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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ATIMOSFERA EXPLOSIVA

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CENTRO UNIVERSÍTÁRIO MAURICIO DE NASSAU 
CAMPUS DE CAMPINA GRANDE
COORDENAÇÃO DE ENEGENHARIA ELÉTRICA
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
RELATÓRIO TOPICOS INTEGRADORES IV 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ATIMOSFERA EXPLOSIVA
CAMPINA GRANDE
2019
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
RELATÓRIO TOPICOS INTEGRADORES IV 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ATIMOSFERA EXPLOSIVA
Relatório do curso Engenharia Eletrica graduação apresentado como requisito parcial para obtenção de nota do curso de Tópicos Integradores IV, no Centro universitário Maurício de Nassau campus campina grande-PB unidade II palmeira.
Prof. Dr Mesc (a): Talles Caio L. de Oliveira 
CAMPINA GRANDE 
2019
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇAO 	5
2.0 OBJETIVO	6
3.0 FUNDAMENTOS TEORICOS 	7
3.1 NBR 14039	7
3.2 A norma “tampão”	8
4.0 NORMAS DE INTALAÇÕES	12
5.0 RISCO DE SE TRABALHAR COM INSTALAÇÃO ELETRICAS DE MEIDIA TENSÃO	13
6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS	16
REFERENCIAS	17
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1: Arco elétrico manutenção de rede	13
Figura 2 : Arco elétrico causa explosão	14
Figura 3: Contato com rede elétrica de média tensão	14
Figura 4: Fechamento de chave nos painéis da subestação.	16
Figura 5: Subestação painel de controle	17
1.0 INTRODUÇÂO
 	 Instalações Elétricas em sistemas Industriais que processam substâncias inflamáveis apresentam um elevado grau de risco tanto no que se refere a dano pessoal, quanto material. Estas instalações para o segmento industrial obrigatoriamente devem atender requisitos técnicos e legais e garantir a segurança dos profissionais que atuam nestes locais ou em ambientes. Para definir se a instalação necessita ou não ser projetada e construída seguindo tais requisitos, há um método para mensurar o grau de proteção de sua execução, tal método é denominado classificação de áreas. A classificação de áreas é um método de análise dos locais de instalação dos equipamentos elétricos, que leva em consideração o tipo de substância inflamável presente no ambiente, as suas características, a probabilidade dessa substância ser liberada para o meio externo e as condições ambientais, sendo divididas em Zona 0 (Alta Liberação), Zona 1 (Liberação Mediana) e Zona 2 (Baixa Liberação). Definida a classificação, é necessário adequar o projeto de tal forma que, quando as instalações elétricas estiverem em funcionamento, não se tornem fontes de ignição para uma possível explosão. Os equipamentos elétricos podem se tornar fontes de ignição na presença de vapores ou gases inflamáveis, devido à formação de arcos elétricos, aquecimento ocasionado por sobrecorrentes ou em temperatura normal de funcionamento.
2.0 OBJETIVO 
2.1 OBJETVO GERAL 
Este trabalho tem o objetivo e demostra como e feita instalações elétricas em atmosfera explosivas, quais a principais formas de evitar acidentes e quais a finalidade e aplicações desse tipo de instalação.
2.2 OBJETIVO EXPECIFICO
· Definir área classificada e zoneamento; 
· Identificar os tipos fontes de ignição; 
· Esclarecer as exigências da NR-10 e NR-16 para indústrias sujeitas a riscos de explosão; identificar equipamentos elétricos para áreas classificadas; 
· Determinar os tipos de proteção;
· Definir métodos de instalação, manutenção e inspeção de sistemas elétricos em áreas classificadas.
3.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 14039: 2005
Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV
1 Ob jetivo
1.1 Esta Norma estabelece um sistem a para o proj et o e ex ecuç ão de i nstal ações el étricas de m édia t ensão,
 3.1 ÁREAS CLASSIFICADAS
	São vários os tipos de explosão, mas o que é importante se destacar é que tal fato não acontece somente pela presença de um elemento específico em determinado local, mas sim pela quantidade, como esse elemento se dispersa no ar e sua concentração no ambiente. Com essa ideia é feita a classificação de áreas nestes locais. 
	Segundo a norma ABNT NBR 60079-10, as definições para atmosfera explosiva e área classificada são:
	Atmosfera Explosiva: mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis na forma de gás, vapor, névoa ou poeira, na qual, após ignição, inicia-se uma combustão autossustentada através da mistura remanescente. 
	Área Classificada: área na qual está presente uma atmosfera explosiva de gás, ou ainda é esperada estar presente, em quantidades tais que requeiram precauções especiais para a construção, instalação e uso de equipamentos.
	Segundo a norma ABNT NBR 60079-10, o elemento básico para se definirem as áreas classificadas consiste na identificação das fontes de risco e na determinação do seu grau de periculosidade de classificação de áreas, nesses casos, as considerações devem ser analisadas caso a caso.
	A classificação de áreas de equipamentos de processo onde o material inflamável é queimado deve levar em consideração suas etapas do ciclo de purga, partida e parada.
3.1.1 DEFINIÇÕES DE ZONEAMENTOS PARA GASES E VAPORES
	Segundo a norma ABNT NBR 60079-10 , as definições de zoneamento para gases e vapores são apresentadas a seguir.
Zona 0 – É um local onde a ocorrência de mistura inflamável é continua ou existe por longos períodos.
Zona 1 – É um local onde a ocorrência de mistura inflamável acontece em condições normais de operação do equipamento.
Zona 2 – É um local onde a ocorrência de mistura inflamável é pouco provável de acontecer e se acontecer é por curtos períodos, estando associada à
operação anormal do equipamento de processo.
3.1.2 DEFINIÇÕES DE ZONEAMENTOS PARA POEIRAS E FIBRAS
Segundo a norma ABNT NBR 60079-10 (7), as definições de zoneamento para poeiras e fibras são apresentadas a seguir.
Zona 20 – É um local onde as poeiras ou fibras combustíveis estão presentes continuamente ou por longos períodos de tempo, em quantidade suficiente para oferecerem risco de formação de atmosfera explosiva.
Zona 21 – É um local onde as poeiras ou fibras combustíveis são prováveis de ocorrer ocasionalmente, em condições normais de operação, em quantidade suficiente para oferecerem risco de formação de atmosfera explosiva.
