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O desenho e suas interpretações

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O TESTE HTP 
(house-tree-person) :
Professora Esp. Lisiane Thompson Flores
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	O HTP é uma técnica projetiva de desenho, que visa penetrar na personalidade do indivíduo.
	Seu criador John N. Buck percebeu por meio de sua experiência clínica que o tema Casa-Árvore-Pessoa são conceitos familiares mesmo para criança bem pequenas; portanto, mais facilmente aceitos para serem desenhados por sujeitos de todas as idades.
	Estimulam verbalizações mais francas e abertas do que outros temas.
	Descobriu-se que apesar de casas, arvores e pessoas poderem ser desenhadas em quase uma infinita variedade de modos, um sistema de avaliação quantitativa e qualitativa pode ser esquematizado para extrair informações úteis relativas ao nível da função intelectual e emocional do sujeito.
	O HTP é uma técnica de desenhos basicamente não-verbal, que pode ser aplicada tanto em crianças, adolescentes e adultos como também em deficientes mentais, pessoas sem escolaridade, estrangeiros que não dominam plenamente o idioma, mudos, tímidos (retraídos) e nos que são bloqueados emocionalmente na área verbal.
	O desenho é anterior a linguagem escrita e é considerado uma das mais antigas formas de comunicação do ser humano.
	Isto é atestado pelos desenhos e pinturas dos homens das cavernas e dos povos primitivos, que fizeram com que chegassem até nós os seus interesses e expressões de aspectos de sua vida.
	Muito antes de escrever, as crianças aprendem a desenhar e, quando desenham por lazer, geralmente retratam pessoas, casas, árvores, animais, sol, etc.
	Esses temas são vistos nos trabalhos de crianças de todas as terras e culturas, atestando a universalidade básica da mente humana e dos sentimentos.
	As crianças pequenas tendem a ignorar ou transformar a realidade em um mundo subjetivo, rico em fantasias.
	Os desenhos são representações, e não reproduções da realidade.
	O HTP alcança também uma função especial, proporcionando uma introdução minimamente ameaçadora e maximamente prazerosa, principalmente às crianças.
	Uma das vantagens da introdução dos desenhos destacadas por Di Leo, especialmente com crianças, é que estes permitem “estabelecer um rapport rápido, fácil e agradável com a criança”.
	Atualmente, os desenhos das crianças são considerados um meio privilegiado para a descoberta do seu mundo interno e da sua psicodinâmica, além de constituírem um modo natural de expressão para as mesmas.
	Sendo um meio de expressão e de comunicação, revela muito do inconsciente daquele que desenha.
	O desenho projetivo, hoje em dia, é considerado uma fonte frutífera de informação e compreensão da personalidade, além de econômica e profunda.
	“O HTP investiga o fluxo da personalidade à medida que ela invade a área da criatividade artística”(Hammer, 1981).
	A linguagem do inconsciente é fundamentalmente imaginativa e simbólica e, emerge com bastante facilidade por meio dos desenhos.
	Tanto a linguagem simbólica quanto o desenho alcançam níveis primitivos da personalidade, permitindo o acesso ao mundo interno. 
	No HTP, os desenhos representam um reflexo da personalidade de seu autor e mostram mais sobre o artista do que sobre o objeto retratado.
	As atividades psicomotoras do sujeito ficam gravadas no papel.
	O princípio básico da interpretação dos mesmos é que a folha de papel representa o ambiente e o desenho, o próprio sujeito, e é a partir dessa interação simbolizada que são realizadas as interpretações.
	A página em branco sobre a qual o desenho é executado serve como um fundo no qual o paciente nos oferece um vislumbre de seu mundo interno, de seus traços e atitudes, de suas características comportamentais, das fraquezas e forças de sua personalidade, incluindo o grau em que pode mobilizar seus recursos internos para lidar com seus conflitos psicodinâmicos, tanto interpessoais quanto intrapsíquicos.
	A linha feita pode ser firme ou tímida, incerta, hesitante ou audaciosa, ou, ainda, pode consistir em um ataque selvagem ao papel.
	Além disso, a percepção consciente e inconsciente do sujeito em relação a si mesmo e às pessoas significativas do seu ambiente determina o conteúdo de seu desenho.
	Para interpretar o HTP, é necessário que o psicólogo tenha uma vasta experiência clínica, conhecimentos de psicopatologia, psicossomática e psicanálise, estudos sobre movimentos expressivos da personalidade e uma reflexão sobre os mitos e as lendas populares.
	Desta mesma forma saber se as características dos desenhos são comuns ao mesmo grupo etário, sexual, cultural, etc. (em uma criança de 4 anos não se espera o desenho da figura humana completa).
	A metodologia do examinador precisa, por necessidade, ser tanto intuitiva como analítica, e confiar apenas em detalhes específicos pode ser enganador.
	Para uma análise substanciosa é importante uma relação dos detalhes com o todo, pois um traço gráfico isolado não significa muita coisa: é apenas um sinal, que adquire uma importância máxima quando existem muitos elementos apontados na mesma direção.
	Apesar disso, o examinador deve ter bom senso, pois alguns detalhes são mais incomuns e mais significativos que outros, como o retratamento explícito dos órgãos sexuais, a falta de telhado ou a porta em uma casa ou uma arvore de espinhos.
	Não se trata somente de uma questão de números de detalhes, mas também da qualidade destes.
	Após a primeira visão global dos desenhos, encaminha-se para a avaliação das partes individuais.
	As partes individuais são significativas em sua inter-relação com o todo, afetando reciprocamente o contexto global.
	Um paralelo pode ser feito com o que ocorre no corpo humano: quando uma parte está doente ou danificada, o corpo é afetado globalmente.
	Porém, o grau desse comprometimento é determinado pelo corpo, considerando-o um organismo que funciona como um todo. (Dileo, 1987)
	O conhecimento do HTP permite ao psicólogo clínico realizar um processo de inferência clínica.
	Esta, no procedimento de exploração da personalidade, vai permitir ao profissional estabelecer uma série de hipóteses dinâmicas e estruturais sobre o indivíduo.
	Além disso, o HTP também tem-se mostrado extremamente útil, tanto no diagnostico como no prognóstico das avaliações individuais.
	Sua aplicação durante o decorrer da terapia, em intervalos regulares, indica como o paciente está progredindo no tratamento e a validade das mudanças emocionais e comportamentais.
	É um instrumento sensível aos fluxos e refluxos das mudanças terapêuticas e menos influenciado pela lembrança das aplicações anteriores.
NORMAS PARA APLICAÇÃO
	O HTP é aplicado geralmente em uma situação face a face, como parte de uma avaliação inicial ou de uma intervenção terapêutica em andamento de um determinado indivíduo.
	Na situação de avaliação, o HTP pode ser empregado como uma tarefa de aquecimento inicial ou como uma ponte entre uma avaliação com lápis e papel e uma entrevista clinica completa.
	Os desenhos devem ser executados na seguinte ordem:
Casa
Árvore
Figura Humana
	Segundo E. Hammer, a manutenção dessa ordem proporciona uma gradual introdução do examinando na tarefa de desenhar, levando-o gradativamente aos temas mais difíceis do desenho.
	O examinando é levado do auto-retrato mais neutro (Casa) ao de maior implicação afetiva, que é o desenho da Figura Humana.
	
	Para cada desenho se oferece, ao avaliando, uma folha branca, tamanho ofício/A4.
	Caso ele não execute o desenho completo (como por exemplo no desenho da Figura Humana, faça somente o rosto), deve recolher-se esse primeiro, oferecer-lhe outra folha e instruí-lo para fazer o desenho de uma pessoa completa.
	Por uma pessoa completa, às vezes, é necessário informá-lo que esta apresenta cabeça, tronco, braços e pernas.
MATERIAIS DO TESTE
	Sala Privativa, com mesa e cadeiras adequadas e confortáveis;
	Protocolo de Inquérito Posterior ao Desenho;
	Folhas de papel branco, ofício/A4;
	Lápis preto nº 2;
	Borracha macia;
	Caixa de lápis de cor ou crayon, com as seguintes
cores: vermelho, verde, amarelo, azul, marrom, preto, violeta, laranja;
	Relógio ou cronômetro.
INSTRUÇÕES
	O examinador deve falar ao sujeito:
“Por favor, desenhe uma casa, da melhor maneira que puder. Pode levar o tempo que quiser e apagar quando precisar, que não conta contra você. O importante é fazer o melhor que conseguir”.
	Caso o examinando apresente-se tímido ou incapaz de uma boa execução, o examinador deve estimulá-lo e ao mesmo tempo deixar claro que o importante não são os dotes artísticos, e sim, as qualidades de seu traçado e a compreensão do que foi pedido.
	Procede-se da mesma forma em todos os desenhos.
	Para o desenho da CASA, o papel deve ser apresentado com o eixo maior horizontal, e, para os desenhos da ÁRVORE e da FIGURA HUMANA, o eixo maior deve ser na vertical.
	Depois que a bateria acromática estiver pronta, inicia-se a bateria cromática.
“Agora, por favor, desenha uma casa colorida”. 
	E assim deve proceder-se com os demais desenhos.
	Nesta parte do teste recolhe-se os Lápis Preto nº 2, para que o examinando não seja tentado a fazer o contorno com este lápis, para depois colori-lo.
	É importante que o examinador tenha o cuidado de não pedir ao examinando para desenhar “outra” casa, ou “outra” árvore, porque a palavra “outra” pode significar que ele não deve repetir o mesmo tipo de desenho feito com o lápis preto.
	Para qualquer dúvida do examinando, como, por exemplo: “Que tipo de casa devo desenhar?” ou “Não sei desenhar muito bem”, etc., o examinador deve calmamente responder: “Como você quiser”, “Como você achar melhor” ou “Como você gostar”.
INQUÉRITO
	O examinador deve observar e anotar todos os movimentos do examinando, estimulando-o sempre da forma tranqüila e despretensiosa.
