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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
Prevenção e Controle de risCos em 
máquinas, equiPamentos e instalações i
Elaboração
Vagner Lisoski Duarte
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 4
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO .......................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
CALDEIRAS .............................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 2
VASOS DE PRESSÃO ............................................................................................................... 19
UNIDADE II
TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL...................................................................................................... 30
CAPÍTULO 1
ESTRUTURA E SUPERFÍCIES DE TRABALHO ................................................................................. 31
CAPÍTULO 2
SOLDAGEM E CORTE A QUENTE ............................................................................................. 35
CAPÍTULO 3
TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO .......................................................................................... 39
UNIDADE III
ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO ...................................................................................................... 64
CAPÍTULO 1
COR, SINALIZAÇÃO E ROTULAGEM ......................................................................................... 64
CAPÍTULO 2
EDIFICAÇÕES ........................................................................................................................ 72
CAPÍTULO 3
PLANT LAYOUT ........................................................................................................................ 74
UNIDADE IV
MÁQUINAS .......................................................................................................................................... 78
CAPÍTULO 1
MÁQUINAS............................................................................................................................. 78
CAPÍTULO 2
MANUTENÇÃO: PREVENTIVA, CORRETIVA E PREDITIVA ............................................................ 120
CAPÍTULO 3
FERRAMENTAS MANUAIS ....................................................................................................... 124
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 132
4
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para 
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
6
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
7
Introdução
Assista ao vídeo Introdução e Objetivos da Prevenção e Controle de Riscos 
disponível no conteúdo da Unidade I. 
Era uma vez um trabalhador que na execução de suas atividades perdeu o dedo mínimo 
e continuou a carreira de trabalhador e sindicalista até virar Presidente da República. 
Se foi acaso, sorte ou proficiência, não há como precisar. Contudo, essa história de 
sucesso não se repete para outros tantos Luízes, Franciscos e Josés, que na execução 
de suas atividades perdem membros, pedaços de músculos, ou até mesmo a própria 
vida. Confiar somente na instrução, na prática, e no treinamento do operador para a 
prevenção de acidentes com máquinas, é ímprobo, incerto e impreciso. 
A forma mais simples para retirar o fator incerteza e sorte da variável é utilizar 
técnicas que reduzam a exposição do trabalhador aos riscos associados às máquinas 
e equipamentos. Fácil seria dizer que com um truque de mágica ou fórmula de bolo 
se chega ao resultado esperado, contudo não é o caso. É preciso conhecimento de 
processo, estudo, aquisição de experiência em projetos, negociação de conflitos e 
reconhecimento, para desta forma ser realmente efetivo na prevenção de acidentes. 
Com o intuito de indicar um norte a ser seguido, esse material foi elaborado, propondo 
passar uma visão desse vasto universo que envolve máquinas e equipamentos, 
esperando que ajude colegas e profissionais na missão de evitar acidentes com os 
trabalhadores.
Objetivos
 » Conhecer os tipos mais usuais de fornos, vasos de pressão e caldeiras, 
compreendendo e mitigando os riscos relacionados a sua operação. 
 » Ter a visão do funcionamento de um canteiro de obras e os riscos 
relacionados às maquinas utilizadas na construção civil e métodos de 
prevenção do risco.
 » Identificar os fatores de risco à segurança e à saúde do trabalhador, 
relacionados à utilização tanto de ferramentas manuais, quanto de 
máquinas elétricas e pneumáticas.
8
 » Indicar as possíveis proteções e soluções para eliminar ou neutralizar 
os riscos relacionados à utilização de máquinas e equipamentos.
 » Promover a vigilância da segurança dos trabalhadores. 
 » Intervir nos ambientes de trabalho de forma a preveniracidentes e 
doenças do trabalho.
9
UNIDADE ICALDEIRAS E VASOS 
DE PRESSÃO
CAPÍTULO 1
Caldeiras
Assista aos vídeos Caldeiras I e II disponíveis no tópico da Unidade I. 
As caldeiras são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão 
superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, excetuando-se os 
refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo.
O vapor pode ser usado em diversas condições tais como: baixa pressão, alta pressão, 
saturado, superaquecido etc. Ele pode ser produzido também por diferentes tipos de 
equipamentos nos quais estão incluídas as caldeiras com diversas fontes de energia.
Não devem ser entendidos como caldeiras os seguintes equipamentos:
 » Trocadores de calor do tipo Reboiler, Kettle, Refervedores, TLE, 
e outras, cujo projeto de construção é governado por critérios 
referentes a vasos de pressão.
 » Equipamentos com serpentina sujeita à chama direta ou gases 
aquecidos e que geram, porém não acumulam vapor, tais como: fornos, 
geradores de circulação forçada e outros.
 » Serpentinas de fornos ou de vasos de pressão que aproveitam o calor 
residual para gerar ou superaquecer vapor.
 » Caldeiras que utilizam fluido térmico e não o vaporizam.
É importante ressaltar que na elaboração da NR-13, previa-se que o profissional 
habilitado (PH) atuasse como referência técnica para o proprietário da caldeira. 
10
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
Quase sempre o proprietário carece de conhecimentos técnicos necessários para as 
tomadas de decisões necessárias à segurança da caldeira. O PH tomará essas decisões, 
responsabilizando-se por elas.
O Profissional Habilitado é aquele que tem competência legal para o exercício 
da profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, 
acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de 
caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a regulamentação profissional 
vigente no País.
O PH, no exercício das atividades descritas, em algumas situações, pode delegar a 
execução de uma determinada atividade para um preposto, técnico especializado. 
Entretanto, a responsabilidade e a assinatura pelos serviços especializados serão 
sempre do PH.
E quem estaria habilitado para ser o PH no caso de caldeiras? Esta habilitação é definida 
pela Resolução no 218, de 29 de junho de 1973, a decisão Normativa no 29/1988 e a 
decisão Normativa no 45/1992 do CONFEA. Estas estabelecem como habilitados os 
profissionais da área de Engenharia Mecânica e de Engenharia Naval bem como os 
engenheiros civis com atribuições do art. 28 do Decreto Federal no 23.569/1933 que 
tenham cursado as disciplinas de “Termodinâmica e suas Aplicações” e “Transferência 
de Calor”.
Dentro dos significados de uso comum relacionados às caldeiras devemos saber que: 
Pressão Máxima de Trabalho Permitida (PMTP) – ou Pressão Máxima de Trabalho 
Admissível (PMTA) – é o maior valor de pressão compatível com o código de projeto, a 
resistência dos materiais utilizados, as dimensões do equipamento e seus parâmetros 
operacionais.
A PMTA é calculada ou determinada utilizando-se fórmulas e tabelas disponíveis no 
código de projeto da caldeira. Essas fontes levam em consideração:
 » as dimensões e geometria de cada parte específica da caldeira (por 
exemplo: diâmetro, espessura etc.);
 » resistência dos materiais (valores de tensão máxima admissível 
dependentes da temperatura);
 » outros fatores específicos para cada situação.
É importante destacar que o valor da PMTA pode alterar-se ao longo da vida da caldeira 
em função da redução da resistência mecânica dos materiais, redução de espessuras 
dos diferentes componentes, e outros fatores.
11
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
Quando ocorrer alteração no valor da PMTA da caldeira, deverão ser executados os 
ajustes necessários nas pressões de abertura das válvulas de segurança, na placa de 
identificação e outros elementos de controle dependentes deste valor.
O engenheiro de SST deve saber que constitui risco grave e iminente a falta de qualquer 
um dos seguintes itens:
 » Válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou 
inferior à PMTA.
 » Instrumento que indique a pressão do vapor acumulado.
 » Injetor ou outro meio de alimentação de água, independentemente do 
sistema principal, em caldeiras a combustível sólido.
 » Sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que 
evite o superaquecimento por alimentação deficiente.
As válvulas de segurança, mesmo que ajustadas para abertura na PMTA, deverão 
ser adequadamente projetadas, ser adequadamente instaladas e ser adequadamente 
mantidas. Para casos onde essas premissas não forem atendidas, a válvula de segurança 
será considerada como inexistente.
O mostrador do instrumento indicador de pressão pode ser analógico ou digital e 
poderá ser instalado na própria caldeira ou na sala de controle.
Entende-se por sistema de indicação de nível de água qualquer dispositivo com função 
equivalente aos visores de coluna de água. Caso a coluna de água não consiga ser lida 
corretamente por problemas de vazamento ou bloqueio, deverá ser imediatamente 
acionado o procedimento de paralisação da caldeira.
Em seu corpo, toda caldeira deve ter afixada à placa de identificação indelével 
com no mínimo as seguintes informações: fabricante, número de ordem dado pelo 
fabricante da caldeira, ano de fabricação, Pressão Máxima de Trabalho Admissível 
(PMTA), pressão de teste hidrostático, capacidade de produção de vapor, área da 
superfície de aquecimento, código de projeto e ano de edição.
Estes dados apresentam uma importância enorme, visto que o ciclo de vida de uma 
caldeira pode ser superior a 25 anos e é fácil a ocorrência de perda da documentação. 
Sendo assim, essa placa garante uma redundância na informação. Os dados que são 
utilizados pelo PH podem ser usados também durante os procedimentos de manutenção 
e verificação da vida útil da caldeira e até mesmo na reconstituição do prontuário da 
caldeira.
