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GEOPOLÍTICA, REGIONALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO - Slides de Aula

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UNIDADE I
Geopolítica, 
Regionalização
e Integração
Prof. Flavio Martin
 analisar os fundamentos e as teorias das relações internacionais;
 compreender as noções de cooperação entre Estados;
 conhecer os conceitos e os objetivos da política externa;
 entender a evolução do pensamento em geopolítica;
 identificar as relações entre sociedade, Estado, território e poder;
 conhecer a agenda da geopolítica moderna;
 compreender os aspectos da integração regional.
Objetivos da disciplina
 As relações internacionais contemporâneas ocorrem pela transnacionalização das 
relações econômicas, sociais, políticas e culturais.
 A grande diversidade de organizações internacionais ganha relevância.
 Assim, os limites das políticas interna e externa dos Estados ficam indefinidos.
Fundamentos das relações internacionais
 A transnacionalização está ligada à globalização.
 Os relacionamentos político-sociais vão além dos territórios, incentivados pela 
ultravalorização do sistema capitalista que articula ordenamento jurídico mundial 
independente dos Estados.
Transnacionalização 
 O termo “internacional” perdeu seu significado em função da mudança da 
organização social.
 Atualmente, a expressão “relações internacionais” vai além de interações entre 
nações, mas entre Estados, governos e outros atores internacionais.
Conceito de relações internacionais
 Essa ciência social é recente: século XX.
 Sua preocupação é o estabelecimento dos modos de interação das diferentes 
sociedades ao longo dos séculos. 
 Ou seja, essas interações geram situações de conflito ou cooperação.
Consolidação das relações internacionais
 Até o século XVII não havia um sistema de entidades políticas (Estados) 
exercendo autoridade suprema sobre territórios.
 As unidades governamentais existiam em diferentes épocas sob a forma de 
comunas, cidades-estados e feudos.
 As unidades econômicas eram a família, o feudo, a comunidade da vila, a cidade e 
a liga das cidades.
Evolução histórica das relações internacionais
 Ocupantes de um território estavam sujeitos a várias autoridades superiores.
 Bispos, reis, senhores feudais e cidades assinavam tratados e faziam guerra.
 As relações entre imperadores, papas, reis, barões e cidades não eram relações 
internacionais no sentido moderno (Estados), e sim relações entre pessoas e 
instituições.
Evolução histórica das relações internacionais
 Desde a Roma Antiga até o século XVII, os relacionamentos entre os povos eram 
estabelecidos a partir do Direito das Gentes (o Direito Romano adaptado ao longo 
do tempo).
 A partir do Direito das Gentes, surgiram: Direito Mercantil e Marítimo, Direito 
Eclesiástico etc.
 Todos focados na relação entre pessoas, e não Estados. 
Evolução histórica das relações internacionais
 Nos séculos XVI e XVII, o comércio crescente e a competição política e econômica 
criaram uma nova situação institucional além do Direito das Gentes.
 Surge o Estado territorial soberano como responsável por organizar, regular e 
constituir a vida social no mesmo território.
 A política passou a ser determinada pelo território em duas vertentes: 
interna e externa.
A influência do mercado nas relações internacionais
 Em 1648 ocorre a Paz da Westphalia, conjunto de tratados diplomáticos firmados 
entre as principais potências europeias encerrando a Guerra dos 30 Anos.
Os tratados reconheciam:
 Uma sociedade de Estados com soberania territorial;
 A legitimidade de todas as formas de governo;
 A não intervenção em assuntos internos dos demais Estados;
 O respeito à tolerância e à liberdade religiosa; 
 A independência dos Estados.
A influência do mercado nas relações internacionais
 O desastre da Primeira Guerra Mundial mudou a condução da política internacional.
 Entre 1914 e 1918 nove milhões morreram.
 Reino Unido, França, Rússia, Alemanha, Áustria-Hungria, Itália, Bélgica, Polônia, 
Bulgária e outros.
 Quatro grandes potências imperiais deixaram de existir (Impérios Alemão, Russo, 
Austro-Húngaro e Otomano). 
 O mapa da Europa central foi redesenhado em vários novos países menores.
 O Tratado de Versalhes encerrou a Guerra e exigiu muito dos perdedores. 
O aspecto mediador das relações internacionais
 Um conjunto de propostas para prevenir a guerra e manter a paz foi apresentado, 
em 1918, pelo presidente dos EUA, Woodrow Wilson.
 Era o Idealismo, novas bases para a política internacional em busca 
de um mundo ideal.
O aspecto mediador das relações internacionais
A dificuldade em empregar um melhor significado à expressão relações 
internacionais é inerente, em parte, ao próprio termo “internacional” que, na evolução 
do modo de organização social, perdeu seu significado. Atualmente, a expressão 
“relações internacionais” não significa interações entre nações, mas entre:
a) Estados, governos e outros atores internacionais.
b) Estados e ministérios.
c) Governos e câmaras de deputados.
d) Governos e ministérios.
e) Ministérios das Relações Exteriores.
Interatividade
A dificuldade em empregar um melhor significado à expressão relações 
internacionais é inerente, em parte, ao próprio termo “internacional” que, na evolução 
do modo de organização social, perdeu seu significado. Atualmente, a expressão 
“relações internacionais” não significa interações entre nações, mas entre:
a) Estados, governos e outros atores internacionais.
b) Estados e ministérios.
c) Governos e câmaras de deputados.
d) Governos e ministérios.
e) Ministérios das Relações Exteriores.
Resposta
O século XX foi marcado:
 pelas duas maiores guerras mundiais;
 pelo conflito ideológico (capitalismo x socialismo);
 por revoluções e crises; 
 pela extraordinária expansão econômica;
 por profundas transformações sociais;
 por impérios e hegemonias;
 pelo enorme desenvolvimento tecnológico desde a 
Primeira Guerra Mundial.
O mundo do século XX e as teorias das relações internacionais
 Encurtamento das distâncias + desenvolvimento tecnológico = transnacionalização 
das relações econômicas, sociais, políticas e culturais.
 Os limites de atuação das políticas interna e externa dos Estados ficaram 
imprecisos e tênues.
O mundo do século XX e as teorias das relações internacionais
 O século XX também é marcado pela evolução da teoria das relações 
internacionais, que se ocupa em analisar com mais clareza o complicado conjunto 
de relações que se processam no mundo atual.
 Exemplo: Europa hoje com imigrantes ilegais.
O mundo do século XX e as teorias das relações internacionais
 O conhecimento acumulado até o início do século XX deu sustentação para novas 
proposições de caráter científico.
 Essas proposições foram elaboradas à medida que a política internacional dava 
rumos ao mundo mediante velhos e novos acontecimentos.
 Isso exigia, portanto, explicações mais consistentes da realidade: teorias.