	Qualquer emoção manifestada pelo sujeito enquanto está desenhando ou sendo questionado a respeito de seus desenhos representa uma reação emocional à situação, que, de certa forma, está direta ou simbolicamente representada ou sugerida nos desenhos.
Quando está realizando os desenhos, o que as suas expressões revelam?
	Insegurança
	Tensão
	Negativismo
	Relaxamento
	Serenidade
	Ansiedade
	Arrogância	
	Cautela
	Bom Humor
	Confiança
	Desconfiança
	Hostilidade
	Autocrítica
	Alegria
	É importante observar a seqüência em que o examinando faz seus desenhos.
	O examinador deve ficar alerta quando a seqüência é alterada e anotar enquanto o desenho está sendo produzido; caso contrário, esses detalhes ficam perdidos em um global terminado.
	O global pode parecer muito bom, mas a dificuldade em produzi-lo de uma maneira convencional pode ser o primeiro sinal de problema psicológico.
	Deve-se lembrar sempre que um sinal isolado não quer dizer muita coisa.
	É apenas um indicador de problemas e somente quando temos uma gama de sinais apontados em uma mesma direção é que podemos pensar em uma patologia.
	Após o término dos desenhos, o avaliador deve começar o inquérito relativo a cada um dos desenhos
ANÁLISE QUALITATIVA
	A avaliação do HTP, tanto cromático como acromático, precisa ser efetuada com bastante cuidado.
	A interpretação de um dado só pode ser considerada correta depois de ter relacionado esse detalhe à configuraçao total obtida.
	É essencial que não se coloque peso demasiado em dados isolados.
	Na avaliação dos desenhos deve levar-se em conta o princípio de que o papel representa o ambiente, o desenho, o próprio sujeito e que somente a partir dessa interação simbolizada é que são realizadas as interpretações.
	Uma série de itens faz parte da coleta de dados referentes à maneira como o individuo desenhou.
	Na análise qualitativa, devemos considerar todos os desenhos.
1. RESISTÊNCIAS
	São casos de rejeição à tarefa proposta em graus diferentes de intensidade, podendo ocorrer, em um extremo, a negação para desenhar e, no outro, a execução adequado dos desenhos.
	Não apresenta: confiança no desenho
	Negação: intenso sentimento de inferioridade, sensação de ser inadequado para o cumprimento da tarefa, dificuldade em arriscar-se e em receber julgamentos, bloqueios severos ou atitudes de negativismo e oposição em relação ao ambiente (comum em Fobia Social, Transtorno de Personalidade de Esquiva ou Transtorno de Personalidade Paranóide).
	Omissão de algumas partes do desenho: indicios de problemas e conflitos em relação à parte em questao (comum em pacientes com Esquizofrenia, Transtorno Depressivo, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Transtorno de Ansiedade Generalizada ou Hipocondríaca)
2. ANÁLISE SEQÜENCIAL DO 
CONJUNTO DOS DESENHOS:
	Oferece pistas a respeito da quantidade de energia e disposição do avaliando.
	O avaliador precisa ficar atento tanto ao aumento quanto à disposição psicomotora e observar se o sujeito deixa levar-se por associações emocionais despertadas pela tarefa.
	Desenvolvimento normal: Boa energia, equilíbrio emocional e mental. Alguns pacientes começam ansiosos, mas logo acalmam-se e trabalham eficientemente, sugerindo apenas uma ansiedade situacional.
	Aumento psicomotor: impulsividade, ansiedade excessiva, abertura a estímulos (sugere Transtorno de Personalidade Borderline).
	Decréscimo psicomotor: elevada fatigabilidade e em alguns casos depressão. A depressão caracteriza-se por uma acentuada pobreza de detalhes ou incapacidade para completar os desenhos. Alguns pacientes inicialmente aceitam a tarefa de desenhar sem muito protesto, produzem um desenho razoavelmente bom na primeira tentativa, mas demonstram fadiga óbvia no desenho seguinte. Por exemplo: abandonam a tarefa logo após terem produzido apenas a “cabeça” do desenho da FIGURA HUMANA.
3. TEMPO CONSUMIDO:
	O uso que o avaliando faz do tempo durante a execução fornece pistas valiosas referentes ao significado que os desenhos têm para ele.
	O avaliador deve relacionar o tempo total consumido com a qualidade dos desenhos.
	Alguns pacientes desenham e apagam várias vezes, perdendo muito tempo; outros consomem a mesma quantidade de tempo, mas desenham livremente e colocam uma infinidade de detalhes.
	Tempo de latência inicial: a maioria dos indivíduos bem ajustados começa a desenhar mais ou menos 30 segundos depois que as instruções foram dadas.
	Pausas durante a realização do desenho: depois de iniciado o desenho, qualquer pausa superior a mais ou menos que cinco segundos sugere conflitos com o que acabou de desenhar ou ainda com o que vai ser desenhado. Quando ocorrem pausas durante os comentários espontâneos do sujeito ou enquanto ele está respondendo ao questionário, é indício de prováveis bloqueios.
4. PRESSÃO NO DESENHAR
	Analisa o nível de energia do indivíduo.
	O tipo de linha e a pressão do traçado indicam, em um extremo, energia, vitalidade, decisão e iniciativa e, no outro, insegurança, falta de confiança em sí ou ansiedade.
	Pressão Média: Boa energia, equilíbrio e vitalidade.
	Pouca pressão, traço leve: Baixo nível de energia, insegurança, timidez, sentimento de incapacidade, falta de confiança em si mesmo e em alguns casos repressão dos impulsos (comum em Deprimidos, Esquizofrenia e sugere também Transtorno de Personalidade Dependente ou sentido artístico e/ou pessoas com personalidade mais sensível).
	Muita pressão, traços fortes: excesso de energia, vitalidade, iniciativa, decisão, confiança em si mesmo ou medo, tensão, insegurança, agressividade e hostilidade para com o ambiente, aguda consciência da necessidade de autocontrole, falta de adaptaçao com esforço para manter o equilíbrio da personalidade ou ainda pode ser uma expressão do isolamento com necessidade de proteger-se de pressões externas (comum em Transtorno de Conduta, Transtorno de Personalidade Anti-Social, Transtorno de Somatização e sugere também Transtorno de Ansiedade Generalizada).
	Variação na pressão: flexibilidade, capacidade de adaptação ou labilidade de humor, instabilidade e impulsividade (comum em pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline)
5. CARACTERIZAÇÃO DO TRAÇO
	Pessoas que apresentam o desenvolvimento
da técnica do desenho utilizam-se de avanços e recuos no seu traçado.
	Crianças, de maneira geral, apresentam com mais freqüência um traço contínuo, com linhas firmes, grossas e pesadas.
	Traços com predominância de linhas decisivas, controladas e livres: decisão, rapidez, esforço dirigido, bom tônus muscular e equilíbrio emocional e mental (comum em indivíduos rápidos, decididos, seguros e com perseverança para trabalhar e alcançar os objetivos).
	Traços longos ou extremamente contínuos: falta de sensibilidade, medo de iniciativas ou humor agressivo (comum em alguns indivíduos inibidos e sugere Fobia Social). 
	Traços com avanços e recuos: emotividade, ansiedade, falta de confiança em si, timidez, insegurança, hesitação ao encontrar novas situações ou sentido artístico, intuição e sensibilidade (comum em pacientes excitáveis e com comportamento mais impulsivo, sugerindo Transtorno de Ansiedade Generalizada).
	Traços interrompidos, mudando de direção: incerteza, temor, angústia, insegurança, falta de opinião própria e de pontos de vista bem firmados ou dissimulação de problemas, não-aceitação do meio ambiente, agressividade controlada e oposição (sugere Transtorno de Ansiedade Generalizada).
	Traços apagados: dissimulação da agressividade,medo de revelar os problemas, de se expor ou debilidade física, inibição, timidez, sentimento de insignificância, sensação de ser desprovido de valor e sensação de ser incapaz de ser reconhecido como pessoa (sugere Transtorno Depressivo).
	Traços trêmulos: insegurança, medo, esgotamento nervoso, fadiga extrema e sensibilidade excessiva (comum em Doenças Cerebrais, Alcoolismo, Intoxicação por Drogas, Remédios, etc. e sugere Transtorno Depressivo).
	Traços pontilhados ou denteados: agressividade, hostilidade e dissimulação (sugere Transtorno da Conduta e/ou Transtorno de Personalidade Anti-Social).
	Traços peludos: personalidade primitiva, comum em pessoas que agem mais pelo instinto do que pela razão (sugere Transtorno da Conduta e/ou Transtorno de Personalidade Anti-Social).
	
	Quando em cada linha há indícios de estresse, falta de objetivos, confusão ou traços estranhos (olhos fora do rosto, mãos e dedos ou estão ligados a lugares errados ou não estão presentes) – sugere Esquizofrenia.
6. INDICADORES DE CONFLITOS
	O tratamento diferencial dado a qualquer área do desenho indica, na maioria das vezes, conflitos nessa determinada área.
	É importante salientar que um sombreado nem sempre é ansiedade, pois pessoas com aptidões para desenhos muitas vezes fazem uso desse recurso.
	Reforços suaves ou raros: brandura, passividade de temperamento ou expressão auto-afirmativa.
	Sombreamento não-excessivo: tato, sensibilidade, pessoa sonhadora ou que mascara conflitos.
	Correções e retoques: insatisfação com a produção, incerteza, insegurança, ansiedade, algumas vezes podendo sugerir agressividade e dissimulação (sugere Fobia Social).
	Rasuras ou borraduras resultantes de correções: insegurança, falta de autoconfiança e desejo de perfeccionismo (sugere Fobia Social e/ou Transtorno de Ansiedade Generalizada).
	Recobrir uma linha já traçada com riscos mais intensos: ansiedade, insegurança, falta de confiança ao se defrontar com situações novas ou sentimento de perda afetiva e de acobertamento da angústia ou da agressividade (comum em pessoas imaturas sexualmente e em alguns casos homossexuais).
	Sombreamento: ansiedade, conflitos, medo, insegurança ou descontentamento aberto e consciente. Quanto mais extensa a área sombreada, maior é a ansiedade. No caso de efeitos artísticos, pode refletir racionalização da ansiedade.
