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Geografia_4serie_EF_I 2007 2

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Caros professores,
Neste banco de questões coloquei textos e atividades procurando fazer sugestões para todos os capítulos e conteúdos do livro de Geografia. São idéias para ajudá-los no seu dia-a-dia e na elaboração de avaliações. Fique à vontade para fazer modificações que tornem essas questões mais adequadas à sua turma e ao seu trabalho.
Um abraço, 
Cecília 
	CONTEÚDOS / CAPÍTULOS
	QUESTÕES
	Como eu vejo o planeta Terra
	1, 2, 3, 4
	O modo como minha turma vê o planeta Terra
	5, 6
	Viagem ao centro do planeta Terra
	7, 8
	Por que somos uma sociedade insustentável?
	9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22
	Comunidades tradicionais
	23, 24, 25
	Hábitos de consumo
	26, 27, 28, 29, 30, 31, 32
	Sociedade insustentável e sociedade sustentável: é possível fazer essa mudança?
	9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22
	Mudança de hábitos alimentares, mudança no uso do solo
	33, 34, 35, 36, 37, 38
	Vivências de consumidores responsáveis
	39, 40
QUESTÃO 01 (Descritor: comprovar as mudanças provocadas pelo desenvolvimento dos meios de comunicação.)
Assunto: Como eu vejo o planeta Terra
Reflita sobre a afirmativa:
O uso dos satélites artificiais nos meios de comunicação possibilitou uma revolução no nosso dia-a-dia.
Dê dois exemplos que comprovem essa afirmativa.
Leia a reportagem que fala de uma modelo americana e responda às questões 2, 3 e 4.
Cidadania
A INCRÍVEL HISTÓRIA DA GAROTA QUE VIROU MODELO PARA SALVAR O PLANETA
Summer Rayne trocou os corredores da universidade pelas passarelas da moda. E não foi para se jogar no glamour do mundinho fashion
Por Emiliano Urbim
Revista Capricho - 11/2006
[img01]Summer Rayne era uma cê-dê-efe bem popular nos corredores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Aos 17 anos, cursando ecologia, ela já tinha uma carreira acadêmica de sucesso (suas pesquisas sobre meio ambiente a tornaram respeitada até entre professores) e ainda era considerada uma das mulheres mais bonitas do campus. Só que ela não estava satisfeita. Summer achava que tudo aquilo que estudava deveria chegar ao grande público, e não ficar restrito às salas de aula da faculdade. E foi por isso que, ao ser descoberta por uma agência de modelos de Nova York, ela resolveu usar a nova carreira para alcançar os objetivos da antiga. Em 6 meses, Summer Rayne Oakes se tornou a primeira (e até agora única) "ecomodel" do mundo. 
"Não lembro quem inventou o apelido, mas logo todo mundo começou a me chamar assim. Acho engraçado, parece nome de super-herói, algo entre o Capitão Planeta e a Mulher-Maravilha", diz Summer, que hoje tem 22 anos. O apelido pegou rápido porque ela aproveitava todos os desfiles e sessões de foto que tinha para "dar uma palhinha" sobre meio ambiente. Não precisa nem dizer que o povo da moda virava o nariz pro papo ambientalista.
Summer percebeu que, do jeito que a coisa ia, logo ela passaria de ecomodel a ecochata. Para evitar o desastre, resolveu ir atrás de estilistas que seguissem não só as tendências do mercado, mas também sua ideologia. Para ela, além de não agredir a natureza, a produção da roupa teria que respeitar condições justas de trabalho. Descobrir quem estava ou não dentro dessas regras era quase uma investigação, mas Summer acabou encontrando pessoas com preocupações parecidas com a sua. Desde 2003, ela só fotografa vestindo peças que respeitem sua cartilha de consumo consciente (normalmente, são peças de marcas alternativas, como Earth Bitch, Loomstate e coolnotcruel). Logo, Summer virou a principal porta-voz de um movimento que mistura ecologia, sociologia e design: a Moda Sustentável.
"O lance é usar a moda para falar de assuntos importantes, como poluição, lixo industrial, trabalho escravo e oligopólios econômicos", explica Summer. "É importante que as pessoas saibam que a indústria têxtil gasta 400 bilhões de dólares por ano em herbicidas, pesticidas e tintas tóxicas e que existem 40 milhões de pessoas produzindo roupas em péssimas condições de trabalho no terceiro mundo." O discurso articulado rende convites para palestras em escolas, universidades e empresas - até na ONU ela já falou.
Summer também passou a escrever para revistas e já foi apresentadora de projetos multimídia que combinam meio ambiente, moda e viagem. O mais recente é Style Trek, programa da rede PBS (a TV Cultura dos Estados Unidos), que ela descreve como "uma viagem visual que conecta desde a plantação de algodão até um ensaio em uma revista de moda". Ela também virou empresária: criou a S4, consultoria especializada em moda sustentável.
Summer sabe que ainda há muito para fazer, mas o impacto de suas ações já é sentido em coisas pequenas, como o prêmio de "Ecomodel mais quente", que recebeu de uma revista ecologista chamada Grist, ou em coisas grandes, como o fato de que marcas importantes como Levi's e celebridades como Bono estão lançando linhas de tecidos orgânicos e material reciclado. "Há uns 5 anos, eram uns 30 designers no mundo fazendo ecofashion. Hoje são uns 300. Não me sinto mais sozinha."
Summer Rayne era bem popular nos corredores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Aos 17 anos, cursando ecologia, ela já tinha uma carreira acadêmica de sucesso (suas pesquisas sobre meio ambiente a tornaram respeitada até entre professores) e ainda era considerada uma das mulheres mais bonitas do campus. Só que ela não estava satisfeita. Summer achava que tudo aquilo que estudava deveria chegar ao grande público, e não ficar restrito às salas de aula da faculdade. E foi por isso que, ao ser descoberta por uma agência de modelos de Nova York, ela resolveu usar a nova carreira para alcançar os objetivos da antiga. Em 6 meses, Summer Rayne Oakes se tornou a primeira (e até agora única) "ecomodel" do mundo. 
"Não lembro quem inventou o apelido, mas logo todo mundo começou a me chamar assim. Acho engraçado, parece nome de super-herói, algo entre o Capitão Planeta e a Mulher-Maravilha", diz Summer, que hoje tem 22 anos. O apelido pegou rápido porque ela aproveitava todos os desfiles e sessões de foto que tinha para "dar uma palhinha" sobre meio ambiente. Não precisa nem dizer que o povo da moda virava o nariz pro papo ambientalista.
Summer percebeu que, do jeito que a coisa ia, logo ela passaria de ecomodel a ecochata. Para evitar o desastre, resolveu ir atrás de estilistas que seguissem não só as tendências do mercado, mas também sua ideologia. Para ela, além de não agredir a natureza, a produção da roupa teria que respeitar condições justas de trabalho. Descobrir quem estava ou não dentro dessas regras era quase uma investigação, mas Summer acabou encontrando pessoas com preocupações parecidas com a sua. Desde 2003, ela só fotografa vestindo peças que respeitem sua cartilha de consumo consciente (normalmente, são peças de marcas alternativas, como Earth Bitch, Loomstate e coolnotcruel). Logo, Summer virou a principal porta-voz de um movimento que mistura ecologia, sociologia e design: a Moda Sustentável.
"O lance é usar a moda para falar de assuntos importantes, como poluição, lixo industrial, trabalho escravo e oligopólios econômicos", explica Summer. "É importante que as pessoas saibam que a indústria têxtil gasta 400 bilhões de dólares por ano em herbicidas, pesticidas e tintas tóxicas e que existem 40 milhões de pessoas produzindo roupas em péssimas condições de trabalho no terceiro mundo." O discurso articulado rende convites para palestras em escolas, universidades e empresas - até na ONU ela já falou.
Summer também passou a escrever para revistas e já foi apresentadora de projetos multimídia que combinam meio ambiente, moda e viagem. O mais recente é Style Trek, programa da rede PBS (a TV Cultura dos Estados Unidos), que ela descreve como "uma viagem visual que conecta desde a plantação de algodão até um ensaio em uma revista de moda". Ela também virou empresária: criou a S4, consultoria especializada em moda sustentável.
Summer sabe que ainda há muito para fazer, mas o impacto de suas ações já é sentido em coisas pequenas,como o prêmio de "Ecomodel mais quente", que recebeu de uma revista ecologista chamada Grist, ou em coisas grandes, como o fato de que marcas importantes como Levi's e celebridades como Bono estão lançando linhas de tecidos orgânicos e material reciclado. "Há uns 5 anos, eram uns 30 designers no mundo fazendo ecofashion. Hoje são uns 300. Não me sinto mais sozinha."
(Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/conteudo_225961.shtml - acesso em 10/05/2007)
QUESTÃO 02 (Descritor: identificar uma visão do planeta Terra e ações relacionadas a ela.)
Assunto: Como eu vejo o planeta Terra
Ao ler a reportagem, você pôde conhecer um pouco a modelo Summer Rayne e a sua visão do planeta Terra.
a) Que problema mundial ela pretende ajudar a diminuir?
b) O que é a moda sustentável?
c) De que maneiras Summer Rayne luta pelos seus ideais?
d) Suas ações têm gerado bons resultados? Dê dois exemplos.
QUESTÃO 03 (Descritor: comparar maneiras de perceber o planeta Terra.)
Assunto: Como eu vejo o planeta Terra
A sua visão do planeta Terra se parece com a visão de Summer Rayne? Explique sua resposta.
QUESTÃO 04 (Descritor: propor ações transformadoras coerentes com a própria visão do planeta.)
Assunto: Como eu vejo o planeta Terra
a) Estamos diante de inúmeros problemas da atualidade. Faça uma lista com três problemas do mundo atual.
b) Summer Rayne é uma modelo que luta pela preservação do meio ambiente através da moda.
Você é um estudante. Escolha um dos problemas que você listou e escreva um parágrafo dizendo de que maneira você pode contribuir para a sua solução. 
Severn Suzuki era uma menina canadense de 13 anos quando fez um discurso durante a ECO 92 realizada no Rio de Janeiro.
Ela não parou ali. Cresceu, continuou a estudar e disseminar seu conhecimento e luta por um mundo mais justo e ecologicamente correto. Formou-se como Bacharel em Ciências, Ecologia e Biologia Evolutiva na Universidade de Yale e, recentemente, fez Mestrado em Etobotânica. Fez parte do gabinete do secretário geral da ONU, Mr. Koffi Anan, como consultora especial, quando apresentou o trabalho "Reconhecimento da Responsabilidade das Nações Unidas para um Mundo com Desenvolvimento Sustentado", em Joanesburgo - África do Sul.
