defender a instauração da República.
 Cresce a oposição ao sistema político. 
 É importante ressaltar o impasse pelo qual a Monarquia 
passou. Ao libertar os escravos, chocou-se com os seus 
aliados, já que os monarquistas eram escravocratas.
 Ao libertar os escravos, fortaleceu os seus
opositores, que defendiam os ideais republicanos.
Assim, a Monarquia uniu duas forças opostas,
gerando um bloco republicano único.
Queda do poder da Monarquia
 Além disso, a Monarquia enfrentou também
problemas com a Igreja Católica e com os militares.
 Com a igreja, pela proximidade
da Monarquia com a maçonaria. 
 Com os militares, porque estes perderam seus
poderes e influência gradativamente e viram
ingressar em suas forças civis que não possuíam
“atributos seletivos exigidos pela aristocracia –
‘riqueza’, ‘bons padrinhos’, ‘dotes intelectuais’, o
que reforça o seu desprestígio numa sociedade
de ‘legistas’” (CASALECCHI, 1982, p. 67).
Queda do poder da Monarquia
 Os jovens ingressavam na carreira militar visando à 
possibilidade de ascensão profissional e financeira.
 Em sua maioria, possuíam uma visão mais progressista e 
defendiam ideais republicanos, principalmente no Exército. 
 Assim, podemos entender que o Exército era uma
força mais democrática e representava as aspirações 
populares, principalmente da classe média.
O fim da dinastia
 Podemos dizer que foi um conjunto de
fatores que influenciou o fim da Monarquia. 
 Em 11 de novembro, em uma reunião realizada na casa de 
Deodoro da Fonseca, na presença de Francisco Glicério, 
Quintino Bocaiúva, Aristides Lobo, Benjamin Constant, Major 
Solon e Rui Barbosa, Deodoro assim teria se pronunciado: 
 “Eu queria acompanhar o caixão do Imperador, que está 
velho e a quem respeito muito. Ele assim o quer, façamos 
a república. Benjamin e eu cuidaremos da ação militar; 
o Sr. Quintino e os seus amigos organizam o resto” 
(CASALECCHI, 1982, p. 88).
O fim da dinastia
 O povo assistiu a tudo de camarote.
No dizer de Aristides Lobo:
 “O povo assistiu àquilo bestializado, atônito,
surpreso, sem conhecer o que significava”
(CASALECCHI, 1982, p. 94).
Interatividade
“O povo assistiu àquilo bestializado”. Na visão de
Aristides Lobo, jornalista da época, a reação popular
em relação à proclamação da República foi:
a) A população participou ativamente das articulações políticas.
b) A nossa proclamação trabalhista ocorreu
nos mesmos moldes que a Queda da Bastilha.
c) Ocorreu um grande golpe militar e o povo ficou com medo.
d) O povo assistiu à troca de cadeiras sem entender nada.
e) O povo foi às ruas defender a Imperatriz e a Monarquia.
Resposta
“O povo assistiu àquilo bestializado”. Na visão de
Aristides Lobo, jornalista da época, a reação popular
em relação à proclamação da República foi:
a) A população participou ativamente das articulações políticas.
b) A nossa proclamação trabalhista ocorreu
nos mesmos moldes que a Queda da Bastilha.
c) Ocorreu um grande golpe militar e o povo ficou com medo.
d) O povo assistiu à troca de cadeiras sem entender nada.
e) O povo foi às ruas defender a Imperatriz e a Monarquia.
Carta de D. Pedro II
“À vista da representação escrita que me foi entregue
hoje, às 3 horas da tarde, resolvo, cedendo ao império
das circunstâncias, partir, com toda a minha família,
para a Europa, deixando esta Pátria, de nós tão estremecida,
à qual me esforcei por dar constantes testemunhos de
entranho amor e dedicação, durante mais de meio século
em que desempenhei o cargo de chefe de Estado.
Ausentando-me, pois, com todas as pessoas da minha família, 
conservareido Brasil a mais saudosa lembrança, fazendo os 
mais ardentes votos por sua grandeza e prosperidade.”
Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1889
D. Pedro de Alcântara
Fonte: <http://www.maconaria.net/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=115>
Fonte: <http://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/18891116-4373-nac-0001-999-1-not>
Mas o que é proclamar?
 Proclamar é anunciar, avisar, comunicar.
 Na verdade, a nossa República foi anunciada.
 Houve um anuncio público que comunicou
a substituição da Monarquia pela República.
 Podemos caracterizar como golpe de Estado, ou seja, 
uma ruptura institucional. Ocorre quando um governo 
legalmente instituído é substituído por outro grupo, 
que não foi legalmente designado. 
 Na época houve um consenso nacional, e por
isso não ocorreu uma defesa da manutenção
da Monarquia, não houve uma revolta.
O golpe de Estado foi militar
 Mas apesar de os militares serem os protagonistas,
na frente estavam os membros do Exército – a Marinha 
praticamente não atuou.
 Grande parte era composta por capitães, tenentes e 
sargentos. Havia poucos oficiais: Deodoro da Fonseca 
(General) e Benjamin Constant (Tenente-Coronel).
 Esses militares possuíam educação superior,
obtida durante o curso da Escola Militar.
 Devemos lembrar os ideais positivistas, e ainda
que Benjamin Constant era defensor desses ideais
e professor na Escola Militar.
Benjamin Constant, mestre
 A Escola Militar reunia jovens idealistas, que haviam 
tido contato com ideais republicanos e positivistas.
 Benjamin Constant era professor de matemática.
Defensor da mentalidade cientificista e da valorização
do mérito pessoal.
 Com a “mocidade militar”, implantou as bases que 
iriam fundamentar a mudança de sistema político.
 Não podemos esquecer que durante muitos anos
a Escola Militar foi a única escola de engenharia
no período do Império.
 A Escola Militar diferenciava os oficiais que
tinham se formado nela dos oficiais de carreira,
que tinham vindo das tropas.
Bacharéis de Direito
 Ao contrário dos militares, os jovens bacharéis
em Direito eram membros da elite.
 Filhos de famílias ricas, muitos estudaram no exterior.
 Eles detinham os cargos e funções públicos
nas mais variadas esferas da administração.
 Possuíam boa formação e atuavam nas
articulações políticas dentro da esfera do poder.
Maçonaria
 Apesar de o Imperador D. Pedro II ser simpatizante
da Maçonaria, nela estavam concentrados vários
membros dos ideais positivistas.
 No entender desse grupo, passar para a
República era uma evolução natural do sistema.
 É importante lembrar que grande parte dos militares
que participaram do golpe de Estado eram maçons.
 Em 15 de novembro de 1889, Marechal Deodoro
foi nomeado Chefe do Governo Provisório, e em
19 de dezembro foi nomeado Grão Mestre do Grande
Oriente do Brasil.
Primeiro governo
 Marechal Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente
da República. Seu mandato durou de 15 de novembro de
1889 a 23 de novembro de 1891.
 Em seu governo houve a promulgação da nossa
primeira Constituição Republicana, em 1891.
 Foi uma fase de transição, na qual buscou compor
as forças dos republicanos com os insurgentes que
defendiam a Monarquia.
 O governo promoveu reformas nas Forças Armadas,
criou o Código Penal, fixou fronteiras nacionais e
instituiu normas fiscais e tributárias.
Interatividade
Qual a importância dos jovens membros da
Escola Militar na proclamação da República?
a) Nenhuma. Assistiram a tudo bestializados.
b) Como militares, somente acataram ordens.
c) Atacaram o governo monárquico e derrubaram a força.
d) Atuaram ativamente, articulando politicamente.
e) Tornaram-se os primeiros ministros do primeiro
governo republicano, como forma de recompensa.
Resposta
Qual a importância dos jovens membros da
Escola Militar na proclamação da República?
a) Nenhuma. Assistiram a tudo bestializados.
b) Como militares, somente acataram ordens.
c) Atacaram o governo monárquico e derrubaram a força.
d) Atuaram ativamente, articulando politicamente.
e) Tornaram-se os primeiros ministros do primeiro
governo republicano, como forma de recompensa.
ATÉ A PRÓXIMA!

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