O mundo do século XX e as teorias das relações internacionais
 De acordo com Rocha (2002), as teorias resultam dos esforços intelectuais em 
produzir interpretações científicas da realidade a partir da reflexão sistemática 
sobre agentes e processos no contexto das relações internacionais.
O mundo do século XX e as teorias das relações internacionais
 O campo de estudo das relações internacionais se caracteriza por 
um pluralismo teórico.
 Aceita a coexistência de vários discursos teóricos dos mais variados matizes.
 Isso permite análises mais claras da realidade internacional.
O mundo do século XX e as teorias das relações internacionais
 Os resultados destruidores da Primeira Guerra Mundial, com o número 
de vítimas civis e militares, o nível de violência e a extensão do conflito 
impulsionaram o desenvolvimento das relações internacionais.
 Isso ocorreu no campo de estudo científico a partir da percepção de um mundo 
ideal, da qual se pretendeu pautar as relações internacionais.
 Essa percepção ficouconhecida como “Idealismo”.
A noção de cooperação para os teóricos idealistas e realistas
O Idealismo é concebido como:
 “[...] um conjunto de princípios universais que defende a necessidade de estruturar 
o mundo buscando o entendimento, através de condutas pacifistas, onde a 
confiança e a boa vontade sejam os motores que movimentam a história.”
(MIYAMOTO et al., 2004, p. 15)
A noção de cooperação para os teóricos idealistas e realistas
 Na visão idealista, a ordem internacional deveria ser disciplinada por organizações 
internacionais capazes de determinar princípios éticos e morais.
 Isso reduziria os nacionalismos apaixonados e a desconfiança generalizada.
 Por conseguinte, “assegurar-se-iam a ordem e a paz entre as nações com a 
utilização de instrumentos jurídicos para dirimir os conflitos de interesses”.
(BELLI, 1994, p. 14)
A noção de cooperação para os teóricos idealistas e realistas
 O objetivo dos idealistas era que a cooperação internacional, por meio do 
Direito Internacional, pudesse oferecer os meios para a manutenção de 
uma paz duradoura.
 A visão realista de mundo postula os Estados como os principais agentes do 
sistema internacional e sua interação é o mais importante processo.
A noção de cooperação para os teóricos idealistas e realistas
 Mesmo dominando os discursos políticos e acadêmicos nesse período, as 
propostas idealistas não deram certo: veio a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
 Ficou claro o caráter ingênuo e normativo do Idealismo.
 O Idealismo perdeu, então, sua capacidade de persuasão e ficou exposto 
às críticas de intelectuais realistas.
O fracasso do Idealismo
 O Idealismo enfatizou cooperação e convergência de interesses, deixando de lado 
as interações, gerando conflitos.
 Os teóricos realistas clássicos desprezaram em suas análises a questão 
da cooperação, deixando de lado uma dimensão igualmente importante das 
relações internacionais.
Crítica aos idealistas
Características principais da política internacional defendidas pelo Realismo:
 Estado como agente principal;
 Sistema internacional anárquico (nenhum Estado reconhece em outro a 
capacidade de estabelecer regras);
 Processo político de luta pelo poder; 
 Uso sistemático da força como meio de solução de conflitos.
O Realismo
Por qual razão o Idealismo perdeu sua capacidade de persuasão e ficou exposto 
às críticas de intelectuais realistas?
a) Pelas duas maiores conflagrações mundiais.
b) Pelo conflito ideológico (capitalismo versus socialismo).
c) Pela extraordinária expansão econômica.
d) Pela Primeira Guerra Mundial.
e) Pela Segunda Guerra Mundial.
Interatividade
Por qual razão o Idealismo perdeu sua capacidade de persuasão e ficou exposto 
às críticas de intelectuais realistas?
a) Pelas duas maiores conflagrações mundiais.
b) Pelo conflito ideológico (capitalismo versus socialismo).
c) Pela extraordinária expansão econômica.
d) Pela Primeira Guerra Mundial.
e) Pela Segunda Guerra Mundial.
Resposta
 A teoria da interdependência surgiu como uma tentativa de dar respostas
mais satisfatórias a uma realidade internacional em acelerado 
processo de transformação.
 A partir do Realismo, Keohane e Nye elaboraram programas de pesquisa 
no início de 1970.
A noção de cooperação para os teóricos da interdependência
 Nesse programa, havia espaço para estudar agentes distintos do Estado nacional, 
além de pesquisar processos complementares ao problema da segurança.
 Isso contrastava com a abordagem realista.
A noção de cooperação para os teóricos da interdependência
Antes do fim da Segunda Guerra Mundial, as potências vencedoras desenvolveram 
uma rede de organizações internacionais para promover a cooperação multilateral 
em diferentes áreas:
 Organização das Nações Unidas (ONU);
 Organização Internacional do Trabalho (OIT);
 Organização Mundial da Saúde (OMS); 
 Fundo Monetário Internacional (FMI); 
 Banco Mundial (BIRD);
 Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) 
substituído, em 1995, pela Organização Mundial do 
Comércio (OMC);
 Outros.
A noção de cooperação para os teóricos da interdependência
 As organizações internacionais criaram um fluxo de conhecimentos que alterou 
conceitos de autoridade ao estruturar instâncias de negociação.
 Isso gerou o jogo da política e da economia internacionais.
A noção de cooperação para os teóricos da interdependência
 Também alterava a realidade internacional o gigantesco aumento das transações 
transfronteiriças (fluxo de capitais, bens, pessoas etc.).
 O crescimento de atores não estatais (empresas transnacionais, igrejas, ONGs 
etc.) também alterou os processos políticos e econômicos internacionais.
A noção de cooperação para os teóricos da interdependência
 Se, no Realismo, o agente principal é o Estado, na interdependência há variados 
atores com canais múltiplos de contato.
 A teoria se baseia na interdependência como resultado das transações entre os 
atores, ou seja, dependência mútua.
 Muitos processos em curso nas relações internacionais contemporâneas nem 
sempre passam pelo controle do Estado.
 Os resultados dos processos não são determinados pelo poder militar, e sim pela 
manipulação dos fatores de interdependência.
A noção de cooperação para os teóricos da interdependência
 As relações entre Estados, organizações internacionais, partidos políticos, ONGs e 
outros atores ocorrem dentro de uma ordem ou sistema internacional.
 O Sistema Internacional (ou Ordem Mundial) é o meio em que ocorre o conjunto de 
interações entre os diferentes atores. Assim, a Ordem Mundial muda com o tempo.
A política externa e os interesses nacionais: instrumentos da política 
estatal e da geopolítica
 A Ordem Mundial antes da Primeira Guerra era diferente da Ordem depois!
 A Ordem Mundial de hoje é diferente da época de Napoleão.
