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apostila anatomia e fisiologia humana l

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Anatomia e Fisiologia Humana I 2 
 CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - CIEP 
 COORDENAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA 
 
ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 
 
EMENTA: Definir Anatomia e Fisiologia humanas; identificar a célula como unidade funcional do 
corpo humano e suas respectivas estruturas; definir tecido, órgão, aparelho, sistema e organismo; 
identificar os tipos de tecidos, sua construção e funções; identificar as estruturas e o 
funcionamento dos sistemas nervoso, endócrino, locomotor, sensorial e dos aparelhos digestivo, 
respiratório, circulatório, urinário e reprodutor; enumerar e localizar os principais ossos e 
músculos do corpo humano; reconhecer a integração do sistema nervoso com outros órgãos; 
citar os órgãos hematopédicos e suas respectivas. 
 
Conteúdo Programático 
 
UNIDADE I - O corpo humano 
UNIDADE II - Unidade funcional do corpo 
humano 
 1.1 - Célula 
 1.2- Estrutura celualar 
 1.3 – Função celular 
UNIDADE III - Anatomia e Fisiologia do 
Sistema locomotor 
3.1 Ossos 
3.2 Cartilagens 
3.3 Articulações 
3.4 Músculos 
UNIDADE IV - Anatomia e Fisiologia do 
Sistema tegumentar 
4.1 As camadas da pele 
4.2 Os anexos da pele 
UNIDADE V - Anatomia e Fisiologia do 
Sistema cardiovascular 
5.1 Vias do sangue 
5.2 A máquina da vida 
5.3 Um trajeto de vida 
UNIDADE VI – Anatomia e Fisiologia do 
Sistema linfático 
UNIDADE VII - Anatomia e Fisiologia do 
Sistema imunológico ou imunitário 
7.1 Células do sistema imunológico 
7.2 Órgãos imunológicos 
UNIDADE VIII - Anatomia e Fisiologia do 
Sistema respiratório 
UNIDADE IX - Anatomia e Fisiologia do 
Sistema digestório 
9.1 Processo digestório 
9.2 Absorção de nutrientes 
UNIDADE X - Anatomia e Fisiologia do 
Sistema urinário e órgãos genitais 
10.1 Mais que um filtro: um purificador 
10.2 Órgãos genitais masculinos 
10.3 Órgãos genitais femininos 
UNIDADE XI - Anatomia e Fisiologia do 
Sistema nervoso 
11.1 Regulação postural e do 
movimento 
11.2 Como proteger estruturas tão 
importantes? 
UNIDADE XII - Anatomia e Fisiologia do 
Sistema sensorial 
12.1 Olhos – visão 
12.2 Língua – paladar 
12.3 Nariz – olfato 
12.4 Orelha – audição 
12.5 Pele – tato 
UNIDADE XIII - Anatomia e Fisiologia do 
Sistema endócrino 
13.1 Hipófise ou pituitária 
13.2 Pineal 
13.3 Tireóide 
13.4 Paratireóide 
13.5 Supra-renais 
13.6 Pâncreas 
13.7 Ovários 
13.8 Testículos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 3 
 
UNIDADE I- O CORPO HUMANO 
 
Conceito de Anatomia: A anatomia (Ana= em partes; tomeir=cortar) Palavra grega que 
significa cortar em partes, cortar separado sem destruir os elementos componentes. Se for estudada 
pela dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas. 
Nos dias atuais, o culto ao corpo e a busca de uma forma perfeita assumem importância cada 
vez maior. Padrões estéticos passam a nortear condutas e mudar hábitos, criando estreita ligação 
com os padrões de saúde. Para que possamos entender o corpo humano e seu funcionamento, faz-se 
necessário partir de um ponto em evidência. Observe seu próprio corpo. Como pode perceber, ele é 
composto por uma cabeça, constituída por crânio e face; um tronco, onde encontram-se o pescoço, o 
tórax e o abdome; dois membros superiores, que são os braços e as mãos e, finalmente, dois 
membros inferiores, representados pelas pernas e pés. Isto parece bastante simples, mas não o 
suficiente para que você possa descrever ou localizar algo no corpo de alguém. Vamos imaginar que, 
durante seu exercício profissional, lhe seja solicitada a execução de determinado procedimento no 
membro inferior de um paciente. Essa informação será suficiente para que você vá direto ao ponto? É 
claro que não. Portanto, utilizando a imaginação, vamos agora traçar três planos para dividir o corpo 
humano: o sagital, que nos fornece a porção direita e esquerda do corpo; o coronal, referente à 
porção anterior (ventral) e à posterior (dorsal); e o transversal, que nos permite observar a porção 
cranial (superior ou proximal) e a caudal (inferior ou distal) do corpo. 
Um dos elementos que possibilitam localizar com maior exatidão as áreas do corpo são suas 
faces internas e externas. Assim, colocando- e uma pessoa deitada em decúbito dorsal (o dorso, as 
costas em contato com o leito), com as palmas das mãos para cima, pode-se observar um corpo em 
posição anatômica; as áreas mais internas são obviamente as faces internas; as outras, as faces 
externas. Até agora, detivemo-nos na apresentação do corpo humano em sua forma anatômica. Se, 
contudo, desejamos envolver o fator saúde, apenas conhecer a forma não é suficiente, faz-se 
necessário entender seu funcionamento. 
 
UNIDADE II- ANATOMIA DO CORPO HUMANO 
 
Unidade Funcional do Corpo Humano 
 
As células são os menores e mais simples componentes do corpo humano. A maioria das 
células são tão pequenas, que é necessário juntar milhares para cobrir a área de um centímetro 
quadrado. 
O termo célula (do grego kytos = cela; do latim cella = espaço vazio), foi usado pela primeira 
vez por Robert Hooke (em 1655) para descrever suas investigações sobre a constituição da cortiça 
analisada através de lentes de aumento. A teoria celular, porém, só foi formulada em 1839 por 
Schleiden e Schwann, onde concluíram que todo ser vivo é constituído por unidades fundamentais: as 
células. Assim, desenvolveu-se a citologia (ciência que estuda as células), importante ramo da 
Biologia. As células provêm de outras preexistentes. As reações metabólicas do organismo ocorrem 
nas células. 
Componentes químicos da célula 
• Água - 70% do volume celular é composto por água, que dissolve e transporta materiais na 
célula e participa de inúmeras reações bioquímicas. 
• Sais minerais - São reguladores químicos. 
• Carboidratos - Compostos orgânicos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio. 
Exemplos: monossacarídeos (glicose e frutose); dissacarídeos (sacarose, lactose e maltose); 
polissacarídeos (amido, glicogênio e celulose). Que tem a função de fornecer energia através 
das oxidações e participação em algumas estruturas celulares. 
• Lipídios - Compostos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio; insolúveis em água e 
solúveis em éter, acetona e clorofórmio. Exemplos: lipídios simples (óleos, gorduras e cera) e 
lipídios complexos (fosfolipídios). Tem participação celular e fornecimento de energia através 
da oxidação. 
• Proteínas - Compostos formados por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que 
constituem polipeptídios (cadeias de aminoácidos). Exemplo: Albumina, globulina, 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 4 
hemoglobina etc. Sua função é na participação da estrutura celular, na defesa (anticorpos), no 
transporte de íons e moléculas e na catalisação de reações químicas. 
• Ácidos Nucléicos - Compostos constituídos por cadeias de nucleotídeos; cada nucleotídeo é 
formado por uma base nitrogenada (adenina, guanina, citosina, timina e uracila), um açúcar 
(ribose e desoxirribose) e um ácido fosfórico. 
• Ácido Desoxirribonucléico (DNA) - Molécula em forma de hélice formada por duas cadeias 
complementares de nucleotídeos. O DNA é responsável pela transmissão hereditária das 
características. 
• Ácido Ribonucléico (RNA) - Molécula formada por cadeia simples de nucleotídeos. O RNA 
controla a síntese de proteínas. 
• Trifosfato de Adenosina (ATP) - Tipo especial de nucleotídeo, formado por adenina, ribose e 
três fosfatos. Tem a função de armazenar energia nas ligações fosfato. 
Membrana Celular 
A membrana celular é semipermeável e seletiva; transporta materiais passiva ou ativamente. 
• Transporte Passivo - Difusão no sentido dos gradientes de concentração, sem gasto de 
energia. Como no transporte de glicose. 
• Transporte Ativo - Movimentação contra gradientes de concentração, com gastode energia. 
Exemplo: bomba de sódio, que concentra K+ mais dentro que fora da célula e Na+ mais fora 
que dentro. 
• Transporte Facilitado - Proteínas transportadoras ou permeases modificam a permeabilidade 
da membrana; ocorre tanto passiva quanto ativamente. 
Célula Animal 
 