	Omissões de braços, pernas, mãos ou traços fisionômicos: conflitos. Deve analisar-se de acordo com a área, pois assumem significados distintos.
7. LOCALIZAÇÃO NO PAPEL
	A folha do papel simboliza o ambiente, e a localização do desenho revela a adaptação do sujeito ao meio e como ele o manipula, assim como a maneira de estar no mundo, suas atitudes ante a vida intelectual, instintiva, etc.
	Fazendo uma analogia com a figura humana, podemos intuir que os pés simbolizam o contato direto com o chão, com a realidade e com a terra e a cabeça como sendo a fonte das idéias, das fantasias e do intelecto.
	Meio da página ou centro: comportamento emocional e adaptativo em equilíbrio e segurança. 
	As crianças cujo trabalho não é centralizado tendem a apresentar controle e maior dependência. 
	Quando todos os desenhos são colocados rigidamente no meio da página, podemos pensar também em ansiedade, inflexibilidade ou insegurança.
	Lado esquerdo da página
	Introversão
	Controle
	Satisfação controlada dos impulsos		
	Lado direito da página
	Extroversão
	Impulsividade
	Necessidade de satisfação imediata
	Metade superior: quanto mais para cima o desenho,maior a tendência de buscar satisfação na fantasia e não na realidade. 
	Alguns pacientes deprimidos fazem seus desenhos bem no alto, como que enfatizando o sentimento de que estão se empenhando bastante para não mostrar a depressão. 
	Adultos inseguros em relação à própria capacidade, que vivem como “flutuando no ar”, sem muito contato com a realidade também costumam fazer seu desenho no alto da página. 
	A metade superior pode simbolizar a vida espiritual, a tendência mística e o mundo do “grande pai”.
	Metade inferior: quanto mais para baixo o desenho, maior a tendência ao materialismo, a fixação à terra e ao inconsciente. 
	Alguns pacientes deprimidos fazem seus desenhos na beira do papel, e geralmente estes são poucos minuciosos com uma deteriorização progressiva tanto da qualidade das linhas quanto da quantidade de detalhes.
	A metade inferior também simboliza o mundo da mãe terra, a fixação à matéria e a dimensão concreta.
	Metade Superior
	Tendência a buscar satisfação na fantasia
	Criatividade
	Objetivos muito altos e possivelmente inatingíveis
	Tendência a manter-se distante e inacessível
	Metade inferior
	Orientação para o concreto, preso a realidade
	Insegurança
	Auto-envolvimento
	Humor mais deprimido
	Canto superior esquerdo:
	Passividade
	Reserva
	Inibição	
	Canto superior direito:
	Cantato ativo com a realidade
	Projeto para o futuro
	Canto inferior esquerdo:
	Regressão
	Conflitos
	Fixação em estágios mais primitivos
	Canto inferior direito:
	Impulsividade, teimosia
	Predominância de desejos instintivos
	(é pouco usado)
	Figuras presas à margem do papel: falta de confiança, medo de ações independentes e necessidade de apoio (a interpretação é a mesma de janelas presas à margem das paredes)
	Em diagonal: perda de equilíbrio e insegurança
8. TAMANHO DAS FIGURAS
	Em geral o desenho ocupa de 1/3 a 2/3 da página.
	O tamanho das figuras fornece um paralelo entre a dinâmica, o ambiente e as figuras parentais.
	Oferece, também, pistas a respeito da auto-estima, auto-expansividade, fantasia de auto-inflação, o grau de adequação e a forma como está reagindo às pressões ambientais.
	Em um extremo, o paciente pode estar reagindo às pressões ambientais com sentimentos de inadequação e inferioridade e no outro, pode reagir com grande valorização de si mesmo.
	Crianças inseguras tendem a desenhar figuras pequenas, em contraste com as figuras grandes e ousadas de crianças seguras.
	Tamanho médio: inteligência, boa auto-estima, adequação ao meio, capacidade de abstração e equilíbrio emocional.
	Figuras grandes: podem indicar tanto expansividade como inibição. Sugerem reação às pressões ambientais, com sentimentos de expansão e agressão, falta de controle ou inibição e idéias de grandeza, para encobrir sentimentos de inadequação. Podem também simbolizar sentimentos de rejeição social e inferioridade a respeito do corpo. (O desenho bem centrado pode indicar ambições e força de expansão do ego, porém preso pelo mundo da fantasia.
	Figuras muito grandes que chegam a ultrapassar o limite da folha: sugerem sentimento de constrição por parte do ambiente, com fantasias compensatórias de auto-expansão e evidência
de agressividade com possível descarga motora no meio ou controle interno ineficiente (comum em casos orgânicos), Transtorno de Personalidade Paranóide ou crianças com descontrole motor que não percebem o limite da folha ou com tendência ao roubo).
	Figuras pequenas: sentimento de inferioridade com dificuldade em se colocar no meio, inibição, timidez, repressão da agressividade, comportamento emocionalmente dependente e ansioso. Sugere eventualmente inteligência elevada, mas com problemas emocionais por sentimentos de inadequação, baixa auto-estima, insignificância, excesso de auto-controle e reação de maneiras não adequadas às pressões ambientais (comum em Depressivos e sugere também Transtorno de Personalidade Dependente).
	Figuras muito pequenas, minúsculas: sentimento de inadequação e rejeição pelo ambiente, tendência ao isolamento; a criança que faz um desenho muito pequeno indica que as relações com o meio são sentidas como esmagadoras (sugere Fobia Social, Transtorno de Personalidade Esquiva, Transtorno de Personalidade Esquizóide e/ou Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
	Criança que desenha figuras pequenas e grandes: dificuldade em responder de forma plenamente saudável às experiências, ou percepção tendenciosa de si mesmo e dos outros.
	Relação das partes do desenho em relação ao todo: quanto maior a disparidade, maior a possibilidade de desajuste.
9. DETALHES NO DESENHO
	Existem detalhes que são essenciais nos desenhos, como, por exemplo, no desenho da CASA. Esta deve possuir pelo menos uma porta (a não ser que somente o lado da casa esteja desenhado), uma janela, parede e telhado. Atualmente com o uso do aquecimento elétrico, a chaminé não constitui mais um detalhe essencial no desenho da CASA.
	A ÁRVORE deve ter pelo menos tronco e copa.
	A FIGURA HUMANA deve apresentar cabeça, tronco, dois braços e duas pernas, a não ser que seja desenhada de tal maneira que somente um dos membros seja aparente, o que também é significativo. Nas características faciais, deve ter dois olhos, um nariz, uma boca e duas orelhas, a não ser que a posição não permita que todos os elementos apareçam.
	A ausência de qualquer detalhe essencial é séria e quanto maior o número destas, mais significativas serão as implicações patológicas.
	Detalhes adequados: inteligência, percepção adequada e ajustamento ao meio.
	Uso limitado de detalhes não essenciais: bom teste de realidade e relação equilibrada com o ambiente.
	Detalhes inadequados ou uso mínimo de detalhes essenciais: fuga e/ou conflito na área representada ou simbolizada pelo detalhe, dificuldade de entendimento, insegurança, energia reduzida, sentimento de vazio e retraimento (comum em Depressivos, que geralmente fazem desenhos apagados, com linhas tênues e sem detalhes).
	Detalhes excessivos: insegurança, sentimento de que o mundo é incerto e/ou perigoso, rigidez, tendência a defender-se contra o caos externo ou interno criando um mundo rigidamente organizado e altamente estruturado (desenhos exatos, com elementos rígidos e repetidos, não existindo nem uma linha fora de lugar, são encontrados com freqüência Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivos).
	Detalhes não essenciais: geralmente tendem a enriquecer o desenho, como, por exemplo na CASA, a colocação de cortinas na janela ou material de parede, indicado por desenho minucioso ou sombreado, etc. Na ÁRVORE, uma folhagem desenhada detalhadamente ou sombreada; na FIGURA HUMANA, cabelo ou roupa extremamente elaborados.
	Detalhes bizarros: como, por exemplo, órgãos internos vistos por meio da roupa ou pele parede transparente de forma que se observem os objetos dentro da casa sugerem desordem emocional, porém, em crianças pequenas, não apresentam significado patológico (em adultos sugere Esquizofrenia).
10. USO DA BORRACHA
	O uso da borracha só tem valor quando o sujeito mostra capacidade de melhorar o seu desempenho.
	Apagar o desenho sem aperfeiçoá-lo não é bom sinal e quando o torna pior é mais significativo ainda.
	A constante necessidade de apagar na maioria das vezes significa conflito.
	Normal: autocrítica
	Não usa: falta de crítica ou autoconfiança no desempenho
	Uso exagerado: insegurança, excesso de autocrítica, indecisão, insatisfação consigo mesmo, falta de controle e fuga (sugere Fobia Social).
CASA
	A CASA como local de moradia, simboliza a cena das relações intrafamiliares, desde as mais satisfatórias até as mais frustrantes.
	Provoca associações referentes à vida doméstica no passado, presente ou como gostaria que fosse no futuro ou, ainda, uma combinação desses estágios.
	
	A CASA também pode simbolizar um auto-retrato, fornecendo ao examinador ricas informações sobre as relações do sujeito com a realidade e a fantasia, sobre os contatos que faz com o meio e também sobre a maturidade e o ajustamento psicossexual.
	O desenho da CASA fornece dados sobre as relações familiares, pois simboliza o lugar onde são buscados os afetos, a segurança e as necessidades básicas que se encontram preenchimento na vida familiar.
	A criança antes da idade escolar ao representar uma CASA desenha o que sabe que deve estar lá, ignorando como ou se realmente está visível.
	A realidade interna dará lugar, gradualmente a uma realidade exterior mais prosaica desprovida da fantasia, quando a criança amadurece.
	A passagem da subjetividade para a objetividade não é abrupta, ambas as formas de “ver”podem coexistir até bem depois dos 7 anos de idade.
	Quando solicitadas a desenhar uma CASA, as crianças invariavelmente desenharão o exterior.
