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Aerodispersóides: Partículas Suspensas no Ar

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www.maracamisassa.com.br Pág. 1 
 
 
 
AERODISPERSÓIDES 
 
Olá futuros colegas! Tudo bem? 
 
Elaborei este texto com o objetivo de desmitificar estes termos 
técnicos que às vezes nos assustam! Apesar de os aerodispersóides 
serem um tema bastante longo procurei fazer um pequeno resumo 
neste artigo. 
 
E para ganharmos tempo, antes que vocês fiquem imaginando 
porque eu escolhi este tema, já adianto que ele está presente pelo 
menos em três normas regulamentadoras: NR7, NR9 e NR15!!! 
Sendo, portanto, um assunto passível de ser cobrado na prova!!! 
 
 
O que são aerodispersóides? 
 
Os aerodispersóides são partículas sólidas ou líquidas, suspensas ou 
dispersas no ar. São também chamados de particulados ou aerossóis. 
 
Como estas partículas possuem tamanhos microscópicos e massa 
extremamente reduzida, nem mesmo a ação da gravidade é capaz de 
provocar sua deposição imediata, no solo ou em alguma superfície. 
Por este motivo, tais partículas ficam suspensas no ar e podem levar 
horas para se depositar. 
 
Dentro do contexto de riscos ambientais, os aerodispersóides são 
agentes químicos e recebem especial atenção da higiene ocupacional, 
pois dependendo de sua concentração e tamanho das partículas, eles 
representam sérios riscos à saúde dos trabalhadores. Veremos ao 
longo deste artigo porque isso acontece. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.maracamisassa.com.br Pág. 2 
 
 
Classificação dos aerodispersóides quanto à origem 
 
Dependendo de sua origem, os aerodispersóides são classificados 
em: 
 
• Névoas 
• Neblinas 
• Poeiras 
• Fumos 
A figura a seguir apresenta esta classificação: 
 
Observações: 
 
- Névoas: Particulados líquidos gerados pela ruptura mecânica de 
um líquido: imaginem a queda de uma cachoeira; a névoa é formada 
por partículas líquidas geradas pela ruptura mecânica da água ao 
sofrer a queda. Em um ambiente de trabalho um exemplo é a névoa 
de tinta (formação de spray), gerada pela pintura com uso de 
revolver pneumático ou ainda a névoa formada pela aplicação de 
agrotóxicos utilizando-se nebulizadores. 
 
 
 
 
 
www.maracamisassa.com.br Pág. 3 
 
 
 
- Poeira: Particulados sólidos formados pela quebra de um sólido, 
resultante de operações como escavações, serviços de lixamento, 
explosões, perfurações, limpeza abrasiva, etc. As poeiras podem ser 
vegetais ou minerais. 
 
- Fumos metálicos: A liberação de um fumo metálico inicia-se 
quando um metal é aquecido, como por exemplo, nos processos de 
soldagem. Este aquecimento gera um vapor que, ao entrar em 
contato com o ar, se condensa e forma o fumo. 
 
Os riscos que os fumos metálicos oferecem à saúde dependem do 
metal que está sendo aquecido (ou soldado) e da composição do 
eletrodo utilizado na solda. A maioria dos metais (e respectivos 
compostos) utilizados nas indústrias está associada a riscos. 
 
Dentre os metais de maior risco, destacam-se o chumbo, cromo, 
manganês e seus compostos, sendo que o fumo metálico gerado pelo 
aquecimento do chumbo é um dos que apresenta maior toxicidade, 
sendo responsável por uma doença ocupacional conhecida como 
saturnismo ou plumbismo. 
 
- Neblina: É a suspensão de partículas líquidas no ar por 
condensação do vapor de um líquido volátil ou que tenha sido 
aquecido em processo industrial. Nas indústrias, a ocorrência da 
neblina de um agente químico é rara. 
 
Tamanho das partículas 
 
Sabemos que uma das defesas naturais do nosso sistema respiratório 
é formada pelos cílios das narinas e pela mucosa da garganta 
(existem também outros mecanismos de imunidade que fogem do 
escopo deste texto). 
 