Organização do Citoplasma Celular 
Citoplasma Fundamental 
Hialoplasma - colóide com 85% de água e proteínas solúveis e insolúveis (microfilamentos e 
microtúbulos); reversão de gel para sol e vice-versa. 
Retículo Endoplasmático (RE) 
Sistema de endomembranas que delimitam canais e vesículas. 
• RE rugoso - retículo endoplasmático associado a ribossomos; local de síntese de proteínas; 
também denominado RE granular. 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 5 
• RE liso - retículo endoplasmático sem ribossomos; local de síntese de lipídios e de 
carboidratos complexos; também denominado RE agranular. 
Ribossomos 
Grânulos de 15 a 25 nm de diâmetro, formados por duas subunidades; associam-se ao RE ou 
encontram-se livres no hialoplasma; são constituídos por proteínas e RNA ribossômico; ligam-se ao 
RNA mensageiro formando polirribossomos. Tem a função de síntese de proteínas. 
Complexo de Golgi 
Sistema de bolsas achatadas e empilhadas, de onde destacam-se as vesículas; pequenos 
conjuntos que são denominados dictiossomos. Armazenam substâncias produzidas pela célula. 
Lisossomos 
São pequenas vesículas que contêm enzimas digestivas; destacam-se do complexo de Golgi 
e juntam-se aos vacúolos digestivos. Fazem a digestão intracelular; em alguns casos, extracelular. 
Vacúolos 
São cavidades limitadas por membrana lipoprotéica. Os vacúolos podem ser digestivos, 
autofágicos ou pulsáteis. 
• Vacúolo Digestivo - As partículas englobadas são atacadas pelas enzimas lisossômicas, 
formando um fagossomo. 
• Vacúolo Autofágico - Digere partes da própria célula. 
• Vacúolo Pulsátil - Controla o excesso de água da célula; comum nos protozoários de água 
doce. 
Centríolos ou Diplossomos 
Organelas constituídas por dois cilindros perpendiculares um ao outro; cada cilindro é formado 
por nove trincas de microtúbulos; ausentes nas células dos vegetais superiores. Tem a função de 
orientação do processo de divisão celular. 
Cílios e Flagelos 
São expansões filiformes da superfície da célula; os cílios são curtos e geralmente 
numerosos; os flagelos são longos e em pequeno número. São formados por nove pares periféricos 
de microtúbulos e um par central; o corpúsculo basal, inserido no citoplasma, é idêntico aos centríolos. 
Tem a função de movimentação da célula ou do meio líquido. 
Mitocôndrias 
São organelas ovóides ou em bastonete, formadas por uma dupla membrana lipoprotéica e 
uma matriz. A membrana externa é contínua e a interna forma as cristas mitocondriais. Nestas, 
prendem-se as partículas mitocondriais, constituídas por enzimas respiratórias: NAD, FAD e 
citocromos. Possuem DNA, sintetizam proteínas específicas e se auto-reproduzem. Produz energia na 
célula, sob forma de ATP. 
Célula e Energia (Respiração Celular) 
O que é a respiração celular? 
A respiração celular é a obtenção de energia pela oxidação de moléculas orgânicas, 
principalmente glicose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 6 
UNIDADE III- SISTEMA ESQUELETICO 
 
POSIÇÃO ANATOMICA 
 
Deve-se considerar a posição ereta, isto é, de pé, com a face voltada para frente, olhar para o 
horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco com as mãos espalmadas, com os 
dedos unidos, palmas voltadas para frente. Membros inferiores unidos e dedos dos pés dirigidos para 
frente. 
 
 
 
PLANOS SECCIONAIS 
 
Os planos seccionais são como se uma serra cortasse o corpo em determinadas direções. 
Existem os planos: Sagital, plano coronal e plano transversal. 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 7 
 
 
DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
 
O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça corresponde à 
extremidade superior do corpo estando unida ao tronco por uma porção estreitada, o pescoço. 
O tronco compreende o tórax e o abdome com as respectivas cavidades torácica e abdominal; 
a cavidade abdominal prolonga-se inferiormente na cavidade pélvica. Dos membros, dois são 
superiores ou torácicas e dois inferiores ou pélvicos. Cada membro apresenta uma raiz, pela qual esta 
ligada ao tronco, e uma parte livre. A chave seguinte inclui as partes principais do corpo humano: 
 
 
 Cabeça 
 Pescoço 
 
 Tórax 
 Tronco Abdome 
Corpo Raiz Ombro 
Humano 
 Superiores Braço 
 (torácicos) Parte livre Antebraço 
 Mão (palma e dorso 
 da mão 
 
 Raiz Quadril 
 Inferiores Coxa 
 (pélvicos) Parte livre Perna 
 Pé (planta e dorso do 
 Pé). 
 
 
 
 
Os ossos constituem a estrutura de sustentação do corpo (esqueleto). O mais duro entre 
todos os tecidos vivos. O osso é um tecido conjuntivo constituído por uma mistura de fibras e células 
(35%), impregnada de sais de cálcio. 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 8 
Função 
 
 Os ossos têm a função de sustentação (sustenta o corpo humano), proteção (protege as 
vísceras como coração e pulmões) fixação (fixa o tecido muscular) e formação de sangue (forma as 
células sanguíneas e do sistema imunológico). 
 
Classificação dos Ossos 
 
 Os ossos podem ser classificados segundo a sua espessura comprimento, largura e posição 
topográfica, reconhecendo-se ossos axiais (que pertencem ao esqueleto axial) e apendiculares (que 
fazem parte do esqueleto apendicular). 
 
Tipos de ossos e sua Classificação 
 
Osso longo: É aquele que apresenta um comprimento consideravelmente maior que a largura 
e a espessura. Também apresenta duas extremidades, denominadas epífises e um corpo chamado 
diáfise. Contendo no seu interior, uma cavidade intitulada medula óssea. 
 Exemplos típicos são os ossos do esqueleto apendicular: Fêmur, úmero, rádio, ulna e tíbia. 
Osso laminar: também chamado (impropriamente) plano, é o que apresenta comprimento e 
largura equivalentes, predominando sobre a espessura. 
 Exemplo: ossos do crânio como o parietal, occipital e outros como escapula e os ossos do 
quadril 
 Osso curto: É aquele que apresenta equivalência das três dimensões. 
 Exemplo: ossos do carpo 
 
 Osso irregular: Apresenta morfologia complexa que não encontra correspondência em 
formas geométricas conhecidas. 
 Exemplo: vértebras e osso temporal 
 
 Osso pneumático: Apresenta uma ou mais cavidades de volume variado, revestidas de 
mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinos ou seios. 
 Exemplos: frontal, maxilar, esfenóide e temporal. 
 
 Ossos sesamóides: desenvolvem-se na substancia de certos tendões ou da cápsula fibrosa 
que envolve certas articulações 
 Exemplo: patela 
 
ESQUELETO HUMANO: 
 O corpo humano é constituído por 206 ossos. O Esqueleto é um conjuntode ossos e 
cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo do animal e desempenha varias 
funções. (Figura) 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 9 
 
 
DIVISÃO DO ESQUELETO 
 
O esqueleto pode ser dividido em duas grandes porções. Uma mediana, formando o eixo do 
corpo, e composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco (tórax e abdome); esse é chamado de 
esqueleto axial. O outro forma os membros e constitui o esqueleto apendicular. A união entre estas 
duas porções se faz por meio de cinturas: Escapular (ou torácica, constituída pela escapula e 
clavícula) e pélvica constituída pelos ossos do quadril (coxais). 
 
Face e crânio 
 
 A cabeça é formada pela a face e o crânio. Na face encontramos os seguintes ossos: 
zigomáticos, lacrimais, nasais, vômer, palatino, maxilar e mandíbula, sendo a mandíbula o único osso 
móvel da face. (figura). 
 O crânio possui os seguintes ossos: Frontal, parietal, temporal, esfenóide, e occipital que 
envolve e protege o cérebro. (figura) 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRONCO 
 
O tronco se encontra a coluna vertebral e a caixa torácica. A coluna se se inicia logo abaixo 
do crânio e é composta por cinco regiões que são: a região cervical, composta por Sete vértebras. As 
primeiras sendo chamadas de axis e Atlas que são responsáveis pela sustentação e o movimento da 
cabeça. Depois vem a torácica formada por doze vértebras, a região lombar em total de Cinco 
vértebras, logo a pos vem à região sacral também com Cinco vértebras. No final da coluna vertebral 
se encontra o cóccix com Quatro vértebras que é chamada de região coccigenea. 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 11 
 
 
 
CAIXA TORÁCICA 
 
A caixa torácica é composta por 24 costelas mais o osso esterno. São fixadas nas vértebras 
torácicas e anteriormente ao osso do esterno. A sete superiores são ditas costelas verdadeiras, por 
se articularem com o esterno através de suas cartilagens. As costelas VIII, IX e X são denominadas 
falsas por se fixarem ao esterno só indiretamente, unindo-se suas cartilagens umas as outras e 
finalmente, a sétimas. Forma-se assim a borda ou a margem costal, que marca o limite inferior da 
caixa torácica anteriormente. Tem como função de proteção do sistema respiratório. (figura) 
As costelas XI e XII, denominadas flutuantes, são curtas, rudimentares, terminam entre os 
músculos da parede lateral do abdomem e não possuem cartilagens. 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 12 
 
 
 
CARTILAGENS 
 
Tecido cartilaginoso 
 
O tecido cartilaginoso, ou simplesmente cartilagem, é um tecido elástico e flexível, branco ou 
acinzentado, aderente às superfícies articulares dos ossos. Também é encontrado em outros locais 
como na orelha, na ponta do nariz. É formado por condrócitos e condroblastos (células), revestido 
pelo pericôndrio. O tecido serve para revestir, proteger, dar forma e sustentação a algumas partes do 
corpo, mas com menor rigidez que os ossos e também serve para evitar o atrito entre os ossos. 
 No tecido cartilaginoso não existem vasos sanguíneos, nervos e vasos 
linfáticos.Cartilagem de crescimento, ou disco epifisial, é uma cartilagem presente na epífise dos 
ossos longos jovens, modulando seu crescimento. Ao contrário dos outros tecidos conjuntivos, a 
cartilagem não possui vasos sanguíneos ou nervos, com exceção do pericôndrio (peri = ao redor; 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 13 
condros = cartilagem), a túnica de tecido conjuntivo denso não modelado que reveste a superfície da 
cartilagem. O tecido conjuntivo cartilaginoso é composto por células, fibras protéicas, substância 
intercelular e condrina (substância mucopolissacarídeo com consistência de borracha). 
 
