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DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL Olá meu amigo ou minha amiga, sou o professor Wolner Sueyson e um grande prazer está lecionando direito penal. Vamos estudar agora a aplicação da Lei penal. O que significa isso? Veremos como a lei penal se comporta no tempo e no espaço. Obs.: Questões e gabarito ao final. Qualquer dúvida me chame no Instagram - @wolnersueyson. LEI PENAL NO TEMPO O artigo 1º, do CP nos traz a seguinte redação: Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. É o princípio da legalidade e da anterioridade da lei penal. Não pode haver um crime sem que lei o crie. Assim, eu só posso ser acusado de um crime se antes de eu praticar o crime já existisse aquela lei. Por exemplo: “A” pratica um fato em 2015, este mesmo fato foi definido como crime apenas em 2018. “A” pode ser acusado por esse crime? Não. A lei penal quando em vigor (vigência) possui a sua atividade normal, ou seja, se aplica aos fatos acontecidos durante a sua vigência. Por exemplo, Matar alguém tem previsão legal no artigo 121, do CP. Logo, se eu matar alguém responderei por Homicídio. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Temos, portanto, a que a lei penal é IRRETROATIVEL, isso significa que ela não pode ser aplicada a fatos anteriores a sua vigência. Porém, o Art.2º, do CP e art. 5º inciso 40, da CF nos traz o princípio da retroatividade benéfica – a lei penal não retroagirá, salvo, para beneficiar o réu. A retroatividade de lei mais benéfica significa uma exceção à regra. Qual regra professor? A regra da atividade da lei penal. Como assim? Lembra que eu disse antes que a lei só se aplica aos fatos ocorridos em sua vigência? Pois bem, em nosso ordenamento ocorre um fenômeno chamado de ficção jurídica. Quando uma lei posterior for mais benéfica ela pode retroagir e ser aplicada a fatos anteriores a sua vigência. Isso é chamado de Extratividade da Lei penal. Essa extratividade pode se dar de duas formas: RETROATIVIDADE E ULTRATIVIDADE. Vamos ver a Retroatividade: A lei que retroage é chamada de “lex mitior”, aliás que pode surgir assim: a) “Abolitio criminis”, art. 2º caput CP, é a lei penal que descriminaliza condutas, torna o fato penalmente atípico. Tem como consequência a extinção da punibilidade do réu. EX art. 240 CPP, previa o crime de adultério que aliás deixou de ser crime, sendo apenas ilícito civil; O Artigo 2º nos diz que cessa todos os efeitos penais, salvo os civis. Muito cuidado com isso. Vamos imaginar o seguinte, usando como exemplo o Adultério. Imagine que uma pessoa cometeu adultério quando ainda era crime. Ela foi condenada na esfera criminal e também na esfera civil (pagar danos morais para o cônjuge). Com a abolitio criminis ela fica livre apenas na esfera criminal, devendo pagar os danos morais. b) “Novatio legis in melius”, art. 2º parágrafo único CP, é a nova lei penal que mantem a incriminação, mas dá ao fato tratamento mais brando. EX: art. 28 da lei 11.343/06, prevê o crime de porte de droga para consumo pessoal, mas este deixou de ter pena privativa de liberdade. CUIDADO : A lei que retroagi pode alcançar até fatos atingidos pela coisa julgada, caso a lei que favoreça o réu o incida durante a fase da execução da pena, é o Juiz da execução penal quem deve aplica-la. Vimos a Retroatividade. Agora vamos ver a ULTRATIVIDADE: Na ultratividade temos a seguinte situação: Eu pratico um crime X, nessa época estava em vigor a lei A que definia uma pena de 2 a 4 anos para este crime. Ocorre que durante o processo surgiu uma lei B mantendo o crime X, mas alterou a pena para 4 a 6 anos. Na hora de aplicar a sentença qual lei o juiz usará? Lembre-se a lei mais benéfica. Ou seja, mesmo a lei B revogando a Lei A, através da Ficção jurídica o Juiz utilizará a extratividade da lei penal. Porém, muito cuidado com a Súmula 711 do STF: CUIDADO: A lei penal gravosa aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se entrar em vigor durante a permanência ou continuidade delitiva, pois são crimes que está em flagrante enquanto durar. Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. ➢ Lei penal excepcional e Lei penal temporária: • Lei penal excepcional, é aquela criada para ter aplicação durante situações excepcionais. EX; enchentes, catástrofes, etc. • Lei penal temporária, é aquela criada para ter aplicação durante determinado período de tempo. Essas duas leis apresentam as seguintes características: a) são auto revogáveis; b) ultratividade, mesmo após a sua revogação continua a produzir efeito. Você deve lembrar agora, qual o tempo/momento do crime adotado pelo CP: Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado Tempo do crime Há situações raras que a conduta do agente criminoso ocorreu em um dia, mas o resultado ocorreu em outra data, qual tempo do crime? Foi adotada a TEORIA DA ATIVIDADE, ou seja, considera- se o crime praticado no momento da ação ou omissão, ainda que seja outro o momento do resultado. EX: Chaves, com 17 anos e 11 meses, atira na vítima Seu Barriga para matar, aliás que vem a óbito depois de 3 meses. Neste caso, será aplicada o ECA, porque no momento do crime o autor do disparo tinha menos de 18 anos de idade. CUIDADO: Agora, Chaves, com 17 anos e 11 meses de idade, privou a liberdade da vítima para receber resgate. Tal privação durou 3 meses, ocasião em que a vítima foi solta e o agente preso. Nesse caso, aplicam-se as normas do CP, porque estamos diante de um crime permanente (é aquele cujo momento de consumação se prolonga no tempo). LEI PENAL NO ESPAÇO Agora veremos como a lei penal se aplica no espaço: Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. A lei penal brasileira deve ser aplicada aos fatos acontecidos no território nacional. Assim nos falamos da territorialidade da lei penal, ou seja, todo crime que acontecer no território brasileiro, aplica-se a lei penal brasileira. Contudo, o Código Penal, adotou o princípio da territorialidade temperada ou mitigada, pois há algumas pessoas que possui imunidade diplomáticas: chefe de Estado; chefe de Governo; embaixadores; chefes de organismos internacionais, familiares destas pessoas. Por exemplo, imagine que o Presidente Trump venha ao Brasil. Ele então acaba matando alguém aqui. Qual lei será aplicada? A lei dos Estados Unidos. Isso é chamado de Intraterritorialidade, significa que lei estrangeira está sendo aplicada em crime ocorrido no brasil. Vejamos: • Lei penal temporária, é aquela criada para ter aplicação durante determinado período de tempo. Essas duas leis apresentam as seguintes características: a) são auto revogáveis; b) ultratividade, mesmo após a sua revogação continua a produzir efeito. Você deve lembrar agora, qual o tempo/momento do crime adotado pelo CP: Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado Tempo do crime Há situações raras que a conduta do agente criminoso ocorreu em um dia, mas o resultado ocorreu em outra data, qual tempo do crime? Foi adotada a TEORIA DA ATIVIDADE, ou seja, considera- se o crime praticado no momento da ação ou omissão, ainda que seja outro o momento do resultado. EX: Chaves, com 17 anos e 11 meses, atira na vítima Seu Barrigapara matar, aliás que vem a óbito depois de 3 meses. Neste caso, será aplicada o ECA, porque no momento do crime o autor do disparo tinha menos de 18 anos de idade. CUIDADO: Agora, Chaves, com 17 anos e 11 meses de idade, privou a liberdade da vítima para receber resgate. Tal privação durou 3 meses, ocasião em que a vítima foi solta e o agente preso. Nesse caso, aplicam-se as normas do CP, porque estamos diante de um crime permanente (é aquele cujo momento de consumação se prolonga no tempo). LEI PENAL NO ESPAÇO Agora veremos como a lei penal se aplica no espaço: Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. A lei penal brasileira deve ser aplicada aos fatos acontecidos no território nacional. Assim nos falamos da territorialidade da lei penal, ou seja, todo crime que acontecer no território brasileiro, aplica-se a lei penal brasileira. Contudo, o Código Penal, adotou o princípio da territorialidade temperada ou mitigada, pois há algumas pessoas que possui imunidade diplomáticas: chefe de Estado; chefe de Governo; embaixadores; chefes de organismos internacionais, familiares destas pessoas. Por exemplo, imagine que o Presidente Trump venha ao Brasil. Ele então acaba matando alguém aqui. Qual lei será aplicada? A lei dos Estados Unidos. Isso é chamado de Intraterritorialidade, significa que lei estrangeira