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Prévia do material em texto

FLEXOGRAFIA
Bloco Comunicação Ltda.
São Paulo, Março de 2007
1ª edição
FLEXOGRAFIA
MANUAL PRÁTICO
E U D E S S C A R P E T A
Agradecimentos
 Pode parecer fácil, mas agradecer não é algo tão simples. Muitas pessoas ajudaram sobremaneira. 
Outros não perceberam que estavam contribuindo para esse documento. Porém, quero destacar os 
seguintes:
 Em primeiro lugar agradeço a Deus sobre todas as coisas que orienta e permite que as coisas 
aconteçam. Muito obrigado.
 Agradeço à minha família, cujo esteio é muito importante para que as coisas andem e finalmente 
cheguem ao final com sucesso.
 Agradeço ao amigo Wilson Paduan que me auxiliou no capítulo sobre impressão, pré-impressão 
e tintas entre outras informações.
 Agradeço ao amigo José Carlos de Freitas, que foi grande incentivador e cotizador para que as 
coisas acontecessem.
 Agradeço ao Lopez, Paulo Sergio, Daniela, Vlamir, Dutra e Letícia, que ajudaram a preparar ima-
gens e desenhos para o livro em seu tempo livre.
 Agradeço ao pessoal da Bloco de Comunicação (Marcos, Wilson e Carlos) em quem depositei 
confiança para a edição deste livro, pois sempre admirei o trabalho sério que fazem na revista 
EmbalagemMarca.
 Agradeço aos mestres Lorenzo Baer, Bruno Cialone, Sergio Vay e Bruno Mortara, cuja convivên-
cia me é sempre enriquecedora.
 Agradeço às empresas que acreditaram no projeto e que, espero, ganhem também por aposta-
rem em algo inédito na língua portuguesa.
 Agradeço aos dirigentes da Zaraplast, que permitiram essa contribuição sobre flexografia ao 
mercado. Isso mostra o diferencial de uma empresa que, por meio da qualidade de seus produtos, 
passou à vanguarda da flexografia em seu segmento no Brasil. Nunca pouparam esforços para 
implementar ações de melhoria como a aplicação das normas ISO e NBR de flexografia, além de 
acreditarem em meu trabalho. São meus mestres.
 Agradeço à Abflexo e à Abiea, que viabilizaram a divulgação e que apoiaram o projeto inédito 
no Brasil. Agradeço à ABTG e à Abigraf por também confiarem em meu trabalho junto à ISO/TC 130 
Comitê Internacional de normalização para a indústria gráfica mundial. Sou grato ao SENAI-SP que 
tanto contribuiu para o meu crescimento como profissional e, acima de tudo, como pessoa. 
 Agradeço aos meus companheiros de trabalho que pontuaram com excelentes contribuições e a 
todos aqueles que, no decorrer de muitos anos, me ajudaram e tiveram paciência comigo.
 Agradeço a minha esposa Miriam que é uma das maiores incentivadoras e que me motiva a mos-
trar-lhe um trabalho bem feito. Agradeço sua paciência e agradeço por ser simplesmente “minha”.
 A todos meu MUITO OBRIGADO!
Dedicatória
Dedico este livro à minha mãe. Sabe, dedicar uma obra à mãe certamente parece lugar-comum. 
Mas não é. Minha mãe é um exemplo de dedicação e trabalho. Durante muito tempo, trabalhou 
duro junto com meu pai e minha irmã para que eu estudasse e cursasse o Senai de Artes Gráficas. 
E não foram apenas os dois anos de aprendizagem industrial, mas também os quatros anos que 
se seguiram de escola técnica no mesmo Senai Theobaldo de Nigris. Eram tempos difíceis, em que 
levávamos arroz com feijão e ovo (às vezes frito, às vezes omelete ou outra criação pra disfarçar) 
boa parte da semana. 
Nascida no interior de São Paulo, logo mudou-se com sua família para o interior do Paraná, onde 
seu pai comprou um pedaço de terra. Época muito difícil. Com o tempo conheceu meu pai e se 
casou. Depois de eu e minha irmã nascermos no norte do Paraná, vieram para São Paulo tentar a 
vida, como se diz. Mais épocas difíceis. Mas nunca desistiram e com o tempo conseguiram criar-nos 
com educação e preceitos éticos e morais que, penso eu, sejam o maior legado de todos.
Hoje tenho minha mãe como exemplo, inspiração de persistência e determinação. Acredito real-
mente que os pais são a base para o que os filhos serão no futuro. Pois no meu caso foi isso que 
aconteceu. Obrigado pai. Obrigado mãe. 
Prefácio
 O Professor Eudes Scarpeta entendeu que o desenvolvimento técnico sustentável da flexografia no 
Brasil dar-se-á somente com a superação de seu maior paradigma: “Investimento em capital humano”, 
através do estudo, pesquisa e difusão dessas informações valiosas aos profissionais do setor. O Mercado 
da Flexografia bem-informado e a cada dia mais promissor, agradece.
 O Profissional Eudes Scarpeta continua contribuindo na consolidação deste ideal de crescimento, 
liderando o projeto de normalização setorial junto à ISO (Comitê para Normalização da Flexografia, 
onde atua como Líder de Projeto Internacional), elevando à condição de “Empreendedor, Inovador e 
Pioneiro” o nosso país, o Mercado e todos nós, profissionais oriundos do meio. O Brasil, na berlinda da 
normalização, agradece.
 O Autor Eudes Scarpeta lança seu segundo livro técnico para a indústria gráfica e convertedora. 
Depois de uma visão abrangente, clara o objetiva sobre redução de setup (e custos) para offset, rotogra-
vura e flexografia (Como diminuir o setup na impressão - Editora Scortecci - 2005), ele compila tudo 
o que aprendeu, vivenciou e praticou nos seus trabalhados em flexografia, uma obra bastante útil e 
necessária ao nosso segmento. Os leitores, ansiosos, agradecem.
 O Amigo Eudes Scarpeta me estende o gentil convite de prefaciar este livro, de compartilhar seu 
conhecimento, sua sabedoria e mais do que tudo isso, me honrar com a sua amizade. O admirador 
Aislan Baer, com sinceridade e votos de sucesso, agradece.
Capítulo 1 – Introdução .......................................................... 13
 Como surgiu a flexografia ........................................................ 14
 Características da flexografia ................................................... 14
 Chapa flexível, mas resistente .................................................. 15
 Tinta líquida e de secagem rápida ........................................... 15
 Sistema de entintagem ............................................................ 15
 Impressoras para todas as necessidades ................................. 16
 As variáveis a serem controladas na flexografia ....................... 18
 Características do processo flexo ............................................. 19
 Como identificar um impresso em flexografia .......................... 19
 Características das impressoras .............................................. 20
Capítulo 2 – O design e a produção gráfica .................. 23
 Que cuidados o designer da embalagem deve ter? .................. 28
 A cor que eu vejo na tela do computador 
 é a mesma que eu vou obter na impressão? ........................... 28
 É possível aproximar a cor que vejo 
 no monitor e o resultado impresso? ......................................... 28
 Que tipos de textos são mais apropriados para flexografia? ..... 29
 O corpo do texto afeta a impressão? ........................................ 29
 Que cuidados se deve ter com textos negativos? ..................... 29
 Qual a diferença entre fontes PostScript e TrueType? ............... 30
 Por que as fontes PostScript são 
 melhores em Macintosh que em PC? ....................................... 30
 Imagem e ilustração não são a mesma coisa? ......................... 31
 O que é resolução da imagem? Qual devo 
 usar para imprimir em flexografia? .......................................... 31
 Qual o melhor tipo de “formato” de imagem? .......................... 32
 O que são ilustrações em vetor e bitmap? ............................... 33
 Qual a melhor? ........................................................................ 34
 O que é color trap e para que serve? ....................................... 34
 O que é um arquivo em PDF/X? ............................................... 35
 O que é o PDF/X-1a? ............................................................... 35
 Quais são os itens de um checklist 
 básico para orientar o trabalho do designer? ........................... 38
Capítulo 3– Pré-impressão de flexografia .................... 41
 O que é pré-impressão? .......................................................... 42
 Quais os equipamentos utilizados? .......................................... 42
 Quais os softwares utilizados na pré-impressão? ..................... 43
 Como a imagem é preparada para ser impressa? .................... 43
 O que é retícula? ..................................................................... 43
 O que é quadricromia? ............................................................. 44
 Os pontos de retícula possuem formatos diferentes? ............... 44
 Qual o melhor tipo de ponto para flexografia? .......................... 44
 O que é ângulo de retícula? ..................................................... 46
 Quais os melhores ângulos para flexografia? ........................... 46
 O que é “Moiré”? ..................................................................... 47
 Existe alguma retícula que não provoque o “Moiré”? ............... 47
 O que é lineatura? ................................................................... 48
 Em que influi a lineatura na reprodução da imagem? .............. 49
 Qual a melhor lineatura para flexografia? ................................. 49
 Que dizer da porcentagem de pontos? ..................................... 49
 O que é “contraste de imagem”? ............................................. 50
 O que é “ganho de pontos”? .................................................... 49
 Por que ocorre o ganho de pontos? ......................................... 51
 Como se calcula o ganho de pontos? ....................................... 52
 O ganho de pontos é igual para cada máquina? ...................... 54
 Como se corrige o ganho de pontos? ....................................... 55
 Como são feitas as medidas para 
 correção de ganho de pontos? ................................................. 55
 O ganho de pontos é igual nas áreas 
 claras, médias e escuras da imagem? ..................................... 55
 De que forma se dá a correção do ganho de pontos? .............. 55
 O que é um densitômetro? ....................................................... 55
 Por que ocorre a distorção ou 
 aumento da imagem na flexografia? ........................................ 56
 A distorção é igual para todos os clichês? ............................... 56
 Quais elementos importantes de 
 um finger print para flexografia? .............................................. 56
Capítulo 4 – Clichês para impressão flexo ..................... 63
 O que são clichês? ................................................................... 64
 De que são feitos? ................................................................... 64
 Como escolher o tipo de fotopolímero 
 e quais fatores são importantes? ............................................. 64
 Que métodos de gravação e cópia existem? ............................ 65
 Qual a altura correta do grafismo em relação ao piso? ............ 66
 Como se faz e para que serve a exposição 
 principal no sistema convencional? .......................................... 66
 Como determinar a melhor exposição de verso e principal? .... 66
 Para que serve a lavagem (gravação) 
 da chapa e que cuidados se deve ter? ..................................... 68
 Que cuidados com os clichês se 
 deve ter na gravação química? ................................................ 68
 Para que serve e por que são necessários 
 a secagem e a estabilização do clichê? ................................... 68
 O que acontece se não se esperar o tempo de 
 estabilização e já se utilizar o clichê para imprimir? ................ 69
 Como funciona o sistema de gravação a laser? ....................... 71
 Resumo dos principais tipos de cópia e gravação .................... 72
 Quais os controles que se deve fazer 
 ao receber um clichê gravado? ................................................ 73
Índice
 Qual o melhor método para limpar 
 o clichê durante a impressão? ................................................. 73
 Como se deve limpar o clichê após a impressão? .................... 73
 Qual o melhor método para armazenamento do clichê? ........... 73
 Existem controles a serem feitos 
 nos clichês de um modo geral? ............................................... 74
 Qual a tendência dos sistemas de 
 gravação de chapas no mercado mundial? .............................. 74
Capítulo 5 – Montagem de
clichê e provas de impressão .............................................. 77
 Quais os métodos de montagem de clichês ............................. 77
 Qual é o melhor sistema de colagem utilizado hoje em dia? .... 79
 O que é dupla-face? ................................................................ 80
 Quais os tipos de dupla-face? .................................................. 81
 O tipo de dupla-face influencia no resultado da impressão? .... 81
 Densidade é o mesmo que compressibilidade? ........................ 81
 Qual a principal característica 
 que uma fita dupla-face deve ter? ........................................... 82
 Qual é, então, o melhor tipo de dupla-face? ............................. 82
 O que são “sleeves” ou camisas? ............................................ 82
 Quais são os tipos de camisas mais comuns no mercado? ...... 83
 Quais as vantagens e as desvantagens das camisas? ............. 83
 Quais os cuidados na escolha das camisas? ............................ 84
 O que são provas de flexografia? ............................................. 85
 Quais os tipos de provas mais comuns e qual a melhor? ......... 86
 O que é “print” e Cromalin® ..................................................... 86
 O que é o catálogo Pantone®? ................................................. 86
 O que é perfil ICC? ................................................................... 87
Capítulo 6 – Principais suportes para impressão ....... 91
 Quais os principais suportes que 
 podem ser impressos na flexografia? ....................................... 91
 Quais as boas qualidades que os suportes devem possuir? ..... 92
 Quais as principais aplicações do papel 
 nos segmentos que a flexografia atende? ................................ 92
 O que são plásticos? ................................................................ 92
 O que são “filmes técnicos”? ................................................... 92
 O que são co-extrusados? ....................................................... 93
 O que são laminados? ............................................................. 93
 O que são metalizados? ........................................................... 93
 Por que utilizamos laminados e metalizados? .......................... 94
 Quais as propriedades do alumínio e 
 por que é tão útil em embalagens? .......................................... 95
 Por que o poliéster é tão utilizado hoje em dia? ....................... 95
 Quais as qualidades do polipropileno? ..................................... 96
 O que é extrusão de materiais plásticos? ................................. 97
 O que é tratamento corona? .................................................... 98
 O que é a tensão superficial? ................................................... 99
 O que pode afetar o tratamento corona? ................................ 101
 Por que o tratamento corona 
 tende a reduzir ao longo do tempo? ....................................... 101
 O tratamento pode variar em função da tinta? ....................... 102
 Resumo dos diferentes produtos e estruturas utilizadas ......... 103
Capítulo 7 – Tintas para impressão ................................ 109
 Do que são feitas as tintas de flexografia? ............................. 109
 O que são resinas? ................................................................ 109
 Quais as resinas utilizadas na flexografia? ............................. 110
 Qual a funçãodas resinas nas tintas ...................................... 110
 O que são vernizes? ............................................................... 111
 O que são solventes? ............................................................. 111
 Que tipos de solventes são utilizados nas tintas flexo? .......... 112
 Propriedades físicas dos principais solventes gráficos ........... 113
 Qual o método correto para 
 utilização dos solventes nas tintas? ....................................... 114
 Quais os controles feitos nos solventes? ................................ 114
 O que são e qual a função de pigmentos e corantes? ............ 114
 Como se classificam os pigmentos e quais as suas origens? ... 115
 Resistência à luz .................................................................... 117
 O que é moagem? ................................................................. 117
 O que são aditivos e quais os 
 principais utilizados nas tintas flexo? ..................................... 119
 O que é viscosidade? Como controlá-la? ............................... 119
 O que é rendimento da tinta? ................................................. 120
 Quais os principais controles a serem
 feitos nos filmes de tinta impressos? ..................................... 120
 O que é tixotropia? ................................................................. 121
 Qual seria uma formulação 
 média para tintas de flexografia? ........................................... 122
 Tintas à base de água e seu uso em flexografia .................... 122
 É possível aplicarmos tintas base água na 
 flexografia de banda larga para substratos plásticos? ............ 122
 Que dificuldades podem surgir e quais cuidados 
 os operadores devem ter com tintas base água? ................... 123
 Podemos utilizar tintas à base de água para laminação? ....... 123
 Como fazer para acertar a cor? .............................................. 124
 Quais são os três princípios da cor? ...................................... 125
 De que forma a densitometria 
 pode ajudar no controle da cor? ............................................ 126
Capítulo 8 – Cilindros anilox ............................................... 129
 Qual a função básica do anilox? ............................................. 130
 Quais os tipos de anilox mais comuns? ................................. 130
 Quais os principais tipos de laser para gravação 
 de anilox e quais as diferenças entre eles? ............................ 131
 Quais os itens de controle? .................................................... 132
 Por que a lineatura do anilox deve ser alta? ........................... 132
 O que é BCM? ........................................................................ 132
 O BCM é mais importante do que a lineatura do anilox? ........ 133
 Qual o ângulo da retícula do anilox? ...................................... 133
 Por que se escolheu esse ângulo? ......................................... 133
 Em que o volume de tinta influencia a impressão? ................ 134
 Qual o cálculo para converter BCM/pol² em cm³/m²? ............. 134
 Como escolher o anilox? ........................................................ 134
 Que outros fatores devem-se levar em
 conta na escolha do anilox correto? ....................................... 135
 Lineaturas e volumes recomendados para cada processo ..... 136
 Quando utilizar rolo de borracha pelo sistema doctor roll? ..... 137
 Há algum princípio básico na escolha do anilox? ................... 137
 Quais os métodos de limpeza do cilindro anilox? ................... 138
 Como se deve armazenar os cilindros anilox? ........................ 138
 E que dizer do armazenamento das camisas anilox? ............. 139
 As camisas anilox são tão boas quanto os cilindros anilox? ... 139
 O anilox sleeve pode ser recondicionado? .............................. 140
 Que tipo de anilox é mais 
 recomendado para grandes chapados? .................................. 140
 Como se afere o anilox? ........................................................ 141
 Quais são os métodos para aferição? .................................... 141
 Dicas e cuidados com camisas anilox .................................... 142
Capítulo 9 – Impressão de flexo – Banda larga ........ 145
 Sistemas de entintagem ........................................................ 145
 Sistema construtivo ............................................................... 146
 A máquina impressora ........................................................... 147
 Sistema de entrada (alimentação) e saída .............................. 147
 Eixos e tubetes ...................................................................... 148
 Troca de bobinas .................................................................... 149
 Alinhadores ............................................................................ 150
 Controle de tensão manual ou semi-automático .................... 152
 Controle de tensão automático ............................................... 152
 Roletes ................................................................................... 153
 O grupo impressor ................................................................. 155
 Sistema sem-engrenagens (gearless) .................................... 158
 Cuidados com o sistema de entintagem ................................ 161
 Cilindro entintador (doctor roll) ............................................... 162
 As racles (facas) utilizadas na flexografia ............................... 163
 O certo e o errado sobre as 
 racles e sistemas de entintagem ............................................ 165
 
Capítulo 10 – Impressão flexo – 
Banda estreita e média ......................................................... 171
 A máquina impressora ........................................................... 172
 Sistema de entrada (alimentação) .......................................... 172
 Grupo impressor .................................................................... 173
 Sistema de entintagem .......................................................... 174
 Impressoras com troca do grupo impressor ........................... 174
 Secagem entre-cores, estufas e exaustão .............................. 175
 Secagem ultra-violeta ............................................................ 175
 Sistemas de cura U.V. ............................................................ 177
 Electron beam ........................................................................ 180
 Sistemas E.B. aplicados a impressoras flexo .......................... 182
 Meio-corte dos rótulos ........................................................... 183
Capítulo 11 – Impressão flexo – Corrugados ............. 187
 Algumas definições básicas na área de corrugados ............... 188
 Tipos de papelão ondulado .................................................... 188
 Terminologia .......................................................................... 189
 Tipos de ondas ...................................................................... 189
 Controle da qualidade do papelão ondulado ........................... 190
 Desenvolvimento de embalagens e estruturas ....................... 190
 A impressão ........................................................................... 191
 Sistema de entrada (alimentação) .......................................... 192
 Grupo impressor .................................................................... 193
 Sistema de saída ................................................................... 196
 
Capítulo 12 – Problemas comuns 
na impressão e soluções práticas ................................... 201
 Falhas de impressão .............................................................. 203
 Variação de registro ............................................................... 204
 Tinta U.V. não cura (seca)....................................................... 205
 Cor lavada em relação ao padrão ........................................... 205
 Falha na sobreposição de tintas (trapping da tinta) ................ 206
 Variação da cor durante a impressão (color shifting) .............. 207
 Variação do passo da fotocélula ............................................. 208
 Decalque ................................................................................ 208
 Manchas ou borrões no impresso .......................................... 209
 Blocagem (blocking) .............................................................. 210
 A tinta arranca as fibras do papel .......................................... 211
 Moiré no impresso ................................................................. 212
 Riscos no impresso ................................................................ 213
 Entupimento da retícula ......................................................... 214
 Ganho de ponto excessivo ..................................................... 215
 Marcas de engrenagem ......................................................... 216
 Fotografia (fantasma) ............................................................. 217
 Chapado sem cobertura ou furando ....................................... 218
 Mudança de contraste durante a produção ............................ 219
 Pontos de retícula falham (missing dots) ................................ 220
 A tinta perde (ou muda) a cor depois de impressa ................. 221
 Variação de COF .................................................................... 222
 Impressão sem brilho (fosca) – Blushing ................................ 223
 Código de barras não lê ......................................................... 224
 
Glossário e termos técnicos em flexografia ................. 225
 Capítulo 1 – Introdução – 11
Neste capítulo você vai ver:
• Como Surgiu a Flexografia
• Apresentação das Principais Características da Flexografia
• Resumo das Propriedades das Chapas para Impressão
• As tintas para Flexografia
• Importância do Sistema de Entintagem
• Diferentes tipos de Equipamentos para Diferentes Serviços
• Variáveis a Serem Controladas no Processo
 Capítulo 1 – Introdução – 13
fle xo gra fia evo luiu muito nos úl ti mos anos. Mais e mais 
pro fis sio nais de ou tras áreas têm mu da do para fle xo. A qua-
lidade de im pres são me lho rou e o cus to de fa bri ca ção não 
au men tou pro por cio nal men te, tor nan do as sim a fle xo gra fia 
for te con cor ren te da ro to gra vu ra em cer tos cam pos, es pe cial-
men te no se g men to de embalagens fle xí veis.
Ao pas so que há este subs tan cial de sen vol vi men to, ma te rial in for ma ti vo e cla-
ro não está dis po ní vel no mer ca do. As sim, este li vro pro cu ra au xi liar aque les 
que es tão en tran do no mer ca do e não co nhe cem bem o que é fle xo gra fia. Ao 
mesmo tempo, será útil também para aque les que já pos suem ex pe riên cia, 
mas ca re cem de base teó ri ca.
“Fle xo gra fia - Manual Prático” visa ajudar téc ni cos, ven de do res, de sig ners, 
ge ren tes, im pres so res, téc ni cos de pré-im pres são, cli che ris tas, pro fis sio nais da 
área de con tro le de qualidade e todos os en vol vi dos com esse pro ces so de 
trans for ma ção que é a fle xo gra fia a compreender esse excelente processo.
Este Ma nual deve es tar na sala de im pres são, no la bo ra tó rio, na sala de ven-
das, en fim, em todo lu gar que seja de fá cil aces so. A re co men da ção que se faz 
é que em pre sá rios, di re to res, ge ren tes e res pon sá veis por em pre sas em ge ral 
dis po ni bi li zem tantos exemplares quan to pos sí vel, a fim de qualificar seus 
profissionais e melhorar o desempenho da empresa.
O Li vro é di vi di do em par tes, de modo a fa ci li tar a lo ca li za ção do as sun to 
de se ja do e o rá pi do aces so às cau sas e às so lu ções dos pro ble mas em fle xo-
gra fia. As sim, o lei tor per ce be rá ser muito prá ti ca a for ma como foi es cri to e, 
prin ci pal men te, sua lin gua gem, de fá cil en ten di men to por ope ra do res e todos 
que o uti li za rem no seu dia-a-dia. Além dis so, há di cas de cui da dos que se 
deve ter no desempenho das funções ligadas ao processo de impressão, e 
um ape lo para a pos tu ra pro fis sio nal de quem lida di re ta men te na exe cu ção 
do pe di do.
1•Introdução
In
tr
od
u
çã
o
14 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Como surgiu a flexografia
De mo rou muito de pois da des co ber ta da vul ca ni za ção da bor ra cha em 1839 
pelo nor te-ame ri ca no Char les Good year para a fle xo gra fia vir à exis tên cia. 
Por vol ta da dé ca da de 30 do sé cu lo 20 – isto é, qua se um sé cu lo de pois 
– a vul ca ni za ção já es ta va bem apri mo ra da, e a idéia de subs ti tuir os ti pos 
mó veis de chum bo, es ta nho e an ti mô nio por ti pos de bor ra cha vul ca ni za da 
foi uma fe liz con se qüên cia.
A pri mei ra em pre sa a fa zer uso des te re cur so foi a Moss type Cor po ra tion, 
que de sen vol veu as cha pas. O prin cí pio de im pres são con sis tia na en tin ta-
gem do cli chê de bor ra cha com uma tin ta à base de ani li na. O sis te ma de 
im pres são pas sou en tão a ser co nhe ci do como “Pro ces so Ani li na” ou “Im pres-
são Ani li na”, pois não ti nha ou tro nome ain da. Em 1938, a em pre sa In ter na tio-
nal Prin ting Ink Cor po ra tion, nos Es ta dos Uni dos, apri mo rou o re cur so para 
en tin ta gem do cli chê. Pas sa ram a usar um ci lin dro gra va do com inú me ras 
cé lu las que re ti nham a tin ta e a trans fe riam com uma do sa gem mais con tro-
la da. Este ci lin dro gra va do no co bre e re co ber to com cro mo foi cha ma do de 
Ani lox e é ain da hoje vas ta men te usa do nas im pres so ras fle xo grá fi cas
Na dé ca da de 1930 a FDA (Food and Drug Ad mi nis tra tion), ór gão do go ver-
no ame ri ca no que con tro la ali men tos e re mé dios, de cla rou a ani li na tó xi ca. 
Des te modo o nome “Im pres são Ani li na” pas sou a ser con si de ra do como 
algo ruim, si nô ni mo de ve ne no. Na dé ca da seguinte as grá fi cas americanas 
lí de res de ci di ram mu dar o nome des te pro ces so de im pres são, para que seus 
pro du tos pu des sem ser mais bem re ce bi dos pe las in dús trias ali men tí cias da 
épo ca. É in te res san te que já se usa vam mui tos outros ti pos de tin tas para a 
im pres são, mas o es tig ma da ani li na per sis tia. As grá fi cas abri ram a opor tu ni-
da de para su ges tões e re ce be ram cer ca de duas mil, vin das de to das par tes 
dos Es ta dos Uni dos. Em 21 de ou tu bro de 1952 foi anun cia da a es co lha: “Pro-
ces so Fle xo grá fi co” ou “Fle xo gra fia”.
Ca rac te rís ti cas da Fle xo gra fia
A fle xo gra fia pos sui a fa ci li da de de im pri mir so bre di ver sos ti pos de subs tra tos 
e de va riar o for ma to. Pode-se im pri mir des de eti que tas e sa co las plás ti cas até 
cai xas de pa pe lão on du la do. A oti mi za ção é maior, pois, di fe ren te men te de 
outros pro ces sos, como off set, a fle xo gra fia não pos sui in ter rup ção no pe rí me-
tro do cli chê co la do. As sim, pode-se apro vei tar melhor o subs tra to.
Charles Goodyear, o 
descobridor da vulcanização 
da borracha, processo que 
viabilizou o desenvolvimento 
da flexografia
Diversidade de substratos e 
variedade de formatos são 
características do processo 
de impressão flexográfica
In
trodu
ção
 Capítulo 1 – Introdução – 15
Cha pa fle xí vel, mas re sis ten te
A cha pa para im pres são pode va riar tan to na es pes su ra 
quan to na du re za. Ou tra pro prie da de da cha pa é o tipo 
de ma te rial uti li za do, que pode ser fo to po lí me ro, bor ra cha 
na tu ral ou mis ta, cada qual com uma fi na li da de es pe cí fi ca. Nor-
mal men te, para uma maior qualidade, o fo to po lí me ro traz me lho res 
re sul ta dos. A du re za pode va riar de 25 a 40 graus Sho re “A”, a unidade 
de medida de dureza de borrachas (quanto maior o valor, maiora dureza) 
para im pres são de cai xas de pa pe lão on du la do, pois a “ma ciez” do clichê se 
amol da melhor à su per fí cie ir re gu lar do ma te rial. Para im pres são em subs tra tos 
com su per fí cies re gu la res e para se ob ter melhor de fi ni ção de im pres são, uti li-
za-se du re za entre 55 e 60 graus Sho re “A”. As cha pas são co la das em ci lin dros 
ou camisas apro pria dos cha ma dos de “por ta-cli chês”. Os mé to dos para fi xa ção 
das cha pas po dem va riar, mas o mais uti li za do é a colagem com du pla-face, 
uma fita es pu ma da com ade si vo em am bos os la dos.
Tinta líquida e de secagem rápida
A tinta de flexografia é normalmente líquida e de secagem rápida, permitin-
do boa velocidade de impressão. As tintas podem ser à base de solventes 
como álcool, mistura de solventes e água ou mesmo de cura ultra-violeta. O 
emprego de cada tipo de tinta decorre do tipo de serviço, do substrato, do 
equipamento, do uso final do produto. São vários os controles feitos na tinta 
e estes são considerados no Capítulo 7.
Sistema de entintagem
O item mais importante do sistema de entintagem na flexografia é o cilindro 
anilox. Suas células gravadas dosam a tinta a ser depositada na superfície do 
clichê. Se houver pouca tinta a cor impressa poderá ser distorcida. Se houver 
excesso, acumulará tinta entre um ponto e outro causando manchas na ima-
gem impressa.
É importante ter sempre em mente que o controle da dosagem de tinta é fun-
damental na flexografia. A tecnologia moderna permite muita variedade no 
tipo e na profundidade de células, que são escolhidas em função do serviço a 
ser realizado.
As chapas podem variar 
na composição, na 
espessura e na dureza
O excesso de tinta pode gerar 
defeitos na impressão, como se 
observa na imagem da direita
Os cilindros anilox são a parte 
mais importante do sistema de 
entintagem em flexografia
STU
DIO 
AG
In
tr
od
u
çã
o
16 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Impressoras para
todas as necessidades
Os equipamentos para impressão podem ser organizados em três grandes 
categorias, conforme o tipo de material a ser impresso: 
1) Etiquetas e rótulos (banda estreita e banda média),
2) Embalagens em geral (banda larga) e
3) Corrugados (Papelão Ondulado). 
 
Os equipamentos para impressão de etiquetas e rótulos são relativamente 
pequenos e requerem apenas um operador. São diversos os tipos de etique-
tas: de supermercado, para roupas, rótulos etc. 
Impressora 
típica de 
banda estreita
Rótulos auto-
adesivos são 
amplamente 
impressos em 
flexografia
FO
TO
: 
N
IL
P
E
TE
R
In
trodu
ção
 Capítulo 1 – Introdução – 17
As embalagens são um grande grupo: sacolas de supermercado, sacolas de 
papel, papel de presente, sacos de padaria, papel de embrulho, embalagens de 
biscoitos, sorvetes, farinhas, laminados, longa vida, pet food etc. 
Impressora 
Flexopower 
para banda 
larga
O grupo de corrugados – isto é, as caixas de papelão ondulado – é mais 
rústico que os dois anteriores. Para imprimi-las, normalmente se utiliza tinta à 
base de água e impressão em duas ou mais cores. O equipamento é alimen-
tado com placas de papelão, diferentemente dos dois processos anteriores, 
cujo substrato sempre entra na forma de bobina.
Grande parte 
das caixas de 
papelão ondulado são 
impressas em flexo
Impressora Martin 
para corrugados
Embalagens flexíveis são 
um grande mercado de 
impressão em banda larga
In
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18 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
As variáveis a serem 
controladas na flexografia
Muitas são as variáveis que interferem nos resultados da impressão em fle-
xografia. A chapa, a tinta, o anilox, a máquina, o substrato e a própria mão-
de-obra, para se citar apenas os principais. Naturalmente os outros proces-
sos de impressão também possuem variáveis semelhantes, mas na flexografia 
estes são agravados por causa das características do processo.
Por ser em alto relevo e feito de borracha flexível, o clichê obriga a um contro-
le cuidadoso por parte dos profissionais em flexografia. No ato da impressão 
o clichê entra em contato direto com o substrato e tende a deformar-se. Além 
disso, ao ser colado no cilindro porta-clichê, a imagem gravada na chapa de 
fotopolímero se deforma. Tudo isso aumenta o ganho de pontos, causando 
um aumento da tonalidade na imagem impressa. 
Por ser a tinta líquida, sua dosagem deve ser feita com o mínimo necessário, 
visto que ela pode escorrer ou entupir a imagem gravada no clichê. Além 
disso, deve-se controlar a viscosidade, velocidade de secagem e tonalidade. 
O cilindro anilox é fator muito importante relacionado com a tinta, visto ser 
o principal agente de entintagem.
As folgas mecânicas, imprecisões, erros de projeto e tantos outros fatores 
transformam o próprio equipamento de impressão em outra grande variável. 
Cada impressora é única, com suas qualidades e seus defeitos. 
Na flexografia, grande parte da qualidade do impresso depende da sensibi-
lidade, da experiência e dos cuidados do impressor. Dele dependerá a entin-
tagem do clichê, bem como a pressão e o encosto micrométrico do clichê no 
substrato. O impressor também decidirá que tipo de anilox usar, o balancea-
mento dos solventes na tinta, o padrão de cor, qual o melhor dupla-face etc. 
Portanto, não é exagero afirmar que o investimento em treinamento técnico 
especializado é um dos melhores que a empresa faz.
O clichê no momento da 
impressão tende a deformar
Variáveis
flexo
Clichê
Tinta
Dupla-face
Operador
ImpressoraMeios
Material
Meio 
ambiente
S
TU
D
IO
 A
G
In
trodu
ção
 Capítulo 1 – Introdução – 19
Características do processo flexo
A evo lu ção da Fle xo gra fia sig ni fi cou nos úl ti mos anos uma qualidade qua se 
igual (em alguns ca sos) à da ro to gra vu ra. No en tan to a me lho ria da qualida-
de também co brou seu tri bu to. Os cli chês tor na ram-se mais ca ros, sur gi ram 
no vos ti pos de du pla-fa ces, má qui nas mais so fis ti ca das, tin tas mais pig men ta-
das e com qualidade melhor, ani lox com gra va ção a la ser, con tro les au to má ti-
cos de vis co si da de e tan tas ou tras me lho rias. Então, o que faz da flexografia 
um processo competitivo? Vamos ver as principais características.
Re su mo das Ca rac te rís ti cas do Pro ces so
• Cli chê fle xí vel com gra va ção em alto re le vo.
• Tin ta lí qui da de se ca gem rá pi da por eva po ra ção dos 
 sol ven tes ou por cura UV.
• O cli chê de fo to po lí me ro pode du rar per to de 
 1 mi lhão de có pias boas.
• Im pri me so bre qual quer tipo de su por te fle xí vel 
 (papéis diversos, alumínio e vários tipos 
 de plásticos) e também pa pe lão on du la do.
• Mer ca do da Fle xo gra fia: Em ba la gens flexíveis em 
 ge ral com filmes técnicos e laminados, sa co las, 
 ró tu los e eti que tas, embalagens de pa pe lão on du la do etc.).
Como iden ti fi car um 
im pres so em fle xo gra fia
A fle xo gra fia dis pu ta o mesmo mer ca do de atua ção da ro to gra vu ra e por 
esta ra zão alguns con fun dem os dois pro ces sos. Mas a fle xo gra fia pos sui um 
in con fun dí vel squash (borrões nas bordas de traços e textos) ca rac te rís ti co do 
pro ces so.
• Ob ser ve as bor das de tra ços fi nos e tex tos, se ti ver o squash, é fle xo gra fia 
(ver exemplo abaixo).
O squash é uma das 
características que marcam 
a impressão flexo
In
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20 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
• A maio ria das cai xas de pa pe lão on du la do é fei ta em fle xo gra fia. A ex ce ção é 
fei ta às cai xas cuja “capa” que re ves te as on das do pa pe lão é im pres sa em off set 
para uma melhor definição de imagem (ex: cai xas de ele tro do més ti cos).
• Gran de par te dos ró tu los en con tra dos hoje são fei tos em fle xo gra fia (in clu si-
ve as pe que nas eti que tas de pre ços usa das em su per mer ca dos).
Ca rac te rís ti cas das im pres so ras
As má qui nas im pres so ras pos suem con fi gu ra ções di fe ren tes em fun ção do 
tipo de ser vi ço a ser rea li za doe da lar gu ra do su por te a ser im pres so. As sim 
uma clas si fi ca ção mais ge né ri ca é:
1. Ban da Lar ga: embalagens de snacks, sa co las pro mo cio nais, bis coi tos, sa cos 
de ar roz/fei jão, ra ção ani mal (pet food);
2. Ban da Es trei ta e Média: Ró tu los auto-ade si vos, eti que tas;
3. Cor ru ga do: Cai xas de pa pe lão on du la do.
As sim te mos:
1. Sis te ma sa té li te ou tambor central: Pos sui um ci lin dro contra-pres-
são (também cha ma do de tam bor cen tral ) que é co mum a todos 
os gru pos im pres so res . É mais usa do em ban da lar ga. Pos sui a 
van ta gem de dei xar o su por te a ser im pres so to tal men te pre-
so du ran te a im pres são de to das as co res. Isso fa ci li ta o 
re gis tro das co res e di mi nui a di la ta ção do su por te. Essa 
es tru tu ra é in di ca da para im pres são de plás ti cos, es pe-
cial men te po lie ti le no e po li pro pi le no.





In
trodu
ção
 Capítulo 1 – Introdução – 21
2. Sis te ma con ven cio nal ou Stack: Nes te caso há um cilindro 
contra-pres são  para cada gru po im pres sor . Há ca sos 
em que é uti li za do em li nha com a ex tru são para im pri mir 
sa co las de su per mer ca do. Não é re co men da do para su por-
tes que po dem es ti car de mais, tais como polietilenos, pois o 
material é muito tensionado e as cores podem sair de regis-
tro. Equipamento indicado para papel.
3. Sis te ma Mo du lar: É se me lhan te ao an te rior, no 
sentido de que cada gru po im pres sor  pos sui 
também um cilindro contra-pres são . A dife-
rença está no posicionamento desses grupos. 
Enquanto no sistema stack eles ficam um sobre 
o outro, nas máquinas modulares os grupos vêm 
em seqüência. No Brasil é muito usual na in dús-
tria de ban da es trei ta que faz ró tu los e eti que tas 
auto-ade si vas.