	Se a casa é percebida como um lar, com todas as suas conotações de calor, proteçao, segurança e amor, poderão vitalizá-la com as pessoas significativas em suas vidas, flores, árvores e sol.
	No adulto, quando casados, o desenho da CASA também reflete a situação doméstica em relação ao cônjuge.
	Simbolicamente a CASA pode, também, representar a imagem corporal.
	Pessoas com problemas em áreas fálicas (preocupação a respeito das questões sexuais com necessidade de demonstrar virilidade) freqüentemente projetarão desenhando uma chaminé bem grande.
	Os dados psicológicos levantados são obtidos pelo significado funcional dos elementos do desenho, pelo seu formato e por meio do aspecto simbólico ligado a cada detalhe.
	É importante observar a habilidade com que o sujeito organiza seus detalhes em um todo significativo.
	O telhado, a parede, a porta e a(s) janela(s) são detalhes considerados essenciais no desenho da CASA.
	Habitualmente as pessoas desenham na seguinte seqüencia:
	Telhado, parede, porta e janela(s) ou
	Uma linha de base, parede, telhado, porta e janela(s).
	Uma indecisão de detalhes oscilantes indica, na melhor das hipóteses, indecisão.
	A CASA geralmente é desenhada de pé, intacta. Qualquer movimento, como telhado voando, paredes caindo, pode expressar um colapso do ego sob os ataques do ambiente ou das relações interpessoais.
Perspectiva e posição da CASA
	Fornece-nos dados da reação afetiva sobre a vida familiar.
	Casa como um todo adequado e substancial, na altura do observador: harmonia nas relações familiares e adequação na imagem corporal.
	Casa desenhada como se fosse vista de cima: rejeição e distanciamento da situação familiar e dos valores pertinentes, com sentimento compensatório de superioridade (o sentimento de superioridade em relação ao ambiente familiar pode tratar-se de uma atitude defensiva).
	Casa desenhada como se fosse vista de baixo: sensação de rejeição, perda de valor, baixo auto-estima e inferioridade na situação doméstica; a felicidade na situação familiar é considerada como algo dificilmente atingível (comum em pacientes com desajustamento familiar e deprimidos).
	Casa de longe como se estivesse distante do observador: isolamento afetivo, retraimento, inacessibilidade, sensação de que as boas relações com os familiares são inatingíveis ou incapacidade para enfrentar a situação doméstica (comum em pacientes com dificuldades para lidar
com as situações referentes à família e deprimidos).
	Casa em perfil parcial: bom nível intelectual e tendência a um comportamento mais flexível
	Casa do tipo “perfil absoluto” ou desenho em que a porta ou a entrada não são visíveis: retraimento, isolamento, inibição, dificuldade nos contatos sociais, tendência à fuga e oposição ou máscara social (comum em pacientes com Transtorno de Personalidade Paranóide e sugere também Fobia Social).
	Casa desenhada como vista pelos fundos ou por trás: retraimento, isolamento e dificuldade nos contatos sociais, porém com sentido mais patológico (comum em Esquizofrênicos, Transtorno de Personalidade Paranóide e sugere também Fobia Social).
	Desenhos de fachada: (isto é, só uma parede é mostrada e não oferece sugestão de profundidade) – tendência a usar uma máscara social (comum em pacientes com comportamento rígido que escondem sentimentos de inadequação e insegurança)
	Casa desenhada de modo que uma das margens laterais do papel sirva como parede: insegurança extrema (sugere Transtorno do Pânico)
	Uso da margem inferior da página como base da linha do solo: sentimento de inadequação e insegurança (comum em alguns casos de depressão)
Tipos de CASA:
	Ao analisar a CASA como um todo, observa-se que, além de o sujeito mostrar como se relaciona com o meio, pode por meio do desenho expor todos os seus sonhos e fantasias de realização, assim como a precariedade de sua vida.
	Choupana: desejo de isolamento, de descansar em paz, de romper com o mundo e/ou sentimento de perda amorosa, econômica ou social. Forma imatura de reagir aos estímulos ambientais ( sugere Transtorno Depressivo, Transtorno de Personalidade de Esquiva e/ou Transtorno de Personalidade Esquizóide).
	Igreja: culpa, sensação de não ser bom o bastante, pensamentos ruins ou sublimação dos impulsos sexuais.
	Hospital: medo ou fixação de doença (comum em Hipocondríacos).
	Escola: dificuldades intelectuais, medo de não ser bom o bastante, problemas ou fixação na escola ou ambição e supervalorização intelectual (sugere Transtorno de Aprendizagem).
	Prisão: culpa, necessidade de liberdade e conflitos (comum em pessoas que se vêem aprisionadas em uma situação doméstica).
	Casa de aparência irreal, como em contos de fada: dificuldade para encarar a realidade com imersão na fantasia (sugere Transtorno de Personalidade Esquizotípica).
	Castelos: imersão na fantasia e/ou sentimento de inferioridade.
	Prédios: sensação de falta de espaço, prisão, necessidade de liberdade ou acolhimento ou sensação de fazer parte de um todo.
	Casa de dois andares com apartamentos: cerceamento, aprisionamento ou desejo de contato sexual (comum em Deprimidos).
	Casa de dois andares ou mansão: aspirações, vontade de ser reconhecido, notado e necessidade de status social ou fortes sentimentos de inferioridade (sugere Transtorno de Personalidade Narcisista).
Linha Representativa do solo ou chão:
	O chão simboliza o contato com a realidade.
	O solo pode ser firme, claro ou tênue, adquirindo um aspecto importante para o diagnóstico.
	Pacientes mais comprometidos emocionalmente invariavelmente apresentam dificuldade em desenhar a CASA com um contato firme com a realidade, geralmente não traçam a linha representativa, fazendo com que o desenho flutue no ar, sem tocar qualquer ponto.
	Linha firme e clara: bom contato com a realidade objetiva.
	Linha de base como o primeiro detalhe a ser desenhado, com ênfase po reforçamento ou negrito: insegurança e necessidade de amarrar o desenho em alguma coisa substancial na página (comum em Deprimidos).
	Linha do solo distante do desenho ou desenho que flutua no ar sem tocar em qualquer ponto: suspeita de rompimento com a realidade objetiva e refúgio na fantasia (sugere Transtorno de Personalidade Esquizotípica).
	Chão tipo arco, com a maior elevação no centro da página: suspeita de sentimentos de dependência (sugere Transtorno de Personalidade Dependente).
	Linha representada pela borda do papel: é comum em crianças, mas em adultos sugere insegurança, ansiedade e fixação na infância.
Paredes:
	As paredes simbolizam a capacidade de auto-sustentação, integração e controle dos impulsos.
	Representam por hipótese o ego do sujeito, indicando sua força, fraqueza ou deteriorização.
	O material das paredes é menos freqüentemente desenhado em relação a outras partes do desenho.
	Paredes com traços firmes e adequados: personalidade estável, bom ajustamento e controle do ego.
	Paredes menores que o teto ou corpo da casa pequeno e teto grande: tendência a buscar satisfação na fantasia e na atividade imaginativa.
	Paredes maiores que o teto ou corpo da casa grande e teto pequeno: menor valorização da fantasia, tendência à objetividade, maior controle racional sobre a vida instintiva, como comportamento mais prático e voltado para a realidade concreta.
	Paredes desconjuntadas ou que estão desabando: franca desintegração do ego (comum em pacientes que estão empregando um esforço consciente, hipervigilante, constante e intenso para manter o ego intacto).
	Reforço nos contornos da parede: esforço e vigilância para manter a integridade do ego e aumento das defesas.
	Calhas para escoamento de água: atitude defensiva e de suspeita, com um esforço concomitante de canalizar estímulos desagradáveis.
	Paredes frágeis, com traço fraco, tênue e/ou inadequado: sentimento de colapso, de fraco controle do ego, de ruptura emocional iminente sem o emprego de defesas compensatórias a sentimentos de inadequação, insegurança e necessidade de apoio (comum em pacientes mais adaptados à própria patologia, que aceitaram a derrota como inevitável e pararam de lutar, ao contrário dos que reforçam as linhas da parede, estes apresentam uma atitude mais passiva de submissão às forças desintegradoras que os ameaçam e sugere Transtorno Depressivo).
	Paredes com apoios ou tijolos aparentes: desgaste emocional, ameaça de destruição, com sofrimento do ego e sensação de desintegração (sugere Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
	Paredes transparentes, permitindo a visão de objetos no interior da casa: no adulto sugere violação das regras da realidade, imaturidade e diminuição da percepção da realidade (comum em Transtorno de Aprendizagem e em Esquizofrênicos). Em crianças pequenas, apenas indicam a sua imaturidade em termos de capacidade conceitual, permitindo-se uma grande liberdade quanto à representação da realidade.
Portas
	A porta indica o local de passagem entre dois estados, entre dois mundos, entre o conhecido e o desconhecido, entre o interior e o exterior e simboliza o contato, o relacionamento e a interação com o meio ambiente.
	Porta aberta e um caminho à vista: pessoa equilibrada ou que procura novos caminhos.
	Porta muito pequena em relação às janelas e à casa em geral: relutância em estabelecer contato com o ambiente, afastamento das trocas interpessoais, timidez e receio nas relações com os outros (sugere Transtorno de Personalidade Esquiva e/ou Transtorno de Personalidade Esquizóide).
	Porta excessivamente grande: excessiva dependência em relação ao meio ou às pessoas em geral e necessidade de integração; quanto maior a porta, maior a dependência do meio externo (sugere Transtorno de Personalidade Dependente).
	Porta fechada: autodefesa e/ou defesa para com o mundo.
	Porta entreaberta: equilíbrio e/ou necessidade de contato.
	Porta fechada com fechaduras, dobradiças ou olho mágico: medo hiperdefensivo do perigo externo, de contato, sensibilidade e defesa ou problema sexual e/ou desejo de contato sexual (comum em Transtorno de Personalidade Paranóide e sugere também Transtorno de Pânico).
