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INTRODUÇÃO
A Lei nº 8.666/1993 prevê que o valor pactuado
inicialmente entre as partes pode sofrer três espécies de
alterações:
- atualização financeira em decorrência de atraso no
pagamento, em consonância com o disposto no art. 40, XIV,
“c”;
- reajuste, que está previsto nos arts. 40, XI, e 55, III;
- reequilíbrio econômico-financeiro, consoante dispõe o
art. 65, II, “d”.
Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro
Atualização financeira
A atualização financeira tem por objetivo repor a perda de
poder aquisitivo que a moeda sofre com o passar do
tempo.
Trata-se de medida de justiça ao evitar que o contratante
sofra prejuízos em decorrência da mora da Administração.
Decorre do disposto nos arts. 40, inciso XIV, “c”, e 55,
inciso III, da Lei 8.666/93.
Atualização financeira
Art. 40. O edital conterá [...] e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
XIV - condições de pagamento, prevendo: [...]
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final
do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento;
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: [...]
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade
do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data
do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
Reajuste de preços
Reajuste de preços - decorre da álea ordinária e está vinculado a um
índice previamente definido no contrato. Tem como ideia central a
reposição da perda do poder aquisitivo da moeda por meio do
emprego de índices de preços prefixados no contrato administrativo.
Tem fundamento no art. 40, XI, da Lei nº 8.666/1993:
Art. 40. O edital conterá [...] e indicará, obrigatoriamente, o
seguinte:
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do
custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou
setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou
do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do
adimplemento de cada parcela;
Reajuste de preços
A Lei nº 10.192, de 14/2/2001, admite, para reajustar os
contratos, a utilização de índices de preços gerais, setoriais
ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos
insumos utilizados.
Para sua aplicação, exige-se o interregno mínimo de um
ano, a contar da data de apresentação da proposta ou do
orçamento a que se referir a proposta ou da data do último
reajustamento.
Reajuste de preços
A ausência de previsão contratual da possibilidade de
reajuste dos valores contratados afasta a sua concessão?
O direito à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro
do contrato tem raiz constitucional (art. 37, XXI), não deriva
de cláusula contratual ou de disposição editalícia.
Assim, a ausência de previsão contratual não afasta a
possibilidade de concessão do reajuste, caso devido, na
forma prevista na legislação pertinente.
Reequilíbrio econômico-financeiro
Reequilíbrio econômico-financeiro do contrato - decorrente
de álea extraordinária e extracontratual - trata do
reestabelecimento da relação contratual inicialmente
ajustada pelas partes, desde que a alteração tenha sido
provocada por álea extraordinária superveniente ao
originalmente contratado. Instituto previsto no artigo 65,
inciso II, alínea “d”, da Lei nº 8.666/1993, é concedido ao
contratado pela Administração, desde que se verifique a
ocorrência das hipóteses específicas de sua admissibilidade
apontadas pela lei.
Reequilíbrio econômico-financeiro
O reequilíbrio econômico-financeiro do contrato tem por
fundamento a Teoria da Imprevisão.
Deve ser aplicado:
a) quando ocorrerem fatos imprevisíveis ou previsíveis de
conseqüências incalculáveis, que retardem ou impeçam a
execução do ajuste;
b) em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe;
c) quando esses fatos provocarem impactos significativos na
equação econômico-financeira do contrato.
REAJUSTES CONTRATUAIS
Reajuste – Edital de Licitação
▪ Art. 40 da Lei de Licitações:
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a
variação efetiva do custo de produção, admitida a
adoção de índices específicos ou setoriais, desde a
data prevista para apresentação da proposta, ou
do orçamento a que essa proposta se referir, até a
data do adimplemento de cada parcela;
▪ Não confundir Reajuste com Revisão. São dois
institutos jurídicos distintos.
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta
Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de
direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os
princípios da teoria geral dos contratos e as disposições
de direito privado.
Cláusulas do Contrato - Lei 8.666/93 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que
estabeleçam:
(...)
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-
base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios
de atualização monetária entre a data do adimplemento das
obrigações e a do efetivo pagamento;
Cláusulas do Contrato - Lei 8.666/93 
Reajuste - Apostilamento
▪ Art. 65 da Lei de Licitações:
§ 8º A variação do valor contratual para fazer face
ao reajuste de preços previsto no próprio
contrato, as atualizações, compensações ou
penalizações financeiras decorrentes das condições
de pagamento nele previstas, bem como o
empenho de dotações orçamentárias
suplementares até o limite do seu valor corrigido,
não caracterizam alteração do mesmo, podendo
ser registrados por simples apostila, dispensando a
celebração de aditamento.
