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Trabalho Geosintético

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UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
TRABALHO GEOSINTÉTICO
NOMES DOS PARTICIPANTES:
Ester Caplan Schwartz – Rgm: 15177688
Laise Navarro Monteiro – Rgm: 15470474
SÃO PAULO
2017
Sumário
Introdução	3
Fundamentação Teórica	3
Estudo de Caso	3
Conclusão	4
Referências	10
Imagens	11
Introdução
Desde 1971 quando foi desenvolvido o primeiro Geossintético Não Tecido Brasileiro surgiram suas aplicações em rodovias. Geossintéticos têm diversas funções em obras rodoviá- rias, tais como: reforço de pavimento, drenagem de rodovia, controle de erosão de taludes, adensamento de solos moles e aterros de aproximação de viadutos. Com a evolução na produção dos vários produtos geossintéticos, a segurança na compra de um material de qualidade é imprescindível. Atualmente é feito um controle de qualidade industrial que proporciona produtos capazes de atender solicitações hidráulicas e mecânicas necessárias na maioria dos projetos, permitindo a realização de obras com menor custo e maior segurança. A facilidade de instalação também chama a atenção do mercado, substituindo produtos e métodos construtivos tradicionais e diminuindo o tempo de realização das obras.
Os geossintéticos podem apresentar diversas funções entre as quais se destacam separação, filtração, drenagem, reforço, contenção de fluidos/gases, ou controle de processos erosivos. Dependendo do caso o produto pode apresentar mais de uma função.
O desenvolvimento dessa tecnologia ampliou as fronteiras e simplificou os sistemas de engenharia, como por exemplo as construções sobre solos frágeis, ganho de estabilidade em taludes com dimensão e inclinação menores, drenagem de vias e áreas especiais, mitigação da erosão do solo entre outros. 
Fundamentação Teórica
A seguir, veremos os tipos ou categorias em que os Geosintéticos são encontrados:
Geotêxteis: Estes possuem propriedades hidráulicas, físicas e mecânicas que garantem o melhor desempenho e durabilidade quando o produto é utilizado para drenagem, filtração, separação, proteção, reforço e pavimentação.
A manta geotêxtil é utilizada principalmente para proteção e reforço de materiais, para evitar danos no solo e promover melhorias em suas propriedades. Proporciona elevada permeabilidade e excelente capacidade de filtração.
Geogrelhas: Com sua função de reforço, a Geogrelha é formada por elementos resistentes a tração e integralmente conectados com o objetivo de reforçar o solo. As geogrelhas são vazadas, de modo que a malha de abertura permita uma maior interação e ancoragem no meio inserido, pois proporcionam uma comunicação do solo aterrado.
Georredes: São materiais com aparência semelhante à das grelhas formados por duas séries de membros extrudados paralelos, que se interceptam em ângulo constante. Possui alta porosidade ao longo do plano, sendo usada para conduzir elevadas vazões de fluidos ou gases.
Geomembranas: São mantas contínuas e flexíveis constituídas de um ou mais materiais sintéticos. Elas possuem baixíssima permeabilidade e são usadas como barreiras para fluidos, gases ou vapores.
Geocompostos: são geossintéticos formados pela associação de dois ou mais tipos de geossintéticos como, por exemplo: geotêxtil-georrede; geotêxtil-geogrelha; georrede-geomembrana ou geocomposto argiloso (GCL). Geocompostos drenantes pré-fabricados ou geodrenos são constituídos por um núcleo plástico drenante envolto por um filtro geotêxtil.
Geocompostos argilosos (GCL’s): são geocompostos fabricados com uma camada de bentonita geralmente incorporada entre geotêxteis de topo e base ou ligadas à uma geomembrana ou à uma única manta de geotêxtil. Atuam efetivamente como barreira para líquido ou gás e são comumente usados em aterros sanitários em conjunto com geomembranas.
Geotubos: são tubos poliméricos perfurados ou não usados para drenagem de líquidos ou gases (incluindo coleta de chorume ou gases em aplicações de aterros sanitários). Em alguns casos o tubo perfurado é envolvido por um filtro geotêxtil.
Geoexpandido: são blocos ou placas produzidos por meio da expansão de espuma de poliestireno para formar uma estrutura de baixa densidade. O geoexpandido é usado para isolamento térmico, como um material leve em substituição a aterros de solo ou como uma camada vertical compressível para reduzir pressões de solo sobre muros rígidos.
Estudo de caso
De acordo com matéria fornecida pela revista Fundação e Obras Geotécnicas, o Gerente de Engenharia e Desenvolvimento de produtos da Empresa de Tecelagem Roma, fez um estudo sobre o trevo de Caxambú conforme segue:
Imagem 2 – Trevo de Caxambú concluído 	 Imagem 3 – Vista lateral do aterro 
“A região que compreende o Trevo do Caxambú é predominantemente composta por solo mole, o que propiciou a utilização de blocos de EPS em conjunto com materiais geossintéticos. A primeira etapa de execução do aterro de aproximação do viaduto foi a regularização do solo de superfície com uma camada de material granular (areia), não superior a 0,10 cm. 