Zona 22 – É um local onde as poeiras ou fibras combustíveis não são prováveis de ocorrer em condições normais de operação e em quantidades suficientes para oferecerem risco de formação de atmosfera explosiva.
	Segundo o manual básico de classificação de áreas da Blinda, fabricante de renome de materiais, instalações onde os materiais inflamáveis são manuseados ou armazenados devem ser projetadas, operadas e mantidas de modo que qualquer liberação de material inflamável e, consequentemente, a extensão da área classificada seja a menor possível, seja em operação normal ou, por outro lado, com relação a frequência, duração e quantidade.
Ainda segundo o manual da Blinda, em caso de atividades de manutenção, exceto aquelas de operação normal, a extensão da zona pode ser afetada, mas é esperado que seja controlada por uma sistemática de permissão de trabalho. Portanto, dois passos devem ser seguidos em uma situação na qual possa haver uma atmosfera explosiva de gás ou vapor, eliminar a probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás ao redor da fonte de ignição e eliminar a fonte de ignição.
Se estas medidas não forem possíveis de serem executadas, medidas de proteção, equipamentos de processo, sistemas e procedimentos devem ser selecionados e preparados de tal modo que a probabilidade de ocorrência simultânea dos eventos acima seja a menor possível.
Pelo exposto acima, a classificação de áreas é um método de análise e classificação do ambiente onde possa ocorrer uma atmosfera explosiva, de modo a facilitar a seleção adequada e instalação de equipamentos a serem usados com segurança em tais ambientes.
Voltando a ter como referência o manual básico da Blinda, especificamente as áreas de zona 0 ou zona 1 devem ser minimizadas em número e extensão, quer seja a partir do projeto, quer seja por procedimentos operacionais adequados. Em outras palavras, plantas e instalações devem ser principalmentedo tipo zona 2 ou área não classificada devido aos elevados custos dos equipamentos de elevada proteção a serem instalados. Se a existência da fonte de risco for inevitável, os itens dos equipamentos de processo devem ser limitados àqueles que dão origem a fontes de risco de grau secundário ou, na impossibilidade, as fontes de risco devem ser muito limitadas em quantidades e vazão.
Uma vez que a planta tenha sido classificada e tão logo sejam efetuados todos os registros necessários, é proibida qualquer modificação no equipamento ou no procedimento de operação deste que seja feita sem discussão prévia com todos os responsáveis pela classificação da área. Ações não autorizadas podem invalidar a classificação de áreas. É necessário assegurar que todos os equipamentos que afetam a área classificada e que tenham sido submetidos à manutenção sejam cuidadosamente verificados durante e após a montagem, com o fim de garantir que a integridade original de projeto, relativa à segurança, seja mantida antes que os equipamentos retornem ao serviço.
3.1.2 PROCEDIMENTO PARA CLASSIFICAÇAO DE ÀREAS 
Classificada como fonte de risco se for estabelecido que o equipamento pode liberar material inflamável para a atmosfera, em primeiro lugar, determinar-se o grau de risco de liberação de acordo com as definições, estabelecendo a frequência e a duração da liberação. Deve ser reconhecido que, segundo a norma ABNT NBR IEC 60079-10, a abertura de partes de sistemas de processo fechados também será considerada fonte de risco quando da elaboração da classificação de áreas e por meio deste procedimento, cada fonte de risco deve ser denominada como grau “contínuo”, “primário” ou “secundário”.
A probabilidade de presença de uma atmosfera explosiva de gás, bem como o tipo de zona, depende, principalmente, do grau da fonte de risco e da ventilação. Uma fonte de risco de um grau contínuo normalmente leva a uma zona 0, uma fonte de risco de grau primário a uma zona 1 e uma fonte de risco de grau secundário a uma zona 2. Porém, mais adiante tais zonas serão mais bem classificadas de acordo com seu grau de ventilação e extensão.
Quanto maior for a taxa de liberação do material inflamável, maior é a extensão da área classificada. Sendo a mesma dependente da geometria de risco que se relaciona diretamente com as características físicas da fonte de risco, com a velocidade de liberação que está relacionada à pressão de processo e à geometria da fonte de risco. Com a concentração que é a vazão de liberação aumenta com a concentração de gás ou vapor inflamável da mistura liberada, com a volatilidade de um líquido inflamável que se relaciona principalmente à pressão de vapor e a entalpia de vaporização e com a temperatura do líquido, visto que como a pressão de vapor aumenta com a temperatura, aumenta a vazão de liberação devido à evaporação.
Ainda falando sobre extensão da zona, devemos levar em conta a densidade relativa do gás ou vapor na liberação, condições climáticas e topografia.
Ventilação, como mencionado anteriormente, gás ou vapor liberado na atmosfera pode ser diluído por dispersão ou difusão no ar até que sua concentração esteja abaixo do limite inferior de inflamabilidade. Taxas adequadas de ventilação também podem evitar a persistência de uma atmosfera explosiva de gás, e influenciar o tipo de zona.
O fator mais importante segundo a norma ABNT é que o grau ou nível de ventilação esteja diretamente relacionado ao tipo de fonte de liberação e suas correspondentes.taxas de liberação. Portanto, condições ótimas de ventilação em áreas classificadas podem ser alcançadas quanto maior a quantidade de ventilação em relação às possíveis taxas de liberação.
· Ventilação Natural
É obtida pelo movimento do ar causado pelo vento ou pelo gradiente de temperatura. Em ambientes externos, a ventilação natural, é suficiente para assegurar a dispersão de uma eventual formação de atmosfera explosiva de gás na área. A ventilação natural pode ser eficaz em certos ambiente internos.
Para áreas externas, a avaliação da ventilação pode ser baseada em uma velocidade de vento assumida de no mínimo igual a 0,5 m/s, que estará presente praticamente de modo contínuo.
Temos como exemplo de ventilação natural: situações a céu aberto, industrias químicas e de petróleo, estruturas de suporte de tubulações, parque de bombas, prédios abertos, etc.
· Ventilação Artificial
A ventilação artificial de uma área pode ser do tipo geral ou local e, para ambos os casos, podem ser necessários diferentes graus de movimentação do ar e de trocas.