	Porta aberta: necessidade interna de receber calor emocional do exterior e de expressar acessibilidade (quando existem pessoas morando na casa). Quando a casa é vazia (não existe ninguém morando), a porta indica sentimento de extrema vulnerabilidade, carência afetiva, necessidade de reforço emocional de fora e falta de adequação das
defesas do ego (sugere Transtorno de Personalidade Dependente).
	Porta bem acima da linha que representa o chão da casa, sem que apareçam degraus: isolamento do meio e tentativa de se conservar inacessível nas relações interpessoais; os contatos são unicamente segundo as próprias conveniências (sugere Transtorno de Personalidade Esquizóide).
	Porta acima do solo e com degraus: tentativa de se manter inacessível, comum em pessoas que só estabelecem contatos com os outros nos seus próprios termos.
Janela
	É o meio secundário de interação com o ambiente.
	Representa uma maneira de comunicação menos direta e menos imediata com o mesmo.
	Enquanto abertura para o ar e para a luz, a janela simboliza a receptividade.
	Janela no lugar normal, simples, aberta e sem ênfase: equilíbrio e calma no contato social.
	Janela com florzinhas: otimismo, interesse pela aparência, preocupação com o exterior, vaidade (sugere Transtorno de Personalidade Narcisista).
	Pessoa na janela: família bem equilibrada, harmonia e em alguns casos ansiedade.
	Janelas nuas, sem cortinas ou persianas: tendência a relacionamentos e contatos sociais diretos, falta de tato ou oposição.
	Reforço no contorno das janelas ( quando não aparece em outras partes do desenho): fixações orais, gula ou tendência ao tabagismo.
	Janela com grades, vidraças fechadas e/ou fechadas com trinco: medo defensivo do perigo externo, desejo de proteção e/ou defesa contra os impulsos, ou estímulos externos, isolamento, barreiras nos contatos sociais, insegurança ou sentimento de estar cercado(a), sensação de o lar ser uma prisão em vez de algo confortável (comum em Transtorno de Personalidade Paranóide).
	Janelas decoradas com persianas ou cortinas: atitudes de interação controlada com o meio, certa ansiedade nas relações interpessoais e ou dissimulação. Pode também mostrar a visão da vida por meio das cortinas ou exibicionismo e narcisismo (comum em pessoas com Transtorno de Somatização).
	Janelas fechadas com persianas ou cortinas: retraimento, cautela nas trocas interpessoais e relutância em interagir com os outros (sugere Transtorno de Personalidade Esquiva).
	Cortinas ou persianas nas janelas abertas ou parcialmente abertas: interação controlada com o ambiente ou a certa ansiedade nas relações interpessoais.
	Várias janelas sem persianas ou cortinas: tendências a se comportar de forma abrupta e às vezes direta, sem necessidade de mascarar sentimentos.
	Várias janelas com persianas ou cortinas: preocupação a respeito da interação com o ambiente
	Distorção no tamanho das janelas: quando a janela da sala é maior que a do banheiro é normal; caso contrário, dá indícios de um possível treinamento severo nos hábitos de higiene ou sentimentos de culpa por masturbação excessiva (comum em Transtorno de Personalidade Obessivo-Compulsivo).
	Janelas de frente em altura diferente das janelas do lado (sugerindo que a altura do chão não é a mesma): dificuldade de organização (comum em formas precoces de Esquizofrenia).
	Janelas da frente em altura diferente das janelas do lado (sugerindo que a altura do chão não é a mesma): dificuldade de organização (comum em formas precoces de Esquizofrenia).
	Janelas centrais maiores que as outras: desejo de contato
	Janela junto ao teto ou telhado: tendência a viver mais no mundo da fantasia do que no da realidade ou necessidade de fuga (comum em pessoas com Transtorno de Somatização e em adultos com dificuldade inter-relação ou de contato sexual)
	Janela no telhado (sótão): dificuldade de contato direto, contato vivido mais na base da fantasia e na imaginação, riqueza de vivência interior e tato por meio de um meio mais intelectualizado (sugere Transtorno de Personalidade de Personalidade Esquizóide).
	Janela junto ao canto da parede: necessidade de apoio, medo de ações independentes e falta de autoconfiança (sugere Transtorno de Personalidade Dependente).
	Janela junto ao canto da parede: necessidade de apoio, medo de ações independentes e falta de autoconfiança (sugere Transtorno de Personalidade Dependente)
	Janela fechada e porta aberta: dificuldade de se mostrar no contato interpessoal, conflitos e medo de rejeição (sugere Fobia Social)
	Janela fechada e porta fechada: isolamento emocional e afastamento do contato interpessoal (sugere Transtorno de Personalidade Esquizóide).
	Janela aberta e porta fechada ou pequena: timidez ou receio no contato afetivo e interação mais controlada com os outros.
	Janela aberta e porta aberta: extroversão, necessidade de contato afetivo (sugere Transtorno de Personalidade Dependente).
Telha ou Telhado
	Simboliza a área ocupada pela fantasia e pensamentos, os impulsos e as tentativas de controle.
	Os extremos no tamanho do telhado tendem a refletir o grau em que o sujeito devota seu tempo à fantasia e em medida ele se volta para esta área a fim de obter satisfação.
	O material do telhado é indicado por traços que variam desde o desenho meticuloso de cada telha até riscos esparsos ou o vazio.
	Telhado de tamanho adequado: equilíbrio entre a fantasia e a realidade, interação equilibrada com o ambiente.
	Telhado exageradamente grande e o resto da casa pequeno: grande inversão com ênfase exagerada na fantasia, afastamento dos contatos interpessoais (pouco contato manifesto) e ambição maior que a capacidade de realização.
	Lajes: bloqueios, repressão da vida de fantasia, da imaginação e orientação para o concreto (comum em pessoas estéreis afetivamente).
	Casa representada só por teto ou telhado: ego dominado pela fantasia (comum em Esquizofrênicos – geralmente desenham um telhado e depois colocam a porta e as janelas, de forma que a casa seja toda telhado; são pessoas que vivem num mundo predominantemente de fantasia).
	Ausência de telhado ou telhado representado por uma única linha: dificuldade em fantasiar ou devanear, tendência para o pensamento mais concreto (comum em personalidades, reprimidas ou de pouca inteligência e sugere também Transtorno de Aprendizagem).
	Telhado reforçado por uma linha forte e grossa (quando isso não ocorre nas outras áreas do desenho da casa): tentativa de defesa da ameaça de perda do controle pela fantasia, temor que os impulsos atualmente expressos pela fantasia se expandam para o comportamento manifesto ou distorçam a percepção da realidade receio de perder o controle sobre a vida imaginativa (comum em Transtorno de Ansiedade Generalizada e sugere também Transtorno de Personalidade Esquizotípica).
	Telhado ligeiramente afastado ou deslocado da parede, sombreado ou com buraco: ansiedade, dificuldade de aprendizagem e idéias de fuga do ambiente (comum em pessoas com Transtorno de Somatizaçao e sugere também Transtorno de Aprendizagem).
	Telhado vazio sem telhas: senso prático, orientado para o essencial ou diminuição da fantasia.
	Telhado muito elaborado (com telhas ou vários riscos): capacidade de enfrentar problemas e controle da fantasia ou minuciosidade, preocupação com detalhes (comum em Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo).
	Telhado terminado em pontas: simbolismo sexual (comum na puberdade e adolescência).
Chaminé
	Em pessoas bem ajustadas, a chaminé via de regra representa apenas um detalhe à representação da casa.
	Detalhe este que atualmente não é essencial no nosso meio devido à propagação do aquecimento elétrico, ao clima tropical e de poucas casas possuírem lareiras.
	As crianças na sua grande maioria desenham a chaminé num ângulo reto ao plano do telhado.
	Se for um telhado inclinado ficará oblíqua.
	É necessário uma certa maturação para que a chaminé seja desenhada verticalmente, ignorando a inclinação do teto.
	Esta correção expressa um avanço no nível do pensamento, depende de uma operação mental que não é ainda acessível à criança pequena.
	Para alguns adultos a chaminé pode representar um símbolo fálico ou indicar o nível de maturidade sexual (emerge do corpo da casa) embora isso não seja obrigatório em todos os desenhos, pois também
simboliza afeto, tensão interior ou do lar.
	Da observação de inúmeros desenhos, percebe-se que a grande maioria dos pacientes desenha suas casas com um telhado inclinado e chaminé, numa representação infantil (Dileo, 1987)
	Chaminé proporcional à casa: calor no lar, bom ajustamento familiar e pessoal.
	Ausência de chaminé: atualmente não é considerada importante, mas pode simbolizar falta de calor e afeto no lar ou, em alguns adultos, dificuldades de ajustamento sexual.
	Dificuldade de desenhar a chaminé, em crianças: tensão interior e/ou família.
	Dificuldade de desenhar a chaminé, em adultos: indícios de mal ajustamento sexual, temores quanto à dificuldade para lidar com protuberâncias que saem do próprio corpo e dúvidas sobre a capacidade fálica.
	Chaminé exageradamente grande, em crianças: necessidade de chamar atenção e de ser visto, notado.
	Chaminé exageradamente grande, em adultos: preocupação a respeito das questões sexuais com necessidade de demonstrar virilidade, tendências exibicionistas e sentimentos compensatórios para inadequação fálica (comum em Transtorno de Personalidade Anti-Social).
	Chaminé superenfatizada, completamente exposta, saindo da linha de base em adolescentes e adultos: tendências exibicionistas no sentido da sexualidade.
	Chaminé quase completamente escondida, em crianças: sugere relutância em lidar com estímulos que provocam emoção.
	Chaminé quase completamente escondida, em adultos: pode simbolizar angústia em relação às vivências fálicas ou à dificuldade de expressar a turbulência emocional e repressão.
	Várias chaminés na mesma casa, chaminé tombando ou em formato fálico em desenhos de adolescentes e adultos: sentimento de inferioridade e compensação por sentimentos de inadequação fálica, sob uma capa de esforço viril (comum em Impulso Sexual Excessivo e Transtorno de Personalidade Anti-Social).