Tecido conjuntivo anexo 
 
Por não apresentar vasos sanguíneos, o tecido cartilaginoso precisa de um Tecido Conjuntivo 
Anexal para receber por meio de difusão tudo o que precisa. No caso é o Pericôndrio, tecido 
conjuntivo que envolve a cartilagem nutrindo-a com seus vasos sanguíneos. 
 
ARTICULAÇÕES 
 
 A articulação é a junção de dois ossos ou mais ossos distintos, na anatomia do corpo 
permitindo seu movimento. 
As extremidades dos ossos são cobertas com cartilagens, de tecido mais maleável que o 
osso. Para se ter um desempenho adequado sem atrito dessas articulações, há na sua maioria, um 
liquido lubrificante, denominado liquido sinovial. Ele envolve toda a região articulatória, por isso 
chamada de articulação sinovial. 
 
Classificação das Articulações 
 
As articulações são classificadas em: 
• Sinartrose - São peças que se articula com o tecido fibroso. A grande maioria delas 
apresenta-se no crânio. Onde a mobilidade delas é extremamente reduzida, ou seja, imóvel. 
• Anfiartrose – São peças que se articula com o tecido cartilaginoso. Elas se apresentam na 
coluna vertebral e sínfise púbica. Onde a mobilidade é limitada, ou seja, articulação sem imóvel. 
• Diartrose – São peças onde a mobilidade exige livre deslizamento de uma superfície óssea 
contra outra. Isto é, articulação móvel. Para que haja o grau de movimento em muitas articulações, o 
elemento que se interpõem as peças que se articulam é um liquido denominado sinóvia, ou liquido 
sinovial. Deste modo, os meios de união entre as peças articuladas não prendem nas superfícies de 
articulação, como ocorre nas sinartroses e anfiartrose. Nas articulações diartrose chamada de 
articulações sinóviais o principal meio de união é representada pela cápsula articular. Manguito que 
envolve a articulação prendendo-se nos ossos que se articulam. 
 
Cápsula Articular 
 
 È uma camada que envolve a região da articulação nela estão os ligamentos articulares. Onde a 
cápsula articular e os ligamentos articulares têm como finalidade manter a união entre os ossos, mas, 
além disso, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos 
considerados normais. 
 
Discos e meniscos 
 
 São formações fibrocartilaginosas, que servem para melhor adaptação das superfícies que se 
articulam (tornado-se congruentes) ou seriam estruturas destinadas a receber violentas pressões, 
agindo como amortecedores. Meniscos, com sua formação de meia lua, são encontrados nas 
articulações do joelho. 
 
Ligamentos 
 
São responsáveis pela união dos ossos, limitando-lhes os movimentos a determinadas 
direções. Esses ligamentos são constituídos por tecido conjuntivo fibroso e encontra-se fortemente 
unidos a membrana de revestimento do osso denominado periósteo. Quando a articulação não 
possui ligamentos eficientes, a necessidade do apoio muscular, sendo esse maior responsável pela 
estabilidade do conjunto. 
 
Os principais movimentos da articulares são: 
 
- Flexão: diminui o ângulo entre as partes do corpo; 
 
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- Extensão: corrigi ou aumenta o ângulo entre as partes do corpo; 
- Abdução: afasta parte do corpo do plano sagital mediano no plano coronal; 
- Adução: aproxima parte do corpo do plano sagital mediano, no plano coronal-exceção feita aos 
dedos mãos e pés nos quais a abdução significa separá-los e adução, junta-los; 
- Rotação: mover uma parte do corpo ao redor do seu eixo longitudinal. 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA MUSCULAR 
 
 O sistema locomotor é formado conjuntamente por ossos, articulações e músculos. Os 
músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo, eles distribuem-se por todo o corpo, 
sendo responsáveis por todo e qualquer movimento, intencional ou não. 
 
 O sistema muscular tem as seguintes características: 
 
• Elasticidade; 
• Contração; 
• Distensão. 
 Se você flexionar firmemente o braço há uma contração muscular, em especial o bíceps, ele 
se contrai, e fica mais curto e grosso, ao estendê-lo, o músculo volta ao tamanho normal, onde há 
uma distensão muscular. 
 O músculo, constituído por fibras, possui forma alongada com a parte central alargada e as 
extremidades afuniladas. Cada fibra muscularé uma célula longa e fina com vários núcleos e 
filamentos microscópicos a preencher seu citoplasma. O conjunto de fibras constitui o feixe muscular 
e cada músculo possui numerosos feixes. Os músculos são cobertos por uma camada protetora 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 15 
chamada fáscia muscular é uma lamina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, dependendo 
de sua função. 
 Para que os músculos possam exercer eficientemente um trabalho de tração ao se contrair, é 
necessário que eles estejam dentro de uma bainha elástica de contenção, papel executado pela 
fascia muscular. A fascia permite o fácil deslizamento dos músculos entre si. 
 Em algumas regiões do corpo, a musculatura é diferenciada de acordo com sua função. 
Tipos de musculatura 
 Musculatura Estriada Esquelética 
Apresenta, sob observação microscópica, faixas alternadas transversais, claras e escuras. Essa 
estriação resulta do arranjo regular de microfilamentos formados pelas proteínas actina e miosina, 
responsáveis pela contração muscular. A célula muscular estriada chamada fibra muscular, possui 
inúmeros núcleos e pode atingir comprimentos que vão de 1mm a 60 cm. 
 Musculatura Lisa ou viseral 
Está presente em diversos órgãos internos (tubo digestivo, bexiga, útero etc) e também na parede 
dos vasos sanguíneos. As células musculares lisas são uninucleadas e os filamentos de actina e 
miosina se dispõem em hélice em seu interior, sem formar padrão estriado como o tecido muscular 
esquelético. 
A contração dos músculos lisos é geralmente involuntária, ao contrário da contração dos músculos 
esqueléticos. 
 Musculatura Estriada Cardíaco 
Está presente no coração. Ao microscópio, apresenta estriação transversal. Suas células são 
uninucleadas e têm contração involuntária. 
 
 
 
INERVAÇÃO E NUTRIÇÃO MUSCULAR 
 
 Para que o músculo funcione é necessário um comando do cérebro. Este comando é enviado 
pelos nervos motores e provoca a contração muscular. Nenhum músculo pode contrair-se se não 
receber estímulo através de um nervo. Se caso esse nervo for seccionado, o músculo deixa de 
funcionar ocorrendo atrofia muscular. Os músculos recebem suprimento sanguíneo através de uma 
ou mais artérias que neles penetram e se ramificam intensamente, formando um extenso leito capilar. 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 16 
Os nervos e as artérias penetram sempre pela face profunda do músculo, pois assim estão mais bem 
protegidos. 
 
Os Músculos do Corpo Humano 
 
 
 
MUSCULATURA DA FACE 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 17 
 
 A musculatura da face é responsável por todas as expressões faciais como sorrir chorar, 
espantar-se, sentir dor, raiva etc. Cada uma dessas expressões é conhecida como mímica facial. 
Os músculos da face são: 
 
• Frontal: situa-se na testa 
• Músculo do supercílio: realiza movimentos de elevação e aproximação das sobrancelhas; 
• Orbicular dos olhos: realiza os movimentos e fechar e abrir os olhos; 
• Músculos do nariz: responsável por franzir o nariz; 
• Bucinador: situa-se na bochecha; 
• Masseter: movimento responsável pela mastigação; 
• Orbicular dos lábios: È responsável por assobiar, beijar e sugar; 
• Risório: também conhecido como músculo do sorriso, localiza-se nos cantos dos lábios; 
• Músculo depressor do lábio inferior: atua na projeção do lábio inferior e na contração do 
queixo. 
 
 No pescoço são encontrados dois músculos diferentes, denominados platisma e 
esternocleidomastoide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 18 
 
Musculatura dos Membros Superiores 
 
Existem os músculos flexores e os extensores. Os flexores participam da retração muscular e 
os extensores participam da extensão muscular. 
Na região do braço existem músculos de grandes massas muscular, responsáveis pela força. 
Os principais são: 
 
Deltóide: Situa-se na articulação do ombro e produz a elevação do braço. È neste músculo que se 
aplica injeção intramuscular. 
 
Bíceps: Localiza-se na parte anterior do braço, sendo responsável pela flexão do antebraço sobre si 
mesmo. 
 
Tríceps: Situa-se na parte posterior do braço. E afasta o antebraço do bíceps. 
 