12
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
Em conformidade com o Sistema Internacional de Unidades, a unidade oficial para 
pressão no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o Pascal (Pa).
Além da placa de identificação, toda caldeira deverá apresentar seu número ou 
código de identificação e sua respectiva categoria. Mas podemos nos perguntar: 
porque seria uma simples placa importante? No advento de um acidente com uma 
caldeira, esta placa pode ser o diferencial entre a vida e morte de um funcionário. 
No vazamento de uma caldeira a primeira coisa que ocorre é desocupação da área. 
Se algum operário ficar para trás, essa placa pode ser utilizada como indicação para 
a equipe de resgate, utilizando roupas apropriadas, procurar, encontrar e retirar o 
funcionário do local de risco. Também é importante, além da placa, o croqui com 
a disposição dos equipamentos da casa de caldeira, que deve estar presente nos 
acessos da edificação. Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estiver 
instalada, a seguinte documentação, devidamente atualizada:
 » Prontuário da caldeira que contenha as seguintes informações:
 › código de projeto e ano de edição;
 › especificação dos materiais;
 › procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção final; 
 › metodologia para estabelecimento da PMTA;
 › registros da execução do teste hidrostático de fabricação;
 › conjunto de desenhos e demais dados necessários para o 
monitoramento da vida útil da caldeira;
 › características funcionais;
 › dados dos dispositivos de segurança;
 › ano de fabricação;
 › categoria da caldeira.
Em relação à classificação de caldeiras, a categorização é feita de acordo com a pressão 
e volume que estas apresentam: 
a. Categoria A: pressão de operação igual ou superior a 1960 KPa, com 
volume interno superior a 50 litros. 
13
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
b. Categoria B: pressão de operação superiora 60 KPa e inferior a 1960 
KPa, volume interno superior a 50 litros e o produto entre a pressão de 
operação (em KPa) e o volume interno (em cm³) seja superior a 6 (seis). 
 › Registro de segurança, em conformidade com o item 13.4.1.9. 
 › Projeto de instalação, em conformidade com o item 13.4.2.1. 
 › Projetos de alteração ou reparo, em conformidade com os subitens 
13.3.6 e 13.3.7. 
 › Relatórios de inspeção, em conformidade com o subitem 13.4.4.14. 
 › Certificados de calibração dos dispositivos de segurança.
Caso o estabelecimento, em que estiver instalada a caldeira, possua diversas unidades 
fabris distantes umas das outras, os documentos deverão estar disponíveis na unidade 
onde a caldeira estiver instalada para que possam ser facilmente consultados.
Se o estabelecimento não possuir essa documentação, parte dela deverá ser 
reconstituída. Quando não for possível reconstituir alguns itens, tais como: 
procedimentos utilizados na fabricação e montagem, especificações de materiais, 
deverão ser reconstituídos pelo menos as características funcionais da caldeira, os 
dados de seus dispositivos de segurança e o procedimento para determinação da 
PMTA.
A reconstituição dos documentos será sempre de responsabilidade do proprietário da 
caldeira. Para tanto, ele poderá utilizar-se dos serviços do fabricante da caldeira ou caso 
esse seja indeterminado ou já não exista, de um PH ou empresa especializada.
No caso de venda de caldeira o registro de segurança também poderá acompanhar 
a caldeira a critério do estabelecimento onde ela esteve instalada. O projeto de 
instalação não acompanha a caldeira porque deverá ser elaborado novo projeto, 
característico das novas instalações.
O registro de segurança deve ser constituído por livro com páginas numeradas, 
exclusivo para cada caldeira. É importante que sejam registrados nesse livro somente 
as ocorrências relacionadas à caldeira que possam afetar, positiva ou negativamente, a 
integridade física do ser humano.
É prática nas unidades industriais o preenchimento do Livro de Turno ou Livro de 
Passagem de Serviço, ou similar, que poderá ser aceito como registro de segurança. 
São exemplos típicos de ocorrências importantes: explosões, incêndios, vazamentos, 
14
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
ruptura de componentes da caldeira, operação em condições fora daquelas previstas 
pelo projeto, paradas de emergência, realização de testes nas caldeiras e dispositivos 
de segurança.
Por ocasião da inspeção da caldeira, o PH, contratado pelo estabelecimento para fazer 
a inspeção da caldeira ou o PH existente no serviço próprio de inspeção, deverá anotar 
no registro de segurança a data e tipo da inspeção de segurança da caldeira que está 
sendo realizada.
O PH deverá solicitar a assinatura do operador da caldeira ou, na sua ausência, de outro 
operador, no referido registro de segurança. A assinatura tem por objetivo comprovar 
que a caldeira está sendo inspecionada e não implica qualquer responsabilidade por 
parte do operador na atividade de inspeção.
Caso a caldeira venha ser considerada inadequada para uso futuro, o respectivo 
Registro de Segurança deverá apresentar claramente os motivos pelos quais está 
sendo adotada tal decisão. O encerramento formal do Registro de Segurança deverá 
ser feito por um PH e comunicado por meio de Relatório de Inspeção de Segurança 
Extraordinária à Representação Sindical da Categoria Profissional Predominante 
no Estabelecimento e ao órgão regional do MTE.
A documentação citada deve estar sempre à disposição para consulta. Nos casos 
em que for necessária a retirada da documentação do estabelecimento, deverá ser 
providenciada a sua duplicação. A autoria de projeto de instalação de caldeiras 
é de responsabilidade de PH. O projeto de instalação deverá conter todos os 
documentos, plantas, desenhos, cálculos, pareceres, relatórios, análises, normas, 
especificações, relativos ao projeto, devidamente assinados pelos profissionais 
legalmente habilitados. Deve-se lembrar também, que legalmente os documentos 
não apresentam validade legal sem a assinatura e respectiva emissão de ART por 
parte do profissional, descrevendo com clareza os itens aos quais este é o responsável.
A caldeira deverá ser instalada em casa de caldeiras, local reservado do 
estabelecimento, delimitado por paredes ou divisórias e devidamente coberto, ou 
em área de caldeiras, local onde a caldeira não esteja confinada, exposta ou não à 
ação do tempo.
A norma define claramente requisitos de afastamento e proteções para a instalação 
de caldeiras em área de caldeiras ou casa de caldeiras. Dessa forma, devem ser 
utilizados os subitens 13.4.2.3 e 13.4.2.4 da NR-13 como referência ao se projetar 
ambos os locais destinados à instalação da caldeira.
Sempre podem ocorrer casos que não há como fazer exatamente o definido na NR. 
Como exceção, a norma regulamentadora prevê que quando o estabelecimento 
15
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
não puder atender ao disposto nos subitens citados, deverá ser elaborado Projeto 
Alternativo de Instalação, com medidas complementares de segurança que permitam 
a atenuação dos riscos. Lembrem-se: o mais importante sempre está em atenuar os 
riscos!
As medidas complementares citadas neste item referem-se à prevenção e não à 
consequência de eventuais explosões. Dessa forma, o projeto alternativo deve priorizar 
a implantação de medidas que melhorem a confiabilidade operacional da caldeira. São 
exemplos de medidas concretas que permitem a atenuação dos riscos:
 » realização de inspeções com maior frequência e maior rigor quanto à 
aplicação de exames não destrutivos;
 » aperfeiçoamento dos sistemas de controle;
 » independentemente da pressão, atender a requisitos mais apurados de 
qualidade e tratamento de água;
 » reduzir a pressão de operação quando possível;
 » empregar combustíveis de melhor qualidade entre outros.
Por apresentar as maiores pressões e consequentemente o maior risco, toda caldeira 
classificada como Categoria “A” deve possuir painel de instrumentos ou console de 
sistema digital instalado em sala de controle. No caso de estabelecimentos com mais 
de uma caldeira, é permitida a instalação dos instrumentos de todas as caldeiras na 
mesma sala de controle.
O projeto e a construção da sala de controle devem atender aos requisitos estabelecidos 
pelas NRs. As portas devem abrir para fora e para o lado oposto das caldeiras.
O manual de operação da caldeira (ou das caldeiras) deve estar sempre disponível 
para consulta dos operadores, em local próximo ao posto de trabalho. Estes devem 
ser mantidos atualizados, sendo que todas as alterações ocorridas nos procedimentos 
operacionais ou nas características das caldeiras deverão ser de pleno conhecimento de 
seus operadores e prontamente incorporados aos respectivos manuais.
Todos os instrumentos e controles que interfiram com a segurança da caldeira deverão 
ser calibrados periodicamente e serem adequadamente mantidos.
A utilização de artifícios como, por exemplo, jumps, que neutralizem os sistemas de 
controle e segurança, será considerada como risco grave e iminente e pode levar à 
interdição da caldeira.
16
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
Utilizar jumps transitórios em situações em que exista redundância ou está sendo feita 
manutenção preventiva, não será considerado como “artifício que neutralize” sistema 
de controle e segurança da caldeira.
A qualidade da água é fator determinante da vida da caldeira. Sempre que 
análises físico-químicas e resultados das inspeções indicarem problemas de 
depósitos excessivos, corrosão e outras deteriorações no lado água, atenção 
especial deverá ser dada a sua qualidade, em particular, verificando se suas 
características estão de acordo com as requeridas pela caldeira.