A política externa e os interesses nacionais: instrumentos da política 
estatal e da geopolítica
 Interesse nacional: aquilo que interessa ao país.
 Política externa (ou exterior): instrumento na relação com outros Estados com 
regras, limites e práticas recomendadas.
 A política externa atende ao interesse nacional.
A política externa e os interesses nacionais: instrumentos da política 
estatal e da geopolítica
 A política externa atua no Sistema Internacional (ou Ordem Mundial).
Podemos considerar Sistema Internacional como um:
 “[...] meio onde se processam as relações entre os diferentes atores que compõem 
e fazem parte do conjunto das interações sociais que se processam na esfera 
internacional, envolvendo seus atores, acontecimentos e fenômenos.”
(MERLE, 1981 apud PECEQUILO, 2004, p. 38)
A política externa e os interesses nacionais: instrumentos da política 
estatal e da geopolítica
A teoria da interdependência surgiu como uma tentativa de dar respostas mais 
satisfatórias a uma realidade internacional em:
a) Acelerado processo de transformação.
b) Acelerado processo de depressão.
c) Acelerado processo de expansão.
d) Acelerado processo de desorganização.
e) Acelerado processo de reorganização.
Interatividade
A teoria da interdependência surgiu como uma tentativa de dar respostas mais 
satisfatórias a uma realidade internacional em:
a) Acelerado processo de transformação.
b) Acelerado processo de depressão.
c) Acelerado processo de expansão.
d) Acelerado processo de desorganização.
e) Acelerado processo de reorganização.
Resposta
O Sistema Internacional moderno compreende várias macroestruturas:
 o eurocentrismo;
 a transição entreguerras;
 a Guerra Fria após a Segunda Guerra Mundial;
 multipolarismo;
 conflitos generalizados e revoluções;
 etc.
Introdução à política externa: conceitos e objetivos
 A importância de conhecer essas macroestruturas é o fato de que cada uma delas 
corresponde a configurações específicas de poder.
 Os Sistemas Internacionais podem ser examinados sob o ângulo de subsistemas, 
podendoser divididos em ideologia, desenvolvimento, conflito e segurança.
Introdução à política externa: conceitos e objetivos
Ideologia: 
 Tem irrefutável influência na política internacional e está ligada ao modo 
de organização do país no que diz respeito à política externa.
Desenvolvimento: 
 O nível de desenvolvimento de um país afeta diretamente sua capacidade 
de ação internacional.
Conceitos e objetivos da política externa
Conflito: 
 Situações de tensão aguda ou conflito aberto constituem oportunidades 
extremamente ricas para análise da realidade internacional.
Segurança: 
 Os arranjos internacionais e os meios nacionais são instrumentos de segurança 
externa, porém não se deve pensar apenas nos instrumentos militares, mas 
também nos políticos, econômicos e socioculturais.
Introdução à política externa: conceitos e objetivos
 Para um bom entendimento das relações internacionais, é importante não se 
prender apenas ao plano de ação e interação entre Estados.
 É fundamental ir além e examinar todo o Sistema Internacional.
O Sistema Internacional
Mas o que significa o termo “sistema” quando aplicado às relações internacionais?
 “Sistema” é uma união de algum modo regular que se dá por meio do 
agrupamento de unidades, objetos ou partes.
O Sistema Internacional
 A concepção de sistema está interligada ao pensamento das três escolas teóricas 
dominantes de relações internacionais: a liberal, a realista e a radical.
 A escola liberal não vê o Sistema Internacional como centro de estudo.
O Sistema Internacional
 A escola realista acredita que a política é governada por leis objetivas enraizadas 
na natureza humana. O conceito de realismo é o do interesse definido como poder.
O Sistema Internacional
 A escola radical busca definir a estrutura em termos de estratificação: o Sistema 
Internacional seria estratificado conforme o poder de cada Estado, como poder 
econômico, militar, petróleo etc.
 A estratificação do poder e os recursos formam a divisão entre aqueles que têm 
(norte) e aqueles que não têm (sul).
 No Hemisfério Norte, as principais potências (EUA, Japão, Alemanha, 
França, Rússia e Inglaterra) geram quase metade do 
PIB mundial.
O Sistema Internacional
 Nesta unidade, tivemos a oportunidade de perceber que a consolidação das 
relações internacionais como ciência social é recente, embora traços na história da 
humanidade apontem que desde a Antiguidade já existia uma preocupação com o 
fundamento político de uma ordem social pacífica no mundo.
Resumo
Meio em que acontecem as relações entre os diferentes atores que compõem 
e fazem parte do conjunto das interações sociais que se processam na esfera 
internacional, envolvendo seus atores, acontecimentos e fenômenos. 
Estamos nos referindo ao:
a) Sistema pluralista.
b) Sistema nacionalista.
c) Sistema internacional.
d) Sistema de relações intergovernamentais.
e) Sistema de relações decisoriais.
Interatividade
Meio em que acontecem as relações entre os diferentes atores que compõem 
e fazem parte do conjunto das interações sociais que se processam na esfera 
internacional, envolvendo seus atores, acontecimentos e fenômenos. 
Estamos nos referindo ao:
a) Sistema pluralista.
b) Sistema nacionalista.
c) Sistema internacional.
d) Sistema de relações intergovernamentais.
e) Sistema de relações decisoriais.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!
UNIDADE II
Geopolítica, 
Regionalização
e Integração
Prof. Flavio Martin
 A geopolítica é um tema contemporâneo, que surgiu após o período da Guerra 
Fria e impacta nas interfaces sociais, políticas e econômicas.
 Mudança no paradigma das relações internacionais – de bipolaridade 
para multilateralidade. 
Sociedade, espaço e poder
 Em sua obra “Leviatã”, Thomas Hobbes foi um dos primeiros filósofos a enfatizar 
sistematicamente as questões relativas à origem da sociedade.
 “O maior dos poderes humanos é aquele que é composto pelos poderes de vários 
homens, unidos por consentimento numa só pessoa, natural ou civil, que tem o 
uso de todos os poderes na dependência de sua vontade: é o caso do poder de 
um Estado.”
(HOBBES, 1988, p. 53)
Sociedade, por T. Hobbes em ‘Leviatã’
 “O Território é a expressão legal e moral de um Estado, sendo a união entre o solo 
e o povo que ali habita a constituição de uma sociedade”.
 Essa definição dá ênfase à associação da territorialidade a uma identidade 
específica (Território + Gente).
A sociedade e o território
As fronteiras que separam os indivíduos no século XXI são plurais:
 nas vertentes culturais, 
 no alinhamento político e
 nas associações regionais entre as nações. 
 O estudo dos territórios ganhou novamente importância devido ao fim da 
bipolarização, tanto do ponto de vista militar quanto econômico.