 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 23
Neste capítulo você vai ver:
• Como funciona a produção gráfica
• Quais os cuidados que o designer deve ter ao criar uma arte para flexografia
• Qual a diferença entre fontes True Type e PostScrip
• Qual a diferença entre imagens em Bitmap e Vetor
• Resolução de imagem
• Cuidados com trap
• Importante informações sobre PDF
 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 25
or produção gráfica entende-se o processo de criação de um 
produto (uma revista, uma embalagem, um folheto, um anún-
cio impresso). Esse processo passa por várias etapas antes de 
finalmente chegar às mãos do consumidor final. 
Em geral são agências especializadas que criam as peças para 
reprodução gráfica. Isso quer dizer as artes a serem impressas. As gráficas já 
possuem os projetos prontos de embalagens padronizados bastando apenas 
adaptar ao processo de envasamento (no caso de embalagens) do cliente. Às 
vezes a própria indústria de transformação (indústrias gráficas e de embala-
gens) propõe melhorias e/ou inovações nos produtos (estruturas de embala-
gens) do cliente. 
O processo de criação começa na agência que idealiza, dentro de especifi-
cações do cliente, opções de design para que o departamento de marketing 
escolha. A partir de então passa por uma série de departamentos dentro da 
empresa para que o projeto seja bem-sucedido (produção, departamento legal, 
Desenvolvimento, etc). Daí passa-se à finalização das artes. As artes prontas 
são enviadas à gráfica e convertedores de embalagens. Esses adaptam a arte 
às características do processo de impressão e fazem uma “prova” (impressão 
digital, normalmente em ink jet e em papel offset normal ou fotográfico) e 
devolvem para o cliente conferir dizeres, dimensões etc. Se estiver tudo ok, a 
gráfica ou convertedor solicitará um visto de aprovação nessa “prova”. Note 
que, embora a “prova” possa ser colorida, o objetivo não é fazer a aprovação 
de cores, pois as cores que sairão na impressora são diferentes das impres-
soras ink jet tradicionais. Além disso, a prova digital normalmente não é feita 
com os pontos de retícula utilizados na impressão e isso por si só já fará muita 
diferença no resultado final. Isso, aliás, precisa ficar bem claro ao cliente.
2•O design e a 
produção gráfica
26 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Dessa forma, o projeto de um produto envolverá Marketing, Produção, 
Qualidade Assegurada, Desenvolvimento, o Consumidor, Fornecedores, Supply 
Chain e Distribuição. Há ainda a preocupação com o impacto do produto 
(especialmente no caso das embalagens plásticas) com o meio-ambiente.
Marketing: faz e/ou orienta a criação do design do produto gráfico 
em conjunto com o estúdio. Gerencia em parceria com o desenvolvi-
mento, os prazos de produção em conformidade com os prazos de 
lançamento do produto.
Desenvolvimento: Estuda e desenvolve junto com o convertedor 
(gráfica) uma embalagem, por exemplo, compatível com o produto. 
Verifica o custo/benefício do processo de impressão, tipo de material e 
dificuldades de reprodução do que o marketing e a agência criaram.
Produção: Avaliação do protótipo do produto em linha de produ-
ção. É importante que uma embalagem, por exemplo, tenha um bom 
desempenho nas máquinas de envase. Em outras palavras, deve-se 
antecipar problemas.
Consumidor: É claro que nenhum projeto poderá ser bem-sucedido se não 
incluir o consumidor. Aquele que, por adquirir o produto, dará sua aprovação. 
Assim, o departamento de marketing junto com o estúdio testará o gosto do 
consumidor final. Além disso, estão envolvidos aspectos legais como o Código 
de Defesa do Consumidor.
Design e 
Projeto Gráfico
Consumidor
Marketing
Meio Ambiente
Desenvolvimento
Supply Chain
Distribuição
Produção
Safety Clearance
Fornecedor
 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 27
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esign
Fornecedores: As gráficas ou convertedores de embalagens precisam ser 
desenvolvidos, quer dizer, testados e até mesmo auditados muitas vezes. No 
caso de embalagens alimentícias e farmacêuticas, por exemplo, o rigoroso 
critério com BPF (Boas Práticas de Fabricação) e HACCP (Análise de Perigo e 
Pontos Críticos de Controle) precisarão ser os pontos fortes do fornecedor. 
Também deve ser verificada a “capabilidade” do processo, ou seja, se os forne-
cedores têm condição técnica e espaço para produzir o volume necessário ou 
se poderão de um momento para o outro suportar pedidos extras de última 
hora. É claro que tudo isso envolve também a negociação de preços.
Safety Clearence: ou produto limpo e seguro. Ainda é comum muitas empre-
sas utilizarem, sem saber, insumos com risco de intoxicação. Um exemplo são 
as tintas que podem conter pigmentos inorgânicos com metais pesados como 
o chumbo e que podem ser empregados desde uma revista infantil até uma 
embalagem alimentícia. O mesmo risco pode acontecer com outras matérias 
primas. Para assegurar que a embalagem é “limpa e segura” deve-se solicitar 
amostra para análise dos insumos ou pelo menos um laudo do fornecedor 
assegurando que não se utilizam produtos tóxicos no processo.
Supply Chain (Cadeia de Abastecimento): é o processo integrado que per-
mite a obtenção de recursos (insumos) básicos, e os transforma agregando 
valores para que possa ser entregue em forma de produtos ou de serviços a 
clientes que estão dispostos a pagar por este valor agregado. O supply chain 
também pode providenciar a escolha dos fornecedores.
• Logística: providenciará a melhor forma de distribuição dos produtos: como 
entregar (paletes, pacotes, caixas etc). Também providenciará os melhores 
meios de transporte e armazenamento.
• Departamento Legal: Nenhuma embalagem ou produto poderá chegar ao 
consumidor final com textos, imagens ou gráficos abusivos, com linguagem 
enganadora ou que violem os Direitos do Consumidor, ou ainda omitindo 
informações importantes. É onde entra o Departamento Legal que, à luz das 
leis, códigos etc, dará aval ao projeto.
28 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Que cuidados o designer 
da embalagem deve ter?
Muitas são as precauções que os criadores de design de embalagensdevem 
ter. Como vimos, cada processo possui suas características que devem ser res-
peitadas. A flexografia, por exemplo, possui características ímpares, e um pouco 
de conhecimento facilitará a criação de artes próprias para reprodução.
Vamos considerar os principais cuidados que a flexografia requer. São eles: cor, 
textos e imagens/ilustrações.
A cor que eu vejo na tela do 
computador é exatamente a mesma 
que eu vou obter na impressão? 
Não. O que você vê é a cor formada por RGB (red, green e blue), ou seja, o 
monitor se utiliza de luz colorida para formar todas as cores que você vê, 
processo chamado de síntese aditiva. Na impressão o que formará a cor serão 
tintas com pigmentos que refletirão a luz (síntese subtrativa). 
LUZ AZUL 
VIOLETA
LUZ 
VERMELHA
LUZ VERDE
MAGENTA
AMARELO CIANO
BRANCO
Síntese aditiva: 
como as cores são 
formadas no monitor
AMARELO
CIANO
Síntese subtrativa: 
como as cores são 
formadas na impressão
MAGENTA
VERMELHO
PRETO
AZUL
VIOLETAVERDE
É possível aproximar a cor que vejo 
no monitor e o resultado impresso?
É possível sim. Porém, será necessário a calibração entre a impressora para 
provas digitais (tipo ink jet, por exemplo) e a impressão. Normalmente isso é 
feito dentro da empresa convertedora ou gráfica. Os estúdios, devido à distân-
cia e também por trabalhar com diversos convertedores, não possuem essa 
calibração. Hoje em dia há um grande movimento do WYSIWYG que é a abre-
viação da expressão em inglês What You See Is What You Get, que pode ser 
traduzido para “O que você vê é o que você tem”, no sentido de que a imagem 
que se vê na tela do computador já está com a aparência do trabalho final. 
 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 29
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esign
TABELA DE TEXTOS PARA FLEXOGRAFIA
CARACTERÍSTICAS EVITAR INDICADOS
Fonte SERIFAS e Cursivas
Itálicos
LAPIDÁRIAS (sem serifas)
Textos negativos
Corpo 12 Corpo 10 
 Corpo 8 Corpo 6
Corpo 12 Corpo 10 
Corpo 8 Corpo 6
Textos positivos
Corpo 12 Corpo 10 
 Corpo 8 Corpo 6
Corpo 12 Corpo 10 
Corpo 8 Corpo 6
TEXTOS
Fonte  Conjunto das letras do alfabeto, números e sinais desenhados de modo característico. 
Corpo  Tamanho do texto, normalmente dado em pontos (pts).
Ponto  Unidade de medida da letra. Um ponto equivale a 0,325 mm. 
Itálico  Inclinação que se dá a vários tipos de fontes.
Serifa  Traços que fazem o acabamento de uma letra.
N
Serifa
Que tipos de textos são mais 
apropriados para flexografia?
Quase todas as embalagens possuem textos, mas às vezes, não se tomam cui-
dados simples para garantir a legibilidade das informações. Não é qualquer tipo, 
caractere ou fonte que pode ser usado sem atenção especial. Tipos com serifas 
(Garamond, Bodoni, Times) e fontes cursivas (Brush Script, Mistral, Park Avenue, 
Zapf Chancery) não são recomendáveis para flexo. Em geral, estes tipos pos-
suem um grau de dificuldade na impressão por acumular tinta mais facilmente e 
também por falhar, quando se trata de cursivas. As fontes recomendáveis são as 
lapidárias ou sem serifas como a Arial, por exemplo.
O corpo do texto afeta a impressão?
Textos com corpo muito pequeno são difíceis de reproduzir, porém em muitas 
embalagens, e especialmente em rótulos e etiquetas, o seu uso é inevitável. Se 
não der para evitar textos com corpo menores que 8 pontos, então não tenha 
dúvidas, utilize fontes lapidárias (sem serifas e não cursivas). O itálico também 
deve ser evitado, pois tende a afinar as linhas do texto.
Que cuidados se deve 
ter com textos negativos?
São basicamente dois: evitar fontes serifadas ou cursivas e tamanhos pequenos. 
Abaixo de corpo 8, por exemplo, haverá problemas. Textos com corpos peque-
nos e com serifas tendem a entupir na impressão e a perder legibilidade.
30 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Qual a diferença entre fontes 
PostScript e TrueType?
PostScript é uma tecnologia que realmente fez a evolução da escrita em todos 
os produtos gráficos. Sem a PostScript, os desenhos feitos em computadores 
não iriam muito longe. Antes dessas fontes os designers não tinham controle 
sobre o que sairia como fontes no resultado final para impressão. 
Por outro lado a vantagem das fontes TrueType é que são baratas e por isso 
são populares. Além disso, são fáceis de manejar e gerenciar. Porém, podem 
causar muita dor de cabeça ao Bureau ou gráfica.
PostScript foi desenvolvida pela Adobe (empresa de software que publica o 
Photoshop, um dos mais conhecidos e utilizados softwares gráficos). PostScript 
difere de outros códigos para textos porque trata os itens de uma página 
(textos, imagens e gráficos) como um objeto geométrico. Quando imprime em 
uma impressora PostScript, são enviados para o sistema em forma de coman-
do de textos. Estes textos contêm informações exatamente como estão na 
página (arte). O texto é recebido, entendido e traduzido por um interpretador 
PostScript na sua impressora. 
Por causa dessa simplicidade de comandos de textos e consistência do inter-
pretador de PostScript, qualquer impressora imprimirá sempre do mesmo jeito 
a informação. Enviando sempre a mesma informação Postscript para cinqüenta 
impressoras, você obterá sempre o mesmo resultado de impressão. A infor-
mação PostScript é importante principalmente quando se dará saída em filmes 
(fotolitos) em uma imagesetter ou CTP (Computer to Plate). Quando se utilizam 
fontes TrueType os resultados podem ser inexatos e inconsistentes (falta do 
texto, espaço entre as letras, repaginação, troca de letras ou fontes). 
Por que as fontes PostScript são 
melhores em Macintosh que em PC?
Os interpretadores PostScript são comuns em impressoras laser em ambiente 
Macintosh, mas são menos comuns em PCs com ambiente Windows®. É evi-
dente que isso tem melhorado nos últimos anos e muito se faz hoje com um 
PC, mas ainda há problemas. A razão é que o PC não foi criado como uma 
máquina gráfica como o Macintosh, mas sim como equipamento matemático. 
No entanto, se você já operou um Mac sabe muito bem a diferença entre os 
dois. A manipulação de imagens gráficas fica muito mais simples nesses equi-
pamentos. 
Ao contrário das fontes TrueType, as de PostScript permitem um desenho con-
sistente de todo o layout sempre. O que você vê na tela do computador é o 
que você verá impresso não importando qual a impressora digital, imagesetter 
ou CTP. Até mesmo algumas empresas gráficas não aceitam artes com fontes 
TrueType por que terão muitas vezes que refazer o arquivo enviado pelo cliente 
para “dar saída” na separação de cores. 
PostScript trata os itens 
de uma página como 
um objeto geométrico
Em cima, exemplo de texto 
em PostScript.
Em baixo, em True Type.
 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 31
D
esign
Muitos não compreendem por que uma imagem ou ilustração que na tela do 
seu computador parece perfeita, mas quando é utilizada em uma arte para 
impressão, fica “pobre”, ou, como se diz, fica sem resolução. O problema não 
está no processo de impressão. Como vimos, o que se vê no monitor não é 
necessariamente o que se obterá no produto impresso, não importando muito 
qual o processo utilizado (digital, offset, rotogravura ou flexografia). 
Imagem e ilustração 
não são a mesma coisa?
No jargão gráfico normalmente as imagens se referem a fotografias. Já as ilus-
trações são desenhos feitos em softwares especializados, como Corel Draw e 
Illustrator ou algum desenho feito à mão e escaneado.
O que é resolução de imagem? 
Qual devo usar para imprimir 
em flexografia?
O design gráfico não necessita mais resolução do que a capaci-
dade de resolução da impressora ou do processo de impressão. 
Note que muitas vezes vemos imagens, fotos em sites na inter-
net que parecem perfeitas e quando tentamos reproduzir em 
impressora ink jet, por exemplo, ficam sem definição. 
IMAGENS E ILUSTRAÇÕES
Exemplo 
de imagem 
fotográfica
Exemplo de 
ilustração
32 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Isso acontece porque a resolução do monitor é baixa quandocomparada à 
resolução da impressora. Isso significa que se uma imagem que está sendo 
impressa em uma impressora laser de 600 dpi também será necessário uma 
resolução de imagem de 600dpi para uma reprodução 100%. Uma imagesetter, 
por exemplo, pode ter uma resolução muito maior chegando a 2.400 dpi. É claro 
que dependendo da configuração, ela pode descartar imagens acima de 1.200 
dpi. Isso significa que imagens com essa resolução são impressas tão bem quan-
to uma imagem de 3.600 dpi. Sabendo disso, não é necessário guardar imagens 
com resoluções tão altas se forem para impressão. Apenas ocuparão espaço 
precioso em seu computador ou rede além do fato que quanto mais “pesada” a 
imagem mais difícil de manusear em programas de edição de imagens. 
Imagens em bitmap 
mostrando o resultado 
de diferentes resoluções
72 dpi 150 dpi 300 dpi
Qual é o melhor tipo de 
“formato” de imagem?
Quase todas as imagens digitais que são utilizadas no computador estão no 
formato RGB (red, green e blue) diferentes das que serão impressas na flexo-
grafia que são cyan, magenta, amarelo e preto ou CMYK (cyan, magenta, yellow 
e black. O preto é representado pelo “K” para não confundir com o azul caso 
fosse utilizada a letra “B”).
Alguns tipos de imagens, como as em JPG usam um tipo de compressão que 
afeta a qualidade da imagem. Durante a edição ou tratamento da imagem, 
cada subseqüente exportação de um JPG (mantendo-se o esse formato) irá 
degradando a qualidade.
Quando preparamos imagens para impressão em flexografia ou outros pro-
cessos de impressão o ideal é salvar a imagem como CMYK e extensão TIFF. 
Esse formato que é a abreviação em inglês de Tagged Image File Format é 
amplamente usado pelos profissionais gráficos e designers, pois o TIFF pode 
ser comprimido, alterado e exportado sem alterar a qualidade de imagem e 
pode ainda guardar informações de cores. 
 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 33
D
esign
O que são ilustrações 
em vetor e bitmap? 
O designer gráfico terá duas opções para trabalhar sua criação como arquivo 
digital: Vetor ou Bitmap. Na tela do computador elas parecem idênticas, mas, 
em uma inspeção mais acurada perceberemos muitas diferenças entre elas. 
Vetor
As artes em Vetor são preparadas em programas de 
ilustração como o Adobe Illustrator ou Freehand, 
que são baseados em código PostScrip. O 
design gráfico “plota” pontos na sua pranche-
ta digital marcando pontos. Daí ele conecta 
esses pontos fazendo linhas retas ou curvas. 
As formas são então preenchidas com cores, 
gradientes (para fazer degradês) ou mesmo 
outros padrões. Se o designer utilizar softwares 
como o Illustrator ou Freehand, então provavel-
mente a figura que criou será uma imagem em Vetor. A grande coisa sobre as 
imagens em vetor é que podem facilmente ser editadas por clicar nos pontos 
e movê-los criando outros contornos. Não importando se a imagem é grande 
ou pequena ou se você reduzirá ou ampliará, a imagem sairá perfeita, sem 
distorções. No entanto, como as imagens em vetor utilizam código PostScript 
pode ocorrer que essas imagens não saiam perfeitas em impressoras digitais 
que não possuem o código.
Bitmap 
As artes em Bitmap escaneadas ou criadas 
em programas de edição de imagens como o 
Photoshop são outra opção diferente das ima-
gens em vetor. Uma imagem de 72 dots-per-inch (dpi) 
pode parecer bonita no monitor, mas não é boa sufi-
ciente para a impressão gráfica. Uma foto com resolução 
de 300 dpi é o que se indica para imprimir em tamanho 
natural ou 100%. Porém se aumentar em 300% todos os 
pixels da imagem também aparecerão, deixando-a com 
visual desagradável e com baixa resolução. 
Quando se amplia uma 
imagem em bitmap os 
pixels aparecem
Um objeto vetorial 
pode ser ampliado sem 
perda de qualidade
34 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
D
es
ig
n
Qual a melhor?
O ideal é que o designer gráfico procure criar imagens em vetor sempre que 
possível, pois são mais fáceis de manipular. No entanto se for uma fotografia, 
então não haverá escolha, pois essas imagens são sempre bitmaps. Mas não 
tem problema se você sempre procurar trabalhar com o máximo de resolução 
para garantir a perfeita reprodutibilidade da imagem impressa nos diferentes 
sistemas de impressão.
O que é color trap e para que serve?
Depois dos filmes produzidos, as cores impressas precisam ser alinhadas 
(registradas) com precisão. Se as cores não estão alinhadas corretamente na 
página, espaços em branco podem aparecer entre as cores que estão jun-
tas. Este problema é chamado de “fora de registro” e pode deixar o visual da 
impressão muito ruim. Isso acontece porque, dependendo do tipo de impres-
sora, ou mesmo do tipo de processo de impressão, vários fatores (máquina, 
cilindros, camisas, material, entre outros) podem fazer com que as cores não 
se encaixem. Assim, para prevenir possíveis variações o operador experiente 
utilizará um recurso chamado de color trap.
Por exemplo, o círculo cyan está registrado com o magenta de fundo. Daí 
separam-se os filmes/clichês em dois: um para o cyan e outro para o magenta. 
Porém, se não houver um recurso de trapping, qualquer variação mostrará o 
desencaixe. 
Original Filme/clichê 
do cian
Filme/clichê 
do magenta
Note na figura que, sem o trap, quando aparece a variação, cria-se uma área 
branca, e onde se aplicou o recurso de trap não há o círculo, embora haja a 
mesma variação. É claro que são necessários cuidados para utilizar o recurso, 
especialmente levando em consideração as cores. 
Variação 
sem trap
Variação 
com trap
 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 35
D
esign
Outra forma de se evitar (ou esconder a possível variação de registro) é quan-
do em embalagens há mais de duas cores. Daí deve-se engrossar as linhas de 
contorno que esconderão o problema, caso ocorra na impressão (veja figura 
abaixo).
O que e um arquivo em PDF/X?
PDF/X é um subconjunto de especificações que é a sigla do inglês “Portable 
Document Format” (PDF) foi desenvolvido pelo comitê técnico de artes gráficas 
(Committee for Graphic Arts Technologies Standards - CGATS) e está sendo 
padronizado como norma internacional ISO pelo ISO/TC 130. 
O formato é baseado no PDF da empresa Adobe (a mesma que criou o 
Photoshop) e serve para envio/troca de documentos digitais com anotações 
ou não, de trabalhos prontos para a impressão inclusive com informações de 
cores, texto etc.
O que é o PDF/X-1a?
PDF/X-1a restringe o conteúdo em um original no formato PDF que não sirva 
diretamente à finalidade da saída de alta qualidade da produção da cópia para 
impressão, tal como anotações, ações de Java, e multimídia inseridos.
O PDF/X-1a elimina também os erros mais comuns na preparação e envio 
digital das artes. De acordo com um estudo da GATF (Graphic Arts Technology 
Foundation) conduzido em janeiro 2002, os erros mais comuns em arquivos 
PDF eram os seguintes:
• Fontes de textos não incluídas.
• Erros de cores.
• Perda de imagens.
• Características de overprint e trapping.
Já quando se prepara um documento em PDF/X-1a o arquivo garantirá que 
esses erros não aconteçam porque ao imprimir em PDF o software (Acrobat 
Distiller®) tem como padrão confirmar que:
• Todas as fontes e imagens devem estar incluídas.
• Todos os elementos são codificados como CMYK.
• O arquivo também deve indicar os trappings.
• Outros itens importantes.
Linhas grossas 
ajudam a esconder 
o “fora de registro”
D
es
ig
n
Arte
digitalizada
Foto da 
câmera 
digital
Arte
gerada no 
computador
PROVAS
Retoque e 
correção 
de cores
Necessidades
do cliente
OK
?
Corrigir OK
?
Corrigir
Lay-out 
do projeto
Conceito 
do projeto
OK
?
Cria a prova 
final e a 
printer que 
será aprovada 
pelo cliente
Informações 
para a 
separação 
de cores 
e demais 
informações
Montagem 
do trabalho PROVAS
OK
?
Melhoria 
do projeto
NÃOSIM
SIM
NÃO
SIM
PROVAS
NÃO
Retoque e 
correção 
de cores
Arte
digitalizada
Foto da 
câmera 
digital
Arte
gerada no 
computador
NÃO
36 –FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
DESIGN PRÉ-IMPRESSÃO
WORKFLOW FLEXOGRAFIA
D
esign
Fazer os 
filmes e 
clichês ou 
deixar os 
arquivos 
digitais 
prontos
Montar os 
clichês
Prova de 
clichês 
montados
OK
?
Ajustes de 
impressão
OK
?
Imprimir 
o serviço 
completo
Aprovação
do cliente
NÃO
SIM
Correção 
da imagem
OK
?
PROVAS
Preparação 
das tintas
NÃO
SIM
Corrigir o 
problema
SIM SIM
NÃO
 Capítulo 2 – O Design e a Produção Gráfica – 37
PRÉ-IMPRESSÃO IMPRESSÃO
WORKFLOW FLEXOGRAFIA
38 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
D
es
ig
n
Quais são os itens de 
um checklist básico para 
orientar o trabalho do designer?
Para evitar erros de projeto, o profissional de design pode seguir um checklist 
com diversas informações importantes. Preparei um com itens que devem ser 
lembrados. Alguns são considerados em capítulos específicos do livro. Outros 
você mesmo poderá colocar conforme as características do seu trabalho. 
Conforme vimos também, se você utilizar o PDF/X-1a terá seu trabalho facili-
tado, pois ele conferirá todos os itens que são necessários para a reprodução 
gráfica de alta qualidade.
GERAL
 Imprimir seu documento (arte) 
em sua própria impressora e olhar 
de longe se o resultado do layout é 
o que você está esperando. Se não 
for, voltar e refazer de forma que 
atinja o resultado que você quer e, 
principalmente, que seja legível.
 Salvar seu documento para 
futuras edições. Salvar em estágios 
diferentes e, claro, na versão final.
 Ler o texto e corrigir possíveis 
erros.
 Marque este item se você tiver 
tomado todos os cuidados solici-
tados pelo seu cliente quando lhe 
encomendou esse trabalho.
 Você considerou o tipo de 
material em que será impresso 
o seu trabalho (papel, plástico, 
alumínio)?
 Tem certeza de que tudo o que 
usou no trabalho é apropriado para 
impressão em flexografia?
LAYOUT
 Conferiu todas as medidas 
da embalagem incluindo o passo 
da foto-célula e os critérios para 
inserção de código de barras? 
Lembre-se: quando a impressão é 
em flexografia, o posicionamento 
do código de barras possui menor 
distorção no sentido longitudinal da 
impressão.
 Os elementos que serão “san-
grados” quer dizer, cortados na 
borda da arte atravessam 5mm 
além da marca de corte?
 Nenhum elemento importante 
do projeto termina dentro de 5mm 
da borda da corte?
CORES
 Todas as cores foram criadas 
ou convertidas como CMYK?
 Todas as cores juntas (CMYK) 
no total somam no máximo 270%. 
FONTES
 Todas as fontes estão presentes 
no documento?
 As fontes são legíveis e foram 
evitadas cursivas e serifadas?
IMAGENS
 Todos os arquivos de imagens 
estão presentes.
 Todas as imagens foram salvas 
como TIFF? Nenhuma imagem foi 
salva como GIF ou JPEG para não 
permitir a degradação da cor ou 
resolução através da compressão?
 Nenhuma imagem ou ilustra-
ção possui linhas finas menores 
que 0,25 pontos que são de difícil 
reprodução em flexografia?
 As imagens fotográficas foram 
salvas com pelo menos 300 dpi 
(dots per inch) no tamanho original?
 Ilustrações a traço (tipo bico de 
pena) foram escaneadas com reso-
lução entre 800 e 1200 ppi (pixels 
per inch).
 Meios tons (imagens reticula-
das) que foram escaneadas foram 
devidamente feitas de tal forma que 
não causem “moiré” no resultado 
final de impressão.CHECKLIST
 Capítulo 3 – Pré-impressão – 39
Neste capítulo você vai ver:
• O que é a pré-impressão
• Por que é importante 
• Quais equipamentos e softwares mais utilizados
• Como escolher retículas, pontos, ângulos e lineatura para flexografia
• Ganho de pontos e como controlar
• Densitometria e distorção de clichês
 Capítulo 3 – Pré-impressão – 41
a reprodução gráfica é fundamental o uso de retículas. Toda 
imagem que possui variação tonal (observe a imagem abaixo) 
necessitará ser decomposta em pequenos pontos que chama-
mos de retícula. Esses pontos variam em freqüência ou tama-
nho, produzindo com isso uma imagem de graduação tonal. 
3•Pré-impressão 
de flexografia
42 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Pr
é-
im
pr
es
sã
o
O que é pré-impressão?
Costuma-se designar pré-impressão (prepress) todas as operações que são 
necessárias para a preparação da imagem, gravação dos clichês e verificação 
da qualidade do mesmo por meio de provas digitais ou analógicas. 
A pré-impressão serve para preparar todo o processo que envolve a confecção 
da imagem, filmes, provas digitais ou analógicas e clichês. No entanto, é mais 
comum que a pré-impressão seja entendida como sendo apenas a área que 
possui os computadores, scanners, imagesetter etc.
Quais os equipamentos utilizados?
Uma configuração típica de pré-impressão possui computadores (normalmen-
te a preferência é pela linha Macintosh), Scanner, imagesetter e uma processa-
dora de filmes.
Imagesetter Avantra 44
Scanner Epson 
Perfection 4990 Photo
Computador Apple 
Macitonsh G5
 Capítulo 3 – Pré-impressão – 43
Pré-im
pressão
Quais os softwares 
utilizados na pré-impressão? 
São quatro os principais softwares para editoração eletrônica: 1) Editores 
de Textos (Microsoft Word, Word Perfect, Word pro), 2) Tratamento de ima-
gens (Photoshop, PhotoPaint, etc), 3) Ilustrações (Corel Draw, Illustrator) e 4) 
Paginação (Art Pro, In Design, etc). Na prática os editores de textos são pre-
teridos pelos softwares de paginação e o software da Esko-Graphics. Outro 
software utilizado especificamente para a flexografia é o FlexoCal que corrige 
os possíveis ganhos de pontos antes da gravação do clichê. Há, no entanto, 
sofwares especializados para a área de embalagens que facilitam a montagem 
do layout, corrigem ganho de pontos e preparam a imagem para dar saída, 
quer dizer, para cópia digital ou simplesmente para fazer os fotolitos.
Softwares 
especialistas 
para correção 
de imagem 
em flexografia
Softwares 
especialistas 
para correção 
de imagem 
em flexografia
Como a imagem é preparada 
para ser impressa?
Toda imagem necessita de uma prévia preparação de cores. No caso da ima-
gem fotográfica é necessário reticulá-la, ou seja, decompô-la em milhões de 
elementos que chamamos de pontos de retícula. No caso de traços e linhas 
isso não é necessário.
O que é retícula?
São os milhões de elementos que compõem a imagem. A retícula é necessária 
para que possamos visualizar uma imagem fotográfica na impressão. São os 
pontos da retícula maiores e menores que dão a ilusão de áreas claras e escu-
ras de uma imagem. Em áreas claras os pontos são menores. Em áreas escuras 
os pontos são maiores.
Pontos de meio-tom (como também são chamadas as retículas) são normal-
mente quantificados pela porcentagem da área que cobrem. Isto é necessário 
para permitir o depósito de diferentes quantidades de tinta que reproduzem as 
variações tonais da imagem original.
Software da Esko-Graphics
Imagens fotográficas 
possuem variações de tons
44 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Pr
é-
im
pr
es
sã
o
O olho humano, a certa distância, tem uma ilusão de variação de tonalidade, 
pois não pode perceber os milhões de elementos (pontos) que compões a retí-
cula. Faça o seguinte teste com a figura abaixo: primeiro olhe de perto e depois 
a coloque a uns três metros de distância. Notou que à distância a imagem 
suaviza? Na realidade o olho humano tende a agrupar os pequenos pontos da 
retícula dando a ilusão de uma fotografia.
O que é quadricromia?
Uma imagem fotográfica colorida é decomposta em quatro cores básicas: 
Amarelo, magenta, cyan e preto. Daí o termo quadricromia. Quando se usam 
duas cores: bicromia; três cores: tricromia e assim por diante. Acima de quatro 
cores usa-se normalmente o termo policromia.
Os pontos de retícula possuem 
formatos diferentes?
Sim. Os pontos mais comuns em produtos impressos em geral são as retículas 
geométrica e estocástica e de ponto quadrado, redondo e elíptico.
Qual o melhor tipo de 
ponto para flexografia? 
O melhor tipo de ponto para a flexografia é o redondo. A vantagem é que nasáreas de 50 % de imagem não há o encontro dos pontos e isso facilita a impres-
são não permitindo o entupimento da retícula pela tinta. O mesmo não ocorre 
com pontos quadrados e elípticos cujos vértices se encontram prematuramente 
facilitando assim o entupimento da retícula.
 Capítulo 3 – Pré-impressão – 45
Pré-im
pressão
TIPO
DE
PONTO
ILUSTRAÇÃO COMENTÁRIOS
P
o
nt
o
 Q
ua
d
ra
d
o
 
Constituída por pontos exata-
mente quadrados. Esta forma 
de ponto oferece uma boa 
combinação de rendimento 
tonal e definição de deta-
lhes, tendo a porcentagem do 
ponto facilmente determinada. 
Contudo, devido à união simul-
tânea dos quatro vértices do 
ponto há um maior entupimen-
to da retícula no clichê flexo. 
Deve-se evitar esse tipo de 
ponto na flexo.
P
o
nt
o
 E
líp
ti
co
Ponto de difícil reprodução 
visto que as elipses (cantos 
dos pontos) no sentido se 
tocam em baixas porcenta-
gens. Isso cria um acúmulo de 
tinta entre os pontos que torna 
a impressão propensa a bor-
rões e entupimento na impres-
são. Não é recomendado para 
flexografia.
P
o
nt
o
 R
ed
o
nd
o
 
Esta retícula compensa par-
cialmente o acúmulo direcio-
nal da tinta e o conseqüente 
aumento dos tons. Não ofere-
ce riqueza de detalhes, mas é 
o ponto que melhor se adapta 
à flexografia, pois ameniza o 
problema de acúmulo de tinta 
entre os pontos de retícula 
durante a impressão.
P
o
nt
o
 g
eo
m
ét
ri
co
o
u 
d
e 
lin
ha
s
Composto de linhas que 
aumentam ou diminuem a lar-
gura. Em áreas claras, linhas 
mais finas. Em áreas mais 
escuras, linhas mais grossas. 
Utilizado por algumas empre-
sas, este ponto dificulta a aná-
lise visual da imagem e facilita 
o entupimento da retícula do 
clichê. Não é recomendado 
para flexografia.
46 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Pr
é-
im
pr
es
sã
o
O que é ângulo de retícula? 
Em processo que envolva duas ou mais cores sobrepostas de retículas é neces-
sário que estas mantenham uma distância de pelo menos 30º uma da outra. 
Observe na imagem abaixo como cada cor se comporta. Caso não se respeite 
o ângulo, ocorrerá o “moiré” (lê-se moarê).
Quais os melhores 
ângulos para flexografia?
Diferente de outros processos de impressão, a flexografia utiliza ângulos pró-
prios pesquisados para obter o melhor resultado de impressão. 
Assim uma típica seleção para flexografia é:
Ângulos recomendados à flexografia
Cyan – 7,5º / Preto – 37,5º / Magenta – 67,5º / Amarelo – 82,5º
Angulação padrão do processo flexográfico Angulação padrão do processo offset
Y = 82,5º
M = 67,5º
K = 37,5º
C = 7,5º
Y = 90º K = 75º
M = 45º
C = 15º
82,5º
7,5º
37,5º
67,5º
 Capítulo 3 – Pré-impressão – 47
Pré-im
pressão
O que é “Moiré”?
O “moiré” é um efeito xadrez que ocorre na imagem quando os ângulos da 
retícula estão em menos de 30º. A única exceção é o amarelo que permite uma 
inclinação de 15º (por ser uma cor clara, o moiré não é perceptível).
Existe alguma retícula que 
não provoque o “Moiré”?
Existe sim. Chama-se retícula “estocástica” ou “FM Screen” (retícula de freqüên-
cia modulada). Nesse caso o que varia na imagem não é o tamanho do ponto, 
mas sim a freqüência (quantidade) dos pontos. Em áreas escuras há maior 
concentração, em áreas claras menor concentração. O problema de seu uso na 
flexografia é que facilita o entupimento da retícula na impressão. Uma alter-
nativa é o uso de retícula híbrida, quer dizer, em áreas de 3% à 10% utiliza-se 
estocástica. Acima disso, retícula convencional.
Imagem sem moiré Imagem com moiré
Retícula
convencional
Retícula
estocástica
48 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Pr
é-
im
pr
es
sã
o
O que é lineatura?
Pode-se definir lineatura como: “a quantidade de linhas de pontos existente em 
um centímetro ou polegada linear”. 
Existem retículas de diversas lineaturas e sua escolha dependerá do tipo de 
suporte a ser impresso (papel, papelão, plásticos, alumínio etc), e das caracte-
rísticas de reprodução do processo em que serão confeccionados os clichês. 
Veja abaixo exemplos de utilização de lineaturas:
1 cm
80 l/cm: Apresenta riqueza de detalhes finos para trabalhos de reprodução artística 
em papel brilhante e liso. Aplicado aos processos de impressão offset e rotogravura.
60 l/cm: Apresenta também resultados bons nos detalhes e 
pode ser empregado em papel mais poroso. Para offset e roto.
48 a 52 l/cm: Alguns trabalhos em flexografia já são realizados 
nesta lineatura. Porém, exige bom controle do processo.
36 l/cm: Muito utilizado em flexografia, pois não entope a retícula 
com facilidade. Por outro lado perde muito nos detalhes da imagem.
25 l/cm: também é utilizado na flexografia para serviços grosseiros que não requerem qualidade.
 Capítulo 3 – Pré-impressão – 49
Pré-im
pressão
Em que influi a lineatura 
na reprodução da imagem?
A lineatura é diretamente responsável pela definição da imagem. Lineaturas 
mais altas resultam em maior definição; lineaturas mais baixas têm menor defi-
nição. No entanto é preciso ter cautela visto que na flexografia lineaturas mais 
altas podem significar maior entupimento e dificuldades de impressão.
Dica Importante na escolha da lineatura: É possível fazer bons 
trabalhos de quadricromia com lineaturas mais baixas. A vantagem, 
nesse caso é o ganho de velocidade na impressão e poucas paradas 
de máquina para limpeza do clichê durante a operação.
0% 5% 10% 20% 30% 40%
50% 60% 70% 80% 90% 100%
Qual a melhor lineatura 
para flexografia?
Isso depende do segmento, tipo de serviço, máquina, anilox e outros fatores. 
No entanto, há um parâmetro médio utilizado no mercado brasileiro, conforme 
segue:
 Papelão ondulado: 25 a 34 linhas/cm = lineaturas mais baixas para máquinas 
com menos recursos e lineaturas mais altas para máquinas mais sofisticadas. 
 Banda Larga (Embalagens flexíveis): 36 a 42 linhas/cm. 
 Banda Estreita (Etiquetas e rótulos): 46 a 60 linhas/cm. 
Geralmente utilizam-se lineaturas mais altas para impressão com tinta U.V. É 
evidente que esses parâmetros podem variar bastante conforme os recursos 
de máquinas, tintas, clichês etc.
Que dizer da porcentagem de pontos?
Porcentagem de pontos é a quantidade de área impressa em relação às áreas 
não impressas de uma imagem. A porcentagem varia entre 1% a 99% onde 
100% é considerado um fundo chapado.
50 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Pr
é-
im
pr
es
sã
o
O que é “contraste de imagem”?
O conceito de contraste é interessante, pois nem todos os profissionais da área 
se acostumaram a enxergar a imagem com variações tonais diferentes entre as 
áreas claras, médias e escuras de uma fotografia.
Em linguagem simples podemos dizer que contraste é a diferença entre as 
áreas claras, médias e escuras de uma imagem.
TIPO IMAGEM COMENTÁRIOS
B
ai
xo
 C
o
nt
ra
st
e
 
O baixo contraste se caracteriza 
pelo “achatamento” da imagem, 
quer dizer, as áreas claras (míni-
mas) subiram e as áreas escuras 
(máximas) baixaram. Esse proble-
ma é comum nas imagens flexo. 
Geralmente no momento do retoque 
no arquivo digital, o operador tende 
a subir as mínimas, pois essas áreas 
são difíceis de gravar.
C
o
nt
ra
st
e 
no
rm
al
 
No contraste ideal, as áreas claras, 
intermediárias e escuras estão equi-
libradas permitindo a boa visualiza-
ção da imagem com suas nuances 
depois de impressa. Naturalmente 
algumas imagens já são criadas com 
deficiências de contraste. Nesses 
casos é necessário observar o que o 
cliente final deseja.
A
lt
o
 C
o
nt
ra
st
e
 