Leia o discurso que ela fez há 15 anos e responda às questões 5 e 6.
DISCURSO DE SEVERN CULLIS-SUZUKI, DE JUNHO DE 1992:
"Olá! Eu sou Severn Suzuki. Represento, aqui na ECO, a Organização das Crianças em Defesa do Meio Ambiente. Somos um grupo de crianças canadenses, de 12 e 13 anos, tentando fazer a nossa parte, contribuir. Vanessa Sultie, Morgan Geisler, Michelle Quigg e eu. Foi através de muito empenho e dedicação que conseguimos o dinheiro necessário para virmos de tão longe, para dizer a vocês, adultos, que têm que mudar o seu modo de agir.
Ao vir aqui, hoje, não preciso disfarçar meu objetivo: estou lutando pelo meu futuro. Não ter garantia quanto ao meu futuro não é o mesmo que perder uma eleição ou alguns pontos na bolsa de valores. Estou aqui para falar em nome das gerações que estão por vir. Estou aqui para defender as crianças que passam fome pelo mundo e cujos apelos não são ouvidos. Estou aqui para falar em nome das incontáveis espécies de animais que estão morrendo em todo o planeta, porque já não têm mais aonde ir. Não podemos mais permanecer ignorados!
Eu tenho medo de tomar sol por causa dos buracos na camada de ozônio. Eu tenho medo de respirar este ar, porque não sei que substâncias químicas o estão contaminando. Eu costumava pescar em Vancouver, com meu pai, até que, recentemente, pescamos um peixe com câncer. E agora, temos o conhecimento que animais e plantas estão sendo destruídos e extintos dia após dia.
Eu sempre sonhei em ver grandes manadas de animais selvagens, selvas e florestas tropicais repletas de pássaros e borboletas. E hoje, eu me pergunto se meus filhos vão poder ver tudo isso. Vocês se preocupavam com essas coisas quando tinham a minha idade?
Tudo isso acontece bem diante dos nossos olhos e, mesmo assim, continuamos agindo como se tivéssemos todo o tempo do mundo e todas as soluções. Sou apenas uma criança e não tenho todas as soluções, mas, quero que saibam que vocês também não as têm.
Vocês não sabem como reparar os buracos na camada de ozônio. Vocês não sabem como salvar os peixes das águas poluídas. Vocês não podem ressuscitar os animais extintos. E vocês não podem recuperar as florestas que um dia existiram onde hoje há desertos. Se vocês não podem recuperar nada disso, por favor, parem de destruir!
Aqui, vocês são os representantes de seus governos, homens de negócios, administradores, jornalistas ou políticos, mas, na verdade, vocês são mães e pais, irmãs e irmãos, tias e tios. E todos, também, são filhos.
Sou apenas uma criança, mas sei que todos nós pertencemos a uma sólida família de 5 bilhões de pessoas, e que, ao todo, somos 30 milhões de espécies compartilhando o mesmo ar, a mesma água e o mesmo solo. Nenhum governo, nenhuma fronteira poderá mudar esta realidade.
Sou apenas uma criança, mas sei que esses problemas atingem a todos nós e deveríamos agir como se fôssemos um único mundo rumo a um único objetivo. Estou com raiva, não estou cega e não tenho medo de dizer ao mundo como me sinto.
No meu país geramos tanto desperdício! Compramos e jogamos fora, compramos e jogamos fora, compramos e jogamos fora... E nós, países do Norte, não compartilhamos com os que precisam. Mesmo quando temos mais do que o suficiente, temos medo de perder nossas riquezas, medo de compartilhá-las. No Canadá, temos uma vida privilegiada, com fartura de alimentos, água e moradia. Temos relógios, bicicletas, computadores e aparelhos de TV.
Há dois dias, aqui no Brasil, ficamos chocados quando estivemos com crianças que moram nas ruas. Ouçam o que uma delas nos contou: "Eu gostaria de ser rica; e, se o fosse, daria a todas as crianças de rua alimentos, roupas, remédios, moradia, amor e carinho". Se uma criança de rua, que nada tem, ainda deseja compartilhar, por que nós, que temos tudo, somos ainda tão mesquinhos?
Não posso deixar de pensar que essas crianças têm a minha idade e que o lugar onde nascemos faz uma grande diferença. Eu poderia ser uma daquelas crianças que vivem nas favelas do Rio. Eu poderia ser uma criança faminta da Somália, ou uma vítima da guerra no Oriente Médio, ou, ainda, uma mendiga na Índia.
Sou apenas uma criança mas, ainda assim, sei que se todo o dinheiro gasto nas guerras fosse utilizado para acabar com a pobreza, para achar soluções para os problemas ambientais, que lugar maravilhoso a Terra seria!
Na escola, desde o jardim da infância, vocês nos ensinaram a sermos bem-comportados. Vocês nos ensinaram a não brigar com as outras crianças, a resolver as coisas da melhor maneira, a respeitar os outros, a arrumar nossas bagunças, a não maltratar outras criaturas, a dividir e a não sermos mesquinhos. Então por que vocês fazem justamente o que nos ensinaram a não fazer?
Não esqueçam o motivo de estarem assistindo a estas conferências e para quem vocês estão fazendo isso. Vejam-nos como seus próprios filhos. Vocês estão decidindo em que tipo de mundo nós iremos crescer. Os pais devem ser capazes de confortar seus filhos dizendo-lhes: "Tudo vai ficar bem, estamos fazendo o melhor que podemos, não é o fim do mundo." Mas, não acredito que possam nos dizer isso. Nós estamos em suas listas de prioridades?
Meu pai sempre diz: "Você é aquilo que faz, não o que diz." Bem... O que vocês fazem nos faz chorar à noite. Vocês, adultos, dizem que nos amam... Eu desafio vocês: por favor, façam com que suas ações reflitam as suas palavras.
Obrigada!
QUESTÃO 05 (Descritor: analisar uma visão do planeta Terra.)
Assunto: O modo como minha turma vê o planeta Terra
Após ler o discurso, responda:
a) O que a menina canadense estava reivindicando em seu discurso?
b) Você concorda com o que ela disse? Justifique.
b) Esse discurso poderia ter sido feito hoje? Justifique.
QUESTÃO 06 (Descritor: posicionar-se frente aos problemas mundiais.)
Assunto: O modo como minha turma vê o planetaTerra
Quinze anos se passaram depois desse discurso. O que foi feito? 
Escreva uma carta para os representantes dos países na ONU descrevendo a situação do planeta e o que mudou em quinze anos. Apresente reivindicações, se achar necessário. 
Leia esse texto sobre o GPS e responda ás questões 7 e 8.
TECNOLOGIA
Será que São Longuinho vai se aposentar?
Você conhece São Longuinho? É o santo a quem apelamos quando perdemos alguma coisa: "São Longuinho, São Longuinho, se eu achar tal coisa eu dou três (ou quantos quiser) pulinhos!" Pois agora criaram uma espécie de São Longuinho via satélite. 
Através dos GPS (global positioning systems, em inglês, que quer dizer "sistemas de posicionamento global"), um conjunto de 24 satélites e seis estações de monitoramento aqui na Terra, cada metro quadrado da Terra tem um único endereço. Isso quer dizer que a gente pode localizar o que quiser com um aparelho de GPS: desde objetos até pessoas! 
Um grupo de cientistas, por exemplo, colocou um colar em elefantes da África para assim poderem observá-los... sem estar com eles. 
Um norte-americano já inventou até um jogo para encontrar coisas perdidas no mundo todo. Isso tudo porque, apesar de os GPS terem sido criados pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, hoje podem ser usados por qualquer mortal. E aparelhos de GPS estão pipocando em toda parte! Tem até relógio nos EUA com GPS. A previsão é de que daqui a cinco anos os aparelhos de GPS sejam tão comuns quanto telefones celulares. São Longuinho que se cuide...
(Fonte: http://www.canalkids.com.br/portal/canal/index.htm - acesso em 10/05/2007)
QUESTÃO 07 (Descritor: caracterizar um aparelho de GPS.)
Assunto: Viagem ao centro do planeta Terra
a) O que é um GPS?
b) Por que o título do texto é “Será que São Longuinho vai se aposentar”?
QUESTÃO 08 (Descritor: comparar a bússola e o GPS.)
Assunto: Viagem ao centro do planeta Terra
Tanto a bússola quanto o GPS são aparelhos usados para a localização. Qual deles você gostaria de levar em uma viagem? Justifique.
Leia o texto abaixo sobre os prédios verdes e responda às questões 9, 10 e 11.
PRÉDIO VERDE
A ONDA VERDE CHEGOU AOS ESCRITÓRIOS
Uma nova geração de edifícios que geram a própria energia e aproveitam água da chuva é cada vez mais cobiçada por grandes empresas no mundo todo
Por Marcelo Cabral
Revista Exame - 02/2007
Fotomontagem do Rochaverá, em SP: a obra do complexo utilizará material reciclado, como madeira certificada e aço.
No exuberante mercado imobiliário americano, que há anos movimenta bilhões de dólares, um novo tipo de imóvel começa a atrair construtoras, incorporadoras e clientes. Trata-se dos chamados prédios verdes, cujas características ecologicamente corretas chamam cada vez mais a atenção de gente preocupada com o aquecimento global, não de ativistas, mas de empresários e executivos alarmados com a necessidade de ter de adaptar suas empresas a um futuro preocupante. O maior ícone dessa nova geração de edifícios de escritórios é a futura sede do Bank of America, atualmente o maior arranha-céu em obras de Nova York. A construção, com 366 metros de altura, deverá ficar pronta em 2008 e será a segunda maior de Manhattan, depois do Empire State Building. O edifício apresenta características que até pouco tempo atrás poderiam parecer um sonho de ambientalistas lunáticos ou de arquitetos exibicionistas. A mais extravagante delas é um enorme gerador movido pelo vento e instalado no topo da torre, que abastecerá 70% de suas necessidades de energia. A nova sede do banco também será capaz de armazenar e reaproveitar água da chuva para irrigar jardins e abastecer os banheiros. O ar que entrará no prédio será purificado e devolvido à rua, tornando-o uma espécie de grande filtro num dos maiores centros financeiros do mundo. 