 Surgem espaços para o desenvolvimento de novos acordos federativos que 
legitimam as novas políticas e as chamadas áreas de influência.
O território e a regionalização 
 O estudo dos territórios é a base para entender fenômenos atuais como 
a fragmentação e a regionalização.
 No decorrer das décadas, esses conceitos foram se adaptando à realidade 
das nações e do mundo e deram origem à ideia de Estado-Nação.
O território e o Estado-Nação
Um Estado, para ser reconhecido como tal, deve cumprir quatro condições básicas:
1. Ter uma base territorial com fronteiras definidas. 
2. Ter uma população.
3. Ter um governo reconhecido por essa população.
4. Ser reconhecido pelos demais Estados.
Estado 
 Estado e Nação não são sinônimos, muito embora possam conviver no 
mesmo território.
 Estado é composto pelas quatro condições; e
 Nação é composta por um grupo de pessoas que compartilham do mesmo 
conjunto de características, ou seja, costumes, linguagem e história.
 Assim, há estados com várias nações (Espanha) e nações espalhadas por vários 
estados. No Brasil, estado e nação se confundem.
Estado e Nação 
 A denominação Estado-Nação se torna uma ferramenta de criação da 
identidade nacional.
 O Estado-Nação é soberano e possui o poder de decidir as condições e ideais 
aos quais se deve ou não submeter.
 Dá para reconhecer que a nova geopolítica das nações na virada do século XXI 
tem demonstrado um grande movimento de mobilização social e política a favor de 
transformações sociais e de igualdade.
Estado-Nação 
 Acontece a reafirmação do ideal liberal e a manutenção do status quo e da 
situação do sistema internacional.
Século XXI e o ideal liberal
 O estudo das relações internacionais envolve o estudo das relações de poder 
entre os Estados. Os Estados possuem poder e têm a capacidade de influenciar 
os outros.
Tipos de Poder dos Estados:
 Território
 População
 Recursos naturais 
 Recursos Tecnológicos
 Recursos Financeiros
 Recursos Militares
 Religião
 Etc.
Poder 
 Tendência que os Estados possuem de buscar o equilíbrio, dando origem ao termo 
balança de poder.
 Quando há equilíbrio, não compensa entrar em conflito.
 Quando há desequilíbrio, o conflito pode ocorrer. 
Balança de poder
 Unipolar: quando uma potência hegemônica está presente (um Estado possui mais 
poder perante os demais que compõem o sistema).
 Bipolar: dois Estados detêm a mesma quantidade de poder, mas são superiores 
aos demais que compõem o sistema.
 Multipolaridade equilibrada: três ou mais Estados dentro da balança de poder 
possuem poder relativamente semelhante.
 Multipolaridade desequilibrada: há três ou mais Estados dentro da balança de 
poder, mas somente um deles possui mais poder que os demais.
Tipos de Balança de Poder (regional, global ou sistêmica)
Em relação à balança de poder, é falso afirmar que:
a) No mundo globalizado, a balança de poder é um eixo que norteia as decisões.
b) Em conjunto, os países conseguem fazer frente ou ao menos se destacar 
perante os chamados hegemons. 
c) O poder na geopolítica é designado por meio de interfaces econômicas,políticas 
ou bélicas.
d) A multipolaridade desequilibrada acontece quando três 
ou mais países expressam poderes semelhantes.
e) O poder, ou a falta dele, determina o quanto se influencia 
ou se é influenciado.
Interatividade
Em relação à balança de poder, é falso afirmar que:
a) No mundo globalizado, a balança de poder é um eixo que norteia as decisões.
b) Em conjunto, os países conseguem fazer frente ou ao menos se destacar 
perante os chamados hegemons. 
c) O poder na geopolítica é designado por meio de interfaces econômicas, políticas 
ou bélicas.
d) A multipolaridade desequilibrada acontece quando três 
ou mais países expressam poderes semelhantes.
e) O poder, ou a falta dele, determina o quanto se influencia 
ou se é influenciado.
Resposta
 Final do séc. XIX, conceito de Friedrich Ratzel, geógrafo alemão.
 Aborda a relação entre política e o território.
 Modo pelo qual a política tinha relações e era influenciada pela geografia. 
 Ou seja, a distribuição de continentes, oceanos, montanhas etc. afetava a 
humanidade e subdividia o mundo em Estados, gerando competição e conflito 
entre eles.
Geografia política
 Ratzel procurou elaborar uma teoria das relações entre a política e o espaço 
territorial e introduziu o conceito de sentido do espaço.
 Determina que certos povos devem possuir maior capacidade de ordenar suas 
respectivas paisagens, de valorizar seus recursos minerais/naturais e de se 
fortalecer a partir de sua própria fixação no território.
 É a relação entre povo e território.
 Esta teoria foi apropriada pelo Nazismo de 
Hitler na II Guerra.
Geografia política
 Final do séc. XIX, conceito de Rudolf Kjellén, cientista político sueco.
 Geopolítica diz respeito às disputas de poder no espaço mundial e que, como 
a noção de poder já o diz, não é exclusiva da geografia. 
 Ou seja, estuda o Poder dos Estados.
 A geopolítica busca os acontecimentos e movimentos dinâmicos que ocorrem em 
função da geografia e da política para analisar cenários 
políticos e estratégicos.
Geopolítica 
 A Geopolítica ficou no ostracismo (exceto no meio militar) até meados de 1970, 
quando recuperou seu espaço acadêmico.
 Após a Guerra Fria houve uma reestruturação do panorama político e territorial, 
criando uma nova configuração do mapa de poder.
 A globalização forma blocos regionais e divide o mundo em Estados com as 
mesmas religiões.
 A Geopolítica tem novos elementos para estudo.
Geopolítica
O pensamento geopolítico contemporâneo é fruto de vários acontecimentos 
do século XX:
 O processo de descolonização de países africanos, entre 1950 e 1990;
 As revoluções no leste europeu;
 A entrada de nações emergentes no contexto internacional;
 A mudança do paradigma das relações internacionais
 A partir da década de 1990, ocorre uma fase de compreensão da conjuntura 
e de redefinição da política internacional.
A evolução do pensamento em geopolítica 
A Nova Ordem Mundial é multipolar:
 EUA
 Rússia
 China
 União Europeia
 Brasil
 Índia
 Outros
A evolução do pensamento em geopolítica 
 O mundo não é mais regido somente pelo poderio econômico ou militar 
das superpotências.
 Há frequentemente aproximações e afinidades culturais, sociais, étnicas 
e regionais.
O pensamento geopolítico contemporâneo
 Na Geopolítica Clássica, de Kjéllen, o espaço territorial é visto como um 
instrumento de poder.