Existem duas posições do antebraço muito úteis na pratica dos serviços: Supino que é 
quando a palma da mão ta virada para cima e prono que é quando a palma da mão da virada para 
baixo. 
 
Os principais músculos são: 
 
Flexor dos dedos: Situa-se na parte anterior do antebraço e promove a flexão dos dedos; 
 
Extensores dos dedos: Situa-se na parte posterior do antebraço e promove a extensão dos dedos. 
 
 Musculatura do Tronco 
 
 A musculatura abdominal sustenta o peso e a pressão dos órgãos viscerais. No tórax se 
encontra os seguintes músculos: 
• Trapézio: Localiza-se na região superior das costas sendo responsável pela elevação dos 
ombros; é nele que se realiza a massagem de conforto; 
• Grande dorsal: situado na região inferior das costas; tendo como função principal levar o 
braço para trás; 
• Peitoral maior: Localiza-se no peito; permitindo o movimento do braço para frente; 
• Serrátil: Situa-se na parte lateral do tórax; promovendo a elevação das costelas, ajudando 
dessa forma na respiração; 
 
Os principais músculos do abdome são: 
• Reto abdominal: Situa-se na frente do abdome ou barriga; sendo responsável por dobrar o 
tórax sobre o abdome, ajudando na inspiração forçada; 
• Obliquo externo: situa-se nos lados do abdome; atua comprimindo as vísceras e inclinando 
o tórax para frente; 
• Diafragma: Separa o tórax do abdome e ajuda na inspiração. 
 
Citamos três posições distintas muito utilizadas na sua pratica. Elas são: 
 
Decúbito Dorsal – quando o corpo se encontra com o dorso (costas) em contato com a superfície de 
apoio (maca ou leito); 
Decúbito Ventral – quando o corpo estiver apoiado sobre o ventre (de barriga para baixo); 
Decúbito Lateral – quando o corpo está apoiado em um lado especifico, seja o direito ou esquerdo. 
 
 Músculos dos membros inferiores 
 
Os principais músculos dos membros inferiores são: 
 
• Glúteo Maximo: localiza-se nas nádegas. Permite a extensão da coxa. Onde se aplica as 
injeções; 
• Quadríceps: Situa-se na parte anterior da coxa; sendo responsável pela extensão da perna; 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 19 
• Sartorio: cruza a coxa e termina na parte lateral interna do joelho; é o músculo mais longo do 
corpo. 
• Bíceps femoral: localiza-se na face posterior da coxa permitindo o movimento de flexão das 
pernas; 
• Gastrocnêmico: situa-se na face posterior da perna (batata da perna). São responsáveis 
pela extensão dos pés. 
 
 Os pés têm o movimento de inversão, eversão, flexão e extensão devido à utilização dos 
músculos flexores e extensores que neles se localizam. 
 
 UNIDADE IV- SISTEMA TEGUMENTAR 
 
 O sistema tegumentar estuda a pele e seus anexos, que proporciona ao corpo um 
revestimento, protetor que contém terminações nervosas, sensitivas e participa da regulação da 
temperatura corporal, além de cumprir outras funções. Os anexos da pele são: pêlos, glândulas 
sebáceas, glândulas sudoríparas, e unhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 20 
 Camadas da pele 
 
A pele é formada por três camadas: A epiderme, derme, e a hipoderme. 
 
A epiderme, por sua vez, é constituída de cinco camadas, sendo que a quinta só existe nas 
palmas das mãos e planta dos pés. A camada mais interna, situada logo acima da derme, é a 
responsável pelo surgimento das células epiteliais, sendo por isso chamada de germinativa ou basal. 
Conforme as células vão surgindo na camada basal, as demais vão amadurecendo e sendo 
empurradas para as camadas superiores pelas células mais jovens. Sofrem um processo de 
queratinização que as torna mais resistentes e impermeáveis, até se depositarem na camada 
superior da epiderme,quando então,já estão mortas e são eliminadas por descamação. 
A derme, localizada logo abaixo da epiderme, é um tipo de tecidoconjuntivo; portanto, 
encontra-se imersa em uma substancia fundamental e possui fibras elásticas, além das células. 
Nesta camada, que é bem vascularizada, se encontram terminações nervosas, vasos linfáticos, 
glândulas sebáceas e alguns folículos pilosos. È onde se desenvolve as defesas contra agentes 
nocivos que tenham vencido a primeira barreira, ou seja, a epiderme. 
 
Tecido celular subcutâneo (Hipoderme) 
 
 A derme repousa sobre a tela subcutânea (hipoderme) rica em tecido adiposo (gordura). Deve-se 
ressaltar, entretanto, que a quantidade de tecido adiposo varia nas diferentes partes do corpo, não 
existindo em algumas, como as pálpebras e o prepúcio. 
 Geralmente ela é mais espessa no sexo feminino do que no sexo masculino e sua 
distribuição é diferente nos dois sexos. A tela subcutânea contribui para impedir a perda de calor e 
constitui reserva de material nutritivo. 
 
Glândulas da Pele 
 
 A pele contém enumeras glândulas sudoríparas e sebáceas. As primeiras se localizam na 
derme ou tela subcutânea, com uma importante função na regulação da temperatura corporal, porque 
a secreção, o suor, absorve calor por evaporação da água. As glândulas sudoríparas são 
especialmente abundantes na palma das mãos e planta dos pés, em certas regiões, como a axila e a 
dos órgãos genitais externos, existem glândulas muito semelhantes às sudoríparas, cuja secreção, 
entretanto, produz odores característicos. 
 As glândulas sebáceas estão localizadas na derme, mas faltam nas regiões palmar e plantar. 
Suas secreções saem pelos poros e são conhecidas como sebo, serve para lubrificar a pele e os 
pêlos. 
 
Coloração da pele 
 
 A cor da pele depende da quantidade de pigmentos da vascularização e da espessura dos 
estratos mais superficiais da epiderme. Entre os pigmentos a melanina é o mais importante e sua 
quantidade depende da raça. A pigmentação aumenta após a inflamação, exposição ao calor, aos 
raios solares ou aos raios-X. Sardas e pintas são acúmulos de melanina. 
 
Anexos da Pele 
 
 Os pelos e as unhas como dito acima são anexos da pele. No pelo distingui-se duas partes: 
haste e a raiz, estando à primeira acima da pele e a segunda alojada num tubo epidérmico 
denominado folículo piloso, que mergulha da derme ou na tela subcutânea. 
 As unhas são placas curvadas queratinizadas, dispostas na superfície dorsal das falanges 
distais como função protetora. A unha repousa sobre o leito ungueal, que é abundantemente 
vascularizado e inervado. O crescimento da unha é continuo para vida toda. 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 21 
 
 UNIDADE V- SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
FUNÇÃO 
 
 A função básica do sistema circulatório é de levar material nutritivo e oxigênio as células do 
corpo. Assim o sangue circulante transporta o material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos 
alimentos às células de todas as partes do organismo. Da mesma forma o oxigênio que é incorporado 
ao sangue, quando este circula pelos os pulmões, será levado a todas as células de todas as partes 
do organismo. 
 
 
ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE 
 
 Se colhermos uma pequena quantidade de sangue, observaremos que em pouco tempo, 
haverá a separação entre um liquido amarelado e uma massa vermelha. Essa parte liquida, é 
denominado de plasma e a sólida é denominada de elementos figurados. 
 O plasma constitui-se de 90% de água e de diversas substancias e gases, como o oxigênio, o 
gás carbônico e o nitrogênio, diluídos em seu meio. 
 As células que compõem a parte sólida do sangue são: os glóbulos vermelhos chamados de 
hemácias ou eritrócitos onde essas células não possuem núcleo, em vez disso apresentam um 
pigmento rico em ferro chamado de hemoglobina que torna o sangue vermelho e é responsável pelo 
transporte de oxigênio. 
 
TIPOS DE SANGUE 
 
 Existem componentes nos glóbulos vermelhos que são chamados de A e B. Sua presença 
permite dizer qual o tipo sanguíneo a pessoa pode ter e, assim, poder fazer as transfusões de 
sanguíneas. 
 Existem quatro tipos de sangue identificados: 
 
Tipo A - com hemácias que contem elementos do tipo A; 
Tipo B - com hemácias que contém elementos B; 
Tipo AB - com hemácias que contém os dois elementos; 
Tipo O - com hemácias que contém elementos vazios. 
 
 As células de defesa do sangue se chamam de Leucócitos ou glóbulos brancos que são 
células responsáveis pela defesa do organismo, sendo capaz de destruir os invasores, são elas que 
produzem histamina uma substancia que se manifesta nas reações alérgicas e a heparina uma 
substancia anticoagulante. 
Eles são classificados em: neutros filos, eosinofilos, basófilos, linfócitos e monócitos. Cada um com 
sua função. 
 
 As plaquetas são outros elementos existentes no sangue, são células especiais da medula 
óssea são responsáveis pela coagulação sanguínea. 
 
TIPOS DE VASOS SANGUINEOS 
 
 Os vasos condutores do sangue são as artérias e veias. 
 