Quando o contraste é alto, as áreas 
de máxima ficam muito altas e as 
áreas de mínima (claras) ficam muito 
baixa. Acontece então o que na flexo 
chamamos de “furar” a imagem, quer 
dizer, não há pontos para imprimir. 
O resultado depois de impresso é 
desagradável à vista. Já nas áreas 
escuras os pontos se “juntam” e 
chapam. Em ambos os casos se per-
dem os detalhes da imagem.
 Capítulo 3 – Pré-impressão – 51
Pré-im
pressão
O que é “ganho de pontos”?
O ganho de pontos pode ser entendido como aumentofísico, em nível geométrico 
ou óptico, de cada um dos pontos de retícula correspondente a uma imagem.
Dentre os vários processos de impressão, a flexografia é, simultaneamente, o 
que mais cresce e um dos que mais evoluíram tecnologicamente.
Entretanto, apesar de toda a evolução tecnológica, dos grandes processos de 
impressão, é aquele que mais apresenta restrições técnicas, exigindo grande 
nível de conhecimento em todas as fases do processo para obtenção de uma 
boa qualidade de impressão.
O primeiro passo para a obtenção de uma boa qualidade de impressão é o 
entendimento da chamada Curva de Reprodução.
Como todos os processos de impressão, a flexografia possui uma curva carac-
terística de reprodução, que em termos mais amplos, relaciona a porcentagem 
de ponto de uma área do original (geralmente na mídia eletrônica) com o 
resultado final impresso.
Por que ocorre o ganho de pontos?
A flexografia é um dos processos de impressão cujo ganho de pontos é mais 
acentuado. Alguns fatores colaboram para esse ganho excessivo: cópia do 
clichê, fotopolímero muito macio contra uma superfície de contra-impres-
são dura, tinta líquida, ajuste de impressão que depende em grande parte da 
habilidade do operador, excesso de pressão, escorregamento do ponto por 
erro no diâmetro primitivo, rejeição da tinta pelo substrato ou por outra tinta 
(especialmente em tintas UV).
A partir do entendimento das deformações sofridas pela imagem durante as 
várias fases do processo de impressão, é possível estabelecer mecanismos de 
compensação, que mesmo não sendo capazes de levar a imagem impressa a 
ser reproduzida de maneira idêntica aos originais, compensam grandemente 
as deformações.
Princípio do ganho de ponto clichê x impresso:
O ganho de ponto acima demonstrado é, em essência, o último dos vários 
ganhos possíveis.
52 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Pr
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im
pr
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sã
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Como se calcula o ganho de pontos? 
Avaliando-se os pontos do clichê e do impresso acima temos: 
Clichê:
% de ponto= ?
Ø do ponto= 130 μ
Lineatura= 54 l/cm
Por definição, a % de ponto é:
Área do ponto/área do módulo
Módulo: Total de μ² do ponto de 100% e,
Durante o processo de impressão, a tinta na superfície do ponto é comprimida 
contra a superfície do substrato apoiado no tambor central ou contra-pressão.
Uma vez que o substrato, especialmente os filmes plásticos, não é capaz de 
absorver a tinta, a compressão desta entre duas superfícies não absorventes 
gera uma fuga da tinta para a periferia do ponto.
Este fenômeno conhecido por “squash” resulta em uma forma característica de 
ponto impresso, demonstrado na figura abaixo.
Abaixo é apresentado um diagrama representativo do ganho de ponto e, em 
seguida, a análise matemática do ganho de ponto, com exemplificação para 
maior entendimento.
É recomendável para as empresas de flexografia disporem de lentes de aumen-
to com escala de leitura capaz de medir os pontos, uma vez que a análise 
geométrica do ponto demonstra uma série de defeitos.
Exemplo de ponto 
característico da 
impressão flexográfica
O círculo preto na figura 
ao lado representa o 
real diâmetro de ponto 
no clichê e os círculos 
magenta, o resultado 
efetivamente impresso
Ponto no clichê Ponto impresso
Impresso:
% de ponto= ?
Ø do ponto= 160 μ
Lineatura= 54 l/c
 Capítulo 3 – Pré-impressão – 53
Pré-im
pressão
Módulo = (1cm/lineatura (l/cm))²
Como 1 cm = 10.000μ;
Módulo = (10000/LPc)² = Xμ²
Assim sendo, para o ponto do clichê temos:
Módulo (M) = (10000/54)²
M = 34294 μ²
Área do ponto no clichê (área de um circulo)(Ap) = πr²
Ap = 3,14159 x (130/2)²
AP = 13273μ²
Portanto, a porcentagem de ponto para o clichê será:
%pc = Ap/M;
%pc = 13273 μ²/34294μ²
%pc = 38,7%
O mesmo módulo vale para o ponto impresso, visto que o módulo está atre-
lado a lineatura.
A área do ponto sofreu um acréscimo devido ao ganho, assim sendo, a nova 
área do ponto será:
Ap = 3,14159 x (160/2)2
AP = 20106μ²
% ponto impresso (%pi) = 20106μ²/34294μ²
%pi = 58,6%
Ganho de ponto:
O ganho de ponto de impressão (GPI) será:
GPI =( (%pi - %pc)/%pc)* 100:
GPI = ((58,6-38,7)/38,7)*100
GPI = 51,42%
Portanto o ganho de ponto de uma área de média baixa (39% de ponto) foi 
de aproximadamente 50%, o que pode ser considerado muito elevado para a 
flexografia atual, onde se esperaria em um bom processo convencional ou Olec 
(cópia com luz puntiforme) no máximo 30% de ganho e no laser praticamente 
nenhum ganho.
Abaixo segue uma tabela demonstrativa de diversos diâmetros de ponto e sua 
porcentagem correspondente em algumas lineaturas usuais:
54 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Pr
é-
im
pr
es
sã
o
Como se nota, nas lineaturas menores temos uma faixa ampla de diâmetro de 
ponto para trabalhar, o que já é muito mais restrito nas maiores lineaturas.
O ganho de pontos é 
igual para cada máquina?
Não. Conforme vimos, cada parte do processo flexo faz com que varie o ganho 
de pontos. Assim, é necessário fazer uma avaliação personalizada por máquina.
COMPARATIVO DE DIÂMETRO DE PONTO PARA DIVERSAS LINEATURAS
 %
Ø 34 38 42 46 50 54
30 0,8 1,0 1,2 1,5 1,8 2,1
40 1,5 1,8 2,2 2,7 3,1 3,7
50 2,3 2,8 3,5 4,2 4,9 5,7
60 3,3 4,1 5,0 6,0 7,1 8,2
70 4,4 5,6 6,8 8,1 9,6 11,2
80 5,8 7,3 8,9 10,6 12,6 14,7
90 7,4 9,2 11,2 13,5 15,9 18,6
100 9,1 11,3 13,9 16,6 19,6 22,9
110 11,0 13,7 16,8 20,1 23,8 27,7
120 13,1 16,3 20,0 23,9 28,3 33,0
130 15,3 19,2 23,4 28,1 33,2 38,7
140 17,8 22,2 27,2 32,6 38,5 44,9
150 20,4 25,5 31,2 37,4 44,2 51,5
160 23,2 29,0 35,5 42,5 50,3 58,6
170 26,2 32,8 40,0 48,0 56,7 66,2
180 29,4 36,7 44,9 53,8 63,6 74,2
190 32,8 40,9 50,0 60,0 70,9 82,7
200 36,3 45,4 55,4 66,5 78,5 91,6
210 40,0 50,0 61,1 73,3 86,6 101,0
220 43,9 54,9 67,1 80,4 95,0 110,8
230 48,0 60,0 73,3 87,9 103,9 121,2
240 52,3 65,3 79,8 95,7 113,1 131,9
250 56,7 70,9 86,6 103,9 122,7 143,1
260 61,4 76,7 93,7 112,3 132,7 154,8
270 66,2 82,7 101,0 121,2 143,1 167,0
280 71,2 88,9 108,6 130,3 153,9 179,6
290 76,4 95,4 116,5 139,8 165,1 192,6
300 81,7 102,1 124,7 149,6 176,7 206,1
 Capítulo 3 – Pré-impressão – 55
Pré-im
pressão
Como se corrige o ganho de pontos? 
A primeira coisa que se faz é levantar a curva de reprodução. Isso é feito por 
se imprimir um “Finger Print” que é uma coletânea de imagens, retículas, textos, 
traços e meios para fazer análises densitométricas do impresso (ver nas páginas 
58 e 59). Além disso, pode-se também fazer uso de um cilindro de banda (veja 
capítulo sobre Anilox).
Como são feitas as medidas para 
correção de ganho de pontos?
O ganho de ponto pode ser medido pela utilização de um densitômetro e o 
impresso com os respectivos campos de análise contidos no Finger Print ou em 
uma tira de controle. O ganho de ponto é medido nas áreas sólidas de impressão 
e nas áreas reticuladas, onde o densitômetro faz uma relação entre a luz inciden-
te e a luz refletida sobre a impressão. O resultado obtido é em porcentagem.
O ganho de pontos é igual nas áreas 
claras, médias e escuras da imagem?
Não. Conforme o exemplo matemático citado anteriormente, em geral o ganho 
de pontos é menor nas áreas claras e escuras. As áreas médias são as que 
possuem maior ganho de pontos. Isso se dá por que os pontos nessas áreas 
tendem a acumular mais tinta.
De que forma se dá a correção 
do ganho de pontos?
Os densitômetros atuais possuem programas internos que efetuam auto-
maticamente os cálculos de ganho de ponto. A medição é feita em “steps” 
apropriados (5%, 10%, 25%, 50% e 75%). Daí então se utiliza esse dado para 
corrigir ou compensar a curva de reprodução antes de imprimir, no software 
de preparação da imagem.
O que é um densitômetro?
São instrumentos que medem a luz transmitida ou refletida. Um densitômetro 
de reflexão é utilizado como instrumento de controle para verificar a uniformi-
dade e consistência das cores de impressão. O densitômetro de transmissão é 
utilizado para analisar a densidade do fotolito. Densitômetro de Reflexão
Ganho de ponto no filme/clichê (%)
Ganh
o 
de
 p
on
to
 n
o 
im
pr
es
so
 (%
)
Curva de reprodução
56 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Pr
é-
im
pr
es
sã
o
Por que ocorre a distorção ou 
aumento da imagem na flexografia?
Normalmente a cópia do clichê é feita em máquinas planas. Porém quando o 
clichê pronto é colado no cilindro porta clichês ele sofre uma distorção natural 
do fotopolímero. Dessa forma, um círculo perfeito, se não for corrigida a dis-
torção, será impresso oval. A distorção é sempre no sentido longitudinal, não 
havendo necessidade de distorcer ou corrigir lateralmente a imagem.
Quando uma chapa de fototopolí-
mero descansa em uma superfície 
reta, a parte de cima do clichê e 
sua base são do mesmo tamanho 
(x=y). Porém, quando o clichê é 
colado na camisa/cilindro, a super-
fície estica pois a distância do cen-
tro até a base e a área de impres-
são são diferentes (yd>xd).
A distorção é igual 
para todos os clichês?
Não. Clichês com espessuras menores distorcem menos. Clichês mais espessos 
distorcem mais. Este, inclusive é um fator a ser levado em conta no momento 
da compra de uma impressora.
Quais os elementos importantes de 
um finger print para flexografia?
O Finger Print (literalmente impressão digital) possui diversos elementos 
gráficos que podem indicar por meio de análises densitométricas a curva de 
reprodução de cada impressora. Para cada sistema de impressão (Banda larga, 
estreita e corrugados) possui um tipo diferente. Porém, um elemento que nor-
malmente falta é o uso de chapados e retículas em um mesmo Finger Print. Isso 
é importante para aqueles casos em que se utiliza retícula e chapados combi-
nados. Veja os detalhes num exemplo de Finger Print nas páginas seguintes.
xd
yd
x
y
 Capítulo 3 – Pré-impressão – 57
Pré-im
pressão
1) No fechamen
to do arquivo p
ara enviar à cli
cheria, ao usar
 um pro-
grama de ilustr
ação como o C
orel Draw e Illu
strator, deixá-lo
s em duas 
versões: a prim
eira com os tex
tos convertidos
 em curvas e a
 segunda 
no padrão norm
al. Além disso, 
o ideal é enviar
 junto com o ar
quivo 
todas as fontes
 usadas na arte
.
2) Trap: é a sob
reposição de c
ontornos de im
agens em core
s ou não. 
Neste caso o re
comendável é u
tilizar program
as de ilustraçã
o vetorial 
que facilitam a
 geração de arq
uivos Post Scri
pt ou PDF.
3) Degradês: ed
itá-los com 256
 steps para que
 não apresente
m pas-
sagens duras n
a geração do fo
tolito e, conseq
üentemente, cl
ichê e 
impressão. 
4) Sistema RGB
: este é o padrã
o para monitor
es e não deve s
er 
adotado como 
padrão de core
s. Tudo deve se
r gerado em sis
tema de 
cores de impre
ssão, ou seja, C
MYK (Cyan, Ma
genta, Amarelo
 e Preto).
5) Enviar uma p
rova digital (o m
ais comum é in
k jet) para con
ferência 
de detalhes qu
e podem se pe
rder na abertur
a do arquivo.
6) Textos muito
 pequenos e lin
has finas pode
m apresentar p
roblemas 
de repetição ou
 na confecção 
do clichê, princ
ipalmente se o
 clichê 
possui espessu
ras de 2,84 ou 
maiores. O idea
l é fazer um tes
te antes 
na máquina im
pressora para v
er a capabilida
de do processo
.
7) Ao utilizar o 
In Design junto
 com o Corel D
raw ou 
PhotoShop em 
plataforma PC,
 não adotar o C
opy e Paste 
(Copiar e Colar
) para levar um
a figura de um
 programa para
 
o outro pois em
bora possa ser
 visível no mon
itor que a imag
em 
está perfeita, a
inda assim pod
em ocorrer pro
blemas na con
-
fecção do fotol
ito. Salve a ima
gem em um ar
quivo e depois 
a 
importe para o
 software que v
ocê deseja. 
AO ENVIAR U
MA ARTE OU 
ARQUIVO
PARA UM BU
REAU OU CLI
CHERIA
Fonte: Cliart
58 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Pr
é-
im
pr
es
sã
o
 Capítulo 3 – Pré-impressão – 59
Pré-im
pressão
 Capítulo 4 – Clichês – 61
Neste capítulo você vai ver:
• Características dos clichês para flexografia
• Quais os principais métodos de gravação de clichês
• Cuidados com os clichês durante o processo de gravação
• Gravação à laser de polímeros
• Cuidados com o manuseio
 Capítulo 4 – Clichês – 63
 clichê de flexografia possui as áreas de impressão em alto 
relevo, quer dizer, a imagem destaca-se acima das áreas de 
não-impressão. Vários são os cuidados relacionados ao cli-
chê. Abordaremos os principais cuidados relacionados ao de 
fotopolímeros, que, no Brasil, é largamente usado nos vários 
segmentos de flexografia. 
4•Clichês para 
impressão flexo
A: Espessura Total da Chapa
B: Altura do Piso
C: Altura do relevo
A
C
B
64 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Cl
ic
h
ês
O que são clichês?
São formas (matrizes) de impressão que reproduzirão sempre a mesma ima-
gem. No entanto, com o decorrer da tiragem há um desgaste e isso pode 
alterar a imagem.
Clichês feitos 
no sistema 
convencional 
utilizam fotolitos
De que são feitos?
No passado recente usou-se muito a borracha natural, borracha sintética e a 
mista. No ramo de papelão ondulado ainda se utilizam mantas de borrachas 
entalhadas para serviços de traços e letras grossas. Mas o tipo de clichê mais 
utilizado hoje em dia é o fotopolímero. Os fotopolímeros são monômeros 
compostos de metacrilatos, fotoiniciadores e outras substâncias químicas que 
estão depositados sobre uma base de poliéster. Assim, ele possui alta estabili-
dade dimensional e uniformidade de espessura.
Como escolher o tipo de fotopolímero 
e quais fatores são importantes?
A escolha do fotopolímero levará em conta o tipo de trabalho a ser executado, 
máquina, etc. São três os fatores para a escolha:
1) Espessura do fotopolímero: Existem vários tipos de espessuras e o que 
determinará seu uso será o tipo de impressora, quer dizer, o diâmetro pri-
mitivo das engrenagens projetadas na fabricação da máquina. As espessu-
ras mais comuns são: 0.76mm; 1.14mm; 1.70mm; 2.84mm; 3.18mm; 3.9mm 
e 5.00mm. A espessura influencia diretamente no ganho de pontos e na 
 Capítulo 4 – Clichês – 65
Clich
ês
deformação da imagem. Quanto maior a espessura maior a deformação. Dê 
preferência para clichês com 0.76mm de espessura na compra da impres-
sora visto que facilitam o controle da curva de reprodução da imagem. O 
inconveniente é que requerem muito cuidado durante a gravação, pois as 
escovas gravadoras podem facilmente remover pontos de retícula.
2) Dureza: Os clichês podem variar entre 25º a 85º Shore “A” (normalmente as 
chapas mais finas possuem durezas mais altas e as mais espessas durezas 
menores). Clichês muito macios podem deformar a imagem no momento 
da impressão. Os clichês mais duros tendem a não transferir perfeitamente 
a tinta de impressão.
3) Resistência do polímero: Normalmente a tinta determina o tipo de resis-
tência que o clichê deverá ter. Tintas com cura ultravioleta (U.V.) necessitam 
de fotopolímeros com resistência específica. O ozônio (O3) liberado pelo 
tratamento corona também deve ser levado em consideração se o uso for 
perto dessas fontes.
Que métodos de gravação 
e cópia existem?
Gravação convencional com fotolito: ainda é o processo mais utilizado. 
Um filme negativo é colocado na superfície do fotopolímero depois que o 
mesmo recebeu uma exposição com luz ultravioleta pelo verso para definir 
o “piso”, isto é, a base de não-impressão do clichê. Dá-se então a exposição 
principal no mesmo equipamento com o fotolito. As áreas de imagem que 
estão transparentes no filme negativo (fotolito) permitem a passagem de luz 
que polimeriza os monômeros do fotopolímero. Posteriormente o clichê será 
“lavado” com produtos químicos que removerão as áreas que não receberam 
luz. As que receberam luz foram endurecidas e não serão removidas. Depois o 
clichê vai para uma estufa de secagem com uma temperatura 
de 60º, onde permanecerá por cerca de 1 hora. No entan-
to ainda é necessário um tempo de descanso que poderá 
variar de fabricante para fabricante de fotopolímero. Por 
fim é dada uma exposição com luz especial (chamada de 
germicida) que eliminará a pegajosidade característica do 
clichêe o deixará pronto para a impressão. Outra opção 
é a utilização de luz puntiforme para a cópia, visto que a 
precisão é muito maior.
 