 Geopolítica Clássica é uma forma de ciência do Estado, que é visto como um 
organismo geográfico (país, território, império).
 A Academia alemã fica entusiasmada. Karl Haushofer, geógrafo alemão, cria a 
ideia da Panregião, que se referia às quatro grandes regiões mundiais.
 Cada região teria um Estado-Diretor.
Geopolítica clássica 
O pensamento de Haushofer – Panregiões
Fonte: Adaptado de: FERNANDES, J. P. T. A geopolítica clássica revisitada. 
Nação & Defesa, Brasília, Instituto de Defesa 
Nacional, n. 105, 2003, p. 232. Disponível em: <http://www.jptfernandes.com/docs/art_acad_
geopolitica_rev.pdf>. Acesso em: 2 fev. 2012.
Pan-América
Euro-África
Pan-Rússia
O pensamento de Mackinder – Heartland
Fonte: https://morguefile.com/photos/morguefile/1/world%20map/pop
 Análise das interações políticas entre Estados em função de seus aspectos de 
Poder.
 Sistema internacional muito complexo.
 Economia globalizada dinâmica.
 Importância de novos atores (Estados e não Estados).
 Intercâmbio e interdependência.
 Outros poderes: comércio, influência ideológica e soft power (persuasão).
Geopolítica contemporânea ou nova geopolítica 
Em relação à Teoria das Panregiões, é incorreto afirmar que:
a) As regiões foram divididas por causa dos conflitos ideológicos entre os sistemas 
capitalistas e socialistas. 
b) As quatro regiões que dividiram o mundo eram autônomas dentro do espaço 
pertencente a elas. 
c) Espaço é poder.
d) Os blocos econômicos compactuam com a panregião e 
são autores da separação social.
e) As panregiões deixam evidentes os dominadores 
e dominados.
Interatividade
Em relação à Teoria das Panregiões, é incorreto afirmar que:
a) As regiões foram divididas por causa dos conflitos ideológicos entre os sistemas 
capitalistas e socialistas. 
b) As quatro regiões que dividiram o mundo eram autônomas dentro do espaço 
pertencente a elas. 
c) Espaço é poder.
d) Os blocos econômicos compactuam com a panregião e 
são autores da separação social.
e) As panregiões deixam evidentes os dominadores 
e dominados.
Resposta
 As fronteiras representam a divisão do território e determinam a área territorial 
precisa de um Estado.
 Assim, as fronteiras delimitam a soberania de um poder nacional.
 Para que haja um Estado soberano de direito, é necessário que haja fronteiras 
estipuladas e respeitadas.
A importância das fronteiras 
 A fronteira natural entre Portugal e Espanha é um rio com vários nomes.
 Conhecida como La Raya, é a linha que divide esses territórios e estende-se ao 
longo de mais de 1.200 km.
Fronteira entre Portugal e Espanha 
Fonte: http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTykUHI8DHC-
tylZQR7dc4aRdsssyjrFippwuWYDy3Dwqhgqsy-MA
 No Brasil, o termo fronteira separa países, divisas separam estados federados 
e limites separam municípios.
 Mas é aceitável chamar tudo de fronteira.
Fronteira 
 Dentro de seu território, um Estado pode criar novas fronteiras para melhorar 
a eficácia de sua administração. Exemplo: Mato Grosso.
 Essas fronteiras (divisas) não possuem a força que as fronteiras internacionais 
possuem, mas podem ter leis diferentes dentro de um mesmo país. 
Exemplo: Texas e Califórnia.
Fronteiras e suas características administrativas 
 A possibilidade para que essa situação ocorra está no formato de governo.
 Na maioria dos países, as subdivisões têm maior ou menor autonomia.
 São estados, províncias, departamentos, repúblicas, municipalidades ou cantões.
Fronteiras e suas características administrativas 
 Também conhecidos como federação, os estados federais são um tipo de Estado 
soberano, caracterizado por uma união de estados ou regiões parcialmente 
autorreguladas e gerenciadas por um governo central (federal).
 Em uma federação, o regime de autonomia dos estados participantes 
é normalmente constitucional e não pode ser alterado por uma decisão 
unilateral do governo central.
Estados federais 
 Deve-se observar a diferença entre Estado (entidade soberana) e estado (unidade 
federativa); enquanto no primeiro caso a grafia da letra “E” é em maiúscula, no 
segundo caso, a letra “e” é minúscula.
Lembrete!
 Guerra e Paz estão extremamente relacionadas com o estudo da geopolítica: 
exercício de Poder que afeta o desenho político do sistema mundial.
 Geopolítica e guerra são termos que se integram num processo dinâmico de 
soberania, sendo o foco direcionado para o território e seu estabelecimento.
A guerra e a paz de acordo com a geopolítica 
 Foi erguidopela Alemanha Oriental durante a Guerra Fria em 1961.
 Dividia a cidade de Berlim em dois blocos ideológicos: capitalismo e socialismo.
 De um lado, Alemanha Ocidental, e de outro, a Alemanha Oriental.
 Foi derrubado em 1989 e foi símbolo da reunificação alemã.
O muro de Berlim
A partir da virada do século XXI surge uma nova ciência, que propõe a análise das 
interações políticas entre países em função de seus aspectos naturais, abarcando 
dimensões sutis quanto à soberania exercida, estratégias de poder, criação de 
fronteiras e a visão contemporânea de guerra e paz. Qual é o neologismo 
que a representa?
a) Geografia. 
b) Geopolítica.
c) Geografia política.
d) Relações internacionais. 
e) Panregiões.
Interatividade
A partir da virada do século XXI surge uma nova ciência, que propõe a análise das 
interações políticas entre países em função de seus aspectos naturais, abarcando 
dimensões sutis quanto à soberania exercida, estratégias de poder, criação de 
fronteiras e a visão contemporânea de guerra e paz. Qual é o neologismo 
que a representa?
a) Geografia. 
b) Geopolítica.
c) Geografia política.
d) Relações internacionais. 
e) Panregiões.
Resposta
 Nos últimos anos, os governos mundiais passaram por um processo transformador 
em sua gestão de poder.
 Esse processo, conhecido como descentralização, já existia há séculos, embora 
já estivesse mais solidificado desde a década de 1990.
Descentralização do poder 
 O poder central delega poderes de decisão para outras entidades dotadas de 
capacidade jurídica para administrar certa parte desse território.
 A intenção dessa delegação é melhorar a eficácia da gestão governamental 
de um país.
Descentralização do poder 
 No Brasil, a noção histórica de poder local está ligada ao coronelismo, 
ao patrimonialismo e ao personalismo no poder político.
 Num regime democrático, o poder local deve partir da descentralização, 
com participação da cidadania no poder político.
Poder local 
 É um novo paradigma de exercício do poder político, fundado na emancipação de 
uma nova cidadania e afastado das fronteiras burocráticas que separam o Estado 
do cidadão.