Com a utilização de ventilação artificial é possível obter: redução do tipo e/ou extensão das zonas e diminuição do tempo de permanência da atmosfera explosiva de gás.
Um sistema de ventilação artificial que é projetado para a proteção contra explosão deve incluir requisitos tais como efetividade controlada e monitorada além de levar também em conta à classificação de áreas dentro do sistema de exaustão, imediatamente fora do seu ponto de descarga e outras aberturas deste sistema. Para ventilação de uma área classificada, o ar deve ser obtido de uma área não classificada, levando-se em conta os efeitos de sucção nas áreas adjacentes e, antes de se determinar as dimensões e o projeto do sistema de ventilação, deve ser definida a taxa de liberação e o grau da fonte de risco.
3.2 GRAU DE VENTILÃO 
A eficiência da ventilação em controlar a dispersão e a permanência da atmosfera explosiva de gás depende do grau e da disponibilidade da ventilação e do projeto do sistema. Por exemplo, a ventilação pode não ser suficiente para evitar a formação de uma atmosfera,
explosiva de gás, mas pode ser suficiente para evitar a sua permanência. Segundo a norma ABNT , o grau de ventilação é muito importante em uma área classificada porque a extensão de uma nuvem de gás ou vapor inflamável e o tempo pelo qual ela permanece após ter cessado o vazamento podem ser controlados por meio da ventilação.
Ainda segundo a norma, são definidos três graus de ventilação, a ventilação alta, ventilação média e finalmente a ventilação baixa.
3.2.1 TIPOS DE PROTEÇÃO
A norma ABNT, estabelece um código para cada tipo de equipamento. Este código é composto do símbolo Ex, que é utilizado pela norma NBR/IEC, para identificar produtos para instalação em área classificada (atmosfera explosiva) seguido pelo tipo de proteção. A tabela abaixo exemplifica cada tipo de proteção e como fica sua respectiva simbologia.
	 Tipo Proteção
	 Simbologia
	Equipamento à Prova de Explosão
	Ex d
	Equipamento Pressurizado
	Ex p
	Equipamento Imerso em Óleo
	Ex o
	Equipamento Imerso em Areia
	Ex q
	Equipamento Imerso em Resina
	Ex m
	Equipamento de Segurança Aumentada
	Ex e
	Equipamento Não Acendível
	Ex n
	Equipamento de Segurança Intrínseca
	Ex i
	Equipamento Especial
	Ex s
	
Tabela 1: Tipos de Proteção [1].
· Á Prova de Explosão – Símbolo Ex d
Segundo a norma NBR IEC 60079-1, invólucro à prova de explosão é um sistema suficientemente resistente e vedado para não propagar uma explosão, e cuja temperatura superficial não provoca a ignição de uma atmosfera explosiva. Isto implica uma construção robusta, com tampas roscadas ou parafusadas. Esses invólucros são construídos de forma a, ocorrendo a ignição de uma mistura dentro dele, resistir mecanicamente à pressão, impedindo que a explosão se propague para o meio externo.
A NBR 5363 [4] especifica os interstícios máximos entre as peças dos invólucros blindados (entre a tampa e a caixa, ou entre o eixo e o furo da tampa do invólucro de um comutador, por exemplo). Tais interstícios auxiliam no alívio da pressão interna ao invólucro, quando de uma explosão no interior deste. A largura e comprimento destes interstícios (limitados aos valores normalizados) devem ser suficientes para que o gás se resfrie antes de alcançar o ambiente externo.
Tem como características principais a grande quantidade de parafusos, o compromisso quanto ao “MESG” (Interstício Máximo ExperimentalSeguro) e rugosidade média máxima nas superfícies dos flanges, entradas de eletrodutos, eixos, manoplas de operação, visores, etc., tendo que cumprir com requisitos dimensionais e de materiais.
· Invólucro Pressurizado – Símbolo Ex p
Segundo a norma NBR IEC 60079-2 [7], neste tipo de proteção, uma pressão positiva superior à pressão atmosférica é mantida no interior do invólucro de modo a evitar a penetração de uma atmosfera explosiva que venha a existir ao redor do equipamento.
São definidos pela norma três tipos de pressurização que reduz a classificação no interior do invólucro pressurizado, px Zona 1 para área não classificada ou Grupo I para área não classificada, py – Zona 1 para Zona 2 e pz – Zona 2 para área não classificada.
Tem como características principais à integridade das gaxetas de vedação e ajuste do pressostato e da válvula reguladora de pressão. Aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.
· Imerso em Óleo – Símbolo Ex o
Segundo a norma NBR IEC 60079-6 o equipamento elétrico é imerso em óleo de tal modo que não inflame uma atmosfera inflamável acima do meio isolante ou na parte externa do invólucro. Este tipo de proteção é aplicável somente para equipamentos fixos.
Tem como características principais distâncias mínimas entre partes com tensão e superfície do óleo, distâncias mínimas entre partes com tensão e paredes do invólucro e qualidade do óleo referente ao poder dielétrico, umidade e contaminantes. Aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.
· Imerso em Areia – Símbolo Ex q
Segundo a norma NBR IEC 60079-5 o equipamento elétrico é imerso em areia de tal modo que não inflame uma atmosfera inflamável acima do meio isolante ou na parte externa do invólucro. Este tipo de proteção é aplicável somente para equipamentos fixos.
Tem como características principais o teor de umidade, a faixa granulométrica e as distâncias mínimas entre partes com tensão e superfície da areia e entre partes com tensão e parede do invólucro. Aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.
· Imerso em Resina – Símbolo Ex m
Segundo a norma NBR IEC 60079-18 o equipamento elétrico é imerso em resina de tal modo que não inflame uma atmosfera inflamável acima do meio isolante ou na parte externa do invólucro. Este tipo de proteção é aplicável somente para equipamentos fixos.
Tem como características principais o material da resina tem que ser pré-testado em laboratório, o limite de bolhas de ar internas ao meio e distâncias entre partes com tensão e superfície da resina e partes, com tensão e paredes do invólucro. Aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.