Durômetro verifica
a dureza da chapa
Equipamento de 
cópia convencional
66 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Cl
ic
h
ês
Qual a altura correta do 
grafismo em relação ao piso?
Isso depende da espessura e também do tipo de serviço que normalmente a 
empresa executa. Apesar disso, a tabela abaixo traz valores interessantes que 
podem servir de referência:
Espessura 
da Chapa
Linhas finas 
e pontos 
isolados 
na chapa
Lineatura da imagem 
e porcentagem mínima
33 l/cm ou 
85 lpi 3%
48 l/cm ou 
120 lpi 3%
60 l/cm ou 
150 lpi 3%
1,14 0,7 0,6 0,6 0,5
1,70 0,8 0,7 0,7 0,6
2,84 1,2 1,0 0,8 0,7
3,94 1,8 1,2 - -
FO
N
TE
: 
A
S
A
H
I
Como se faz e para que serve 
a exposição principal no 
sistema convencional?
A cópia com filme negativo “mate” (fosco no lado da camada do filme) é feita 
em equipamentos apropriados que emitem luz rica em ultravioleta. Nas áreas 
transparentes do filme (grafismo, imagem) a luz passará e endurecerá o foto-
polímero. Nas áreas escuras a luz não passará e o fotopolímero ficara “solúvel” 
ao solvente de lavagem. 
LUZ ULTRA VIOLETA
FILME NEGATIVO
FOTOPOLÍMERO
Como determinar a melhor 
exposição de verso e principal?
O melhor modo é fazer uma série de testes de exposição. O ideal é utilizar um 
test form como o exemplo a seguir. Note também os tempos e quais devem 
ser os resultados. Cada fabricante de fotopolímero pode ajudar com um test 
form específico.
Esquema da cópia do fotopolímero
 Capítulo 4 – Clichês – 67
Clich
ês
TEST FORM DO PROCESSO DE CONFECÇÃO 
DE CLICHÊS DE FOTOPOLÍMERO CONVENCIONAL
ESPESSURA 
DA CHAPA
O QUE OBSERVAR 
NA CHAPA
1,14 a 1,70 2,84 a 5,0
Verifique 
perda de 
pontos ou 
pontos mal 
formados;
utilize uma 
lente ou 
conta-fios.
Meios tons
Áreas míni-
mas: 1%–5%
Lineatura:
100–175 lpi
Tipo de 
ponto: Round 
(redondo)
Ângulo da 
retícula: 45º
Meios tons
Áreas 
mínimas: 
2%–10%
Lineatura:
45–120 lpi
Tipo de 
ponto: Round 
(redondo)
Ângulo da 
retícula: 45º
Linhas finas:
Positivas: 
0.04–1.5 mm
Negativas: 
0.04–1.5 mm
Linhas finas:
Positivas:
0.08–1.5 mm
Negativas:
0.08–1.5 mm
Veja se não 
há linhas 
tortas.
Confira 
também 
linhas 
negativas 
para ver se 
não estão 
entupidas 
ou rasas 
demais.
Pontos 
Isolados:
0.04–0.2 mm
Fontes: 
Lapidárias e 
Serifadas: 
2–8 pt
Pontos 
Isolados:
0.06–0.3 mm
Fontes: 
Lapidárias e 
Serifadas: 
4–8 pt
Com uma 
lente 
verifique 
o formato 
do ponto e 
se a base 
está bem 
formada 
para poder 
sustentar o 
ponto.
Exposição 
insuficiente
Exposição 
correta
Exposição 
insuficiente
Exposição 
correta
Exposição 
insuficiente
Exposição 
correta
68 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Cl
ic
h
ês
Para que serve a lavagem (gravação) 
da chapa e que cuidados se deve ter?
A gravação com solvente apropriado removerá as áreas que não receberam 
luz na exposição principal. Além dos cuidados descritos acima (como verificar 
pontos perdidos, linhas, pontos isolados), após a lavagem deve-se observar se 
há manchas, restos de materiais não removidos, efeito “casca de laranja” (espé-
cie de vitrificação do fotopolímero) ou deformação de alguma espécie.
Que cuidados com os clichês se 
deve ter na gravação química?
No caso da gravação química que é a mais comum, os cuidados vão desde o 
manuseio da chapa (corte, transporte e armazenamento) até a conferência da 
substância química para gravação. Quando se usa percloroetileno, por exem-
plo, a medida é feita com um areômetro e deve estar por volta de 42ºbé.
Além disso, um bom controle do equipamento de gravação também é neces-
sário. A pressão das escovas interfere diretamente no resultado final. Isso sem 
se mencionar no desgaste da mesma. 
Para que serve e por que 
são necessários a secagem 
e a estabilização do clichê?
Logo após a lavagem com o solvente, a chapa aumenta muito de tamanho, 
pois ela absorve muito solvente. Portanto, é necessário que se coloque a 
chapa em uma estufa com ar aquecido para forçar a saída do solvente que 
ficou retido na chapa, com o objetivo de fazê-la voltar à espessura original. 
Normalmente o clichê fica por um determinado tempo a uma temperatura de 
aproximadamente 60ºC por um tempo determinado, que depende do equipa-
mento e principalmente da espessura da chapa: espessuras menores, tempo 
menor. Espessuras maiores, tempo maior. 
O objetivo da estabilização é permitir que as moléculas do fotopolímero se 
acomodem e com isso se consiga maior tempo de vida útil do clichê na impres-
são. Normalmente, 8 horas são suficientes para esse procedimento. A estabili-
zação também serve para a chapa adquirir 100% de sua espessura original.
Esquema de utilização do 
areômetro / densímetro
 Capítulo 4 – Clichês – 69
Clich
ês
O que acontece se não se esperar 
o tempo de estabilização e já se 
utilizar o clichê para imprimir?
Muitas vezes é necessário fazer um clichê às pressas para repor algum que 
se estragou na impressora ou por outra razão qualquer. É possível utilizar o 
clichê, porém, provavelmente haverá dificuldades no acerto visto que o clichê 
pode ainda estar inchado pelo fato de o tempo não ter sido suficiente para a 
saída de todo solvente. Outra importante perda é que o clichê durará muito 
menos na impressão, uma vez que ele ainda está “aberto” e sujeito à penetra-
ção do solvente flexo que faz com que ele perca suas propriedades.
Solvente: Percloetileno e n-Butanol
2,
84
m
m
3,05mm (+7%) Comparada com a espessura original
Como pode ser observado no 
gráfico ao lado, até a primeira 
hora depois que o clichê sai 
da lavagem ele aumenta de 
espessura e, conforme as horas 
vão passando, ele volta ao 
tamanho normal.
2,89mm (+2%): Depois de 1 hora de secagem
(2,84mm: Após 8 horas de estabilização)
2,86mm (+1%): Após 2 horas de secagem
Cópia com luz puntiforme: O processo é exatamente igual ao sistema 
convencional descrito acima. A diferença está no equipamento de cópia. 
Nesse caso utiliza-se uma copiadora com um tipo especial de luz cha-
mada “puntiforme”. O principal equipamento é a copiadora da empresa 
americana OLEC, cuja grande distinção é uma luz halogênica 
que produz um endurecimento (polimerização) profundo do 
fotopolímero permitindo assim uma cópia de pontos bem 
pequenos com pouco ganho de pontos. 
Equipamento da OLEC
 que permite cópia 
com luz puntiforme
Microfotografia 
mostrando ponto 
da retícula com 
cópia convencional
Microfotografia mostrando 
ponto da retícula com cópia 
de luz puntiforme. 
Baixo ganho de pontos
70 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Cl
ic
h
ês
Gravação com cópia a laser: Neste processo, existe uma película negra 
(que substitui o fotolito negativo) na superfície da placa que será vaporizada 
pelo laser. Dá-se, então, mais uma cópia com luz ultravioleta e grava-se a 
chapa normalmente com produtos químicos. A vantagem deste processo é a 
eliminação do filme, pois a imagem é digitalizada e é transferida para a placa 
diretamente.
Micro-fotografia do clichê 
em áreas e 1% de retícula 
– excelente definição
Equipamento para cópia 
digital de fotopolímeros 
da Esko-Graphics
Gravação rápida (térmica): Lançado pela Du Pont com o nome de Cyrel 
Fast®, este processo baseia-se na remoção das áreas não endurecidas pela luz 
(não-impressão) por meio de uma espécie de “toalha aquecida” que é embobi-
nada após o processo. A grande vantagem é a rapidez.
Equipamento 
Cyrel Fast®
Gravação de polímero com laser: embora já exista há alguns anos a gra-
vação em borracha para flexografia, o processo de gravar um polímero só 
desenvolveu a partir da DRUPA 2000 (Feira de Artes Gráficas que ocorre de 
4 em 4 anos na Alemanha) com a adaptação de equipamentos de gravação 
a laser já existentes no mercado. Nesse caso, o laser grava diretamente um 
polímero removendo as áreas de não-imagem. Após a gravação o clichê está 
pronto para a impressão sem necessitar de quaisquer outros processamentosou esperas visto que não foi processado com solvente. 
 Capítulo 4 – Clichês – 71
Clich
ês
Como funciona o sistema 
de gravação a laser?
Os sistema mais modernos baseiam-se no conceito in-the-round. Um cilindro 
de aço onde é colocada a chapa de polímero (note que não é mais fotopolí-
mero pois não é necessário mais a polimerização por meio luz nessa etapa), 
irá girar a uma velocidade de 18m/s (cerca de 2400 rpm), enquanto a unidade 
de gravação se desloca na extensão do cilindro removendo, por meio de feixes 
de laser, toda a área de contra-grafismo (que não será impressa). O laser nesse 
caso é o CO2 que permite alta precisão. A chapa ou sleeve absorve a luz que é 
convertida em calor, resultando numa decomposição termal. Um software irá 
regular o tipo e tamanho dos pontos bem como ângulo (podem ser especifi-
cados até 10 µm (0.01 mm) e 0.01 graus respectivamente). 
Equipamento 
de gravação a 
laser modelo 
Morpheus 
da Stork
Detalhe da gravação a laser – Equipamento Agrios da Stork
A figura ilustra como os três feixes de 
laser podem “delinear” o ponto gravado
72 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Cl
ic
h
ês
RESUMO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE CÓPIA E GRAVAÇÃO
S
IS
T
E
M
A
Convencional Cópia Digital
Cópia 
com luz 
Puntiforme
Cyrel Fast Gravação à laser
C
Ó
P
IA Fotolito negativo 
com luz U.V.
Digital 
com laser
Fotolito e luz 
Puntiforme
Fotolito 
negativo 
com luz U.V.
Não tem 
cópia
G
R
A
V
A
Ç
Ã
O
Produto Químico 
ou Água
Produto 
Químico
Produto 
Químico
Manta 
aquecida que 
remove as 
áreas que não 
receberam luz
Laser 
remove as 
áreas de 
contra-
grafismo
C
A
R
A
C
T
E
R
ÍS
T
IC
A
S
Menor custo 
do mercado
Maior ganho 
de pontos
Precisão nas 
áreas mínimas
Custo ainda 
é alto
Precisão nas 
áreas de 
mínimas e 
menor custo 
em relação à 
cópia laser
Equipamento 
requer muitos 
controles
Não é 
necessário 
esperar 
estabilização
Um único 
fornecedor de 
insumos (manta 
e polímeros)
Eliminação 
das etapas 
de cópia e 
gravação 
química
Custo ainda 
é alto
Platô
Tamanho da base
α
Primeiro nível
Meio corte
Relevo
Configuração do desenho do ponto com gravação à laser
 Capítulo 4 – Clichês – 73
Clich
ês
Quais os controles que se deve fazer 
ao receber um clichê gravado?
 Verificar se está pegajoso (isso indica que não houve um acabamento adequado).
 Ver se há um brilho excessivo (clichês com superfície muito lisa tendem a 
repelir a tinta especialmente à base d’água).
 Observar os flancos (inclinação lateral das imagens também chamada de 
ombros) se estão a aproximadamente 30º.
 Analisar a altura do grafismo e contra-grafismo (piso).
 Observar se existem linhas finas tortas.
 Certificar-se de que não tem pontos em áreas de mínima densidade faltando.
 Analisar o aspecto geral do clichê: furos, efeito “casca de laranja”, rachadu-
ras, amassados, riscos, etc.
Qual o melhor método para limpar 
o clichê durante a impressão?
De preferência um que não deixa fiapos, que não arranque pontos ou risque 
o clichê. Assim, podem-se utilizar escovas bem macias, com pouco solvente 
para não descolar o clichê. Estopas, algodão ou panos industriais felpudos 
estão descartados. Em algumas empresas o uso de bolas feitas de meia-calça 
feminina também tem dado bom resultado. Atenção: nunca limpe o clichê com 
a máquina em movimento. Certifique-se que ela esteja travada.
Como se deve limpar o 
clichê após a impressão?
O primeiro item importante é o uso do solvente que foi utilizado na própria 
tinta de impressão. A limpeza feita logo após o clichê ter saído da impressão é 
mais fácil de executar. Deve-se evitar deixar de molho em banheira de um dia 
para outro, pois vários solventes podem atacar o clichê. Utilizar preferencial-
mente escovas de pelo animal bem macias.
Qual o melhor método para 
armazenamento do clichê?
Os fabricantes de fotopolímeros dão as seguintes sugestões:
 Só guardar clichês muito bem limpos.
 Os clichês poderão ficar na posição vertical ou plana, desde que não sofram 
excesso de peso ou tensão.
 Armazenar em local fresco e arejado, protegido da ação do ozônio, prove-
Clichê limpo e bem controla-
do é um dos segredos da boa 
qualidade de impressão
74 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Cl
ic
h
ês
niente de relâmpagos, luz solar, faiscamento de motores elétricos, luz de 
arco voltaico, tratamento Corona e eliminadores estáticos. Caso seja inevi-
tável, aplicar etil-glicol para proteger.
 O ideal é ficar sob uma temperatura que de preferência não exceda os 25º C.
 Se montados em cilindros, após a aplicação de silicone, envolvê-los em 
papel ou em envelopes do tipo Kraft.
 Se desmontados, envolvê-los em papel, e nunca em plástico, visto que a 
impermeabilidade do plástico não permitirá a saída dos solventes retidos 
pelo clichê durante a impressão.
Existem controles a serem feitos 
nos clichês de um modo geral?
Existem sim. A verificação da espessura da chapa, quer dizer sua uniformidade 
é recomendável. Se a chapa possuir diferenças de espessuras, haverá compli-
cações no momento de impressão especialmente no acerto, causando uma 
impressão falha.
Controle da espessura e uniformidade é 
fundamental para uma boa impressão
Qual a tendência dos 
sistemas de gravação de 
chapas no mercado mundial?
A eliminação do fotolito já é uma realidade com a digitalização dos processos. 
Isso elimina custos de produção e melhora a qualidade. Mas o melhor mesmo 
é a gravação com laser, cujo desenvolvimento melhorou a qualidade e a veloci-
dade e reduziu o preço. Assim, a tendência é que sistemas de gravação a laser 
predominem em clichês de polímeros nos próximos anos.
 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 75
Neste capítulo você vai ver:
• Quais os métodos de montagem mais comuns
• Cuidados na montagem de clichês
• Características dos dupla-faces
• Camisas para montagem
• O que são provas de flexografia
• Catálogo Pantone
 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 77
or montagem em flexografia entende-se a disposição de cli-
chês fixados e colocados sobre a superfície do cilindro porta-
clichês. A montagem é uma etapa importante do processo 
flexográfico, pois dela depende o registro perfeito das cores. 
A execução de provas de impressão também ajudará a evitar 
desperdício de tempo no setup de máquina.
Quais os métodos de 
montagem de clichês?
São quatro os métodos de montagem de clichês:
a) Montagem manual
b) Máquina de montagem óptica
c) Sistema de registro por pinos
d) Sistema de montagem com vídeo por micro-pontos (microdots)
a) Montagem manual
A montagem manual é a mais simples e a mais imprecisa de todas, visto que 
depende do cuidado e da experiência do montador. A importância da boa 
montagem pode ser resumida no fato de que, se a colagem não for precisa 
no registro ou se houver bolhas entre o clichê, a dupla-face e o cilindro, tem-
se que parar a máquina para corrigir. Em muitos casos há a necessidade de 
se remover o cilindro porta-clichê com perda de tempo precioso. Além disso, 
quando a colagem envolve vários clichês, a probabilidade de erro é maior.
5•Montagem de clichê 
e provas de impressão
78 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
M
on
ta
ge
m
b) Máquinas de montagem óptica
O operador deste tipo de máquina deve ser especializado. Com a ajuda de um 
espelho de reflexão com um fator de ampliação de 1:1 ele posiciona uma ima-
gem sobre outra usando como referência o espelho. A precisão da montagem 
depende em grande parte da perícia e concentração do operador para montar 
jogos completos de clichês com plena sincronização e, em muitos casos, jogos 
de oito cilindros. Tem a vantagem de permitir uma prova impressa para verifi-
cação do registro.
c) Montagem por pinos
Neste sistema a precisão é maior, visto que o clichê é furado em determinadas 
posições e fixado no cilindro em um equipamento por meio de réguas. Embora 
o princípio seja simples, requer cuidados e não garante uma precisão absoluta. 
Tambémos furos feitos no clichê são uma janela de entrada para o solvente da 
tinta de impressão, podendo causar o desprendimento do clichê da dupla-face 
durante a impressão.
d) Sistema de montagem por micro-pontos
Permite uma absoluta precisão e normalmente estes equipamentos possibili-
tam fazer uma prova impressa com tinta pastosa para a verificação do registro 
de cores. Naturalmente a prova neste equipamento é única e exclusivamente 
para verificar o registro.
Montagem para corrugado
 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 79
M
on
tagem
Qual é o melhor sistema de 
colagem utilizado hoje em dia?
O sistema de micro-pontos (micro-dots) é o que permite maior precisão. O 
equipamento possui câmeras de vídeo para a visualização dos micro-pontos 
gravados nos clichês (cerca de 0,25 mm de diâmetro) que se movimentam por 
meio de motores. As vídeo-câmeras aumentam os pontos cerca de 30 vezes 
para equipamentos que possuem dois vídeos e 140 vezes para modelos com 
8 câmeras. Como o sistema de vídeo é travado na posição do primeiro clichê, 
o registro de cores é preciso, bastando acertar os próximos pontos dos clichês 
pelo primeiro. Uma das vantagens, além da precisão do registro, é que não é 
necessário cortar o micro-ponto antes de imprimir, facilitando a reutilização 
do clichê nas próximas vezes em que voltará para a impressora. Os pontos 
podem ser colocados em zonas de impressão onde ficarão dobras, cortes, 
colas, etc. Equipamentos mais modernos, como o mostrado acima, trazem 
programas de computador que podem ser armazenados para facilitar mon-
tagens complexas.
Montadora Viper Gearless 
computadorizada. Grava cerca 
de 10.000 trabalhos na memória
80 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
M
on
ta
ge
m
Vantagens do método:
 Pode-se montar múltiplos clichês na extensão do cilindro porta-clichês 
diminuindo os custos.
 Rapidez na montagem.
 Precisão no registro.
 Não é necessário remover o ponto após acertar o registro.
O que é a dupla-face?
As duplas-faces são fitas que podem ser de papel, tecido, PVC, poliéster, poliu-
retano, poliestireno, polímero e outros materiais que possuem adesivo em 
ambos os lados. O objetivo é fixar o clichê na superfície do porta-clichês. 
Equipamento Heaford 
de montagem por 
micro-pontos – banda estreita
Esquema da estrutura da dupla-face
Adesivo acrílico (lado aberto)
Espuma de PE (células fechadas) 0,30mm
Adesivo de laminação
Filme estabilizador com logo do fabricante
Adesivo acrílico (lado coberto)
Liner de PP Rugoso
 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 81
M
on
tagem
Quais os tipos de dupla-face?
Basicamente pode-se classificar as duplas-faces da seguinte forma:
 Rígidas (papel, tecido, PVC, poliéster).
 Alta, média e baixa densidade (espuma de polietileno).
 Reutilizáveis (polímero).
 Camisas acolchoadas.
O tipo de dupla-face influencia 
no resultado de impressão?
A dupla-face influencia diretamente o resultado final de impressão. A espessu-
ra, a maciez e o tipo devem ser utilizados corretamente em função do serviço 
que será executado.
A tabela acima mostra o resultado de impressão de áreas chapadas com os vários tipos de dupla-face. 
Quanto menor a compressibilidade, menor a variação de densidade de impressão.
Tipo de 
compressibilidade
100 
m/min
200 
m/min
300 
m/min
400 
m/min
Desvio
% De 
desvio
Macia 1,23 1,10 1,05 1,02 0,21 -18,7
Média Maciez 1,33 1,23 1,20 1,15 0,18 -13,5
Média Dureza 1,48 1,45 1,42 1,38 0,10 -6,8
Firme 1,52 1,50 1,48 1,47 0,05 -3,3
Densidade é o mesmo 
que compressibilidade?
Densidade não é o mesmo que compressibilidade. Densidade = peso/massa e 
Compressibilidade = pressão. Assim, deve-se entender que as fitas são classi-
ficadas como abaixo:
 Baixa densidade/alta compressibilidade: Bom para processos de impres-
são com linhas muito finas e impressões de retículas delicadas.
 Média densidade/média compressibilidade: Bom para meio-tons, linhas e 
impressão mista e para algumas impressões sólidas.
 Alta densidade/baixa compressibilidade: Bom para a maioria dos trabalhos 
com traços, algumas impressões mistas, para impressões de sólidos rever-
sos (negativos) e chapados.
FO
N
TE
: 
LO
H
M
A
N
N
Chapado impresso 
com Dupla face macio
Impressão de chapado
com dupla face rígido
82 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
M
on
ta
ge
m
Qual a principal característica que 
uma fita dupla-face deve ter?
Além da densidade/compressibilidade da fita espumada, também é relevante a 
sua capacidade de recuperação, ou seja, quão efetiva é a volta da fita à posição 
inicial após a pressão de impressão, em especial para grandes tiragens. A estru-
tura da espuma deve manter sua capacidade de recuperação após milhares de 
metros rodados, garantindo assim a repetibilidade da imagem impressa, sem 
ter que fazer ajustes freqüentes da pressão de impressão durante a operação.
As microfotografias mostram as células da dupla-face. À esquerda as células bem definidas que 
ajudarão o impressor no acerto e na repetibilidade. À direita células desuniformes. 
Qual é, então, o melhor 
tipo de dupla-face?
Isso depende. No caso de retículas finas, é necessário dupla-face compressí-
vel de baixa densidade. Já para traços grossos e chapados o recomendável 
são duplas-faces mais rígidas. Porém se a dupla-face for utilizada sobre uma 
superfície macia, como no caso das camisas (sleeves), então uma dupla-face de 
tecido pode cumprir bem a função.
O que são “sleeves” ou camisas?
São “tubos” onde serão montados os clichês a serem impressos. O uso de 
camisas se disseminou nos últimos anos devido ao apelo de o setup (troca de 
serviço) poder ser feito mais rápido e por causa da leveza do material. A camisa 
é colocada no eixo do porta-clichês, que é ligado ao ar comprimido que expan-
de a camisa. Quando o ar é desligado a camisa se fixa no porta-clichê.
FO
TO
: 
TE
S
A
 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 83
M
on
tagem
Quais são os tipos de camisas 
mais comuns no mercado?
Basicamente são dois: as camisas compressíveis e as rígidas, mas as rígidas 
prevalecem. No caso das camisas compressíveis, normalmente, pode-se utilizar 
uma dupla-face rígida de papel ou outro material como o tecido. Isso barateia 
o gasto com dupla-face. Já nas camisas rígidas são necessárias duplas-faces 
compressíveis que ajudarão na qualidade de impressão.
Quais as vantagens e as
desvantagens das camisas?
Algumas das vantagens são a leveza e troca rápida do serviço. A principal des-
vantagem é que as camisas requerem muitos cuidados. Riscos e batidas com-
prometem seriamente o resultado da impressão. Além disso, algumas podem 
ser muito sensíveis aos solventes utilizados na tinta de impressão e, com o 
tempo, podem perder suas propriedades e ficar irregulares.
Esquema de uma típica 
camisa (sleeve) para 
montagem de clichês
Clichês montados em 
camisas facilitam o 
setup na impressão
Embora o mandril (cilindro onde é colocada a camisa) 
seja o mesmo, a espessura das paredes das camisas é 
diferente para se ajustar aos diferentes formatos exigidos
Exemplo de camisa 
alcochoada
Construção
Marcas para montagem
Camada 
anti-desgaste
Camada 
intermediária
Fibra de vidro
Inserto metálico 
para registro
D
I
D
E
C
84 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
M
on
ta
ge
m
Quais os cuidados na 
escolha das camisas?
Talvez o maior problema na escolha da camisa seja a diversidade de modelos e 
a compressividade. As camisas compressíveis estão mais sujeitas a cortes, ris-
cos e deformações. Embora haja uma economia no custo da dupla-face, pois 
pode-se utilizar dupla-face de tecido sem compressão, a empresa que optar 
por esse modelo deverá ter cuidado redobrado no manuseio e armazenamen-
to, pois quaisquer estragos inutilizarão a camisa. As camisas rígidas de fibra de 
carbono costumam dar bons resultados e tendem a durar mais.
1 Limpar a superfície do cilindro porta-cli-
chês ou da camisa e o clichê com solu-
ção apropriada(sugestão: 90% de álcool 
isopropílico + 10% de acetato) eliminando 
as imperfeições no cilindro (camisa) com 
lixa suave e limpando completamente 
resíduos de tinta seca, óleo, graxa, fitas 
adesivas etc.
2 No caso das camisas, procurar usar 
a mesma pressão de ar utilizada pela 
máquina, ou ainda a menor pressão pos-
sível, para evitar eventuais variações no 
diâmetro externo das mesmas.
3 Ao aplicar a fita dupla-face, primeiro 
desenrole o rolo em uma mesa de traba-
lho e, sobre uma superfície plana, corte o 
tamanho da fita proporcional ao tamanho 
do clichê. Enrole a fita cortada em um 
tamanho utilizável. Evite segurar o rolo 
inteiro e apertar muito enquanto manuse-
ar a fita, pois isso pode causar dificulda-
des no processo e criar tensão excessiva 
na espuma.
4 Aplicar a fita dupla-face com um movi-
mento amplo de ponta a ponta. O rolinho 
(ou uma espátula de plástico), ajuda na 
maior pressão e obtém-se uma melhor 
adesão da fita. Evitar movimentos em 
“zigue-zague”, visto que podem provocar 
bolhas.
5 No início, fixar o clichê sobre uma área 
pequena da fita dupla-face. Deve-se evi-
tar um contato prematuro do clichê com 
a fita, usando como protetor para isso o 
próprio liner. 
6 Quando finalizar o posicionamento do 
clichê, pressionar o mesmo contra a fita 
dupla-face com um rolinho, para aumen-
tar a união (adesão) e evitar o surgimento 
de bolhas.
7 Sempre deixar uma margem de aproxi-
madamente 1,5cm de fita dupla-face ao 
redor da área do clichê, para fixar melhor 
as bordas do mesmo e evitar que ocorra 
o levantamento das laterais.
8 Nunca deixar coincidir as bordas da fita 
dupla-face com as bordas do clichê.
9 Ao limpar o clichê durante a impressão, 
evitar o contato do solvente com a fita 
adesiva que margeia o clichê. Este cuida-
do evita o levantamento prematuro da fita 
dupla-face em relação ao cilindro.
DICAS PARA MONTAGEM DE CLICHÊS 
EM CAMISAS OU PORTA-CLICHÊS
 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 85
M
on
tagem
O que são provas de flexografia?
As provas de flexografia são ajudas para poupar tempo e insumos antes da 
gravação final. Essa operação é realizada em uma máquina de provas que 
simula a impressão flexo, na qual há os mesmos elementos da impressora: 
anilox, porta-clichês, tinta flexo, etc. Porém, a máquina de provas não reproduz 
com precisão as características da impressora. Portanto, velocidade, viscosida-
de, desgaste de engrenagens, pressão de impressão, pressão de entintagem e 
outras muitas variáveis podem fazer com que a prova fique bem diferente do 
resultado impresso.
Dica: Tente reproduzir na máquina de provas as condições da 
impressora como mesma tinta, mesma lineatura e BCM de anilox 
disponíveis, mesma marca de dupla-face, etc. Pode-se inclusive 
controlar os valores densitométricos das cromias na prova para 
posterior comparação com o impresso.
Equipamento de provas da 
Heaford sleeve gearless. 
Economia de tempo na 
aprovação do serviço
86 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
M
on
ta
ge
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Quais os tipos de provas 
mais comuns e qual a melhor?
As provas chamadas “print” ou Cromalim® são comumente utilizadas como 
comparativos (e às vezes até mesmo como padrões!) com o impresso. Porém, 
a verdadeira prova flexo é feita em equipamento apropriado com anilox, tinta 
flexo, porta-clichês e substrato (plástico, papel e alumínio).
Impressora Ink Jet Epson
O que é “print” e Cromalin®?
A print (nome genérico que se dá às provas digitais) ou o Cromalin® não são 
provas de flexografia, e podem ser classificadas como provas digitais. Isso sig-
nifica que não conseguem reproduzir os resultados obtidos em uma impres-
são de verdade em impressora e não devem ser utilizadas como “padrão” para 
a flexografia.
O que é o catálogo Pantone®?
O catálogo Pantone® é uma coletânea de 1.000 cores partindo-se de apenas 
16 bases ou cores básicas. O catálogo Pantone® se tornou popular entre as 
agências de propaganda que passaram a poder especificar uma cor para a 
indústria convertedora. A versão com 1.000 cores é a mais popular, porém, há 
outras opções inclusive digitais para uso direto no computador em apoio a 
um software.
 Capítulo 5 – Montagem de clichê e provas de impressão – 87
M
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tagem
O que é perfil ICC? 
ICC significa International Color Consortium – Consórcio Internacional de 
Cores, e trata-se de um grupo de fabricantes líderes de produtos de imagem 
digital (inclui Adobe, Agfa, Apple, Fuji, Microsoft e outros). O ICC tem desen-
volvido especificações para descrever como os dispositivos criam cor, e essa 
informação está incorporada na estrutura de um perfil ICC.
Um perfil ICC é um arquivo que descreve as capacidades e limitações dos 
dispositivos que geram cor. Ele pode ser usado em conjunto com a tecnolo-
gia ColorSync da Apple e aplicações como por exemplo o Adobe Photoshop 
para corrigir imagens de cores, igualar cores tão próximo quanto possível do 
scanner ao monitor e à impressora, provas e também simular a aparência de 
imagens de máquinas impressoras.
O catálogo de cores Pantone é o mais utilizado hoje em dia
Logotipo do ICC
 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 89
Neste capítulo você vai ver:
• Quais os principais tipos de substratos usados na flexografia
• Tipos e características dos plásticos
• Co-extrusados
• Alumínio e suas propriedades
• Papéis diversos e aplicações
• Laminação
 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 91
que faz da flexografia um processo de impressão muito ver-
sátil é a variedade de suportes que se pode imprimir. Além da 
possibilidade da impressão em monocamadas, quer dizer, um 
único material, há também a proliferação de materiais combi-
nados. Esses materiais combinados possibilitam maior resis-
tência e qualidades de “barreira” ou proteção maior ao produto. A versatilidade 
dos plásticos transformam-nos em “campeão de uso” na indústria de embala-
gens flexíveis. Sendo fáceis de moldar, alguns possuem excelente estabilidade 
dimensional, resistência ao rasgo e estouro, excelentes barreiras contra óleos, 
água, etc. Os materiais plásticos também são muito utilizados em rótulos para 
diferentes produtos como alimentícios, farmacêuticos e cosméticos. 
A facilidade de uso dos auto-adesivos em máquinas rotuladeiras (que aplicam 
o rótulo), favoreceu a flexografia. Processos como offset, por exemplo, não 
imprimem rótulos em bobinas que são utilizadas pelas máquinas aplicado-
ras automáticas. Empresas tradicionais do mercado de rótulos em offset têm 
migrado para flexografia. Um importante segmento é o de papéis. Estes são 
muito utilizados em rótulos, sacolas e caixas de papelão ondulado. Com o foco 
de muitas empresas na questão ambiental, o papel ganha cada vez mais força 
como embalagem.
Quais os principais suportes que 
podem ser impressos na flexografia?
Os principais materiais utilizados são:
6•Principais suportes 
para impressão
92 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Su
po
rt
es
Plásticos: Polipropileno (PP), polietileno (PE), poliéster (PET), ionômeros 
(Surlyn), etileno vinil acetato (EVA), cloreto de polivinilideno (PVDC), cloreto de 
polivinil (PVC), nylon (poliamida).
Papéis: Monolúcido, couché, corrugado, offset, kraft.
O Alumínio (Al) também tem sua utilização, em estruturas laminadas ou sozinho.
Quais as boas qualidades que 
os suportes devem possuir?
Depende da utilização final, mas para a impressão qualidades como estabili-
dade dimensional, boa resistência a temperaturas, planicidade (uniformidade), 
impermeabilidade, brilho e transparência facilitam o processo. No caso dos 
papéis a superfície pouco rugosa e a cor são importantes, pois podem influir 
na aparência do impresso.
Quais as principais aplicações 
do papel nos segmentos 
que a flexografia atende?
Hoje há uma ampla gama de papéis e usos para os diversos segmentos que a 
flexografia atende. O uso em caixas de papelão é o que vem à lembrança primei-
ro, porém o papel é também muito utilizado em estruturas laminadas, sacolas esacos ecologicamente corretos e principalmente em rótulos auto-adesivos.”
O que são plásticos?
 Plásticos: São materiais macromoleculares, principalmente de origem 
orgânica (carbono), os quais são preparados pela modificação de produtos 
naturais ou por síntese de compostos de baixo peso molecular. De forma 
geral, podem ser moldados por processamento sob condições favoráveis 
de pressão e temperatura. São também chamados de polímeros.
 Polímeros: do grego poly + meros = muitas partes, compostos quími-
cos, obtidos a partir da união de um número de unidades elementares ou 
monômeros (uma só parte), os quais se repetem sucessivamente.
O que são “filmes técnicos”?
Convencionou-se usar essa expressão para materiais plásticos impressos em 
uma única camada e com boa soldabilidade como o polietileno e polipropileno. 
Embalagem 
monocamda 
em Polietileno
Os papéis são utilizados 
também em rótulos 
auto-adesivos
 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 93
Su
portes
Podem ser utilizados para o empacotamento automático de cereais em geral, 
adubos, papéis higiênicos, massas alimentícias, biscoitos, produtos têxteis e 
alimentos em geral. Os filmes monocamadas são muito utilizados também em 
rótulos.
O que são co-extrusados?
Co-extrusão é a união pelo processo de extrusão de 
vários materiais plásticos em até 13 camadas. O objetivo 
é fazer estruturas com alta resistência às gorduras, ao oxi-
gênio, à água, à luz e a outras substâncias que venham a 
causar a deterioração rápida do produto. Geralmente, os 
co-extrusados são utilizados para laticínios e embutidos 
como salsichas, presuntos, aves, mortadelas, charques 
entre outros.
O que são laminados?
São materiais plásticos, papéis e/ou alumínio que são 
unidos por meio de adesivos. O objetivo é o mesmo da 
co-extrusão, isto é, criar estruturas capazes de resistir a 
diversas substâncias que afetam o produto. Os lamina-
dos formam hoje um dos grandes nichos de mercado 
para as embalagens alimentícias em geral.
O que são metalizados?
São materiais plásticos (polietileno, polipropileno 
e poliéster) em cuja superfície é aplicada uma fina 
camada de alumínio. O processo ocorre em um 
equipamento apropriado e a vácuo. 
94 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Su
po
rt
es
FILME OTR* 23ºC - 0% UR
(25μ) (cm³/m²x24h)
EVOH 0,08-1,9
NYLON 6 18,6-39
PET 31-93
BOPP 1550-2500
PP 2300-3100
PEAD 2300-3100
PS 4350-6200
PEBD 7000-8500
PET METALIZADO 0,16-0,17
BOPP METALIZADO 19-160
Materiais metalizados e/
ou laminados aumentam 
a proteção e deixam a 
embalagem mais atraente
Por que utilizamos 
laminados e metalizados?
Algumas pessoas relacionam o uso de laminados e metalizados apenas a 
resistências mecânicas e eventualmente efeito visual. Contudo, os laminados (e 
os laminados metalizados principalmente) desempenham um efeito dramático 
na proteção dos alimentos.
Algumas das principais propriedades dos alimentos estão relacionados ao 
impedimento do contato deste com determinados agentes, dentre os quais 
destacamos o oxigênio, com dois efeitos dramáticos:
a) Oxidação de óleos essenciais.
b) Proliferação bacteriana.
Conforme pode ser observado na tabela abaixo, as propriedades dos filmes 
plásticos são muito diversas, e o uso da metalização também aumenta mui-
tíssimo a barreira contra oxigênio (OTR – Oxygen Transmission Rate). Como 
referência, uma taxa de permeabilidade ao oxigênio menor que 15 cm³/m²/dia 
é considerada alta barreira. Se for inferior a 8 cm³/m²/dia é altíssima barreira.
Outras barreiras são também importantes para determinados produtos, como 
a barreira a vapor de água (WVTR – Water Vapor Transmission Rate) para 
biscoitos e outros produtos que a água pode retirar a crocância e precipitar a 
degradação.
A metalização também aumenta a barreira à umidade, colaborando com a 
preservação dos produtos embalados.
Abaixo a tabela da barreira a oxigênio dos principais filmes utilizados na indús-
tria de embalagens.
* Quanto menor a taxa 
de permeabilidade, 
maior a barreira
 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 95
Su
portes
Quais as propriedades do alumínio e 
por que é tão útil em embalagens?
O alumínio possui duas propriedades importantes para as embalagens: proteção 
e apresentação. Outra vantagem na sua utilização é o baixo peso específico.
O material, além de não ser tóxico, é completamente invulnerável a odores, gases 
e vapores. Além disso, a folha de alumínio pode ser pintada, impressa ou lavra-
da, realçando assim a beleza das embalagens, característica muito desejada pelo 
pessoal de marketing na elaboração de uma nova embalagem.
Propriedades de proteção da folha do alumínio: não alimenta microorganis-
mos; não é tóxico e é seguro para ser usado em contato com a maioria dos 
alimentos, remédios e cosméticos; não possui gosto nem odor próprio; não é 
volátil, não resseca, nem enruga; tem boa estabilidade; é impermeável à maioria 
dos tipos de gorduras e óleos, tanto em baixa como em altas temperaturas; é 
resistente à luz, e por isso pode ser utilizado para embalar produtos que não 
podem perder seu aroma e/ou que podem se tornar rançosos ou descorados 
pela exposição à luz; é bom condutor de calor, e por isso permite seu aqueci-
mento e resfriamento rápidos.
A folha de alumínio, em seu estado puro ou temperado, pode ser facilmente 
moldada, dobrada e prensada. Esta propriedade é muito importante para o 
reempacotamento e a reutilização.
A folha de alumínio densa, dura ou temperada, apresenta maior resistência à 
tração, maior rendimento, mas menor alongamento. Sua alta condutibilidade 
térmica se torna ideal para produtos que devem ser embalados quentes e sub-
seqüentemente esfriados ou congelados.
A flexibilidade da folha de alumínio permite sua utilização em envoltórios exter-
nos, forração de recipientes, moldagens ou fabricação de pouches e sacos. 
Torna-se, no entanto, necessário aplicar adesivos ou laminação com polietileno, 
por exemplo, a fim de obter uma boa selagem. A maioria dos pouches ou sacos 
são fabricados com folhas de alumínio coladas em outro material.
Uma das características principais da folha de alumínio é sua impermeabilidade 
a umidade, gases e odores.
Encontra-se no supermercado grande variedade de aplicações do alumínio em 
embalagens: cigarros e tabacos, chocolates, balas, confeitos, queijos, manteiga, 
margarina e gordura, biscoitos, sopas, extratos de carne, embalagens semi-rígi-
das, comprimidos e medicinais, rótulos e etiquetas adesivas. 
Por que o poliéster é tão 
utilizado hoje em dia?
O poliéster é muito utilizado nas embalagens pelas seguintes características 
básicas: bom brilho e transparência; ausência de gosto e odor; baixa umidade; 
alta resistência à tração; alta resistência ao impacto; boa barreira a umidade e 
a gases; resistência a gorduras, óleos e açúcares. A principal desvantagem do 
O alumínio possui excelentes 
propriedades de barreira
96 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Su
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es
poliéster é que o material não permite soldagem a quente.
Outra desvantagem é o fato de o poliéster possuir baixa umidade permitindo 
assim o acúmulo de cargas eletrostáticas quando este desliza pela máquina. A 
estática pode provocar faíscas que podem gerar incêndio durante o processo 
de impressão. Assim, é necessário que as impressoras tenham bons dispositi-
vos de eliminação de estática.
No entanto, há muitas vantagens do poliéster no processo de impressão que 
são a excelente estabilidade dimensional, facilitando o registro das cores, e alta 
resistência ao calor (cerca de 220º C) propiciando uma boa secagem do filme 
impresso e viabilizando altas velocidades de produção.
A aplicação do poliéster está mais ligada à formação de embalagens especiais, 
devido ao seu custo alto e às suas propriedades boas como barreira ao vapor 
d’água, ao oxigênio e a fragrâncias, que é superior à dos filmes de polietileno 
e BOPP, principalmente se o poliéster for metalizado. 
Os principais usos do poliéster são: embalagens de produtoscongelados; 
embalagens de alimentos desidratados; embalagens para cozimento do pro-
duto; embalagens que necessitem de barreira contra a vazão de essências 
como os sabonetes; embalagens que necessitem de barreira a umidade, gases 
e que mantenham o aroma do produto.
Quais as qualidades do polipropileno?
O polipropileno mono-orientado (PP) é utilizado em balas (PPT - polipropileno 
de torção) e em laminações para conferir propriedades de brilho, transparência e 
barreiras. O polipropileno bi-orientado sofre uma orientação das moléculas nos 
sentidos longitudinal e transversal, conferindo excelentes características de brilho 
e transparência; alta resistência à tração; alta resistência ao impacto; boa barreira 
a umidade e a gases; resistência a gorduras, óleos e açúcares. 
Sua utilização é ampla em embalagens flexíveis, em embalagens que exigem gran-
de transparência para verificação do produto, em embalagens que necessitam 
de barreira a oxigênio, como produtos fritos, bolos, doces, massas 
e biscoitos e embalagens a vácuo, como as de café, e também em 
embalagens de líquidos ou comestíveis que após serem embalados 
necessitem de esterilização ou cozimento em autoclaves. Isto se deve 
ao fato de o material suportar temperaturas de até 120º C e apresen-
tar uma boa barreira aos gases e ao vapor d’água.
Quanto a printabilidade o BOPP possui 
boas qualidades, pois resiste bem a tensões 
e ao calor (menos que o poliéster, entretan-
to). Assim como o polietileno, o polipropi-
leno necessita de tratamento superficial. No 
tratamento é utilizado o sistema Corona 
(ver na página 98). Os métodos e soluções 
químicas para verificação são os mesmos 
do polietileno.
Processo de fabricação 
de filmes de BOPP
 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 97
Su
portes
O que é extrusão de 
materiais plásticos?
Extrusão é a conversão de resinas plásticas de 
grânulos para filme plástico. O equipamento que 
faz esta transformação pode variar dependendo 
do tipo de resina. No entanto, o processo segue o 
mesmo princípio: a resina entra sólida, é derretida 
e transformada em filme para impressão. 
Um dos métodos mais comuns de fabricar o 
filme plástico é o Blow, ou extrusão Balão. O 
processo envole a extrusão de plásticos através 
de um anel circular que, por meio de ar, forma um balão expandido. O pro-
cesso Blow pode ser usado para fazer materiais co-extrusados e multicamadas 
para altas barreiras. 
O plástico em forma de grânulos é derretido no “canhão” da extrusora e é 
empurrado para um anel de ar onde é formado o balão. Depois o balão é 
puxado por rolos colocados no alto da máquina num longo percurso que 
ajuda a resfriá-lo. O filme tubular, então, em forma plana, é cortado e aberto 
em dois e embobinado. 
Normalmente é assim que os materiais como polietileno de baixa, média e alta 
densidades são feitos. Porém, no caso de co-extrusão, podem ser agregadas 
camadas de Nylon, EVA (acetato de vinil etileno) e outros materiais. 
Detalhe do anel de ar 
do fabricante Macchi
Rolos tracionadores
Balão
Saída da
bobina
Alimentação
Filtro e 
anel de ar
Ar
Rotação
Rosca sem fim
Extrusora
98 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Su
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es
O que é tratamento corona?
Podemos definir tratamento corona como sendo a modificação química e 
eletrônica da superfície dos materiais plásticos na adesão e molhabilidade 
(propriedade de espalhamento de um líquido na superfície).
É muito importante notar que a propriedade de molhabilidade gerada pelo 
aumento da tensão superficial do filme desempenha um papel tão importante 
quanto a adesão em si, pois além de ser um dos princípios básicos da adesão, 
resulta em boa qualidade de impressão, permitindo uma distribuição uniforme 
da tinta na superfície do substrato plástico, com bom fechamento dos chapa-
dos e uma impressão uniforme dos pontos.
O tratamento corona promove três diferentes fenômenos na superfície dos 
materiais plásticos:
1) A descarga elétrica dos tratadores coronas provoca, simultaneamente, a 
ionização do ar e a formação de ozônio. Nessa atmosfera extremamente 
oxidante, a estrutura do material plástico, seja ele polietileno, polipropileno, 
poliéster ou qualquer outro, é oxidada, gerando grupos químicos muito 
mais polares que a cadeia original. Dentre os grupos formados destacam-se 
o C=O, C-O e C-OH, todos muito mais energéticos, possuindo relevantes 
níveis de forças de polarização de Keeson, contra as predominantes forças 
de dispersão de London, no caso das poliolefinas principalmente.
2) Outro fenômeno que explica a melhor printabilidade instantaneamente 
após o tratamento corona é que alguns dos radicais formados, como C=O 
apresentam alta reatividade, podendo reagir com a própria estrutura do 
polímero tratado, que agora, convém lembrar, apresenta maior presença de 
grupos reativos, ou mesmo com elementos da tinta, como aditivos (titana-
tos) ou com as resinas. Caso a impressão se dê muito brevemente após o 
tratamento, é de se supor que haja uma maior disponibilidade de grupos 
reativos para provocar ligações cruzadas com a tinta, causando uma excep-
cional adesão. Após algum tempo, sem contato com a tinta, é maior a pos-
sibilidade de tais grupos reagirem 
com o próprio substrato.
3) Finalmente, mas não menos 
importante, o tratamento aumenta 
a rugosidade do filme, o que reper-
cute em um efeito positivo: mais 
superfície implica em um somatório 
maior de energia por área macros-
cópica.
Detalhe do tratador corona
 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 99
Su
portes
Conseqüentemente, após todos esses fenômenos terem ocorrido, temos sig-
nificativa mudança nas características superficiais que permitem bom nível de 
adesão e molhabilidade.
A figura acima demonstra claramente o efeito do tratamento corona sobre 
uma gota de um líquido qualquer, no caso uma gota de tinta.
O filme sem tratamento apresenta um ângulo de contato superior a 90º, 
enquanto o filme com tratamento correto apresentará ângulo de contato 
inferior a 90º. Quanto menor o ângulo, melhor a molhabilidade e maior a 
tendência de adesão.
Como abordado, não podemos dizer que o fato de uma tinta molhar o subs-
trato seja condição suficiente para garantir a adesão, pois esta é fruto também 
de outras propriedades, como compatibilidade química (microscopicamente 
falando – compatibilidade eletrônica) e garantirmos uma mínima formação de 
tinta na superfície do plástico.
Geralmente, o tratamento é feito durante o processo de extrusão pouco antes 
de o filme ser embobinado. No entanto, pode ser feito também na máquina 
impressora antes de o material entrar no grupo impressor. O nível de tratamen-
to é medido em dynes/cm. A faixa de trabalho para impressão pode variar em 
função do material, porém esses valores ficam entre 38 e 44 dinas/cm. Um cilin-
dro metálico revestido com uma borracha isolante por onde passa o substrato 
plástico funciona como um eletrodo que fica girando. Acima desse cilindro e do 
plástico há um barramento que é um outro eletrodo fixo. Esse eletrodo fornece 
a descarga elétrica na superfície do cilindro e, conseqüentemente, do plástico 
que passa por ali, recebendo assim o tratamento superficial.
O que é a tensão superficial?
Muitos se perguntam por que, se a tensão é superficial, ou seja, refere-se a 
uma superfície ou área, ela é expressa em força/comprimento linear.
De fato a energia da superfície é proporcional a sua área. Assim sendo, um 
mesmo material, como o ferro por exemplo, se apresentar por cm² de área, 
uma área microscópica maior ou menor, poderemos ter impacto na adesão 
ou mesmo molhabilidade.
Em outras palavras, um cm² macroscopicamente falando, poderá apresentar 
áreas hipoteticamente variando do próprio 1 cm² para uma superfície teori-
camente perfeitamente lisa a muitos e muitos metros quadrados no caso de 
extrema rugosidade.
Mas respondendo diretamente a pergunta sobre por que a unidade de tensão 
superficial é expressa em comprimento linear e não área superficial, como era 
Tinta
Filmenão 
tratado
Ângulo de 
contato
Tinta
Filme
tratado
Ângulo de 
contato
100 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Su
po
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es
de se esperar, reportamo-nos ao teste de tensão superficial. Para a determi-
nação da tensão superficial de um líquido é utilizado um aparelho específico 
denominado tensiômetro (figura abaixo)
Um recipiente contendo o líquido a ser analisado é colocado no aparelho de 
modo a permitir que um fino anel de platina iridizada, completamente isenta 
de impurezas, toque suavemente a superfície do líquido.
Este anel, conectado ao tensiômetro por um fino fio, é tracionado de modo 
extremamente lento e suave, até o ponto em que a energia superficial do líqui-
do que retém o anel em sua superfície é superada pela força aplicada ao anel.
Neste momento, rompe-se a ligação do anel com o líquido e o aparelho regis-
tra o nível de força em que o rompimento ocorreu.
Dividindo-se então esta força pelo comprimento do anel aberto, temos a ten-
são superficial do líquido.
Esquema de 
funcionamento 
do tensiômetro
 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 101
Su
portes
Como a tensão superficial de um líquido a uma dada temperatura é proprie-
dade intrínseca deste líquido, a partir da determinação dessa tensão passamos 
a usar este líquido para mensurar a energia superficial de sólidos, como os 
filmes de impressão.
Este é o caso do uso de misturas entre formamida e etil celosolve utilizadas na 
determinação do tratamento em indústrias de embalagens, pois uma vez que 
se saiba a tensão individual de cada líquido, é possível determinar a tensão da 
mistura e aplicar esta última para determinar a tensão dos filmes.
Ao lado, um detalhe do líquido ainda preso ao anel de platina, mesmo este já 
estando consideravelmente afastado da superfície do líquido.
O que pode afetar o 
tratamento corona?
Além dos ajustes do equipamento, os aditivos que são colocados na resina 
durante a extrusão ou na obtenção da mesma podem requerer maior energia 
para atingir o nível de tensão superficial necessário. Os ajustes que podem 
afetar o tratamento são: distância entre os eletrodos e o filme plástico; velo-
cidade de passagem do filme; voltagem da freqüência aplicada; e temperatura 
do filme. 
Por que o tratamento corona
tende a reduzir ao longo do tempo?
Como foi explanado há pouco, o tratamento corona se configura como uma 
alteração permanente na superfície dos filmes tratados. Portanto, seria prati-
camente impossível desoxidar esta superfície, visto que o oxigênio forma uma 
ligação química com energia superior à ligação carbono – carbono (C-C) ante-
rior à oxidação.
De fato, esta alteração superficial não é perdida. Contudo, vários componentes 
adicionados ou presentes desde a polimerização dos materiais plásticos vão 
gradual e inexoravelmente migrando de todas as profundidades da camada do 
filme para as superfícies interna e externa.
Dentre estes elementos, destacam-se:
1. Moléculas menores do próprio polímero que, durante o processo de poli-
merização, não polimerizaram em grau necessário para a sua imobilização 
no filme.
2. Aditivos como os de fluxo, de deslizamento, antioxidantes e outros.
Todas essas moléculas, menores e mais fluidas que a massa de polímero que 
define o filme, atingem a superfície e recobrem, até mesmo pela atratividade do 
oxigênio da área oxidada, toda a superfície do filme.
Detalhe do prato 
do tensiômetro
102 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Su
po
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es
Após um determinado grau de cobertura, a adesão encontra-se terminalmente 
comprometida, sem contar a redução drástica da tensão superficial que gera 
uma péssima printabilidade (ou como é comum se dizer na indústria de emba-
lagem, um péssimo fechamento). Pode-se dizer mesmo que se passe a imprimir 
sobre uma capa de materiais exudados de dentro do filme.
Tal fenômeno é tanto mais veloz quanto maior for a temperatura, o que explica 
a perda mais acentuada de tratamento no verão ou em regiões muito quentes, 
uma vez que a movimentação e a mobilidade molecular é tanto maior quanto 
mais elevada é a temperatura.
O tratamento pode variar 
em função da tinta?
Pode sim. Se a tinta for à base de água o tratamento deve ser maior, visto que 
a tensão superficial de uma tinta à base de água está por volta de 45 dinas/cm 
e a água pura tem tensão superficial de 72 dinas/cm.
Co-extrusora Macchi
 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 103
Su
portes
RESUMO DOS DIFERENTES PRODUTOS E ESTRUTURAS UTILIZADAS
PRODUTO ILUSTRAÇÃO ESTRUTURAS MAIS COMUNS COMENTÁRIO
CA
FÉ
S PET METALIZADO/ADESIVO/PE
BOPP METALIZADO/ADESIVO/PE 
PET/ADESIVO/ALUMINIO/ADESIVO/PE 
PET/PE/ALUMINIO/ADESIVO/PE 
O café possui 
sensibilidade ao oxigênio, 
à luz e à umidade. 
Assim, o uso de alumínio 
em folhas ou metalizado 
no filme garante a 
integridade do produto.
CH
OC
OL
AT
ES PPT 
BOPP PEROLIZADO/COLD SEAL 
BOPP PEROLIZADO 
BOPP/ADESIVO/BOPP PEROLIZADO 
BOPP/ADESIVO/PE 
ALUMÍNIO/ADESIVO/PAPEL/PARAFINA 
Os chocolates são 
especialmente sensíveis 
ao calor. O BOPP 
perolizado ajuda a ter 
uma embalagem leve e 
funcional e ao mesmo 
tempo protetora.
SN
AC
KS
BOPP/ADESIVO/BOPP METAL
Para manter a 
“crocância” do alimento, 
a estrutura precisa 
protegê-lo da luz e 
também. É também 
injetado um gás inerte 
no envase para evitar a 
oxidação.
LE
IT
E 
EM
 P
Ó 
E 
DE
SI
DR
AT
AD
OS
PET/ADESIVO/PE 
PET/METALIZAÇÃO/ADESIVO/PE
Como o produto é 
desidratado, o uso do 
poliéster é fundamental 
para a proteção.
SA
CH
ÊS
PET/ADESIVO/AL/PP 
PET/ADESIVO/AL/PE 
PET/METAL./ADESIVO/PE 
PET/PE/AL/ADESIVO/PP 
PET/ADESIVO/PE 
PET/ADESIVO/PP 
Os produtos usados em 
sachês como maionese 
e catchup são facilmente 
degradáveis quando 
expostos ao oxigênio. 
O uso de poliéster e/ou 
alumínio garante a 
integridade dos molhos.
104 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Su
po
rt
es
PRODUTO ILUSTRAÇÃO ESTRUTURAS MAIS COMUNS COMENTÁRIO
BI
SC
OI
TO
S 
TI
PO
 W
AF
ER
BOPP/ADESIVO/BOPP PEROLIZADO 
BOPP/ADESIVO/BOPP METAL 
PET/METAL/ADESIVO 
Ninguém quer comer um 
wafer murcho. Assim, 
a característica de 
“crocância” é assegurada 
com o Poliéster 
metalizado. No passado 
era utilizado o alumínio 
puro laminado.
SA
LG
AD
IN
HO
S
PET/ADESIVO/PET METAL./ADESIVO/PE 
BOPP/ADESIVO/PE
PET/ADESIVO/ALUM/PE
Além de não permitir que 
as intempéries externas 
alcancem o produto, a 
estrutura também deve 
evitar que gorduras e 
óleos migrem para fora.
M
AS
SA
S
PET ADESIVO/PE 
PP/ADESIVO/PE
PP/ADESIVO/PP
As massas em geral 
não requerem estruturas 
complexas.
BA
LA
S BOPP PEROLIZADO/COLD SEAL 
PAPEL/PE/ALUMÍNIO/PE 
PET/ADESIVO/ALUMINIO/PE 
PET/ADESIVO/PE
Há uma variedade de 
estruturas para balas e 
goma de mascar. Podem 
conter papel + alumínio 
ou simplesmente, em 
alguns casos, um BOPP 
perolizado.
PI
CO
LÉ
S BOPP PEROLIZADO/ADESIVO/PE 
BOPP/ADESIVO/BOPP/METALIZADO 
PET/ADESIVO/PAPEL/PE 
PAPEL PE 
BOPP PEROLIZADO COM COLD SEAL
As estruturas de papel 
+ PE foram diminuindo 
com o tempo, ao passo 
que o BOPP perolado ou 
metalizado melhoraram 
as qualidades de 
proteção e especialmente 
de solda a frio (cold 
seal).
 Capítulo 6 – Principais suportes de impressão – 105
Su
portes
PRODUTO ILUSTRAÇÃO ESTRUTURAS MAIS COMUNS COMENTÁRIO
FA
RM
AC
ÊU
TI
CO
S
PET/PE/ALUMÍNIO/PE
O alumínio é muito 
comum em estruturas 
destinadas ao produtos 
farmacêuticos.
FA
RM
AC
ÊU
TI
CO
S
BL
IS
TE
R
ALUMÍNIO/PE 
ALUMÍNIO/VERNIZ TERMO-SELANTE
O alumínio também 
é muito empregado 
nas estruturas para 
blisters de remédios em 
comprimidos.
SA
BO
NE
TE
S
BOPP PEROLIZADO 
PAPEL COUCHÉ/PARAFINA 
PET/ADESIVO/PAPEL/PARAFINA
No passado, o papel com 
parafina era amplamente 
utilizado. Hoje, porém, 
o BOPP perolizado 
ganhou muita força pela 
praticidade, apelo visual 
e maquinabilidade.
PE
T 
FO
OD
RA
ÇÃ
O 
AN
IM
AL
PET/ADESIVO/PE LEITOSO 
PET/ADESIVO/BOPP/ADESIVO/PE 
PE/ADESIVO/PE
PET/ADESIVO/ALUM/ADESIVO/PE
As estruturas para PET 
food podem variar. 
Porém, em geral 
precisamgarantir que 
agentes externos não 
contaminem o produto, 
pois cães e gatos 
são muito sensíveis a 
quaisquer variações no 
odor do produto.
CO
ND
IM
EN
TO
S
PET/PE/PP CAST
Os condimentos em 
geral possuem agentes 
químicos muito fortes e 
requerem uma estrutura 
forte e um adesivo 
resistente para evitar a 
delaminação.
 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 107
Neste capítulo você vai ver: 
- Qual a composição básica das tintas de flexografia
- O que são pigmentos, resinas, vernizes 
- Características dos solventes utilizados nas tintas
- O que é e como controlar a viscosidade das tintas
- Testes e cuidados 
- Quais são os princípios da cor
 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 109
m bom conhecimento sobre tintas está diretamente relaciona-
do a uma boa impressão, e ajuda o impressor a usá-las com 
poucos problemas. Além da qualidade da cor, do brilho e do 
custo, outros fatores devem ser considerados: a relação da 
tinta com o solvente, sua utilização em embalagens, compati-
bilidade com o clichê e com o suporte em que será aplicada.
Do que são feitas as 
tintas de flexografia?
As tintas para flexografia são compostas basicamente de pigmentos, resinas e 
solventes. Podemos incluir ainda aditivos que são incorporados à formulação 
de acordo com as necessidades, ou, quando se quer dar alguma característica 
especial. Por exemplo, podem ser adicionadas ceras à composição da tinta 
para proporcionar maior deslizamento, evitando assim riscos no impresso na 
passagem das máquinas envasadoras.
O que são resinas?
Resinas são polímeros de médio a alto peso molecular, geralmente apresentan-
do estrutura de considerável complexidade e amorfa. Na grande maioria dos 
casos, sua composição é inteiramente orgânica. Quanto às suas propriedades 
físicas, apresentam-se como sólidos ou líquidos viscosos e não voláteis, sem 
7•Tintas para 
impressão
110 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Ti
n
ta
s
um ponto de fusão (melt point) preciso, devido principalmente à dificuldade 
de obtenção de uma estrutura química de alto grau de pureza, no caso das 
resinas naturais, e da distribuição do peso molecular relativamente ampla, no 
caso das resinas sintéticas.
Quais as resinas 
utilizadas na flexografia?
A resina mais comum é a de nitrocelulose (NC). Possui boa compatibilidade 
com os pigmentos e solventes, baixo odor residual, alta resistência ao calor, 
é econômica e tem grande compatibilidade com outras resinas. Também são 
usadas resinas maleica e fumárica em tintas base álcool ou em combinação 
com resinas de poliamida e nitrocelulose para papel, alumínio e plásticos. 
As resinas acrílicas estão sendo mais utilizadas nos últimos anos em com-
binação principalmente com nitrocelulose devido às suas características de 
adesão. 
As resinas de nitrocelulose apresentam baixa retenção de solventes, princi-
palmente por sua alta temperatura de transição vítrea e ponto de fusão. No 
entanto, esta característica, associada geralmente a resinas duras, exige a 
adição de plastificantes ao sistema.
Até recentemente, os plastificantes eram de natureza externa, ou seja, eram 
compostos por elementos, geralmente líquidos, que tendiam a migrar gradu-
almente para fora do filme de tinta formado.
Com o desenvolvimento dos plastificantes internos, especialmente as resinas 
poliuretânicas de baixo peso molecular, praticamente foi extinto o uso de 
plastificantes externos. 
Dentre as vantagens que estes aportaram aos sistemas de tinta, podemos citar:
1) Produto não migrante, o que reduz a possibilidade de contaminação do 
produto embalado;
2) colaboração no aumento de sólidos do sistema, com vantagens na incor-
poração de pigmento;
3) conseqüente aumento do brilho;
4) aumento de adesão;
5) compatibilidade com os adesivos de laminação.
Qual a função das resinas nas tintas?
Fixar os pigmentos no suporte. Isso se dá depois que o solvente evapora e a 
resina se solidifica.
 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 111
Tin
tas
O que são vernizes?
Verniz é a mistura de uma ou mais resinas com um ou mais solventes. Os 
vernizes possuem como função transportar o pigmento até o substrato. Após 
a evaporação do solvente forma-se um filme estável que fixa o pigmento ou 
corante ao suporte e proporciona ao impresso as propriedades necessárias de 
coloração e brilho.
O que são solventes?
São substâncias líquidas de características físicas e químicas bastante definidas 
que apresentam capacidade para diluir o sistema de resinas escolhido.
Podem ainda se subdividir em:
1) Solvente verdadeiro: aquele que efetivamente e sozinho dilui a resina ou 
o sistema de resinas. São representantes típicos deste grupo os ésteres e 
Cetonas, com preferência para os primeiros por serem menos compatíveis 
com água.
2) Co-solvente: não apresentam poder solvente para resultar em um sistema 
líquido como os solventes verdadeiros, porém modificam as propriedades 
dos primeiros de modo a melhorar a performance do sistema. O grupo 
mais comum de co-solventes são os éteres de glicóis, principalmente os 
éteres do propileno glicol como o Dowanol PM e Dowanol DPM.
3) Diluentes: não possuem propriedade solvente em relação às resinas do 
sistema e são usualmente utilizados para reduzir o custo da formulação. 
Os maiores representantes deste grupo são os álcoois e, no caso do Brasil, 
especialmente o etanol.
Quais são as principais propriedades que 
os solventes para flexografia devem ter?
 Dissolver totalmente a resina. Para cada tipo de resina existem solventes 
específicos;
 ser facilmente removidos pela evaporação ou absorção do substrato para 
que a película de tinta seque logo após a impressão;
 ajudar na adesão do filme de tinta sobre o substrato;
 não deixar odor no filme impresso;
 não atacar o clichê de impressão;
 reagir o mínimo possível com outros componentes da tinta;
 estar dentro das especificações legais de segurança e preservação do meio-
ambiente;
 ser compatíveis com o suporte a ser impresso.
112 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Ti
n
ta
s
Que tipos de solventes são 
utilizados nas tintas flexo?
Alguns dos tipos de solventes utilizados na flexografia são: álcool etílico, álcool 
isopropílico, acetato de etila, etil glicol e água. 
Normalmente esses solventes não são utilizados sozinhos na tinta. A mistura 
desses solventes acrescenta propriedades específicas de solvência, tempo de 
secagem e viscosidade. Geralmente se dá o nome de thinner ao composto de 
dois ou mais solventes misturados.
A composição de propriedades, principalmente em termos de solvência e velo-
cidade de evaporação, está entre os principais fatores da melhoria de qualidade 
e da estabilidade do processo produtivo, devendo os formuladores prestar 
especial atenção àquelas duas propriedades. 
Genericamente, recomenda-se ajustar as tintas de impressão, especialmente 
para alta qualidade de impressão para:
Pontos (> 30 linhas/cm): 4,5 a 6 minutos – Extensor Bird 40
Traços: entre 2,5 a 5,0 minutos – Extensor Bird 40
O extensor Bird 40 micras é utilizado para controlar a velocidade de secagem da tinta
 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 113
Tin
tas
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS PRINCIPAIS SOLVENTES GRÁFICOS
SOLVENTE
PE
SO
 M
OL
EC
UL
AR
TA
XA
 D
E 
EV
AP
OR
AÇ
ÃO
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SC
OS
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G
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25
ºC
 (%
UR
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SOLUBILIDADE
(% massa) 20º C
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CETONAS
ACETONA 58,08 520 12 20 COMP. COMP. 0,33 0,79 56,2 23,38 (22)
184,5 
(20)
DIACETONA 
ÁLCOOL 116,2 12 295 76 COMP. COMP. 3,2 0,94 168
24,6 
(20)
1,23 
(20)
ISOFORONA 138,2 2,5 220 97 1,2 4,3 2,6 0,923 215 32,2 (20)
0,43 
(25)
METIL ETILCETONA 72,1 340 20 45 27 12,5 0,4 0,805 79,6
24,5 
(25) 91 (25)
METIL ISOBUIL 
CETONA 100,2 155 38 78 1,7 1,9 0,59 0,8 115,9
23,6 
(20)
15,7 
(20)
ÁLCOOIS
n-BUTANOL 74,12 46 INSOL. – 7,9 20,1 3 0,809 118 24,52 (20) 5,5 (20)
ETANOL 46,07 150 INSOL. – COMP. COMP. 1,2 0,79 78,3 22,39 (20) 40 (19)
ISOBUTANOL 74,12 62 INSOL. – 9,5 16,9 4 0,806 108 23 (20) 10 (22)
ISOPROPANOL 60,11 135 INSOL. – COMP. COMP. 2,41 0,785 82,5 21,32 (20) 44 (25)
METANOL 32,04 181 25 – COMP. COMP. 0,58 0,791 64,5 22,5 (20)
100 
(21)
ÉSTERES
ACETATO 
DE BUTILA 116,2 100 49 83 0,7 1,6 0,73 0,883 127
14,5 
(25) 15 (25)
ACETATO 
DE ETILA 88,12 430 36 39 8,7 3,3 0,45 0,901 77
23,9 
(20)
100 
(27)
HIDROCARBONETOS
TOLUENO 92,13 190 INSOL. – 0,06 0,05 0,6 0,87 111 28,52 (20)
36,7 
(30)
XILENO 106,2 60 INSOL. – 0,04 0,05 0,8 0,87 140 29,48 (20)
6,72 
(21)
ÁLCOOIS
BUTILGLICOL 118,2 6,8 220 96 COMP. COMP. 6,4 0,901 171 27,4 (25)
0,76 
(20)
ETILGLICOL 90,12 39 143 59 COMP. COMP. 2,1 0,931 135 28,2 (25)
5,29 
(25)
114 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Ti
n
ta
s
Qual o método correto para 
utilização dos solventes nas tintas?
No processo flexo a evaporação não deve ocorrer tão rapidamente, para que 
a tinta não seque nas células do anilox; e nem muito lentamente, para que não 
ocorra a blocagem. A solvência é o fator mais importante, contudo não pode 
ser o único parâmetro na escolha de um solvente. 
A formulação de uma tinta ou verniz exige que exista um balanceamento entre 
os solventes usados, possibilitando uma melhor secagem. 
 Os solventes leves evaporam rapidamente, retirando, em curto espaço de 
tempo, muito calor do meio, especificamente do substrato. Devido a isso 
ocorre um resfriamento brusco da superfície, ocasionando condensação 
do vapor d’água, que provoca a precipitação da resina, causando um fenô-
meno chamado de névoa ou blushing. Não devem ser usados sozinhos.
 Já os solventes médios têm uma velocidade de secagem ideal, propor-
cionando filmes brilhantes, duros e isentos de solventes retidos. São os 
solventes intermediários na secagem, estabilizando a velocidade de eva-
poração ao longo da secagem. 
 Os solventes pesados são requeridos nas formulações pelas ótimas pro-
priedades que conferem aos filmes, especificamente por permitirem uma 
acomodação às moléculas da resina, pela manutenção do filme aberto 
pelo maior espaço de tempo possível, evitando a precipitação do agente 
filmógeno. Esses fatores permitem maior brilho e resistência do filme for-
mado. Os solventes pesados retardam a secagem, e o seu uso deve ser 
limitado, pois podem causar filmes moles e pegajosos e uma retenção 
acentuada de solvente.
Quais os controles 
feitos nos solventes?
A densidade, cor aparente, porcentagem de água contida (análise de Karl-
Fisher) e cromatografia para identificação de composição, são alguns dos 
testes que devem ser feitos nos solventes. 
O que são e qual a função 
de pigmentos e corantes?
O pigmento é um sólido insolúvel, geralmente na forma cristalina, encontran-
do-se finamente disperso no verniz. Essa dispersão é obtida por moagem em 
moinhos especiais (de rolos, esferas, etc). 
 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 115
Tin
tas
O pigmento é responsável pela tonalidade e intensidade da cor, sendo que 
sua correta incorporação ou não pela resina afeta consideravelmente o brilho. 
Do pigmento dependem ainda muitas outras propriedades fundamentais das 
tintas (podendo inclusive restringir sua aplicação), como a resistência à luz, a 
ácidos, e álcalis, o que restringe a aplicação de alguns pigmentos nas embala-
gem de sabões, detergentes etc.
Os corantes são produtos químicos que possuem a propriedade de se solubi-
lizar até o nível molecular no veículo escolhido. Possuem alto poder tintorial, 
mas seu uso nas tintas é restrito, pois, com exceção dos complexos metálicos, 
não possuem boas resistências em praticamente todas as propriedades rele-
vantes, como resistência à luz, ao sangramento e a álcalis e ácidos.
Outro ponto forte para reduzir drasticamente o uso dos corantes é a associa-
ção entre o sangramento, definido como a capacidade de solventes, óleos ou 
outras substâncias líquidas dissolverem e extraírem o corante 
mesmo após o filme formado, com as características quími-
cas ou tóxicas ou relativamente tóxicas de muitos tipos de 
corantes.
Isso tem restringido cada vez mais a aplicação de corantes 
em embalagens de produtos alimentícios e de brinquedos, 
por exemplo.
Com o aumento do nível de exigência dos consumidores e 
dos institutos de análise e proteção ao consumo, será cada 
vez mais restrito o uso de determinados tipos químicos, 
não somente os corantes, mas também muitos tipos de 
pigmento, como alguns inorgânicos derivados de cromo, 
chumbo e outros metais pesados.
Como se classificam os pigmentos 
e quais as suas origens?
Os pigmentos podem ser de origem natural ou sintética, sendo também classi-
ficados pela estrutura química em pigmentos orgânicos ou inorgânicos. 
A intensidade, a opacidade, a resistência às intempéries ou agentes químicos 
variam conforme o tipo de pigmento, especialmente os de origem orgânica.
De modo geral, por questões de consistência, disponibilidade e mesmo preço, 
usam-se majoritariamente pigmentos sintéticos, tanto orgânicos como inorgâ-
nicos, de modo a se padronizar ao máximo a qualidade e repetibilidade dos 
resultados da fabricação de tintas, gerando os resultados mais previsíveis na 
impressão, base de toda a padronização do processo gráfico. 
116 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Ti
n
ta
s
O pigmento ideal é aquele que, em menor quantidade, consegue tingir o verniz 
na intensidade desejada. Normalmente o pigmento corresponde de 8% a 30% 
da formulação total da tinta. O pigmento deve ser o menos abrasivo possível, 
evitando assim danos à racle e ao anilox. 
Uma característica importante para o pigmento na tinta para flexografia é a 
transparência. Para uma boa sobreposição a tinta dever ser transparente, evi-
tando assim que uma cor interfira na cor impressa anteriormente, à exceção do 
amarelo que, por ser a primeira cor a ser impressa, não precisa ser totalmente 
transparente. Os pigmentos são classificados da seguinte forma quanto à cor:
Pigmento preto: são geralmente obtidos por meio de combustão incompleta 
de substância líquida ou gasosa, sendo que os originários da queima de gás 
apresentam maior profundidade e força (contudo, são os de maior complexi-
dade para se trabalhar).
Os negros de fumo são classificados quanto à origem (gás ou óleo) e quanto 
à absorção de óleo, que indica a quantidade de superfície presente em 1g de 
produto e é diretamente relacionada à força do pigmento.
Os pigmentos negros apresentam áreas superficiais que geralmente variam 
entre 30m²/g e 500m²/g.
Pigmento branco: Os pigmentos brancos devem possuir alta cobertura e alta 
alvura de modo a cobrir a superfície na qual são aplicados, refletindo a luz. Os 
pigmentos mais comumente aplicados são de dióxido de titânio e sulfeto de 
zinco e sulfato de bário. A mistura dos dois últimos é conhecida comercial-
mente por litopônio.
Classificação de pigmentos
Pigmentos inorgânicos
Pigmentos orgânicos
Naturais
Sintéticos
Naturais
Sintéticos
Caolin
Carbonatos
Óxidos de ferro
Carbonatos precipitados
Dióxido de titânio
Sulfato de bário
Sulfeto de zinco
Púrpura
Índigo
Brasilina (corante do pau-brasil)
Etc.
Amarelos (benzedines, hansa, etc)
Vermelhos (rubis, carmins, fanais, etc)
Azuis (ftalocianinas, etc)
Verdes (ftalocianinas)
Etc.
 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 117
Tin
tas
Pigmento colorido: são responsáveis pelo poder tintorial transferido pela 
tinta, possuindo diversas e variadas propriedades de acordo com a composi-
ção química.
Dentre as principais propriedades destacam-se:
1- Resistência à luz;
2- Resistência a álcalis;
3- Resistência a ácidos;
4- Resistência ao sangramento;
5- Resistência Térmica, outros. 
Em termos de consumo, os principais pigmentos gráficos são:
TABELA DE RESISTÊNCIA ÀLUZ
(EXPOSIÇÃO DIRETA À LUZ DO SOL)
 