A responsabilidade pela existência de operadores de caldeiras adequadamente 
treinados é do dono do estabelecimento. A norma define que para ser operador de 
caldeira a pessoa necessitade curso específico e com comprovação de estágio prático. 
O engenheiro de SST deve atentar que a norma prevê que todo operador de caldeira 
deve cumprir um estágio prático na operação da própria caldeira que irá operar, o qual 
deverá ser supervisionado, documentado e ter duração mínima de:
 » Caldeiras Categoria “A”: 80 horas.
 » Caldeiras Categoria “B”: 60 horas.
Deve ser realizada capacitação para reciclagem dos trabalhadores envolvidos direta 
ou indiretamente com a operação das instalações sempre que nelas ocorrerem 
modificações significativas na operação de equipamentos pressurizados ou troca de 
métodos, processos e organização do trabalho. A operação de caldeiras em condições 
operacionais diferentes das previstas em seu projeto pode ser extremamente perigosa. 
São exemplos dessas condições as pressões superiores às de operação, as temperaturas 
de superaquecimento acima das de projeto a utilização de água ou outro fluido diferente 
dos considerados no projeto e a alteração do combustível ou dos queimadores.
Caso a documentação da caldeira tenha se extraviado e não seja possível localizar o 
fabricante, os reparos e alterações deverão respeitar a concepção original.
Antes da execução de qualquer reparo ou alteração que possam comprometer a 
segurança da caldeira ou dos trabalhadores, deverá ser elaborado o respectivo projeto 
de alteração ou reparo que passará a fazer parte da documentação da caldeira.
Os reparos que exigem projeto são aqueles que fogem aos procedimentos usuais de 
manutenção. Por exemplo: não se fará projeto para a substituição de tubo furado. Em 
contrapartida, faz-se necessário o projeto de alteração ou reparo, quando for necessário 
executar solda no tubulão de vapor.
17
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
Reparos ou alterações que envolvam as especialidades de eletricidade, eletrônica 
ou química deverão ser concebidos e assinados por profissionais habilitados para 
cada campo específico. Independentemente dessa necessidade, todo Projeto de 
Alteração ou Reparo deverá ser assinado por PH. Para os profissionais relativos à 
eletricidade e eletrônica rapidamente associamos que a caldeira passa a ter partes 
eletrônicas e elétricas com a evolução da tecnologia. Para o profissional de química, 
nem sempre fica tão evidente. Contudo, quando temos uma necessidade de controle 
absoluto da qualidade da água da caldeia, temos realmente que ter o profissional 
com esta habilitação auxiliando. A norma define exames aos quais as caldeiras 
devem ser submetidas. Esses exames compreendem as inspeções de segurança 
inicial, periódica (prazos definidos no a partir do item 13.4.4.4) e extraordinária.
Exames internos, externos e teste hidrostático, efetuados nas dependências do 
fabricante da caldeira são importantes e necessários, porém não constituem a Inspeção 
de Segurança Inicial, uma vez que os componentes da caldeira podem sofrer avarias 
durante seu transporte, armazenamento e montagem no local definitivo. A inspeção de 
segurança só poderá, portanto, ser realizada quando a caldeira já estiver instalada em 
seu local definitivo.
O teste para determinação da pressão da abertura das válvulas de segurança poderá 
ser executado com a caldeira em operação valendo-se de dispositivos hidráulicos 
apropriados.
Ao completar 25 anos de uso, as caldeiras devem ser submetidas à rigorosa avaliação 
de integridade para determinar a sua vida remanescente e novos prazos máximos para 
inspeção, caso ainda estejam em condições de uso.
As válvulas de segurança instaladas em caldeiras devem ser inspecionadas 
periodicamente mediante acionamento manual da alavanca para caldeiras de categoria 
“B”, excluídas as caldeiras que vaporizem fluido térmico e as que trabalhem com água 
tratada. No caso de válvulas flangeadas ou roscadas, estas devem ser desmontadas, 
inspecionadas e testadas em bancada. As válvulas soldadas devem ser testadas no 
campo com uma frequência compatível com o histórico operacional das válvulas, sendo 
estabelecidos como limites máximos para essas atividades os períodos de inspeção 
estabelecidos nos itens 13.4.4.4 e 13.4.4.5. As válvulas de segurança instaladas em 
caldeiras deverão ser submetidas a Testes de Acumulação em casos específicos definidos 
na norma regulamentadora. O Teste de Acumulação é feito para verificar se a válvula 
(ou válvulas) de segurança instalada em caldeiras tem capacidade de descarregar todo o 
vapor gerado, na máxima taxa de queima, sem permitir que a pressão interna suba para 
valores acima dos valores considerados no projeto (no caso de caldeiras projetadas pelo 
18
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
ASME - American Society of Mechanical Engineers, Seção I, este valor corresponde a 
6% acima da PMTA).
A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita sempre que a caldeira for 
danificada por acidente ou outra ocorrência capaz de comprometer sua segurança; 
quando a caldeira for submetida à alteração ou reparo importante capaz de alterar 
suas condições de segurança; antes de a caldeira ser recolocada em funcionamento, 
quando permanecer inativa por mais de seis meses e quando houver mudança de local 
de instalação da caldeira.
Inspecionada a caldeira, deve ser emitido Relatório de Inspeção. O PH tem 60 dias para 
emitir o seu relatório. Deve-se ficar atento que este prazo inicia após a inspeção e não 
após a caldeira voltar ao funcionamento.
Num prazo máximo de 30 dias a contar do término da inspeção, a representação 
sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento deve ser informada 
da condição operacional da caldeira.
19
CAPÍTULO 2
Vasos de pressão
Assista ao vídeo Vasos de Pressão disponível no tópico da Unidade I.
Por definição, vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão 
interna ou externa. Dessa forma, estão sempre submetidos simultaneamente à pressão 
interna e à pressão externa. Mesmo vasos que operam com vácuo estão submetidos a 
essas pressões, pois não existe vácuo absoluto. O que usualmente denomina-se vácuo 
é qualquer pressão inferior à atmosférica. O vaso é dimensionado, considerando-se a 
pressão diferencial resultante que atua sobre as paredes, que poderá ser maior interna 
ou externamente.
Podem ser construídos de materiais e formatos geométricos variados em função do 
tipo de utilização a que se destinam. Dessa forma, existem vasos de pressão esféricos, 
cilíndricos e cônicos; construídos em aço carbono, alumínio, aço inoxidável, fibra de 
vidro e outros materiais. Já existem até vasos de pressão quadrados com reforços 
internos ligando as paredes opostas, pensados para otimizar o espaço no transporte em 
embarcações.
Os vasos de pressão podem conter líquidos, gases ou misturas destes. Algumas 
aplicações desses vasos são: armazenamento final ou intermediário, amortecimento 
de pulsação, troca de calor, contenção de reações, filtração, destilação, separação de 
fluidos, criogenia etc.
São classificados em categorias segundo o tipo de fluido e o potencial de risco:
 » CLASSE “A”:
 › fluidos inflamáveis;
 › combustível com temperatura superior ou igual a 200 ºC;
 › fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm;
 › hidrogênio;
 › acetileno.
20
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
 » CLASSE “B”:
 › fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC;
 › fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm.
 » CLASSE “C”:
 › vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
 » CLASSE “D”:
 › qualquer outro não enquadrado nas categorias acima. 
Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de risco em função do 
produto “P.V”, em que “P” é a pressão máxima de operação em MPa, e “V”, o seu volume 
geométrico interno em m3, conforme segue:
 » GRUPO 1: P.V ≥ 100;
 » GRUPO 2: P.V < 100 e P.V ≥ 30;
 » GRUPO 3: P.V < 30 e P.V ≥ 2,5;
 » GRUPO 4: P.V < 2,5 e P.V ≥ 1;
 » GRUPO 5: P.V < 1.
As categorias dos vasos de pressão são definidas pela conjunção entre grupo e classe,de acordo com tabela definida em norma, apresentada a seguir.
Tabela 1. Categorias de vasos de pressão.
CLASSE DE FLUIDO
GRUPO DE POTENCIAL DE RISCO
1
P.V≥100
2
P.V<100
P.V≥30
3
P.V<30
P.V≥2.5
4
P.V<2.5
P.V≥1
5
P.V<1
CATEGORIAS
“A”
 » Fluido inflamável, combustível com temperatura igual ou superior a 200 ºC
 » Tóxico com limite de tolerância ≤ 20 ppm
 » Hidrogênio
 » Acetileno
(Alterado pela Portaria SIT no 57, de 19 de julho de 2008)
I I II III III
21
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
CLASSE DE FLUIDO
GRUPO DE POTENCIAL DE RISCO
1
P.V≥100
2
P.V<100
P.V≥30
3
P.V<30
P.V≥2.5
4
P.V<2.5
P.V≥1
5
P.V<1
CATEGORIAS
“B”
 » Combustível com temperatura menor que 200 ºC
 » Tóxico com limite de tolerância > 20 ppm
I II III IV IV
“C”
 » Vapor de água
 » Gases asfixiantes simples
 » Ar Comprimido
I II III IV V
“D”
 » Outro Fluido
(Alterado pela Portaria SIT no 57, de 19 de julho de 2008)
II III IV V V
Fonte: Norma Regulamentadora no 13 - NR13, redação de 28 de setembro de 2017.
