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2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ....................................................................................... 03 BREVE HISTÓRICO DE TRAMITAÇÃO DA REFORMA ..................... 04 “DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO” DAS NORMAS PREVIDENCIÁRIAS ................................................................................................................ 05 FIM DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO NO RGPS ..................................................................................................... 07 REGRAS DE TRANSIÇÃO NO RGPS .................................................. 09 INSTITUIÇÃO DE ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS .............................. 12 BREVES CONCLUSÕES ...................................................................... 15 https://cursoreformadaprevidencia.com.br/ 3 INTRODUÇÃO Falar sobre previdência social nunca foi tarefa fácil no Brasil, principalmente por conta de uma série de normas específicas sobre a matéria e de uma estrutura administrativa deficitária e bastante burocrática. Entretanto, inobstante as diversas opiniões políticas sobre a questão, o debate sobre a necessidade de uma Reforma Previdenciária no país era mais do que fundamental. O aumento da expectativa de vida das pessoas, o declínio da natalidade e a desvinculação de receitas da União são apenas alguns dos fatores que influenciam fortemente no atual custeio da Previdência Social. Obviamente que uma mudança efetiva e estrutural compreende, além da Reforma Previdenciária, Reformas Administrativa e Tributária, que são igualmente fundamentais para que nossa economia emergente avance de maneira sustentável. Em boa hora os poderes da República se reúnem para trabalhar com temas sensíveis e que permaneciam ignorados até então – talvez até propositalmente. Entre erros e acertos, fato é que um primeiro passo deve ser dado na direção de todas essas mudanças estruturais. voltar ao sumário 4 BREVE HISTÓRICO DE TRAMITAÇÃO DA REFORMA Em 20 de fevereiro de 2019, o Presidente da República entregou pessoalmente a proposta de emenda constitucional contendo a Reforma da Previdência à Câmara dos Deputados, sendo que a medida era tida como a principal prioridade do Governo. Após aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara em 23 de abril do ano passado, a PEC da Reforma Previdenciária passou à Comissão Especial da referida Casa Legislativa, sob a relatoria do Deputado Federal Samuel Moreira (PSDB-SP). Aprovada também pela Comissão Especial, o texto-base foi submetido ao Plenário, que votou e aprovou a proposta de emenda constitucional em dois turnos de votação (o primeiro, em 10/07/2019, com 379 votos a favor e 131 contrários; o segundo, em 07/08/2019, com 352 votos favoráveis e 135 votos contra). Com a remessa ao Senado Federal no dia seguinte ao segundo turno na Câmara, o texto-base da Reforma da Previdência passou às mãos do Relator Senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e, depois de muitos debates, foi aprovado também pela Comissão de Constituição e Justiça no dia 1º de outubro. No mesmo dia, em primeiro turno de votação no Senado, a Reforma da Previdência foi aprovada por 56 votos favoráveis. O segundo turno ocorreu em 22 de outubro, tendo sido confirmada a aprovação do texto-base por 49 votos favoráveis. Assim, em 12 de novembro de 2019 foi finalmente promulgada a Emenda Constitucional nº 103 pelas Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, dispensada sanção da Presidência da República nos termos do art. 60, § 3º do Texto Constitucional Brasileiro. voltar ao sumário 5 “DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO” DAS NORMAS PREVIDENCIÁRIAS A Constituição Federal de 1988 foi analítica ao disciplinar a matéria previdenciária. Assim, qualquer alteração mais relevante no sistema previdenciário demanda reforma da Constituição. Por isso, não foram poucas as emendas constitucionais que alteraram a previdência. Com a intenção de facilitar futuras mudanças, a Emenda Constitucional nº 103, de 2019, retirou da Constituição diversas normas previdenciárias, convocando lei complementar ou ordinária para tratar do assunto e, apenas transitoriamente, definindo requisitos. É o que ocorreu, por exemplo, com a regra que prevê o tempo mínimo de contribuição para a concessão da aposentadoria no regime