Hoje existem cerca de 700 prédios verdes em países como Estados Unidos, Inglaterra e Índia, reconhecidos pela única certificação aceita internacionalmente, a Leed, sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental. Mais 2000 deles estão sendo erguidos atualmente apenas em território americano. Até agora, no Brasil, há apenas um prédio concluído que segue as recomendações Leed, o de uma agência do banco ABN Amro Real, inaugurada em janeiro deste ano e localizada em Cotia, na Grande São Paulo. Entre outras características sustentáveis, a agência armazena energia solar durante o dia e a transforma em iluminação elétrica das áreas de auto-atendimento à noite. A idéia é criar um campo de testes para as agências do banco que serão abertas a partir de agora no país.
Outros três prédios verdes devem ficar prontos no Brasil ainda neste ano. (...)
O conceito de construção sustentável surgiu pela primeira vez com a crise do petróleo nos anos 70, quando os altos preços da energia levaram à busca por sistemas alternativos e mais baratos, como a geração própria. Os primeiros prédios verdes foram construídos na Holanda, na Alemanha e nos países nórdicos. A sede do Parlamento alemão, por exemplo, tem um gerador que não só produz a própria energia com base em combustíveis renováveis como envia o excedente para construções vizinhas. Só mais tarde essas construções ambientalmente corretas apareceram nos Estados Unidos e na Ásia. Nos últimos anos, as discussões em torno do aquecimento global elevaram o tema da sustentabilidade ao topo da prioridade das maiores empresas do mundo e ajudaram a despertar o interesse por métodos construtivos sustentáveis. Recentemente, diversas corporações, como a editora Hearst, a montadora General Motors e a fabricante de softwares Adobe, incorporaram princípios verdes em suas instalações. O impacto ambiental de um edifício pode ser surpreendente. Nos Estados Unidos, os prédios comerciais consomem 65% da energia elétrica distribuída no país. O principal vilão é o ar-condicionado, que gasta mais da metade da energia de um edifício. No Brasil, esse índice é de cerca de 50%. 
A adoção de tecnologias como a geração própria de energia também pode representar uma enorme economia. Tome o caso do Wal-Mart, dono da maior conta de energia elétrica nos Estados Unidos. A rede vai incorporar providências ambientais que evitarão o gasto de 300 milhões de dólares todos os anos. O gigante varejista tem planos de adaptar suas 2074 lojas no país que consomem energia suficiente para abastecer um país como o Chile para utilizar 30% menos energia até 2010. Para isso, reservou investimento de 500 milhões de dólares, cujo retorno virá antes do segundo ano depois de implantado o projeto. 
"O custo de construção do prédio verde é maior do que o de projetos convencionais", diz Roberto de Souza, diretor do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), empresa que presta consultoria aos interessados em construção sustentável. "Mas esse valor extra acaba se pagando pela economia gerada depois que o edifício entra em operação." Segundo o consultor, graças ao aumento de escala e à adoção de novas tecnologias, o custo de produção de um imóvel verde vem caindo rapidamente. Há alguns anos, a obra de um prédio verde custava até 8% mais que a de um prédio comum. Hoje, o valor não ultrapassa os 2%. "O tempo médio que um projeto sustentável demora a se pagar é de apenas dois anos", diz Nelson Faversani, gerente de obras de dois prédios verdes. "A partir daí, ele começa a gerar lucro." 
Além da redução nas contas de luz e água, a certificação de prédios verdes também considera características que melhorem o bem-estar de quem trabalha neles. Um desses aspectos é permitir a visão externa para o maior número possível de usuários. Para isso, vale caprichar em extensas fachadas envidraçadas e até mesmo em tetos de vidro, como no caso da sede da empresa americana de biotecnologia Genzyme, localizada nos Estados Unidos. A vista privilegiada parece ter feito muito bem aos funcionários. A produtividade do pessoal que dá expediente na nova sede, inaugurada em 2004, aumentou 15%. Além disso, o índice de ausências devido a doenças tornou-se 5% menor que o registrado nos demais edifícios da companhia.
"Osprédios com sistemas ambientalmente corretos vão ampliar seu valor, enquanto os edifícios convencionais vão se desvalorizar." Essa mudança pode ser ainda mais acelerada caso as legislações ambientais continuem a se tornar mais rigorosas, como tem sido a tendência nos últimos anos. Há dois anos, o estado de Washington tornou-se o primeiro nos Estados Unidos a impor padrões ambientais mínimos similares ao Leed em novas construções. Em São Paulo, entrou em vigor em janeiro uma lei estadual que obriga a instalação de sistemas para retenção da água da chuva em construções com grandes áreas impermeabilizadas, uma das características clássicas dos prédios verdes.
(...)
(Fonte: http://planetasustentavel.abril.uol.com.br/noticia/conteudo_224339.shtml - acesso em 10/05/2007)
QUESTÃO 09 (Descritor: caracterizar os chamados prédios verdes.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
Após ler a reportagem, responda:
a) O que são prédios verdes?
b) A futura sede do Bank of America é um prédio verde que está sendo construído em Nova Iorque. Cite três características presentes nesse prédio.
c) Construir os prédios verdes é mais caro do que construir um prédio comum. Vale a pena pagar esse preço extra? Justifique.
QUESTÃO 10 (Descritor: relacionar os prédios verdes e as sociedades sustentáveis.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
Crie frases verdadeiras utilizando as seguintes palavras ou expressões:
a) prédios verdes – sociedades sustentáveis
b) Brasil – prédios verdes
c) uso da tecnologia – prédios verdes
QUESTÃO 11 (Descritor: analisar os prédios verdes.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
a) O que mais chamou a sua atenção nesses prédios verdes?
b) Escreva um parágrafo comentando a reportagem “A onda verde chegou aos escritórios”.
Leia a reportagem a seguir sobre uma casa ecológica e faça as questões 12 e 13.
LAR VERDE LAR
SEIS IDÉIAS PARA UMA CASA ECOLÓGICA
A primeira vista, a casa abaixo parece comum, mas no Brasil existem ainda poucas como ela. 
Trata-se de uma construção que obedece às regras da nova arquitetura verde. Seu objetivo é causar o mínimo possível de prejuízos ao meio ambiente.
Por Monica Weinberg
Revista Veja - 06/06/2007
Roberto Setton
Casa com conceitos da arquitetura verde, em Sorocaba, no interior paulista
É um conceito do século XXI, a era do aquecimento global, em que a questão ambiental passou a ocupar as pranchetas de arquitetos em países da Europa e nos Estados Unidos - e preocupar gente como a matemática paulista Cecília Bugan. Ela e o marido gastaram 40% do orçamento destinado à obra de sua casa em Sorocaba, a 90 quilômetros de São Paulo, para fazê-la segundo o figurino ecologicamente correto - até os tijolos lá seguem o padrão verde.
Especialistas ouvidos por VEJA avaliaram em detalhes seis das medidas adotadas nesse caso. Eles afirmam que nem sempre é preciso gastar muito para aplicar em casa soluções mais amigáveis ao meio ambiente - em alguns casos, uma decisão ecológica pode até representar economia ao bolso.
1. TIJOLO DE SOLO-CIMENTO
Por que é ecológico: seca ao sol - sem precisar ir ao forno a lenha. Numa casa como a de Cecília, a opção por esse tipo de tijolo poupou a queima de sessenta árvores.
Quanto custa*: 380 reais (1 000 tijolos), o dobro do preço da versão comum.
Comentário dos especialistas: vale a pena investir no tijolo ecológico. Como dispensa acabamento com massa corrida, na ponta do lápis não onera em nada o orçamento da obra.
2. MADEIRA COM CERTIFICAÇÃO DE ORIGEM
Por que é ecológica: vem com um selo que atesta que a madeira foi extraída sem degradar o solo nem o ambiente de onde foi retirada. 
Quanto custa*: 2500 reais (o ipê, por metro cúbico) - 15% mais cara do que a mesma madeira sem a certificação.
Comentário dos especialistas: circula a idéia de que a madeira ecológica tem melhor qualidade, mas não é verdade. Sua única diferença para as outras está no processo de extração. 
3. SISTEMA DE ENERGIA SOLAR PARA AQUECER A ÁGUA
Por que é ecológico: com essa "miniusina" caseira gasta-se 30% menos energia elétrica.
Quanto custa*: 5 000 reais.
Comentário dos especialistas: com a economia na conta de luz, o investimento se paga em dois anos. Uma ressalva: o sistema não dá conta das baixas temperaturas, quando é necessário recorrer ao aquecimento elétrico.
4. SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA
Por que é ecológico: numa região chuvosa, como Sorocaba, a metade da água necessária à família vem desse sistema. 
Quanto custa*: 2 500 reais (para uma casa de 100 metros quadrados)
Comentário dos especialistas: compensa investir no sistema.
5. ESTAÇÃO DOMÉSTICA DE TRATAMENTO DE ESGOTO
Por que é ecológica: permite reaproveitar a água para tarefas do dia-a-dia, como a limpeza da casa (como não fica 100% limpa, deve-se evitar usá-la no banho ou para beber).
Quanto custa*: 6 000 reais.
Comentário dos especialistas: na comparação com o sistema de captação de água da chuva, é mais caro e de uso mais restrito - se for escolher entre os dois, fique com o outro.
6. LÂMPADA FLUORESCENTE
Por que é ecológica: consome 80% menos energia do que uma lâmpada incandescente e dura dez vezes mais. 
Quanto custa*: 15 reais (a de 20 watts) - seis vezes mais do que as lâmpadas comuns. 
Comentário dos especialistas: compensa por ter vida útil infinitamente mais longa do que a das lâmpadas convencionais - e ainda poupar energia.
A PALAVRA DE QUEM TESTOU
A matemática Cecília Bugan conta dois segredos de sua casa ecológica. Fala ainda sobre dois de seus sonhos de consumo "verdes" - eles ficaram de fora do projeto original por serem caros demais.
O que funcionou em Sorocaba
- As telhas à base de embalagens de leite recicladas (do tipo Tetra Pak). São ainda 10% mais baratas do que as de tijolo comum. Cecília faz apenas uma ressalva: como o acabamento é mais "grosseiro", melhor fazer uso dessa alternativa apenas para o forro do telhado
- Uma gigantesca paineira encravada no meio do terreno. Durante o verão, sua sombra proporciona à sala temperatura mais amena.