Quando um vaso de pressão contiver mistura de fluido, deverá ser considerado para 
fins de classificação o fluido que apresente maior risco aos trabalhadores, instalações e 
meio ambiente, desde que sua concentração na mistura seja significativa, a critério do 
estabelecimento.
Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
 » válvula ou outro dispositivo de segurança com pressão de abertura 
ajustada em valor igual ou inferior ao PMTA, instalada diretamente no 
vaso ou no sistema que o inclui. Entende-se por “outro dispositivo” de 
segurança os dispositivos que têm por objetivo impedir que a pressão 
interna do vaso atinja valores que comprometam sua integridade 
estrutural. São exemplos de “outros dispositivos”: discos de ruptura, 
válvulas quebra-vácuo, plugues, fusíveis etc.;
 » dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula quando 
esta não estiver instalada diretamente no vaso;
 » instrumento que indique a pressão de operação.
Válvulas de segurança-piloto operadas podem ser consideradas como “outro 
dispositivo”, desde que mantenham a capacidade de funcionamento em qualquer 
condição de anormalidade operacional.
Vasos com duas ou mais válvulas de segurança, com bloqueios independentes, são 
utilizados quando se deseja facilidade de manutenção. Pode-se remover uma das 
22
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
válvulas de segurança para reparo ou inspeção, mantendo-se as demais em operação. 
Nesse caso, as válvulas de segurança remanescentes em conjunto, ou isoladamente, 
deverão ser projetadas com suficiente capacidade para aliviar a pressão do vaso.
O “dispositivo que evite o bloqueio inadvertido” do dispositivo de segurança é aplicável 
a vasos de pressão com dois ou mais dispositivos de segurança. São exemplos desses 
dispositivos: válvulas de duas ou mais vias, válvulas-gaveta sem volante ou com volante 
travado por cadeado etc.
Quando o vaso de pressão possuir apenas uma válvula de segurança, não é 
recomendável a existência de bloqueio entre a válvula de segurança e o vaso de 
pressão.
Os instrumentos para indicação de pressão, por exemplo, manômetros, poderão ter 
mostrador analógico ou digital, e a instalação destes poderá ser feita no próprio vaso ou 
em sala de controle apropriada.
Todo vaso de pressão deve ter placa de identificação com as informações do fabricante, 
do número de identificação, do ano de fabricação, da pressão máxima de trabalho 
admissível, da pressão de teste hidrostático, do código de projeto e ano de edição. 
Número de identificação é a identificação alfanumérica, também conhecida 
como tag, item, ou número de ordem atribuído pelo projetista ou 
estabelecimento ao vaso de pressão.
Para efeito do atendimento ao requisito do código de projeto e ano de edição, caso 
não seja conhecido o ano de edição do código, o PH deverá verificar se o equipamento 
sob análise se enquadra nos requisitos da última edição publicada que precedeu o ano 
de fabricação do vaso. Não sendo conhecido o código de projeto original ou o ano de 
fabricação, o vaso deverá ser verificado de acordo com um dos códigos existentes para 
vasos de pressão, que seja aceito internacionalmente.
As informações referentes à identificação do vaso e sua respectiva categoria 
deverão ser pintadas em local onde possam ser facilmente identificadas. 
Opcionalmente à pintura, as informações poderão ser inseridas numa placa 
com visualização equivalente. A pintura deve permitir a rápida identificação do 
equipamento na unidade em situação de emergência.
Ocorrendo vazamentos, incêndio e outros eventos que produzam fumaça, vapores ou 
névoa, a visão dos operadores será prejudicada. Nesses casos, equipes externas que 
entrem na unidade para auxiliar em emergências também são auxiliadas pela boa 
pintura de identificação.
23
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a 
seguinte documentação devidamente atualizada:
 » prontuário do vaso de pressão, a ser fornecido pelo fabricante;
 » registro de segurança;
 » projeto de instalação;
 » projetos de alteração ou reparo;
 » relatórios de inspeção;
 » certificados de calibração dos instrumentos, devidamente atualizados.
Entenda que instrumentos calibrados e devidamente atualizados, não implica em 
calibração anual. Deve-se tomar certo cuidado neste ponto. Calibração não tem prazo 
de validade. É muito comum empresas apresentarem certificados válidos por um ano. 
Para um equipamento de medição perder sua precisão, dependerá de vários fatores, 
entre eles, a sua forma de uso. Havendo um sistema de qualidade na empresa e tendo-
se um profissional responsável (habilitado, normalmente nesses casos um engenheiro 
mecânico, ou engenheiro que tenha cursado metrologia), é possível por meio do 
histórico de certificações e análise crítica estabelecer-se períodos superiores a um para 
realizar a calibração.
Se o estabelecimento onde estiverem instalados os vasos de pressão possuir diversas 
unidades, os documentos deverão estar disponíveis na unidade em que os vasos de 
pressão estiverem instalados, para que possam ser prontamente consultados.
Se os operadores e responsáveis pelos equipamentos não permanecerem no local 
de instalação do vaso de pressão, os documentos devem ficar próximos ao operador 
responsável.
O procedimento para determinação da Pressão Máxima de Trabalho Admissível 
(PMTA) deverá explicar o roteiro para seu estabelecimento, passo a passo, incluindo 
tabelas, ábacos etc. que por ventura sejam consultados. Caso haja interesse por parte do 
estabelecimento, poderá ser adotada como PMTA a pressão de projeto do vaso.
Entende-se por vida útil do vaso o período de tempo entre a data de fabricação e a data 
na qual o vaso tenha sido considerado inadequado para uso. A documentação deve ser 
mantida durante toda a vida útil do vaso de pressão.
A maior parte da documentação exigida, particularmente aquela englobada no 
prontuário do vaso, deve ser fornecida de maneira detalhada pelo fabricante do vaso de 
24
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
pressão. Se o estabelecimento não possuir essa documentação, parte da mesma deverá 
ser reconstituída. A reconstituição dos documentos é sempre de responsabilidade do 
proprietário do vaso de pressão, o que se traduz em serviço executado pelo engenheiro 
de segurança.
Normas técnicas reconhecidas internacionalmente indicam que o cálculo da PMTA 
deve considerar, além da pressão, outros esforços solicitantes, devendo englobar todas 
as partes do equipamento, tais como: conexões, flanges, pescoços de conexões, suportes 
e selas.
O registro de segurança pode ser constituído por um livro de páginas numeradas para 
cada vaso de pressão ou de um livro de páginas numeradas para diversos vasos de 
pressão. É possível que a empresa utilize outro sistema (por exemplo: informatizado) 
desde que, de fato, apresente a mesma segurança contra burla e permita“assinatura 
eletrônica”.
É importante que sejam registradas nesse livro somente as ocorrências que possam 
afetar a integridade física do ser humano. São exemplos típicos dessas ocorrências: 
explosões, incêndios, vazamentos, ruptura de componentes, operação fora dos valores 
previstos, funcionamento irregular das válvulas de segurança, serviços de manutenção 
efetuados.
Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, respiros, 
bocas de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura, quando existentes, 
sejam facilmente acessíveis. Os acessórios, que possam exigir a presença do 
trabalhador para operação, manutenção ou inspeção, devem permitir acesso fácil 
e seguro por meio de escadas, plataformas e outros. Caso de dúvida em relação 
à forma correta destes acessos, pode-se consultar a norma regulamentadora 
que dispõe sobre este assunto. Quando os vasos de pressão forem instalados em 
ambientes confinados, a instalação deve:
 » dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente 
desobstruídas e dispostas em direções distintas. Objetiva-se, dessa 
forma, evitar que, ocorrendo um vazamento, incêndio ou qualquer 
outra possibilidade de risco aos operadores, eles não fiquem 
cercados pelo fogo ou vazamento, dispondo sempre de uma rota de 
fuga alternativa;
 » dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de manutenção, 
operação e inspeção, sendo que, para guarda-corpos vazados, os 
vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas;
25
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
 » dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser 
bloqueadas;
 » dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;
 » possuir sistema de iluminação de emergência. Deverá ser entendido 
como sistema de iluminação de emergência, todo sistema que, em 
caso de falha no fornecimento de energia elétrica, consiga manter 
adequadamente iluminado os pontos estratégicos à operação do vaso 
de pressão. São exemplos desses sistemas: lâmpadas ligadas a baterias 
que se autocarregam nos períodos de fornecimento normal de energia, 
geradores movidos a vapor ou motores a combustão.
Se as condições citadas acima não forem cumpridas, constitui automaticamente em 
situação de risco grave e iminente.
A autoria do projeto de instalação de vasos de pressão é de responsabilidade de PH. 
Sempre que, na elaboração do projeto, o PH solicitar a participação de profissionais 
especializados e legalmente habilitados, eles serão responsáveis pela parte que lhes 
diga respeito, devendo ser explicitamente mencionados como autores das partes que 
tiverem executado.
O projeto de instalação deverá conter pelo menos a planta baixa do estabelecimento, 
com o posicionamento e a categoria de cada vaso de pressão existente na instalação. 
A planta deverá também posicionar instalações de segurança tais como: extintores, 
sistemas de sprinklers, canhões de água, câmaras de espuma, hidrantes etc.
Todos os documentos que compõem o projeto de instalação deverão ser devidamente 
assinados pelos profissionais legalmente habilitados.