próprio de previdência social (artigo 40, §1º, III, da Constituição), que antes trazia o tempo mínimo de efetivo exercício no serviço público, o tempo mínimo no cargo e o tempo de contribuição. Com a Reforma, a Constituição passou a exigir lei federal para os servidores da União e emenda às Constituições Estaduais e Leis Orgânicas, bem como lei complementar do respectivo ente federativo, quanto às aposentadorias dos regimes próprios de previdência social dos demais componentes da federação. Apenas transitoriamente, até que entre em vigor lei federal que discipline os benefícios do regime próprio de previdência social dos servidores da União, o artigo 10 da Emenda Constitucional nº 103/2019 definiu como requisitos a contribuição mínima por 25 anos, desde que cumprido o tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício no serviço público e de 5 anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria, além da idade mínima, que tem previsão no texto constitucional, de 65 anos para o homem e 62 anos para a mulher. 6 A chamada “desconstitucionalização das regras previdenciárias”, além de facilitar o processo de alteração, também provoca outros efeitos. A primeira consequência é a obrigação do poder legislativo de criar a norma prevista na Constituição, dentro dos limites fixados, sob pena de incorrer em inconstitucionalidade. Porém, o que vier disciplinado na lei, mesmo que anteriormente estivesse na Constituição, deixa de ser parâmetro para o controle de constitucionalidade. Com isso, a edição de lei em sentido contrário, por exemplo, não será mais controlável pela via da ação direta de inconstitucionalidade, hipótese em que a lei nova revogará a antiga. Outra consequência é que determinada regra, deixando de ter previsão na Constituição, desde que contrariada por decisão judicial, não poderá servir de fundamento para a interposição de recurso extraordinário perante o Supremo Tribunal Federal. Porém, sendo a regra prevista em lei federal, quando contrariada ou negada sua vigência por decisão, em única ou última instância, de Tribunal Regional Federal ou Tribunal de Justiça, será cabível a interposição de recurso especial perante o Superior Tribunal de Justiça, como prevê o artigo 105, III, “a”, da Constituição. voltar ao sumário 7 FIM DA APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO NO RGPS Uma das principais novidades da Emenda Constitucional nº. 103, de 12 de novembro de 2019, foi a extinção da aposentadoria por tempo de contribuição, antes conhecida como aposentadoria por tempo de serviço. Até a promulgação da emenda, que reformou a previdência, o segurado do INSS poderia se aposentar sem comprovar idade mínima, bastando apenas o tempo de contribuição, que era de 35 anos para o homem e 30 para a mulher. A previsão de aposentadoria sem idade mínima já era objeto de diversas críticas, pois não amparava risco social. No artigo 201, I, da Constituição Federal, que arrola os eventos cobertos pela previdência social, tais como a morte, a incapacidade para o trabalho ou a idade avançada, o tempo de serviço ou contribuição nunca esteve incluído. Além disso, a aposentadoria por tempo de contribuição viabilizou a concessão do benefício a pessoas jovens e desnecessitadas, favorecendo, na prática, aqueles com maior poder econômico, que conseguiam permanecer mais tempo empregados ou podiam contribuir com maior frequência. O fato é que tal benefício deixou de existir. Na nova disposição constitucional, assim como já havia ocorrido em relação às aposentadorias dos servidores públicos, vinculadosa regime próprio de previdência social, exige-se idade mínima para a concessão da aposentadoria, não sendo mais suficiente tão somente o tempo de contribuição. Após amplos debates e discussões no Congresso Nacional, a Emenda Constitucional nº. 103 de 2019 fixou a idade mínima de 65 anos para o homem e 62 anos para a mulher. Porém, para os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia 8 familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal, a idade mínima para a concessão da aposentadoria ficou em 60 anos para o homem e 55 anos para a mulher. O professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio também pode se aposentar mais jovem, com a idade de 60 anos, se homem, e 57 anos, se mulher. De qualquer forma, o tempo mínimo de contribuição ainda é exigido para a concessão do benefício. A Emenda Constitucional nº. 103 estabeleceu que é o legislador