Extravagâncias que ficaram de fora
 - Painéis de energia solar do tipo "fotovoltaico", capazes de abastecer a casa inteira de luz. Custariam 17000 reais, no caso de Cecília.
- Cano de propileno,  um plástico mais leve cuja fórmula leva menos petróleo. Sai por 14 reais (com capacidade para 20 ml), o dobro do preço do cano comum.
(Fonte: http://planetasustentavel.abril.uol.com.br/noticia/conteudo_235401.shtml - acesso em 10/06/2007)
QUESTÃO 12 (Descritor: caracterizar as casas ecológicas.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
a) Por que algumas pessoas estão preocupadas em ter casas ecológicas?
b) O que é uma casa ecológica?
c) As medidas adotadas na construção desta casa oferecem ganhos. Complete com o quadro com informações sobre elas.
	Medida adotada
	Uma vantagem obtida
	Tijolo de solo-cimento
	
	Madeira com certificação de origem
	
	Sistema de energia solar para aquecer a água
	
	Sistema de captação da água da chuva
	
	Estação doméstica de tratamento de esgoto
	
	Lâmpada fluorescente
	
QUESTÃO 13 (Descritor: identificar características relacionadas às sociedades sustentáveis.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
É de características que devem estar presentes em comunidades sustentáveis. Quais dessas características podem ser observadas na casa ecológica descrita pela reportagem?
QUESTÃO 14 (Descritor: identificar afirmativas verdadeiras sobre as sociedades sustentáveis.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
Marque F para as alternativas falsas e V para as alternativas verdadeiras:
( ) A tecnologia trouxe mais conforto, mais saúde, lazer e maior expectativa de vida para as pessoas.
( ) Nem sempre a tecnologia respeita o meio ambiente.
( ) A maneira como nós, seres humanos, nos organizamos em sociedade é um grande problema para o planeta.
( ) Não há como evitar a poluição que toma conta do planeta.
( ) Nós vivemos em uma sociedade sustentável.
Leia o texto a seguir e responda às questões 15 e 16.
CIDADE, DOCE LAR
Acredite: é possível ter uma vida mais genuína, equilibrada, gentil e prazerosa no lugar agitado e cheio de prédios onde você vive.Saiba como.
por Leandro Narloch 
(...)
A primeira das cidades grandes como a gente conhece hoje foi a Paris do século 19. Em 1852, o barão de Haussmann, prefeito parisiense apelidado de “o destruidor criativo”, começou a botar abaixo as ruelas medievais da cidade, sujas e estreitas. No lugar, construiu imensos bulevares que se encontravam no Arco do Triunfo, com encanamento de água e saneamento básico. Ainda não existiam carros, mas a rua já era dos motoristas e suas carruagens.
No começo do século 20, pipocavam idéias para conter a miséria e a bagunça. Em Londres, o repórter e arquiteto Ebenezer Howard, impressionado com o estado deplorável dos bairros populares, resolveu projetar aquele que seria o “lugar perfeito”: a cidade-jardim, uma cidade auto-suficiente onde as pessoas voltariam a ter contato com a natureza. Nascia ali o ideal da casinha no campo e da cidade descentralizada, sem aquela agradável (e essencial) mistura de prédios, casas e pequenos estabelecimentos comerciais que fazem a vida de qualquer bairro que se preze. Anos depois, com a chegada do automóvel, as cidades passaram a ser vistas como máquinas: para dar certo, todas as partes precisavam funcionar em harmonia. Nos anos 20, o arquiteto suíço Le Corbusier planejou uma cidade sem pedestres e sem ruas. Dentro de um imenso parque, 24 arranha-céus se comunicariam por canais suspensos. 
A idéia do francês era louquíssima, claro, mas acabou influenciando boa parte do urbanismo do século 20. Foi assim que surgiram cidades com projetos grandiosos, vias expressas sem lugar para pedestres e divisão em bairros habitacionais longe do comércio, zonas industriais e áreas verdes. O problema é que essas tentativas de dominar o caos acabaram criando bairros monótonos, parques abandonados e muita, mas muita necessidade de transporte motorizado. O trabalho dos urbanistas modernos tornou-se um desafio ainda maior quando o crescimento populacional fez as cidades explodirem, resultando na bagunça que você conhece. “Apesar de terem sofrido tanto, as cidades ainda guardam soluções, vantagens e prazeres que não se mostram à primeira vista”, diz o urbanista Hernando Gómez. 
(...)
(Fonte: http://vidasimples.abril.uol.com.br/edicoes/040/07.shtml - acesso em 10/05/2007)
QUESTÃO 15 (Descritor: propor mudanças que signifiquem melhoria de vida para a população da própria cidade.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
Urbanismo é uma área da arquitetura que cuida da organização das cidades para criar condições adequadas de habitação à sua população.
a) No texto, aparecem algumas propostas de arquitetos para a organização de cidades. Escolha uma delas, explique-a e dê a sua opinião sobre ela, falando sobre as suas vantagens e desvantagens.
b) Imagine que você é um urbanista. Que mudanças você faria na organização de sua cidade para que as pessoas pudessem viver melhor?
QUESTÃO 16 (Descritor: relacionar o urbanismo às sociedades sustentáveis.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
a) As pessoas que projetam as cidades ou pensam em como reorganizá-las podem ajudar a tornar essas cidades sustentáveis? Dê um exemplo que comprove sua resposta.
b) Escreva dois aspectos que um urbanista deve levar em conta em seu trabalho para que a cidade se torne sustentável.
Leia essa reportagem da Folhinha sobre o aquecimento global e responda às questões 17, 18 e 19.
São Paulo, sábado, 2 de junho de 2007
O QUE ACONTECE COM O PLANETA?
CLAUDIO ANGELO
EDITOR DE CIÊNCIA 
Todo mundo só fala nisso agora: mudança do clima, efeito estufa, aquecimento global. A Terra tem febre, e a culpa é da humanidade.
Se você vê na televisão e ouve no rádio as pessoas discutindo o problema, pode achar que o aquecimento começou a acontecer agora. Pode achar também que a civilização vai acabar quando você for adulto.
Não entre em pânico: as duas impressões estão erradas. O problema que criamos para a Terra (e para nós mesmos, principalmente) é grave, mas não é motivo para desespero total.
Nesta edição especial, a Folhinha traz as dúvidas mais comuns das crianças sobre o clima, respondidas por cientistas que são craques no assunto. As questões e os desenhos foram selecionados entre os trabalhos de 962 participantes do concurso "Esquente a cuca para salvar o planeta".
Nas respostas, você vai descobrir que o efeito estufa não é nenhuma novidade - ele é um fenômeno antigo, natural e saudável. Há alguns gases que seguram o calor da Terra na atmosfera, como se fossem um cobertor. É graças a esses gases que você, eu e todas as plantas e animais podemos viver. Sem eles, a Terra seria um deserto de gelo.
Mas até coisas boas em excesso fazem mal: nós estamos lançando gases demais no ar, e isso agrava o efeito estufa e causa o aquecimento global. O cobertor ficou desconfortável.
Há 30 anos os cientistas vêm alertando para esse desconforto. E a humanidade despertou tarde demais para evitar vários impactos negativos do fenômeno. Mas ainda há tempo para evitar os piores. E isso dependerá do que todos nós fizermos a partir de agora
QUESTÕES DO AQUECIMENTO GLOBAL
Por que esse fenômeno se chama aquecimento global?
(Graziela Camargo, 10, de Salto de Pirapora, SP)
Podemos dizer que o aquecimento global ocorre porque estamos colocando um cobertor mais grosso no nosso planeta. Esse cobertor é constituído pelos gases emitidos nas queimas de carvão e de combustíveis derivados do petróleo. Como estamos queimando mais, o cobertor está ficando mais grosso e, portanto, nosso planeta fica mais quente.
PEDRO SILVA DIAS, do Instituto de Astronomia Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP)
Há quanto tempo se estuda o aquecimento global e qual é a porcentagem anual de aumento da temperatura do nosso planeta?
(Thainá Bovoni, 11, de Paraíso, SP)
Os primeiros estudos sobre o aquecimento global são do final do século 19. Mas os estudos mais detalhados sobre esse tema só foram iniciados depois de 1970. Em todo o século 20, o aumento foi da ordem de 0,7 ºC. Ou seja, um pouco menos do que um décimo de grau por década.
PEDRO SILVA DIAS
Em que época começou o perigo do aquecimento global?
(Gabriel Ribeiro dos Santos, 10, de Marília, SP)
Ora, sempre existiu, mas ninguém achava que fosse grave! Com a internet e os eventos extremos de clima recentes (como a grande onda de calor em 2003 na Europa, o ciclone Catarina no Brasil em 2004 e o furacão Katrina em 2005 em Nova Orleans), a população mundial ficou informada sobre a gravidade dos seus impactos. Daí começaram a dar ouvidos aos cientistas, que, há décadas, falavam que a mudança de clima poderia afetar o mundo.
JOSÉ MARENGO, pesquisador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Os problemas ambientais têm a ver com o nosso modo de vida?
(José Francisco Gosser, 12, de Salto de Pirapora, SP)
Sim, e muito! Em grande parte, são as atividades humanas em busca do desenvolvimento econômico e das comodidades da vida moderna que estão gerando o aquecimento global. Exemplos dessas atividades incluem o funcionamento de fábricas, o uso de transportes urbanos (carros de passeio) e rodoviários (ônibus e caminhões), desmatamentos e queimadas. Todas essas atividades contribuem para a emissão em grandes quantidades dos gases estufa, responsáveis pelo aprisionamento de calor na atmosfera e, conseqüentemente, pelo aquecimento do planeta.
ILANA WAINER, professora e coordenadora do Laboratório de Oceanografia Física e Clima do Instituto Oceanográfico da USP.
Por que a ciência levou tanto tempo para perceber a gravidade dessas mudanças climáticas?
(Giovanna Sant'anna, 10, de Marília, SP)
Bom, nós, cientistas, já tínhamos informado sobre o aquecimento global. Os governos e a população, porém, nunca escutaram. Mas, nos últimos cinco anos, essa situação tem mudado, e nós estamos na mídia, nos congressos, nos eventos científicos e nos governos falando do problema. O mais importante é que, agora, a população e o governo estão nos escutando e nos levando a sério.