Quando uma instalação já existente não possuir os desenhos ou documentos citados, 
ou quando a identificação dos profissionais legalmente habilitados não estiver clara, o 
projeto de instalação deverá ser reconstituído sob autoria de um PH.
Todo vaso de pressão enquadrado nas categorias “I” ou “II” deve possuir Manual 
de Operação próprio que contenha os procedimentos de partidas e paradas, os 
procedimentos e parâmetros operacionais e rotina, os procedimentos para situações de 
emergência e os procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio 
ambiente. O Manual deverá ser mantido atualizado, com todas as alterações ocorridas 
descritas nos procedimentos operacionais ou nas características dos equipamentos. 
Este requisito também é aplicável a navios e a plataformas de exploração e produção 
de petróleo.
26
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
Todos os instrumentos e controles que interfiram com a segurança do vaso de pressão 
deverão ser periodicamente calibrados e adequadamente mantidos.
A utilização de artifícios como, por exemplo, jumps que neutralizem instrumentos ou 
sistemas de controle e segurança, será considerada como risco grave e iminente e pode 
acarretar a interdição do equipamento.
A periodicidade de manutenção e a definição de quais instrumentos e controles dos 
vasos de pressão deverão ser englobados são de responsabilidade de profissionais 
legalmente habilitados para cada especialidade.
O responsável pela existência de operadores de unidades de processo treinados 
adequadamente é o dono do estabelecimento ou seu representante legal.
O Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo deve 
obrigatoriamente ser supervisionado tecnicamente por PH, ser ministrada por 
profissionais capacitados e obedecer, no mínimo, ao currículo no Anexo I- B2 da NR 
13. Deverão ser incluídas no treinamento outras matérias teóricas ou práticas que 
forem julgadas relevantes pelo supervisor técnico do treinamento. O estabelecimento 
onde for realizado o estágio prático supervisionado deve informar previamente à 
representação sindical da categoria profissional predominante no estabelecimento 
o período, responsável e nome dos participantes.
Em relação à reciclagem, é importante a observação por parte do engenheiro de SST 
que, com o passar do tempo, existe tanto o esquecimento dos funcionários quanto a 
obsolescência de procedimentos, e o Engenheiro de Segurança do Trabalho deve 
retreinar a sua equipe, de forma a manter as condições de segurança nas atividades 
exercidas.
A operação de vasos de pressão em condições diferentes das previstas em seu projeto, 
por exemplo, pressões superiores às de operação, temperaturas superiores às 
consideradas no projeto, utilização de fluidos diferentes dos previstos originalmente, 
alterações de geometria, espessura e tipo de material, pode ser extremamente perigosa. 
Sempre que forem efetuadas modificações no projeto do vaso de pressão ou nas suas 
condições operacionais, deverão ser adotados todos os procedimentos de segurança 
necessários. As modificações efetuadas deverão sempre fazer parte da documentação 
do vaso de pressão.
Todos os reparos ou alterações em vasos de pressão devem respeitar ao respectivo 
código de projeto de construção e às prescrições do fabricante. Deve ser considerada 
como “reparo” qualquer intervenção que vise corrigir não conformidades com relação 
ao projeto original. Por exemplo, reparos com solda para recompor áreas danificadas, 
27
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
remoção de defeitos em juntas soldadas ou no metal-base, substituição de internos ou 
conexões corroídas etc.
Deve ser considerada como “alteração” qualquer intervenção que resulte em alterações 
no projeto original, inclusive nos parâmetros operacionais do vaso. Por exemplo, 
alterações nas especificações dos materiais, mudanças de internos ou conexões, 
mudanças de geometria etc.
Caso a documentação do vaso de pressão tenha se extraviado e não seja possível 
localizar o fabricante, os reparos e alterações deverão respeitar a concepção adotada 
originalmente.
Com a constante evolução da tecnologia, em casos particulares e desde que embasado 
pelo PH, poderão ser utilizados procedimentos de cálculo e tecnologias não previstas 
pelo código de projeto. São exemplos desses procedimentos: técnicas de mecânica 
da fratura que permitam a convivência com descontinuidades subcríticas, técnicas 
alternativas de soldagem que dispensem o alívio de tensões, modelagem por elementos 
finitos etc.
Os vasos de pressão devem obrigatoriamente ser submetidos a Teste Hidrostático – 
TH em sua fase de fabricação, com comprovação por meio de laudo assinado por PH, e 
ter o valor da pressão de teste afixado em sua placa de identificação. 
Os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança inicial, periódica 
e extraordinária.
A inspeção de segurança periódica, constituídapor exame externo, interno, deve 
obedecer aos prazos máximos estabelecidos, na NR, para cada categoria (de I a V).
Uma vez que, mesmo fora de operação, alguns vasos poderão sofrer desgaste corrosivo 
acentuado, deverá ser considerada para contagem do prazo de inspeção a data da última 
inspeção de segurança completa, e não a data de início ou retomada de operação.
Vasos de pressão que não permitam o exame interno ou externo por impossibilidade 
física devem ser alternativamente submetidos a exames não destrutivos. São exemplos 
de vasos de pressão que não permitem o exame interno:
 » aqueles que não possuem bocas de visita ou aberturas que permitam a 
passagem de uma pessoa;
 » aqueles cujo diâmetro do casco não permite o acesso de uma pessoa;
 » trocadores de calor com espelho soldado ao casco.
28
UNIDADE I │ CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO
São exemplo de ensaios não destrutivos: ensaio ultrassônico, radiográfico, com líquido 
penetrante, com partículas magnéticas, de estanqueidade, apreciação do histórico de 
operação ou de inspeções anteriores e técnicas de análise leakage before breaking 
(vazamento ocorre sempre antes da ruptura). 
Equipamentos enterrados são exemplos de equipamentos que não permitem acesso 
externo.
Vasos com enchimento interno ou com catalisador podem ter a periodicidade de exame 
interno ampliada, de forma a coincidir com a época da substituição de enchimentos ou 
de catalisador, desde que esta ampliação seja precedida de estudos conduzidos por PH. 
São exemplos de enchimento: argila, carvão ativado, aparas de aço, anéis de Rashig, 
enchimentos orientados.
Não deverão ser considerados como enchimento interno acessórios desmontáveis, tais 
como: bandejas, demister, distribuidores.
Os vasos de pressão que operam abaixo de 0 ºC, chamados vasos criogênicos, 
raramente estão sujeitos a deterioração severa. A inspeção interna frequente 
poderá provocar fenômenos que comprometam sua vida útil. A NR-13 não prevê 
a obrigatoriedade da execução do teste e estabelece prazos para inspeção interna 
de até 20 anos, valor este compatível com o previsto em outras legislações 
internacionais.
As válvulas devem ser testadas mediante remoção da válvula e deslocamento para 
oficina ou no próprio local de instalação. Caso os detalhes construtivos da válvula de 
segurança e da unidade permitam, poderá ser verificada a pressão de abertura, por 
meio de dispositivos hidráulicos, com o vaso de pressão em operação.
A inspeção de segurança extraordinária deve ser feita nas seguintes oportunidades:
 » sempre que o vaso for danificado por acidente ou outra ocorrência que 
comprometa sua segurança;
 » quando o vaso for submetido a reparo ou alterações importantes, capazes 
de alterar sua condição de segurança;
 » antes de o vaso ser recolocado em funcionamento, quando permanecer 
inativo por mais de 12 meses; ou
 » quando houver alteração de local de instalação do vaso.
Tubulações
Com a evolução na normatização exigida para caldeiras e vasos de pressão, parte dos 
sistemas compreendidos por ambos e que não era contemplada passou a ser. Esta parte 
29
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO │ UNIDADE I
são as tubulações. Apesar de incorrer em riscos menores, mesmo assim, apresenta-se 
riscos. 
Empresas que possuem tubulações e sistemas de tubulações enquadradas devem 
possuir um programa e um plano de inspeção que considere, no mínimo, os fluídos 
transportados, a pressão de trabalho, a temperatura de trabalho, os mecanismos 
de danos previsíveis, e as consequências para os trabalhadores, instalações e meio 
ambiente trazidas por possíveis falhas das tubulações. Observe que todos estes aspectos 
estão relacionados aos riscos inerentes a cada tipo de tubulação.
Cada tubulação deve contemplar documentos importantes, sendo estes, especificações 
aplicáveis, fluxograma de engenharia com a identificação da linha e seus acessórios, 
PAR e relatórios de inspeção. Estes documentos devem estar disponíveis, pois podem 
vir a ser cobrados pela fiscalização da autoridade competente do Órgão Regional do 
Ministério do Trabalho e Emprego.
Dispositivos que indiquem de pressão da tubulação devem ser mantidos em boas 
condições operacionais. É importante não apenas estar mostrando, mas ter-se 
identificado os valores máximos de segurança esperados para aquele ponto identificado.
As tubulações de vapor e seus acessórios devem ser mantidos em boas 
condições operacionais, de acordo com um plano de manutenção elaborado 
para o estabelecimento. Tubulações de vapor devem ter proteções contra o 
calor devidamente colocadas. Não apenas pelo viés econômico, pois estaria 
perdendo-se calor desnecessariamente, como protege os trabalhadores. Locais de 
forro, por exemplo, são sempre deixados em segundo plano, mas normalmente 
a tubulação vai passar nesses locais e deve-se ter cuidado, de forma a evitar que 
ocorra algum incêndio e também porque os trabalhadores da manutenção devem 
adentrar nestes espaços com pouco espaço de movimentação. 