Reajuste
▪Lei nº 10.192, de 14 de fevereiro de 2001 - Dispõe sobre medidas
complementares ao Plano Real e dá outras providencias:
Art. 2º É admitida estipulação de correção monetária ou de reajuste por índices de preços gerais,
setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados nos
contratos de prazo de duração igual ou superior a um ano.
§ 1º É nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou correção monetária de
periodicidade inferior a um ano.
§ 2º Em caso de revisão contratual, o termo inicial do período de correção monetária ou
reajuste, ou de nova revisão, será a data em que a anterior revisão tiver ocorrido.
(...)
Art. 3º Os contratos em que seja parte órgão ou entidade da Administração Pública direta ou
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, serão reajustados ou
corrigidos monetariamente de acordo com as disposições desta Lei, e, no que com ela não
conflitarem, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
§ 1º A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir
da data limite para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm
Cálculo do Reajuste com Índice Unitário
Os preços permanecerão válidos pelo período de um ano. Após este prazo,
os preços serão reajustados, aplicando-se a seguinte fórmula:
R = V.[(Ii-Io)/Io]
onde:
R = o valor do reajustamento procurado;
V = o valor contratual a ser reajustado;
Ii = o índice correspondente ao mês do reajuste;
Io = o índice inicial correspondente ao mês de apresentação da proposta.
Cálculo do Reajuste com Índice Unitário
Exemplo:
▪ Preço global da obra: R$ 8.000.000,00
▪ Prazo contratual: 28 meses
▪ Data do orçamento: setembro de 2005
▪ Soma dos pagamentos realizados nos primeiros doze meses contados a 
partir da data do orçamento: R$ 5.000.000,00
▪ Parcelas a pagar, após 12 meses contados a partir da data do orçamento:
▪ R$ 1.000.000,00 em novembro de 2006;
▪ R$ 800.000,00 em fevereiro de 2007;
▪ R$ 1.200.000,00 em janeiro de 2008.
Cálculo do Reajuste com Índice Unitário
Vamos calcular os reajustes da obra:
1) Datas-marco e valores de indicadores econômicos a adotar no cálculo:
Io = INCC – setembro/2005: 324,164
I1 = INCC – setembro/2006: 340,670
I2 = INCC – setembro/2007: 359,276
2) Cálculo do Reajuste (R1) da parcela deR$ 1.000.000,00, a ser paga em
novembro de 2006:
IR1 = (INCCset-2006 – INCCset-2005)/INCCset-2005
IR1 = ( 340,670 – 324,164)/324,164 = 0,050
R1 = V x IR
R1 = 1.000.000 x 0,050 = R$ 50.000,00
Parcela reajustada: 1.000.000 + 50.000 = R$ 1.050.000,00
Cálculo do Reajuste com Índice Unitário
3) Cálculo do reajuste (R2) da parcela de R$ 800.000,00, a ser paga em fevereiro 
de 2007:
A data do pagamento desta parcela não ocorre depois de doze meses a partir 
da data do primeiro reajuste, portanto, o seu IR será o mesmo R1.
IR1 = 0,050
R2 = V x IR1
R2 = 800.000 x 0,050 = R$ 40.000,00
Parcela reajustada: 800.000 + 40.000 = R$ 840.000,00
Cálculo do Reajuste com Índice Unitário
4) Cálculo do reajuste (R3) da parcela de R$ 1.200.000,00, a ser paga em janeiro 
de 2008:
A data do pagamento desta parcela ocorre depois de doze meses a partir da data 
do primeiro reajuste, portanto, o seu IR será:
IR2 = (INCCset-2007 – INCCset-2005)/INCCset-2005
IR2 = ( 359,276 – 324,164)/324,164 = 0,108
E o seu R será:
R3 = V x IR2
R3 = 1.200.000 x 0,108 = R$ 129.600,00
Parcela reajustada: 1.200.000,00 + 129.600 = R$ 1.329.600,00.
Cálculo do Reajuste com “cesta” de Índices
▪ As obras públicas variam bastante quanto à natureza dos serviços
contratados. Por exemplo, uma construção de rodovia de pavimento
flexível possui preponderância de serviços de terraplenagem e de materiais
betuminosos. Já a construção de uma adutora pode ser intensiva em
material de ferro fundido.
▪ Portanto, apesar do fato de que em alguns casos, citando exemplo de
obras de edificações, a utilização de um índice geral de variação de preços
ser adequada, a utilização generalizada desse mesmo índice para todos os
tipos de obras raramente resultará em uma aproximação razoável da
variação real, tendo em vista que os insumos não possuem variação de
preços linear.