JOSÉ MARENGO
Até me tornar adulta, quanto irá aumentar a temperatura da Terra?(Luciana da Silva Soares de Souza, 9, de Marília, SP)
A estimativa é que o aumento de temperatura seja da ordem de 0,3 ºC por década. Em todo o século 20, o aumento foi de 0,7 ºC, mas, no século 21, ele será bem maior. Isso quer dizer que a temperatura subirá ao menos 3 ºC no século todo se não fizermos nada. Assim, no período de 20 anos, o planeta deverá estar cerca de 0,6 ºC mais quente, ou seja, quase o mesmo aquecimento observado durante o século 20 inteirinho! 
PEDRO SILVA DIAS
O aquecimento global pode causar vários danos ao planeta, como, por exemplo, a variação do clima. O que mais ele pode causar?
(Pedro Augusto Leite Silva, 11, de Salto de Pirapora, SP)
A variação do clima, ou mudança climática, acontece mesmo em situações diferentes do aquecimento global atual. Trata-se de qualquer mudança ocorrida nos padrões climáticos de um lugar, de uma região ou da Terra toda. Mas o aquecimento global, principalmente sua intensificação nas últimas décadas, pode provocar muitas alterações na natureza e na vida dos homens. Ele pode tornar os climas mais aquecidos ao longo do tempo, tornar alguns lugares mais úmidos e outros mais secos, causar a elevação do índice de vários tipos de doença, elevar o nível dos mares etc. O aquecimento climático, já observado nos nossos tempos, tende a aumentar nas próximas décadas, o que tornará a vida do homem na Terra mais difícil. Por isso é preciso agir já para frear a degradação da natureza.
FRANCISCO MENDONÇA, professor da Universidade Federal do Paraná e professor convidado da Universidade de Paris-Sorbonne.
Que lugares do mundo, ao longo dos tempos, serão mais afetados?
(Clara Monteiro, 9, do Rio do Janeiro, RJ)
A região do pólo Norte será uma das mais afetadas. A região tropical, onde vivemos na maior parte do Brasil, também é uma das regiões onde o impacto deverá ser mais forte.
PEDRO SILVA DIAS
É verdade que a floresta amazônica vai virar um deserto?
(Caíque Aron de Oliveira, 11, de Salto de Pirapora, SP)
Pode virar não um deserto, mas, sim, um ambiente similar ao cerrado em Brasília. Mas isso é só uma projeção, pode acontecer ou não. De qualquer modo, o clima da Amazônia pode ser afetado grandemente pelo aquecimento global.
JOSÉ MARENGO
Será que temos tempo para arrumar o que estragamos?
(Mariana Peres Julian, 12, de Marília, SP)
Dá tempo para reduzir o prejuízo, sim, mas vai sair caro. E poderia ser mais caro ainda se a gente não fizesse nada. Podemos reduzir a poluição no mundo, e a população pode conservar mais os recursos de água e de vegetação. Mas tem que haver um esforço mundial, com o apoio dos governos.
JOSÉ MARENGO
O planeta Terra ficará coberto de água?
(Ana Dorneles Nóbrega, 10, de Rio de Janeiro, RJ)
Mesmo que ocorra um grande degelo, derretimento do gelo, ainda haverá muitos locais que não serão inundados. O que poderá acontecer, caso nada seja feito para diminuir o aquecimento global, é que países como a Holanda (que fica abaixo do nível do mar) sejam inundados. E muitas regiões próximas às praias poderão desaparecer por causa da subida do nível do mar.
EMILIA ARASAKI, pesquisadora do Laboratório de Hidráulica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Nós sabemos que, se não economizarmos água, ela poderá faltar no futuro. Mas o que não sabemos é: esse futuro pode ser daqui a quantos anos?
(Gisela de Lamare de Paiva Coelho, 10, do Rio de Janeiro, RJ)
Muitos locais já sentem a falta de água. Exemplo é a maioria dos países do continente africano. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), 60% da população mundial vai viver em locais com escassez de água até 2025, ou seja, daqui a 18 anos. Outros cientistas afirmam que, em 25 anos, um terço da população da Terra poderá não ter água. Como você pode perceber, se não começarmos a economizar, em pouco tempo milhões e milhões de pessoas não vão ter acesso à água, um bem precioso para a vida.
EMILIA ARASAKI, pesquisadora do Laboratório de Hidráulica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP)
Espécies de animais podem simplesmente deixar de existir?
(Andréa Souza Bastos, 11, de Lages, SC)
Algumas delas, sim, mas poderiam ser substituídas por outras. Estima-se que 30% das espécies atuais poderiam sumir ou simplesmente ser substituídas por outras espécies, diferentes ou até desconhecidas. 
JOSÉ MARENGO
O homem pode desaparecer da Terra assim como os dinossauros desapareceram?
(Maria Luísa Carrijo, 7, de Taguatinga, DF)
Muito pouco provável. O homem tem uma enorme capacidade de adaptação e, certamente, deverá tomar providências que vão diminuir o efeito do aquecimento global. Cabe, a todos nós, contribuirmos para a diminuição das emissões dos gases que causam o aquecimento global.
PEDRO SILVA DIAS
Eu tenho dez anos. Daqui a 80 anos, eu ainda vou estar viva se o aquecimento continuar?
(Rafaela de Gouvêa, 10, de São Luiz do Paraitinga, SP)
Sim, possivelmente você e muitos dos seus familiares, amigos e conhecidos também estarão vivos daqui a 80 anos. As mudanças climáticas não vão acontecer assim de forma a acabar com a vida dos homens na Terra. Mas ela vai exigir novas formas de relações entre os homens e entre nós e a natureza - não se esqueça de que nós, seres humanos, temos uma incrível capacidade de adaptação às novas situações. 
FRANCISCO MENDONÇA
Qual é a temperatura máxima que o ser humano pode suportar? Em quanto tempo a Terra atingirá essa temperatura se o aquecimento global continuar nesse ritmo?
(Caio Martins Viggiano, 13, de Ponte Nova, MG)
O ser humano vive muito bem em temperaturas que vão dos 15 ºC aos 25 ºC. Em temperaturas abaixo e acima dessas, precisamos introduzir formas de repor ou retirar energia do corpo para nos sentirmos bem -nos agasalharmos ou nos refrescarmos, por exemplo. Já acima dos 35 ºC, a sensação de desconforto aumenta bastante. Mas isso também depende da duração da exposição do corpo humano a tais temperaturas. O aquecimento global não atingirá tais temperaturas para a Terra como um todo nem de forma permanente. Alguns lugares apresentarão temperaturas mais elevadas do que outros, principalmente no verão.
FRANCISCO MENDONÇA
É possível que no futuro não haja mais árvores?
(Laura Moreano Cáceres, 8, de Campo Grande, MS)
Poderia, sim, mas surgiriam árvores diferentes das que existem agora. Por exemplo, a floresta amazônica seria substituída por arbustos como os do cerrado.
JOSÉ MARENGO
Se as geleiras derreterem, quanto tempo vai demorar para a água chegar aqui no Brasil e inundar tudo?
(Ana Luiza Guerzoni Paschoalato, 10, de Cajuru, SP)
As águas que derretem das geleiras vão para o oceano e, lá, aumentam o que os cientistas chamam de "nível dos mares". Pense em um copo d'água em que você, com um conta-gotas, pinga água pouco a pouco. Lentamente, a altura da água no copo sobe. Mas o gelo está derretendo lentamente e, nos próximos 50 anos, o mar deve subir somente 20 centímetros! Ou seja, não irá inundar tudo, não! Mas eu não compro casa na beira da praia!
JEFFERSON CARDIA SIMÕES, professor de geografia das regiões polares na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Existe um outro lugar onde se possa reproduzir o habitat dos animais polares?
(Jordana Demori Osti, 11, de Curitiba, PR)
Alguns animais polares conseguem, com muita dificuldade, reproduzir-se em cativeiro (veja o caso do ursinho polar Knut em um zoológico da Alemanha), mas isso é muito difícil. O ambiente polar é único, e não podemos transferir animais de uma região polar para outra. Se levássemos ursos polares do Ártico para a Antártida, isso seria um desastre ambiental, pois as condições de alimentação são diferentes e, além disso, existem outros animais que lá estão bem adaptados.
JEFFERSON CARDIA SIMÕES, professor de geografia das regiões polares na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
É verdade que todos nós vamos ter de morar nos pólos no futuro?
(Giovanna Santos Giorgi, 10, de São Paulo, SP)
Não, isso não é real. O aquecimento global mudará o clima do planeta, mas as previsões são que meus filhos - e você - viverão em locais um pouco mais quentes. Assim, nãoserá necessário se mudar para as regiões polares.
JEFFERSON CARDIA SIMÕES
O que podemos fazer para compensar os efeitos da emissão de gás carbônico?
(Adriana Rodrigues, 11, de Salto de Pirapora, SP)
Podemos fazer muitas coisas. Uma delas é plantar árvores. As árvores, quando estão crescendo, absorvem gás carbônico da atmosfera por meio do processo da fotossíntese na folha das plantas. Outra coisa que pode ser feita é preferir veículos que utilizem os chamados combustíveis renováveis, como o nosso álcool. A queima desse tipo de biocombustível quase não emite gás carbônico. Uma terceira maneira de diminuir a emissão de gases de efeito estufa é procurar reciclar tudo que pode ser reciclado, pois, na produção de novos produtos, sempre há emissão de gás carbônico, de uma forma ou de outra.
CARLOS NOBRE, pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
Qual continente mais polui a Terra?
(João Felipe de Oliveira Quinto, 9, do Rio de Janeiro, RJ)
A América do Norte, a Europa e a Ásia emitem a maior parte dos gases que provocam o aquecimento global. Eles são os chamados gases de efeito estufa: principalmente o gás carbônico, o metano e o óxido nitroso. O país que tem a maior emissão de gases são os Estados Unidos. Já o continente africano é o que menos emite gases do aquecimento global. No Brasil, a maior parte das emissões de gás carbônico provém dos desmatamentos tanto da floresta amazônica como da vegetação de cerrado.
CARLOS NOBRE
Com todo o acúmulo de gás carbônico e de outros gases tóxicos, é possível que o planeta exploda ou ocorra algo pior?