· Segurança Aumentada – Símbolo Ex e
Segundo a norma NBR IEC 60079-7 o equipamento elétrico de segurança aumentada é aquele que, sob condições normais de operação, não produz arcos, faíscas ou aquecimento suficiente para causar ignição da atmosfera explosiva para a qual foi projetado, e no qual são tomadas as medidas adicionais durante a construção, de modo a evitar com maior segurança que tais fenômenos ocorram em condições de operação e de sobrecarga previstas. Equipamentos típicos com segurança aumentada são os motores de gaiola, transformadores de potência e de medição, luminárias e caixas de distribuição e de ligação.
Tem como características principais materiais pré-aprovados em laboratório, maior distância de isolação e escoamento para máquinas rotativas, maiores distâncias de entreferro e dupla camada de impregnação para enrolamentos, diâmetro mínimo de fio para enrolamento. Aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.
15
· Não Acendível – Símbolo Ex n
Segundo a norma NBR IEC 60079-15 o equipamento que, em condições normais de operação e sob determinadas condições anormais especificadas não causam a ignição da atmosfera explosiva de gás existente no ambiente.
Tem como características principais não possuir partes centelhantes ou produtoras de alta temperatura em condições normais de operação e, se tiver, estão protegidas por maiores distâncias de isolação e escoamento, resistente a impacto e grau de proteção mínimo exigido. 
· Segurança Intrínseca – Símbolo Ex i
Segundo a norma NBR IEC 60079-11 , equipamentos Ex i são aqueles que em condições normais (isto é, abertura e fechamento do circuito) ou anormais (curto circuito, falta a terra) não liberam energia suficiente para inflamar a atmosfera explosiva.
Os equipamentos elétricos de segurança intrínseca são classificados em duas categorias: “ia” – estes são projetados de tal forma que não são capazes de causar uma ignição em operação normal e mesmo com aplicação de duas falhas evidentes mais as falhas não evidentes; e “ib” – que são aqueles incapazes de causar uma ignição em operação normal e com a aplicação de uma falha evidente mais a aplicação das falhas não evidentes.
Tem como características principais premissas de projeto para operação com baixa energia, dispositivo associado para limitar energia, limitação de temperaturas de componentes, análise de circuitos, simulação de defeitos e etc.
Segundo a norma, falha evidente é aquela que está em conformidade com os requisitos (regras de construção da norma IEC 60079-11) de construção básicos do tipo de proteção; e as falhas não evidentes são aquelas em não conformidade com essas regras. “ia” aplicado em Zona 0.
· Proteção Especial – Símbolo Ex s
Segundo catálogo Nutsteel não há uma definição neste tipo de proteção, que foi previsto para permitir o desenvolvimento de novos tipos de proteção pelos
4. INSTALAÇÕES ELETRICAS EM ÁREAS CLASSIFICADAS 
O equipamento elétrico para uso em atmosferas potencialmente explosivas deve ser adequado para uso industrial e estar de acordo com as exigências da Norma ABNT NBR 9518 , exceto quando estas exigências são modificadas pela norma especifica do respectivo tipo de proteção. A utilização desses equipamentos e acessórios está condicionada à apresentação de seu certificado de conformidade.
Segundo a norma NBR IEC 60079-17 o equipamento elétrico para atmosferas explosivas deve ser construído de modo a não afetar adversamente a segurança de pessoas, animais domésticos e propriedades, quando apropriadamente instalado, mantido e utilizado, nas aplicações para as quais foi projetado e produzido.
As normas especificam os métodos de instalação dos diversos equipamentos elétricos em cada área classificada. Assim temos a descrição dos métodos de instalação para: transformadores, capacitores, medidores, instrumentos e relés, fiação, unidade seladora e drenagem, chaves, disjuntores, fusíveis, motores, geradores e etc. Abordaremos aqui, como exemplos, apenas alguns aspectos da instalação relacionados com a utilização de unidades seladoras e drenos, pois além de encontrarmos facilmente a descrição completa de todos os métodos de instalação de equipamentos nas Normas e também ser um assunto muito extenso para ser apresentado neste trabalho, optamos por esses dois porque podem ser perfeitamente empregados em instalações laboratoriais, que será o nosso estudo de caso para implementação de nossa lista de verificação sugerida inicialmente.
· Unidades Seladoras e Drenos
Em áreas perigosas, unidades seladoras são essenciais para impedir que a pressão de uma explosão num invólucro a prova de explosão, se propague através dos eletrodutos que se conectam a ele.
Nenhum sistema de eletrodutos é totalmente estanque à entrada de ar e umidade, portanto, a condensação do vapor dentro dos eletrodutos pode deixar os condutores completamente imersos, induzindo falhas na isolação e a ocorrência de curto-circuitos. Por isso algumas unidades seladoras vêm com um sistema de drenagem para retirar essa umidade.
 
Figura 1: Unidade Seladora com Dreno
O tubo temporário de drenagem é retirado logo que a massa seladora começa a endurecer, e assim um caminho de escoamento da água é estabelecido.
A área da seção reta ocupada pelos condutores numa unidade seladora não pode exceder a 25% da área do eletroduto rígido metálicode mesmo tamanho nominal.
Os condutores, dentro da unidade seladora, devem ficar permanentemente separados uns dos outros e também da parede interna da unidade seladora, de modo que a massa seladora envolva cada um dos condutores.
Segundo o autor Vitor Sued Mantecon a altura da massa seladora deve ser igual ou superior ao diâmetro nominal da unidade seladora, mas nunca menor que 16 mm.
Figura 1.1: Unidade Seladora e Massa Seladora e Fibra
Fonte: Catalogo Nutsteel CGN21
4.1 REGRAS PARA COLOCAÇÃO DE UNIDADES SELADORAS DE ELETRODUTOS 
É necessária a colocação de uma unidade seladora em TODOS os eletrodutos que chegam a um invólucro a prova de explosão contendo chaves desligadoras, disjuntores, fusíveis, relés, resistores, ou outros dispositivos produtores de arcos, centelhas, ou altas temperaturas, possível de causar uma ignição.
Figura 2: Eletroduto Pesado Norma NBR5597 para Atmosfera Explosiva 
Fonte: Catalogo Nutsteel CGN21
As unidades seladoras devem ser instaladas o mais próximo possível do invólucro, mas nunca além de 45 cm do mesmo invólucro segundo artigo do autor Vitor Sued Mantecon. Entre a unidade seladora e o invólucro à prova de explosão é permitido a instalação de uniões, niples, reduções, joelhos, conduletes tipo L, T, e X, desde que sejam à prova de explosão e que o tamanho nominal dos conduletes não ultrapassem o tamanho nominal do respectivo eletroduto.