	Chaminé perpendicular à inclinação do telhado: comum em crianças e adultos sugere angústia em relação às vivências fálicas e/ou a dificuldade de expressar a turbulência emocional.
	Chaminé transparente ou visível por meio de uma parede transparente: negação de aspectos sexuais, sensação de impotência, sentimento de fraqueza em relação ao pênis ou medo de castração ou tendências exibicionistas ou expressão de que o sujeito sente que a sua preocupação fálica deve ser óbvia para os outros (comum em Impulso Sexual Excessivo e Transtorno de Personalidade Anti-Social).
	Antenas ou outros símbolos fálicos: indícios de fantasias sexuais ou necessidade de comunicação com o mundo externo.
Fumaça
	Simboliza a respiração e portanto a expressão da vida dentro da casa.
	Chaminé emitindo uma fumaça abundante: expressão de calor e afeto dentro da casa (comum em desenho de crianças).
	Fumaça em negrito, densa e/ou exagerada: grande tensão interna, conflitos e turbulência no lar ou ambos (denota sintoma mais graves).
	Fumaça dirigida para um lado como sob efeito de forte vento (a força da pressão do vento é indicada pelo grau de desvio da fumaça, e o sentimento é revelado pela quantidade de fumaça): sentimento de forte pressão ambiental (comum em crianças com dificuldade escolar e/ou pressionadas pelos pais e em adolescentes constritos pela realização acadêmica).
	Fumaça em novelo: conflitos internos e externos ou esforço para extravasar energia intelectual (comum em pessoas que vêem o lar como um lugar de conflitos, turbulência e inquietação).
Acessórios no desenho da CASA
	Quando aparecem acessórios no desenho da CASA, estes devem ser analisados de acordo com o conjunto de desenhos.
	Detalhes bem organizados na maioria das vezes indicam boa relação com o meio e maior possibilidade de a ansiedade ser bem canalizada e controlada.
	Por outro lado, alguns pacientes revelam diretamente a sua falta de segurança ao circundar ou apoiar sua CASA com arbustos, árvores e outros detalhes que não estão relacionados com a instrução dada.
	Indica que quanto maior a quantidade desses detalhes, mais intenso é o sentimento de insegurança ou a falta de proteção.
	Caminho bem feito e proporcionado, conduzindo a porta: controle e tato no contato com os outros e equilíbrio ba procura de novos caminhos.
	Caminho longo e sinuoso: reserva nas relações interpessoais (comum em pessoas que inicialmente se mostram cautelosas em fazer amizades, mas, quando a relação se desenvolve, tende a ser profunda).
	Caminho bifurcado: indecisão e imaturidade afetiva.
	Caminho excessivamente largo na extremidade voltada para o observador, mas que diminui, de modo a ficar mais estreito que a porta: tentativa de encobrir o desejo de manter-se distante, empregando uma afabilidade superficial (comum em pessoas seletivas em seus contatos e sugere também Fobia Social).
	Caminho pedregoso: vivências traumatizantes e dificuldade de contato com o mundo (sugere Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
	Calçada reta na frente ou caminho que acaba em montanha: falta de energia para vencer os problemas ou dificuldade no contato com as pessoas (sugere Transtorno Depressivo).
	Casa com árvores, vegetais, arbustos e/ou grande e vasto jardim: insegurança, necessidade de proteção e de erguer barreiras defensivas para fazer contato formal com os outros (em alguns adultos pode simbolizar desejo e/ou repressão da sexualidade).
	Casa com escadas: dificuldade em mostrar-se, em ser autêntico (a) e em ter relacionamentos íntimos. Demonstra ser necessário galgar os degraus para chegar ao interior da pessoa.
	Casa com varanda ou com sombra e água fresca: necessidade de relaxar, comodismo, mecanismo de compensação ou problema de relação social.
	Montanhas aparecendo no desenho da casa: atitudes defensivas e/ou necessidade de independência, freqüentemente independência materna (sugere Transtorno de Personalidade Dependente).
	Árvores desenhadas ao redor da casa: freqüentemente representam pessoas, e o examinador pode induzir o sujeito a identificá-lo. O tipo e o tamanho da árvore, particularmente sua colocação em relação à CASA, podem revelar muito a respeito da percepção que o indivíduo tem de sua constelação familiar.
	Cercas desenhadas em torno da casa: necessidade de proteção, comportamento defensivo e insegurança (sugere Transtorno de Personalidade Dependente e Transtorno de Personalidade Paranóide).
	Florzinha, patinho, etc: imaturidade afetiva ou ambição, desejo de conquistar algo.
	Nuvem: ansiedade, pressão ambiental ou expressão de pais repressores.
	Nuvem escura: ansiedade, pressão ambiental e ameaça a distância.
	Nuvens, neve e/ou chuva caindo: ambiente opressivo (comum em Deprimidos).
	Sombras: situações de conflitos e ansiedade em nível mais consciente.
	Sol: na maioria das vezes simboliza afigura de maior autoridade ou de maior valência emocional (positiva ou negativa) no ambiente do sujeito.
	Sol brilhando sobre o lado esquerdo: lado materno, bom relacionamento com a mãe.
	Sol brilhando sobre o lado direito: lado paterno, bom relacionamento com o pai.
	Torres: isolamento, introversão (sugere Transtorno de Personalidade Esquizóide).
	Torres cheias de janelas: excitação sexual (sugere Impulso Sexual Excessivo).
	Elevadores:: em desenhos de adolescentes ou adultos, sugere problema sexual ou fantasia de realização sexual.
	Detalhes degradantes (lata de lixo, coisas jogadas, etc.): sentimento de hostilidade e agressividade (sugere Transtorno da Conduta e/ou Personalidade Anti-Social).
ÁRVORE
	Simbolicamente a ÁRVORE atinge os aspectos mais profundos e básicos da personalidade.
	Acredita-se que isto aconteça pelo fato de trazer um mínimo de associações conscientes, levando a uma menor defesa do ego por parte do examinando.
FIGURA HUMANA
	O uso da ÁRVORE como teste projetivo é baseado na suposição de ser um auto-retrato inconsciente ou uma elaboração inconsciente da auto-imagem, que é relacionado com os três maiores campos da personalidade: instintivo, emocional e intelectual.
	O fato de a árvore ter vida e crescer continuamente é que
torna possível a representação simbólica do psiquismo humano.
	As raízes significam a vida instintiva e os sentimentos que se referem ao contato com a realidade.
	O tronco representa a vida emocional ou o domínio emocional sobre as pressões ambientais e as tensões internas.
	E a copa revela a vida intelectual e social, as trocas com o ambiente, a busca de realizações e a distribuição dos investimentos psicológicos na área da fantasia.
	O desenho da ÁRVORE reflete os sentimentos mais profundos e inconscientes do examinando sobre si mesmo, enquanto que a FIGURA HUMANA converte-se em um veículo de expressão dos aspectos mais conscientes e de suas relações com o meio.
	Do ponto de vista de detalhes essenciais, para uma árvore existir é necessário que tenha pelo menos o tronco e a copa.
	Habitualmente as pessoas desenham na seguinte seqüência:
Tronco, galhos e copa ou
Estrutura de ramos e depois o tronco ou
Raiz, tronco e copa.
Impressão da ÁRVORE como um todo
	Pelo fato de as raízes mergulharem no solo e os galhos se elevarem para o céu, a árvore é universalmente considerada um símbolo da vida.
	A árvore vista como um todo pode dar a impressão de harmonia, inquietude, vazio, aridez, abundância, hostilidade, vigilância, alegria, beleza, etc., fornecendo dados sobre os aspectos inconscientes da personalidade.
	Árvore média vigorosa e bem enraizada: integração intacta da personalidade.
	Árvore grande: tendência à expansão
	Árvore muito grande, quando o topo ultrapassa a parte superior do papel: tendência a expandir-se exageradamente na área da fantasia em busca da satisfação.
	Árvore pequena: desencorajamento, pressão ambiental, controle e sentimentos de inadequação para lidar com o meio (sugere Transtorno Depressivo).
	Árvore com base no papel: insegurança, sentimento de inadequação (comum em depressivos que na maioria das vezes usam linhas tênues, mostrando falta de energia e motivação, e também em pessoas muito inseguras, que geralmente se prendem à parte inferior da folha em busca de uma segurança compensatória).
	Árvore mutilada, com cicatrizes e/ou ramos cortados: traumas e assaltos à personalidade (sugere Transtorno de Estresse Pós-Traumático)
	Árvore cindida, dividida verticalmente, dando a impressão de duas árvores: fragmentação e/ou divisão da personalidade, ruptura das defesas e perigo que os impulsos internos se extravasem no ambiente (comum em Esquizofrênicos).
	Árvore com tronco e em uma linha contínua, sem divisão: negativismo e/ou oposicionismo (comum em pessoas que estão apenas atendendo a um pedido do examinador, é uma forma de evitar uma recusa direta).
	Folhas, frutos, galhos e/ou flores caídas ou caindo: falta de atenção, esquecimento, leve separação entre sentimentos e pensamentos, falta de firmeza ou sentimento de rejeição.
	Sombreados claros-escuros: ansiedade, humor vacilante, desorientação, inceretza, indecisão, falta de energia, passividade ou imaturidade (comum em Deprimidos).
	Desenho de chorões: sentimento de menos valia, cansaço e tristeza (comum em Deprimidos).
	Árvore sobre a qual paira uma ave de rapina ou sob a qual urina um cão: sentimentos de culpa, sensação de destruição, degradação, profunda desvalorização e baixa auto-estima (sugere Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
	Árvores frutíferas: desejo de realizar, ter sucesso, comum em mulheres grávidas e em crianças pequenas (geralmente desenham macieiras). As crianças e adolescentes na maioria das vezes até mais ou menos 14 anos de idade identificam-se com a fruta, e a árvore simboliza a figura materna. Quando a fruta está caindo ou já está caída, significa sentimento de rejeição, perda ou separação.
*
	Árvore de Natal no adulto: pode indicar tanto dependência co desejo de retornar à infância quanto ao exibicionismo, quando a ênfase maior está nas luzes e decorações.