ordinário quem deve disciplinar o mínimo de contribuição necessário para a concessão da aposentadoria. Por outro lado, enquanto não editada a lei, o segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) após a data de entrada em vigor da Emenda Constitucional será aposentado aos 62 anos de idade, se mulher, 65 anos de idade, se homem, com 15 anos de tempo de contribuição, se mulher, e 20 anos de tempo de contribuição, se homem. Para os segurados que já eram filiados ao RGPS, o tempo mínimo de contribuição é de 15 anos, tanto para a mulher, quanto para o homem. voltar ao sumário 9 REGRAS DE TRANSIÇÃO NO RGPS A Emenda Constitucional nº 103/2019, com o objetivo de garantir segurança jurídica aos segurados do INSS e servidores públicos com expectativa próxima de aposentadoria, estabeleceu algumas regras de transição, embora tenha revogado regras transitórias das emendas constitucionais 20, 41 e 47. Em primeiro lugar, a Emenda previu regra que abrange todos os segurados homens já filiados ao Regime Geral da Previdência Social (RGPS), que podem se aposentar com 15 anos de contribuição, enquanto para os novos filiados será necessário o mínimo de 20 anos de contribuição. Ademais, com a Reforma da Previdência, foram criadas outras seis regras de transição, nos artigos 15, 16, 17, 18, 20 e 21 da Emenda Constitucional n°. 103/2019. A regra do artigo 15 possibilita a aposentadoria do segurado do INSS com 30 anos de contribuição, se mulher, ou 35 anos de contribuição, se homem, que alcance a pontuação (soma da idade com o tempo de contribuição), em 2020, de 87 pontos, se mulher, ou 97 pontos, se homem. Em 2019, a pontuação exigida era de 86 e 96, respectivamente, sendo acrescido 1 ponto por ano, até atingir o limite de 100 pontos para a mulher e 105 pontos para o homem. Para o professor que comprovar exclusivamente 25 anos de contribuição, se mulher, e 30 anos de contribuição, se homem, em efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, o somatório da idade e do tempo de contribuição, é reduzido em 5 pontos, sendo, também acrescido 1 ponto por ano, até atingir o limite de 92 pontos, se mulher, e 100 pontos, se homem. 10 A segunda regra de transição, do artigo 16, garante o direito à aposentadoria ao segurado, que em 2019 contava com no mínimo 56 anos de idade, se mulher, ou 61 anos de idade, se homem, que tenha atingido o tempo anteriormente previsto para a aposentadoria por tempo de contribuição, isto é 30 anos para a mulher e 35 anos para o homem. A partir de 1º de janeiro de 2020, a idade acima mencionada foi acrescida de 6 meses, e subirá para mais 6 meses por anto até atingir 62 anos de idade, se mulher, e 65 anos de idade, se homem. Esta regra de transição também reduz em 5 anos o tempo de contribuição e a idade para o professor. Outra regra de transição para o RGPS é a prevista no artigo 17 da Emenda, que permite a aposentadoria dos segurados que, até 12 de novembro de 2019, contavam com mais de 28 anos de contribuição, se mulher, e 33 anos de contribuição, se homem, quando completarem 30 e 35 anos de contribuição, respectivamente. Neste caso, a regra exige o cumprimento de pedágio de 50% do tempo que, na data de entrada em vigor da Emenda, faltaria para atingir 30 anos de contribuição, se mulher, e 35 anos de contribuição, se homem. A regra do artigo 18 da Emenda assegurou o direito à aposentadoria à segurada (mulher) que tivesse preenchido, em 2019, cumulativamente, 60 anos de idade e 15 anos de contribuição. Desde 1º de janeiro de 2020, a idade foi acrescida em 6 meses e subirá, a cada ano, mais 6 meses, até alcançar 62 anos de idade. A quinta regra de transição, do artigo 20, criou pedágio de 100% do tempo que faltava para atingir 30 anos de contribuição, se mulher, e 35 anos de contribuição, se homem, aos segurados com mais de 57 anos de idade (mulher) e 60 anos de idade (homem). Esta regra também diferencia o professor, reduzindo o tempo de contribuição em 5 anos. 11 Finalmente, a última regra de transição, prevista no artigo 21, vale só para a aposentadoria especial. O segurado que exerce atividade com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação, poderá se aposentar quando o total da soma resultante da sua idade e do tempo de contribuição e o tempo de efetiva exposição forem, respectivamente, de: i) 66 pontos e 15 anos de efetiva exposição; ii) 76 pontos e 20 anos de efetiva exposição; e iii) 86 pontos e 25 anos de efetiva exposição. voltar