RESISTÊNCIA EQUIVALÊNCIA
1 2 dias
2 4 dias
3 10 dias
4 20 dias
5 40 dias
6 3,5 meses
7 1 ano
8 1,5 a 2 anos
1- Amarelo 12, 13 e 14 (benzedine);
2- vermelho rubi 57.1 (bona);
3- azul 15, 15.3 e 15.4 (ftalocianinas de cobre).
O que é moagem?
O processo de preparação de tintas consiste em incorporar o pigmento ao 
veículo de modo a obter o máximo de poder tintorial possível sem afetarmos 
outras propriedades como a viscosidade.
Novamente a flexografia, dada a sua característica de forma em alto relevo, 
Resistência à luz
Como normalmente os impressos em flexo são expostos em prateleiras e, con-
sequentemente, à luz, é importante conhecer a resistência de cada pigmento e 
a aplicação do mesmo. A tabela abaixo ajudará na escolha.
118 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Ti
n
ta
s
é o setor que mais se beneficia de uma tinta de alto poder tintorial, pois isto 
reduz a camada de tinta necessária à obtenção da cor e, conseqüentemente 
reduzem-se o ganho de ponto, o squash, a perda de legibilidade dos textos e 
códigos de barra, os entupimentos freqüentes e outros defeitos característicos 
de altas camadas de tinta.
No entanto, não é tão simples a obtenção de tintas de alto poder tintorial, pois 
isto implica em escolher pigmentos com maior força e também aumentar suas 
concentrações nas tintas.
Aumentar as concentrações de pigmentos acaba impactando em aumento da 
tixotropia (ver na página 121), dada a alta energia superficial dos pigmentos 
(força Zeta). Necessita-se então de agentes dispersantes de alta performance e 
seleção criteriosa de pigmentos, resinas e mesmo solventes.
Quanto mais moemos, ou seja, diminuímos o tamanho das partículas de pig-
mento, maior área superficial é gerada e maior tixotropia pode surgir.
A escala do grindômetro varia de 8 a 0 hegman, ou o correspondente a 0 e 100 
micra, exatamente nesta proporção (assim, 4 hegman equivalem a 50 micra, 6 
hegman a 25 micra e assim por diante).
Acima a visualização em microscópio do efeito do processo de moagem sobre o tamanho das par-
tículas (sílica neste exemplo). Partículas menores, maior espalhamento.
Os processos de moagem se modernizaram. No passado recente tínhamos o 
Processo chips + esferas de vidro onde era possível obter partículas grosseiras de 
até 30 micra. Com a utilização de esferas de óxido de zircônio (Processo novo) 
pode-se garantir particular médias menores que 5 micra (veja microfotografias).
Como os pigmentos são sólidos, devem ser moídos até atingir um grau muito 
pequeno de partículas. A moagem como é chamado o ato de moer deve estar 
acima de 7 hegmans no grindômetro. Os pigmentos são moídos em moinhos 
especiais de esferas. 
Medida da moagem do 
pigmento em grindômetro
Novo processo com esferas 
de óxido de zircônio permite 
moagem até 5 micras
Processo Chips + esferas de 
vidro (antigo) que fornecia 
moagem até 30 micras
 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 119
Tin
tas
O que são aditivos e quais os 
principais utilizados nas tintas flexo?
Os aditivos são substâncias sólidas ou líquidas adicionadas à tinta em baixas 
concentrações que complementam as características que os outros compo-
nentes da tinta não conseguem conferir sozinhos. Os principais são: 
• Plastificantes, cuja principal função é manter o filme de tinta impresso flexível 
e elástico. Além disso, os plastificantes podem, em alguns casos, conferir pro-
priedades de brilho e adesão. 
• As ceras são um outro grupo utilizado nas tintas para reduzir o blocking, 
promover deslizamento e repelência à água. São aplicados em uma proporção 
que pode variar de 1% a 3%. O excesso de ceras pode reduzir o brilho e causar 
problemas de aderência ao filme impresso. 
• O silicone aparece com propriedades de deslizante e sua aplicação varia 
entre 0,1% e 1,0%. Acima de 1% o filme impresso sofrerá pequenos furos (pin 
holing), entre outros problemas. 
• Os promotores de adesão, geralmente os titanatos, são muito comuns nos 
processos de impressão, melhorando não somente a adesão, como provocan-
do uma reação de aumento do peso molecular das resinas hidroxiladas como 
a nitrocelulose, e aumentando também a resistência térmica da tinta. 
• Há ainda anti-espumantes, aglutinantes, e outros aditivos com funções 
específicas.
O que é viscosidade? 
Como controlá-la?
Em linguagem simplificada, pode-se dizer que a 
viscosidade de uma tinta representa a resistência 
que ela oferece ao ser manipulada. É o estado de 
uma substância fluida ou semi-fluida que, em razão 
do atrito interno das suas diferentes camadas entre 
si, apresenta uma maior ou menor dificuldade de 
escoamento. 
A avaliação da viscosidade se faz determinando o 
tempo de escoamento da tinta através do orifício 
padrão do viscosímetro (copo de medida de visco-
sidade com volume padrão de 100ml). Os segundos 
são a unidade internacional de medida de viscosi-
dade para tintas de flexografia. Nesse sistema de 
impressão, os tipos de viscosímetro utilizados para 
medir a viscosidade de uma tinta são o Ford4 (no 
Brasil é mais utilizado em laboratório) e o Zahn 2 
(utilizado na sala de impressão). Exemplo de 
viscosímetro
120 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Ti
n
ta
s
O que é rendimento da tinta?
Rendimento é a quantidade máxima de impressões que se pode obter com 
uma certa quantidade de tinta. Mantendo-se o mínimo de qualidade exigido, 
deve-se medi-lo obedecendo às mesmas condições: substrato, máquina e arte 
a ser impressa. Para uma eficiente avaliação do rendimento da tinta, devemos 
considerar sua força, sua taxa de diluição e o volume de célula necessário 
para atingir a força padrão mínima exigida para o recebimento. Sem essas três 
informações, estaremos fazendo uma avaliação errada.
O Controle de tempo de 
secagem e viscosidade é 
fundamental para bom 
funcionamento das tintas.
Quais os principais controles a serem 
feitos nos filmes de tinta impressos?
A adesão é particularmente importante em materiais não-porosos. A adesão 
é verificada com uma fita adesiva aplicada sobre a superfície e removida com 
rapidez. Se todo o filme de tinta ou parte dele sair na fita adesiva então há 
problema de adesão. 
A resistência ao atrito também é um controle mais visual, embora existam 
equipamentos para isso. A resistência ao atrito é importante visto que a emba-
lagem ou produto impresso sofrerá atrito durante o transporte, armazenamen-
to e manuseio. Se a resistência do filme de tinta não for boa, a aparência do 
impresso será de que o produto ou a embalagem é velha. 
Mais um controle visual é o brilho. Mesmo com equipamentos que podem 
medir o brilho (goniophotômetro) a avaliação é feita empiricamente. 
O deslizamento, como é chamado o Coeficiente de Fricção (COF), é a 
propriedade de deslizar que o filme de tinta deve possuir principalmente no 
envasamento. Se essa propriedade for deficiente, então o material impresso 
pode enroscar na máquina de fechamento e envasamento da embalagem. 
Resistências aos produtos constituem testes importantes. Por exemplo, 
o filme de tinta impresso deve resistir a gorduras, ácidos, álcalis, óleos etc. 
 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 121
Tin
tas
Normalmente esses testes de resistência aos produtos são feitos 
com metodologia específica, mas todos implicam em colocar 
o filme de tinta em contato com o produto por um período de 
tempo, após o qual são feitas avaliações visuais. 
Outro teste muito relevante em embalagens alimentícias e de 
pet food é o de odor residual, cuja medição é feita em um 
equipamento chamado de cromatógrafo, que serve para medir 
a quantidade de certos solventes que eventualmente não foram 
totalmente removidos no processo de secagem da tinta. Esses 
solventes (geralmente os pesados como o etil glicol e dowanol) 
podem contaminar o produto embalado. 
Finalmente a avaliação da cor pode ser feita com o espectrofo-
tômetro que mede os desvios da cor. Em muitas empresas ainda 
se faz a avaliação da cor visualmente.
O aparelho IGT pode ser 
utilizadopara testes de 
aplicação de tintas em 
laboratório
O que é tixotropia?
Pode-se dizer que tixotropia é uma falsa viscosidade. Devido a forças de atra-
ção intermoleculares, ainda que fracas, formam-se aglomerados em torno de 
um núcleo mais energético como os pigmentos. Isto se dá quando o sistema 
não está submetido a forças externas como a de uma agitação, pois uma vez 
que este aglomerado formado é muito frágil, qualquer força ligeiramente maior 
é capaz de desfazê-lo, e o sistema reassume a sua viscosidade característica.
Por isso, é muito importante que a viscosidade seja medida com a tinta em 
agitação, para que não tenhamos um resultado falso de viscosidade. Ao adi-
cionarmos solvente numa tinta onde tivermos um falso valor de viscosidade, 
causado pelo estado tixotrópico, teremos uma queda brusca de viscosidade no 
momento do acerto.
A figura acima representa o fenômeno da tixotropia. Quando em repouso, 
estabelece-se um arranjo molecular característico que provoca um travamento 
do sistema. Contudo, assim que uma energia atua sobre o sistema, o arranjo é 
quebrado e o sistema passa a fluir mais facilmente.
122 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Ti
n
ta
s
Qual seria uma formulação 
média para tintas de flexografia?
As composições variam grandemente dependendo da escolha do substrato, 
das condições de impressão e do uso final. O gráfico abaixo ilustra uma típi-
ca tinta flexo (Pigmentos: 4%-20%; Resinas: 10%-30%; Solventes: 40%-60%; 
Aditivos: 1%-10%).
Pigmento
Resina
Solvente
Aditivos
Tintas à base de água e 
seu uso em flexografia:
As tintas à base de água são muito comuns na impressão de papéis, cartões 
e papelão ondulado, mas são mais relacionadas a tintas de qualidade inferior, 
de baixo poder tintorial.
No entanto, as tintas à base de água, ao contrário do que se possa pensar, 
conseguem gerar tintas de altíssimo poder tintorial quando comparadas às 
tintas à base de solvente. Isto é o que verificamos no caso das impressões de 
rótulos e etiquetas adesivas, inclusive em substratos plásticos.
Esta possibilidade está relacionada à característica das resinas utilizadas. 
Geralmente na forma de emulsões acrílicas, podem ser produzidas em altíssi-
mos teores de sólidos e em viscosidades relativamente baixas e com a vanta-
gem de possuírem excelente capacidade de incorporação de pigmentos.
É possível aplicarmos tintas base 
água na flexografia de banda larga 
para substratos plásticos?
A resposta é sim. Contudo, esta aplicação está condicionada a alguns cuidados 
e necessidades de adaptação de anilox, processos e eventualmente máquinas.
Um dos primeiros pontos a se considerar é que as tintas base água tem um 
caráter predominantemente alcalino, e conseqüentemente todas as partes e 
peças, incluindo o tambor central, estufas, recipientes para tintas e todas as 
demais partes que entrarão em contato com a tinta ou com seus vapores, 
deverão ser resistentes à oxidação.
No caso de impressão de materiais plásticos, é recomendado o uso de tintas 
 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 123
Tin
tas
à base de emulsão acrílica, seja pela sua adesão, seja pela resistência a água 
após secar completamente.
Que dificuldades podem surgir e 
quais cuidados que os operadores 
devem ter com tintas base água?
Há um problema recorrente: as tintas à base de água permanecem ressolú-
veis em água apenas por um determinado (e relativamente curto) período de 
tempo.
Apesar de podermos ajustar este tempo com o uso de alguns aditivos ou 
uso conjunto de resinas tipo álcali solúveis, a capacidade de ampliarmos este 
tempo chamado de aberto é restrita e até mesmo perigosa, pois pode resultar 
em extrema dificuldade de secagem da tinta.
Assim é muito importante que os operadores mantenham a bateção automá-
tica dos anilox permanentemente ligada e redobrem o cuidado com a limpeza 
dos anilox imediatamente após cada parada de máquina, mesmo por falta de 
energia elétrica, por exemplo.
Outra necessidade é a de se reduzir o volume dos cilindros anilox, pois uma 
vez que as tintas à base de água são mais fortes, mas tem maior dificuldade de 
secagem, deve-se trabalhar com camadas reduzidas de tinta.
Isto se converte em vantagem no caso da flexografia, pois quanto menor a 
quantidade de tinta no processo de impressão, melhor.
No caso de impressão de cromias em banda estreita com tintas à base de 
água de alta qualidade e alto poder tintorial, podemos utilizar anilox até de 
400 linhas/cm e entre 2 e 3 bcm, com excelente resultado de força e qualidade 
de impressão.
Algumas empresas construtoras de máquinas na Europa e Estados Unidos estão 
desenvolvendo projetos específicos para impressoras para tinta a base de água, 
com secagem amplificada para permitir boas velocidades de impressão.
Podemos utilizar tintas à 
base de água para laminação?
Outro ponto importante na aplicação de tintas à base de água é que estas, 
geralmente são baseadas em resinas de Tg (temperatura de transição vítrea) 
baixa. Como se trata de resinas de baixa força de coesão, devem resultar em 
camadas muito finas ao final da impressão, para permitir que se atinjam forças 
adequadas de laminação.
No entanto as tintas à base de água são muito compatíveis com os adesivos 
de laminação e com vernizes UV, não apresentando efeito sobre outras pro-
priedades do filme como COF, por exemplo, o que é relativamente comum aos 
sistemas base solvente.
124 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Ti
n
ta
s
Como fazer para acertar a cor?
Um dos grandes desafios durante a troca de serviços é o acerto da cor. Um 
método prático que dá bons resultados é o uso de amostras físicas. Depois 
que o colorista ou impressor acertou a cor, colhe-se uma amostra em um 
recipiente, anota-se o que foi acrescentado à tinta e o recipiente é arquivado. 
Quando essa mesma cor voltar em impressão, prepara-se uma nova quanti-
dade de tinta nova e fazem-se comparativos com a amostra que foi utilizada 
anteriormente. O comparativo pode ser feito da seguinte forma: puxada com 
extensor, hand proof, raspinha (puxada com um pedaço de lâmina) e impresso 
com clichê em mini impressora de laboratório com o RK para flexo. Para o 
sucesso desse processo é importante manter durante a impressão as variáveis 
(anilox, velocidade de impressão, viscosidade e outros) sob controle e de pre-
ferência idênticos ao que foi impresso na vez anterior.
Puxada com 
extensor de 
10 micras
O hand proof aplica uma 
camada fina e uniforme 
de tinta em laboratório
 Capítulo 7 – Tintas para impressão – 125
Tin
tas
Quais são os três princípios da cor?
Os três princípios da cor são: tom, saturação e luminosidade. A observação 
desses princípios ajuda o colorista ou impressor na comparação e acerto de 
cor. Tom é a própria cor, em outras palavras, ou é amarelo, ou é azul, ou é 
verde, ou vermelho, ou magenta e assim por diante. É o primeiro critério para 
avaliação da cor. O segundo é a saturação, que é a propriedade da cor ser 
forte ou fraca. Em outras palavras é a intensidade da cor. O último critério é a 
luminosidade ou a propriedade da cor ser clara ou escura.
Vários sistemas para parametrizar o que chamamos de cor já foram desen-
volvidos, contudo os mais aceitos são os estabelecidos pela CIE (Commission 
Internationale de l’Eclairage) ou Comissão Internacional de Iluminação, onde 
são baseados todos os aparelhos de avaliação de cor utilizados pelas indús-
trias em geral (tintas, gráfica, automobilística, etc).
L=25 L=50 L=75
Acima, a visualização das mesmas coordenadas cromáticas a* e b* sob lumi-
nosidades diferentes (25, 50 e 75).
Outro sistema, o HSV retratado abaixo, também dá uma demonstração clara 
das propriedades citadas, onde as variáveis são H=Hue (Tom), S=Saturation 
(Saturação) e V=Value (que equivale à Luminosidade).
Todos os sistemas se baseiam em conceitos tridimensionais para o espaço da 
cor, de forma a representar a maneira como o ser humano a enxerga e procu-
rando, assim, definir valores matemáticos que permitam operar algebricamentecom essa importante variável do processo.
126 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Ti
n
ta
s
De que forma a densitometria 
pode ajudar no controle da cor?
A medição da densidade das cores impressas é um excelente meio para con-
trole da cor durante o processo de impressão. Segue abaixo a tabela de den-
sidades das cromias.
DENSIDADE DE TINTAS SÓLIDAS – Banda Larga
AMARELO MAGENTA CYAN PRETO
Papel 1.00 1.25 1.25 1.50
Plásticos 1.00 1.20 1.25 1.40
DENSIDADE DE TINTAS SÓLIDAS – Banda Estreita e Média
AMARELO MAGENTA CYAN PRETO
Papel 1.00 1.25 1.35 1.50
Plásticos 1.00 1.20 1.25 1.40
 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 127
Neste capítulo você vai ver:
• Características do anilox
• Tipos de gravação a laser
• Quais os melhores ângulos
• Por que a lineatura é importante
• Controle do volume de tinta (BCM)
• Como escolher o anilox
• Aferição e limpeza
• Cuidados com o manuseio e armazenagem
 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 129
Hoje em dia o melhor cilindro anilox (ou entintador) possui 
revestimento cerâmico e é gravado a laser. Existem cilindros 
gravados mecanicamente (por recartilhagem) e revestidos 
com cerâmica, o que foi um grande avanço em relação aos 
antigos cilindros gravados quimicamente. O formato das 
células mais usado é o hexagonal, embora o equipamento de gravação possa 
variar conforme a programação. Sobre o nome anilox, a história conta que a 
denominação se deve ao fato de a flexografia ser chamda, no início, de pro-
cesso anilina. Então, foi atribuído o nome anilox ao cilindro que transportava 
essa anilina até o clichê. 
8•Cilindros 
anilox
Os anilox mais indicados 
para flexografia são os 
revestidos com cerâmicas e 
gravados a laser
130 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Qual a função básica do anilox?
Transferir e dosar a quantidade de tinta para a superfície do clichê. A transferên-
cia precisa ser uniforme e com muita precisão em toda a extensão do cilindro 
para que também toda a extensão do clichê seja entintada de modo uniforme 
e uma parte não fique mais forte ou fraca em relação às outras partes.
Quais os tipos de 
anilox mais comuns?
Os anilox mais comuns são os seguintes: Anilox com revestimento cerâmico 
e gravação a laser; gravação mecânica (recartilhagem) e gravação química. 
No entanto, o mais usado hoje na flexografia é o anilox com revestimento 
cerâmico e gravado a laser. Os cilindros gravados quimicamente eram feitos 
de ferro revestido galvanicamente com cobre. Daí eram gravados, copiados 
e gravados com FeCl³ (Percloreto de Ferro) no mesmo método da gravação 
de rotogravura. Depois de gravados, eles eram cromados também pelo pro-
cesso galvânico para dar resistência ao cobre, que não suportaria o trabalho 
de transferência. A principal desvantagem é a baixa lineatura que o processo 
permitia gravar. No processo de recartilhagem dava-se o mesmo, quer dizer, 
a aplicação da recartilha era feita no cobre; o cilindro era cromado posterior-
mente. Da mesma forma, não permitia lineaturas superiores a 120 linhas/cm 
com qualidade razoável.
A gravação com laser trouxe, assim, um grande avanço para a flexografia, e 
não é exagero dizer que foi a principal revolução em qualidade do processo 
flexo. Para se gravar a laser é necessário revestir a superfície do cilindro/camisa 
com um metal e recobrir essa superfície com um plasma de óxido de cromo. 
Daí, em cima dessa superfície de cor grafite se dá a sublimação e conseqüen-
temente o desenho das células. É interessante que a superfície da cerâmica é 
extremamente dura, com uma micro-dureza de 1150 à 1300 graus Vickers. Para 
se ter uma idéia comparativa, 
o cromo chamado duro apli-
cado na superfície do cilindro 
de rotogravura possui dureza 
entre 850 a 950 graus Vickers. 
Sendo assim, a única forma de 
gravação é realmente o laser.
Cabeçote para gravação 
a laser da Praxair.
 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 131
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Quais os principais tipos de laser 
para gravação de anilox e quais 
as diferenças entre eles?
O laser tem tido enorme impacto em inúmeros processos industriais. E não é 
diferente no processo de impressão flexo e na confecção de acessórios como 
o anilox. Como foi visto no capítulo sobre clichês, o laser ajuda na precisão e 
rapidez de obtenção dos polímeros, e no aumento da qualidade do impresso. 
Um dos tipos de laser mais utilizados é o de CO2 (dióxido de carbono). Trata-se 
de um gás usado em combinação com outros dois gases (hélio e nitrogênio) 
para produzir a energia para gravação.
O laser de CO2 foi muito usado nas últimas duas décadas na gravação de ani-
lox com revestimento cerâmico. O laser é usado para gerar pulsos de energia 
para sublimar a camada de cerâmica, gerando, assim, os alvéolos.
Outro tipo bem diferente de laser é o YAG, sigla em inglês para Yttrium 
Aluminum Garnet. Ele não usa gases e sim um tipo especial de cristal cerâmi-
co. Ao passo que, para gravação de polímero ou borracha, o CO2 é uma boa 
opção, no caso do anilox o YAG possui um diferencial interessante devido ao 
tipo de pulso que ele gera, mais regular, o que permite uma definição melhor 
entre as paredes do anilox.
Gráfico mostrando o perfil 
do pulso do laser CO²
Gráfico mostrando o perfil do pulso laser YAG
Micro fotografia do resultado da 
gravação com CO². Acima e abaixo
Gráfico mostrando o perfil de pulso
do laser YAG. Acima e abaixo
132 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Quais os itens de controle?
Os cilindros anilox podem variar quanto a: 1) lineatura, 2) ângulo da retícula e 
3) capacidade volumétrica (BCM). A escolha do tipo de anilox está diretamente 
relacionada com o tipo de trabalho a ser executado. Para isso é necessário 
conhecer os três fatores acima.
Por que a lineatura do 
anilox deve ser alta?
A escolha da lineatura está relacionada, principalmente, com a lineatura utili-
zada na confecção da imagem reticulada no clichê. O ideal é que seja de, pelo 
menos, 4 a 5 vezes maior que a lineatura da imagem. Isso é necessário para 
evitar o efeito moiré. Porém outro fator muito importante é que nessa propor-
ção de 5 para 1 o pequeno ponto do anilox será entintado mais uniforme-
mente, melhorando assim a definição da imagem. Note na figura abaixo como 
o pequeno ponto nas áreas claras da imagem é “inundado” com tinta caso a 
lineatura do anilox não seja maior que a do clichê.
Porta-clichês
Ponto de
altas luzes
Célula com 
volume maior 
que os pontos
Cilindro Anilox
Quantidade 
ideal
Resultado da 
entintagem
O que é BCM?
O volume é medido em BCM (bilhões de micras cúbicas por polegada quadra-
da) e está diretamente relacionado à quantidade de tinta depositada no clichê. 
O critério para escolha do volume é: volumes mais baixos para retículas e 
textos pequenos e volumes maiores para áreas de traços grossos e chapados. 
No entanto, há uma falsa idéia de que, para se obter um chapado com boa 
cobertura, é necessário um anilox com capacidade volumétrica máxima. Na 
prática, pode-se conseguir uma boa cobertura com uma tinta bem equilibrada 
e concentrada e BCM não muito alto. Volumes altos tendem a entupir a retícula 
no clichê.
 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 133
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O BCM é mais importante 
que a lineatura do anilox?
O BCM é muitas vezes desconsiderado na escolha do anilox. Normalmente 
o impressor faz a escolha em função da lineatura. Assim, quando se quer 
diminuir o volume de tinta troca-se o anilox por outro de lineatura maior e 
vice-versa. No entanto, dentro de uma mesma lineatura é possível ter BCM 
diferentes, o que pode causar confusão e erros. Vamos supor que o impressor 
esteja trabalhando com um anilox de 180 l/cm e BCM de 3.30 e decida trocar 
por outro de 200 l/cm que “carregue” menos tinta. Se, ao trocar, ele simples-
mente segue a lineatura e esquece de verificar também o BCM, que pode estar 
com volume de 3.50, ele estaria aumentando a “carga” de tinta, piorando o 
problema. Veja na tabela da página 136 umasugestão de tabela aplicada em 
máquinas de flexo 8 cores. Note também as possibilidades de variação de BCM 
dentro da mesma lineatura.
Qual o ângulo da retícula do anilox?
Embora o equipamento de gravação a laser possa fazer ângulos variados, 
convencionou-se utilizar na flexografia apenas o ângulo de 60º. Esse ângu-
lo é comprovadamente o melhor para liberar a tinta que está dentro dele e 
também é a posição que menos favorece o moiré que poderia ocorrer com 
a retícula do clichê.
Ângulo com 30º Ângulo com 45º Ângulo com 60º
Por que se escolheu esse ângulo?
Este ângulo foi escolhido porque é o melhor 
para transferência de tinta para os pontos do 
clichê. Note, nas imagens acima, alguns tipos 
de ângulos possíveis (observe também o for-
mato hexagonal das células a 60º).
134 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Exemplo de cilindro de banda
Em que o volume de tinta 
influencia a impressão?
Influencia diretamente na força ou na intensidade da cor. Um volume maior 
carrega mais pigmento de uma cor, e conseqüentemente dá mais força a ela. 
Além disso, há problemas relacionados ao entupimento de retículas finas, 
textos e linhas vazadas. Assim, a regra deve ser sempre lembrada: quanto 
menos tinta estiver envolvida no momento de impressão entre anilox/clichê/
substrato, melhor. 
Qual o cálculo para converter
BCM/pol² em cm³/m²?
Para converter BCM/polegada para unidades métricas usa-se a seguinte equi-
valência: 1.0 BCM/Pol² = 1.549 cm³/m².
Como escolher o anilox?
Pode-se escolher o anilox por meio de testes com um cilindro de banda que 
é um cilindro gravado com faixas (ou bandas) com lineaturas e BCM difrentes 
(6 a 8 faixas) e o uso de um finger print. O finger print contém linhas finas e 
grossas, textos positivos e negativos com tamanhos e fontes diferentes, áreas 
sólidas, código de barras, linhas concêntricas para verificação da pressão de 
impressão, combinações de retículas, lineaturas e porcentagem de pontos 
diversas, escala de gris, marcas de registro, entre outros itens. Veja abaixo um 
exemplo de cilindro de banda.
 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 135
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Que outros fatores devem-se levar em 
conta na escolha do anilox correto?
Substratos – Os porosos, como os papéis, necessitarão de um volume de tinta 
maior. Papéis revestidos como os couchés, cuja superfície é menos absorvente, 
demandarão volume menor.
Tintas – Deve-se ficar atento às tintas a base d’água com alto teor de sólidos, 
que são mais bem transferidas com volumes reduzidos e alta lineatura.
Equipamento de impressão – Este deverá permitir a instalação do anilox e a 
verificação periódica, para que se analise se não apresentam folgas mecânicas 
em mancais e engrenagens do sistema de entintagem.
EXEMPLO DE INVENTÁRIO PARA 8 CORES
Tipo de 
trabalho
Lineatura 
(linhas/cm)
BCM (Bilhões de Micra 
Cúbicas/polegada 
quadrada)
Data da 
Avaliação
Quem 
Avaliou
Observações
(aspecto, BCM atual, 
riscos, batidas, etc)
Quadricromia e 
retículas finas
400 1.10 – 1.40
300 1.50 – 2.10
270 1.80 – 2.60
230 2.10 – 3.00
Textos 
pequenos 
e linhas finas
200 2.60 – 3.50
180 2.90 – 4.00
Chapados e 
traços grossos
140 3.60 – 5.00
100 4.60 – 6.70
80 5.50 – 8.10
É importante manter um registro atualizado do inventário de anilox para não ter surpresas 
ao colocá-lo em máquina e descobrir que há um sério problema com o mesmo
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136 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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LINEATURAS E VOLUMES RECOMENDADOS PARA CADA PROCESSO
PROCESSO IMAGENSDO CLICHÊ
LINEATURA DO ANILOX VOLUME DO ANILOX
LPI
(linhas por 
polegada)
LPCM
(linhas por 
centímetro)
BCM/pol² cm³/m²
Em
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150 – 175 lpi (60 
– 70 lpcm) cromias 800 – 900 315 – 355 1.4 – 2.0 2.2 – 3.1
120 – 133 lpi (48 
– 52 lpcm) cromias 650 – 750 255 – 295 1.8 – 2.5 2.8 – 3.9
85 – 110 lpi (33 
– 42 lpcm) cromias 500 – 600 195 – 235 2.2 – 2.9 3.4 – 4.5
Retículas com 
textos 360 – 440 140 – 175 3.2 – 4.2 5.0 – 6.5
Linhas finas e 
textos 300 – 360 120 – 140 4.2 – 5.5 6.5 – 8.5
Linhas e chapados 250 – 330 100 – 130 6.0 – 7.0 9.3 – 10.9
Chapados 200 – 300 80 – 120 7.3 – 8.0 11.3 – 12.4
Grandes áreas 
chapadas como 
branco e verniz
180 – 220 70 – 90 9.9 – 10.0 15.3 – 15.5
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150 – 175 lpi (60 
– 70 lpcm) cromias 800 – 900 315 – 375 1.4 – 2.0 2.2 – 3.1
120 – 133 lpi (48 
– 52 lpcm) cromias 600 – 800 235 – 315 1.5 – 2.0 2.3 – 3.1
85 – 110 lpi (33 
– 42 lpcm) cromias 500 – 600 195 – 235 2.0 – 3.0 3.1 – 4.7
Retículas com 
textos 500 – 600 195 – 235 2.5 – 3.5 3.9 – 5.4
Linhas finas e 
textos 360 – 440 140 – 175 3.5 – 4.5 5.4 – 7.0
Linhas e chapados 300 – 400 120 – 160 4.5 – 7.5 7.0 – 11.6
Chapados 300 – 360 120 – 140 5.0 – 6.5 7.8 – 10.1
Grandes áreas 
chapadas com 
branco e verniz
200 – 250 80 – 100 7.2 – 8.7 11.2 – 13.5
Im
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es
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110 – 120 lpi
(42 - 48 lpcm)
Cromias
440-550 175 – 220 2.0 – 3.5 3.1 – 5.4
85 lpi (33 lpcm)
cromias 360-440 140 – 175 3.0 – 3.5 4.7 – 5.4
Traços com siste-
ma doctor roll 250 – 330 100 – 130 5.5 – 6.0 8.5 – 9.3
Traços com siste-
ma doctor blade 250 – 300 100 – 120 6.5 – 7.8 10.1 – 12.1
Áreas chapadas 
com sistema doc-
tor roll
200 – 250 80 – 100 6.5 – 7.8 10.1 – 12.1
Áreas chapadas 
com sistema doc-
tor blade
200 – 250 80 – 100 8.0 – 9.0 12.4 – 14.0
Verniz ou Branco 
chapado 200 – 250 80 – 100 7.8 – 12.0 12.1 – 18.6
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 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 137
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Volume alto do Anilox Volume ideal do Anilox
Quando utilizar rolo de borracha 
pelo sistema doctor roll?
O doctor roll, ou sistema de entintagem com rolo de borracha, ainda é bas-
tante utilizado em alguns tipos de equipamentos. Assim, é possível encontrar 
informações úteis para a combinação de anilox, rolo de borracha e o tipo de 
clichê/imagem.
Lineatura do Anilox Dureza do rolo tomado (pescador) Tipo de imagem
60 à 85 l/cm 65º Chapados
100 à 120 l/cm 70º Traços e Textos
120 à 140 l/cm 75º Retículas até 28 linhas/cm
160 l/cm 80º Retículas até 36 linhas/cm
Há algum princípio básico 
na escolha do anilox?
Sim. O princípio envolvido é: quanto menos tinta estiver envolvida no processo 
de impressão, melhor. Como a tinta é líquida, ela costuma entupir a retícula 
do clichê. Há um engano de muitos técnicos em achar que o volume de tinta 
é necessário para se obter uma cor forte, quando, na prática, basta uma tinta 
com concentração pigmentar maior para se obter a tonalidade desejada para 
o impresso. Afinal, o que dá a cor é o pigmento, e não a quantidade de tinta. 
Menos tinta significa rápida secagem e redução no custo com a tinta. Pode 
significar também aumento de velocidade de máquina porque a transferência 
de tinta dificulta o acúmulo de tinta sobre o clichê.
Quando o volume do anilox é alto, o excesso de tinta gera entupimento da retícula e de letras
138 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Quais os métodos de 
limpeza do cilindro anilox?
Devido à sua característica, com o uso as células do anilox entope e diminui o 
volume de tinta a ser transferido para o clichê. Tintas à base de água tendem 
a ser as piores para o anilox, pois a resina tende a secar dentro dos alvéolos, 
e dificilmente pode ser removida com o solvente da tinta. Recomenda-se não 
parar o sistema de entintagem durante a produção, limpando-o imediatamente 
no final do trabalho. 
Micro fotografia mostrando o entupimento 
por tinta seca dentro das células do anilox
Micro fotografia mostrando o entupimento 
Por tudo isso, é necessário fazer uma limpeza freqüente e cabal dos alvéolos 
do anilox. Há vários meios para isso. Os processos químicos são mais baratos 
e possuem razoável qualidade. O processo a laser é maiscaro, porém mais 
eficaz. Veja abaixo quais são os métodos mais comuns:
Lavagem química Ultra-som Jateamento com esferas de polietileno Laser
Como se deve armazenar 
os cilindros anilox?
O anilox é um acessório caro e delicado. Portanto, seu armazenamento deve 
ser feito em local protegido de qualquer tipo de agressão. O ideal é que fique 
em prateleiras, gavetas ou estantes com suportes para encaixá-lo. Além disso, é 
necessário envolvê-lo em feltro ou outro material macio e que ofereça alguma 
proteção contra eventuais pequenas batidas. No caso de se colocá-lo preso 
 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 139
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apenas pelo eixo, certifique-se de que o apoio esteja o mais próximo do corpo 
do cilindro para evitar que o peso do meio envergue o cilindro com o tempo. 
É claro que essa recomendação é para cilindros anilox para banda larga. Os de 
banda estreita, como são pequenos, não carecem dessa preocupação.
E que dizer do armazenamento 
das camisas anilox?
Todos os cuidados acima são igualmente necessários. Pode-se armazená-las 
em pé, mas longe do chão e com barras para não deixá-las cair. Outra forma de 
armazenar as camisas anilox é colocá-las na parede em barras apropriadas.
As camisas anilox são tão boas 
quanto os cilindros anilox?
Cada tipo possui características próprias. As camisas anilox evoluíram e hoje 
são bastante estáveis. No passado recente, o maior problema era a excentrici-
dade das mesmas, pois os ajustes nos mandris precisavam ser perfeitos para 
não vibrar. Vários meios foram tentados e hoje há certamente um resultado 
muito bom. 
Um dos principais fatores que se precisa entender sobre camisas anilox é TIR, 
que é a sigla em inglês para Total Indicated Run-out, ou algo como Indicador 
Total de Batimentos. O TIR, em termos simples, é uma medida de comparação 
da excentricidade da área gravada de um anilox em relação ao centro absoluto 
Todo cuidado com anilox ainda é pouco. Ao passo que a camada cerâmica possui alta resistência 
ao atrito (embora isso na impeça o desgaste natural), ela possui baixa resistência ao impacto. Pense 
no piso cerâmico onde as pessoas passam e que resiste a riscos. Se alguém deixar cair um objeto 
pontiagudo e contundente, imediatamente se fará um furo na camada cerâmica do piso
140 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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do eixo do sleeve ou do mandril onde ele é afixado quando está em rotação. 
O TIR é uma importante tolerância dimensional de cilindros anilox, mas mais 
importante ainda é no anilox sleeve. Esse controle é feito pelo fabricante da 
camisa e da empresa gravadora do anilox. 
BATIMENTOS NO ANILOX ACEITÁVEIS
Largura < 25 cm (ou 65”) +/- 0.0005” polegadas 0,013 mm
Largura > 25 cm (ou 65”) +/- 0,001 polegadas 0,025 mm
O anilox sleeve pode
ser recondicionado?
O fator mais importante a considerar é a espessura do metal ou alumínio que 
é a base para a aplicação da cerâmica. Assim como em rolos anilox, a camada 
antiga de cerâmica precisa ser totalmente removida. Ao fazer isso, certamente 
uma parte do metal também será removido. Então, dependendo da quantida-
de desse metal que foi aplicada, é possível recondicionar. Mas há limites, pois 
o metal ficará mais frágil a cada recondicionamento e poderá enfraquecer a 
estrutura e até mesmo causar vibrações. Normalmente o máximo que se reco-
menda para retirada da espessura no recondicionamento é de 0,010 polegadas 
(ou 0,25mm) no diâmetro do sleeve. 
Que tipo de anilox é 
mais recomendado 
para grandes chapados?
Lembre-se: o importante é que o “fechamento” da tinta seja bom e isso não 
quer dizer que grande quantidade de tinta resolverá seu problema, como já 
mencionamos anteriormente. Assim, há opções recentes de anilox como aque-
les com características de retícula geométrica. O objetivo é justamente facilitar 
esse “fechamento” do impresso.
Células com fissuras 
e desgastadas
Este formato diferenciado neste tipo de gravação da Praxair, observado nas figuras acima, ajuda 
o “fechamento” do chapado e facilita a “raspagem” da faca na entintagem. Neste exemplo, uma 
retícula de 700 linhas/cm e com 3.8BCM significa economia de tinta em chapados
 Capítulo 8 – Cilindros anilox – 141
Cilin
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Como se afere o anilox?
O volume de tinta é reduzido devido ao entupimento dos alvéolos do anilox. 
Isso é comum, embora ruim. Com o passar dos meses, deve-se fazer avaliações 
periódicas das condições do volume. Normalmente essa verificação pode ser 
feita pela empresa que grava anilox ou pelo próprio usuário. 
Quais são os métodos para aferição?
Pode-se medir com o microscópio eletrônico, sistema manual, e outros méto-
dos, como o Wyco, Urmi, Ravol, Volugraph e Capatch. Sistemas com ultra-som 
são os mais precisos, porém os equipamentos são muito caros. 
Uma análise com microscópio 
é fundamental para garantir 
a qualidade de gravação
A avaliação do volume do 
Anilox pode ser feita com 
aplicação de um líquido, com 
o auxílio de uma seringa, 
na superfície do cilindro e 
espalhando-se com uma 
pequena lâmina raspadora. 
Depois se decalca a mancha 
em um papel e mede-se a 
área da mancha. Por fim se 
calcula o volume total que o 
anilox suportou. 
Ao lado, o 
método Capatch, 
que é barato, 
prático e tem 
razoável precisão
142 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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DICAS E CUIDADOS COM CAMISAS ANILOX
 Um dos benefícios dos anilox sleeves é, sem dúvida, o peso. Eles são leves e fáceis de manu-
sear. Isso pode ser um problema, pois eles podem também cair facilmente ou ser batidos nesse 
manuseio. Esteja certo de não colocar o anilox sobre mesas sujas ou com objetos, ou ainda 
deixar cair objetos na superfície ou apoiar objetos sobre o mesmo. Um pequeno buraco invisível 
a olho nu pode ser o início de um grave problema de rachadura na superfície cerâmica. 
 Às vezes o anilox sleeve não quer sair facilmente (talvez em função de ter entrado um pouco 
de tinta entre o sleeve e o mandril, colando-os) e o operador da máquina força a saída ou até 
mesmo bate com um martelo de borracha para que saia do mandril. É claro que isso pode causar 
danos irreparáveis ao anilox, especialmente se o operador ferir o canto do anilox descascando-o. 
Se estiver difícil de sair, tenha paciência e peça ajuda de pessoal especializado.
 Na limpeza do sleeve não se recomenda o uso de tanques ultra-sônicos, soluções de soda 
cáustica ou qualquer outro método em que a camisa seja submersa. Isso pode alterar o diâme-
tro interno da camisa, e devemos lembrar também que há metais na estrutura da camisa que 
podem ser afetados pelos produtos químicos empregados, podendo causar a delaminação da 
cerâmica. 
 Tenha um inventário completo e preciso de todos os anilox na fábrica. Isso significa nume-
rá-los e medi-los periodicamente (volume). Faça observações quanto a riscos ou danos na 
superfície do mesmo.
 Bombas com filtro de tinta ruim ou inexistente e facas de baixa qualidade que soltam peda-
ços de metal também podem causar riscos na superfície do anilox. Assim, certifique-se de que 
se faça limpeza cabal do sistema de entintagem, bem como que se usem facas com aço que 
não soltem limalhas no processo de raspagem. Esses pedaços de metal incrustam-se na faca 
e ficam marcando o mesmo lugar, causando riscos que inutilizariam o anilox. Uma ajuda são os 
filtros com elementos magnéticos que seguram metais e não permitem que eles retornem ao 
sistema doctor blade, prevenindo, assim, estragos.
 A montagem incorreta das câmaras doctor blade pode contribuir para que o anilox receba 
uma raspagem irregular, desgastando assim também de forma irregular, o mesmo. O modo cor-
reto de montagem das facas pode ser visto no capítulo 9.
 Embora o anilox seja um acessório importante para o processo de impressão flexo, ele 
também é considerado um bem consumível. Não durará para sempre e muitas vezes pode se 
tornar obsoleto com novos avanços dos métodos de gravação ou obtenção da camisa para os 
revestimentos.Mas cuidado: ao ser considerado um bem consumível alguns podem achar (ou 
se conformar em achar) que, se estragar, compra-se outro. Porém, o custo de um anilox é muito 
alto e muitas vezes leva-se tempo para se obter um do fabricante. O mau uso e o manuseio 
descuidado pode inviabilizar o processo flexo pelo custo!
142 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
 Capítulo 9 – Banda larga – 143
Neste capítulo você vai ver:
• Características dos equipamentos para impressão banda larga
• Sistema de desbobinamento e controle de tensão
• Elementos de apoio (roletes, eixos, calandras, alinhadores)
• Controladores de tensão
• Sistema engrenagens e gearless
• Camisas anilox e porta-clichês
• Entintagem e controle da viscosidade
• Secagem entre cores e secagem final
 Capítulo 9 – Banda larga – 145
ste e os próximos capítulos sobre impressão flexo não estão 
em forma de perguntas e respostas. Preferi abordar de forma 
explicativa e deixar os problemas relacionados à impressão 
num capítulo apropriado. Há neste capítulo informações para 
banda larga mas que também são princípios para os sistemas 
banda estreita/média e corrugados. São informações que não coloquei naque-
les capítulos para não ser repetitivo.
O sistema de impressão flexográfico é bastante versátil em todos os sentidos, 
podendo apresentar diversas configurações de máquinas e assessórios. Dentre 
as mais importantes variantes do processo flexográfico, destacam-se os siste-
mas de entintagem e o aspecto construtivo do equipamento.
Sistemas de entintagem
Doctor roll: Um cilindro de borracha imerso na tinta (pescador) a transfere, 
por contato, para outro cilindro chamado entintador, que poderá ser tanto 
outro cilindro revestido de borracha quanto um cilindro anilox.
O clichê é colado num cilindro porta-clichês e é então entintado 
pelo cilindro entintador, transferindo a tinta, ainda úmida, para o 
substrato (suporte a ser impresso).
Este sistema, considerado antigo para os padrões atuais, ainda é uti-
lizado para impressão de papelão ondulado e em máquinas de con-
cepção mais antiga para impressos de papel (cadernos) e impressos 
simples. Porém, a grande maioria das impressoras modernas só 
utiliza o sistema doctor blade ou sistema encapsulado.
9•Impressão de 
flexo - Banda larga
Substrato
Cilindro 
Porta-clichês
Cilindro 
Entintador
(Anilox)
Cilindro 
Contra-Pressão
Clichê
Cilindro 
Tomador ou
Pescador
Tinteiro Tinteiro 
Sistema de entintagem doctor roll
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Doctor blade: O sistema conhecido como doctor blade consiste em uma 
câmara fechada por duas lâminas metálicas que removem completamente a 
tinta da superfície do cilindro anilox, deixando-a exclusivamente no interior 
das células gravadas.
O surgimento desse sistema representou uma grande evolução para a flexo-
grafia, uma vez que parte do ganho de ponto observado no processo flexográ-
fico deriva da entintagem lateral dos pontos, originada pelo excesso de tinta na 
superfície dos cilindros de entintagem.
Dica Importante: É fundamental que se observe a superfície dos 
cilindros anilox durante o processo de entintagem. Esta deve estar 
sem brilho, caracterizando a correta raspagem da superfície.
Substrato
Cilindro 
Porta-clichês
Cilindro 
Entintador
(Anilox)
Entintagem
(Encapsulado)
Cilindro 
Contra-Pressão
Clichê
Sistema de entintagem doctor blade
Sistema construtivo
Partindo-se do conceito básico de entintagem e impressão que caracteriza a 
flexografia, conforme visto anteriormente, os diversos grupos impressores que 
constituírem a máquina impressora podem ser dispostos em diversas formas, 
geralmente em função do tipo de trabalho e/ou substrato a ser impresso.
Por se tratar de um dos sistemas mais simples de construção dentre os vários 
processos industriais de impressão, as possibilidades de arranjo dos grupos 
impressores flexográficos são inúmeras, sendo inclusive muito utilizados 
como unidades aplicadoras de vernizes em conjunto com outros processos 
de impressão.
Exemplo de equipamento de banda larga típico
 Capítulo 9 – Banda larga – 147
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A MÁQUINA IMPRESSORA
Essencialmente as máquinas de flexografia possuem os seguintes elementos, 
que serão analisados um a um:
 Sistema de entrada e saída do substrato
 Grupos impressores (entintagem, porta-clichês)
 Sistema de secagem e exaustão (entre-cores e final)
Sistema de entrada 
(alimentação) e saída
As máquinas de flexografia são alimentadas com substratos em forma de 
bobinas. A exceção são as máquinas de impressão de caixas de papelão ondu-
lado, alimentadas com folhas.
Para uma boa impressão, é necessário que se tenha um bom controle na entra-
da de máquina, uma vez que o substrato deve ser mantido esticado em toda a 
extensão da impressora.
Os componentes de entrada são os seguintes (trataremos aqui apenas das 
máquinas alimentadas a bobina):
a) Eixos e tubetes
b) Troca de Bobina
c) Alinhadores
d) Controle da Tensão
e) Roletes
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a) Eixos e tubetes
Os eixos são objetos onde as bobinas são colocadas e presas. Podem ser de 
dois tipos: não-expansíveis e expansíveis. Os não-expansíveis são de configu-
ração simples, compostos por uma barra de ferro (A) onde a bobina é colocada 
e fixada por duas cunhas (B) com parafusos. Os mais comuns são os eixos 
com cunhas que fixam a bobina através da pressão nas laterais do tubo. Este 
sistema não suporta grandes tensões do material e pode danificar lateralmente 
a bobina. 
Os eixos expansíveis são compostos de réguas ou dispositivos que, por ação 
mecânica ou pneumática, fixam a bobina. Os eixos de expansão mecânica são 
acionados por um disco com rosca na ponta do eixo que, ao ser apertado, empur-
ra as réguas para cima, travando a bobina. Este tipo de eixo é pouco utilizado.
Eixo expansivo pneumático - Possui garras ao longo de sua extensão que 
se expandem pressionadas por ar comprimido, fixando a bobina. O tipo mais 
comum de eixos expansíveis é o acionado por ar comprimido (pneumático), 
composto por câmaras que se expandem quando injetado ar comprimido, 
empurrando pequenas réguas que travam a bobina no eixo. Tem sido muito 
empregado pela sua rapidez e eficiência na troca de bobinas. Possui a desvan-
tagem de, com manuseio inadequado, poder furar a câmara interna, requeren-
do assim manutenção. Não é um eixo barato, porém facilita muito o processo 
produtivo pela rapidez e por não prejudicar o tubete.
Eixo com cones expansíveis - É constituído de uma barra de aço com cones 
passantes expansíveis que são interligados por mangueira.
Castanhas cônicas - Prendem a bobina somente por pressão lateral.
Castanhas expansíveis - Travam no tubo e prendem a bobina por expansão.
A
B
 Capítulo 9 – Banda larga – 149
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Tubetes
Os tubetes (também conhecidos como buchas, tarugos e espulas) são ele-
mentos importantes, visto que o substrato será enrolado nele. Os tubetes 
podem ser de papelão, PVC ou metal (alumínio ou aço) e sua espessura e 
diâmetro podem variar em função do eixo ou do tipo de substrato utilizados. 
Substratos plásticos tendem a exercer forte tensão sobre o tubete e por isso 
deve-se ter cuidados especiais na escolha dos mesmos. Recomenda-se PVC 
ou papelão com espessura suficiente para agüentar a pressão da tensão do 
material embobinado. Se a tensão for excessiva e o tubete não agüentar, 
o eixo não sairá e será necessário forçar a saída do eixo, podendo causar 
estragos no mesmo.
Deve-se levar em consideração que, quando ocorrem acidentes, como a 
queda da bobina, o tubete não pode amassar, o que geraria muitas perdas 
e dificuldade para utilizar a bobina, visto que o eixo muitas vezes não entra 
mais. Para bobinas de alumínio recomenda-se tubetes de alumínio capazes 
de suportar a tensão.
b) Troca de bobinas
Quando a bobina que está sendo impressa chega ao fim, realiza-se a troca 
da mesma. Os métodos para a troca são três: manual, semi-automáticoe 
automático.
Troca manual: Necessariamente a máquina é parada ao fim da bobina e é 
colocada outra. O método é totalmente manual. A fita de substrato é emenda-
da a outra com o auxílio, normalmente, de uma fita adesiva. É recomendável 
colocar uma fita em toda a extensão da emenda para evitar a quebra na pas-
sagem pela máquina.
Troca semi-automática: Neste caso não é interrompida a impressão (apenas 
a velocidade é diminuída). Há, no entanto, a necessidade da intervenção do 
operador na troca, cortando a fita com um estilete depois que a emenda é 
colada. Não há dispositivos que indiquem quando fazer a troca ou se a bobina 
está no fim. É desaconselhável esse procedimento, pois pode facilmente causar 
acidentes graves.
Troca automática: Neste terceiro método a máquina não pára e pode-se 
manter a velocidade normal de produção. Há dispositivos do tipo foto-células 
e/ou sensores ultrassônicos que automaticamente preparam a máquina para a 
troca, identificando o momento exato programado pelo operador. A interven-
ção humana é mínima, e se limita ao preparo da próxima bobina pelo opera-
dor. A preparação da bobina é feita passando-se cola em áreas reservadas da 
bobina e fazendo-se cortes na ponta da folha da bobina que será a próxima. 
Com a forte concorrência e clientes exigindo maior qualidade e custos baixos, 
qualquer parada de máquina gera perdas (tinta, material, tempo, energia etc). 
Por isso, as máquinas modernas saem de fábrica com estes dispositivos incor-
porados à impressora e não como itens opcionais.
Desbobinador com 
troca automática
Rebobinador com 
troca automática
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c) Alinhadores
Os alinhadores são dispositivos capazes de manter o substrato alinhado na 
máquina para que a impressão ocorra sempre na mesma posição na fita e a 
bobina seja enrolada sem variações na sua lateral. 
O tipo mais comum de alinhador é o sistema pneumático. De funcionamento 
simples, baseia-se no princípio de saída e recepção de ar comprimido que cir-
cula por canos. O esquema abaixo esclarece o princípio.
Este tipo de alinhador faz 
a leitura na fita e corrige 
na bobina. Normalmente 
utilizada em impressoras 
pequenas ou cortadeiras e 
rebobinadeiras
Este tipo de alinhador faz a leitura na 
fita e corrige na fita mesmo. É o mais 
utilizado, podendo ter dois na máquina: 
um antes do material entrar na impres-
são e outro já depois de impresso, antes 
de embobinar no final da impressora
d) Controle de Tensão
Tensão é o esforço ocasionado por uma força que opera em qualquer sentido: 
longitudinal ou transversal.
Quando medimos o elongamento de um material em função da tensão que 
existe sobre ele, obtemos a curva abaixo:
Te
ns
ão
Elongamento
Zona Elástica
Ruptura
Zona Plástica
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Esta curva é conhecida por Lei de Hook e divide-se em duas zonas bem dis-
tintas: zona elástica e zona plástica. Na primeira, o elongamento ∆l varia pro-
porcionalmente à tensão aplicada, ou seja, se dobrarmos a tensão aplicada o 
elongamento será duas vezes maior, e se a tensão cair a zero o elongamento 
desaparecerá totalmente. Na zona plástica, ao contrário, esta proporcionalida-
de não é mais respeitada. Observamos que há uma deformação permanente 
do material, que continua até a ruptura do mesmo, caso a tensão seja muito 
grande.
Este efeito está presente nas máquinas de impressão flexográfica, visto que na 
entrada da máquina há cilindros de tração que submetem o material a uma certa 
tensão por meio de um balancim ou outro sistema de controle de tensão.
Em momento algum durante a produção a tensão da fita na impressão deve 
fazer com que o substrato entre no domínio plástico, sob pena de este defor-
mar-se permanentemente junto com o que já foi impresso.
Ao ser impressa a fita, o controle de esticamento começa na entrada da 
impressora. A idéia é que a força exercida para este esticamento seja a mínima 
necessária. Para que isto ocorra existem mecanismos de controle. 
Conforme a bobina diminui de diâmetro, a tensão aumenta, obrigando a uma 
diminuição da força aplicada sobre a bobina.
Os materiais variam no tipo, na espessura e na largura utilizadas para a 
impressão. Portanto, as tensões aplicadas são as mais variadas, mas o fator 
importante é a constância da força aplicada.
Esta tensão deve permanecer constante no decorrer de toda a operação de 
impressão, tanto no desbobinamento quanto no embobinamento. 
A tensão de um filme é a força aplicada em toda sua extensão transversal.
A tensão de um 
filme é a força 
aplicada em toda 
sua extensão 
transversal
É como se uma barra rígida colocada no sentido transversal do filme exercesse 
uma força (veja a figura acima). Em outras palavras, a força aplicada deve ser 
constante em todos os pontos da fita. Isto equivale a dizer que:
F = Constante
Para que se possa aplicar a força (F), é necessário “frear” a bobina, isto é, 
aplicar no eixo da bobina um momento de força (F) causada pelo raio (R) da 
bobina. 
Conforme o raio diminui o Momento de força (Mf) aplicada aumenta. Em 
outras palavras, o Momento de força ou frenagem é uma razão direta do raio. 
Força
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Se o raio diminuir de metade do seu valor inicial, Mf também deve diminuir da 
metade de seu valor inicial, de tal modo que a razão Mf:R permaneça cons-
tante.
Controle de tensão manual ou semi-automático
O eixo porta-bobinas possui uma engrenagem em uma das extremidades e é 
apoiado em uma engrenagem ligada a um motor de corrente contínua, que 
permite um desbobinamento maior ou menor conforme o ajuste do operador 
da máquina. Este sistema oferece a desvantagem de precisar sempre da aten-
ção do operador. À medida em que a impressão ocorre, a tensão aumenta e, 
portanto, é necessário um alívio da tensão. Como não há controle constante 
do desbobinamento, a tensão de esticamento varia constantemente, podendo 
causar problemas no tamanho da fita impressa. Nesse caso, o controle é feito 
por lonas de freio ou outro sistema simples de frenagem.
 