	Árvore de Natal nas crianças: se está próximo do Natal, geralmente é a influência da própria festa, mas, quando fora da data, denota expressão de saudade e lembrança de momentos passados.
	Estilizada: sofisticação, superficialidade, falta de autenticidade ou disciplina, ou aptidões técnicas e construtivas, gosto pela sistematização (sugere Transtorno de Personalidade Obsessiva-Compulsiva).
	Formas inautênticas (copa em coração, em trevo, etc.): falta de autenticidade, mascaramento e ou dissimulação (comum em desenhos de adolescentes).
	Árvore inclinada para a esquerda: introversão, atitude defensiva, cautela, necessidade de segurança, medo de afetos, prisão ao passado e satisfação controlada dis impulsos (sugere Transtorno de Personalidade Esquizóide).
	Árvore inclinada para a direita: impulsividade, necessidade de satisfação imediata, capacidade de entrega pessoal e amor ao dever (sugere Transtorno de Personalidade Histriônico).
	Árvore com apoio, estacas: necessidade de apoio, segurança e orientação, falta de independência e de confiança em si mesmo (sugere Transtorno de Personalidade Dependente).
	Esteriotipias: rigidez, dificuldade ou falta de capacidade de expressão, falta de independência no julgar, horizonte limitado (comum em crianças até mais ou menos 7 anos de idade e, em adultos sugere apego a esquemas infantis ou Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo)
	Riqueza na representação da árvore: sonhador, valorização do exterior, desejo de produtividade artística e/ou necessidade estética.
	Simplificação na representação da árvore: senso prático, objetivo, orientado para o essencial, desprezo pelo exterior, falta de fantasia ou pode ser apenas “preguiça”.
Idade atribuída à ÁRVORE
	A idade que o examinado dá à sua ÁRVORE simboliza o nível de maturidade psicossexual, e o adequado é que seja próxima à idade dele.
	Geralmente as pessoas prendem-se a uma faixa etária de maior satisfação ou fixam-se em vivências traumáticas.
	Idade próxima à do paciente: bom nível de maturidade psicossexual.
	Idade aquém a idade do sujeito: imaturidade ou vivências traumáticas (sugere Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
	Idade muito além da idade do sujeito: vivências depressivas e inadequadas para a idade e/ou com necessidade de crescer logo.
ÁRVORE apresentada como morta
	As questões a respeito da “vida”e da “morte”da ÁRVORE dão ao examinando a oportunidade de projetar e expressar simbolicamente seus sentimentos de pressão, inadequação e sofrimentos e de declarar se sente que a pressão vem de dentro, de fora do self ou de ambas as formas.
	Pessoas mais doentes psicologicamente muitas vezes vêem suas árvores mortas.
	Quando a morte é na raiz é mais patológico do que nos galhos (os galhos da mesma forma que os braços da pessoa simbolizam os recursos para a busca da satisfação); quando o tronco que está morto implica em uma perda de controle e perda para o alcance do bem-estar.
	Deve-se questionar se a morte da ÁRVORE (ou da parte dela) é decorrente de causa externa ou interna e há quanto tempo isso ocorreu, pois geralmente corresponde a época ou tempo do trauma.
	Idade da morte: geralmente coincide com a época do trauma.
	Morte por causa interna (apodrecimento ou doença da raiz, do tronco e/ou dos galhos): implica em algo interno e mais doentio (pior prognóstico) e fortes sentimentos de culpa (comum em Esquizofrênicos, Depressivos e sugere Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
	Morte por causa externa (parasitas, raios, ventos, golpes de machados, etc.): sensação de que o meio é responsável por suas dificuldades e traumas (o prognóstico é melhor). A morte do tronco sugere problemas mais sérios que o da copa ( comum em retraídos, deprimidos e desesperançados em conseguir um ajustamento razoável e sugere também Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
Perspectiva ou posição da ÁRVORE
	A ÁRVORE pode ser desenhada desde uma forma natural, ereta, até totalmente inclinada, recurvada e destituída de qualquer força.
	Vertical ou ereta: posição natural, maturidade, inteligência, espiritualidade, altivez ou superestimação de si mesmo.
	Inclinada para
a direita: dedicação, capacidade de entrega pessoal, disponibilidade para o sacrifício e para servir aos outros, fraqueza de domínio ou ainda impulsividade, facilidade de renovação, fixação no futuro e/ou desejo de esquecer um passado infeliz (sugere Transtorno de Personalidade Histriônico).
	Inclinada para a esquerda: introversão, necessidade de proteção e de segurança, atitude defensiva, aversão e/ou rejeição do ambiente, medo de afetos, constrangimento, fixação e/ou prisão ao passado com medo do futuro, satisfação controlada dos impulsos (sugere Transtorno de Personalidade Esquizóide).
	Árvore recurvada, voltada para a terra, sacudida pelo vento ou quebrada por tempestades: sensação de forte pressão ambiental, falta de apoio, inibição, bloqueios ou sentimento de prisão ao passado, de ser impedido pelas circunstâncias (comum em Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo e sugere também Hipocondria).
	Em arco: cansaço, fadiga, resignação, introspecção ou culpa (comum em Deprimidos)
Simetria
	A natureza é harmoniosa e relativamente simétrica.
	Portanto, para ser considerado um bom desenho de árvore é necessário que se tenha uma mínima capacidade de organização/
	Moderada: capacidade de organização, equilíbrio e habilidade para obter satisfação.
	Exagerada: apego a esquemas fixos, necessidade de equilíbrio íntimo, falta de adaptação intelectual, rigidez ou ambivalência (comum em Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo).
	Ausência: insegurança, instabilidade e falta de defesas (comum em Esquizofrênicos).
Raiz
	São inúmeras as funções da raiz, dentre elas, as mais fundamentais é que retiram o alimento da terra, apóiam e seguram a árvore.
	São freqüentemente ocultas ou parcialmente visíveis, mas firmam a sua existência, mostrando ser a parte mais durável e essencial para o desenvolvimento da planta.
	A RAIZ simboliza o inconsciente, as forças instintivas, primitivas, impulsivas e não elaboradas, incluindo também o contato com a realidade, a necessidade de apoio e segurança e a busca de energia psíquica básica.
	Raiz abaixo da linha da terra: equilíbrio, maturidade e domínio dos impulsos.
	Sem raiz: pessoa auto-suficiente ou se há espaço entre a base do tronco e a linha do solo pode significar que a pessoa se sente no ar, separada do elemento nutridor e falha na capacidade de perceber a realidade.
	Ênfase no desenho da raiz: imaturidade, primitivismo e predomínio maior da vida instintiva ou medo de perder a objetividade, preocupação em desligar-se da realidade, já que a raiz simboliza a ligação à terra. (sugere Transtorno de Personalidade Esquizotípica e/ou Transtorno de Despersonalização.
	Raiz de tamanho desproporcional: necessidade de agarrar-se e manter-se fixo à realidade, insegurança e medo da perda de controle (comum em indivíduos com incapacidade intelectual e sugere Transtorno de Aprendizagem e Transtorno de Ansiedade Generalizada).
	Raiz sombreada, negrito ou com muitos traços: dificuldade de enfrentar o meio, apego a terra e conflitos, predomínio da vida instintiva, medo de perder a objetividade, preocupação em desligar-se da realidade (comum em Transtorno de Personalidade Esquizotípica).
	Raiz com um traço só: primitivismo, cujos impulsos não são fiscalizados pelo consciente, pouca independência e pressão familiar (comum em Transtorno de Aprendizagem).
	Raízes terminadas em pontas: predomínio da vida instintiva, falta de agilidade mental, primitivismo intelectual e em alguns casos agressividade.
	Raiz ramificada: riqueza e sensibilidade maior do inconsciente.
	Raiz saindo da base do papel: é normal até 10 anos de idade. No adulto sugere dificuldade de aprendizagem ou caráter dependente, insegurança e sentimento de inadequação. Prende-se à base do papel como segurança compensatória (comum em Deprimidos e sugere também Transtorno de Personalidade Dependente).
	Raiz por meio de solo transparente (que aparecem sob a linha do solo): falha na capacidade de perceber a realidade, imaturidade cognitiva e dependencia. Comum em crianças até mais ou menos 7 anos de idade. Em adolescentes e/ou adultos, indica um prejuízo na capacidade de perceber a realidade (sugere Transtorno de Personalidade Esquizotípica).
	Raiz em forma de garra, representada como que lutando para prender-se ao solo: ligação hipervigilante e de pobre contato com a realidade, temor pânico de perder o contato com a mesma; é como se tivesse que agarrar para não perder o contato com a objetividade (encontrado em pessoas agressivas com Transtorno de Personalidade Paranóide ou Transtorno do Pânico).
Linha da terra e do solo
	A linha do solo simboliza o traço divisório entre o consciente e o inconsciente (os separa e os liga concomitantemente).
	É a base da árvore e separa o meio nutridor (raízes, terra) da sua zona de expressão (copa).
	Fornece dados sobre os sentimentos de segurança, estabilidade, equilíbrio, necessidade de apoio e auto-sustentação.
	A maior parte das pessoas desenha a linha do solo.
	As crianças o fazem com menor freqüência, mesmo porque preferem colocar a árvore na beira do papel, que para elas simboliza o chão.
	Linha entre o tronco e a raiz: equilíbrio entre o consciente e inconsciente, harmonia interna e maturidade.
	Linha acima da base do tronco: indiferença em relação a realidade, alienamento e atitude passiva (comum em adolescentes e em doentes hospitalizados, pois um longo período de ociosidade forçada naturalmente faz com que estas pessoas considerem a realidade num plano afastado. A linha do chão, como expressão da realidade imediata, é empurrada para o horizonte.
	Linha abaixo da base do tronco: sentimento de desenraizamento e separação.
	Ausência de linha entre a base e a terra: falta de firmeza, estado mais primitivo com reduzida capacidade de objetivação ou falta de diferenciação do eu (comum empessoas que não tem “os pés no chão, que vivem como que suspensas no ar”).
