Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Cadeia alimentar de estrelas-do-mar Sobre o costão rochoso exposto do estado de Washington, a zona entre marés abriga diversas espécies de cracas, cracas-de-pescoço-de-ganso, mexilhões, lapas e quítons (um tipo de molusco pastador). Todos esses animais são alimentos da estrela-do-mar Pisaster. O ecólogo Robert Paine, da Universidade de Washington, conduziu um experimento, clássico no estudo da ecologia, envolvendo essa e outras espécies. Paine removeu as estrelas-do-mar de uma área de estudo de 8 metros de comprimento por 2 metros de extensão vertical; uma área adjacente de tamanho semelhante foi deixada sem perturbação. Após a remoção das estrelas-do-mar, o número de espécies de presas na área experimental decaiu rapidamente, de 15 no início do estudo para 8 no fim. A diversidade declinou na área experimental, porque as populações de cracas e mexilhões aumentaram e expulsaram muitas das outras espécies. Quando Paine removeu as estrelas-do-mar dessas áreas, seu alimento principal, o mexilhão Mytilus, se espalhou rapidamente, expulsando outros organismos para fora das áreas experimentais e reduzindo a diversidade e a complexidade das teias alimentares locais, particularmente a diversidade de herbívoros. Ele concluiu que as estrelas-do-mar mantinham a diversidade da área limitando as populações de cracas e mexilhões, que eram competidores superiores em relação ao espaço na ausência de predadores. Pela manipulação de determinado tipo de relações entre espécies de níveis tróficos inferiores desta forma, Paine mostrou que os consumidores poderiam promover a diversidade e, portanto, controlar as estruturas de uma comunidade. Tais espécies são chamadas de predadores-chave, porque quando são removidos o edifício da comunidade desaba. Assim, a manutenção de populações de predadores-chave é um componente importante da estabilidade de uma comunidade. Texto retirado de: Ricklefs, R.E. 2003. A Economia da Natureza. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan Figura retirada e editada de: Ricklefs, R.E. 2010. A Economia da Natureza. 6ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan
Compartilhar