Entretanto, estas defesas naturais não são tão eficientes quando se 
trata de aerodispersóides cujas partículas são microscópicas. 
 
O tamanho das partículas dos aerodispersóides varia de acordo com a 
substância: 
 
 
www.maracamisassa.com.br Pág. 4 
 
 
- Poeiras: entre 0,5µm a 200µm (mícrons ou micrometros) 
 
- Fumos metálicos: entre 0,001 µm a 0,5 µm (mícrons ou 
micrometros) 
 
Para vocês terem uma ideia, 1 µm = 0,000001m 
 
O tamanho das partículas é importante porque determina o quanto o 
sistema respiratório é afetado. Quanto menor a partícula, mais perigo 
ela representa. 
 
O local de deposição no organismo da poeira inalada vai depender do 
tamanho das partículas da poeira. Dependendo do tamanho, as 
partículas de poeira podem ficar retidas na garganta, na traqueia ou 
podem chegar até os pulmões. 
 
Já os fumos metálicos, devido ao tamanho microscópico de suas 
partículas, conseguem penetrar profundamente nos pulmões, 
podendo até mesmo atingir a corrente sanguínea. 
 
Aerodispersóides Fibrogênicos e Não Fibrogênicos 
 
São considerados aerodispersóides fibrogênicos aqueles que causam 
fibrose pulmonar. 
 
Então, por exclusão, os aerodispersóides não fibrogênicos são 
aqueles que não causam fibrose pulmonar. 
 
E o que é a fibrose pulmonar? 
 
A fibrose pulmonar é uma pneumoconiose, ou seja, uma doença 
pulmonar ocupacional causada pela inalação de algumas poeiras 
vegetais ou minerais. 
 
Uma das principais características dos nossos pulmões, e que nos 
permite respirar, é a elasticidade. A fibrose pulmonar provoca a perda 
da elasticidade do tecido pulmonar, devido à inalação continuada, ao 
longo de muitos anos, de poeira. Mas como isso acontece? 
 
 
 
www.maracamisassa.com.br Pág. 5 
 
 
 
Quando partículas microscópicas de algumas poeiras conseguem 
chegar até os alvéolos pulmonares, elas se depositam no tecido 
pulmonar e provocam processos inflamatórios. Nos locais onde houve 
o processo inflamatório, aparecerão cicatrizes e o tecido pulmonar 
perderá a elasticidade, fazendo com que o trabalhador, ao longo dos 
anos e da exposição continuada, perca a capacidade respiratória (pois 
os pulmões ficam cada vez “menos” elásticos, suas paredes ficam 
endurecidas). Este é o quadro de fibrose pulmonar. 
 
A fibrose pulmonar é gerada principalmente pela inalação de poeira 
de sílica (neste caso chamada de silicose), carvão mineral e asbesto 
(neste caso chamada de asbestose). É uma doença irreversível e 
incurável. Sua evolução é progressiva, provocando a incapacidade 
para o trabalho. 
 
Apesar de os aerodispersóides não fibrogênicos não causarem fibrose 
pulmonar, eles causam diversas outras pneumoconioses, como por 
exemplo, bissinose (inalação da poeira do algodão) ou ainda 
bagaçose (inalação do pó do bagaço da cana de açúcar – bagaço 
seco). 
 
Aerodispersóides nas NRs 
 
NR7 – PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional 
 
A NR7 determina que os trabalhadores expostos a aerodispersóides 
fibrogênicos e não fibrogênicos devem ser submetidos aos seguintes 
exames complementares e na seguinte periodicidade: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.maracamisassa.com.br Pág. 6 
 
 
 
NR9 – PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
 
Apesar de a palavra “aerodispersóides” não aparecer na NR9, estes 
agentes estão presentes na definição de agentes químicos constantes 
no item 9.1.5.2: 
 
“Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou 
produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, 
nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou 
vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter 
contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por 
ingestão.” 
 
 
 
É isso aí, pessoal! Espero que vocês tenham gostado deste 
assunto! 
 
Abraços a todos! 
 
Mara Camisassa

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