Controle de tensão automático
Para manter o esticamento o mais constante possível, muitos equipamentos de 
impressão utilizam um balancim ou uma célula de carga. 
Os equipamentos de controle automático podem ser de tipos os mais varia-
dos: freios eletromagnéticos com sensores indutivos, freios pneumáticos com 
válvulas do tipo “relieving”, freios-motores com sensores resistivos, bailarinos 
de atuação vertical ou horizontal, com um ou dois roletes, ou mesmo vários. 
Todos, porém, com raras exceções, obedecem ao mesmo princípio. Possuem 
um dispositivo para “apalpar” a fita a ser impressa, e são constituídos geral-
mente por um ou mais roletes com liberdade de movimento (este conjunto 
também é chamado de balancim), um sensor que transmite a informação do 
conjunto de rolete a um dispositivo que coordenará o freio.
Na figura ao lado temos um rolete “P” (pois atuam 
pesos sobre ele) que chamaremos “bailarino”, com 
posição máxima superior em 1 e posição máxima 
inferior em 2. O sensor “s” transmite uma informação 
ao dispositivo de controle que atua no freio “F”. 
Quando o diâmetro da bobina diminui, supondo-se 
que o freio “F” não muda, ocorre um deslocamento 
do rolete “r” em direção à posição 1, pois o subs-
trato continua a ser tracionado pela máquina. Este 
deslocamento será “lido” pelo sensor, que transmi-
tirá a informação ao dispositivo de controle. Este 
“ordena” ao freio diminuir, de modo que a tensão 
permaneça constante. 
Freio (F)
 Capítulo 9 – Banda larga – 153
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Inversamente, se o freio for insuficiente, ou em outras palavras, se o peso P 
colocado no rolete vence o momento de força aplicado na bobina, o rolete se 
deslocará para a posição 2. Deste modo o dispositivo de controle, detectado 
pelo sensor, “ordena” ao freio que aumente a força.
A célula de carga trabalha com o princípio de esforço aplicado. A fita passa 
por um cilindro nãoengrenado que, à mínima variação de tensão, envia infor-
mações elétricas que são prontamente entendidas por uma central, corrigindo 
a força aplicada no desbobinamento. 
Esquema da célula de carga
Roletes
Os roletes são os elementos que conduzem o substrato através da máquina. 
Têm função importante, visto que sem eles não é possível o transporte do 
material. Além do transporte do material, esses rolos ajudam de outras formas, 
como no alinhamento do material, alguns evitam rugas etc.
Os tipos de roletes normalmente usados pelas impressoras de flexografia são: 
roletes controladores de paralelismo, condutores, estriados, bananas, resfria-
dores e tracionadores. Estudaremos alguns destes.
Roletes condutores: São os que possuem a função específica de conduzir o 
suporte sem provocar nenhuma alteração em sua trajetória. 
Para exercerem esta função, necessitam possuir algumas características, tais 
como:
 Devem ter um giro livre, sem oferecer qualquer resistência ao 
substrato, o que é conseguido por intermédio de rolamentos 
que são colocados nas pontas de eixo ou nas laterais da mesa;
 Precisam estar nivelados com a máquina;
 Devem estar balanceados;
 Necessitam possuir uma superfície que não risque e nem danifique 
o substrato ou camadas que venham a ser depositadas sobre este.
Para possuir estas características, os cilindros normalmente são confecciona-
dos em aço, sendo compostos por uma mesa (tubo) de alumínio ou aço galva-
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nizado com níquel ou cromo, ou então revestidas de borracha. Cabe salientar 
que em muitas impressoras encontramos cilindros com mesa de aço, o que 
não é muito recomendável devido à fácil oxidação.
Compensadores de tensão: São fixados em uma base móvel que se movi-
menta para evitar folgas no substrato.
Cilindros compensadores de paralelismo: Possuem um eixo fixo e um 
móvel. São utilizados para controlar o paralelismo na puxada do substrato, a 
fim de compensar a diferença de tensão do substrato entre um lado e outro. 
Também podem promover pequenas torções no substrato, a fim de elimi-
nar rugas e facilitar o encaixe. Normalmente são encontrados na entrada da 
máquina e antes do grupo impressor. Às vezes também no final da máquina.
Cilindros tracionadores (puxadores): Consistem em um conjunto com um 
cilindro rígido, tracionado, que trabalha com um cilindro de borracha pressio-
nando o substrato sobre sua superfície. Este conjunto é encontrado na entrada 
e na saída da impressora, e seu objetivo é manter o material preso para facilitar 
o controle de tensão.
A
B
C
A - Condutores
B - Cilindro de 
borracha puxados
C - Cilindro 
metálico puxador
 Capítulo 9 – Banda larga – 155
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Cilindros eliminadores de rugas: São cilindros com sulcos (estrias) com 
desenho que favorecem o esticamento do material durante o processo de 
impressão e embobinagem. Têm a finalidade de eliminar rugas do substrato e 
promover o esticamento lateral. 
Controladores de temperatura ou calandras: São cilindros que possuem 
circulação de água gelada ou vapor em seu interior. São utilizados para pro-
mover a redução ou a elevação da temperatura do substrato.
Outros roletes: Há outros cilindros que podem ser utilizados na máquina, 
conforme a necessidade. Podem ser revestidos com cortiça ou Teflon, material 
que não permite aderência, e são usados para aplicação de cold seal. Os rolos 
“bananas” também podem ser utilizados para “abrir” o substrato, e são assim 
chamados por serem curvos. Pelo movimento irregular destes roletes, o subs-
trato é forçado a “abrir”, ajudando a eliminar as rugas no material.
O grupo impressor
O grupo impressor é onde a imagem é formada, e é composto de:
a) Cilindro contra-pressão
b) Porta-clichês
c) Sistema de entintagem 
Cilindro contra-pressão e tambor central: A 
qualidade de impressão muito dependerá do cilindro 
contra pressão. Conforme foi visto anteriormente, o 
cilindro contra-pressão serve de apoio para o subs-
trato que está sendo impresso. 
O material fica o tempo 
todo preso durante a 
impressão de todas as cores
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Conforme já considerado anteriormente, há dois tipos de contra-pressão: os 
do sistema convencional (ou stack), onde cada conjunto ou grupo impressor 
possui o seu, e o sistema satélite, onde um único cilindro é capaz de servir de 
apoio para a impressão, e é chamado de tambor central.
A precisão destes cilindros é fundamental. Devem ter paralelismo, planicidade 
e estar isentos de quaisquer irregularidades (o ideal são variações de batimen-
tos entre 0,001 a 0,0015mm). Estes atributos são mais fáceis de encontrar nos 
cilindros do sistema stack, pois são de diâmetros pequenos, que facilitam a 
precisão. No entanto, o tambor central também deve ter essas condições e para 
isso requer mais cuidados na sua confecção. 
Importante também é a engrenagem utilizada nesses cilindros, no caso de 
máquinas que utilizam engrenagens para tracionar todo sistema de impres-
são. Devem ser precisas e resistentes, pois em muitas máquinas movimentarão 
todo o restante do grupo impressor: porta-clichês, anilox etc.
Cuidados com o cilindro contra-pressão: Mantê-lo sempre 
limpo, com engrenagens lubrificadas, evitar que oxide, não lixá-lo ou 
usar instrumentos cortantes sobre sua superfície. Periodicamente, 
ou se tiver dúvidas quanto à exatidão do mesmo, convém fazer tes-
tes com relógio comparador, não devendo ser aceitos batimentos 
acima de 0,01mm, embora o ideal seja entre 0,001 a 0,0015mm.
Sistema de engrenagens: Pode-se dizer que a qualidade de impressão muito 
dependerá da precisão, conservação e uso correto do conjunto de engrena-
gens do contra-pressão/porta-clichês/entintador (veja sobre diâmetro primiti-
vo na seqüência).
As engrenagens mais comuns usadas nos equipamento de impressão em fle-
xografia são as de dentes helicoidais, preferíveis às de dentes retos, por ofere-
cerem maior precisão, visto que mantêm durante todo o tempo de movimento 
o contato entre os dentes das engrenagens.
As engrenagens de dentes helicoidais são as mais utilizadas em máquinas 
modernas, dada a sua capacidade de transferir grandes torques com suavidade
 Capítulo 9 – Banda larga – 157
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Uma das características mais importantes para a qualidade de impressão é a 
precisão mecânica do equipamento flexográfico, que, se aliada à robustez, que 
significa, em última análise, a capacidade de manter esta precisão pelo maior 
tempo de uso possível, representará um equipamento com boa qualidade e 
estabilidade de produção.
O controle mais elementar que deve ser executado em cilindros é a verificação 
de seu diâmetro primitivo, juntamente com a avaliação contínua de eventuais 
deformidades dos cilindros e desgastes em engrenagens.
Diâmetro primitivo: é o engrenamento perfeito dos dentes da engrenagem. 
Não pode passar do ponto de encontro dos dentes da engrenagem e nem 
pode ficar aquém. Quando as engrenagens do porta-clichês e do contra-pres-
são se encontram, no espaço que sobra entre a periferia dos dois deve caber 
exatamente o filme, o clichê e o dupla-face. O diâmetro primitivo é determi-
nado pelo fabricante de máquina e é em função dele que se faz a escolha da 
espessura de clichês que serão utilizados. Para se alterar o valor do mesmo é 
necessário refazer as engrenagens e os portas-clichês. A 3M colocou no mer-
cado um tipo de dupla-face que faz a compensação exata dessa diferença no 
porta-clichês, permitindo, por exemplo, que se use um clichê com espessura 
1,14mm em um cilindro que seria para um clichê com espessura de 2,84mm. 
De qualquer forma isso é apenas um paliativo, pois o ideal é fazer a troca das 
engrenagens e cilindros, caso o custo/benefício justifique o investimento alto.
Se estiverem ocorrendo problemas de printabilidade como, por exemplo, o 
ilustrado abaixo, recomenda-se uma verificação do estado dos cilindros utili-
zados na impressão. Infelizmentesão necessárias várias leituras em diferentes 
pontos de um mesmo cilindro, e recomenda-se a leitura de todos os cilindros 
de um mesmo jogo, para evitar suposições que possam impedir a detecção 
mais rápida e eficiente do problema.
Microfotografia do mesmo clichê colado fora 
do diâmetro primitivo. Quer seja abaixo, quer 
seja acima, o resultado será pontos alongados
Microfotografia de um impresso em 
flexografia com o clichê + dupla-face no 
correto diâmetro primitivo
Ao comparar as duas microfotografias nota-se que na primeira os pontos estão redondos e na segun-
da estão ovalados (alongados), o que é causado pela velocidade periférica diferente do porta-clichê
A avaliação é feita pela comparação dos valores encontrados com o valor teó-
rico. Para cálculo teórico temos:
Øf = (Z x M/cosα) - (2 x EC + 2 x DF) + (Pi), onde
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Diâmetro do cilindro de ferro = Øf
Número de dentes da engrenagem = Z
Ângulo de hélice = α
Módulo da engrenagem = M
Módulo circunferencial = M/cosα 
Espessura do clichê = EC
Espessura da dupla Face = DF
Pressão de Impressão = Pi – geralmente de 0,1mm a 0,2 mm no diâmetro.
Exemplo: Qual o diâmetro no ferro (ou camisa) de um cilindro cuja engrena-
gem possui 130 dentes, módulo 1,5 e ângulo de hélice de 20º e que trabalha 
com clichê de 1,14 e dupla face de 0,38.
Øf = (130 x 1,5/0,93969262) – ( 2 x 1,14 + 2 x 0,38) + 0,2
Øf = 207,5146656328 – 3,04 + 0,2 
Øf = 204,6746656328 ou 204,675
O que equivale a um repeat de 653,184 mm, antes da pressão de impressão 
ser aplicada.
Sistema sem engrenagens (gearless)
Os grandes fabricantes de impressoras já se 
adaptaram à realidade do sistema gearless 
(sem engrenagem). Nesse sistema, não há 
mais engrenagens para fazer a tração, e sim 
motores sincronizados em cada cilindro do 
grupo impressor. Há inúmeras vantagens 
nesse sistema, como o fato de que não ocor-
rem mais as “marcas de engrenagem”, um 
defeito típico dos processos tradicionais, e 
de que os passos não são mais presos ao 
número de dentes da engrenagem.
Detalhe do encosto do anilox, 
porta-clichês e tambor central 
no sistema “gearless”
Visão geral da lateral de uma 
máquina com sistema “gearless”
 Capítulo 9 – Banda larga – 159
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Cilindros e camisas porta-clichês: Os porta-clichês são cilindros onde serão 
fixados os clichês. 
Pouca importância já foi dada a estes cilindros. Hoje, porém, sabe-se que a pre-
cisão e cuidados na preservação dos mesmos é crucial para amenizar o ganho 
de pontos, marcas de engrenagem e outros tantos problemas. Lamentavelmente, 
muitos operadores têm pouco ou nenhum cuidado com este cilindro.
Há dois tipos, basicamente, de porta-clichês:
 Cilindros porta-clichês
 Camisas (sleeve) porta-clichês
O cilindro porta-clichês é um tubo de ferro ou aço que tem os eixos fixados 
por flanges. Os tubos são torneados interna e externamente, balanceados e 
podem conter um revestimento na parte externa para evitar a oxidação. 
Tanto nas camisas quanto nos cilindros comuns, 
devem-se tomar alguns cuidados básicos:
 Jamais riscar, ou bater com objeto contundente na superfície do 
cilindro.
 Se o cilindro cair, faça testes para verificar o balanceamento e 
o paralelismo, pois invariavelmente, devido ao peso, os eixos 
entortam. Batimentos acima de 0,01 mm não são aceitáveis. 
 Lixar o cilindro também não é recomendável. Algumas pessoas 
utilizam lixa d’água para remover oxidação, mas o melhor é 
preveni-la mantendo-se os cilindros sempre limpos, secos e sem 
riscos, e longe de áreas que tenham gases ácidos.
 Ao armazená-los na horizontal, evite colocar o apoio nas pontas 
dos eixos. Coloque-os mais próximos do corpo do cilindro 
quanto for possível. 
 As camisas devem ser guardadas em locais apropriados, como 
em suportes onde não sofram nenhuma queda.
 As camisas requerem um cuidado especial no que se refere à 
sua superfície, pois quedas e cortes farão com que percam suas 
características. 
 Verifique periodicamente as condições dos rolamentos e buchas.
 As chavetas das engrenagens não podem estar quebradas ou 
mal posicionadas.
 Manter as engrenagens lubrificadas.
Equipamentos modernos 
utilizam camisas porta-
clichês e camisas anilox
160 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Sistema de entintagem: As primeiras impressoras flexográficas trabalhavam 
somente com a banheira de entintagem, e eram utilizadas em grande escala as 
tintas à base de corantes (anilinas), onde a circulação não era tão importante. 
Com o incremento na utilização das tintas pigmentadas vieram os tinteiros 
e a circulação da tinta para evitar a decantação e auxiliar na homogenização 
durante o processo de impressão.
A fim de diminuir o volume de tinta em circulação surgiram as banheiras inter-
nas e os tinteiros redondos com fundo abaulado, o que, além de diminuir o 
volume de tinta em circulação, evita o acúmulo de resíduos nos cantos, facili-
tando tanto a mistura dos componentes da tinta como a limpeza no final da 
impressão. Mas é interessante que na flexografia é muito comum se utilizar a 
própria lata de tinta como reservatório. É um recurso interessante, que pode 
ajudar a poupar tempo no setup, pois basta fechar a lata, pesar e devolver para 
que o departamento de tintas analise e recupere, se for o caso.
Para a eliminação das partículas incorporadas à tinta durante a impressão, 
foram introduzidos os filtros de tela (metálicos ou têxteis), e para retenção 
das impurezas metálicas provenientes do desgaste da faca vieram os filtros 
magnéticos, que retêm os minúsculos pedaços de aço liberados pela faca que 
raspa o anilox. 
O sistema de entintagem é composto dos seguintes elementos:
 Sistema de circulação da tinta
 Cilindro entintador (anilox)
 Tinteiros ou encapsulados
Bombas de circulação da tinta: Os sistemas de circulação têm papel impor-
tante no processo de impressão. Por sistema de circulação entende-se: uma 
bomba, filtros, mangueiras de circulação da tinta, controladores de viscosidade, 
pH e, em alguns casos, controladores de temperatura. 
As bombas de circulação podem ser de dois tipos. As peristálticas de dia-
fragmas, e as de rotor. As primeiras funcionam como “sugadoras” de tinta. A 
segunda, mais usada, possui um motor elétrico que centrifuga a tinta envian-
do-a para a câmara doctor-blade ou tinteiro.
Os filtros são necessários para impedir que partículas sólidas cheguem até a 
câmara e, conseqüentemente, à racle e ao anilox, o que geraria estragos. As 
mangueiras são condutores de borracha sintética ou outro material plástico 
resistente aos solventes da tinta. 
Viscosímetros automáticos: O viscosímetro é incorporado ao sistema de 
circulação, visto que é ele quem controlará eletronicamente a viscosidade da 
tinta. A grande vantagem é que ele mantém a cor constante durante o proces-
so de impressão, liberando os operadores para outras funções que irão ficar 
medindo a viscosidade manualmente. O acessório mais recente incorporado 
 Capítulo 9 – Banda larga – 161
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ao sistema de circulação da tinta é o controlador de pH, mais empregado em 
tintas à base d’água. 
Esquema de funcionamento 
de um viscosímetro eletrônico 
(Norcross). Neste caso o sistema 
utiliza um pistão que sobe e desce 
regularmente. Na descida o pistão 
encontra certa resistência da tinta 
(viscosidade) que é interpretada por 
um sistema computadorizado. Daí, 
conforme o programado, o sistema 
libera solvente ou não para corrigir 
a tinta. O painel colorido indica o 
status de cada tinta
Equipamentos modernos já permitem o controle da densidade da tinta, e 
não somente da viscosidade. A vantagem é que, mesmo que haja variação na 
temperatura da tinta (que altera o valor de viscosidade), mantém-se a concen-
tração da tinta. O método dá-se pelo controle da temperatura da tinta dentro 
do reservatório.
Cuidados com o sistema de entintagem
De nada adiantam todos os cuidados existentes na fabricação da tinta no 
tocantea moagem, filtragem etc, se na hora da montagem do conjunto de 
entintagem não forem tomados alguns cuidados básicos:
 A limpeza dos componentes deve estar perfeita, sem vestígio de tinta 
seca ou líquida utilizada anteriormente. Isso inclui não somente as bombas, os 
reservatórios e as mangueiras, mas também o próprio viscosímetro eletrônico, 
que necessita de limpeza cabal.
 A limpeza das mangueiras e da bomba de circulação apresenta um eleva-
do grau de dificuldade. No caso de não se ter mangueiras descartáveis, reco-
menda-se a circulação de solvente no sistema após o recolhimento da tinta, 
a fim de facilitar o trabalho do setor de lavagem. Outra alternativa é manter 
mangueiras reservas limpas para a troca.
SENSOR
Cilindro
Ar
Suporte
Sensor
Micro
Switch
Válvula 
Ar 24vd c
Pistão
Copo
Medição
Entrada
solvente
1,5bar
Entrada
ar 
2,5bar
Válvula de Solvente.
Esta válvula controla
a adição automática
do solvente para
controle da viscosidade
Tela de toque
162 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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 O mesmo procedimento deve ser tomado com os reservatórios de tinta. 
Ao acabar a tinta dos reservatórios de alimentação, deve se aplicar solvente 
dentro destes para facilitar a limpeza posterior. O mesmo solvente pode ser 
aproveitado para diluir a tinta da cor correspondente.
 Muitas vezes os componentes recebem uma limpeza impecável, porém 
sofrem a deposição de poeira enquanto esperam para a montagem na máqui-
na impressora. Na colocação do conjunto na impressora deve ser feita uma 
inspeção e, se necessário, a retirada do pó. Um outro método que pode ser 
empregado é a cobertura do conjunto no período até sua utilização. Lembre-
se: um pequeno grão de areia pode riscar e estragar o anilox.
 Quanto às bombas de circulação elétrica, recomenda-se a verificação da 
rotação do eixo central, que muitas vezes trava em função do acúmulo de resí-
duos de tinta seca, o que pode provocar a queima do motor no acionamento 
e até mesmo provocar um princípio de incêndio. 
 Antes da colocação da tinta também é importante verificar as conexões 
das mangueiras, serviço que, se for mal executado, pode provocar um banho 
de tinta no grupo impressor.
Cilindro entintador (doctor roll)
Com a evolução do processo de impressão em flexografia, puxada pelos 
fotopolímeros, a lineatura usada também aumentou. No entanto o cilindro 
entintador, com milhões (ou até mesmo bilhões) de células gravadas, chamado 
de anilox, possuía uma lineatura baixa em relação aos clichês e, conseqüente-
mente, acabava entintando muito os pontos da retícula que ficam em torno de 
0,02mm a 0,7mm de diâmetro. 
Usava-se então outro cilindro, chamado de pescador, que era um cilindro 
revestido de borracha. Este conjunto, pescador e anilox, foi chamado de “doctor 
roll” (que quer dizer: rolo dosador), e era revestido de borracha. Normalmente 
o descrevemos simplesmente como entintador.
A grande quantidade de tinta depositada no clichê causava um acúmulo de 
tinta entre os pontos da retícula do clichê, gerando mudanças na tonalidade e 
outros problemas. 
 Capítulo 9 – Banda larga – 163
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Esta dosagem não era perfeita, visto 
que com o aumento da velocidade de 
impressão aumentava também a “força 
hidrodinâmica” da tinta. Esta força é 
chamada assim devido à força que a 
tinta exerce entre o anilox e o cilindro 
tomador. A tinta, então, abre passagem 
por entre os dois cilindros. 
A flexão permite a passagem de mais tinta 
no centro dos cilindros do que nas late-
rais, principalmente em máquinas com 
larguras acima de 1 metro. Para resolver 
este problema começou-se a utilizar uma 
lâmina de aço paralela ao eixo do cilindro 
que raspava o excesso de tinta da superfície do cilindro anilox. 
Logo depois foi criado o sistema encapsulado, também chamado de doctor 
blade (lâmina dosadora), que permitiu melhor controle da tinta, que fica menos 
exposta ao ar, diminuindo, assim, a evaporação do solvente e exercendo uma 
raspagem por igual em toda a superfície do anilox. O sistema então passou a 
ser encapsulado, isto é, em uma câmera fechada em que a tinta circula e depois 
volta para reservatório. Isto permite uma economia entre 20% a 35% no con-
sumo de solvente. Com este incremento, a qualidade da impressão melhorou 
e a flexografia pôde atingir parte do mercado da rotogravura que antes não 
alcançava.
As racles (facas) utilizadas na flexografia
No princípio do processo doctor blade, utilizava-se uma lâmina adaptada da 
rotogravura. Hoje, no entanto, já existem lâminas apropriadas para a flexogra-
fia. As lâminas podem ser de aço, plástico e especiais, como as de aço reves-
tidas com cerâmica.
No desenho 
está a posição 
da lâmina 
no conjunto 
encapsuladoRégua
Lâmina autoafiante
Fixação por parafusos
Vedação
Saída de papel
Porta-clichê
Entintador
Tomador
Tinteiro
Entrada 
de papel
Contra-pressão
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Lâminas de plástico e especiais: possuem a vantagem de não sofrer a cor-
rosão e não serem agressivas ao anilox. Porém, não possuem uma limpeza tão 
eficaz quanto as lâminas de aço. Sua espessura pode variar entre 0,51mm e 
3,18mm, sendo portanto mais espessas que as de aço (ver a seguir). Seu uso é 
interessante nos equipamentos de impressão de corrugados que utilizam tinta 
base água e não possuem anilox com lineatura muito elevada, o que favorece 
a raspagem. As lâminas podem ser também especiais com tratamentos espe-
cíficos. Por exemplo, podem-se encontrar lâminas de aço com revestimento 
anti-corrosão ou ainda com tratamentos para grande duração. 
Lâminas de aço: são fabricadas em aço especial com dureza de cerca de 
600 HV. A espessura pode variar entre 0,15mm e 0,25 mm. As lâminas de aço 
podem ser encontradas em dois tipos: convencional e auto-afiante. O aço car-
bono utilizado é o mais comum e não oferece muita resistência à corrosão, o 
que pode ser um problema quando se utiliza tinta à base de água. O aço pode 
ser preparado para agüentar também pigmentos muito abrasivos.
Bons resultados são obtidos com lâminas auto-afiantes de aço, visto que essas 
mantêm o fio de raspagem mais tempo que as convencionais, que logo pre-
cisarão de afiação e mudarão o ângulo de contato. O ângulo de contato deve 
estar entre 30º e 35º. Além disso, deve-se usar um contra-faca para melhorar 
a eficiência da raspagem. 
Observe que ambos os 
rebaixos das lâminas 
estão para dentro e esta 
é a posição correta. Esse 
detalhe pode significar a 
eficiência da raspagem e 
menor desgaste da lâmina
Lâmina convencional
Lâmina auto-afiante
 Capítulo 9 – Banda larga – 165
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Sistema de secagem e exaustão: Embora a impressão flexográfica utilize 
tinta líquida e de secagem rápida, é necessário um sistema de auxílio para seca-
gem, exaustão e resfriamento nos equipamentos de impressão. A “blocagem”, 
o decalque e o odor residual são apenas alguns dos problemas relacionados 
à falta de uma secagem eficiente.
O CERTO E O ERRADO SOBRE AS 
RACLES E SISTEMAS DE ENTINTAGEM
ERRADO CERTO
Encapsulado torto em relação ao anilox Posicionado corretamente
A lâmina de baixo não está 
encostando no anilox
Ângulo correto da faca 
em relação ao anilox
O detalhe mostra a faca encostada 
com excesso de pressão Pressão correta
Sem o contra-faca Uso correto do contra-faca
30 - 35º
Área de
contato
6 mm
Back-up Blade
Área de
contato
166 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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São considerados os seguintes itens importantes na secagem:
a) Secagem entre-cores: Esta secagem se faz necessária uma vez que a tinta 
impressa que receberá a próxima deverá estar totalmente seca. Se não estiver, 
ela poderá ser arrancada, causando diversos problemas. Este dispositivo pos-
sui regulagem da temperatura.
b) Estufas de secagem: Também conhecidas como túneis de secagem. Devem 
ser extensas o suficiente para permitir total evaporação dos solventes da 
tinta impressa antes do embobinamento. As estufaspossuem ventoinhas e 
resistências elétricas para aquecer o ar que será lançado sobre o material em 
percurso dentro do túnel. O sistema pode variar de fabricante para fabricante. 
No entanto, se o sistema de secagem não for eficiente, limitará até mesmo a 
velocidade de máquina.
c) Sistema de exaustão: O ar quente lançado sobre a tinta impressa removerá 
os solventes da mesma. Este ar quente deverá ser removido totalmente para 
que não sature o ar ao redor do grupo impressor e não permita a total seca-
gem da tinta. O sistema de exaustão trabalha com motores que aspirarão o ar 
saturado e o enviarão para fora do ambiente de trabalho. A exaustão deverá 
estar presente inclusive no sistema de entre-cores.
d) Sistema de resfriamento do substrato: Após passar por sistemas que 
jogam ar quente na superfície do substrato, este, por estar aquecido, pode 
perder suas características, ter problemas de registro, encolher e até mesmo 
perder o brilho. É necessário que resfrie para que não seja embobinado quente. 
Além disso, é a tinta que deve ser “aquecida” para que libere os solventes, e não 
o substrato. Por isso é que máquinas modernas têm um sistema de refrigera-
ção por água que circula ou dentro do contra-pressão (tambor central) ou em 
um outro cilindro (também chamado de calandra de água fria) colocado após 
a estufa, para não permitir que o material seja embobinado quente.
e) Secagem ultra-violeta: Nos países europeus e nos Estados Unidos, há 
um clamor sempre mais presente para o uso de substâncias não poluidoras. 
Nesses países, o vapor de álcool, por exemplo, é considerado poluidor. As 
tintas de “cura” por radiação ultra-violeta ou feixe de elétrons (electron beam) 
estão sendo aprimoradas, e em alguns segmentos já estão sendo usadas como 
substitutas das tintas tradicionais para flexografia à base de solventes. As tintas 
para secagem ultra-violeta não possuem solventes para serem evaporados.
 Capítulo 9 – Banda larga – 167
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O sistema para secagem desse tipo de tinta possui lâmpadas com emissão 
de luz ultra-violeta de alta intensidade. Esse meio de secagem é ainda muito 
caro quando comparado às tintas convencionais à base de solvente ou água. 
Além do apelo ecológico, outro ponto forte do sistema ultra-violeta é a alta 
qualidade de impressão gerada. Especialistas europeus acreditam que o Brasil 
demorará em utilizar semelhante equipamento em larga escala para banda 
larga. Mas esse sistema já é muito utilizado em máquinas de impressão de 
rótulos. Veja mais informações no capítulo 7, sobre tintas, e no capítulo 10, 
sobre banda estreita e média.
Para entender o sistema de secagem flexo:
A= Suprimento de ar; B= Exaustão do ar - 1) Secagem final ou verso do substrato; 2) Secagem 
final ou verso do substrato; 3) Válvula de suprimento de ar; 4) Válvula de recirculação do ar; 
5)Ventoinha; 6) Câmera de aquecimento elétrico; 7) Válvula principal para suprimento de ar entre-
cores ou final; 8) Válvula principal para regulagem do ar da exaustão; 9) Ventoinha de exaustão 
de ar; 10) Detalhe do sistema entre cores, onde o duto A lança ar e B remove o ar saturado.
 Capítulo 10 – Banda estreita – 169
Neste capítulo você vai ver:
• Características dos equipamentos para impressão
• Os diversos componentes da máquina impressora
• Propriedades dos sistemas de secagem com tinta U.V.
• Diferenças entre U.V. e sistema solvente
• Sistema Electron Beam (E.B.)
 Capítulo 10 – Banda estreita – 171
onforme mencionei no capítulo anterior, não serei repetitivo 
e vou me fixar nas informações mais específicas sobre ban-
das estreita e média. Assim, sugiro ler o capítulo anterior, 
onde se encontram muitas sugestões e dicas úteis válidas 
para quaisquer processos de impressão flexo. Neste capítu-
lo, dou foco grande no sistema U.V. e falarei muito também sobre o sistema 
de secagem E.B. (Electron Beam), porque acredito que esse tem sido o dife-
rencial da banda estreita.
10•Impressão flexo -
Banda estreita e média
A escolha do tipo do sistema a ser empregado dependerá em grande parte do 
tipo de serviço a ser realizado. 
O número de grupos impressores pode variar de 4 a 10 unidades. A vantagem 
de equipamentos com mais grupos impressores é que se podem separar as 
retículas e traços finos de chapados e/ou traços grossos. Além disso, uma uni-
dade muitas vezes é utilizada para a impressão de um fundo branco e outra 
para verniz sobre impressão.
Surgiram também no mercado, mais recentemente, máquinas híbridas para 
etiquetas. Esses equipamentos serão um desafio para o impressor, pois utili-
zam os processos de offset, flexo, roto, serigrafia e hot stamping em linha, quer 
dizer, em uma mesma máquina. 
Equipamento Gallus
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A máquina impressora
Essencialmente as máquinas de flexografia banda estreita possuem os mesmos 
elementos básicos das máquinas de banda larga: sistema de entrada (alimen-
tação); saída em meio-corte (facas) e embobinamento; grupos impressores; 
sistema de entintagem; sistema de secagem e exaustão.
Equipamento 
de impressão 
Aquaflex
Sistema de entrada (alimentação)
As máquinas de banda estreita são alimentadas com substratos em bobinas. 
Requer-se bom controle na entrada de máquina, uma vez que o substrato deve 
ser mantido esticado em toda a extensão da impressora. Na entrada também 
fica o “eliminador de resíduos”, cuja função é eliminar, em bobinas de papel, 
o pó, que pode ficar na superfície a ser impressa e causar pequenas falhas de 
impressão.
O controle de tensão é feito no início por meio de freios e sensores que man-
terão o material esticado durante todo o processo de impressão. Também na 
entrada fica o alinhador, cuja principal função é manter o material alinhado, visto 
que a tendência da fita a ser impressa é deslizar na máquina impressora.
Esquema do sistema de entrada
Saída do 
material
Grupos
impressores
Entrada do 
material
Sistema de 
secagem U.V.
Capítulo 10 – Banda estreita – 173
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Grupo impressor
Grupo impressor é onde a imagem é formada. Para que a impressão fique com 
registro em todas as cores, o transporte é feito com o auxílio de roletes. Porém, 
o suporte fica sem apoio entre um grupo e outro e isso pode acarretar proble-
mas de registro se o material não estiver bem esticado ou se o equipamento 
estiver com desgastes nos eixos e mancais de roletes, ou fora de paralelismo.
Esquema do 
grupo impressor
As impressoras atuais começam a abandonar as engrenagens, não havendo 
mais engrenagens para fazer a tração, e sim motores sincronizados em cada 
cilindro do grupo impressor. As grandes vantagens são que não ocorrem mais 
as “marcas de engrenagem”, um defeito típico dos processos tradicionais, e que 
se facilita a escolha entre diferentes espessuras de clichês. A função da engrena-
gem é feita por “servo motor” em cada item que necessita de movimento. Todos 
são sincronizados para formar a imagem registrada e precisão na impressão.
Detalhe do porta-
clichês e o acerto 
feito pelo operador
174 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Sistema de entintagem
O sistema de entintagem é composto dos seguintes elementos: sistema de circu-
lação da tinta, controle de pH e viscosidade e cilindro entintador (anilox), tintei-
ros ou doctor blades. Porém, viscosímetros eletrônicos só são encontrados em 
máquinas modernas, pois em geral são recursos que, embora ajudem muito, não 
são essenciais na maioria dos equipamentos modulares para banda estreita.
Equipamento versátil e 
que facilita a troca do 
anilox junto com a faca
A troca rápida é 
importante para 
o sistema flexo
Impressoras com troca 
do grupo impressor
Para diminuir o tempo de setup, algumas máquinas possuem o recurso de se 
trocar todo o grupo impressor na mudança de serviço. São facilmente cam-
biáveis, não sendo necessário fazer a limpeza de anilox, tinteiros, facas etc. 
Há também secagem entre-cores; estufas de secagem; sistemade exaustão e 
secagem ultra-violeta.
Capítulo 10 – Banda estreita – 175
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da estreita
Espectro Eletromagnético
Secagem entre-cores, 
estufas e exaustão
Algumas impressoras possuem sistemas de secagem ultra-violeta, que são 
colocados entre-cores. Já nas impressoras com tinta à base de água ou sol-
vente, há um sistema de secagem a ar quente com uma exaustão. A função da 
exaustão é eliminar o ar saturado que é removido no ato da secagem. Caso 
a exaustão não seja eficiente, a tinta terá dificuldade para secar até chegar à 
próxima cor. Este dispositivo possui regulagem da temperatura. Como em geral 
as impressoras para bandas estreita e média são do sistema modular, não há 
espaço para estufas de secagem generosas como há nos equipamentos de 
configuração satélite. Assim, esse é um forte motivo para que o sistema entre 
cores seja muito eficaz.
Secagem ultra-violeta
Como vimos anteriormente, as tintas para secagem ultra-violeta não possuem 
solventes para serem evaporados; em seu lugar são usados monômeros rea-
tivos que polimerizam juntamente com os oligômeros (resinas) e geram uma 
tinta seca praticamente equivalente a 100% da camada úmida inicialmente 
aplicada.
A radiação U.V. é caracterizada por comprimentos de onda inferior a 400nm 
(nanômetros), sendo conseqüentemente mais energéticas que as de compri-
mento de onda maiores, como a luz visível (400nm a 700nm) e o infravermelho 
(acima de 700nm).
As lâmpadas U.V., no entanto, emitem basicamente todo o espectro abaixo, 
sendo que aproximadamente 1/3 da emissão situa-se efetivamente na região do 
U.V., e os demais 2/3 nos comprimentos entre a luz visível e o infravermelho.
176 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Portanto, há uma forte irradiação de calor via infravermelho e mesmo calor 
de condução pela temperatura da própria lâmpada (superior a 600ºC), o que 
obriga a termos determinados cuidados com substratos excessivamente sen-
síveis ao calor.
O assim chamado gerenciamento de calor no U.V. é muito importante, espe-
cialmente na impressão de mangas tipo “shrink”, muito comuns para banda 
estreita.
O esquema abaixo ilustra as principais diferenças entre os sistemas U.V. e E.B. 
e o sistema Solvente.
No caso específico da flexografia, podemos considerar o uso de OPV (Over 
Print Varnish – Verniz sobre impressão) em linha com a impressão em etique-
tas de papel auto-adesivo como praticamente uma regra, com grandes vanta-
gens no aspecto de proteção e brilho.
Como as máquinas flexográficas de banda estreita tornaram-se extremamente 
versáteis nos últimos anos, podemos considerar cada máquina como uma 
unidade autônoma de produção, onde temos a entrada de matérias-primas e 
a saída do produto acabado.
Associando-se a esta versatilidade o alto valor agregado do produto e a prati-
cidade dos sistemas UV, temos um quadro bastante favorável ao crescimento 
do U.V. no segmento de rótulos e etiquetas.
Além da facilidade do trabalho com U.V. em flexografia, o que evita secagem da 
tinta sobre os anilox e incrustações ao longo de toda a área entintada, somam-
se às vantagens o excelente acabamento e a definição gráfica das tintas U.V.
O problema residual, neste caso, é mais relacionado à velocidade de cura, que 
nas máquinas mais modernas atingem cerca de 150m/min, o que de modo 
geral é baixo para estes equipamentos.
O uso de grande quantidade monômera, associado à necessidade da viscosi-
dade relativamente baixa e à velocidade alta de impressão, gera a necessidade 
de aplicação de quantidades expressivas de fotoiniciadores mais nobres, com 
reflexos no preço final das tintas.
Essa desvantagem é parcialmente compensada pela economia gerada com a 
maior simplicidade e racionalidade do sistema U.V., que reduz sensivelmente as 
Detalhe do equipamento 
de secagem UV e seu 
posicionamento na 
impressora
Capítulo 10 – Banda estreita – 177
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perdas de tinta verificadas no caso de uso de tintas solvente ou água.
Uma possibilidade explorada especialmente em alguns países europeus para 
a banda estreita é a aplicação dos sistemas híbridos, onde as cores especiais e 
fundos são impressos em sistema solvente e a quadricromia é executada em 
U.V., com o seu excepcional ganho de ponto e definição da cromia e insigni-
ficante consumo de tinta.
Há casos específicos de uso de U.V. para banda larga, mas seu uso está restri-
to a poucas empresas que se dedicam igualmente a produtos de maior valor 
agregado ou a procedimentos especiais, como tiragens curtas, onde o setup 
da impressora é minimizado pelo uso de UV ou ainda em uso intensivo de 
quadricromia.
Outro exemplo de banda larga de alto volume e uso de UV é a patente da 
Cray-O-Vac para uso conjunto de U.V./E.B., onde a secagem entre cores é leva-
da a um estágio equivalente ou superior ao de gel e a secagem final se dá por 
meio de equipamento E.B., reduzindo os níveis de fotoiniciador e conseqüente 
custo final das tintas. 
Sistemas de cura U.V.
Um sistema típico de cura U.V. é composto pelo refletor, lâmpada, sistema de 
refrigeração e “shutter”.
Os refletores podem apresentar duas geometrias distintas, sendo os refletores 
elípticos os mais adequados ao processo gráfico, pois uma vez que nossa cura 
apresenta-se apenas bidimensional, o foco gerado pelo refletor elíptico gera 
melhor cura.
Já o refletor parabólico apresenta distribuição mais difusa da luz, sendo ade-
quado à cura de aplicações mais tridimensionais.
Refletor elíptico Refletor parabólico
178 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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A lâmpada UV é, obviamente, a parte mais elementar do sistema, uma vez que 
é a geradora da luz ultravioleta responsável pela iniciação do processo de cura 
das tintas.
Essas lâmpadas são constituídas basicamente de um tubo de quartzo, uma vez 
que o vidro comum bloqueia 90% da radiação UV abaixo de 300nm, o que 
representaria uma perda considerável de potência para o sistema.
Nas extremidades do tubo são colocados os eletrodos em uma estrutura geral-
mente de cerâmica.
Internamente aos tubos é acrescentado o mercúrio na forma líquida. Quando 
partimos a lâmpada, a temperatura se eleva até que haja a volatilização com-
pleta do mercúrio, quando então inicia-se o processo de geração da luz UV.
Juntamente com o mercúrio podem ser acrescidos determinados haletos 
metálicos, que têm por função a modificação da curva de emissão espectral 
da lâmpada.
A curva espectral na próxima página representa uma lâmpada de vapor de 
mercúrio convencional. Podemos dizer que toda a energia emitida pela lâmpa-
da, exceção à parte perdida na forma de calor e IR (infra-vermelho), é emitida 
de acordo com a proporção dos picos observados na curva de emissão.
Portanto, para a lâmpada de vapor de mercúrio convencional, algo em torno 
de 7 ou 8 comprimentos de onda representam mais de 75% de toda energia 
emitida.
Caso esses comprimentos de onda não coincidam com o comprimento de 
onda de ativação do fotoiniciador, o resultado de cura será pífio. Portanto, um 
dos princípios básicos da cura UV é a coincidência entre os comprimentos de 
onda mais energéticos da lâmpada e os comprimentos de onda de ativação 
do foto-iniciador.
Para cura de sistemas pigmentados, especialmente para cores escuras como 
preto e azuis intensos e também para pigmentos opacos como o branco 
(dióxido de titânio – TiO²), foram desenvolvidos fotoiniciadores que atuam em 
comprimentos de onda maiores, que tendem a ser mais penetrantes e por con-
seqüência, a curar melhor em profundidade, o que resulta em melhor adesão, 
resistência e brilho.
Foto do bulbo de quartzo
Capítulo 10 – Banda estreita – 179
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Para coincidir o comprimento de onda das lâmpadas com os novos fotoinicia-
dores, as lâmpadas de mercúrio passaram a ser “aditivadas” com outros metais, 
principalmente gálio e ferro, na forma de Haletos.
O resultado é uma expressiva mudança no espectro radiante da lâmpada, con-
forme se observa no gráfico abaixo.
Com o advento das lâmpadasde gálio e ferro, houve melhora na cura dos pretos 
e azuis, sem dúvidas as cores mais complexas em termos de cura, especialmente 
em se tratando de tintas flexográficas (que estão entre as mais pigmentadas e 
são as mais líquidas dentre todos os principais processos de impressão, carac-
terísticas que a tornam as mais complexas em termos de cura).
No caso dos sistemas de banda estreita que apresentam serigrafia em conjunto 
com a flexografia, as lâmpadas de haletos metálicos proporcionam igualmente 
melhor cura em profundidade, especialmente desejável nos casos das grandes 
espessuras depositadas pelo processo serigráfico.
180 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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A potência das lâmpadas U.V. dos equipamentos atuais situa-se entre 300 
W/pol (120 W/cm) e 450 W/pol (180 W/cm).
Contudo, aproximadamente 1/3 do total da energia radiante é efetivamente U.V. 
Caso o material seja termicamente instável, é recomendado isolar a emissão do 
calor, via refletores dicróicos, tubos de quartzo refrigerados ou qualquer outro 
meio, sendo um dos mais eficientes a cura da tinta com o substrato apoiado 
em um cilindro refrigerado.
Electron beam
Conforme citado anteriormente, outra possibilidade de cura, além do sistema 
ultra-violeta é o sistema de bombardeamento de elétrons – Electron beam – E.B.
Princípio de funcionamento do electron beam
Capítulo 10 – Banda estreita – 181
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da estreita
Para a geração do feixe de elétrons é criada uma grande diferença de potencial 
(DDP) entre o filamento e a grade extratora em meio a uma câmara de alto 
vácuo.
Esta DDP é da ordem de 150 kv para o caso de E.B. utilizados para cura de 
tintas, coatings e adesivos de laminação, sendo considerados equipamentos de 
baixa energia para a aplicação gráfica.
Outras famílias de E.B. exigem muito maior DDP e projetam fluxos muito mais 
energéticos para outros propósitos, como o tratamento de filmes, modifica-
ções estruturais de superfícies, etc.
Uma vez atingida a DDP suficiente para iniciar o feixe de elétrons, estes auto-
maticamente são acelerados no vácuo e atravessam a grade extratora, a janela 
com a folha de titânio responsável pela manutenção do vácuo e vão finalmente 
atingir o substrato a ser curado.
Ao atingir os materiais reativos no substrato, sejam eles tintas, vernizes, adesi-
vos ou coatings, os elétrons provocam rompimento das duplas ligações (sis-
tema de cura por radicais livres – mais comumente utilizado no mercado) e a 
polimerização dos monômeros e oligômeros presentes.
As duplas ligações são muito sensíveis a qualquer tipo de energia e muito sen-
síveis ao feixe de elétrons, sendo o resultado da ação do mesmo sobre estes 
materiais muito rápido e eficiente.
Mesmo sem a presença de fotoiniciadores, as velocidades possíveis de serem 
atingidas com o E.B. de baixa energia podem superar os 500m/min, ainda que 
esteja ocorrendo aplicação de coating ou laminação simultânea.
A cura dos adesivos de laminação adequados a esta tecnologia também é ins-
tantânea, ficando os materiais, imediatamente após a cura, à disposição para o 
pós-processamento, como refile, corte etc.
O equipamento E.B. deve ser completamente blindado, geralmente com chum-
bo, pelo fato de que na geração do feixe de elétrons é também gerada radiação 
gama, que é bastante danosa a qualquer tecido vivo (esta, contudo, não apre-
senta caráter nuclear, ou seja, uma vez cessada a sua geração, cessa também 
seu efeito). 
As pessoas tendem a confundir este tipo de radiação, que pode e é freqüente-
mente utilizada para a esterilização de alimentos, com a radiação nuclear dos 
reatores e bombas atômicas que, além dos efeitos conhecidos, tendem a se 
acumular e irradiar ao longo do tempo.
Os sistemas E.B. são bastantes seguros e apresentam dispositivos suficientes 
para garantir a operação segura dos mesmos.
Dentre as vantagens do E.B. destacam-se:
 Possibilidade de cura, independentemente da cor;
 Cura em grandes profundidades;
 Dispensa uso de fotoiniciador, caso seja possível curar apenas 
sob a radiação EB, o que reduz odor e elementos extraíveis após a cura;
 Maior velocidade de cura.
As secagens U.V. e E.B. 
permitem excelente 
qualidade de impressão
182 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Dentre as desvantagens destacam-se:
 Maior custo de instalação (ao redor de US$ 500.000,00);
 Normalmente só pode ser aplicado na saída da impressora,
por isto é muito usado em sistemas offset.
 Consumo de nitrogênio de alta pureza para cura.
Os equipamentos de cura E.B. apresentaram grande evolução tecnológica nos 
últimos anos, de forma que hoje estão disponíveis equipamentos altamente 
eficientes, compactos e a custo cada dia mais acessíveis.
Sistemas E.B. aplicados 
a impressoras flexo
Pelos grandes benefícios aportados pelo E.B., que poderíamos resumir como 
sendo a apropriação das vantagens da tinta U.V. sem boa parte das suas des-
vantagens, especialmente o custo, os possíveis contaminantes e a velocidade 
de processo, o E.B. tem sido cada vez mais estudado e já é aplicado em algu-
mas impressoras, infelizmente a maioria offset e apenas em estudos e plantas 
piloto de flexografia, mas com resultados animadores.
Espera-se que com a adaptação e melhoria contínua tanto de máquinas 
impressoras, como nos equipamentos de E.B., estes venham a ser realidade em 
produção de embalagens já nos próximos cinco anos, especialmente em ban-
das largas de altíssima tecnologia e para produção de embalagens sofisticadas 
em termos gráficos e de altíssima performance.
Os equipamentos de impressão 
como este da Omet podem conter 
acabamento em linha para caixas
Capítulo 10 – Banda estreita – 183
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da estreita
É bom lembrar que o controle da temperatura nos sistemas de secagem é sem-
pre recomendável, visto que o calor excessivo pode causar transtornos para o 
operador. Além disso, deve-se sempre estar atento a resistências queimadas e 
outros defeitos que poderiam por em risco o trabalho que está sendo feito.
Meio-corte dos rótulos
Após a impressão será feito o corte (ou meio-corte) do rótulo. O objetivo é cortar 
apenas o suporte e não o “liner”, papel ou filme que fica no verso do auto-ade-
sivo. Há cilindros feitos para o corte e em equipamentos modernos existem as 
facas magnéticas que facilitam e dão maior precisão ao registro do corte.
Facas magnéticas são práticas e precisas
O “esqueleto”, que é a sobra, deverá ser separado para se obter uma bobina 
somente com os rótulos cortados no formato.
Esquema da faca de corte
 Capítulo 11 – Corrugados – 185
Neste capítulo você vai ver:
• Propriedades dos corrugados
• Tipos de papelão ondulado
• Terminologias comuns
• Características dos equipamentos de impressão para corrugados
• Controles aplicados na produção
 Capítulo 11 – Corrugados – 187
enho certeza de que muitas informações que estão nos capí-
tulos precedentes sobre impressão servem bem para este 
capítulo também. Assim, não procuro agregar conceitos bási-
cos muito peculiares da área de corrugados. Portanto, muitos 
cuidados e dicas sobre impressão para corrugados poderão 
ser encontrados em diversas partes deste livro.
O papelão ondulado tem aumentado seu campo de atuação. Diversos seg-
mentos industriais estão procurando se adequar aos novos tempos que 
pedem maior cuidado com o meio-ambiente. O papel é totalmente reciclável e 
biodegradável, fazendo com que seja preferido em muitos casos. Além disso, 
é leve e versátil. Porém, um dos inconvenientes é a qualidade de impressão 
sobre o papelão ondulado que, em muitos casos, deixa a desejar. De qualquer 
forma, os recursos técnicos têm aumentado muito e feito com que houvesse 
nos últimos anos uma melhora considerável.
11•Impressão 
flexo - Corrugados
Vista panorâmica 
da impressora 
de corrugados 
Martin 6 cores
 Capítulo 11 – Corrugados – 187
188 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Algumas definições básicas 
na área de corrugados
O papelão onduladoÉ a estrutura formada por um ou mais elementos (miolo) fixados a um ou mais 
elementos planos (capas) por meio de adesivos aplicados no topo das ondas.
Tipos de papéis utilizados para confecção do papelão ondulado:
Pasta mecânica – As aparas são cozidas lentamente e em seguida moídas até 
transformarem-se numa pasta para fabricação do papel semi-kraft. 
Papel kraft – A partir da celulose há um cozimento rápido e são adicionados 
produtos químicos. Possui boa resistência ao rasgo e a estouro.
Tipos de papelão ondulado
 