(André Junqueira Franco de Melo, 13, de Cajuru, SP)
O planeta não vai "explodir". Os gases que provocam o aquecimento global não são explosivos, mas modificam as temperaturas da atmosfera da Terra e de sua superfície. O aumento da temperatura da superfície da Terra provoca inúmeras modificações no clima, na agricultura, nas zonas litorâneas, no aumento do nível do mar, nos recursos hídricos (relacionados à água) etc. A maioria dessas alterações é prejudicial ao homem e ao ambiente. E quanto maior o aumento da temperatura, maiores são os impactos negativos para nós e para os ecossistemas.
CARLOS NOBRE
Dá para construir uma máquina para tirar a poluição do mundo?
(Vitor Azevedo Abreu, 10, de Marília, SP)
Geralmente, o tipo de poluição que causa problemas de saúde pode ser removido antes de ser expelido pelas chaminés ou pelos escapamentos dos veículos. Mas os gases que causam o aquecimento global, como o gás carbônico, não. O gás carbônico não é nocivo à saúde humana, mas modifica a composição da atmosfera, causando o aumento da temperatura da superfície da Terra. Algumas pessoas estão pensando em como desenvolver uma maneira não muito cara de remover o gás carbônico da atmosfera, mas isso não é algo fácil de fazer. Então, a melhor alternativa é reduzir a emissão desses gases o quanto antes. 
CARLOS NOBRE
Por que o buraco na camada de ozônio continua aumentando? É possível fechá-lo? Como?
(Rodrigo Carvalho Moura, 10, do Rio de Janeiro, RJ)
Os cientistas calcularam que o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica deverá desaparecer até, mais ou menos, 2050. Isso porque os gases que causaram o aparecimento do buraco na camada de ozônio não são mais produzidos pela indústria e, lentamente, vão desaparecer da atmosfera. Esses gases são os CFCs (clorofluorcarbonetos), que, por exemplo, eram os fluidos que circulavam dentro das serpentinas de refrigeradores e de aparelhos de ar-condicionado. Os CFCs foram substituídos em todo o mundo por outros gases que não afetam a camada de ozônio.
CARLOS NOBRE
Se continuar aumentando o buraco na camada de ozônio, o Sol poderá se tornar um elemento prejudicial à vida na Terra, em vez de ser, como ainda é, fonte de vida?
(Higor Netto Roizenblit, 9, de Pirassununga, SP)
Se a Terra não tivesse a camada de ozônio, os raios ultravioletas do Sol, que são invisíveis, poderiam tornar a vida inviável ou diferente do que conhecemos. Isso porque esses raios de alta energia causam mutações genéticas, ou seja, causam efeitos nocivos nas moléculas do DNA, que são a essência da vida. Felizmente, conseguimos descobrir a causa do buraco na camada de ozônio e estamos no caminho de garantir que o Sol continue a ser somente a fonte da vida.
CARLOS NOBRE
Dá para salvar o planeta plantando árvores?
(Luís Henrique Rodrigues Gerônimo, 10, de Marília, SP)
Plantar árvores é muito importante. Além de retirar gás carbônico da atmosfera, as árvores funcionam como filtros para outros poluentes que fazem mal à saúde e diminuem as temperaturas máximas, tornando o clima mais agradável, evitam enchentes e contribuem para a manutenção de um grande número de espécies da flora e da fauna. Assim, todos devem plantar árvores, principalmente em nossas cidades. Mas somente plantando árvores não vamos conseguir eliminar a enorme quantidade de gases jogados todos os anos na atmosfera que causam o aquecimento da superfície da Terra. Além de plantarmos árvore, precisamos cortar as emissões de gás carbônico e de outros gases do aquecimento global.
CARLOS NOBRE
A reciclagem que o homem está fazendo tem ajudado na conservação do planeta?
(Jéssica Magalhães, 16, de Campinas, SP)
Sem dúvida, a reciclagem já está ajudando o planeta. E é importante que passemos a reciclar muito mais, não somente materiais, mas até mesmo a água. Temos que caminhar para um futuro em que iremos reciclar quase tudo o que consumimos. Assim, o impacto sobre os limitados recursos da natureza será o menor possível. Somente desse jeito poderemos deixar para as futuras gerações um planeta igual ou melhor do que aquele que recebemos de nossos pais.
CARLOS NOBRE
O clima pode voltar a ser o mesmo de antes?
(Michael Douglas Teodoro Silva, 10, de Curvelo, MG)
Não. Para minimizar esses efeitos, é necessário reduzir a emissão dos gases que provocam o aquecimento global, desenvolver e utilizar fontes de energia que não sejam poluidoras e até mesmo desenvolver novas tecnologias que permitam retirar esses gases da atmosfera.
OSWALDO MASSAMBANI, professor titular do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP)
Até que ponto o aquecimento global interfere nas estações do ano?
(Thainá Bovoni, 11, de Paraíso, SP)
O aquecimento global já está provocando efeitos anormais na natureza. Está, por exemplo, provocando o derretimento das geleiras na região dos pólos e o aumento de chuvas fortes nas regiões tropicais. Assim, o comportamento climático que era típico de uma estação do ano passa, agora, a sofrer alterações que intensificam seus efeitos.
OSWALDO MASSAMBANI
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/dicas/di02060702.htm - acesso em 02/06/2007)
QUESTÃO 17 (Descritor: caracterizar o aquecimento global.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
Ao ler o texto e a entrevista sobre o aquecimento global, você pôde aprender sobre esse problema mundial e suas conseqüências. 
a) Complete o quadro com as informações pedidas.
	O que é o aquecimento global?
	
	Três atitudes que contribuem para aumentar o problema.
	
	Três atitudes que contribuem para diminuir o problema.
	
	Duas conseqüências do aquecimento global.
	
b) Copie do texto uma informação que foi nova para você.
QUESTÃO 18 (Descritor: propor mudanças relacionadas ao aquecimento global à sua comunidade.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
Quanto mais pessoas se conscientizarem da gravidade do problema, mais gente tomará as atitudes necessárias para diminuí-lo. 
Produza um folheto que convença as pessoas a colaborarem para diminuir o aquecimento global. Fale o que é o problema, quais as suas conseqüências e o que as pessoas devem fazer para ajudarem. Use imagens e muitas cores. Antes de começar, escolha o seu público alvo: as pessoas que trabalham na sua escola, os seus vizinhos, as pessoas do seu bairro, seus familiares...
QUESTÃO 19 (Descritor: analisar as próprias atitudes e as do seu grupo familiar com relação ao aquecimento global.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
Releia o texto e avalie as suas atitudes e as atitudesde sua família com relação a esse problema mundial.
Leia o texto que trata de um problema relacionado ao meio ambiente - o uso da água - e responda às questões 20 e 21.
São Paulo, sábado, 14 de agosto de 2004
MUDANÇA DE HÁBITO
Com abastecimento garantido só até 2010, é bom economizar
SOBRA GENTE E FALTA ÁGUA NA CIDADE DE SP 
FREE-LANCE PARA A FOLHINHA 
O abastecimento de água na região metropolitana de São Paulo está garantido até o ano de 2010. Depois, serão necessários outros recursos para que a população não fique sem água.
O Brasil possui 12% de toda a água doce do planeta, uma das maiores reservas do mundo. Então, por que economizar? Quase toda essa água, cerca de 70%, está na Bacia Amazônica, com muita floresta e pouca gente.
Já a região metropolitana de São Paulo, formada por 39 municípios, "é tão seca que parece o sertão nordestino", diz Hedmilton Ensinas, engenheiro especialista em gestão ambiental e mestre em Saúde Pública pela USP. Nessa região está o terceiro maior aglomerado de gente do mundo: são mais de 18 milhões de pessoas. "A água disponível para cada habitante é dez vezes menor do que a recomendada pela Organização das Nações Unidas", explica Ensinas. Ou seja, sobra gente e falta água.
Nessa região, o abastecimento é feito por oito diferentes sistemas que, juntos, formam o Sistema Integrado Metropolitano de Abastecimento. Como não há água para todos, a solução é "emprestar" de outros lugares. Isso já acontece hoje. O Sistema Cantareira, que responde por metade do abastecimento da região, capta água na vizinha Bacia Hidrográfica do Piracicaba-Capivari-Jundiaí.
Até 2010, mesmo com o crescimento da população, o abastecimento de água está garantido. Depois disso, teremos de buscar água em outras fontes. Mas emprestar "água do vizinho" não é tão simples quanto parece. Além de custar dinheiro, gasto em obras, há o custo ambiental que precisa ser calculado. É preciso saber o que vai acontecer com a mata e com os animais se, por exemplo, o curso de um rio tiver de ser alterado.
Atualmente, a Sabesp já estuda outras fontes que possam alimentar os 39 municípios num futuro próximo, mas segundo Hedmilton, que pesquisou a situação atual dos rios e represas da Grande São Paulo, "as pessoas precisam colaborar, pois esse é um trabalho de cidadania. A Sabesp faz a parte dela, e nós a nossa, economizando. E o meio ambiente agradece."
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/dicas/di14080408.htm - acesso em 10/05/2007)
QUESTÃO 20 (Descritor: caracterizar o uso dos recursos hídricos em nosso país.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
a) Que problema da cidade de São Paulo é tratado nesta reportagem?
b) Este problema existe só em São Paulo? Justifique.
QUESTÃO 21 (Descritor: propor atitudes coerentes com a utilização adequada dos recursos hídricos.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
O texto termina com a seguinte frase: “E o meio ambiente agradece”.
Que ações humanas serão necessárias para que isso aconteça? Dê pelo menos dois exemplos.
QUESTÃO 22 (Descritor: identificar atitudes ecológicas dos cidadãos.)
Assunto: Sociedades sustentáveis
A administração da cidade é responsável pela qualidade socioambiental do espaço de vivência. Porém, essa qualidade também vai depender da consciência ecológica de seus habitantes.
a) O que é consciência ecológica?
b) Dê exemplos de atitudes ecológicas com relação aos seguintes aspectos:
* Uso dos lugares públicos:
* Conservação do patrimônio natural (ar, água, vegetação, animais, encostas dos morros):
* Conservação do patrimônio cultural:
* Destino do lixo que produz:
QUESTÃO 23 (Descritor: caracterizar o Pantanal Mato-Grossense.)
Assunto: Comunidades tradicionais 
Complete as frases sobre o Pantanal Mato-Grossense.
1 – O Rio ____________________________________ corta o Pantanal.
2 – As águas dos leitos dos rios ____________________ quando chegam as chuvas de verão.
3 – Estados brasileiros onde ele se localiza: ________________________________________.