As artérias são tubos elásticos, nos quais o sangue circula, elas são responsáveis, na maioria 
das vezes de levar o sangue rico em nutrientes em substancias essenciais, como o Oxigênio. Elas 
são de calibres grandes, médios, de pequeno calibre e arteríola.Elas possuem paredes resistentes 
por transportar o sangue com grande pressão para que possa fluir rapidamente quando necessário. 
Os batimentos arteriais são palpados nas regiões articulares, são os que chamamos de pulso 
e recebem o nome conforme a área palpada que são: 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 22 
• Pulso carotídeo; 
• Pulso radial; 
• Pulso femoral; 
• Pulso podalico; 
 
 As veias são tubos que transportam o sangue que já sofreu trocas com os tecidos, ricos em 
detritos e gás carbônico da periferia para o centro do sistema circulatório que é o coração. Nos 
viventes as veias têm coloração azul porque suas paredes finas deixam transparecer o sangue que 
nelas circulam. Elas também podem ser de grande, médios de pequeno calibre e vênulas. As veias 
não pulsam, funcionando como reservatórios de sangue que se movimenta nelas. 
 
 ARTÉRIAS E VÉIAS 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 23 
CORAÇÃO UMA BOMBA PRECIOSA 
 
 Coração é um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. O 
tecido muscular que forma o coração é do tipo especial, “Tecido muscular estriado cardíaco”, e 
constitui sua camada media ou miocárdio. O coração é responsável pela circulação do sangue do 
corpo. Ele apresenta os movimentos de contração e relaxamento por meio dos qual o sangue penetra 
no seu interior e é impulsionado para os vasos sanguíneo. Esses movimentos de contração são 
chamados de sístole, e o segundo, de relaxamento é chamado de diástole. 
 A cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras (dois átrios superiores e dois 
ventrículos inferiores) e entre os átrios e ventrículos existem orifícios com dispositivos orientadores de 
corrente sanguínea que são chamados de valvas. Os átrios recebem o sangue que vêm das veias, 
por isso suas paredes são delgadas, ao inverso dos ventrículos que, por injetar sangue nas artérias, 
necessitam de maior força para vencer a resistência vascular e possuem paredes musculares 
espessas. 
 Os movimentos cardíacos são rítmicos, com uma media de 80 batimentos por 
minutos no adulto. Na criança, o espaço a percorrer é menor, por isso os batimentos são bem mais 
acelerados. 
 
CORAÇÃO 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CIRCULAÇÃO DO SANGUE 
 
 A circulação é a passagem do sangue, através do coração e dos vasos. A circulação se faz 
por meio de duas corrente sanguíneas, as quais partem ao mesmo tempo do coração. A primeira 
corrente sai do ventrículo direito através do tronco pulmonar e se dirigi aos capilares pulmonares, 
onde se processa a hematose, ou seja, a troca de CO2(gáscarbônico) por O2(oxigênio). 
 O sangue oxigenado resultante é levado pelas as veias pulmonares e lançado no átrio 
esquerdo, de onde passará para o ventrículo esquerdo. A outra corrente sanguínea sai do ventrículo 
esquerdo, pela artéria aorta, a qual se vai ramificando sucessivamente e chega a todos os tecidos do 
organismo, onde existem extensas redes de vasos capilares nos quais se processam as trocas entre 
o sangue e os tecidos. Após efetuar as trocas com o meio, o sangue, agora rico em detritos e gás 
carbônico, é recolhido pelas vênulas, que conduzem e que, gradativamente, confluem formando veias 
de calibre cada vez maior até chegar à veia cava, que deposita no átrio direito, de onde o sangue 
passará para o ventrículo direito. 
 De posse desse conhecimento ficará mais fácil para você entender que, uma vez no 
ventrículo direito, o sangue é impulsionado para artéria pulmonar, sendo então conduzida aos 
pulmões onde efetuará importantes trocas, a hemóstase. 
 As finas paredes musculares dos átrios, no entanto, não possuem força para vencer a 
resistência muscular das artérias. Por isso, uma vez repleto de sangue, o átrio, valendo-se de 
válvulas que impedem o retorno sanguíneo, derrama o volume de sangue contido em seu interior no 
ventrículo direito. Como as paredes ventriculares são espessas e capazes de vencer a força vascular 
das artérias, o sangue é, mais uma vez, empurrado para fora do coração. 
 O controle da atividade cardíaca é feito através do nervo vago que atua inibindo, e o 
simpático que atua estimulando. Estes nervos agem sobre uma formação situada na parede do átrio 
direito o “nó sinoatrial”, considerado como marca passo cardíaco. Dai ritmicamente, o impulso 
espalha-se ao miocárdio, resultando contração. 
 
Tipos de circulação 
 
Circulação Pulmonar – ou pequena circulação, tem inicio no ventrículo direito, de onde o sangue é 
bombeado para a rede capilar dos pulmões. Depois de sofrer a hematose, o sangue oxigenado 
retorna ao átrio esquerdo. Em síntese, é uma circulação-pulmão-coração. 
 
Circulação Sistêmica - ou grande circulação, tem inicio no ventrículo esquerdo, de onde o sangue é 
bombeado para rede capilar dos tecidos de todo o organismo. Após as trocas, o sangue retorna pelas 
veias ao átrio direito. Em resumo, é uma circulação coração-tecidos-coração. 
 
 
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UNIDADE VI- SISTEMA LINFATICO 
 
O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfóides, linfonodos, ductos linfáticos, 
tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático 
(linfa) dos tecidos para o sistema circulatório. O sistema linfático é um importante componente do 
sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus 
invasores. 
O sistema linfático possui três funções interrelacionadas: 
(1) remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais; 
(2) absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório; 
 (3) produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos 
conhecidas como plasmócitos). 
A linfa é um líquido transparente e esbranquiçado, levemente amarelado ou rosado, alcalino 
e de sabor salgado, constituído essencialmente pelo plasma sanguíneo e por glóbulos brancos. A 
linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos (também 
conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é lançada no sangue, 
desembocando nas grandes veias torácicas. 
Circulação linfática 
 A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células 
produzem durante seu metabolismo,ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo. 
 O sistema linfático coleta a linfa por difusão pelos capilares linfáticos, e a retorna para dentro do 
sistema circulatório. Uma vez dentro do sistema linfático o fluido é chamado de linfa, e tem sempre a 
mesma composição do que o fluido intersticial.Produzida pelo excesso de líquido que sai dos 
capilares sanguíneos ao espaço intersticial ou intercelular, sendo recolhida pelos capilares linfáticos 
que drenam aos vasos linfáticos mais grossos até convergir em condutos que se esvaziam nas veias 
subclávias. 
 A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da pulsação das 
artérias próximas e do movimento das extremidades. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se 
acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema. 
 Pode conter microorganismos que, ao passar pelo filtros dos linfonodos (gânglios linfáticos) e baço 
são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos 
do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente como "íngua". 
 
O Sistema linfático humano 
Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos através da força do coração, o 
sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende 
exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob 
baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos 
esqueléticos que pressiona o fluido através dele. A contração rítmica das paredes dos vasos também 
ajuda o fluido através dos capilares linfático. Este fluido é então transportado progressivamente para 
vasos linfáticos maiores acumulando-se no ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior 
do corpo) e no duto torácico (para o resto do corpo); estes dutos desembocam no sistema circulatório 
na veia subclaviana esquerda e a direita. A linfa segue desta forma em direção ao abdome, onde será 
filtrada e eliminará as toxinas com a urina e fezes. 
 Ao caminharmos, os músculos da perna comprimem os vasos linfáticos, deslocando a linfa em 
seu interior. Outros movimentos corporais também deslocam a linfa, tais como a respiração, atividade 
intestinal e compressões externas, como a massagem. Permanecer por longos tempos parado em 
uma só posição faz com que a linfa tenha a tendência a se acumular nos pés, por influência da 
gravidade, causando inchaço 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 27 
 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 28 
 UNIDADE VII - SISTEMA IMUNOLOGICO 
 
O sistema imunológico, também conhecido como sistema imunitário, compreende todos 
os mecanismos pelos quais um organismo multicelular se defende de invasores internos, como 
bactérias, vírus ou parasitas. 
Existem dois tipos de mecanismos de defesa: os inatos ou não específicos, como a proteção 
da pele, a acidez gástrica, as células fagocitárias ou a secreção de lágrimas; e o sistema imunitário 
adaptativo, como a ação direccionada dos linfócitos e a sua produção de anticorpos específicos. 
Mecanismos inatos ou não especificos 
O sistema inato é composto por todos os mecanismos que defendem o organismo de forma 
não específica, contra um invasor, respondendo da mesma forma, qualquer que ele seja. Constituem 
as estratégias de defesa mais antigas, sendo algumas destas formas encontradas nos seres 
multicelulares mais primitivos, nas plantas e fungos. 
 Barreiras físicas 
• A pele é a principal barreira. A sua superfície lipofílica é constituída de células mortas ricas em 
queratina, uma proteína fibrilar, que impede a entrada de microorganismos. As secreções 
ligeiramente ácidas e lípidicas das glândulas sebácea e sudorípara criam um microambiente 
cutâneo hostil ao crescimento excessivo de bactérias. 
• O ácido gástrico é uma poderosa defesa contra a invasão por bactérias do intestino. Poucas 
espécies são capazes de resistir ao baixo pH e enzimas destruidoras que existem no estômago. 
• A saliva e as lágrimascontêm enzimas bactericidas, como a lisozima, que destroem a parede 
celular das bactérias. 
• No intestino, as numerosas bactérias da flora normal competem com potenciais patogénios por 
comida e locais de fixação, diminuindo a probabilidade de estes últimos se multiplicarem em 
número suficiente para causar uma doença. É por isso que o consumo de demasiados 
antibióticos orais pode levar à depleção da flora benigna normal do intestino. Com cessação do 
tratamento, espécies perigosas podem multiplicar-se sem competição, causando, posteriomente, 
diversas doenças. 
• O muco é outra defesa, revestindo as mucosas. Ele sequestra e inibe a mobilidade dos corpos 
invasores, sendo a sua composição hostil para muitos microorganismos. 
CÈLULAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO 
 
As células do sistema imunológico possuem função de defender o organismo contra qualquer tipo de 
ataque de um invasor. Este pode ser uma bactéria, um vírus ou até mesmo contra células defeituosa 
do nosso organismo que, por estar anormal, é identificada como um corpo estranho e logo eliminada. 
Os glóbulos brancos são divididos em macrófagos e linfócitos. Estes, por sua vez, se dividem em três 
grupos: linfócitos B, Linfócitos T matadores e linfócitos T auxiliares. 
 