Papelão ondulado capa simples - É a estrutura formada por um elemento 
ondulado (miolo) colado a um elemento plano (capa). 
Papelão ondulado de parede simples – O miolo está entre duas folhas 
(capas). Também conhecido como capa (face) dupla. 
Capa
Miolo
Capa
 Capítulo 11 – Corrugados – 189
Corru
gados
Papelão ondulado de parede dupla – É a estrutura formada por três capas 
coladas a dois elementos ondulados (miolos) intercalados.
Papelão ondulado de parede tripla – É a estrutura formada por quatro 
capas coladas a três elementos ondulados (miolos) intercalados.
Terminologia
Onda (flauta) – É a configuração geométrica dada ao miolo na máquina 
onduladeira para posterior colagem das duas capas. O termo flauta (flute) é 
usado em inglês pelo formato característico.
Tipo de 
Onda
Espessura do 
Papelão Ondulado
N° de ondas 
em 10 cm
A 4,5mm/5mm de 11 a 13
C 3,5mm/4mm de 13 a 15
B 2,5mm/3mm de 16 a 18
E 1,2mm/1,5mm de 31 a 38
TIPOS DE ONDAS
 
As espessuras do papelão ondulado variam de acordo com o fabricante e o 
tempo de “vida” do rolo ondulador. É o que mostra o quadro a seguir:
Observações:
• As ondas C e B são normais de linha de produção para parede simples.
• A onda BC, junção de B e C, é normal de linha de produção para parede 
dupla.
 
O sentido de ondulação é uma característica importante para o bom 
desempenho da embalagem de transporte de papelão ondulado, principal-
mente em estocagem. As ondulações devem ficar na vertical, pois, no caso, 
funcionam como pilares de suporte de um edifício.
F
O
N
T
E
: A
B
P
O
As ondas podem ser de 
diversos formatos (A, B, C, E, F 
etc) A onda “A” foi a primeira 
a ser desenvolvida e é a mais 
comum. A onda “B” foi a 
próxima a ser desenvolvida e 
foi menor que a “A”. A onda 
“C” ficou entre as duas no 
tamanho e as ondas “E” e “F” 
são menores ainda
F
E
C
B
A
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Miolo – É o elemento ondulado do papelão ondulado. Por extensão chama-se 
miolo ao papel usado para esta finalidade. 
 
Capa – É o elemento (ou os elementos) plano do papelão ondulado. Por exten-
são chama-se capa o papel ou cartão usado para esta finalidade. 
 
Tipos de Caixas – As caixas podem ser: Caixa Normal, Caixa Normal Aba 
Total, Caixa Corte/Vinco, Caixa Telescópica – Tampa/Fundo, Envoltórios .
 
Acessórios – Alguns acessórios para as caixas são: Tabuleiros igualadores de 
abas, separadores, cintas, divisões, bandejas, cantoneiras e chapas.
 
Controle da Qualidade do Papelão Ondulado
Gramatura – Peso de 1 metro quadrado de papelão ondulado (estão incluí-
dos os pesos das capas, papel miolo e da cola).
Arrebentamento – Resistência do papelão ao estouro através do aparelho 
Müllen Test. 
Esmagamento – Resistência ao deslocamento entre as capas e o ondulado. 
Resistência à compressão da coluna – Resistência à compressão de um 
corpo de prova de papelão ondulado, com a largura em posição perpendicular 
as placas compressoras e expressa em kgf/cm². 
Espessura – Medida em mm usando-se o micrômetro 
 
Obs.: testes realizados após 24 horas do papel ondulado a temperatura de 20ºC 
e 65ºC de umidade relativa e realizado sob estas condições.
 