Quando o invólucro contém apenas terminais de ligação, emendas e derivações, unidades seladoras são necessárias em todos os eletrodutos de diâmetro nominal igual ou maior que a duas polegadas. A distância máxima de 45cm também deve ser observada.
Figura 3: Figura Ilustrativa do Uso de Unidades Seladoras.
Uma só unidade seladora é suficiente entre dois invólucros à prova de explosão, que requeiram unidades seladoras, e estejam interligados através de niples ou por lance de eletrodutos de comprimento não maior do que 90 cm. A unidade seladora não deve se situar a mais do que 45cm de cada invólucro.
Uma unidade seladora é necessária onde um eletroduto deixa uma área classificada. Ela pode ser instalada em qualquer um dos dois lados, a não mais que 3m da fronteira. Exceto pela redução à prova de explosão na unidade seladora, nenhum outro acessório é permitido entre a unidade seladora e a fronteira.
29
· Terminais	para	os	Condutores Equipotenciais	e	de Aterramento
Deve ser previsto, dentro da caixa de terminais, um terminal específico para a conexão do condutor equipotencial ou de aterramento.
Os equipamentos elétricos com invólucros metálicos devem ter um terminal externo adicional para ligação do condutor equipotencial ou de aterramento. Este terminal externo deve estar eletricamente conectado ao terminal interno do equipamento. Este terminal externo é dispensável em equipamentos elétricos portáteis quando o condutor de aterramento faz parte do cabo alimentador.
· Dispositivos de Conexão e Caixas Terminais
Os equipamentos que são destinados à conexão de circuitos extremos devem possuir dispositivos para conexão.
Todo equipamento construído com a letra “X” para indicar a necessidade de conectar a extremidade livre do cabo.
As caixas terminais e suas aberturas de acesso devem ser dimensionadas de tal forma que os condutores possam ser prontamente ligados sem dificuldade.
As caixas terminais devem ser projetadas de modo que, depois de efetuada a conexão dos condutores, as distâncias de isolação e escoamento atendam às eventuais exigências contidas na norma brasileira específica para o tipo de proteção adotado.
Figura 4: Caixas de passagem tipo “LR”, “LL” e “X”
Fonte: Catalogo Nutsteel CGN21
4.2 REQUESITOS SUPLEMENTARES PARA EQUIPAMENTOS ELETRICOS ESPECIFICOS 
· Máquinas Girantes
Aberturas de ventilação para ventiladores externos. O grau de proteção das aberturas de ventilação para ventiladores externos de máquinas elétricas girantes, conforme a NBR 9884, deve ser no mínimo IP 20 na entrada do ar e IP 10 na saída do ar.
Nas máquinas elétricas girantes verticais a penetração de corpos estranhos caindo verticalmente através das aberturas de ventilação deve ser evitada. Para máquinas elétricas girantes do grupo I, o grau de proteção IP 10 é suficiente somente quando as aberturas são projetadas ou posicionadas de modo que corpos com dimensões acima de 12,5 mm não possam atingir as partes móveis da máquina, seja por queda vertical ou por vibração.
Conversores de freqüência em zona 2. A utilização de conversores de freqüência para
31
controle de velocidade de motores em zona 2 somente será permitida mediante uma certificação de conformidade emitida por um OCC.
· Conjuntos de Manobra
Os conjuntos de manobra para corrente contínua com contatos imersos em óleo não são permitidos. Conjuntos de manobra para corrente alternada, com contatos imersos em óleo, não são permitidos em equipamentos elétricos para grupo I, apresentado na, com tensão até 1 100 V. Estes somente são permitidos para tensões acima de 1 100 V, com pólos segregados e com um volume de óleo menor do que 5 l por pólo.
Os secionadores do grupo I, apresentados na Tabela 2, com capacidade de interrupção menor que a da categoria AC 3, conforme IEC 292-1, devem ser intertravados elétrica ou mecanicamente com um dispositivo de interrupção sob carga adequado. Para secionadores do grupo II, apresentado na Tabela 2, é suficiente a colocação de uma placa de advertência, próximo a estes, com os seguintes dizeres: “NÃO OPERAR SOB CARGA”.
Quando um conjunto de manobra contém um secionador, este deve desligar todos os pólos e deve ser projetado de tal modo que a posição dos contatos seja visível ou que seja uma indicação confiável da posição “desligado”. Qualquer intertravamento entre o secionador e a tampa ou porta de conjunto de manobra somente deve permitir que estas sejam abertas quando a separação dos contatos do secionador for suficiente para desligar a alimentação.
O mecanismo de operação dos secionadores para grupo I deve permitir o travamento com cadeado na posição “aberto”.
Se os conjuntos de manobra para grupo I, possuem relés de proteção contra curto-circuito e/ou falta de terra, estes devem ter rearme manual, que por sua vez deve ser equipado com fecho especial ou deve estar situado no interior do invólucro contendo os relés.
As tampas que dão acesso ao interior de invólucros contendo equipamentos operados por controle remoto, com contatos, devem ser intertravadas com um secionador, ou ser equipadas com uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO”, a menos que as partes que permanecerem energizadas com a tampa aberta atendam, nesta condição, ainda a um tipo de proteção normalizado. No caso de utilização do tipo de proteção “e”, deve ser mantido no mínimo o grau de proteção IP 20 para estas partes.
· Fusíveis
Os invólucros contendo fusíveis devem ser intertravados de tal modo que a substituição do fusível somente seja possível com a alimentação desligada, possibilitando a reenergização somente com o invólucro corretamente fechado.
O intertravamento não é necessário quando o invólucro é equipado com uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO”.
· Plugues e Tomadas
Os plugues e as tomadas devem ser intertravados mecânica ou eletricamente, de modo que não possam ser separados com os contatos energizados, bem como os contatos não podem ser energizados quando estiverem separados.
Alternativamente, os plugues e as tomadas que não são intertravados conforme anteriormente dito devem ser mantidos acoplados por meio de fechos especiais e devem ser equipados com uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “NÃO EXTRAIR/ CONECTAR O PLUGUE QUANDO ENERGIZADO”.