O Estado democrático 
 O poder local pode recuperar o controle do cidadão em seu município.
 Construção de uma esfera pública comunitária, com democracia participativa 
no lugar da representação tradicional.
 Desse modo, os cidadãos, agindo de forma conjunta com o poder público, 
passarão a ser responsáveis pelo seu destino e pelo destino de toda a sociedade.
Democracia participativa 
 A criação e manutenção de mecanismos legitimadores da participação dos 
cidadãos na gestão pública é uma tendência brasileira.
 Isso pode se tornar um instrumento eficaz de emancipação da cidadania no que 
diz respeito ao controle da atuação dos governantes.
Gestão da coisa pública 
 Há uma distância entre as necessidades dos cidadãos e o conteúdo das decisões 
sobre desenvolvimento econômico e social.
 Há investimentos em projetos que necessitam de muito dinheiro público e que não 
representam os interesses da sociedade, além da ingerência e da má aplicação 
dos recursos públicos.
O Estado e os cidadãos
 “Logo, a categoria do poder local mostra-se eficaz como otimização da gestão 
pública nacional, capaz de aliar democracia representativa com democracia 
participativa.” (SANTIN, 2007)
Democracia representativa e participativa
 As políticas territoriais são o campo das ações tomadas pelos poderes centrais, 
regionais e locais sobre os diversos territórios.
 O que queremos fazer com o território?
 Esse tipo especial de política pública tem sido mais desenvolvido 
no planejamento regional.
 Porém, ocorre uma crise do Estado territorial moderno 
em cenários globais-regionais, que passam por 
profundas transformações.
As políticas territoriais 
 A década de 1990 e a crise dos Estados desenvolvimentistas periféricos 
representam rupturas de paradigmas socioeconômicos e políticos.
Ruptura de paradigmas para a constituição dos Estados nacionais 
sul-americanos 
 A política territorial se configura pelo conjunto de enfoques estratégicos a médio 
e longo prazos e pelas correspondentes formulações de atuação.
 Assim, a ação sobre o território pode ser adequada aos interesses dos que 
controlam o poder político.
Configuração da política territorial 
Quem foi o geógrafo e etnógrafo, notável por ter criado o termo ‘espaço vital’, 
também reconhecido pelo conceito de determinismo geográfico, que está baseado 
na influência que as condições naturais exercem sobre a humanidade, ou seja, o 
meio natural seria uma entidade que define a sociedade?
a) O sueco Rudolf Kjellén.
b) O inglês Halford John Mackinder.
c) O alemão Friedich Ratzel.
d) O general alemão Karl Ernst Haushofer.
e) O inglês Thomas Hobbes.
Interatividade
Quem foi o geógrafo e etnógrafo, notável por ter criado o termo ‘espaço vital’, 
também reconhecido pelo conceito de determinismo geográfico, que está baseado 
na influência que as condições naturais exercem sobre a humanidade, ou seja, o 
meio natural seria uma entidade que define a sociedade?
a) O sueco Rudolf Kjellén.
b) O inglês Halford John Mackinder.
c) O alemão Friedich Ratzel.
d) O general alemão Karl Ernst Haushofer.
e) O inglês Thomas Hobbes.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!
UNIDADE III
Geopolítica, 
Regionalização
e Integração
Prof. Flavio Martin
 A globalização gerou mais riqueza material e progressos sociais do que jamais 
ocorreu anteriormente na economia mundial.
 Uma vez que são as relações internacionais com fins econômicos que 
movimentam a economia mundial, nenhum país quer se restringir
ao seu território.
 Lembre-se de que as ações do Estado estão sujeitas a influências de grupos de 
interesse sobre decisões políticas no âmbito interno.
A agenda geopolítica moderna
 Desde a Revolução Industrial que o comércio tem papel fundamental na expansão 
da economia internacional.
Além do comércio exterior em si, ganham importância crescente:
 Investimentos diretos.
 Fluxo financeiro internacional (capital especulativo).
Comércio internacional e desenvolvimento econômico 
 A globalização, além de mais riqueza e progresso social, aumentou as diferenças 
entre nações desenvolvidas e países em desenvolvimento.
 Além disso, ampliou desigualdades no acesso a bens e rendimentos dos grupos 
sociais distintos nos Estados.
Desafios para a inserção dos países em desenvolvimento nas relações 
de comércio internacional
 1º – baixo crescimento e má administração das políticas econômicas nacionais e 
setoriais (agrícola, industrial, de ciência e tecnologia etc.).
 Decisões do governo da vez, e não do Estado.
 2º – intercâmbio desigual gerado por relações internacionais de comércio 
assimétricas.
 1900-1950: guerras comerciais, protecionismos etc.
 1950 em diante: organismos internacionais agindo em favor do comércio 
para garantir crescimento em oposição ao comunismo da URSS.
Fatores desafiantes 
 O GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), de 1947, teoricamente não tinha 
status de organização internacional.
 Na prática e com o passar do tempo, passou a ser o único fórum multilateral de 
negociações comerciais.
 Acaba se transformando na OMC (Organização Mundial do Comércio), em 1995.
GATT
 Um acordo comercial deve ter reciprocidade entre os envolvidos.
 Porém, as negociações do GATT eram assimetricamente vantajosas para os 
países desenvolvidos.
O princípio da reciprocidade
 A liberalização do comércio, portanto, concentrou-se em indústrias caracterizadas 
pela especialização e pela diferenciação.
 A partir da década de 1970, quase 40% do comércio mundial foi entre empresas 
com produtos de alto valor agregado (basicamente Norte-Norte).
 O comércio Norte-Sul era de commodities em troca de manufaturados com valor 
agregado.
Consequências do princípio da reciprocidade
 A substituição do GATTpela OMC, em 1995, não significou o fim dos problemas 
discutidos até aqui; mas foi um grande avanço.
 É uma organização permanente, com personalidade jurídica própria e com o 
mesmo status do Banco Mundial e do FMI.
 Maior desafio: impedir que os mais fortes da assimetria imponham suas vontades 
aos mais fracos.
 Maior avanço: Órgão de Solução de 
Controvérsias (OSC).
Organização Mundial do Comércio
 Esse órgão é responsável pela solução de disputas comerciais entre os membros.
 O OSC assegura maior previsibilidade e segurança nas relações jurídicas entre os 
Estados parte.
 As disputas surgem quando um país adota uma medida comercial que viole os 
acordos da OMC.
 O caso é julgado pela OSC e, se comprovada a 
violação, o país prejudicado é autorizado a retaliar.
 Ex.: o caso Bombardier e Embraer (1996-2007). 
Órgão de Solução de Controvérsias (OSC) 
 A ecopolítica (política relativa ao meio ambiente) ganhou destaque nas 
últimas décadas.