	Linha de terra bem escura, em negrito: ansiedade, desejo de ocultar ou disfarçar os conflitos íntimos.
	Linha oblíqua ou inclinada: aversão, afastamento, reserva, inclinação a contradizer, incerteza, instabilidade, desamparo face a pressões ambientais e falta de estabilidade (perdendo o “pé”, escorregando, insegurança).
	Linha tipo ilha: isolamento, solidão ou sentimentos de rejeição e abandono (sugere Transtorno de Personalidade Esquizóide).
	Linha borrada: ansiedade em relação ao sentir a terra sob seus pés, o sabor onde pisa e como se situa no mundo (sugere Fobia Social).
	Linha convexa (árvore colocada em uma colina ou montanha): isolamento aliado à necessidade de autonomia, solidão e reserva; pode ser também indício de vaidade, posse, necessidade de colocado em um pedestal, de ser admirado, sentimentos de grandeza, “o todo poderoso” ou sugere dependência maternal.
	Linha côncava (árvore colocada em uma depressão): sentimentos de inadequação e inferioridade (comum em pacientes Deprimidos).
	Linha representada pela borda do papel: na criança é bastante comum e no adulto pode indicar dificuldade de base afetiva e representação infantil do mundo.
	Linha grande por toda a largura do papel: necessidade de maior objetivação na vida e insegurança.
	Linha cheia de vegetação: insegurança, dramatização, dificuldade na área afetiva ou vaidade.
Tronco
	O tronco é o suporte da copa, a parte mais estável e durável da árvore.
	Simboliza a força interior, o sentimento de poder e de sustentação do ego, o equilíbrio, e fornece também dados sobre o desenvolvimento emocional e sobre a integração da personalidade.
	Tronco reto, bem proporcionado: evolução normal da personalidade.
	Tronco forte, firme e estável: capacidade de adaptação, auto-sustentação, sensação de força e poder.
	Tronco reto e rígido como um poste: rigidez do ego, controle emocional, necessidade de defesas para manter a integridade da personalidade, recursos mais manuais do que intelectuais ou afetivos. Em adultos também pode representar um símbolo fálico (sugere Transtorno de Personalidade
Obsessiva-Compulsiva).
	Base do tronco reta ou apoiada na beira do papel: é a representação infantil do mundo; portanto, é normal em crianças pequenas. Em adultos sugere infantilidade, imaturidade, regressão, sentimentos de inadequação e insegurança (comum em Deprimidos e em alguns casos de Deficiência Intelectual).
	Tronco solto no espaço, sem raiz, sem base, longe da linha da terra: falta de apoio, desorientação, falta de firmeza e insegurança.
	Tronco cortado, quebrado ou fechado na parte superior: discrepância entre desejo e realidade, entre querer e poder (sentir e agir), não verdadeiro para consigo (comum em crianças até 6,7 anos de idade, em Transtorno de Ansiedade Generalizada).
	Tronco aberto na parte superior: dificuldade de conclusão, de comprometer-se, indefinição (deixar como está para ver como fica) ou abertura para novas idéias e soluções, espírito inventivo e necessidade de investigar.
	Tronco aberto na parte superior e fechado na inferior: esforços superdeterminados e desgastantes de assertividade associada a fragilidade e insegurança, repressão da energia instintiva (base pequena).
	Tronco aberto na parte inferior e fechado na superior: predomínio da vida instintiva.
	Tronco aberto na parte superior e na inferior: indecisão, comportamento flutuante e dificuldade de compreensão na vida.
	Dois troncos ou um tronco dentro do outro: necessidade de apresentar-se frente ao mundo com força e auto-afirmarão encobrindo sentimentos de fragilidade interior.
	Tronco curvado ou cortado: pressão ambiental e inibição, sentimento de castração (sugere Transtorno do Pânico).
	Tronco bifurcado: ambivalência afetiva.
Tamanho do tronco
	Equilíbrio entre o tamanho do tronco e a da copa: evolução normal da personalidade.
	Tronco longo: predomínio da vida instintiva e emocional, imaturidade, inquietude motora, vivacidade de fundo emocional ou sentimento de constrição ambiental com uma tendência a reagir agressivamente na realidade ou na fantasia (comum em crianças).
	Tronco curto e/ou grosso com copa grande: pressão externa e dificuldade de expressão do eu, maior satisfação na fantasia e contato com a realidade menor que o desejável, ambição, autopreocupação, entusiasmo. Idealismo, arrogância, superficialidade, equilíbrio precário da personalidade por efeito da frustração em não conseguir satisfazer as necessidades básicas, desenvolvimento retardado e regressão a estados primitivos (comum em desenhos de crianças pequenas, pacientes com Transtorno de Somatização e em adultos regredidos).
	Tronco longo que se estende além do tipo da página: necessidade de buscar satisfação na fantasia.
	Tronco longo e sombreado: reação emocional à má condição do meio.
	Tronco longo e fino com grande estrutura de galhos: precário equilíbrio da personalidade motivado por excesso de ênfase na satisfação das necessidades.
	Tronco grande e pequena estrutura de galhos: precário equilíbrio da personalidade motivado pela frustração e pela incapacidade de satisfazer as necessidades básicas.
	Tronco longo, copa pequena: predomínio da vida instintiva, imaturidade, falta de adequação para expressar-se, inquietação motora e vivacidade de fundo emocional. Considerado normal em crianças até a fase do jardim de infância, as com idade escolar geralmente desenham a copa do memso tamanho que o tronco, sendo que as meninas fazem o tronco um pouco mais longo que os meninos. Também encontrado em Transtorno de Aprendizagem.
Largura do tronco
	Tronco frágil, fino e instável: sensibilidade, vulnerabilidade e insegurança.
	Tronco muito fino ou pequeno, com uma grande estrutura de galhos equilíbrio precário da personalidade, necessidade de maior satisfação, mas com pouca sustentação.
	Base do tronco alargada para a esquerda: introversão, inibição, bloqueios, conflitos, dependência ou fixação materna, prisão ao passado e dificuldade para libertar-se de algo (comum em alguns casos de Transtorno de Aprendizagem e sugere também Transtorno de Personalidade Esquizóide).
	Base do tronco alargada para a direita: desejo de expansão, oposição ou resistência aos outros e teimosia. Ocasionalmente pode indicar ressentimento, desconfiança e predominância dos desejos e instintos (sugere Transtorno de Personalidade Histriônica).
	Base do tronco alargada para os dois lados: inibição do pensamento, dificuldade para aprender, dificuldades na compreensão da vida ou medo de possível perda de contato com a realidade com afirmação compensatória.
	Tronco da base alargada podendo ou não terminar em ponta: imaturidade, predomínio da vida instintiva, estagnação da vida afetiva, constrição do crescimento. A diminuição gradual do tronco é esperada, mas quando é rápida ou repentina transmite um sentimento de racionamento abrupto no decorrer do desenvolvimento e de uma vida anterior mais rica e satisfatória emocionalmente (comum em Transtorno de Aprendizagem).
Contorno do Tronco
	Contorno do tronco ondulado em ambos os lados do tronco: vitalidade, animação, capacidade de adaptação, habilidade nas dificuldades e no contato.
	Contorno do tronco irregular à esquerda: introversão, vulnerabilidade interna, conflitos, dificuldades, inibição, difícil adaptação e traumatismos psíquicos (comum em pacientes com doença orgânica e acidentados, Transtorno de Somatização, Transtorno de Personalidade Esquizóide).
	Contorno do tronco irregular à direita: contato ativo com a realidade ou traumas psíquicos e dificuldade de adaptação (sugere Transtorno e Estresse Pós-Traumático e de Personalidade Histriônica).
	Contorno do tronco em linhas difusas e interrompidas: sensibilidade, empatia ou caráter hesitante e sentimento obscuro dos limites de personalidade.
	Contorno do tronco com linhas de traços curtos: irritabilidade, impulsividade e impaciência (sugere Transtorno de Personalidade Borderline).
	Contorno do tronco com saliências, linhas tremidas, tortas e nós: desenvolvimento físico ou psíquico com traumatismos, doenças graves, acidentes, grandes dificuldades, congestionamento de afetos, bloqueios, choque ou impulsividade, vulnerabilidade, excitabilidade, nervosismo e impaciência (sugere Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
	Contorno do tronco com reforço das linhas: medo de desintegração do eu; necessidade de manter a integridade da personalidade empregando defesas compensatórias para encobrir ou combater o temor e o pânico. Tentativa de preservar-se contra esta eventualidade por meio dos recursos disponíveis (comum em adultos imaturos, com humor lábil, passivos e sem energia e sugere Transtorno Depressivo).
	Contorno do tronco com traços leves ou falhos: sentimento de colapso da personalidade ou perda da identidade pessoal. Trata-se de um estágio no qual as defesas compensatórias são consideradas inúteis para impedir uma desintegração iminente, estando invariavelmente presente uma ansiedade aguda (sugere Transtorno de Ansiedade Generalizada ou Transtorno do Pânico).
Superfície ou tipos de desenhos no tronco
	Superfície raiada, rugosa, áspera, com traços pontiagudos, angulosos ou serrilhados: suscetibilidade, vulnerabilidade, sensibilidade exacerbada, emotividade, irritabilidade, propensão à violência e cólera, aspereza e falta de tato ou capacidade de observação (comum em pessoas com espírito crítico e que reagem facilmente).
	Superfície com traços curtos, arredondados ou delicados: flexibilidade, facilidade no contato e disposição para se adaptar.
	Superfície do tronco borrada ou sombreada: ansiedade, traumatismos, sensibilidade ou adaptabilidade (comum em Depressivos e em alguns casos de Impulso Sexual Excessivo e sugere Transtorno de Estresse Pós-Traumático.
	Superfície com sombreado à esquerda: sonhador, introvertido, suscetibilidade, vulnerabilidade, inibições, dificuldade para expressar-se, falta de mobilidade, rigidez, falta de agilidade, regressão e fixação em estágios mais primitivos (sugere Transtorno de Personalidade Esquizóide).
	Superfície com sombreado à direita: capacidade para

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