No caso do uso de fechos especiais, onde os contatos não podem ser desenergizados antes da separação, em função de estarem conectadas a uma bateria, as marcações devem estabelecer: “SEPARAR SOMENTE EM ÁREA NÃO CLASSIFICADA”.
Os plugues contendo componentes que permanecem energizados quando não estão acoplados com a tomadanão são permitidos.
Os plugues e as tomadas para correntes nominais inferiores a 10 A e tensões nominais inferiores a 250 Vca ou 60 Vcc não precisam atender aos requisitos de que a parte que permanece energizada é um terminal de saída, o plugue e a tomada projetados para interromper a corrente nominal devem ser equipados com mecanismo que retarde a extração do plugue, de tal modo que permita a extinção do arco antes da separação. Durante o período de extinção do arco, o plugue e a tomada devem manter as características de um equipamento à prova de explosão conforme a NBR 5363 e os contatos que permanecem energizados após a separação devem ser protegidos por um dos tipos de proteção.
· Luminárias
A fonte de luz de luminárias deve ter uma proteção transparente, podendo ser equipada adicionalmente com uma grade composta por uma malha de aberturas não inferiores a 50 mm de aresta. Se as aberturas possuírem arestas superiores a 50 mm, a luminária deve ser considerada desprotegida (sem grade).A montagem das luminárias não pode depender de um único parafuso. Um único olhal pode ser usado somente se fizer parte integrante da luminária, por exemplo, fundido ou soldado ao invólucro, ou se roscado, o olhal deve ser travado por outros meios que impeçam seu afrouxamento quando torcido.
Figura 5 : Luminárias de Sobrepor, Arandela e Projetor para Atmosfera Explosiva Fonte: Catalogo Nutsteel CGN21
Exceto nos casos de luminária intrinsecamente segura (conforme a NBR 8747 ), as tampas de acesso ao soquete da lâmpada e outras partes internas da luminária devem ser intertravadas por dispositivo que desconecte automaticamente todos os pólos do soquete da lâmpada, tão logo se inicie o processo de abertura da tampa e uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO”.
No caso do intertravamento descrito acima, quando é necessário manter partes energizadas, que não os soquetes das lâmpadas, deve-se, de forma a minimizar os riscos para o pessoal de manutenção, proteger as partes energizadas empregando uma das proteções descritas na tabela 2 ou garantir as distâncias de isolação e escoamento entre as fases (pólos) e a terra de acordo com os requisitos da norma de segurança aumentada NBR 9883, utilizar um invólucro interno suplementar (que pode ser o refletor para a fonte de luz) contendo as partes energizadas e garantindo um grau de proteção mínimo de IP 30 (conforme NBR 6146), arranjado de forma tal que nenhuma ferramenta possa entrar em contato com as partes energizadas através de qualquer abertura ou empregar no invólucro interno adicional uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO”.
As lâmpadas contendo sódio metálico livre (por exemplo, lâmpadas de dio de baixa pressão, conforme IEC 192) não são permitidas. As lâmpadas de sódio de alta pressão (conforme EN 60662) podem ser usadas.
	A NBR 5363 especifica os interstícios máximos entre as peças dos invólucros blindados (entre a tampa e a caixa, ou entre o eixo e o furo da tampa do invólucro de um comutador, por exemplo). Tais interstícios auxiliam no alívio da pressão interna ao invólucro, quando de uma explosão no interior deste. A largura e comprimento destes interstícios (limitados aos valores normalizados) devem ser suficientes para que o gás se resfrie antes de alcançar o ambiente externo.
Tem como características principais a grande quantidade de parafusos, o compromisso quanto ao “MESG” (Interstício Máximo Experimental Seguro) e rugosidade média máxima nas superfícies dos flanges, entradas de eletrodutos, eixos, manoplas de operação, visores, etc., tendo que cumprir com requisitos dimensionais e de materiais.
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4.3 Requisitos Gerais Segundo a Norma NBR IEC 60079-0
4.3.1 Documentação
Para a realização de uma inspeção e manutenção, devem ser disponibilizadas as seguintes documentações: a classificação de áreas, grupo dos equipamentos e classe de temperatura e registros que permitam a manutenção do equipamento para áreas classificadas, de acordo com seu tipo de proteção.
4.3.1.1 Qualificação de Pessoal
O estudo de classificação de áreas contra risco de explosão tem por finalidade mapear e determinar a extensão e abrangência das áreas que podem conter misturas explosivas e, consequentemente permitir a posterior especificação de equipamentos e sistemas adequados para cada tipo de área classificada.
As áreas de uma planta de processamento devem preferencialmente ser classificadas na fase de projeto, envolvendo principalmente os responsáveis pelo processo, a partir das informações relativas aos dados de processo, tais como a pressão, concentração e o levantamento dos diversos produtos inflamáveis e combustíveis presentes no processamento, assim como também a identificação das prováveis fontes de risco.
Com o estudo de classificação de áreas contra risco de explosão, deve ser assegurado que a especificação e instalação dos equipamentos elétricos atendam às exigências da área, em conformidade com as respectivas normas aplicáveis.
O estudo de classificação de áreas é composto por uma série de documentos que fornecem informações sobre as áreas que contenham ou possam conter atmosferas potencialmente explosivas. Estes documentos compreendem desenhos de plantas e cortes com a extensão das áreas classificadas, lista de dados de processo sobre as substâncias inflamáveis com a identificação dos seus respectivos grupos de gases, lista dos dados das fontes de risco. identificação da classe de temperatura dos equipamentos Ex, indicação de vento predominante quando for o caso de instalações ao tempo, e categorização das áreas classificadas em zonas (0, 1 e 2) com a determinação das extensões das áreas classificadas.
Importante ressaltar que a responsabilidade do contratante de um estudo de classificação de áreas contra risco de explosão é grande, pois ele é quem efetivamente conhece seu processo, seus riscos, e pode colaborar na elaboração de procedimentos para execução segura dos serviços prestados pelos contratados, conforme já previne a NR-10 em seu item 10.13.1, que será mais bem explicado no item 3.4, no qual estabelecemos uma relação entre a NR-10 e áreas classificadas.
A elaboração do estudo de classificação de áreas contra risco de explosão, baseado em informações deficientes, pode acarretar especificação inadequada de equipamentos, maiores custos de instalação caso tenha sido feita uma classificação pecando por excesso, e até riscos de ignição devido à avaliação inadequada das condições para execução de serviços de manutenção.