As tubulações e sistemas de tubulação devem ser identificáveis segundo 
padronização formalmente instituída pelo estabelecimento, e sinalizadas com 
as cores conforme a NR-26 e a NBR 6493 – Emprego de cores para identificação 
de tubulações.
As tubulações apresentam a necessidade de ter a inspeção inicial e inspeções 
periódicas. Sendo que as últimas devem ser realizadas junto com os sistemas que as 
mesmas estão contempladas (caldeiras ou vaso de pressão). A inspeção periódica de 
tubulações deve ser executada sob a responsabilidade técnica de PH.
Após a inspeção de cada tubulação, sistema de tubulação ou linha, deve ser emitido 
um relatório de inspeção, com páginas numeradas, que passa a fazer parte da sua 
documentação. O prazo para emissão desse relatório é de até 30 (trinta) dias para linhas 
individuais e de até 90 (noventa) dias para sistemas de tubulação. 
30
UNIDADE II
TRABALHO NA 
CONSTRUÇÃO 
CIVIL
A construção civil apresenta grande importância social, em parte, devido à 
grande absorção da mão de obra e ao poder de geração de empregos diretos e 
indiretos. Há de se observar uma característica presente, que os trabalhadores 
são na maioria formados no local de trabalho, nos canteiros de obras. Isto 
ocorre, pois na finalização de uma obra se desfaz o motivo principal da presença 
da firma que está construindo, os trabalhadores são dispensados e a empresa 
fica apenas com parte de seu corpo gerencial. Desta forma, a empresa interfere 
pouco na formação, pois não há porque, teoricamente, se investir em mão de 
obra temporária. Situação verificada por Vargas (1984) e que continua válida 
para os dias de hoje.
Nesse ínterim, se apresenta a responsabilidade por parte do engenheiro de 
segurança de treinar rapidamente esse corpo laboral para que este efetue as 
atividades e ao mesmo tempo consiga interagir com a presença de máquinas e 
equipamentos em ambiente agitado e propenso a ocorrer acidentes.
De forma a trabalhar organizadamente, abordaremos neste capítulo as 
estruturas e superfícies de trabalho, o processo de soldagem e corte a quente e 
os equipamentos de guindar e transportar.
31
CAPÍTULO 1
Estrutura e superfícies de trabalho
Assista ao vídeo Trabalho na Construção Civil – Estrutura e Superfícies de 
Trabalho disponível no tópico da Unidade II.
Quando se está construindo uma edificação, independente da altura que se trabalhe, 
existe a necessidade de fazer o fechamento e o acabamento laterais, com o operário 
trabalhando pelo lado de fora da edificação. Quando temos o trabalho ao nível do solo, 
a parede externa está diretamente acessível ao operário, contudo já bastando termos 
um pavimento acima que se torna necessária a presença de uma estrutura ou uma 
superfície de trabalho. Estas podem se traduzir na utilização de andaimes e plataformas 
de trabalho. Dependendo do tipo de serviço, de manutenção ou do momento da obra, 
vai se optar pela escolha de um tipo específico.
Quando necessitamos colocar em risco um trabalhador, ao ter esse quetrabalhar em 
uma superfície de uso temporário, estamos falando ao mesmo tempo em uma estrutura 
que seja robusta e também leve, ou seja, dimensionada para a situação. Ao falarmos 
em dimensionar algo, incorre diretamente na presença de um engenheiro. De forma a 
tornar isso pragmático e independente da vontade de quem precisa usar um andaime, 
por força de norma, é exigido que o dimensionamento seja feito por profissional 
legalmente habilitado e ainda que se tenha a respectiva ART. Além disso, é necessário 
que as empresas que fabriquem sejam inscritas no CREA.
Ao ser adquirido um andaime, é obrigatório a quem fornece, também por força de 
norma, fornecer instruções técnicas por meio de manuais, contendo especificação 
de materiais, dimensões e posições de ancoragens, entroncamentos e detalhes para 
operação e desmontagem. A melhor prática de trabalho segue exatamente o ditado 
“siga o manual”.
Mencionados o projeto e a aquisição de um andaime, sempre temos associado a 
necessidade de rastreamento posterior, desta forma temos que ter identificação do 
fabricante, referência do tipo, lote e ano de fabricação. Esses devem estar marcados em 
painéis, tubos, pisos e contraventamentos.
Um momento importante na utilização de andaime é a sua montagem e desmontagem, 
visto que ainda não está completamente rígido. É importante então que na montagem 
estejam trabalhando trabalhadores qualificados, utilizando cinto de segurança tipo 
32
UNIDADE II │ TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
paraquedista e ferramentas exclusivamente manuais. A necessidade do trabalhador 
devidamente qualificado, não é apenas pela exposição do mesmo ao risco, é importante 
ressaltar que após a montagem outros usuários utilizarão o andaime e, sendo feita de 
forma indevida, o acidente é previsível. 
Usar qualquer cinto paraquedista também não é recomendado, logo, o cinto deve 
apresentar duplo talabarte (alça), ganchos de abertura mínima de 50 mm e dupla trava. 
A presença de talabarte duplo possibilita que, sempre ao se deslocar, o trabalhador 
prenda um dos ganchos em uma posição futura e desprenda o outro, sempre tendo 
pelo menos um dos ganchos presos. O gancho com dimensão de 50 mm vai facilitar 
a operação de prender e desprender. E por final a dupla trava serve como importante 
redundância.
Ao utilizar as ferramentas exclusivamente manuais, o trabalhador evita o risco a que 
estaria exposto ao utilizar ferramentas que necessitam de fonte de energia elétrica, 
hidráulica ou pneumática, além de reduzir o peso transportado e facilitar o deslocamento.
O que torna o andaime seguro para utilização são sua rigidez e proteções. Por isso 
nunca se deve retirar qualquer dispositivo de segurança dos andaimes ou anular sua 
ação. A superfície do piso do andaime deve ser rígida e antiderrapante, melhor forma 
é que este apresente estrutura do piso metálica com forração completa, nivelado e 
travado. Nas laterais o guarda-corpo e rodapé evitam tanto que o trabalhador caia 
como escorregue para fora do andaime. 
O acesso deve ser feito por escada montada na estrutura do tipo marinheiro, 
externamente montada ao andaime ou por escada de uso coletivo. Considere 
abominação utilizar escadas sobre andaime para acessar lugares mais altos. 
Não se pode deixar de lembrar que, andaimes simplesmente apoiados devem estar 
apoiados em sapatas sobre base sólida e ser fixado à estrutura da edificação por meio de 
amarração e estroncamento, de modo a resistir aos esforços que estiverem submetidos. 
Caso um andaime seja do tipo móvel, deve ser usado em superfícies planas, nunca em 
solo irregular e o mesmo deve apresentar travas, desse modo é sempre importante 
verificar a manutenção das travas para certificar que estejam agindo para travar o 
andaime. 
Para andaimes do tipo fachadeiro é importante que estejam cobertos por tela, pois 
ajuda evitar a queda de algum objeto em quem esteja no nível térreo. Reduz um pouco 
a incidência do vento e serve de anteparo tátil para o trabalhador perceber que ele está 
próximo a borda do andaime. Também apresenta uma função psicológica, pois diminui 
33
TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
o estresse do trabalhador, quando este percebe em que altura que está trabalhando, 
pois a paisagem torna-se translúcida.
Para andaimes suspensos é importante termos presente placa de identificação de forma 
a permitir rastreamento e a mesma deve ter a capacidade de carga indicada. Para a 
segurança do trabalhador ele deverá estar usando cinto tipo paraquedista ligado a 
um cabo guia com trava-quedas. O cabo guia deve estar independentemente ligado à 
estrutura de fixação do andaime, pois se o andaime cair o trabalhador apresenta chance 
de ficar pendurado. 
Ainda sobre andaimes suspensos, o engenheiro de segurança deve verificar se a fixação 
do andaime está de acordo com o especificado em projeto e garantir, por meio de algum 
procedimento, que sempre ao iniciar o trabalho seja verificado o estado da instalação. 
Sempre baseado no projeto, deve-se também garantir que o peso especificado para o 
contrapeso seja invariável e de material tipo concreto, aço ou outro sólido não granulado, 
que não se desfaça por si só.
Os cabos dos andaimes suspensos devem sempre estar em bom estado, logo devem ser 
inspecionados no início das tarefas, nunca devem ser utilizados cabos que não sejam de 
aço, ou seja, cabos de fibras naturais ou artificiais não podem ser utilizados para este 
fim, pois não garantem a segurança. Vale lembrar também que sempre devem existir 
pelo menos 6 voltas sobre o tambor em que o cabo esteja enrolado, de forma que não 
possa ocorrer do cabo se desprender.
Ao ter que utilizar guinchos de elevação, o ideal, por questões de ergonomia e também 
por não provocar o desgaste do trabalhador, seria ter andaimes suspensos motorizados. 