Cálculo do Reajuste com “cesta” de Índices
▪ Para ilustrar a distorção decorrente utilização de índice geral de variação
de preços, considere a situação hipotética de uma obra para construção de
uma adutora cujos serviços a serem executados possuem os seguintes
percentuais de participação no preço global:
Índices Setoriais da Fundação 
Getúlio Vargas - FGV 
% de 
participação 
no preço 
global 
Mai/2008 a 
Mai/2009 
Valores 
Índice de Custo de Edificações - Total 
- Média Geral 1,8% 8,9757% 687.772,29 
Índice de Obras Hidrelétricas - 
Equipamentos Nacionais 18,7% 5,1239% 7.306.182,22 
Índice de Obras Hidrelétricas - 
Produtos de Ferro Fundido 65,1% 7,6685% 25.417.831,38 
Índice de Obras Hidrelétricas - 
Escavação em Rocha a Céu Aberto 4,8% 
6,5016% 1.861.956,42 
Índice de Obras Hidrelétricas - 
Concreto Armado 4,6% 10,6838% 1.799.988,13 
Índice de Obras Hidrelétricas - 
Escavação Comum 4,1% 3,9807% 1.616.614,98 
Índice de Obras Rodoviárias - 
Pavimentação 0,9% 7,6818% 345.319,46 
Valor original do contrato (Preço 
Global) 
 39.035.664,88 
 
 
Cálculo do Reajuste com “cesta” de Índices
▪ Dos valores apresentados calcula-se uma média ponderada de
7,15% de variação entre maio/2008 e maio/2009. Utilizando-
se o INCC-M resultaria numa variação de 8,98%. Ou seja,
1,83% maior. Nesse caso, a diferença representa R$
714.352,67.
Cálculo do Reajuste com “cesta” de Índices
Exemplo:
O presente contrato tem por objeto a execução das obras e
serviços relativos aos sistemas de esgotamento sanitário, nos
Municípios de Botuporã, Paramirim; e Rio do Pires, do Estado
de Bahia, situados na Bacia do Rio São Francisco, distribuídos
em 03 (três) lotes, a saber:
▪Lote 01 – Município de Botuporã;
▪Lote 02 – Município de Paramirim; e
▪Lote 03 – Município de Rio do Pires
Cálculo do Reajuste com “cesta” de Índices
Os preços permanecerão válidos por um período de um ano. Após este prazo serão reajustados, por responsabilidade
da CODEVASF, aplicando-se a seguinte fórmula (desde que todos os índices tenham a mesma data base):
R = V.[N1.(Ti–To)/To+N2.(Ei-Eo)/Eo+N3.(CAi-CAo)/CAo+N4.(MPi-MPo)/Mpo+N5.(Fi-Fo)/Fo+N6.(MOi-
MOo)/MÔO+N7.(MEi-Meo)/Meo]
Onde :
R - valor do reajustamento
V - valor a ser reajustado
N1 - percentual de ponderação de serviços de Terraplenagem frente à totalidade dos serviços a executar.
N2 - percentual de ponderação de serviços de Edificações frente a totalidade dos serviços a executar.
N3 - percentual de ponderação de serviços de Concreto Armado frente à totalidade dos serviços a executar.
N4 - percentual de ponderação de serviços de Materiais Plásticos frente à totalidade dos serviços a executar.
N5 - percentual de ponderação de serviços de Ferro, aço e derivados frente à totalidade dos serviços a executar.
N6 – percentual de ponderação de serviços de Mão de obra especializada frente à totalidade dos serviços a executar.
N7 – percentual de ponderação de serviços de Máquinas e equipamentos industriais frente à totalidade dos serviços
a executar.
Ti – Refere-se à coluna 38 da FGV – Terraplenagem, cód. AO157956, correspondente ao mês de aniversário da
proposta.
To – Refere-se à coluna 38 da FGV – Terraplenagem, cód. AO157956, correspondente ao mês de apresentação da
proposta.
Cálculo do Reajuste com “cesta” de Índices
Ei – Refere-se à coluna 35 da FGV – Edificações Total, cód.AO159428, correspondente ao mês de 
aniversário da proposta.
Eo – Refere-se à coluna 35 da FGV – Edificações Total, cód. AO 15948, correspondente ao mês de 
apresentação da proposta.
CAi – Refere-se à coluna 5 da FGV – Obras Hidroelétricas – Concreto Armado, cód. AO160116, 
correspondente ao mês de aniversário da proposta.
CAo – Refere-se à coluna 5 da FGV – Obras Hidroelétricas – Concreto Armado, cód. AO160116, 
correspondente ao mês de apresentação da proposta.