ao sumário 12 INSTITUIÇÃO DE ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS Uma das mais questionadas alterações promovidas pela reforma da previdência foi a instituição de alíquotas progressivas para as contribuições previdenciárias, especialmente para os servidores públicos, que, inclusive, já ingressaram com ação direta de inconstitucionalidade em face da mudança (ADI nº. 6255). Tal alteração ainda não está sequer em vigor, só tendo vigência a partir de março de 2020, como prevê o artigo 36, I, da Emenda Constitucional nº. 103/2019. Porém, é importante já tecer alguns comentários sobre a nova regulamentação. A tarefa de estabelecer as alíquotas das contribuições previdenciárias é do legislador ordinário. No entanto, enquanto não editada a lei, a Emenda Constitucional nº. 103/2019 tratou de prever transitoriamente as alíquotas progressivas nos artigos 11 e 28. A contribuição devida pelo segurado empregado, inclusive o doméstico, e pelo trabalhador avulso para o INSS atualmente pode variar de acordo com a renda do empregado em 8%, 9% e 11% sobre o total do salário de contribuição. Com a reforma, o cálculo do desconto deverá ser feito com a incidência de cada alíquota sobre a faixa de valores compreendida nos respectivos limites, que veriam de 7,5% a 14%. Assim, até 1 salário- mínimo, incide 7,5%; acima de 1 salário-mínimo até R$ 2.000,00, 9%; de R$ 2.000,01 até R$ 3.000,00, 12%; e de R$ 3.000,01 até o limite do salário de contribuição, 14%. Os valores devem ser reajustados na mesma data e com o mesmo índice em que se der o reajuste dos benefícios do RGPS, 13 ressalvados aqueles vinculados ao salário-mínimo, aos quais se aplica a legislação específica Desta forma, quem contribui pelo teto do RGPS, cujo valor foi atualizado em 2020 para R$ 6.101,06, deverá ter descontado a título de contribuição previdenciária R$ 713,18, enquanto o desconto seria de R$ 671,12 se aplicada a alíquota de 11% sobre o salário de contribuição. Com a nova regra, a título exemplificativo, considerando o salário de contribuição de R$ 6.101,06, sobre a faixa até 1 salário mínimo (R$ 1039,00), aplica-se a alíquota de 7,5%, resultando no valor de R$ 77,92; sobre a faixa de 1 salário mínimo até R$2.089,60 (valor atualizado), aplicando a alíquota 9%, resulta no desconto de 94,55; sobre a faixa de R$ 2.089,61 até R$ 3.134,40 (valor atualizado), aplicando a alíquota 12%, resulta no desconto de R$ 125,38; e sobre a faixa final, que no exemplo é de R$ 2.966,66, aplicando a alíquota 14%, o desconto é de R$ 415,33. Assim, somando todas as faixas, chegamos ao valor de R$ 713,18, devido a título de contribuição previdenciária. Para o servidor público federal, a Emenda Constitucional nº. 103/2019 também estabeleceu, transitoriamente, novas alíquotas progressivas, tendo por base o percentual de 14%, incidindo, também neste caso, cada alíquota sobre a faixa de valores compreendida nos respectivos limites. A rigor os percentuais de cada faixa para os servidores públicos são os seguintes: i) 7,5% até 1 salário-mínimo; ii) 9% para a faixa de 1 salário-mínimo até R$ 2.000,00 (dois mil reais); iii) 12% para a faixa de R$ 2.000,01 até R$ 3.000,00; iv) 14% para a faixa de R$ 3.000,01 até R$ 5.839,45; v) 14,5% para a faixa de R$ 5.839,46 até R$ 10.000,00; vi) 16,% para a faixa de R$ 10.000,01 até R$ 20.000,00; vii) 19% para a faixa de 14 R$ 20.000,01 até R$ 39.000,00; e viii) 22% para a faixa acima de R$ 39.000,00. Assim como ocorre para as contribuições do RGPS, os valores previstos devem ser reajustados. As alíquotas progressivas acima citadas são devidas pelos aposentados e pensionistas de quaisquer dos Poderes da União, incluídas suas entidades autárquicas e suas fundações, e incidirá sobre o valor da parcela dos proventos de aposentadoria e de pensões que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS, hipótese em que será considerada a totalidade do valor do benefício para fins de definição das alíquotas aplicáveis. voltar ao sumário 15 BREVES CONCLUSÕES O momento para estudar a Reforma da Previdência é agora! Você está pronto para estudar as novidades com os Professores Wagner Balera e Miguel Horvath Junior? Confira as principais dúvidas: • Quais são as alterações relevantes no Regime Geral (RGPS)? • Como ficaram as regras para aposentadoria? • Houve mudança nos regimes dos servidores civis e militares? • Como ficaram as regras de transição? 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