 A partir da década de 1970 começa uma mudança gradual no mundo das relações 
internacionais quanto a questões de meio ambiente.
O meio ambiente
 O marco inicial é uma reunião das Nações Unidas, em 1972, em Estocolmo, que 
criou a Declaração sobre o Meio Ambiente Humano.
Há consequências no(a):
 Processo de exploração e industrialização acelerada dos países e a degradação 
ambiental resultante.
 Crescimento populacional. 
 Busca incessante por recursos naturais.
O meio ambiente
Qual é o maior desafio da OMC?
a) O maior desafio da OMC consiste em impedir que países ou grupos de países 
desenvolvidos tentem utilizar o poder de suas economias e de seus mercados de 
alta renda para o descumprimento de obrigações multilaterais.
b) O maior desafio da OMC é se destacar perante os chamados hegemons. 
c) O maior desafio da OMC é punir países infratores por meio de forças políticas 
ou bélicas.
d) O maior desafio da OMC é votar contra o conselho 
da OSC.
e) O maior desafio da OMC é superar a efetividade 
da OSC.
Interatividade
Qual é o maior desafio da OMC?
a) O maior desafio da OMC consiste em impedir que países ou grupos de países 
desenvolvidos tentem utilizar o poder de suas economias e de seus mercados de 
alta renda para o descumprimento de obrigações multilaterais.
b) O maior desafio da OMC é se destacar perante os chamados hegemons. 
c) O maior desafio da OMC é punir países infratores por meio de forças políticas 
ou bélicas.
d) O maior desafio da OMC é votar contra o conselho 
da OSC.
e) O maior desafio da OMC é superar a efetividade 
da OSC.
Resposta
 Há dificuldade política de obter consenso entre Estados em prol de uma política de 
desenvolvimento limpo.
 As nações desenvolvidas emitem quantidades gigantescas de gases nocivos à 
camada de ozônio e, ao mesmo tempo, cobram das nações emergentes que 
reduzam seus níveis de emissão.
 Ou seja, impedem o crescimento dos menores e continuam poluindo.
Desenvolvimento limpo
 Assim, a forte presença do Estado como ator capaz de promover a regulação de 
exploração razoável se viu num impasse: opiniões contra e a favor.
 No decorrer das últimas quatro décadas, quem entrou na briga foram as 
organizações sociais e internacionais.
 Elas tentam agir como mediadoras nos debates dos campos econômico e social 
versus meio ambiente e aquecimento global.
O Estado e o meio ambiente
 O Rio de Janeiro sediou a Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças 
Climáticas, em 1992.
 Foi uma evolução nas negociações e no consenso sobre a proteção 
ambiental internacional.
 Até mesmo os Estados Unidos aderiram ao discurso ambiental 
(sem se comprometer).
Rio-92
 Governança global é um termo genérico que abrange diferentes tipos de 
regulamentação internacional.
 Exemplos: OMC, ONU, códigos globais de conduta de empresas multinacionais.
Governança global
 Japão, 2005. Redução mínima de 5,2% das emissões de gases que agravam o 
efeito estufa em relação aos níveis de 1990.
 Além disso, metas para após 2005.
 175 países signatários.
 Impasses: Estados Unidos e China.
Tratado de Kyoto
 2009, Dinamarca, 15ª conferência das Nações Unidas sobre mudança do clima.
 Foi a 5ª reunião para o Protocolo de Kyoto.
 Importância do desenvolvimento sustentável e da preservação ambiental e a 
necessidade de cooperação dos mais diversos organismos e Estados.
COP 15
 Questões ambientais atravessam fronteiras e não podem estar somente na esfera 
dos Estados nacionais.
 A definição das agendas globais e dos temas relativos ao meio ambiente precisam 
do comprometimento de outros atores além dos Estados.
 É preciso buscar uma alternativa viável em conjunto com Estados, instituições e 
com o próprio mercado.
Agenda sobre o meio ambiente 
Em função da ação de diferentes atores da geopolítica e da ecopolítica mundial, o 
cenário atual é de:
 Ausência de fronteiras claramente definidas.
 Sociedade e mercado em constante mudança.
Geopolítica e ecopolítica
No mundo globalizado, participar das relações internacionais significa, 
essencialmente:
 manter um bom relacionamento comercial com os demais países ou 
blocos de países;
 participar efetivamente das negociações de acordos comerciais dos mais 
variados moldes; 
 estar sempre atualizado em relação às mudanças de comportamento dos 
diversos atores.
Regionalização e integração
 Visa a maior liberdade de comércio aproveitando as vantagens comparativas 
recíprocas (blocos econômicos).
 Livre comércio: modelo de mercado no qual as trocas entre países não é afetada 
por restrições do Estado.
 É considerada a melhor forma de usar todos os recursos para atingir o 
máximo de bem-estar.
 Mesmo assim, alguns ganham e outros perdem com a 
liberdade de comércio.
Aspectos da integração
 Não há mecanismos para compensar esses prejuízos.
 Os Estados intervêm publicamente para neutralizá-los com medidas protecionistas.
 Protecionismo é uma política econômica que restringe o comércio entre países. 
 Meios: tarifas alfandegárias altas, quotas de importação, proibição legal e leis 
antidumping.
 As consequências extrapolam os limites de seu território.
 No século XX, houve muito protecionismo desastroso para muitos povos.
Protecionismo
Sobre regionalização, integração e protecionismo, qual alternativa é falsa?
a) É preciso manter um bom relacionamento comercial com os demais países 
ou blocos.
b) A integração utiliza o modelo do livre comércio.
c) Alguns países ganham e outros perdem com a liberdade de comércio.
d) Os Estados nunca podem utilizar manobras protecionistas.
e) Protecionismo é uma política econômica que restringe o comércio entre países.
Interatividade
Sobre regionalização, integração e protecionismo, qual alternativa é falsa?
a) É preciso manter um bom relacionamento comercial com os demais países 
ou blocos.
b) A integração utiliza o modelo do livre comércio.
c) Alguns países ganham e outros perdem com a liberdade de comércio.
d) Os Estados nunca podem utilizar manobras protecionistas.
e) Protecionismo é uma política econômica que restringe o comércio entre países.
Resposta
 Há criação de comércio quando a produção doméstica cara é substituída pela 
importação mais barata.
 Há desvio de comércio quando o produto mais barato em relação ao resto do 
mundo é ignorado em favor do mais caro produzido por um país parceiro.
 A ocorrência de criação ou desvio de comércio depende dos preços dos produtos 
nos diferentes países e da dimensão das barreiras alfandegárias.
Criação e desvio de comércio
 Após a Segunda Guerra, a Europa destruída acordou para a realidade: estava no 
meio da briga entre EUA e URSS.