MPi – Refere-se à coluna 56 da FGV – Química materiais Plásticos, cód.AO160752, correspondente ao 
mês de aniversário da proposta.
MPo – Refere-se à coluna 56 da FGV – Química materiais Plásticos, cód. AO160752, correspondente ao 
mês de apresentação da proposta.
Fi – Refere-se a coluna 32 da FGV – Ferro, aço e derivados, cód. AO160515, correspondente ao mês de 
aniversário da proposta.
Fo – Refere-se a coluna 32 da FGV – Ferro, aço e derivados, cód. AO160515, correspondente ao mês de 
apresentação da proposta.
MOi – Refere-se a coluna 13 da FGV Mão de obra Especializada, cód. AO159886, correspondente ao mês 
de aniversário da proposta.
MOo – Refere-se a coluna 13 da FGV Mão de obra Especializada, cód. AO149886, correspondente ao Mês 
de apresentação da proposta.
MEi - Refere-se a coluna 36 da FGV Máquinas e equipamentos industriais, cód. AO160558, 
correspondente ao mês de aniversário da proposta
MEo - Refere-se a coluna 36 da FGV Máquinas e equipamentos industriais, cód. AO160558, 
correspondente ao mês de apresentação da proposta.
Cálculo do Reajuste com “cesta” de Índices
Os valores considerados referente aos fatores N1, N2, N3, 
N4, N5, N6 e N7, serão os a seguir, apresentados:
Município FATOR 
N1
FATOR 
N2
FATOR 
N3
FATOR 
N4
FATOR 
N5
FATOR 
N6
FATOR 
N7
Botuporã 31,2 38,8 2,21 14,5 2,6 4,9 5,8
Paramirim 21,19 34,5 14,5 14,9 3,5 4,3 7,2
Rio do 
Pires 
30,9 35,9 2,4 16,0 3,0 4,5 7,3
Reajustes Diferenciados para Cada Preço Unitário
▪ Os métodos já ilustrados tratam da aplicação de um índice único ou
de uma “cesta” de índices de forma linear sobre todos os serviços
por executar.
▪ Por isso, é possível haver desequilíbrio econômico-financeiro do
ajuste no caso de o preço unitário de algum serviço ainda não
executado deixar de acompanhar a variação do índice de reajuste.
▪ Para se obter um reajustamento que reflita o mais fielmente
possível a efetiva variação de preços dos insumos dos serviços
contratados, seria necessário aplicar a variação de preços cada
insumo ao orçamento original.
Reajustes Diferenciados para Cada Preço Unitário
▪ Os serviços seriam reajustados individualmente, aproximando o
reajuste de uma revisão de preços “automática” após
transcorrer o prazo anual estabelecido pela lei.
▪ Como essa abordagem implicaem grande complexidade nos
cálculos, uma solução é a adoção de índices (ou “cestas” de
índices) de variação de preços distintos a serem aplicados em
determinados grupo de serviços. Dessa forma, há controle no
incremento do nível de complexidade nos cálculos e há uma
aproximação bastante razoável da efetiva variação de preços.
▪
Reajustes Diferenciados para Cada Preço Unitário
▪ Como exemplo de utilização de vários índices para reajuste de grupos de serviços,
pode-se citar a Instrução de Serviço/DG/DNIT nº 02/2002, publicada pelo Dnit.
▪ Na citada norma, aplicável aos contratos e obras rodoviárias, os reajustamentos de
preços deverão ser realizados utilizando nove índices de variação de preços de
nove grupos de serviços, assim agrupados:
▪ terraplenagem;
▪ drenagem;
▪ sinalização;
▪ pavimentação;
▪ pavimentação de concreto de cimento portland;
▪ conservação;
▪ obras de arte especiais;
▪ consultoria; e
▪ ligantes betuminosos.
Regionalização de Índices
▪ Outro ponto importante diz respeito à regionalização dos
índices a serem utilizados para reajuste.
▪ A variação de preços dos insumos em cada região do país
não se dá de forma linear.