Contudo, na ausência desses, é possível utilizar andaime com guinchos manuais. Os 
guinchos manuais devem possuir segunda trava de segurança por catraca e dotado 
de capa de proteção que deve ser mantida em bom estado de conservação. Qualquer 
possibilidade de dano deve ser verificada e corrigida por empresa especializada no 
assunto.
Pela característica do ambiente da construção civil ser bastante agressivo, o andaime 
suspenso motorizado deve apresentar cabos de alimentação de dupla isolação, tomadas 
e plugs blindados, bom aterramento elétrico, uso de dispositivo diferencial residual 
(DR), de forma a evitar corrente de fuga, fim de curso superior e batente. Além destas 
características deve evitar que o andaime se incline acima de certo grau e também na 
ocorrência de pane, apresente algum mecanismo que possibilite a descida com atuação 
manual.
Outra superfície de trabalho são as plataformas com sistema de movimentação vertical, 
que utilizam pinhão e cremalheira e também as que utilizam força hidráulica como 
forma de propulsão. Da mesma forma só devem ser operadas por trabalhador qualificado 
34
UNIDADE II │ TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
para tal atividade. Esse tipo de equipamento é mais comum em outros países, pois não 
existem tantos fabricantes nacionais. Caso sejam importados, devemos lembrar-nos da 
necessidade de apresentar manuais e que eles sejam traduzidos para língua portuguesa, 
visto que torna mais fácil a passagem da instrução para os trabalhadores brasileiros.
Da mesma forma que os andaimes, os trabalhadores devem utilizar cinto paraquedista 
com cabo guia e trava em estrutura independente da estrutura de sustentação do 
equipamento. Como o equipamento é em boa parte composto de partes metálicas deve 
ser observado com cuidado a instalação na proximidade de redes elétricas.
Como o equipamento tem muita força, é importante o uso de sinalização sonora na 
sua movimentação e deve apresentar também botão de parada de emergência. Sendo 
equipamento movido por eletricidade, os cuidados com a proteção de partes expostas 
de cabos de alimentação, aterramento, dispositivos de proteção elétrica devem estar 
presentes.
Esses equipamentos são muito semelhantesa elevadores, de forma análoga devem 
apresentar motofreio, freio automático de segurança e botoeira de comando de operação 
com atuação por pressão contínua.
O engenheiro de segurança deve antever os possíveis riscos na operação desses 
equipamentos, promover o treinamento antes da utilização e colocar na ordem de 
serviço relativa aos trabalhadores que utilizarão os equipamentos as atribuições, riscos 
e cuidados necessários. 
Outra opção para o trabalhador fazer manutenção externa da fachada do prédio é por 
meio de uma cadeira suspensa, conhecida também como balancim. Nesse caso o uso de 
cabo de aço ou de fibra sintética é possível como cabo de sustentação, pois o peso a ser 
sustentando é inferior.
O processo de subida e descida exige que no cabo tenha-se dupla trava de segurança, 
pois a redundância garante que no caso de falha da primeira trava a segurança possa ser 
acionada. Na situação de utilização da cadeira suspensa o trabalhador vai estar apenas 
sentado na cadeira, de modo que o operador vai precisar ficar fixado por meio de cinto 
na cadeira. De forma análoga às plataformas e andaimes, o funcionário deve utilizar 
cinto paraquedista com o trava-quedas acoplado a um cabo guia independente. Caso a 
edificação seja elevada, os pontos de ancoragens já devem estar previamente previstos 
antes da construção e devem estar dimensionados para um fator de segurança em torno 
de 15, que provoca que o ponto de ancoragem seja capaz de suportar carga pontual de 
1.500Kgf., isto de acordo com definido em norma. 
35
CAPÍTULO 2
Soldagem e corte a quente
Assista ao vídeo Soldagem e Corte a Quente disponível no tópico da 
Unidade II.
Em todo processo de construção existe a montagem de peças metálicas cuja união é 
feita por soldagem. Para o entendimento dos riscos presentes neste processo, deve-se 
ter uma noção básica dos tipos possíveis de solda, sendo as principais: arco elétrico, 
maçarico (oxiacetileno) e brasagem. Esses processos não são exclusivos da construção 
civil, mas por questão da importância foi incluso nessa unidade.
Tipos de processos
No processo por arco elétrico existe a fusão por corrente elétrica entre os metais, sendo 
com grande consumo de eletrodo os processos MMA/SMAW (Manual Metal Arc, ou 
comumente eletrodo revestido), MIG (Metal Inert Gas), MAG (Metal Active Gas) e 
com pouco consumo de eletrodo o processo TIG (Tungstênio Inert Gas).
Figura 1. Exemplo de solda MMA.
Fonte: <https:// universodasoldagem.files.wordpress.
com/2010/01/solda05.gif>.
Figura 2. Exemplo de solda MIG/MAG.
Fonte: Marques (2005).
Figura 3. Exemplo de solda TIG.
Fonte: <https://clipartxtras.com/download/
c33e37b1ab2eeaf2a5600d417b5583b73ec7014b.html>.
Figura 4. Maçarico – de solda oxiacetilênica.
Fonte: Marques (2005).
36
UNIDADE II │ TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
No processo por arco maçarico tem-se a utilização de gás para criar a chama, podendo 
ser composto por acetileno/GLP (ou outro) + O2. Existem dois tipos de maçaricos: os 
misturadores e os injetores, sendo um para solda (adição de metal com fusão) e o outro 
para o oxicorte (corte de chapa por oxidação).
No processo por brasagem é feita a fusão de metal ou ligas com baixo ponto de fusão em 
relação ao material que se deseja fazer uma união. Pode ser realizada a brasagem em 
fornos, por imersão em banho de sal, por chama automática ou também por maçarico. 
Outro tipo de solda também considerada no processo de brasagem é a de componentes 
eletrônicos com liga de Pb-Sn.
Riscos e prevenção associados ao processo 
Dos processos mencionados tem-se a produção de fumos metálicos, podendo ser 
proveniente do metal que está sendo soldado (por exemplo, se for uma chapa 
galvanizada, temos manganês, cromo, níquel, zinco em altas concentrações) ou 
proveniente do tipo de eletrodo (comumente em solda a arco elétrico, tendo-se 
maior quantidade de fumos se há consumo do eletrodo).
Os eletrodos têm composição variável, os mais comuns têm o interior (alma) de ferro e 
revestidos de um fundente. Os usados em solda MAG e MIG são de um arame contínuo 
com alma de ferro e fundente de cobre. Havendo ainda os tipos celulósicos (alto teor de 
material orgânico), rutílico (alto teor de TiO2), ilmenítico (ferro, titânio e manganês), 
básico (cal e fluorita) e pó de ferro (ferro e silicatos).
Podem ainda existir eletrodos do tipo: carbono, níquel, silício, molibdênio, zircônio, 
alumínio, cálcio, sódio, potássio, magnésio, cobre, cádmio e fluoretos.
A maior ou menor exposição a fumos varia com:
 » voltagem e amperagem da corrente elétrica;
 » composição das peças soldadas;
 » composição dos eletrodos;
 » consumo dos eletrodos;
 » prática do soldador (velocidade da soldagem);
 » ventilação do local;
 » processo de soldagem;
 » existência de óleos (ou outras substâncias) protetores nas chapas.
37
TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
Os tamanhos das partículas de fumos metálicos desprendidas das soldas por arco 
elétrico variam entre 0,001 a 2 mm. A retenção alveolar é maior nas partículas de 1 a 5 
mm, em geral sendo menor que 10% do total.
Como exemplo de avaliação ambiental os autores Borras e Lopes em 1981, estimaram 
a probabilidade de exceder-se o TLV (threshold limit value) de fumos de solda por 
consumo semanal de eletrodos, com 30 Kg/semana teria 65% de probabilidade, com 
50 Kg/semana 85% de probabilidade e com 75 Kg/semana 93% de probabilidade de 
exceder o TLV. 
É importante que o engenheiro de segurança estude o tipo de composição do eletrodo 
utilizado no processo de sua fábrica e então avaliar se pode ou não existir o risco ao 
expor os trabalhadores aos fumos de solda.
Dependendo do tipo de fumos, as seguintes exposições estão associadas:
 » Exposição aos fluoretos: se o eletrodo é o básico (cal e fluorita), deve-se 
pensar em risco de fluorose ocupacional – doença grave e incapacitante 
que leva a uma calcificação dos ligamentos. 
 » Exposição excessiva ao cromo hexavalente: altamente cancerígeno. No 
aço inox, por exemplo, o nível de cromo hexavalente chega a 20 a 25%.
 » Exposição ao cádmio: extremamente lesivo aos rins e ao pulmão, 
causando enfisema do cádmio. Também causa descoloração do colo dos 
dentes e anosmia (perda total do olfato). 
 » Exposição ao níquel: provoca febre dos fumos metálicos e sensibilização 
cutânea (alergia). O aço inox tem também elevados teores deste metal, 
até 15%.
 » Exposição ao manganês: provoca manganismo, doença grave 
incapacitante e irreversível (Parkinson Mangânico). 
 » Exposição ao zinco: as chapas galvanizadas emitem grande quantidade 
de fumos de zinco, mesmo em solda a ponto. É irritante e pode causar 
febre dos fumos metálicos.