Macrófagos 
 
 São células que se movimentam continuamente entre os tecidos, envolvendo substancias estranhas, 
como microorganismos, restos de células mortas etc. Quando presentes no sangue são chamados de 
monócitos. 
 
Linfócito B 
 
 Os linfócitos B ou células de memória são responsáveis pela formação dos anticorpos, proteína 
especifica que se combina com alguma substancia estranha também especifica, inativando-a. Essa 
substancia contra a qual o anticorpo reage é chamada de antígeno. 
 
Linfócito T Matadores 
 
 Os linfócitos T matadores reconhecem e matam células anormais, como as infectadas por vírus. 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 29 
Linfócitos T Auxiliares 
 
 Os linfócitos T auxiliares comandam o sistema imunológico. Recebem informações dos 
macrófagos sobre a presença de antígenos no organismo e estimulam os linfócitos B e T matadores a 
combater os invasores. Se os linfócitos T auxiliares não atuarem bem, ou simplesmente não atuarem, 
as células de combatem não poderão se ativadas, fazendo com que os organismos não reajam ao 
ataque invasor. È o caso da AIDS, em que o vírus HIV ataca e destrói os linfócitos T auxiliares, 
impedindo, assim, o sistema imunológico de combater as infecções. 
 
ORGÃOS IMUNOLÓGICOS 
 São aqueles que possuem relação com o sistema imunológico do organismo. Dividem-se em 
duas classes: os órgãos imunológicos primário e os órgãos imunológicos secundários. 
 Os linfócitos T e os linfócitos B são gerados na medula óssea vermelha ou rubra, como as demais 
células sanguíneas. Ainda jovens os linfócitos T dirigem-se para o timo, órgão situado sobre o 
coração onde vão amadurecer. Já os linfócitos B amadurecem na própria medula óssea. Por 
constituírem os principais locais de produção e amadurecimento dessas células, a medula óssea e o 
timo costumam ser denominados órgãos imunológicos primários. 
 Ao passar pelos gânglios linfáticos, os linfócitos T e B fixam-se temporariamente. È ai que 
detectam a presença de invasores trazidos pela linfa e passam a reproduzir, formando assim 
verdadeiros exércitos de células de combate. Os órgãos que apresentam aglomerados de linfócitos 
em amadurecimento, como gânglios linfáticos, as amídalas e o baço recebem o nome de órgãos 
imunológicos secundários. 
 
UNIDADE VIII- SISTEMA RESPIRATORIO 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 30 
Sistema respiratório 
 È o conjunto de órgãos responsáveis pela entrada, filtração, aquecimento, umidificação e saída 
de ar do nosso organismo. Faz as trocas gasosas do organismo com o meio ambiente, oxigenando o 
sangue e possibilitando que ele possa suprir a demanda de oxigênio do indivíduo para que seja 
realizada a respiração celular. O processo de troca gasosa no pulmão oxigênio por dióxido de 
carbono é conhecido como hematose pulmonar. 
 Os órgãos do sistema respiratório, além de dois pulmões, são: fossas nasais, boca, faringe 
(nasofaringe), laringe, traquéia, brônquios (e suas subdivisões), bronquíolos (e suas subdivisões), 
diafragma e os alvéolos pulmonares reunidos em sacos alveolares. 
 
Em condições normais de respiração, o ar passa 
pelas fossas nasais onde é filtrado por pêlos e 
muco e aquecido pelos capilares sanguíneos do 
epitélio respiratório (tecido altamente 
vascularizado). Passa então pela faringe, laringe, 
traquéia, brônquios, bronquíolos (lat. pequenos 
brônquios), depois alvéolos (onde ocorre a 
hematose). 
A função do sistema respiratório é basicamente 
garantir as trocas gasosas com o meio 
(hematose), mas também ajuda a regular a 
temperatura corpórea, o pH do sangue e liberar 
água. Os componentes são nasofaringe, laringe, 
traquéia e os pulmões. 
 A inspiração e a expiração são processos 
passivos do pulmão já que ele não se 
movimenta, isso fica a cargo do diafragma, dos 
músculos intercostais e da expansibilidade da caixa torácica, que garante a conseqüente expansão 
do pulmão graças à coesão entre pleura parietal (fixa na caixa torácica) e a pleura visceral (fixa no 
pulmão).O ar inspirado(ou seja, o que entra), rico em oxigênio, passa pelas vias respiratórias, sendo 
filtrado, umedecido, aquecido e levado aos pulmões. No íntimo pulmonar o oxigênio do ar inspirado 
entra na circulação sanguínea e o dióxido de carbono do sangue venoso é liberado nos aovéolos 
para que seja eliminado com o ar expirado. O ar expirado é pobre em oxigênio, rico em dióxido de 
carbono e segue caminho oposto pelo trato respiratório(gás carbônico). 
 A respiração é um processo "semi-automático", que permite a intervenção do sistema 
nervoso central, mas normalmente é controlada pelo bulbo (que controla a amplitude e frequência da 
respiração), o diafragma é controlado pelo nervo frênico. 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 31 
 
Vias respiratórias 
São assim denominadas as estruturas responsáveis pelo transporte do ar aos pulmões no organismo 
humano. Essas estruturas são anatomicamente separadas em: 
• Fossas nasais (nasofaringe) 
• Faringe 
• Laringe 
• Traquéia 
• Brônquios, subdivididos em: 
• Brônquios principais 
• Brônquios lobares 
• Brônquios segmentares 
• Bronquíolos (respiratórios e terminais) 
• Alvéolos 
O epitélio respiratório (pseudoestratificado, ciliado, não-queratinizado) é a mucosa que reveste 
boa parte do trato respiratório, estendendo-se das fossas nasais até os brônquios. Esse epitélio é 
responsável pela filtração, aquecimento, e umidificação do ar inspirado. A filtração é possível graças 
à presença de muco secretado pelas células caliciformes e dos cílios que orientam seus batimentos 
em direção à faringe, impedindo a entrada de partículas estranhas no pulmão; enquanto o 
aquecimento é garantido pela rica vascularização do tecido, principalmente nas fossas nasais. 
 A laringe tem importante função ao impedir a entrada de alimento nas vias aéreas inferiores e 
garantir a fonação. Ela é formada por nove peças de cartilagem: a cartilagem tireóide, localizada 
anteriormente e em forma de duas placas formando um diedro, esta é a cartilagem da laringe que 
forma a proeminência laríngea ou pomo-de-adão; inferiormente instala-se a cartilagem cricóide, que 
possui um formato de anel e conecta-se com a extremidade superior da traquéia; posteriores à 
cartilagem tireóide está o par de cartilagens aritenóides, que são presas à região supero-posterior da 
catilagem cricóide; fixas sobre cada cartilagem aritenóide encontra-se uma cartilagem corniculada; 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 32 
anteriores às cartilagens aritenóides e posteriores à cartilagem tireóide encontram-se as duas 
cartilagens cuneiformes; e por cima da estrutura da laringe se encontra a cartilagem epiglótica, 
mobilizável pelos músculos da laringepara fechar a epiglote durante a deglutição. Todas essas 
cartilagens são unidas por tecido fibroso e músculos. As pregas vocais (cordas vocais) são duas 
pregas músculo-membranosas presentes na parede posterior da cartilagem tireóide, que aumentam 
ou reduzem a luz da rima da glote (abertura entre as pregas vocais) produzindo sons durante a 
passagem de ar. 
 A traquéia é formada por anéis incompletos de cartilagem em forma de "C", feixes musculares lisos, 
uma capa interna de epitélio respiratório, e mais externamente de tecido conjuntivo que envolve todas 
essas estruturas. Inferiormente se subdivide e da origem a dois brônquios que penetram no pulmão 
pelo hilo do pulmão. 
 Os brônquios, à medida que penetram no pulmão, vão sofrendo sucessivas ramificações até 
virarem bronquíolos terminais. É o conjunto de órgãos responsáveis pela entrada, filtração, 
aquecimento, umidificação e saída de ar do nosso organismo. Faz as trocas gasosas do organismo 
com o meio ambiente, oxigenando o sangue e possibilitando que ele possa suprir a demanda de 
oxigênio do indivíduo para que seja realizada a respiração celular. O processo de troca gasosa no 
pulmão oxigênio por dióxido de carbono é conhecido como hematose pulmonar. 
PULMÃO 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 33 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 34 
 
UNIDADE IX- SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
 O sistema digestivo é responsável pela transformação dos alimentos em migalhas pequenas, ou 
nutrientes, que serão utilizados pelas células. Ao conjunto de alterações sofridas pelos alimentos no 
interior do sistema digestório dá-se o nome de digestão. Tal processo é realizado por enzimas e os 
principais nutrientes obtidos são: ácidos graxos, aminoácidos, glicose, frutose e glicerol. 
 