▪ Há fatores que influenciam no preço que atingem
diferentemente o preço dos insumos quando destinados a
cada estado. Por exemplo pode-se citar o custo do frete
de onde o insumo é fabricado à obra, diferenças de ICMS
entre estados, convenções coletivas de trabalho com
diferentes datas-bases, entre outros.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Omissão do Critério de Reajuste:
Acórdão 592/2016-Plenário:
9.2. com fundamento no art. 250, inciso II, do Regimento Interno do TCU, determinar à
Fundação Oswaldo Cruz que:
9.2.1. no prazo de 15 (quinze) dias, providencie, em consonância com o que dispõem os
arts. 40, inciso XI, e 55, inciso III, da Lei 8.666/1993, a assinatura de termo aditivo ao
Contrato 104/2015, [...]., fixando o índice de reajuste para a contratação e, em seguida,
encaminhe cópia da documentação comprobatória a esta Corte de Contas;
Voto:
36. Com relação a ausência de previsão contratual de reajuste a Fiocruz refutou tal
constatação afirmando que o item 3.3 da Minuta do Contrato teria previsto o critério de
reajustamento, in verbis:
“3.3. O valor consignado neste Termo de Contrato é fixo e irreajustável, porém poderá ser
corrigido anualmente mediante requerimento da contratada, observado o interregno
mínimo de um ano, contado a partir da data limite para a apresentação da proposta, pela
variação do índice [em branco] ou outro que vier a substituí-lo.”
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Omissão do Critério de Reajuste:
Acórdão 592/2016-Plenário (voto):
37. Tal redação, além de ambígua, não fixa o índice ou conjunto de índices que seriam
utilizados no reajustamento, tampouco estabelece equação de cálculo do
reajustamento e outras informações igualmente importantes e obrigatórias, por força
do Decreto 1.054/1994, que regulamenta o reajuste de preços nos contratos da
Administração Pública Federal.
(...)
39. A respeito da irregularidade ora em apreciação, a [empresa] alegou que seria uma
falha meramente formal e que tal lacuna não exoneraria a Administração da
aplicação do reajuste de preços quando forem preenchidos os requisitos legais, nos
termos do art. 2º da Lei 10.192/2001. No entender da empresa, não existirão maiores
divergências entre as partes acerca do índice a ser aplicado no futuro, o qual poderá
ser extraído de publicações oficiais que tenham por objeto a variação do custo de
aquisição dos equipamentos e insumos aplicados na execução do referido serviço.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Omissão do Critério de Reajuste:
Acórdão 592/2016-Plenário (voto):
40. (...) não se pode olvidar que o direito à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do
contrato tem raiz constitucional (art. 37, XXI), não derivando de cláusula contratual ou de
disposição editalícia. Assim, a ausência de previsão contratual não afasta a possibilidade de
concessão do reajuste, caso devido, na forma prevista na legislação pertinente.
41. (...) vejo que podem surgir diversos embates entre o contratante e o contratado sobre o
índice de reajuste a ser aplicado. Tal constatação se coaduna com o fato de existirem dezenas
de índices gerais ou setoriais que poderiam ser cogitados, os quais muito provavelmente
apresentarão variações distintas após o interregno de um ano a contar da data-base de
reajustamento, o que poderia trazer repercussões financeiras muito relevantes em um
contrato de elevado vulto como o que ora se examina. Tal fato poderá inclusive a gerar a
judicialização de eventuais pleitos da contratada.
42. Assim, afigura-se que a única forma equânime para as partes seja dispor sobre o assunto
previamente, mediante a celebração de termo de aditamento contratual ao Contrato
104/2015, como forma de efetivar o cumprimento do disposto no art. 40, inciso XI, e o art. 55,
inciso III, da Lei de Licitações e Contratos.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Data-base do reajuste:
▪ Acórdão 1.707/2003-Plenário:
▪ “9.2.1 estabeleça já a partir dos editais de licitação e em seus contratos, de forma
clara, se a periodicidade dos reajustes terá como base a data-limite para apresentação
da proposta ou a data do orçamento, observando-se o seguinte:
▪ 9.2.1.1 se for adotada a data-limite para apresentação da proposta, o reajuste será
aplicável a partir do mesmo dia e mês do ano seguinte;
▪ 9.2.1.2 se for adotada a data do orçamento, o reajuste será aplicável a partir do
mesmo dia e mês do ano seguinte se o orçamento se referir a um dia específico, ou do
primeiro dia do mesmo mês do ano seguinte caso o orçamento se refira a
determinado mês;
▪ 9.2.2 para o reajustamento dos contratos, observe que a contagem do período de um
ano para a aplicação do reajustamento deve ser feita a partir da data base completa,
na forma descrita no item 9.1.1, de modo a dar cumprimento ao disposto na Lei nº
10.192/2001, em seus arts. 2º e 3º, e na Lei nº 8.666/93, em seu art. 40, inciso XI;”
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Contrato celebrado após mais de um ano da data -base:
▪ Acórdão 474/2005 – Plenário:
▪ “9.1.2. na hipótese de vir a ocorrer o decurso de prazo superior a um ano entre a data da
apresentação da proposta vencedora da licitação e a assinatura do respectivo instrumento
contratual, o procedimento de reajustamento aplicável, em face do disposto no art. 28, § 1º, da
Lei 9.069/95 c/c os arts. 2º e 3º da Lei 10.192/2001, consiste em firmar o contrato com os valores
originais da proposta e, antes do início da execução contratual, celebrar termo aditivo
reajustando os preços de acordo com a variação do índice previsto no edital relativa ao período
de somente um ano, contado a partir da data da apresentação das propostas ou da data do
orçamento a que ela se referir, devendo os demais reajustes ser efetuados quando se
completarem períodos múltiplos de um ano, contados sempre desse marco inicial, sendo
necessário que estejam devidamente caracterizados tanto o interesse público na contratação
quanto a presença de condições legais para a contratação, em especial: haver autorização
orçamentária (incisos II, III e IV do § 2º do art. 7º da Lei 8.666/93); tratar-se da proposta mais
vantajosa para a Administração (art. 3º da Lei 8.666/93); preços ofertados compatíveis com os de
mercado (art. 43, IV, da Lei 8.666/93); manutenção das condições exigidas para habilitação (art.