De forma a diminuir a exposição deve-se organizar o sítio de soldagem para que se 
possa fazer a correta exaustão dos fumos. Desta maneira, o engenheiro de SST deve 
atentar também ao funcionamento correto de exaustores e verificar se a exaustão é 
suficiente para retirar os fumos do local. Uma exaustão correta ajuda na retirada dos 
fumos do local e contribui para diminuir a temperatura que o trabalhador fica exposto.
38
UNIDADE II │ TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Outro risco a ser observado no processo de soldagem é a presença das radiações não 
ionizantes, uma vez que as radiações infravermelha e ultravioleta estão presentes em 
operações com solda elétrica.
Os efeitos da exposição a essas radiações são caracterizados por perturbações visuais 
(conjuntivites, cataratas), queimaduras, lesões na pele, câncer de pele não melanoma e 
outras doenças crônica. 
Para que haja o controle da ação das radiações para o trabalhador é preciso que se 
tomem medidas de proteção coletiva, por exemplo, isolamento da fonte de radiação 
(ex.: biombo protetor para operação em solda), pois não só o soldador pode estar 
exposto, mas outro trabalhador que passa pelo local deve estar protegido. 
Medidas de proteção individual: fornecimento de EPI adequado ao risco (ex.: avental, 
luva, perneira e mangote de raspa para soldador, óculos paraoperadores de forno etc.).
Deve ser dada uma atenção especial ao tipo de máscara de soldagem utilizada, pois 
existem diferentes graus de intensidade de luz que cada processo de solda produz. 
Por exemplo, existe um modelo específico para uso com maçarico que não deve ser 
usado nos processos MIG/MAG, pois não oferece proteção efetiva.
Deve ser dada atenção também às altas temperaturas, pois podem provocar 
desidratação, erupção da pele, câimbras, fadiga física, distúrbios psiconeuróticos, 
problemas cardiocirculatórios e insolação.
Em ambientes de trabalho que envolva operação de soldagem, há a necessidade de 
disponibilizar ao trabalhador o acesso a beber água, de forma a hidratar e ajudar 
no processo de resfriamento corporal, uma vez que os EPIs para o processo de 
soldagem ajudam a proteger contra a radiação não ionizante, mas aumentam muito 
a temperatura corpórea. 
O conjunto oxiacetilênico deve estar em carrinho apropriado, amarrado com corrente 
ou outro dispositivo de fixação adequado. As mangueiras não devem ter rachaduras e 
devem ser fixadas com abraçadeiras apropriadas. Quando não estiverem em uso, as 
mangueiras devem estar despressurizadas. Devem dispor de válvulas de retrocesso e 
corta chama e dispor de unidades extintoras e mangueiras de incêndio no local.
As mangueiras têm cores distintas: verde/oxigênio e vermelho/acetileno. O 
equipamento de oxigênio não deve ser manipulado ou lubrificado com material de 
origem orgânica. Quando armazenado ou fora de operação deve ser mantido com o 
capacete no lugar. O cilindro de acetileno não pode sofrer choque ou aquecimento 
por chama direta. Deve-se verificar que o conjunto não faça contato com nenhum 
circuito elétrico.
39
CAPÍTULO 3
Transporte e armazenamento
Assista ao vídeo Transporte e Armazenamento disponível no tópico da 
Unidade II.
Não existe como ser feita qualquer construção sem o transporte de materiais e 
pessoas, desde pequenos trabalhos, os quais se exige o carregamento de ferramentas, 
materiais avulsos até grandes empreendimentos de metros de altura. E vários são os 
meios de se fazer esta atividade podendo ser, por exemplo, por elevadores, guindastes, 
transportadores industriais, ou máquinas transportadoras e não menos importante o 
próprio trabalhador.
Equipamento de transporte – empilhadeira
Um método de transporte é utilizando empilhadeira, para operá-la o trabalhador deve 
sempre portar cartão de identificação em lugar visível, com nome e fotografia, de forma 
que não haja equivoco em relação ao trabalhador habilitado a utilizar o equipamento.
As empilhadeiras devem portar buzina, que deve ser utilizada não apenas para solicitar 
que alguém saia da frente do deslocamento da empilhadeira, deve também usar em 
situações em que a empilhadeira esteja se deslocando e haja um cruzamento no qual 
não é possível visualizar se existe tráfego, já que a empilhadeira não permite frenagem 
brusca, nem tão pouco modificar a direção devido à inércia e o centro de gravidade 
relativamente altos.
Em locais fechados não se deve utilizar empilhadeiras a combustão, visto que os gases 
liberados são tóxicos e este modelo não apresenta tratamento no próprio equipamento 
que permita tornar os gases liberados inertes, apresentando esse equipamento a 
empilhadeira poderá ser usada, contudo o gasto com este tipo de instalação somada à 
compra da empilhadeira a combustão vai ser quase igual à de adquirir uma empilhadeira 
elétrica. 
A empilhadeira é construída segundo o princípio da “gangorra”, no qual a carga, nos 
garfos, é equilibrada pelo peso da máquina. O centro de rotação ou o “apoio da gangorra” 
é o centro das rodas dianteiras. Mesmo a empilhadeira com 4 rodas segue este princípio. 
Caso a carga se encontre com centro de carga fora do triângulo ela vai tombar. 
40
UNIDADE II │ TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Figura 5. Triângulo de estabilidade de empilhadeira.
 
Eixo traseiro de direção 
Rodas de tração 
Fonte: SENAC (2014).
Não se deve utilizar a empilhadeira para transportar pessoas, mesmo que seja em 
contêineres aramados fechados, as empilhadeiras são para transporte de carga, o 
trabalhador que está conduzindo a empilhadeira está protegido pela célula de vida que 
envolve a cabine. Além da falta de proteção que evite que o contêiner se desprenda 
do garfo e caia, haveria que ter uma proteção projetada por profissional habilitado, 
de forma que protegesse o corpo inteiro em caso de uma queda. Na construção civil 
outro fator de enorme relevância é a irregularidade do terreno o que aumenta muito a 
instabilidade do equipamento tornando seu uso ainda mais inseguro para o transporte 
de pessoas.
Aproveito para elencar algumas recomendações para utilização da empilhadeira:
 » antes de operar a empilhadeira, faça a inspeção diária;
 » inspecione sempre toda a área ao redor da empilhadeira, antes de 
movimentá-la, e lembre-se de que as partidas e paradas devem ser feitas 
de forma vagarosa e suave;
 » não deixe ferramentas ou outros equipamentos sobre empilhadeiras. 
Mantenha desobstruído o acesso aos pedais, para maior segurança, e 
nunca opere com os pés e as mãos molhados ou sujos de óleo ou graxa;
 » mantenha os garfos a mais ou menos a 20 cm do solo e a torre inclinada 
para trás, quando a empilhadeira estiver em movimento. Nunca levante 
ou abaixe a carga enquanto a empilhadeira estiver em movimento; 
 » nunca faça acrobacias, corridas ou brincadeiras enquanto estiver 
operando a empilhadeira;
 » ao elevar e/ou manobrar carga de grande largura, cuidado com o 
movimento desta; 
 » ao estacionar em área apropriada, incline a torre de elevação para a 
frente; abaixe os garfos até o solo; aplique o freio de estacionamento; 
retire a chave do contato e calce as rodas, quando em declive; 
41
TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE II
 » ao transportar cargas volumosas que lhe obstruam a visão, ao descer 
rampas, faça-o de ré;
 » calce seguramente o veículo que está sendo carregado ou descarregado. 
Equipamento de transporte – elevadores
Assista ao vídeo Elevadores disponível no tópico da Unidade II.
Ou sobe ou desce, são poucas opções, mas quando se relata um acidente com elevador 
de obra é praticamente certo que se fala em morte. Devem-se redobrar precauções em 
relação a este equipamento devido à gravidade do risco associado.
Como todo equipamento que envolve questões de risco de acidente fatal em caso 
de falha, os elevadores sempre devem ter os serviços relacionados à montagem, 
instalação e desmontagem sendo realizados por profissional habilitado qualificado 
e sob supervisão de profissional habilitado. As empresas que trabalham nestes 
serviços também devem ser registradas no respectivo CREA. Ao ter a tratativa com 
a empresa deve ser observado que a responsabilidade do profissional legalmente 
habilitado seja na atribuição técnica compatível.
A empresa usuária de equipamentos de movimentação e transporte de materiais 
e ou pessoas deve possuir o seu “Programa de Manutenção Preventiva” conforme 
recomendação do locador, importador ou fabricante. O Programa de Manutenção 
Preventiva deve ser mantido junto ao Livro de Inspeção do Equipamento, a parte da 
organização de documentação deve ser verificada pelo engenheiro de segurança, mesmo 
que faça parte de outra equipe da empresa, a exemplo, equipes de manutenção.
Não deve ser permitido que se use chave do tipo comutadora e/ou reversora para 
comando elétrico de subida, descida ou parada do elevador. Em empresas maiores não 
é comum que o uso venha a ocorrer, mas existem empresas que na tentativa de cortar 
custos podem proceder da maneira inadequada ao fazer a instalação do equipamento. 
Deve ser realizado teste dos freios de emergência dos elevadores na entrega para início 
de operação e, no máximo, a cada noventa dias, devendo o laudo referente a estes testes 
ser devidamente assinado pelo responsável técnico pela manutenção do equipamento 
e os parâmetros utilizados devem ser anexados ao Livro de Inspeção do Equipamento 
existente

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