4 – Nele, existe uma grande _____________________________ da flora e fauna locais.
5 – Uma das atrações do Pantanal é ____________________________________________________.
6 – Ele recebeu da UNESCO o título de _________________________________________________.
7 – Infelizmente, o Pantanal tem sofrido com _____________________________________________.
QUESTÃO 24 (Descritor: caracterizar a relação do pantaneiro com o meio ambiente.)
Assunto: Comunidades tradicionais
a) Em cada espaço ocupado pelo homem existe uma relação com o ambiente. Como é a relação do pantaneiro com o meio em que ele vive?
b) Escreva duas características interessantes do modo de viver dessas pessoas.
QUESTÃO 25 (Descritor: caracterizar as comunidades tradicionais.)
Assunto: Comunidades tradicionais
Existem comunidades que preservam sua cultura de forma tradicional.
a) Que características em comum possuem as comunidades tradicionais?
b) Dê dois exemplos de comunidades tradicionais.
c) Cite um problema vivido por essas comunidades atualmente.
Leia os textos a seguir e responda às questões 26 e 27.
DESCOBRINDO O CONSUMIDOR CONSCIENTE: 
UMA NOVA VISÃO DA REALIDADE BRASILEIRA
"Descobrindo o Consumidor Consciente: uma nova visão da realidade brasileira" é uma pesquisa que analisa o consumidor brasileiro de uma forma inédita: segundo seu grau de consciência no consumo. Apresentada no Dia Mundial do Consumidor (15 de março), a pesquisa mostra que existe um segmento diferenciado entre os consumidores brasileiros: um grupo que se define exclusivamente por sua adesão às práticas do consumo consciente, e do qual fazem parte pessoas de todas as classes sociais, idade e grau de instrução.
A pesquisa definiu quem eram os consumidores conscientes a partir de treze comportamentos que pressupõem a consciência no ato de consumo de produtos, recursos naturais ou serviços. Alguns deles são: fechar a torneira enquanto escova os dentes, apagar as luzes ao deixar um ambiente, separar lixo para reciclagem, pedir nota fiscal, ler o rótulo de um produto antes de comprar. Assim, foram definidos quatro grupos de consumidores:
· Conscientes (6%), os que adotam de 11 a 13 dos comportamentos. 
· Comprometidos (37%), os que adotam de 8 a 10 comportamentos.
· Iniciantes (54%), os que adotam de 3 a 7 comportamentos.  
· Indiferentes (3%), os que adotam de 0 a 2 comportamentos.
De acordo com os dados da pesquisa, os consumidores conscientes são os mais preocupados com a coletividade e sentem-se responsáveis pela melhoria da comunidade em que vivem. Eles são consumidores ativos, pois punem as empresas que adotam atitudes com as quais não concordam e recorrem aos órgãos de defesa do consumidor quando se sentem prejudicados.
(Fonte: http://www.akatu.net/conheca/pesquisa.asp - acesso em 10/05/2007)
CONSUMO CONSCIENTE
HÉLIO MATTAR REVELA DADOS DE PESQUISA
O presidente do Instituto Akatu conta 
“Como e por que os brasileiros praticam o consumo consciente?”
Da redação
Revista Vida Simples - 06/2007
Quais os resultados da pesquisa sobre o consumo consciente no Brasil?
Um em cada três consumidores brasileiros está num estágio elevado de consciência no consumo: 28% são consumidores comprometidos e 5% conscientes. Outros 59% são iniciantes e 8% indiferentes. O brasileiro ainda fala mais do que faz. Mais de 50% dos entrevistados concordaram com 31 dos 38 valores e crenças de consumo consciente, ao passo que, dos 42 comportamentos conscientes pesquisados, apenas sete são praticados por mais de 50% das pessoas. 
Por quê?
O consumo consciente é um fenômeno em desenvolvimento. Quando se começa a falar no assunto, o público tem uma reação positiva imediata, mas ainda não baseada em convicções. Depois, a mídia expõe mais a questão e o público passa a fazer melhor suas escolhas sem, no entanto, ter assimilado completamente os valores. Estamos nesta fase: o público começa a mudar suas atitudes, mas ainda há uma distância entre valores e comportamentos. Só numa terceira fase é que essa diferença diminui.
O que falta para chegarmos lá?
As pessoas reconhecerem que seu comportamentoindividual faz diferença no todo. Hoje, 75% dos brasileiros tomam atitudes de economia, como racionar água e luz, o que tem efeito direto e imediato, inclusive no bolso. O percentual cai para 45% quando se trata de planejar compras e ler rótulos e 30% no caso de reciclar o lixo ou consumir alimentos orgânicos - atitudes com benefícios a médio e longo prazo e impacto coletivo.
(Fonte: http://planetasustentavel.abril.uol.com.br/noticia/conteudo_236123.shtml - acesso em 01/06/2007)
QUESTÃO 26 (Descritor: analisar o consumidor brasileiro.)
Assunto: Consumo
Após ler o texto, responda:
a) O que fez a pesquisa "Descobrindo o Consumidor Consciente: uma nova visão da realidade brasileira"?
b) Na pesquisa descrita, os brasileiros foram classificados em grupos. Como estão distribuídos os consumidores brasileiros?
c) O que quer dizer a afirmativa de que “o brasileiro ainda fala mais do que faz”?
d) Helio Mattar afirma que o consumo consciente é algo que se desenvolve. Em que estágio estamos no Brasil?
e) O que é preciso para que os consumidores se tornem mais conscientes no Brasil?
QUESTÃO 27 (Descritor: propor atitudes de consumo consciente.)
Assunto: Consumo
Para que as pessoas mudem suas atitudes, é preciso que elas tomem conhecimento do que é o consumo consciente e de como praticá-lo.
Crie uma cartilha ilustrada explicando cinco regras fundamentais para o consumo consciente.
Leia a reportagem a seguir e responda às questões 28 e 29.
17/03/2005 - 10h49 
CONSUMO CONSCIENTE COMEÇA NA COMPRA DO PRODUTO
FLÁVIA MANTOVANI - Colaboração para a Folha
MARCOS DÁVILA da Folha de S. Paulo
Quando vai a um supermercado, a estudante de geografia Gabriela Otero toma algumas precauções para fazer as compras. No seu carrinho, não entram alimentos transgênicos nem produtos embalados em bandejas de isopor. Folhas verdes, só se forem orgânicas ou hidropônicas. Tudo é carregado em sacolas plásticas que ela leva de casa. Ao lavar frutas e verduras, ela se preocupa em não gastar muita água. Ao se desfazer das embalagens, separa o lixo reciclável e envia para a coleta seletiva. Gabriela pode ser considerada uma "consumidora consciente", ou seja, uma pessoa que busca a harmonia entre a sua satisfação, a preservação do ambiente e o bem-estar social.
O maior representante desse movimento no Brasil é o Instituto Akatu pelo Consumo Consciente (www.akatu.org.br). "Todos os dias fazemos escolhas ao comprar um produto ou serviço e ao decidir a forma de usá-lo e de descartá-lo. Temos responsabilidade até o fim. Para isso, precisamos de informação séria e fundamentada", diz Maluh Barciotte, gerente de mobilização social do instituto. 
Segundo Barciotte, o Akatu trabalha na linha de "pequenos gestos, grandes transformações". "Buscamos mostrar para as pessoas que elas são protagonistas. Uma ação pequena feita durante muito tempo por alguém já tem um efeito fantástico. Quando é feita por muitas pessoas, o impacto é maior ainda", diz. Além disso, trabalha-se com a idéia de que o consumidor consciente age conscientemente em vários setores de sua vida, interferindo, por exemplo, nas políticas públicas.
Em 2002, o instituto realizou uma pesquisa para detectar se o brasileiro consome com consciência. Foram ouvidas 1.200 pessoas com idades entre 18 e 74, moradoras de nove regiões metropolitanas e duas capitais do país. 
Os entrevistados tinham que responder a freqüência com que adotam 13 comportamentos - evitar deixar lâmpadas acesas em ambientes desocupados, usar o verso de folhas de papel já utilizadas e separar o lixo para reciclagem, entre outros. 
De acordo com as respostas, os entrevistados foram classificados em quatro grupos: 3% foram considerados individualistas (que adotam no máximo dois comportamentos), 54% iniciantes (de três a sete comportamentos), 37% comprometidos (de oito a dez) e 6% conscientes (de 11 a 13). 
Barciotte diz que o número de consumidores conscientes vem crescendo e que há menos preconceito contra eles. No entanto, ela observa que ainda tem gente que acha que quem se preocupa com a questão ambiental é "ecochato" ou "nerd". "Na verdade, são apenas pessoas que percebem que não há separação entre o homem e o ambiente e que preservar a natureza é melhor para todos, inclusive para elas."
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u3889.shtml - acesso em 10/05/2007)
QUESTÃO 28 (Descritor: caracterizar o consumo consciente.)
Assunto: Consumo
Após ler a reportagem, responda:
a) O que é um consumidor consciente?
b) Dê três exemplos de atitudes de um consumidor consciente.
c) O que significa a expressão: “pequenos gestos, grandes transformações”?
d) Que tipo de preconceitos enfrentam as pessoas que são consumidoras conscientes?
QUESTÃO 29 (Descritor: analisar as próprias atitudes de consumo.)
Assunto: Consumo
Você é um consumidor consciente? Justifique sua resposta.
Leia a reportagem a seguir e responda às questões 30, 31 e 32.
29/07/2004 - 08h12 
PREOCUPAÇÃO COM AMBIENTE ESTIMULA EMPRESAS A INVESTIR EM ECOLÓGICOS
ANA PAULA DE OLIVEIRA da Folha de S.Paulo
A estudante de biologia Raquel de Paiva Lino, 24, sente-se responsável pelo ambiente e vai em busca de soluções que possam minimizar sua contribuição ao agravamento da questão. Separa o lixo em casa, mas acha pouco. Ela já ouviu dizer que existem roupas e acessórios ecologicamente corretos, gostaria de adquiri-los, mas não sabe onde. Essa dificuldade, não por acaso, faz parte de uma estratégia da indústria têxtil, que prefere omitir a procedência da matéria-prima, temendo a rejeição dos brasileiros em consumir os reciclados.