 
 
 
É constituído pelo tubo digestório e pelas glândulas anexas (são as salivares, o fígado e o 
pâncreas), o aparelho digestório é formado por boca, faringe, esôfago, estômago e intestino. Na boca 
há a presença da língua e dos dentes, esses têm a função de triturar os alimentos para facilitar a sua 
posterior digestão. 
A digestão química por ação de enzimas (ptialina) tem início na boca, os alimentos 
impulsionados pela língua seguem para a faringe e em seguida para o esôfago (têm paredes 
musculares cujas contrações resultam os movimentos peristálticos, os quais permitem aos alimentos 
movimentar-se em direção ao estômago). 
A passagem dos alimentos do esôfago para o estômago ocorre através da válvula cárdia, que 
tem a função de impedir o refluxo do alimento para o esôfago durante as contrações estomacais. Os 
alimentos no estômago sofrem a ação do suco gástrico (composto por muco, enzima pepsina e ácido 
clorídrico), formando-se o bolo alimentar ou quimo. 
Do estomago o alimento segue para o intestino, passando pela válvula piloro que, como a 
cárdia impede o seu fluxo. Os alimentos sofrem ação do suco pancreático, do suco entérico e da bile, 
no intestino. A ação da bile e dos sucos ocorre no duodeno (intestino delgado), onde se completa a 
digestão. 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 35 
 Os nutrientes produzidos são absorvidos pela parede intestinal. Os restos vão para o intestino 
grosso; no final dele chegam, sob forma de fezes, ao meio externo, através do ânus. 
 
Glândulas 
 
Glândulas salivares 
 
São os órgãos encarregados de produzir a saliva, suco digestivo que contém a ptialina, que 
age sobre o amido, transformando-o em moléculas menores. 
 
Fígado 
 
É a maior glândula do corpo humano. Pesa aproximadamente 1.400g, tem cor vermelho-
escuro. Tem várias funções, entre elas está a de produzir a bile, que é conduzida ao duodeno pelo 
canal colédoco. A bile é formada principalmente de sais biliares, colesterol e pigmentos. 
 
Pâncreas 
 
É responsável pela excreção de várias substâncias importantes para a digestão, que são 
lançadas no duodeno através do canal de Wirsung. O pâncreas além de participar na digestão dos 
alimentos, produz a insulina (hormônio que regula o teor de glicose no sangue). 
 
Órgãos 
 
Dentes 
 
São órgãos que auxiliam na mastigação dos alimentos, e os encontramos na boca. 
Tipos de dentes: Incisivos, Caninos e molares (divididos em pré-molares e molares). Cada tipo de 
dente tem sua função própria no processo de mastigação. Os incisivos cortam, os caninos rasgam e 
os molares trituram os alimentos. 
 
Estômago 
 
Localizado na parte superior do abdome, abaixo do diafragma e do fígado. A parede interna 
do estômago possui inúmeras glândulas que elaboram o suco gástrico. Este contém pequena 
quantidade de acido clorídrico, o bolo alimentar passa por transformações e recebe o nome de quimo. 
 
Faringe e Esôfago 
 
Faringe 
 
Começa logo após a boca e segue até o esôfago, é um canal comum aos sistemas 
respiratório e digestório, pela faringe passa o ar, que se dirige à laringe, e o alimento, que se dirige ao 
esôfago. 
 
Esôfago 
 
É o canal que faz a ligação entre a faringe e o estômago, é localizado entre os pulmões, 
atravessa o músculo diafragma, e fica atrás do coração. Os movimentos peristálticos fazem com que 
o bolo alimentar avance até o estômago (leva aproximadamente de 5 a 10 segundos). 
 
Intestino 
 
Intestino Delgado 
 
É um tubo digestivo que tem um pouco mais de 6 m de comprimento por 4 cm de diâmetro, e 
é dividido em: jejuno (cerca de 5m), duodeno (cerca de 25 cm) e íleo (cerca de 1,5 cm). É no intestino 
delgado que ocorre a maior parte da digestão enzimática e quase toda a absorção. 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 36 
Intestino Grosso 
 
É feita por ele a absorção de água, que determina a consistência do bolo fecal. O intestino 
grosso se divide em: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e 
reto. Ele se localiza no abdômen e possui a forma de um U invertido. 
 
UNIDADE X- SISTEMA REPRODUTOR E SISTEMA URINÁRIO 
 
Sistema Urinário 
 
Nosso sistema urinário é formado por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. Dos 
cerca de 5 litros de sangue bombeados pelo coração a cada minuto, aproximadamente 1.200 ml, ou 
seja, pouco mais de 20% deste volume flui, neste mesmo minuto, através dos nossos rins. 
Trata-se de um grande fluxo se considerarmos as dimensões anatômicas destes órgãos. 
 
 
 
O sangue entra em cada rim através da artéria renal. No interior de cada rim, cada artéria 
renal se ramifica em diversas artérias interlobulares. Estas se ramificam em artérias arqueadas que, 
por sua vez, ramificam-se então em numerosas artérias interlobulares. Cada artéria interlobular, no 
córtex renal, ramifica-se em numerosas arteríolas aferentes. Cada arteríola aferente ramifica-se num 
tufo de pequenos capilares denominados, em conjunto, glomérulos. 
Os glomérulos, milhares em cada rim, são formados, portanto, por pequenos enovelados de 
capilares. 
Na medida em que o sangue flui no interior de tais capilares, uma parte filtra-se através da 
parede dos mesmos. O volume de filtrado a cada minuto corresponde a, aproximadamente, 125 ml. 
Este filtrado acumula-se, então, no interior de uma cápsula que envolve os capilares glomerulares 
(cápsula de Bowmann). A cápsula de Bowmann é formada por 2 membranas: uma interna, que 
envolve intimamente os capilares glomerulares e uma externa, separada da interna. Entre as 
membranas interna e externa existe uma cavidade, por onde se acumula o filtrado glomerular. 
O filtrado glomerular tem o aspecto aproximado de um plasma: um líquido claro, sem células. 
Porém, diferente do plasma, tal filtrado contém uma quantidade muito reduzida de proteínas 
(aproximadamente 200 vezes menos proteínas), pois as mesmas dificilmente atravessam a parede 
dos capilares glomerulares. 
O filtrado passa a circular, então, através de um sistema tubular contendo diversos distintos 
segmentos: Túbulo Contornado Proximal, Alça de Henle, Túbulo Contornado Distal e Ducto Coletor. 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 37 
Na medida em que o filtrado flui através destes túbulos,diversas substâncias são 
reabsorvidas através da parede tubular, enquanto que, ao mesmo tempo, outras são excretadas para 
o interior dos mesmos. 
Túbulo Contornado Proximal 
Ao passar pelo interior deste segmento, cerca de 100% da glicose é reabsorvida (transporte 
ativo) através da parede tubular e retornando, portanto, ao sangue que circula no interior dos 
capilares peritubulares, externamente aos túbulos. 
Ocorre também, neste segmento, reabsorção de 100% dos aminoácidos e das proteínas que 
porventura tenham passado através da parede dos capilares glomerulares. 
Neste mesmo segmento ainda são reabsorvidos aproximadamente 70% das moléculas de 
Na+ e de Cl- (estes últimos por atração iônica, acompanhando os cátions). A reabsorção de NaCl faz 
com que um considerável volume de água, por mecanismo de osmose, seja também reabsorvido. 
Desta forma, num volume já bastante reduzido, o filtrado deixa o túbulo contornado proximal e 
atinge o segmento seguinte: a Alça de Henle. 
Alça de Henle 
Esta se divide em dois ramos: um descendente e um ascendente. No ramo descendente a 
membrana é bastante permeável à água e ao sal NaCl. Já o mesmo não ocorre com relação à 
membrana do ramo ascendente, que é impermeável à água e, além disso, apresenta um sistema de 
transporte ativo que promove um bombeamento constante de íons sódio do interior para o exterior da 
alça, carregando consigo íons cloreto (por atração iônica). 
Devido às características descritas acima, enquanto o filtrado glomerular flui através do ramo 
ascendente da alça de Henle, uma grande quantidade de íons sódio é bombeada ativamente do 
interior para o exterior da alça, carregando consigo íons cloreto. Este fenômeno provoca um acúmulo 
de sal (NaCl) no interstício medular renal que, então, se torna hiperconcentrado em sal, com uma 
osmolaridade um tanto elevada, quando comparada aos outros compartimentos corporais. Essa 
osmolaridade elevada faz com que uma considerável quantidade de água constantemente flua do 
interior para o exterior do ramo descendente da alça de Henle (lembre-se que este segmento é 
permeável à água e ao NaCl) enquanto que, ao mesmo tempo, NaCl flui em sentido contrário, no 
mesmo ramo. 
Portanto, o seguinte fluxo de íons e de água se verifica através da parede da alça de Henle: 
No ramo descendente da alça de Henle flui, por difusão simples, NaCl do exterior para o interior da 
alça, enquanto que a água, por osmose, flui em sentido contrário (do interior para o exterior da alça). 
Túbulo Contornado Distal: 
Neste segmento ocorre um bombeamento constante de íons sódio do interior para o exterior 
do túbulo. Tal bombeamento se deve a uma bomba de sódio e potássio que, ao mesmo tempo em 
que transporta ativamente sódio do interior para o exterior do túbulo, faz o contrário com íons 
potássio. Esta bomba de sódio e potássio é mais eficiente ao sódio do que ao potássio, de maneira 
que bombeia muito mais sódio do interior para o exterior do túbulo do que o faz com relação ao 
potássio em sentido contrário. O transporte de íons sódio do interior para o exterior do túbulo atrai 
íons cloreto (por atração iônica). Sódio com cloreto formam sal que, por sua vez, atrai água. Portanto, 
no túbulo contornado distal do nefron, observamos um fluxo de sal e água do lumen tubular para o 
interstício circunvizinho. 
A quantidade de sal + água reabsorvidos no túbulo distal depende bastante do nível 
plasmático do hormônio aldosterona, secretado pelas glândulas supra-renais. Quanto maior for o 
nível de aldosterona, maior será a reabsorção de NaCl + H2O e maior também será a excreção de 
potássio. 
O transporte de água, acompanhando o sal, depende também de um outro hormônio: ADH 
(hormônio anti diurético), secretado pela neuro-hipófise. Na presença do ADH a membrana do túbulo 
distal se torna bastante permeável à água, possibilitando sua reabsorção. Já na sua ausência, uma 
quantidade muito pequena de água acompanha o sal, devido a uma acentuada redução na 
permeabilidade à mesma neste segmento. 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 38 
Ducto Coletor: 
Neste segmento ocorre também reabsorção de NaCl acompanhado de água, como ocorre no 
túbulo contornado distal. 
Da mesma forma como no segmento anterior, a reabsorção de sal depende muito do nível do 
hormônio aldosterona e a reabsorção de água depende do nível do ADH. 
 