55, XIII, da Lei 8.666/93); interesse do licitante vencedor, manifestado formalmente, em continuar
vinculado à proposta (art. 64, § 3º, da Lei 8.666/93);
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Medição de Serviços no Mês de Reajuste
▪ Por ocasião do reajuste anual não se pode admitir a existência serviços executados,
porém, não medidos. Nesse caso, a emissão de boletim de medição ocorreria
posteriormente à data do reajuste. Consequentemente, haveria uma parcela dos
serviços medidos, executados na vigência dos preços originais, recebendo
indevidamentea incidência de reajuste
▪ Para evitar o surgimento desse problema, tendo em vista que desde o início do
contrato se sabe o data em que o mesmo poderá ser reajustado, o Roteiro de
Auditoria de Obras do TCU prescreve que a execução de medição a ser realizada na
data do reajuste, a fim de identificar todos os serviços executados sob a vigência dos
preços originais (ou anteriores, caso não se trate do primeiro reajuste).
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Reajuste de serviço novo
▪ Durante a execução do contrato, pode haver inclusão de novos serviços mediante
aditivos contratuais, os quais terão custos com data base distinta daquela do contrato.
Portanto, a aplicação de reajuste a esses serviços utilizando a data base do contrato
acarretaria distorções desfavoráveis à administração, uma vez que o reajustamento
necessariamente ocorreria em período inferior a um ano.
▪ Uma alternativa prioritária para solução do problema seria a opção por buscar o preço
dos serviços novos nos sistemas de referência de custos (Sicro, Sinapi etc.) na mesma
data-base do contrato. É o que estabelece o Decreto 7983/2013.
▪ Entretanto, essa alternativa as vezes é inviável, pois o novo serviço pode não estar
contemplado pelos sistemas referenciais de custos, exigindo que os preços dos novos
serviços sejam obtidos diretamente por meio de pesquisa de mercado, realizada em
data diferente da data-base do reajuste. Nesses casos, recomenda-se deflacionar o
preço do novo serviço para a data base do contrato pelo mesmo índice de reajuste
contratual.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Reajuste de serviço executado com atraso
▪ Muitas vezes se observa que o contratado atrasa intencionalmente a execução de
alguns serviços com o intuito de executá-los um ou dois meses depois recebendo os
preços reajustados pela aplicação dos índices cabíveis.
▪ Para evitar tal prática, o Decreto 1.054/1.994 dispõe que, ocorrendo atraso atribuível
ao contratado na execução das obras ou serviços, o reajuste obedecerá as seguintes
condições:
▪ se os índices aumentarem, prevalecerão aqueles vigentes nas datas previstas para
a realização do fornecimento ou execução da obra ou serviço;
▪ se os índices diminuírem, prevalecerão aqueles vigentes nas datas em que o
fornecimento, obra ou serviço for realizado ou executado.
▪ Obviamente, se houve uma prorrogação regular do contrato, oriunda de fator
alheio à vontade do contratado, exigindo a reformulação do cronograma físico-
financeiro da obra, prevalecerão os índices vigentes nas novas datas previstas para
a realização do fornecimento ou para a execução da obra ou serviço.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Indisponibilidade do Índice de Reajuste
▪ Durante a execução do contrato pode ocorrer situação em que o índice
adotado no edital tenha sua publicação descontinuada. Dessa forma o
parâmetro originalmente estabelecido para reajuste se torna inaplicável.