Neste trabalho, os blocos de EPS de 23 kg por m³ foram encaixados um a um, formando oito camadas de blocos sobrepostos em curva, de acordo com o traçado de projeto da rodovia. A cada duas camadas de blocos de EPS, foram instalados tubos drenos envolvidos por um geotêxtil não tecido para facilitar a drenagem dos taludes. As laterais do aterro de aproximação foram protegidas por uma lona especial de PEAD, seguidas por uma camada de solo-cimento e finalizadas com concreto projetado. 
A proteção lateral desse aterro de EPS foi composta basicamente por quatro camadas a saber: 
1) lona especial de PEAD, 
2) Solo-cimento (com 6% de cimento), 
3) Tela Metálica e 
4) Concreto Projetado (25 MPa). 
Posteriormente, os taludes poderão ser cobertos com grama integrando o sistema ao meio ambiente. Para a proteção superior dos blocos de EPS, foi utilizada uma geomembrana de PEAD de 1,0 mm de espessura, e sobre ela foi construída uma laje de concreto e finalmente o pavimento asfáltico. A lona especial e a geomembrana de PEAD utilizadas na proteção lateral e superior dos blocos de EPS foram fundamentais para garantir a proteção e a durabilidade necessária deste aterro após a construção do pavimento. A Concessionária Rota das Bandeiras é uma empresa da Odebrecht TransPort, investidora e operadora no Brasil em negócios relacionados à mobilidade urbana, rodovias, sistemas integrados de logística e aeroportos”
Conclusão
Os geossintéticos são produtos poliméricos, industrializados, cujas propriedades contribuem para a melhoria de obras geotécnicas. Estes materiais sintéticos têm sido utilizados em substituição aos materiais de construção e como reforço de materiais naturais. Os materiais geossintéticos são, em geral, formados por polímeros, que são substâncias macromoleculares de natureza orgânica, com peso molecular 74 elevado. As propriedades finais dos geossintéticos estão diretamente relacionadas com a composição química e com a estrutura do polímero que o constitui. A introdução de elementos sintéticos no interior da massa de solo propicia uma redistribuição das tensões, permitindo que obras de terra possam ser construídas com geometria mais ousada e, portanto, redução de volume de aterro. Neste capítulo, foram apresentados os principais tipos de geossintéticos, com ênfase nos geossintéticos mais utilizados como elementos de reforço de solos (geotêxteis e geogrelhas). As características físicas e mecânicas dos geossintéticos e o comportamento dos principais polímeros foram abordados e discutidos. O comportamento de maciços reforçados com geossintéticos foi analisado, juntamente com os critérios de análise da estabilidade e de dimensionamento deste tipo de obra geotécnica. Finalmente, foram ressaltadas as principais vantagens da utilização da técnica.
Referências
· Igs Brasil – Associação Brasileira de Geossintéticos; Disponível em <http://goo.gl/BJp2sM&gt;; Acesso em 02 de Outubro de 2017.
· CTG ABINT – Comitê Técnico de Geossintéticos; Disponível em: <http://goo.gl/OqIMyg&gt;; Acesso em 02 de Outubrode 2017.
· CTG ABINT – Comitê Técnico de Geossintéticos – Casos de Obras; Disponível em: <http://goo.gl/EhfwXg&gt;; Acesso em: 02 de Outubro de 2017.
· Téchne – Como usar geossintéticos; Disponível em: < http://goo.gl/lLoHkW&gt;; Acesso em: 02 de Outubro de 2017.
· Civilização Engenharia – Disponível em <https://civilizacaoengenheira.wordpress.com/2016/03/23/geossinteticos/; Acesso em 02 de Outubro de 2017
· Geofoco – Disponível em < http://geofoco.com.br/geossinteticos/geotextil-nao-tecido/; Acesso em 02 de Outubro de 2017
· Igs Brasil – Associação Brasileira de Geosintéticos; Disponível em : < http://igsbrasil.org.br/os-geossinteticos; Acesso em 02 de Outubro de 2017.
· Antônio Ranzani Júnior – Hersio – Revista Fundação e Obras Geotécnicas – Ano 4 – nº 44 Publicada em Maio de 2014.
· Puc Rio Br – Disponível em < https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/4295/4295_3.PDF> Acesso em 02 de Outubro de 2017
Imagens
· Imagem 1 – Puc Rio Br – Disponível em < https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/4295/4295_3.PDF> Acesso em 02 de Outubro de 2017
· Imagens 2 e 3 - Antônio Ranzani Júnior – Hersio – Revista Fundação e Obras Geotécnicas – Ano 4 – nº 44 Publicada em Maio de 2014.

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