Assim sendo, atualmente não é mais aceitável que um engenheiro eletricista seja o único responsável pela elaboração de um estudo de classificação de áreas contra riscos de explosões, mas sim por uma equipe multiprofissional, constituídos por engenheiros, eletricista, químico e de segurança do trabalho.
A inspeção e a manutenção de instalações devem ser executadas somente por pessoal experiente, em cujo treinamento estejam incluídas instruções dos vários tipos de proteção e práticas de instalação, normas e regulamentos relevantes, além dos princípios gerais de classificação de áreas. Deve ser dado treinamento contínuo a esse pessoal para atualização.
4.3.1.2 Inspeções
Antes que uma planta ou equipamento seja colocado em serviço, deve ser feita uma inspeção inicial. Após qualquer substituição, reparo, ajuste ou modificação, os itens respectivos devem ser reinspecionados.
Se em algum momento houver mudança na classificação de área, ou se algum equipamento for movido de um lugar para outro, uma verificação deve ser realizada para assegurar que o tipo de proteção, o grupo do equipamento e a classe de temperatura são adequados às novas condições.
4.3.1.3 Tipos de inspeção
O primeiro tipo são as inspeções iniciais. Devem ser utilizadas para verificar se o tipo de proteção selecionado e sua instalação são apropriados. O segundo são as inspeções periódicas que podem ser visuais ou apuradas. A inspeção visual ou apurada pode levar à necessidade de ser feita uma inspeção detalhadaposteriormente. E por fim as inspeções periódicas regulares requerem pessoal que tenha conhecimento de classificação de áreas e conhecimento técnico suficiente para avaliar as implicações sobre os locais sob consideração. Os mesmos devem ter independência suficiente das demandas das atividades da manutenção, de tal forma que suas conclusões sejam isentas e confiáveis.
Definir precisamente um intervalo entre inspeções periódicas pode não ser fácil, mas tal intervalo deve ser determinado levando-se em conta a deterioração esperada.
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4.4 Requisitos de Manutenção
· Ações corretivas
A condição geral de todos os equipamentos deve ser observada como previsto no item 2 e ações corretivas apropriadas devem ser tomadas quando necessário. Contudo, precauções devem ser adotadas para manter a integridade do tipo de proteção do equipamento. Esta ação pode requerer uma consulta ao fabricante.
Modificações em equipamentos não devem ser realizadas sem autorização, pois podem comprometer a segurança dos equipamentos como mencionada na documentação, como por exemplo a manutenção de cabos flexíveis, eletrodutos flexíveis e suas terminações que estão particularmente sujeitos a avarias. Eles devem ser inspecionados em intervalos regulares e devem ser substituídos caso sejam encontrados avariados ou defeituosos. Outro exemplo é a retirada de serviço. Caso seja necessário por motivo de manutenção retirar os equipamentos de serviço, os condutores expostos devem ser corretamente terminados num invólucro adequado, separados de todas as fontes de alimentação e isolados e separados de todas as fontes de alimentação e aterrados.
5. Norma NR-10 e as Áreas Classificadas
Atualizada e em vigor, a NR 10 regulamenta a segurança em instalações e serviços em eletricidade. Seu texto é bem claro em relação às áreas classificadas e atmosferas explosivas e trouxe uma cobrança maior para as empresas do setor, principalmente no que diz respeito ao treinamento de segurança e à criação de prontuários e relatórios de inspeção.
A norma exige treinamentos específicos para quem trabalha nesse segmento, e a indústria deverá seguir a norma ABNT NBR IEC 60079-14 – para instalações elétricas em áreas classificadas – e ter todos os riscos mapeados, ou seja, plantas de classificação de áreas atualizadas.
A seguir serão listadas as resoluções da NR 10 em relação à segurança em instalações com atmosferas explosivas acompanhadas de breves comentários extraídos do artigo publicado
· 10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando- se as características de proteção e respeitando-se as recomendações do fabricante e as influências externas.
A intenção deste item é determinar o uso de equipamentos, dispositivos e ferramentas elétricas compatíveis com a instalação existente e certificar se as mesmas preservam as características dos elementos de proteção implantados na instalação, respeitadas as especificações e recomendações do fabricante e as possíveis influências externas em que serão instalados ou utilizados, tais como presença de água, poeira, temperaturas elevadas, radiações, vibrações, etc.
· 10.6.3. Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades, devem ser suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os trabalhadores em perigo.
A intenção deste item é após uma análise e um juízo crítico dos trabalhadores, que para isso foram devidamente instruídos no processo de autorização para trabalhos com eletricidade, tenham a iniciativa, diante de um fator adverso iminente que possa expor a risco os trabalhadores, suspenda de imediato o andamento normal dos trabalhos. Incluindo como ocorrência de perigo, a liberação de acesso a pessoas não autorizadas; alterações no nível de iluminamento, intempéries, atmosferas nocivas que possam influenciar a segurança, entre outros.
· 10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades quando constatar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível.
	Este item trata de indicar a quem deve caber a responsabilidade pela suspensão dos trabalhos, considerados em 10.6.3. Fica implícito que sempre que houver um trabalho com instalações elétricas, haverá um responsável por sua realização e também por sua suspensão, quando da ocorrência de uma condição não prevista e quando sua eliminação ou neutralização imediata não seja possível.
· 10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR-23 – Proteção Contra Incêndios.
O convívio das instalações elétricas com áreas sujeitas a incêndio ou explosões (áreas classificadas) só é possível com instalações apropriadas com base em normas específicas e que pressupõe uma prévia classificação de áreas, que indicará quais as técnicas e categorias de equipamentos recomendáveis.
· 10.9.2 Materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.
Determina que os materiais, equipamentos e dispositivos elétricos utilizados em áreas classificadas têm obrigatoriedade de certificação, já exigida na Portaria N 176 de 17.7.2000. Respeitando a regulamentação os equipamentos e dispositivos elétricos destinados a áreas classificadas, adquiridos antes da data da publicação dessa portaria, estão isentos de certificação nos moldes regulamentados, contudo deverão comprovar que são seguros, mediante apresentação de certificados estrangeiros, laudos IEE, declarações de fabricantes ou declarações de profissionais legalmente habilitados, juntados ao prontuário.