Sistema Reprodutor Feminino 
 
 
 
 
O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de 
Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A 
pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora. 
 
A vagina: 
 É um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos 
genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas 
denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante.A entrada da vagina é 
protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é 
quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se 
rompe nas primeiras relações sexuais. 
 A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de 
possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída 
do bebê. 
 A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas 
intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os 
grandes lábios são recobertos por pêlos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa 
envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. 
Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem. 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 39 
 
Ovários: 
 São as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos 
que serão vistos mais adiante. 
 No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão 
transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontram-
se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da 
adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os 
folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo 
geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito 
secundário (gaemta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa 
celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios 
progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou 
corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário.O gameta feminino liberado 
na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias. 
 
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: 
 São dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formado por células 
ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas 
impelem o gameta feminino até o útero. 
 
Útero: 
 Órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de 
parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido internamente por 
um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio. 
 
Sistema Reprodutor Masculino 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 40 
 
 
Testículos: 
 São as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos 
seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio 
germinativo, ondeocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as 
células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais masculinos, 
sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos 
caracteres sexuais secundários: 
 
Epidídimos: 
 São dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são 
armazenados. 
 
Canais deferentes 
 São dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto 
ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais. 
 
Vesículas seminais 
 Responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, 
juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido 
das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituído 
principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool 
de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas 
(hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas atuam na 
contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras 
atuam promovendo vaso dilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias – dores 
de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua 
síntese interrompida por analgésicos e antiinflamatórios). 
 
Próstata 
 Glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secretas substâncias alcalinas que neutralizam a 
acidez da urina e ativa os espermatozóides. Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: sua secreção 
transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. 
Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual. 
 
Pênis 
 É considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de 
tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na 
extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da 
uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, 
ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com 
considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se 
retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que 
consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). 
Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a 
pessoa tem fimose. A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na 
entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum 
sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo 
dentro de algum tempo. Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escrota: Um espermatozóide leva cerca 
de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura 
normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da 
bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), 
mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corpora 
 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 41 
 
UNIDADE XI - SISTEMA NERVOSO 
 
 O sistema nervoso forma no organismo uma rede de comunicações entre a cabeça e todos os 
órgãos do corpo. Ele é formado pelo tecido nervoso, onde se destacam os neurônios e as células da 
glia. Os neurônios são células que possuem um corpo celular e prolongamentos. Os prolongamentos 
curtos são chamados dendritos; o prolongamento longo, único em cada neurônio, é chamado axônio. 
A função dos neurônios é conduzir impulsos nervosos. Esses impulsos caminham em sentido único, 
entrando pelos dendritos, passando pelo corpo celular e saindo pelo axônio. Chama-se nervo a um 
feixe nervoso. Fibras nervosas são axônios mielinizados. Os nervos possuem fibras aferentes ou 
sensitivas, que levam informações aos centros nervosos, e fibras eferentes ou motoras, que trazem 
as respostas dos centros nervosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 42 
 
 
 
 
 
Divisões do Sistema Nervoso 
 
 
 Sistema nervoso cérebro-espinhal – é o iniciador da atividade muscular e regulador das nossas 
funções mentais e físicas. Consta de duas partes: 
 
• Sistema nervoso central (SNC) 
• Sistema nervoso periférico (SNP) 
 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 43 
 
 
Sistema Nervoso Central 
 
 
É formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. O encéfalo é o conjunto de órgãos nervosos 
alojados no crânio; compreende: 
 
• Cérebro 
• Cerebelo 
• Protuberância 
• Bulbo 
 
Cérebro 
É o órgão capaz de guardar informações, gerar pensamentos, determinar reações que o 
corpo deve realizar em resposta às sensações. Pesa, em média, 1.200 gramas. Não é constituído por 
massa continua; há, no seu interior, cavidades denominadas ventrículos. É dividido por um sulco em 
dois hemisférios. Sua superfície é enrugada e são as rugas ou dobras que recebem o nome de 
circunvoluções cerebrais. Quando cortado, o cérebro apresenta duas substancias diferentes: uma 
branca, que ocupa o centro e outra cinzenta, que forma o córtex. 
 
Cerebelo 
É localizado logo abaixo do cérebro, o cerebelo é dividido em duas porções: uma externa 
formada de substancia cinzenta e outra interna, formada de substancia branca e cheia de 
ramificações, lembrando uma árvore; por isso, o cerebelo também é conhecido por arvore da vida. 
Quanto às funções, o cerebelo influi na manutenção do equilíbrio do corpo e por ele se efetua a 
coordenação dos movimentos voluntários. 
 
Protuberância 
É localizado abaixo do cérebro, diante do cerebelo e acima do bulbo. Serve de ponte de 
ligação entre o bulbo, o cerebelo e o cérebro. A parte externa é formada por substancia branca e a 
interna, por substancia cinzenta. Como centro nervoso, a protuberância interfere nas emoções e 
determina reações que as acompanham, como a aceleração dos movimentos respiratórios e da 
pulsação arterial. 
 
Bulbo 
Localiza-se abaixo da protuberância, nesta parte do encéfalo estão localizados dois dos mais 
importantes centros nervosos, ou seja, o centro respiratório e o centro cardiovascular. Estes centros 
localizam-se na região do bulbo chamada nó vital. Uma agulha ou estilete, atingindo o nó vital, 
determina morte instantânea. 
 
 
Anatomia e Fisiologia Humana I 44 
Medula Espinhal 
É a continuação do bulbo, apresenta-se como um cilíndrico achatado que desce pelo interior 
da coluna vertebral. 
 
Sistema Nervoso Periférico 
É formado pelos nervosos que partem do encéfalo e da medula, são ao todo, 43 pares; 12 
pares partem do encéfalo e constituem os nervoso cranianos e 31 pares nascem da medula e 
constituem os nervos raquianos. Quanto às funções que executam, os nervos são classificados em: 
• Sensitivos – conduzem aos centros nervosos (encéfalo e medula) as impressões recebidas do 
meio ambiente. 
• Motores – transmitem ordens, provenientes dos centros nervosos, para que os músculos se 
contraiam ou as glândulas secretem seus produtos. 
 
Todos os nervos raquianos são mistos porque apresentam duas raízes nos pontos de ligação com a 
medula: a raiz posterior de função sensitiva e a raiz anterior de função motora. As duas raízes se 
unem em um só nervo misto. 
 
Sistema Nervoso Autônomo 
 É formado de uma serie de pequenas massas nervosas ou glândulas que funcionam 
independentemente de nossa vontade. Assim, o coração, o estômago, o intestino e outros órgãos são 
comandados pelo sistema nervoso autônomo, sem influencia de nossa vontade. 
• Sistema nervoso simpático: consta

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