 Era melhor cooperar e se integrar que continuar se matando.
 A Comunidade Econômica Europeia foi criada em 1957 como um processo de 
integração econômica planejada. 
 Em 1992 se transformou na União Europeia.
Integração europeia pós-guerra
Zona de preferência:
 Quando dois oumais países próximos geograficamente decidem promover uma 
redução tarifária parcial, de maneira recíproca ou não.
Fases da integração
Área de livre comércio:
 Quando dois ou mais países optam por promover uma alíquota tarifária de 
importação igual a zero, mutuamente.
 O Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) é um exemplo desse 
modelo de integração regional.
Fases da integração
Fonte: https://morguefile.com/photos/morguefile/1/world%20map/pop
 União aduaneira: quando dois ou mais países aprovam, além dos benefícios da 
área de livre comércio, a criação de uma Tarifa Externa Comum (TEC).
 Exemplo: Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela).
Fases da integração
Fonte: https://morguefile.com/photos/morguefile/1/world%20map/pop
Mercado comum
 Quando dois ou mais países decidem, a partir da situação de uma união 
aduaneira, liberar o fluxo de mão de obra e capital.
 Exemplo: União do Magrebe Árabe (Argélia, Tunísia, Líbia, Marrocos e 
Mauritânia).
Fases da integração
Fonte: https://morguefile.com/photos/morguefile/1/world%20map/pop
União econômica
 Quando dois ou mais países optam, a 
partir do estágio de um mercado comum, 
pela criação de uma moeda comum, 
unificando as políticas externa e de defesa, 
criando praticamente um novo país. 
 Exemplo: União Europeia.
Fases da integração
Fonte: 
https://pt.dreamstime.com
/foto-de-stock-royalty-
free-membros-da-ue-no-
mapa-de-europa-
image4136215
Integração econômica total:
 Quando dois ou mais países optam, a partir do estágio de União Econômica, por 
adotar políticas monetárias, fiscais e sociais comuns, com unificação dos direitos 
civil, comercial, administrativo, fiscal etc.; estabelecendo-se uma 
autoridade supranacional.
 É um Estado com várias nações.
 A Europa almeja esse estágio.
Fases da integração
Qual a diferença entre área de livre comércio e união aduaneira?
a) União aduaneira tem TEC; área de livre comércio, não.
b) Área de livre comércio tem tarifas alfandegárias e união aduaneira, não.
c) União aduaneira tem tarifas alfandegárias e área de livre comércio, não.
d) Área de livre comércio tem moeda comum e união aduaneira, não.
e) União aduaneira tem moeda comum e área de livre comércio, não.
Interatividade
Qual a diferença entre área de livre comércio e união aduaneira?
a) União aduaneira tem TEC; área de livre comércio, não.
b) Área de livre comércio tem tarifas alfandegárias e união aduaneira, não.
c) União aduaneira tem tarifas alfandegárias e área de livre comércio, não.
d) Área de livre comércio tem moeda comum e união aduaneira, não.
e) União aduaneira tem moeda comum e área de livre comércio, não.
Resposta
 O Tratado de Assunção (1991) definiu a formação 
incialmente de uma zona de livre comércio e, 
posteriormente, de uma união aduaneira para 
fomentar o desenvolvimento econômico de Brasil, 
Argentina, Paraguai e Uruguai.
Mercosul
Fonte: 
https://pt.depositphotos.com/1
87335926/stock-illustration-
map-of-mercosur-countires-
south.html
As bases eram:
 Um programa de liberalização comercial com reduções tarifárias progressivas, 
lineares e automáticas, acompanhadas da eliminação de outras 
restrições comerciais.
 Uma tarifa externa comum, em que todos teriam as mesmas tarifas alfandegárias 
com o resto do mundo.
 Um sistema de solução de controvérsias.
Mercosul
 Em 1994, o Mercosul passou a ter personalidade jurídica de direito internacional.
 Ou seja, capacidade legal para negociar, em nome próprio, acordos com demais 
países, grupos de países e organismos internacionais.
Mercosul
 Em 1995, a zona de livre comércio se converteu em união aduaneira.
 Implantação da Tarifa Externa Comum (TEC), com alíquotas de importação 
idênticas com países não membros.
 Cerca de 90% das mercadorias produzidas nos países signatários passaram a ser 
transacionadas com tarifas comerciais zeradas.
Mercosul
Estrutura institucional:
 Conselho de Mercado Comum (CMC) – órgão superior de condução política.
 Grupo do Mercado Comum (GMC) – órgão executivo que cumpre as decisões.
 Comissão do Comércio do Mercosul (CCM) – órgão encarregado de assistência.
 Parlamento do Mercosul – órgão representativo dos parlamentos dos Estados.
 Foro Consultivo Econômico Social (FCES) – órgão de representação dos setores. 
 Secretaria do Mercosul (SM) – órgão de apoio operacional.
Mercosul
Estados parte
Estados associados
Mercosul
Fonte: https://pt.depositphotos.com/132743520/stock-
illustration-mercosur-countries-map-with-suspended.html
 A condição de Estado associado se estabelece por acordos bilaterais entre o 
Mercosul e o país.
 Nesse acordo, há um cronograma para uma zona de livre comércio com os países 
do Mercosul e uma gradual redução de tarifas.
 Além disso, podem participar das reuniões dos organismos do Mercosul como 
convidados e efetuar convênios sobre matérias comuns.
Mercosul
 O crescimento do comércio teve altos e baixos.
 Evoluiu muito nos anos 1990, com a abertura dos mercados promovida por seus 
países membros.
 Caiu no início do século XXI, em razão da desvalorização do Real, em 1999, e da 
crise argentina, em 2001-02.
 Recuperou a tendência de alta alguns anos atrás.
Mercosul
Mercosul
Fonte: https://www.123rf.com/photo_27699850_Flag_of_mercosul.html
 O símbolo oficial do Mercosul foi adotado em 1996.
 O logo apresenta quatro estrelas formando a constelação do Cruzeiro do Sul 
acima de uma curva verde representando o horizonte, com o nome 
Mercosul abaixo.
 As estrelas representam as quatro bandeiras nacionais dos membros fundadores: 
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Mercosul
O que significa a sigla TEC?
a) Tarifa Econômica Comum.
b) Tarifa Efetiva Comum.
c) Tarifa Externa Comercial.
d) Tarifa Econômica Comercial.
e) Tarifa Externa Comum.
Interatividade
O que significa a sigla TEC?
a) Tarifa Econômica Comum.
b) Tarifa Efetiva Comum.
c) Tarifa Externa Comercial.
d) Tarifa Econômica Comercial.
e) Tarifa Externa Comum.
Resposta
ATÉ A PRÓXIMA!

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