· 10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção complementar, tais como alarme e seccionamento automático, para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.
As áreas classificadas, assim como outras com elevado risco de incêndio, nãosuportam a ocorrência de situações toleráveis em outras instalações elétricas e por isso necessitam de medidas adicionais de prevenção contra o sobreaquecimento de superfícies, o surgimento de arco elétrico devido a sobretensão, inerente até mesmo à operação normal de dispositivos de manobra e de proteção.
· 10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação formalizada, conforme estabelece o item 10.5, ou supressão do agente de risco que determina a classificação da área.
A permissão para o trabalho em áreas classificadas fica obrigatória e exige a liberação documentada e formalizadas, mediante aplicação dos conceitos e princípios de desenergização. Alternativamente, a liberação para o trabalho nessas áreas poderá ser formalizada mediante a eliminação da substância inflamável ou explosiva que originou a classificação de áreas.
· 10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe, os seus membros, em conjunto com o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, a fim de atender aos princípios técnicos básicos e às melhores técnicas de segurança aplicáveis ao serviço.
Refere-se ao levantamento e exame preliminares de segurança, realizado no local do serviço com a participação do superior e trabalhador da equipe, considerando a ordem de serviço, os procedimentos de trabalho com instruções de segurança, os equipamentos, ferramentais, condições ambientais, mediante a participação de todos os envolvidos. É de grande utilidade para a identificação e antecipação dos eventos indesejáveis e acidentes, não passíveis de previsão nas análisesde risco realizadas e não considerados nos procedimentos elaborados, em função de situações específicas, das condições ambientais ou circunstâncias daquele serviço, que poderá fugir à sua normalidade ou previsibilidade de ocorrência nas ações anteriores.
· 10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias a todos os contratantes e contratados envolvidos.
Sempre que uma ou mais empresas, individuais ou coletivas e com personalidades jurídicas próprias, estiverem sob o comando ou controle, ou ainda, prestarem serviços sob administração ou contrato à outra empresa, serão, para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras, solidariamente responsáveis à empresa principal, ou contratante, e as demais empresas subordinadas, contratadas. São equiparados a empresa os profissionais liberais, os trabalhadores autônomos e avulsos.
· 10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados.
Determina o dever de informar dos contrates (tomador de mão de obra) e, em contrapartida, garantir o direito de informação e do saber do trabalhador, sobre os riscos e possíveis perigos à segurança e à saúde, elétricos e não elétricos, que serão expostos no desenvolvimento das atividades contratadas ou designadas (sinalização de área classificada).
· 10.13.4 Cabe aos trabalhadores:
zelar pela sua segurança e saúde e as de terceiros que possam ser afetados por suas ações ou omissões no trabalho;
Os autorizados a trabalhar com instalações elétricas devem ter atenção em suas ações ou omissões que impliquem negligenciam imprudência ou imperícia, zelando tanto pela sua segurança e saúde como pela de outras pessoas que possam ser afetadas, podendo ter de responder civil e criminalmente.
a) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive os procedimentos internos de segurança e saúde;
É um compromisso legalmente obrigatório que integra os trabalhadores e os empregadores no sentido de se responsabilizarem solidariamente por cumprir as normas e regulamentos estabelecidos, elaborar e manter os procedimentos, planos e demais medidas internas de segurança e saúde.
b) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço às situações que considerar risco para sua segurança e saúde e as de terceiros.
O ato de comunicar de imediato ao responsável pelos serviços, além de responsabilizar e envolver o superior promove a análise da realidade existente, possibilitando orientações e esclarecimento de dúvidas e pontos controversos.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 	
	A implantação das normas para equipamentos em áreas classificadas representa um marco para a segurança dos serviços em eletricidade ou qualquer atividade com risco elétrico, principalmente pelos trabalhadores que executam serviços em eletricidade nos setores que tem como produto final o manuseio de derivados do petróleo. Levando-se em conta que os acidentes em plataformas, petroleiros e refinarias (laboratórios) em sua maioria são catastróficos em relação às vidas perdidas.
	As instalações elétricas em atmosfera potencialmente explosivas merecem uma maior atenção e pesquisa, para que obtenham um maior desenvolvimento em nível nacional. Através do conteúdo pesquisado analisei que a poucas instruções em relação as instalações o brasil precisa de norma regente mais pois foi cancela a que regia os trabalhos hoje se trabalha como norma internacional e normas técnicas que de certo modo não cobre toda as áreas onde se trabalha com áreas explosivas. 
	Além do mais são enormes riscos que envolvem as atividades com energia elétrica são conhecidos e perigosos, quer sejam eles provenientes de acidentes elétricos, quer sejam por queda ou outro fator externo ao serviço. As técnicas utilizadas pelos profissionais do setor elétrico, aliadas a um rigoroso treinamento e obediência as normas para execução dos trabalhos logo este trabalho é uma contribuição ao processo de qualificação, informação e capacitação de estudantes e profissionais desta área, buscando ser um elemento de consulta para todos que atuam nesse segmento.
4. REFERENCIAS	
__ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR IEC 60079-0:2013 Versão Corrigida:2014 – Atmosferas Explosivas Parte 0: Requisitos Gerais. Rio de Janeiro, 2014. 104 p. 
__ ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR IEC 60079-1:2009 Versão Corrigida:2011 – Atmosferas Explosivas Parte 1: Proteção de equipamentos por invólucros à prova de explosão "d". Rio de Janeiro, 2011. 69 p
BRASIL, MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL – INMETRO Portaria 179, de 18 maio de 2010. Sobre a certificação de todo e qualquer equipamento elétrico para uso em atmosfera explosiva. Disponível em <http://www.inmetro.gov.br/rtac/pdf/RTAC001559.pdf>. Acesso em 02 dez 2019. 43 p. (18) 
 MINISTÉRIO DO TRABALHO. Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas. Edição 2015. Disponível em . Acesso em 25 fev. 2015. 16 p. 
SILVA, JOSÉ. Navegar Editora, NUTSTEEL – EQUIPAMENTOS PARA ÁREAS COM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS E INDUSTRIAIS – CGN21 – 2° Edição, São Paulo, 2008. 460 p.
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