▪ Nesses casos, entende-se que a solução é a formalização de termo aditivo
selecionando novo índice ou reformulando a composição da cesta de índices,
conforme o caso. O índice que substituirá aquele cuja publicação foi
descontinuada deverá ser selecionado com cautela, refletindo da melhor
maneira possível a variação de preços dos serviços cujos preços irá reajustar,
assim como deveria ser o índice original.
▪ Todavia, costumam surgir litígios entre as partes por conta da escolha do
novo índice. Para evitar tais problemas, os contratos costumam desde logo
indicar índices alternativos a serem utilizados no caso da descontinuidade da
divulgação do índice de reajuste contratual.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Reajuste em Contratos de Duração Continuada
▪ Deve-se adotar a sistemática de repactuação em contratos de duração continuada
com cessão de mão de obra (terceirização), tomando como base a variação de custos
efetivos de mão de obra, em detrimento da sistemática de adoção de índices gerais de
preço para reajustamento periódico.
▪ Por outro lado, a jurisprudência do TCU, a exemplo dos Acórdãos 54/2012, 2.760/2012
e 3.388/2012, todos do Plenário, também tem admitido o uso do instituto do reajuste
em contratos de duração continuada em que não exista cessão de mão de obra ou
prevalência de custos associados ao pagamento de pessoal, como no caso de serviços
de telefonia, energia elétrica ou transporte.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Reajustes Subsequentes
▪ A Lei nº 10.192/2001 dispõe em seu art. 2º, § 2º, que, em caso
de revisão contratual, o termo inicial do período de correção
monetária ou reajuste, ou de nova revisão, será a data em que a
anterior revisão tiver ocorrido.”
▪ Ou seja, definida a data do primeiro reajustamento de preços, os
demais reajustes deverão ser realizados anualmente, na mesma
data-base.
▪ Entretanto, pode acontecer de ocorrer alteração do valor dos
serviços em data anterior à data-base do reajuste. Nesse caso,
entende-se que com a formalização do reequilíbrio econômico-
financeiro, há deslocamento da data base para os próximos
reajustes de preço. A nova data base passa a ser a data da
recomposição, com reajustes anuais a partir de então.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Possível existência de preclusão lógica.
▪ Há uma importante diferenciação a ser feita entre os contratos de escopo e os
contratos de duração continuada.
▪ Nos termos do raciocínio desenvolvido no Acórdão 1828/2008-Plenário, cada
prorrogação contratual de ajuste continuado caracteriza uma nova
contratação, de forma que uma vez assinado o termo aditivo, não é possível
mais ocorrer a repactuação.
▪ Nesse momento, caberia a contratada suscitar o seu direito a repactuação. Ao
assinar o aditivo de prorrogação, houve ratificação de todas as demais
cláusulas da avença originária, inclusive dos preços, comprometendo-se a
executar o objeto por mais 12 meses sem reajuste.
▪ Houve preclusão lógica quanto ao direito do reajuste.
▪ O mesmo não pode ser dito nos contratos por escopo, reajustado pela
aplicação automática de índices, que difere o tratamento a ser conferido em
relação ao instituto da repactuação.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Possível existência de preclusão lógica.
▪ O requerimento do reajuste por índice pelo contratado não é
uma condição para a fruição do direito e não pode ser
equiparado à aceitação dos preços contratados ou à renúncia
tácita ao direito de reajuste, não se configurando a preclusão
lógica neste caso.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Necessidade de o reajuste ser solicitado pelo
contratado
▪ O reajuste consiste na aplicação automática de índices gerais, específicos ou
setoriais que reflitam as elevações inflacionárias ou as reduções
deflacionárias.
▪ Sua concessão não demanda a prévia comprovação. pelo contratado da 
alteração de cada um dos custos envolvidos na execução do contrato; ao 
revés a ocorrência da variação de custos é presumida.
▪ O TCU, inclusive, já admitiu o caráter automático do reajuste em sentido
estrito, aduzindo que "A diferença entre repactuação e reajuste é que este é
automático e deve ser realizado periodicamente. mediante a simples
aplicação de um índice de preço, que deve. dentro do possível. refletir os
custos setoriais. Naquela, embora haja periodicidade anual, não há
automatismo. pois é necessária a demonstração da variação dos custos do
serviço" (Acórdão 1374/2006-Plenário).
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Necessidade de o reajuste ser solicitado pelo
contratado
▪ É o mais pura aplicação do princípio do pacta sunt servanda (o contrato faz lei
entre as partes), que também se aplica ao contrato administrativo, com base
no arts. 54 e 66 da Lei 8.666/1993:
Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo
com as cláusulas avençadas e as normas desta lei, respondendo cada uma
das partes pelas consequências de suas inexecução total ou parcial.