Esse temor tem procedência: pesquisa divulgada em maio pelo Instituto Akatu pelo Consumo Consciente constatou que 36% dos brasileiros ainda acreditam que tudo o que é feito a partir de material reciclado possui qualidade inferior ao que é produzido com a matéria-prima virgem. O que Raquel - e a maioria dos consumidores - não sabem é que eles já estão nas araras e prateleiras de lojas e grandes magazines há pelo menos sete anos.
"Quando registramos a marca, ficamos na dúvida sobre como o brasileiro reagiria sabendo que o produto que ele estava comprando era feito de garrafa plástica de refrigerante reciclada. Pensamos que poderia ter uma conotação negativa e decidimos omitir o fato", afirma Helio Rubens Losito, gerente comercial da Unnafibras. A indústria recicla garrafas para obter o poliéster, polímero plástico derivado do petróleo, cuja fibra dá forma aos mais variados produtos, de roupas - incluindo de cama e mesa-, enchimento de edredons e bichos de pelúcia ao tecido do banco do carro. Segundo Losito, a Unnafibras, que recicla 30 mil toneladas de garrafa PET por ano, é responsável por suprir 20% da demanda do poliéster nacional.
Desde 2000, a empresa aposta no potencial de compra dos brasileiros conscientes e registrou a marca Ecofibras, que comercializa camisetas feitas com 50% de poliéster vindo de garrafas recicladas e 50% de algodão. "Por enquanto, fabricamos apenas uniformes profissionais e camisetas promocionais", diz Losito. Mas uma pequena parte dessa produção já pode ser comprada no varejo. O site Social Web vende sete modelos da camiseta reciclada e ainda doa 22% do valor do produto para as ONGs cadastradas na página. Tanto visualmente como pela textura, a camiseta assemelha-se às convencionais, mas o tecido retém muito mais calor do que o usado naquelas fabricadas só com algodão. A quantidade de poliéster usada normalmente em camisetas é de até 25%.
Segundo estimativa da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), 175 mil toneladas de carcaça de pneus são descartadas por ano, mas a indústria de calçados já utiliza esse entulho.
Há sete anos, a Side Walk reutiliza pneus usados não só para dar forma ao solado de alguns de seus calçados, mas também para confeccionar as tiras de chinelos. Os sapatos da Yepp, além do solado de pneu, possuem o tecido feito de lona usada de caminhão. Em ambos os casos, a desvantagem do produto fica por conta do peso, do aspecto rústico e da pouca opção de modelos. 
Assimcomo a Unnafibras, a Santista Têxtil só conta de que são feitos alguns de seus tecidos se alguém perguntar. O Ecol Denim, usado para a confecção de jeans, é produzido a partir de retalhos do tecido que são transformados em fios novamente. Segundo Luiz Ricardo Pegorin, gerente de marketing da empresa, esse reuso gera uma economia de 15% em relação ao processo convencional. 
Há quatro anos, a Santista partiu para o marketing ecológico e resolveu anunciar a confecção de um tecido que leva 23% de fibra de PET reciclada - com economia de 10% a 15% no preço final. Entre seus compradores, segundo Pegorin, estão hoje a Levi's e a Staroup.
A mais nova criação da empresa, para fazer saltitar o militante da causa, é o tecido sem poliéster, que é um subproduto do petróleo, um recurso natural não-renovável. Pioneiro no Brasil, o Santista Ingeo Denim é feito com 25% de Ingeo, primeiro plástico feito de amido, vindo principalmente de milho. "Mas ainda não é possível encontrá-lo no varejo, pois ainda está em desenvolvimento", diz Pegorin.
Mas nem tudo são flores no mundo do guarda-roupa ecologicamente correto. A fábrica de meias Selene, há pouco mais de dois anos, desativou sua linha de meias feitas com algodão orgânico --que não utiliza agrotóxicos no plantio. "As vendas foram baixas, não chegou a ficar nem um ano nas lojas", diz Solange Rossini, coordenadora de desenvolvimento de produtos da empresa. Segundo ela, as meias eram mais caras que as convencionais e não conquistaram o mercado.
Segundo o diretor-presidente do Akatu, Hélio Mattar, a falta de informação dos consumidores ainda é um empecilho para que a indústria têxtil ecológica - principalmente a reciclada - decole de vez. Na pesquisa do instituto, feita com mil entrevistados nos principais Estados do país, foram identificados três tipos de consumidor - do iniciante ao consciente -, "sendo que a diferença entre um e outro é a informação que cada grupo possui". O primeiro grupo, que corresponde a 57% dos brasileiros, sabe existir um problema, mas desconhece a solução: por exemplo, "não se dá conta da importância da separação do lixo e não sabe que existem camisetas feitas com garrafas recicladas", diz Mattar. Já o segundo, 37% da população, são pessoas que conhecem o problema ambiental e vão em busca de soluções. É nessa fase que as pessoas passam a aderir à coleta seletiva, mas também ignoram existir produtos feitos de materiais alternativos.
A minoria, 6% dos brasileiros, são consumidores conscientes - se preocupam com o coletivo e sabem da existência de produtos reciclados. Entre eles, diz Mattar, 76% compraram itens feitos com reciclados nos últimos seis meses. Números que tendem a crescer. "A cada dia, a cobrança da sociedade pela questão ambiental é maior. Hoje, nas escolas, as crianças já têm aulas de educação ambiental, coisa que há 20 anos não existia", explica Eduardo San Martin, do Departamento de Meio Ambiente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção).
Para identificar quem das 15 mil indústrias têxteis brasileiras está andando na linha, a Abit está desenvolvendo um "inventário ambiental". O catálogo, além de quantificar o impacto no ambiente causado por cada fábrica, vai certificar a empresa (que merecer) para que possa competir com os mesmos padrões impostos pela União Européia. Os resultados preliminares da pesquisa devem ficar prontos até o final deste ano.
"Unimos o útil ao reciclado", explica Luiz Ricardo Pegorin, gerente de marketing da Santista. A empresa, que começou a fabricar tecidos mais ecológicos pensando apenas na redução dos custos, descobriu que a etiqueta de "amigo do ambiente" melhora a imagem da marca.
 (...)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u3666.shtml - adaptação - acesso em 10/05/2007)
QUESTÃO 30 (Descritor: caracterizar os produtos ecologicamente corretos.)
Assunto: Consumo
Após a leitura da reportagem, responda:
a) O que é um produto ecologicamente correto?
b) Por que algumas indústrias preferem omitir a procedência da matéria-prima quando ela é reciclada?
c) Que produtos reciclados já são usados como matéria prima na fabricação de tecidos, roupas e calçados?
d) Você compraria produtos feitos com matéria prima reciclada? Justifique.
QUESTÃO 31 (Descritor: perceber a influência do consumidor nos processos usados na indústria.)
Assunto: Consumo
De que maneira podemos incentivar as indústrias a produzirem sem agredir o meio ambiente? 
QUESTÃO 32 (Descritor: compreender a importância da educação ambiental para o consumo consciente.)
Assunto: Consumo
"A cada dia, a cobrança da sociedade pela questão ambiental é maior. Hoje, nas escolas, as crianças já têm aulas de educação ambiental, coisa que há 20 anos não existia", explica Eduardo San Martin, do Departamento de Meio Ambiente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção).”
Explique como a educação ambiental de crianças pode fazer diferença para o consumo no Brasil.
Leia a reportagem sobre alimentos orgânicos e responda às questões 33 e 34.
VOCÊ É O QUE VOCÊ COME
A produção de alimentos sem agrotóxicos vem crescendo à média de 30% ao ano no Brasil. Saiba por que eles fazem bem a você, seu corpo e sua saúde.
por Adriano Quadrado | fotos José Carlos França | Produção Samir Zavitoski | Agradecimentos Sabor da Terra e Solo Orgânico 
O percurso dura menos de três horas, partindo de São Paulo. Ao chegar à Estância Demétria, porém, a sensação que se tem é a de uma viagem no tempo. É difícil dizer se chegamos ao passado, por causa do jeitão simples e rústico, ou se já estamos num futuro utópico, em que as pessoas dividem o que têm, decidem tudo democraticamente e vivem em equilíbrio com a natureza. Ali, na periferia de Botucatu, dezenas de famílias - mais funcionários, estagiários e amantes da ecologia vindos de vários cantos do mundo - mantêm uma tradição de 30 anos: fazer funcionar, de forma autônoma e auto-sustentável, uma grande fazenda com escola, oficinas de artes, igreja da linha antroposófica e uma loja que só vende os produtos cultivados nas hortas, pomares e currais. Com uma diferença: tudo é orgânico, ou seja, 100% natural, sem fertilizantes sintéticos, agrotóxicos, aditivos ou conservantes químicos, com respeito ao meio ambiente, responsabilidade social e muitos cuidados ecológicos. Neste momento em que a discussão sobre alimentos transgênicos ocupa os jornais e as discussões governamentais, saiba por que a experiência da estância, marco do movimento orgânico no Brasil, tem muito a ver com a sua vida. 
Diferentemente do que muitos imaginam, não existem apenas vegetais e frutas produzidos de forma orgânica. Qualquer alimento pode ser produzido sem nenhum tipo de aditivo químico: pães, doces, massas - além, é claro, de ovos, laticínios e carnes. Nos países europeus onde o movimento é mais desenvolvido, há bebidas alcoólicas, roupas e cosméticos totalmente naturais. O administrador da Estância Demétria, Paulo Roberto Cabrera, diz que o ideal seria viver assim, "pois os venenos são estranhos ao organismo da terra". 
No mundo todo, a proporção de orgânicos à disposição das pessoas ainda é pequena - 5% nos lugares em que a onda verde é mais forte -, mas a indústria cresce rapidamente e hoje movimenta 20 bilhões de dólares por ano. No Brasil, menos de 1% das terras cultivadas geram alimentos livres de agrotóxicos. Mas o crescimento do mercado é espantoso: mais de 30% ao ano. E você? Já entrou nessa onda? Confira agora cinco motivos para optar pelos orgânicos em sua próxima compra. 
1. Não aos agrotóxicos
A "tecnologia" utilizada para produzir orgânicos é exatamente a mesma de nossos antepassados, há 50, 100 ou 300 anos. Eles são totalmente livres de fertilizantes, hormônios, aditivos, drogas veterinárias e químicos em geral. Essa é a primeira - e mais importante - razão pela qual a agricultura à moda antiga está voltando à cena. A grande vantagem está naquilo que a gente não consome, a carga de produtos que deixa de ser ingerida. Por mais que não haja estudos conclusivos sobre os efeitos

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