está sendo aplicada em crime ocorrido no brasil. Vejamos: REGRA TERRITORIALIDADE EXTRATERRITORIALIDADE INTRATERRITORIALIDADE Local do crime Brasil Estrangeiro Brasil Lei aplicada Brasileira Brasileira Estrangeira ATENÇÃO: o interior das embaixadas estrangeiras em nosso pais é o território nacional Brasil. Território nacional – territorialidade Compreende todo espaço em que o Brasil exerce sua soberania. Engloba o território físico ou geográfico, marítimo (12 milhas), aéreo. Temos também o território jurídico ou por EXTENSÃO – engloba as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontre, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantis ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto mar. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. OBS: Aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art5 de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e está em porto ou mar territorial do brasil. ➢ Extraterritorialidade, é a aplicação da lei penal brasileira aos crimes ocorridos no estrangeiro. Classificações: o Extraterritorialidade incondicionada, art. 7º, I CP – não importa qualquer condição, a lei brasileira será aplicada (art. 7º parágrafo 1º CP); o Extraterritorialidade condicionada, art. 7º II, parágrafo 3º do CP – as condições estão previstas no art. 7° parágrafo 2º CP. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) I - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) II - os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984) b) houve requisição do Ministro da Justiça. OBSERVAÇÕES: ▪ Pena cumprida no estrangeiro, art. 8º CP, na extraterritorialidade condicionada não pode, pois já tendo sido aplicada a lei estrangeira, não se aplica a lei brasileira, já na extraterritorialidade incondicionada pode. A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no brasil pelo mesmo crime, quando diverso, ou nela é computada quando idênticos. Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenuaa pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. ➢ Homologação da sentença penal estrangeira, art. 9º CP, o órgão competente para homologar sentença estrangeira é o STJ para fins de reparação de dano e outros efeitos civis, além do cumprimento de medida de segurança. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art7 Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - sujeitá-lo a medida de segurança.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - A homologação depende: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Visto isso temos assim como o tempo do crime como estudamos também temos o lugar do crime, art. 6º CP: Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado Para que serve? A quais crimes se aplica? – Deve ser aplicado aos crimes à distância ou de espaço máximo (são aqueles que atingem o território de 2 ou mais países). Trata-se de um critério de aplicação da lei penal. CUIDADO, para efeito do lugar do crime, foi adotada a teoria da ubiquidade ou mista, ou seja, o crime se considera praticado no lugar da ação ou omissão, quanto no lugar do resultado = LU (lugar do crime –ubiquidade) + TA (tempo do crime – atividade). LUTA VAMOS PARA AS QUESTÕES AGORA: 01) Suponha que José praticou o crime de roubo a bordo de uma embarcação privada de bandeira inglesa, que estava atracada no porto de Santos, no Brasil. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta. A) Não se aplica a lei brasileira, considerando-se o princípio da bandeira ou da representação. B) Não se aplica a lei brasileira, considerando-se que o navio privado estava atracado no porto de Santos, portanto, ostentando a bandeira inglesa em razão do respectivo registro. C) Aplica-se a lei brasileira, considerando-se o princípio da universalidade ou cosmopolita. D) Aplica-se a lei brasileira, considerando-se o princípio da nacionalidade passiva. E) Aplica-se a lei brasileira, considerando-se que o navio privado estava atracado no porto de Santos e, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art9 portanto, tornou-se extensão do território nacional por ficção jurídica. 