▪ Observando que a previsão de reajuste também é cláusula obrigatória do
edital, compre apresentar o art. 41 da Lei8.666/1993:
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do
edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
▪ Assim, o reajuste por índices exige sua aplicação de ofício pela Administração,
uma vez atingida a data-base, independentemente de qualquer solicitação da
contratada.
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Necessidade de o reajuste ser solicitado pelo
contratado
▪ Assim, o Parecer nº 2/2016/CPLC/DEPCONSU/PGF/AGU conclui:
a) o reajuste em sentido estrito dos preços contratados, previsto em edital e
contrato, deve ser automática e periodicamente realizado, de ofício, pela
Administração contratante;
b) não se fixou em lei, tampouco na regulamentação infra legal do instituto, a
exigência de prévia solicitação formal como condição para a concessão do
reajuste, muito menos se estabeleceu um prazo específico para que o contratado
exercesse esse seu direito, ao contrário do que se passa quanto à repactuação de
preços;
c) se o requerimento do reajuste por índice pelo contratado não é uma condição
para a fruição do direito, o fato de o particular não solicitar o reajuste
previamente à renovação do contrato ou ao seu encerramento não pode ser
equiparado à aceitação dos preços contratados ou à renúncia tácita ao direito de
reajuste, não se configurando a preclusão lógica neste caso;
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Necessidade de o reajuste ser solicitado pelo
contratado
d) o direito ao reajuste de preços é de natureza patrimonial e disponível,
admitindo a renúncia pelo contratado, desde que realizada de forma expressa e
inequívoca, preferencialmente por meio de disposição específica no termo aditivo
de prorrogação contratual a ser firmado entre as partes;
e) a Administração deve evitar a previsao, nos editais e contratos, de disposições
que atribuam ao contratado o ônus de pleitear, num determinado prazo, o
reajuste por índices dos preços contratados, já que esse tipo de exigência não se
coaduna com a natureza deste instituto;
f) caso o contrato administrativo contenha cláusula que condicione a concessão
do reajuste ao pedido expresso do contratado, fixando-lhe prazo para tanto, deve
ser assegurada, excepcionalmente, a observância dessa regra contratual, sendo
possível, nesse caso, postular a ocorrência da preclusão lógica do direito ao
reajuste;
Questões Controversas sobre os Reajustes
▪ Necessidade de o reajuste ser solicitado pelo
contratado
g) admite-se a possibilidade de os contratantes convencionarem, por meio de
termo aditivo, com efeitos ex nunc, a alteração de disposições contratuais que
atribuam ao contratado a iniciativa para o reajuste;
h) o contratado dispõe do prazo prescricional geral de 05 (cinco) anos, contados
desde o momento em que se completam os doze meses a partir
da data limite para a apresentação da proposta na licitação (ou do último
reajuste), para postular o direito de reajuste perante a Administração, salvo no
caso de excepcional previsão de prazos para o exercício desse direito no
instrumento contratual.
Alteração do Índice de Reajustamento Contratual
▪ Não se trata de uma hipótese de aditamento contratual expressamente prevista
em lei, mas considera-se possível a alteração do índice de reajuste previsto no
contrato, em duas hipóteses:
▪ 1) quando o índice de reajuste contratual tiver sua divulgação descontinuada;
▪ 2) quando este se demonstrar inadequado para manter o equilíbrio da equação
econômico-financeira pactuada face às variações econômicas reais.
▪ Nesse segundo caso, a alteração contratual deve se revestir de extrema cautela,
verificando se estão presentes todos os requisitos da Teoria da Imprevisão. Deve-
se demonstrar, então, que a cláusula de reajuste não mantém o equilíbrio da
equação econômico-financeira originalmente estatuída.
Alteração do Índice de Reajustamento Contratual
▪ É o que se depreende da exposição de Celso Antônio Bandeira de Mello:
“Exatamente pelas razões aduzidas, se e quando os índices oficiais a que se
reporta o contrato deixam de retratar a realidade buscada pelas partes quando
fizeram remissão a eles, deve-se procurar o que foi efetivamente pretendido, e
não simplesmente o meio que deveria levar – e não levou – ao almejado pelos
contraentes. Não padece dúvida de que os índices são um meio e não um fim. A
eleição de meio revelado inexato não pode ser causa elisiva do fim, mas apenas
de superação do meio inadequado. Para que as partes cumpram devidamente o
ajuste em toda sua lisura, boa-fé e lealdade, como de direito, cumpre que
atendam ao efetivamente pretendido, respeitando a real intenção das vontades
que se compuseram.”
Exemplo de Termos de Apostilamento
Exemplo de Termos de Apostilamento

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