02) Lei temporária estabelece que constitui delito a venda de bebidas alcoólicas no raio de dois quilômetros dos locais destinados à realização da Copa América no Brasil. Considerando hipoteticamente que João pratique tal delito no período de vigência da lei em comento, em suma, o juiz poderá condená- lo A) após o prazo de vigência da lei temporária, dado que o delito ocorreu durante a vigência desta. B) se a prática do delito for anterior à vigência da referida lei temporária. C) somente até a data de término de vigência da referida lei temporária. D) se a prática do delito for posterior à vigência da referida lei temporária. E) se a venda de bebidas alcóolicas ocorreu no raio de cinco quilômetros, visto que o delito aconteceu durante a vigência da lei temporária. 03) De acordo com as disposições do Código Penal (CP) brasileiro acerca da aplicação da lei penal no tempo e no espaço, marque a alternativa CORRETA: A) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores desde que não tenha havido o trânsito em julgado da sentença condenatória. B) Para efeito de aplicação da lei penal, considera-se praticado o crime no momento em que houve a produção do resultado. C) Os crimes cometidos no estrangeiro não estão sujeitos à aplicação da lei penal brasileira. D) Aplica-se a lei penal brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou de embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ao território nacional ou em alto-mar. 04) Assinale a alternativa INCORRETA considerando os preceitos normativos e doutrinários básicos sobre a lei penal: A) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, ao crime cometido no território nacional. B) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. C) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de tratados, ao crime cometido no território nacional. D) Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. E) Aplica-se a lei brasileira, afastando-se convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 05) Assinale a alternativa correta considerando os preceitos normativos e doutrinários básicos sobre a aplicação da lei penal no tempo. A) Uma conduta só pode ser considerada crime se houver preceito legal anterior que assim a defina. B) Uma conduta é considerada crime se for criada norma nesse sentido antes do julgamento ainda que ao tempo da prática não existisse a citada lei. C) Uma conduta é considerada crime se for criada norma nesse sentido antes da prisão ainda que ao tempo da prática não existisse a citada lei. D) Uma conduta é considerada crime se for criada norma nesse sentido a qualquer tempo. E) Uma conduta é considerada crime se for criada norma nesse sentido mesmo após a declaração judicial de inexistência do tipo penal. 06) Em relação ao direito penal, julgue os próximos itens. A abolitio criminis faz cessar todos os efeitos penais, principais e secundários, subsistindo os efeitos civis. ( ) Certo ( ) Errado 07) Sobre a territorialidade e a extraterritorialidade da lei penal, previstas nos artigos 5° e 7° do Código Penal, assinalea alternativa correta: A) Ao crime cometido no território nacional, aplica-se a lei brasileira, independentemente de qualquer convenção, tratado ou regra de direito internacional. B) Ao autor de crime praticado contra a liberdade do Presidente da República quando em viagem a país estrangeiro, aplica-se a lei do país em que os fatos ocorrerem. C) Embarcação brasileira a serviço do governo brasileiro, para os efeitos penais, é considerada extensão do território nacional. D) Crime cometido no estrangeiro, praticado por brasileiro, fica sujeito à lei brasileira independentemente da satisfação de qualquer condição. E) Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, independentemente da satisfação de qualquer condição. 08) A extra-atividade da lei penal constitui exceção à regra geral de aplicação da lei vigente à época dos fatos ( ) Certo ( ) Errado 09) No Código Penal brasileiro, adota-se a teoria da ubiquidade, conforme a qual o lugar do crime é o da ação ou da omissão, bem como o lugar onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. ( ) Certo ( ) Errado 10) Quanto ao tempo do crime, é correto afirmar que o Código Penal brasileiro adotou a teoria do(a): A) atividade. B) resultado. C) ubiquidade. D) contemporaneidade. GABARITO 1- E 2- A 3- D 4- E 5- A 6- CERTO 7- C 8- CERTO 9- CERTO 10- A
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