Desenvolvimento de 
embalagens e estruturas
Para a empresa que fabrica seu próprio papelão com onduladeiras e máqui-
nas de acabamentos, fica mais fácil desenvolver produtos específicos para as 
necessidades da indústria em geral. Hoje o desenvolvimento de caixas é feito 
com modernos equipamentos que fazem protótipos, poupando assim muito 
tempo em pesquisa e desenvolvimento. 
 Capítulo 11 – Corrugados – 191
Corru
gados
O papelão ondulado 
permite versatilidade 
em atender diversos 
segmentos industriais
A impressão
O princípio da impressão em flexografia corrugado é o mesmo que qualquer 
outro sistema e consiste em um clichê colado num cilindro que é entintado 
com tinta líquida. O clichê transfere a tinta ainda úmida para o papelão ondu-
lado. Devido à característica do papelão, a tinta seca por penetração no papel, 
mas também um sistema de secagem com ar facilitará a secagem até a chapa 
chegar no grupo impressor seguinte. Um cuidado muito especial na impressão 
é que o clichê não pode esmagar as ondas do miolo do papelão ondulado. 
Por isso é que os clichês para impressão de corrugados possuem dureza muito 
baixa, como 35º Shore “A”, em espessuras normalmente grandes (3,94mm ou 
5mm) em relação aos clichês para banda larga e estreita. Outra caracterísica é 
que as tintas são à base de álcool ou água. Como a espessura das chapas pode 
variar em função do tipo de papelão ondulado (parede simples, dupla etc), a 
impressora permite também fazer esse ajuste importante.
Máquina Impressora Bobst – 
preocupação com acústica
192 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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O sistema pode ter a entintagem por rolos dosadores ou uma câmara com 
lâminas raspadoras (encapsulado), como no esquema abaixo.
O número de grupos impressores pode variar de 4 a 8 unidades, sendo que 
a tendência é que as caixas de papelão tenham cada vez mais cores, necessi-
tando assim de maiores recursos para imprimir com qualidade. A vantagem de 
equipamentos com 8 grupos impressores é que se pode separar as retículas e 
traços finos de chapados e/ou traços grossos.
Essencialmente as máquinas de flexografia possuem os seguintes elementos, 
que serão analisados um a um: sistema de entrada (alimentação) e saída das 
folhas de papelão, grupos impressores, sistema de secagem e exaustão.
Sistema de entrada (alimentação)
As máquinas de flexografia são alimentadas em folhas (chapas). Requer-se 
bom controle na entrada de máquina, uma vez que o papelão ondulado em 
chapas deve ser mantido constante em toda a extensão da impressora. Na 
entrada fica o “eliminador de resíduos”, cuja função é eliminar pó de papelão 
ou mesmo pequenos pedaços de papelão que podem ficar na superfície a ser 
impressa e causar desde pequenas falhas de impressão até a perda de clichês 
no caso de objetos maiores passarem entre o clichê e a chapa. 
Alguns cuidados com as folhas são: alinhamento, ligeira inclinação da pilha, 
manutenção constante da pilha, observação de folhas irregulares, eliminar 
folhas muito abauladas.
O esquema mostra a 
entrada e a saída da tinta 
no sistema encapsulado, que 
possui o mesmo princípio 
dos outros processos, como 
banda larga e estreita
 Capítulo 11 – Corrugados – 193
Corru
gados
Detalhe do aspirador de resíduos de papelão ondulado
Grupo impressor
Grupo impressor é onde a imagem é formada. A passagem de um grupo para 
outro é feita de forma que a folha de papelão não se movimente. Para que a 
impressão fique com registro em todas as cores, o transporte é feito com o 
auxílio de roletes e sistema pneumático (vácuo).
Esquema de entrada da impressora de papelão ondulado. 
O “M” indica o sistema de transporte das folhas soltas.
194 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Operador colocando o clichê no 
grupo impressor – fácil acesso. 
Note que o clichê está colado 
sobre uma folha de poliéster e 
é preso por meio de pinças
Neste equipamento da KBA o sistema de entintagem (anilox e facas) está na parte inferior. 
A chapa será impressa na parte superior e passará “prensada” junto ao clichê 
entintado. Por meio de sucção, a chapa passará para o próximo grupo impressor. 
Este equipamento é utilizado para grandes formatos de caixas
 Capítulo 11 – Corrugados – 195
Corru
gados
Normalmenteas tintas são à base de água e necessitam assim de bom controle 
de pH e viscosidade que pode ser feitos manualmente ou de forma automá-
tica. Algumas máquinas podem incluir um sistema de lavagem automática do 
grupo impressor após a impressão. 
Esquema de grupo impressor 
diferente, onde o sistema 
de impressão está na parte 
superior e a chapa será 
impressa na parte inferior.
Sistema de 
entintagem
Guias
Anilox
Clichê e 
Porta-clichês
Chapa de papelão 
a ser impresso
196 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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No sistema doctor blade (encapsulado) nas máquinas de impressão de corru-
gados, utiliza-se com grandes vantagens facas de material plástico, como as 
que observamos no detalhe acima. Isso se dá porque a tinta à base de água 
é alcalina, e ataca as facas de aço. No caso de se utilizarem facas de aço, elas 
devem possuir tratamentos anti-corrosão.
Sistema de saída
Após a impressão da última cor, as chapas entrarão num processo de corte, 
dobra (vinco) e colagem. Dessa forma é possível ter todas as caixas pré-for-
madas prontas para serem embaladas e enviadas aos clientes que farão a 
montagem das mesmas e colocarão seu produto dentro delas.
Exemplo de caixa impressa e aberta com todos os cortes e vincos 
 Capítulo 11 – Corrugados – 197
Corru
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Operador prepara as facas de corte e vinco neste equipamento da KBA
O equipamento pode incluir um moderno sistema de facas e 
contra-facas, guias e sistema de remoção do refile já cortado
198 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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A impressora pode ou não ter um sistema em linha como este da foto. Depois de 
cortada e vincada, a chapa será dobrada automaticamente como na seqüência acima
As chapas, agora já em formato de caixas cortadas, 
vincadas e coladas estão prontas para o envio aos clientes
 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 199
Neste capítulo você vai ver:
• Os principais problemas relacionados aos processos de impressão flexo e possíveis soluções
 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 201
ormalmente quando um problema surge na impressão, ele 
não é resultado somente do processo de impressão em si. 
Muitas vezes está relacionado aos processos que antecedem 
ou servem de apoio à impressão. Vejo a impressão como uma 
orquestra em que todos os instrumentos tem que estar afina-
dos e em que é necessário alguém para reger. Assim, nessa analogia, cada ins-
trumento é uma parte do processo que deve ser visto de forma sistêmica, isto 
é, como um todo. É também preciso entender que cada impressora, em cada 
empresa, é um organismo vivo e único, igual a um ser humano. Quais seriam, 
então, esses instrumentos da orquestra da flexografia? São: o anilox, a fita 
dupla-face, a impressora (com suas engrenagens, rolamentos, eixos, secagem, 
alinhadores, peculiaridades, desgastes, etc), a tinta, o porta-clichês (camisas ou 
não), o material etc. Sim, tudo isso precisa trabalhar junto e o operador deve 
ser o grande maestro dessa orquestra. 
Cada coisa precisa estar em seu lugar para que tudo funcione perfeitamente. 
Além disso, o operador, como um maestro, precisa ter muitos anos de estudo 
e, acima de tudo, prática. Precisa ser cuidadoso, metódico, organizado e eficaz 
na resolução de problemas. Os problemas só poderão ser resolvidos se hou-
ver o conhecimento de como fazer as coisas. De qualquer forma, coloco nesse 
capítulo algumas dicas de soluções de problemas que normalmente surgem 
na flexografia. Os problemas podem ser agrupados em categorias, conforme 
suas causas mais prováveis. 
12•Problemas 
comuns na impressão 
e soluções práticas
202 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Se a causa raiz for encontrada, a solução fica mais fácil, pois na maioria das 
vezes a descoberta da causa raiz leva imediatamente à solução do problema. 
Porém, o que vi em dezenas de empresas é que um problema surge e, depois 
de muito gasto de tempo, insumos e estresse, o problema é resolvido por 
tentativa e erro, que é o método preferível de quase todos os operadores e 
técnicos (até porque só conhecem esse método). Bem, ouvi uma frase certa vez 
que dizia: “se a única ferramenta que você tem é o martelo, todo problema que 
surgir você pensa que é prego”. 
Infelizmente, essa é a realidade do mercado. Não há metodologia na resolução 
de problemas e quando esses são resolvidos, não são feitas quaisquer ano-
tações ou registros para quando ele surgir novamente. Quando o problema 
voltar (e tenha certeza, isso ocorrerá na maior parte das vezes porque não há 
padronização da melhoria conseguida) ninguém saberá como foi resolvido, e 
novamente todos irão para a tentativa e erro. É incrível, mas se você, leitor, é 
do ramo, sabe do que estou falando. 
Neste capítulo sigo o critério de avaliação do impresso para, a partir daí, dar 
as possíveis causas e prováveis soluções. O leitor perceberá que falo muito de 
ações preventivas, tanto de manutenção quanto de operação mesmo. Isso se 
dá porque quero enfatizar que não basta saber o que fazer para corrigir o pro-
blema no momento em que ele ocorre, mas que também se deve prevenir as 
reincidências dos mesmos. A idéia é a de padronizar a melhoria conseguida.
Perceberá também durante a leitura e/ou consulta desse capítulo que todos 
os problemas estão em apenas 7 grandes grupos: tinta, substrato (material), 
anilox, máquina (rolamentos, roletes, secagem, controles de tensão), mão-de-
obra, clichê e dupla-face. 
Esse livro não tem a pretensão de ser a última palavra em flexografia. Longe 
disso, pois o objetivo é que ele sirva de início para que cada técnico, operador e 
profissional da área tenha um senso crítico e comece (se é que ainda não o faz) 
a estudar mais profundamente seu processo. Por isso é que deixo algumas linhas 
em cada item para que você complemente com sua experiência do dia-a-dia.
 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 203
Problem
as & Soluções
1- Falhas de Impressão
O que é:
Durante a produção ocorre, no impresso, a ausência de tinta em áreas de imagem.
Prováveis Causas:
 Pressão de impressão insuficiente.
 Pressão de entintagem (anilox) insuficiente.
 Falta de tinta ou a tinta está acabando no reservatório.
 Fluxo de tinta insuficiente na passagem da mangueira para o encapsulado.
 Clichê desgastado.
 Excentricidade do eixo.
 Falta ou falha de tratamento no material plástico (substrato).
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
 ________________________________________________________________
Possíveis soluções:
 É importante criar uma sistemática para evitar o problema. Esse defeito é 
difícil de se perceber especialmente se ele aparece e desaparece durante 
a produção. Uma forma de prevenir é checar todos os itens como anilox, 
clichês, cilindros e camisas. 
 Outra solução viável é utilizar sistema de vídeo 
inspeção que permite visualizar a impressão. 
 Equipamentos de detecção de defeitos também 
podem ajudar como o Vigitek, AVT ou BST.
 Verificar tratamento e, caso tenha problemas, 
trocar o material ou tratá-lo novamente.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________ 
________________________________________________________________
204 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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2 - Variação de registro
O que é:
As cores variam durante a impressão alterando o visual e fugindo do padrão 
de cores e o especificado pelo cliente.
Prováveis Causas:
 Excentricidade do porta-clichês.
 Desgaste dos rolamentos de porta-clichês e de outras partes móveis da máquina.
 Desgaste das engrenagens do sistema de 
impressão (porta-clichê, contra-pressão e anilox).
 No caso de corrugados, podem ser as guias com folgas ou faltantes.
 Cilindro prensa (traino) que fica apoiado sobre o tambor central não está 
bem fixado e não prende o suficiente o material que está sendo 
impresso, ou a borracha desse cilindro já está gasta.
 Excesso de tensão de puxadada bobina.
 Colagem errada. Pode acontecer que a colagem pareça 
correta, mas que durante a produção haja variação.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
 ________________________________________________________________
Possíveis soluções:
 Como normalmente essa variação está ligada a folgas, a idéia é a 
prevenção. Nada substitui a manutenção preventiva de todos 
os cilindros, rolamentos, roletes e de todo sistema de impressão.
 Verifique sempre se a máquina está nas condições padrão 
de impressão (tensão de embobinamento, puxadores etc.).
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
 ________________________________________________________________
 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 205
Problem
as & Soluções
3 – Tinta U.V. não cura (seca)
O que é:
A tinta não cura e pode ser facilmente removida pelo contato com próprio 
material embobinado ou na própria impressora ou rebobinadeira.
Prováveis Causas:
 Falta ou desbalanceamento do fotoiniciador.
 Lâmpada de U.V. com baixa intensidade ou desligada.
 Lâmpada suja com poeira ou mesmo tinta.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
 ________________________________________________________________
Possíveis soluções:
 Trocar a tinta por outra dentro dos padrões estabalecidos pelo fabricante.
 Checar o funcionamento e a eficiência da lâmpada usando um luxímetro.
 Manter plano de limpeza periódica do sistema de lâmpadas.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
________________________________________________________________
4 – Cor lavada em 
relação ao padrão
O que é:
A cor possui aspecto lavado (esbranquiçado) e abaixo do padrão mínimo.
Prováveis causas:
 Excesso de diluição da tinta com solvente.
 Uso excessivo de verniz de corte na tinta.
 Anilox entupido ou gasto.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
________________________________________________________________
Possíveis Soluções:
 O controle da viscosidade é fundamental para a manutenção da cor 
durante a impressão.
 Se o anilox entupir, deve-se lavá-lo ou, enquanto isso, trocá-lo 
por outro limpo. Checar sempre o volume do anilox para que 
possua condições ideais para carregar o volume correto de tinta.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
_____________________________________________________________
206 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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Prováveis causas:
 Desbalanceamento da secagem entre as tintas. A regra diz que a primei-
ra cor deve possuir secagem mais rápida que a segunda. A segunda deve 
possuir secagem mais rápida que a terceira e assim sucessivamente. Isso se 
chama “escalonamento de secagem” e quando a segunda tinta seca mais 
rápido que a primeira, ela tende a arrancá-la, pois aquela ainda não secou.
 Secagem entre cores ineficiente.
 Saturação de solvente no ar nas imediações da área de impressão porque 
a exaustão está ineficiente. Se o ar saturado não é removido, a secagem 
será ineficaz. Talvez alguém fechou a saída da exaustão.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
________________________________________________________________
Possíveis soluções:
 Escalonar a secagem das tintas corretamente.
 Se possível, trocar o grupo impressor e colocar cores que se sobrepõem, 
distantes uma da outra. Por exemplo, o problema pode ser entre a quinta 
e sexta cores numa impressora de 8 cores e o serviço é de 6 ou 7 cores. 
Tente mudar a segunda cor para o sétimo ou oitavo grupo impressor 
deixando um espaço maior para secagem entre eles.
 Cheque o sistema de secagem entre cores, 
pois muitas vezes esses podem estar fechados. 
 Mantenha o sistema de exaustão entre cores sempre aberto. 
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
________________________________________________________________
5 – Falha na sobreposição 
de tintas (trapping da tinta)
O que é:
Quando mais de uma tinta se sobrepõe a outra, e uma arranca a outra. 
A cor subseqüente (ponto) arranca a tinta que foi impressa antes.
 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 207
Problem
as & Soluções
6 – Variação da cor durante 
a impressão (color shifting)
O que é:
A cor muda de tom e/ou força durante a impressão. Esse defeito pode ocorrer 
durante uma produção inteira ou mesmo dentro de uma mesma bobina. Às 
vezes pode acontecer de modo sutil e em cores terciárias como os marrons e 
verdes olivas.
Prováveis causas:
 Variação da viscosidade durante a produção.
 Excesso de solvente na correção da viscosidade por parte do operador.
 Contaminação de tinta. Talvez o grupo acima da cor contaminada esteja 
vazando tinta sobre o anilox no caso de máquinas com tambor central.
 Entupimento do anilox.
 O desgaste do clichê, especialmente nas áreas de retícula, também pode 
causar a variação, pois conforme há o desgaste os pontos ficam maiores, 
aumentando, assim, a área impressa e conseqüentemente mudando a cor.
 Excesso de pressão de impressão ou de entintagem por parte do 
operador. Durante a produção pode ser que a dupla-face cedeu e o 
operador teve que refazer ajustes de pressão de impressão e pressão 
de entintagem gerando um esmagamento dos pontos, o que 
causa uma área impressa maior, alterando a cor.
 Variação do registro de cores. A variação pode ser muito pequena (cerca de 
50 micras), porém o suficiente para se perceber a variação da cor.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
________________________________________________________________
Possíveis soluções:
 O uso de viscosímetros eletrônicos reduzem muito a variação, pois fazem 
a correção da viscosidade automaticamente.
 Se não for possível o uso de viscosímetros eletrônicos, então deve-se 
padronizar a verificação da viscosidade em períodos como, por exemplo, 
de 30 em 30 minutos, ou de hora em hora.
 Verificar se o anilox está entupido e, se estiver, trocá-lo ou limpá-lo.
 Caso o clichê possua um desgaste, trocá-lo. Além disso, se é sabido qual 
o desgaste natural do clichê e a produção exceder o limite do clichê, já 
deixar um jogo de clichês reserva colado, de preferência.
 O operador deve ficar atento a reacertos, caso sejam necessários, para que se 
mantenha sempre o mesmo padrão de pressão de impressão e entintagem.
 No caso dessa variação deve-se certificar que o registro não 
varie. Uma opção é utilizar dispositivos na impressora do 
tipo folga zero, que são acessórios que evitam quaisquer 
folgas nas engrenagens do sistema impressor.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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208 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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7 – Variação do passo da fotocélula
O que é:
Durante a produção se detecta que o passo da fotocélula aumenta e diminui 
no espaço de alguns metros ou repetições.
Prováveis causas:
 Desregulagem do sistema de tensão da máquina por problemas eletrôni-
cos, mecânicos ou simplesmente má regulagem por parte do operador. 
 Em trabalhos com duas ou mais repetições no perímetro do 
cilindro/camisa, se a colagem não for muito bem dividida (e essa 
divisão deverá ser exata), conforme há a impressão há 
também um acúmulo do erro da diferença de colagem. 
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
________________________________________________________________
Possíveis soluções:
 Conferir a regulagem e verificar se as células de carga e todos os dispositi-
vos que mantêm a tensão na máquina estão funcionando corretamente. 
 Descolar e montar novamente o serviço respeitando a divisão milimetrica-
mente. 
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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8 – Decalque
O queé:
Parte da tinta fica presa no verso do material.
Prováveis causas:
 O decalque possui em princípio as mesmas causas do bloqueio, isto é, 
está relacionado com sistemas de secagem da impressora e velocidade de 
secagem da própria tinta e tensão de desbobinamento e embobinamento. 
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Em equipamentos para a impressão de coextrusados para 
autoclave é comum utilizar amido antes de a bobina 
ser embobinada para que não grude.
 Veja mais dicas e soluções no ítem 10 – Blocagem (blocking).
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 209
Problem
as & Soluções
9 – Manchas ou borrões no impresso
O que é:
São pequenas áreas de aspecto diferente do padrão aprovado. 
Prováveis causas:
 Entupimento da retícula do clichê em determinadas áreas.
 Defeito (talvez batida) no anilox.
 Sujeira (fiapos, pedaços de fita adesiva) que podem estar grudados no clichê.
 Se a mancha mudar de lugar, é provável que há alguma sujeira ou fita no 
tambor central ou contra pressão.
 Batidas ou algum outro dano no tambor central ou contra pressão de 
impressão.
 No caso de corrugados, o problema pode estar relacionado à espuma que 
normalmente se forma em tintas à base de água.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Limpeza do clichê.
 Verificação do anilox e troca caso se detecte algum defeito.
 Verificar e limpar o tambor central ou contra pressão de impressão.
 Caso haja algum dano no tambor central ou contra pressão, deve-se 
evitar a retífica do mesmo ou o lixamento da área, pois podem causar 
deformações na superfície do metal, a não ser que este seja antigo e com 
muitas marcas. Em tambores novos pode-se fazer um trabalho de retoque, 
quer dizer, tampar os furos ou riscos com algum metal mais macio, ele-
trodeposição ou uma massa plástica bem fina. Tudo isso é um paliativo e 
alguns podem dar um excelente resultado, porém tudo deve ser feito com 
muito cuidado e por pessoal especializado. 
 No caso de espumas, deve-se corrigir o pH da tinta à base de água e/ou 
adicionar aditivos anti-espumante.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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10 – Blocagem (blocking)
O que é:
O filme impresso e bobinado cola no verso do filme tornando inviável o uso da 
bobina, pois em graus extremos o filme nem desbobina, formando um bloco. 
Pode ocorrer em graus diferentes, com maior ou menor intensidade. O menor 
grau é chamado de “decalque” e tem a mesma fonte de causa (ver item 8).
Prováveis causas:
 Em geral, a blocagem tem como causa raiz a má secagem da 
tinta ou verniz, que pode ser da máquina ou da própria tinta. 
 Temperaturas de secagem (final e entre cores) fora do 
especificado ou abaixo do necessário para secar a tinta. 
 Falta de resfriamento do tambor central. Falta de resfriamento da 
calandra de resfriamento na saída da impressora causando 
um embobinamento a quente do filme impresso.
 Tinta com balanceamento ruim da secagem ou tinta 
muito retardada em relação a velocidade da impressora.
 Excesso de tensão de embobinamento também pode causar a blocagem. 
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Checar todo sistema de secagem: entre-cores, secagem final e calandras 
de resfriamento. Verificar temperatura e se estão funcionando ou não. 
 No caso do entre cores, se o sistema de exaustão 
e abertura de ar está correta ou não.
 Fazer balanceamento da secagem da tinta de modo a compatibilizar a 
velocidade da impressora com a tinta. A tinta que roda a 150m/min não é 
a mesma que roda a 250m/min. Maior velocidade, tinta mais acelerada.
 Regular a tensão de desbobinamento e embobinamento. Checar 
também se as células de carga e controladores de tensão 
estão funcionando corretamente.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 211
Problem
as & Soluções
11 – A tinta arranca as fibras do papel
O que é:
Problema que ocorre na impressão de corrugados e auto-adesivos de papel. 
Nesse caso a tinta age como uma cola arrancando as fibras do papel.
Prováveis causas:
 Tack (pegajosidade) da tinta muito alto. 
 Soma das tintas nas áreas de máxima está 
muito alta (acima de 300% no caso de papel)
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 A tinta precisa ser diluída com solvente dela ou acertado 
o tack com resinas apropriadas de sua formulação.
 Baixar a soma do valor tonal para 270% ou 280%.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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212 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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12 – Moiré no impresso
O que é:
Na sobreposição da retícula aparece o fenômeno do moiré. Às vezes acontece 
inclusive na tinta branca.
Prováveis causas:
 Ângulo da retícula do clichê menor que 30º que é o recomendado. 
 Anilox com lineatura menor que 3 vezes a lineatura do clichê.
 Quando se utilizam dois brancos chapados com as bordas em 
degradê, pode acontecer que uma tinta arranque a outra exatamente 
na área de retícula. Quando os pontos saem, deixam um pequeno 
furo no lugar do ponto da retícula que contrasta com a outra 
retícula do branco e isso causa o visual do moiré.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Conferir e corrigir todos os ângulos da retícula para que fiquem separa-
dos em 30º. A exceção é o amarelo que em relação às outras pode ficar 
em 15º, pois é um cor clara (embora o moiré exista, o olho humano não é 
capaz de perceber).
 Evitar lineatura de anilox e lineatura do clichê menor que 4 x 1. O ideal é 
uma proporção de 5 x 1.
 Quando o problema é entre dois brancos, por exemplo, deve-se acertar a 
secagem da tinta. A primeira cor deve ser mais secativa que a segunda. 
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 213
Problem
as & Soluções
13 – Riscos no impresso
O que é:
Linhas verticais ou horizontais aparecem no impresso. É mais comum linhas 
verticais que seguem o sentido longitudinal do material.
Prováveis causas:
 Se o risco vertical é em apenas uma cor, então pode ser a faca do 
sistema doctor blade com dente ou com pequena quebra, ou o 
próprio anilox que está riscado. O clichê também pode ter um risco.
 Se o risco vertical está em todas as cores, pode ser que o material, 
antes ou depois de impresso, esteja passando por algum rolete fixo 
porque travou o rolamento, ou a passagem do mesmo está errada.
 Quando o risco for horizontal, a causa pode ser um risco de estilete 
ou outro objeto cortante no tambor central ou contra pressão.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Conferir faca, anilox clichês. Não há outro meio a não ser trocar o item 
que está defeituoso.
 Conferir o percurso do material na máquina e descobrir o ponto 
onde o risco começa. Se for um rolete travado, deve-se corrigir, 
e fazero mesmo no caso de uma passagem errada.
 No caso de risco no tambor central ou contra pressão será 
necessário reparar o dano de forma especial (veja as 
dicas no item 9 – Manchas e borrões no impresso).
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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214 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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14 – Entupimento da retícula
O que é:
Durante a impressão acumulam-se pequenos pontos de tinta nas áreas de retícula.
Prováveis causas:
 Tinta muito secativa e que não se transfere toda para o material a ser impresso.
 Excesso de carga do anilox. O anilox está superdimensionado em 
relação à capacidade do clichê. Assim, o anilox passa mais tinta do 
que o clichê é capaz de transferir. A cada volta um pouco de tinta 
se acumula sobre a retícula, até começar a transferir o acúmulo, 
que está junto aos pontos de retícula, para o substrato.
 Esse defeito é comum também quando na borda de chapados há um 
degradê. Como normalmente é usado um anilox com muita carga de tinta 
para cobrir a área, a retícula, o excesso de tinta sobre a zona de chapado 
sobre o clichê acaba indo se acumular na retícula do degradê.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Acertar a secagem da tinta em relação à velocidade de máquina.
 No caso de excesso de carga do anilox, 
trocá-lo por outro com volume menor.
 Quando imprimir chapados com degradês será necessário diminuir 
a lineatura da retícula do clichê. Ao mesmo tempo também pensar 
em uma tinta com maior poder de cobertura e anilox com menor 
volume. Outra idéia é separar em dois clichês (um para o chapado 
e outro para a retícula), quando isso for possível e vantajoso.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 215
Problem
as & Soluções
15 - Ganho de ponto excessivo
O que é:
O ponto no impresso está muito maior que o padrão. É importante enten-
der também que o ganho de pontos sempre ocorrerá e deve ser conhecido 
e controlado durante todos os processos de produção (confecção do clichê 
e impressão). O problema acontece quando o ganho é excessivo, quer dizer, 
além do que era conhecido e controlado.
O tamanho original do ponto é indicado pelo círculo vermelho. 
O que passar é ganho de ponto
Prováveis causas:
 Excesso de pressão de impressão. 
 Excesso de tinta.
 Desgaste da retícula do clichê.
 Se o ponto estiver ovalizado no sentido longitudinal, a provável causa é 
que o diâmetro primitivo da engrenagem está fora. Os dentes da 
engrenagem podem estar gastos. Clichê com espessura acima ou abaixo 
do normal. Dupla-face com espessura acima ou abaixo do normal.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Reajustar a pressão de impressão, ver se há excesso de tinta e corrigir.
 Se houver um desgaste da retícula do clichê, será necessário trocá-lo.
 Quando o diâmetro primitivo estiver fora, deve-se corrigir atacando a 
causa raiz como engrengem, dupla-face ou mesmo o clichê. 
 Veja o capítulo 3 – Pré impressão de flexografia 
sob o tópico ganho de pontos e como corrigi-lo.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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216 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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16 - Marcas de engrenagem
O que é:
Também conhecidas como costelas em alguns lugares, são marcas horizontais 
que deixam zonas claras e escuras na imagem impressa.
Prováveis causas:
 Em geral estão associadas ao desgaste do sistema de engrenagens 
da máquina: porta-clichês, anilox, tambor central/contra pressão.
 Outro fator pode ser folga mecânica no conjunto impressor.
 Cilindro porta-clichês desbalanceado ou excêntrico.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Revisar todo o conjunto de engrenagens, rolamentos, 
casquilhos e trocar os que estiverem gastos ou defeituosos.
 Ajustar folgas mecânicas e fazer o balanceamento de cilindros porta-clichês.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 217
Problem
as & Soluções
17 - Fotografia (fantasma)
O que é:
Este defeito de impressão tem a aparência de uma imagem fraca sobre áreas de 
traços grossos e chapados. A Fotografia ou fantasma possui sempre a mesma 
sombra de cor e é mais comum sua visualização em cores escuras, embora o 
efeito possa aparecer em qualquer cor. 
Prováveis causas:
 Às vezes esse defeito é associado a baixo volume de anilox.
 Tinta muito secativa.
 Ar sobre o anilox.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Mudar anilox para um com maior volume de tinta.
 Retardar a secagem de tinta.
 Verificar se não há excesso de ventilação e se a mesma 
está sobre o anilox fazendo secar a tinta dentro dos alvéolos.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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218 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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18 - Chapado sem 
cobertura ou furando
O que é:
Chapados ou áreas de traços grossos não possuem uma uniformidade na 
impressão. É como se o chapado possuísse retícula.
Prováveis causas:
 O uso de dupla-face macio demais para 
chapados pode ocasionar esse defeito.
 Anilox com pouco volume. 
 Superficie do clichê apresenta tendência de repelir a tinta, 
especialmente as à base de água. Isso pode acontecer se 
não tiver sido dado o acabamento do clichê corretamente.
 Viscosidade alta da tinta.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Usar dupla-face mais rígido em chapados e traços grossos.
 Trocar anilox por um com maior cobertura.
 Trocar clichê com acabamento correto.
 Diluir a tinta para facilitar o espalhamento sobre a superfície do clichê.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 219
Problem
as & Soluções
19 – Mudança de contraste 
durante a produção
O que é:
O contraste da imagem impressa, quer dizer, a diferença entre as áreas claras e 
escuras, muda, normalmente passando para cores mais escuras.
Prováveis causas:
 Variação da força da cor da tinta em decorrência do aumento da viscosidade.
 Desgaste natural do clichê em longas tiragens. Os pontos ficam 
maiores, aumentando assim a área coberta, especialmente 
nas mínimas áreas de retícula, achatando a imagem. 
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Acertar e manter a viscosidade ao longo da tiragem.
 Trocar o clichê deficiente.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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Imagem normal Contraste alterado depois de altas tiragens
220 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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20 - Pontos da retícula 
falham (missing dots)
O que é:
Pequenos pontos na área de retícula não imprimem. Normalmente em áreas 
claras ou de médios tons na imagem.
Prováveis causas:
 Desgaste natural do clichê em longastiragens. O efeito ocorre mais 
nas áreas de mínima porque os pontos são mais frágeis nessas áreas.
 Arrancamento no momento de limpeza do clichê por parte do operador. 
Talvez tenha usado uma escova muito agressiva.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Trocar o clichê e fazer levantamento de quanto dura um clichê por produ-
ção. Se for o caso manter clichês reservas. Se o desgaste do clichê for pre-
maturo, então deve-se avaliar as condições em que foram feitos na clicheria.
 O operador deve ser muito cuidadoso na limpeza dos clichês. Convém 
avaliar o tipo de escova que se está usando. Uma sugestão 
é utilizar escova para cabelo de neném, que é bem macia.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
________________________________________________________________
 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 221
Problem
as & Soluções
21 - A tinta perde (ou muda) 
a cor depois de impressa
O que é:
Dias ou até mesmo horas depois da impressão algumas cores mudam ou 
esmaecem. O efeito aparece também depois de exposição à luz.
Prováveis causas:
 Normalmente esse defeito está associado à falta de resistência à 
luz do pigmento utilizado na formulação da tinta. Deve-se, 
então, conferir o grau de resistência à luz do pigmento utilizado.
 Outra provável causa é a utilização de resinas com cadeias 
aromáticas como as fumáricas, fenólicas e alquídicas que 
tendem a amarelar cores, como, por exemplo, o branco.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
________________________________________________________________
Possíveis soluções:
 Trocar o pigmento por outro mais resistente à luz. 
 Trocar a resina por resinas de sistema alifático como as de nitro celulose.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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Cor normal Neste exemplo o magenta perdeu a cor
222 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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22 - Variação de COF
O que é:
O COF (Coeficiente de Fricção) também chamado de deslizamento do material 
que varia durante a produção. Pode ficar alto ou baixo em relação ao padrão.
Prováveis causas:
 Desequilíbrio na extrusão do material plástico (polietileno, polipropileno).
 Pode ser também que a tinta esteja roubando o aditivo (deslizante) 
do material, deixando-o, assim, com COF mais alto.
 O contrário também é verdadeiro, ou seja, o 
material pode roubar deslizante do material.
 A própria tinta pode estar desbalanceada 
causando um COF maior ou menor.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Caso o problema esteja no material, deve-se refazê-lo corrigindo a falha.
 Se for a tinta, então deve-se trocá-la por outra com 
formulação correta ou corrigir a que está em máquina.
 Se o material já estiver impresso e o problema surgir horas 
depois da impressão, então pode-se tentar aplicar um 
verniz ou uma substância que abaixe o COF do material.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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Aparelho para medir o COF
 Capítulo 12 – Problemas e Soluções – 223
Problem
as & Soluções
23 - Impressão sem 
brilho (fosca) – Blushing 
O que é:
O impresso tem aspecto fosco e sem brilho, embora não tenha mudado a cor.
Prováveis causas:
 Se estiver usando verniz na última cor, 
pode ser que o mesmo esteja muito diluído.
 Se não possui verniz, a própria tinta está desbalanceada.
 Calandra final de água gelada pode estar desligada. Para que 
o brilho ressalte é importante que o material tenha um 
choque térmico quando chega quente à calandra.
 Tinta com secagem muito acelerada. Quando o solvente 
evapora muito rápido ele rouba calor da superfície da película 
de tinta que seca antes de as moléculas se acomodarem, 
gerando uma característica esbranquiçada no impresso.
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Verificar viscosidade e condições de diluição do verniz.
 Verificar as condições de todas as tintas ou 
daquelas que estão apresentando o problema.
 Conferir se as todas as calandras de água gelada estão ligadas ou 
se estão funcionando normalmente e corrigir caso não estejam.
 Verificar e corrigir secagem da tinta deixando-a mais retardada.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
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224 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
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24 - Código de barras não lê
O que é
Depois de impresso o aparelho de teste do código de barras acusa erro. Esse 
problema é mais comum na flexografia que em outros processos de impressão 
devido às características de tinta líquida e secagem rápida, clichê flexível e em 
alto relevo.
Prováveis causas
 Excesso de pressão de impressão ou de entintagem.
 Excesso de tinta ou tinta com viscosidade alta que 
suja o clichê e, conseqüentemente, a impressão.
 Desgaste prematuro do clichê.
 Amassamento devido ao posicionamento do código de 
barras paralelo ao eixo do cilindro, o que aumenta as barras.
 Baixo contraste da barra em relação ao fundo. 
 Acrescente aqui sua provável causa: _________________________________
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Possíveis soluções:
 Regular a pressão de impressão e de entintagem.
 Verificar viscosidade da tinta.
 Se o clichê estiver desgastado, será necessário trocá-lo.
 Outro recurso importante e que deverá ser visto na elaboração 
da arte, é colocar o código de barras com as barras no sentido 
longitudinal de impressão, como vemos na figura acima.
 Se o problema for contraste entre a barra e o fundo, então deve ser 
levado ao cliente e deve-se então mudar as cores para aquelas sugeridas 
pelos padrões nacionais e internacionais para os códigos de barras.
 Acrescente aqui sua possível solução: _______________________________
________________________________________________________________
Sentido longitudinal que facilita a 
impressão e evita problemas de leitura
Sentido paralelo ao eixo do cilindro e 
com sujeira que pode dificultar a leitura
 Capítulo 13 – Glossário – 225
Glossário e termos 
técnicos em flexografia
Acabamento 
superficial O processo em que o impresso é coberto por verniz (U.V. ou não) ou laminado com um filme transparente de polímeros.
Ângulo da retícula
Com pontos de retícula de forma alongada, o ângulo que o eixo principal cria em relação à direção de referência. 
Com pontos de retícula de forma redonda ou quadrada, o ângulo menor dado pelo eixo da retícula em relação à 
direção de referência. Os valores são dados em graus. A direção na qual correm os pontos de meio-tom como 
resultado do posicionamento da retícula durante a conversão de arte em tom contínuo para filme em meio-tom. 
Antiespumante
Um aditivo utilizado na tinta que impede ou elimina a formação de espuma de um líquido ou dissolve a espuma que 
já tenha se formado.
Aglutinante
O componente adesivo de uma tinta, normalmente presente na fórmula da resina; veículo da tinta. Em papel, com-
ponente adesivo utilizado para aglutinar o enchimento inerte, como argila, à folha, ou para aderir firmemente (segu-
ramente) fibras curtas ao papel ou cartão.
Alongamento Deformação longitudinal resultante de tensão por estiramento.
Áreas de Imagem A área de impressão que transfere tinta ao substrato. A área impressa de uma superfície receptora.
Área de balanço 
de gris
Área de controle numa tira de controle, composta de áreas de ponto intermediárias de cyan, magenta e amarelo, 
cujas áreas de ponto estão embalanço de gris no filme.
Área de ponto 
(valor tonal)
Em um impresso reticulado a percentagem da superfície, coberta por um filme de tinta de uma cor única (a disper-
são da luz no substrato e outros fenômenos óticos são ignorados).
Auréola (halo)
Uma linha de luz em volta de um objeto cercando uma imagem, produzido por técnica ou por condições adversas 
no local da confecção de filmes (fotolitos). Pode interferir no resultado final de impressão.
Balanço de 
cinza (gris) O balanço entre as cores cyan, magenta e amarelo que se requer para produzir um cinza neutro.
Banco de imagens
Conjunto de imagens para reprodução que podem ser disponibilizadas imediatamente através de compra por catá-
logos. O cliente recebe ou um original físico para ser escanerizado ou um arquivo eletrônico com a imagem em alta 
resolução, com restrições estabelecidas de direito autoral para usos específicos.
Base da clichê
A parte do clichê que sustenta a imagem em relevo da chapa. A base é calculada subtraindo-se o relevo da espes-
sura total da chapa.
Bitmap
A imagem digitalizada que está mapeada dentro de uma rede de pixels. O computador atribui um valor para cada 
ponto de um bit de informação (preto ou branco), a quantidade de 24 bits por ponto para imagens coloridas. 
Formato de arquivo gráfico composto por uma matriz de pontos.
Bold Negrito, estilo de letra usado para destacar textos.
Boneco Montagem que reflete a forma final de um impresso.
Box Área que delimita a inserção de elementos gráficos.
Bureau (se 
lê “Birô”) Uma agência de serviços especializada em “dar saída” a trabalhos feitos em softwares na imagesetter.
Bypass Desvio, atalho, passagem secundária.
Calibração Regula um equipamento na medida de um modelo para produzir resultados perfeitos.
Camisas 
porta-clichês
Também chamados de sleeves, são tubos feitos com materiais sintéticos diversos onde o clichê é colado. Depois a 
camisa (tubo) é encaixada em eixo chamado de mandril na impressora.
CIE (Commission 
Internationale 
de l’Eclairage)
O grupo internacional que desenvolveu os padrões de definição de cores.
Cilindro 
porta clichês Cilindro de uma impressora no qual o clichê é montado. (veja também “camisas porta-clichês”).
Caracteres Letras, numerais e sinais gráficos individualizados.
Cartão Folha de papel espessa com mais de 180 g.
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226 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
Cartão duplex Cartão de duas camadas comumente utilizado em caixas.
CCD (Charge Coupled 
Device) Um mecanismo usado em scanners para converter luz em carga elétrica.
Chapado Área de impressão que recebe 100% de tinta ou superfície ampla de cor.
Cyan (ciano)
Comumente chamado de azul, cor utilizada na composição da escala cromática CMYK. Necessária para impressão 
em quatro cores (quadricromia).
Clip Art “Arte pronta” para uso em documentos, que vem com programas ou adquirida de bancos de imagens.
CMYK Cyan, magenta, amarelo e preto. São as cores básicas usadas no processo de impressão. 
Corante Substância química totalmente solúvel em solventes (álcool, acetatos) com alto poder tintorial. 
Colorímetro Instrumento de medição (por transmissão ou reflexão) que informa valores tristímulos.
Compressão Redução do campo de uma imagem.
Contraste
A relação (ou diferença) entre as áreas de luzes e sombra de uma imagem. Grau de gradação tonal entre as áreas 
mais claras e as mais escuras.
Convertedor A indústria que transforma a matéria-prima (papel, plásticos e alumínio) em embalagens impressas ou não.
Cópia fotográfica Cópia obtida em papel fotográfico a partir de um negativo colorido ou p&b. 
Cor acromática
Cor destituída de tonalidade, como preto e cinza. Para objetos de transmissão também se usa a descrição ausência 
de cor ou cor neutra.
Cor cromática O inverso da cor acromática.
Cor de processo 
(impressão de 
quadricromia)
Amarelo, cyan, magenta e preto.
Cor primária Cores de reprodução individual das tintas amarelo, magenta e cyan. 
Cor secundária
Resultado da mistura de duas cores primárias: laranja (vermelho e amarelo), violeta (vermelho e azul) e verde (ama-
relo e azul).
Cor terciária Cores obtidas pela mistura de duas cores secundárias: laranja-verde, verde-violeta, violeta-laranja.
Cores de escala
Padrão de impressão offset: cyan (C), magenta (M), amarelo (Y) e preto (K). A combinação destas quatro cromias 
reproduz toda a gama de cores.
Cores frias Azul, verde e violeta.
Cores quentes Amarelo, vermelho e laranja.
Correção de cor
O processo de ajuste de uma imagem para compensar as deficiências do scanner ou dos equipamentos de geração 
de filmes.
Correção de tom A correção dos valores tonais numa imagem, normalmente ajustada pelas curvas de tons.
Cromalin®
Marca registrada da Dupont que é uma prova de cores para simulação do resultado da impressão efetuada a partir 
de um jogo de fotolitos ou digitalmente.
Cursiva Tipo de letra que se assemelha à escrita manual.
Decalque Designa transferência indesejável de tinta da superfície impressa para outra folha.
Default Método ou valor padrão que um computador define para processar uma informação.
Definição Refere-se ao grau de definição de uma imagem.
Delaminação Separação parcial ou completa das camadas de um laminado.
Degradê Gradação obtida em um ou mais tons.
Densidade relativa
Valor de densidade do qual foi subtraída a densidade da base transparente do filme de separação de cores ou da 
base do substrato de impressão não impresso.
Densitômetro de 
reflexão
Reflectômetro que mede a densidade de reflexão sob condições geométricas e espectrais específicas, assim como 
descrito em ISO 5/4 e 5/3.
Densitômetro de 
transmissão (ou 
transmitância)
Instrumento ótico que mede a densidade de transmissão sob condições geométricas e espectrais específicas.
Desenho a traço Arte executada com traços chapados.
Direct-to-plate 
(Direto-à-forma) Exposição direta da imagem diretamente na forma de impressão sem o uso de filme intermediário.
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lossário
 Capítulo 13 – Glossário – 227
Direct-to-press 
(Direto-à-
impressão)
Eliminação do filme intermediário e formas de impressão por transferência direta dos dados da imagem para cilin-
dros de impressão na própria impressora.
Dmax (Densidade 
máxima) O ponto de máxima densidade em uma imagem ou original.
Dmin (Densidade 
mínima) O ponto de mínima densidade em uma imagem ou original.
Dpi (Dots per inch) Pontos por polegada. Medida de resolução de uma imagem produzidos por impressoras ou monitores. 
Drum scanner (scan-
ner cilíndrico) Processo de “escaneamento” de uma imagem, em que os originais são fixados num cilindro rotativo.
Dye sublimation 
(Sublimação 
da tinta)
Um processo de impressão que usa pequenos elementos “quentes” para evaporar pigmentos do filme impresso, 
depositando estes suavemente no substrato.
Emulsão Camada foto sensível na superfície de um substrato (filme).
Entrelinha Em um texto, é a medida do espaço entre uma linha e outra.
EPS (Encapsulated 
PostScript)
Um formato de arquivo usado para transferir imagens PostScript de um programa para outro. Um padrão para 
desenho, imagem ou uma página completa de layout, permitindo classificar-se em outro documento. 
Escala de Cores Tabela impressa que contém diversas combinações de tonalidades de cores da escala cromática (CMYK).
Espacejamento Em um texto é o espaço que determina a distância de uma letra à outra.
Espaço de 
cores CIELAB 
Espaço retangular de cores, formado pelas coordenadas de cor L*, a*, b* e se referem às propriedades de luminosi-
dade, tom e saturação da cor.
Família de fontes
Todas as variações de qualquer tipologia. Por exemplo: Arial, Arial Condensed e Arial Bold pertencem todas a uma 
mesma família de fontes.
Fio Elemento gráfico (linha fina) utilizada nas bordas de fotos, páginas, box etc.
Filme de 
ponto duro
Filme de separação de cores com pontos de retícula, que permite uma reprodução confiável para duplicação de 
filmes e matrizes de impressão.
Filme mate (fosco)
Material transparente coberto com uma substânciafoto-sensível e que, diferentemente de outros filmes possui o 
lado da camada uma certa “porosidade” para facilitar a saída do ar de entre o filme e o fotopolímero.
Fonte Conjunto completo de todos os caracteres, incluindo tipologia, peso e tamanho.
Formato Expressa a dimensão de um documento ou impresso.
Formato de papel
Termo que indica as dimensões de uma folha de papel expressas em centímetros ou polegadas. Pelo padrão DIN 
(Deutsche Industrie-Normem) o formato base A0 é uma folha retangular de papel com uma área de 1 m² (841 X 
1189 mm). Os formatos derivados (A1, A2 etc) são decorrentes da dobra do papel A0. No Brasil, adotaram-se os for-
matos AA (ou 2A) - 76 X 112 cm, BB (ou 2B) - 66 X 96 cm e AM - 87 X 114 cm, com seus formatos derivados.
Formato refilado Formato final de um impresso após o refile.
Gamut Refere-se ao maior intervalo de cores possível de reproduzir em um determinado sistema de cores.
Ganho de ponto 
(aumento do 
valor tonal)
A diferença entre a percentagem da área de ponto no impresso e no filme de separação de cores.
Ganho de ponto 
(Dot Gain) Efeito de impressão em que os pontos de impressão aumentam de tamanho causando cores ou tons mais escuros.
Gerenciamento 
de cores Processo de compatibilização de cores em cada uma das etapas do processo de reprodução.
GIF (Graphics 
Interchange Format) Formato gráfico largamente utilizado na Web porque cria imagens de tamanho relativamente pequeno.
Gramatura Gramagem, é o peso de qualquer papel expresso em gramas em uma área de 1 m².
Granulação Efeito, as vezes indesejável, ocorrido quando se amplia exageradamente uma imagem.
Gravadora de filme 
(Imagesetters)
Aparelho de gravação de filmes. No Brasil é mais comumente chamado de “Imagesetter”. O aparelho grava dados 
digitais (imagens e textos) em filme por meio de um ou múltiplos raios de luz intermitentes.
Ilustração Termo geral para qualquer tipo de desenho manual ou eletrônico.
Imagesetter Equipamento que gera filmes (fotolitos, papéis ou chapas) a partir de arquivos eletrônicos.
Impressão chapada Impressão em que 100% da área considerada é coberta por tinta. Também chamada de área sólida.
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228 – FLEXOGRAFIA: Manual Prático – Eudes Scarpeta
ISO (International 
Organization for 
Standardization)
Órgão Internacional para normalização. O TC 130 (comitê técnico) é o que estuda normas para a área gráfica. 
Interpolação
Em uma imagem é a manipulação do contexto, isto é, o aumento de uma resolução de imagem por meio do 
aumento de novos pontos por toda a imagem, as cores das quais são baseadas nos pontos próximos.
JPEG (Joint 
Photographic 
Experts Group)
Formato que permite alta taxa de compressão, porém mantendo a integridade do arquivo.
Kerning Ajuste estético do espaço entre letras.
Layout Print que simula o trabalho final para aprovação do cliente.
Largura da retícula O inverso de lineatura da retícula. A unidade é o centímetro (cm).
Legível Ver “orientação de imagem”.
Lineatura
Medida linear que indica o número de linhas de pontos por centímetro ou polegadas. Expressa em LPC (Lines per 
Centimeter) ou LPI (Lines Per Inch).
Lineatura da 
retícula (freqüência 
da retícula)
A freqüência espacial da distribuição dos pontos de retícula ao longo do seu eixo. A unidade é o centímetro recípro-
co, (cm-1).
Lpi e Lpcm Linhas por polegada ou Linhas por centímetro. Unidade de medida para retículas.
Mandril Um eixo sobre o qual são montados ou fixados os cilindros ou outros dispositivos.
Moiré (Lê-se moarê)
Interferência padrão repetitiva causada por sobreposição simétrica dos pontos ou linhas da retícula tendo diferentes 
intensidades ou ângulos. Interferências típicas podem ser observadas entre dois filmes reticulados, ou entre um 
filme reticulado e um elemento estruturado do sistema de impressão, por exemplo: rolos anilox, cilindros de roto-
gravura, tela serigráfica.
Monocromia Cor única. Uma imagem ou amostra em preto e branco ou de outra cor qualquer.
Negativo Imagem fotográfica disposta em meio transparente. Valores de luzes e sombras expressos inversamente.
Negrito Bold, letras com traços mais grossos para destaque de textos.
Orientação da 
emulsão do filme Orientação de um filme de separação de cores relativa ao lado da emulsão vista pelo observador.
Orientação 
da imagem
Os conteúdos das imagens são referidos como legíveis (ao contrário de ilegíveis), se o texto aparecer como se pre-
tende que seja lido e se as imagens estiverem na orientação como se pretende que sejam vistas pelo usuário final. 
Deve-se especificar a orientação da emulsão para cima ou para baixo, quando houver referência à orientação da 
imagem no filme. 
Pantone
Tabela de cores padronizada que associa cada cor a um código específico. A letra C significa Coated, isto é a apli-
cação da cor sobre papéis com cobertura como o couché; e U representa essa mesma cor sobre papéis Uncoated, 
sem cobertura especial.
Passo da fotocélula medida entre uma fotocélula e outra usada na máquina de envase para cortar cada embalagem.
PDF (Portable 
Document Format)
Um formato de arquivo desenvolvido pela Adobe que facilita a conversão de documentos gráficos pesados (requer o 
software Acrobat) em arquivos leves para serem lidos com a ajuda do Acrobat Reader (plug-in dentro do site da Adobe).
Pixel
Denomina um elemento de imagem. É a menor área (retangular) que configura uma imagem. Vem das palavras 
Picture Element, às vezes é abreviado PEL.
pH O grau de acidez ou alcalinidade medido em uma escala (de 0 a 7 é ácido; de 7 a 14 é alcalino e 7 é neutro). 
Polaridade do 
filme (positivo 
ou negativo)
É positiva, se as áreas transparentes e sólidas corresponderem às áreas não impressas e impressas, respectiva-
mente. É negativa, se as áreas transparentes e sólidas corresponderem às áreas impressas e não impressas, res-
pectivamente.
Positivo Reprodução que corresponde exatamente ao original. Oposto ao negativo cujos valores de tom são invertidos.
PostScript e 
True Type
Formatos de fonte. Ambas usam funções matemáticas só que de diferentes tipos. O formato é interpretado por RIPs, 
que calculam o bitmap correto para representar esse formato no monitor ou impressora usada.
Prepress
No Brasil convencionou-se a chamar a etapa de pré-impressão com o nome em inglês. Conjunto de atividades entre 
a etapa final da produção de originais (artes finais) e a impressão, podendo abranger scanner, fotolitos, provas de 
cor e chapas.
Prova de impressora 
(ou de máquina):
Impressão gerada por uma máquina impressora (de produção ou de prova), cuja finalidade é demonstrar o resul-
tado do processo de separação de cores, de tal forma que simule aproximadamente os resultados na máquina de 
impressão de produção. 
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 Capítulo 13 – Glossário – 229
Prova fora de 
impressora (ou 
de máquina): 
Impressão gerada por um método distinto da impressão, cuja finalidade é demonstrar o resultado do processo de 
separação de cores, de tal forma que simule aproximadamente os resultados na máquina de impressão de pro-
dução. Também conhecida como prova artificial ou de pré-impressão. Em geral para flexografia não serve como 
padrão de cores.
Resolução A medida de quão detalhada é uma imagem.
Retícula
Sistema de pontos que viabiliza a impressão. A grosso modo, transforma as imagens de tom contínuo de um origi-
nal em imagem em meio tom, reproduzindo também as imagens a traço.
RGB
Cores aditivas ou luzes. Reprodução das cores no monitor. A partir do Red, Green e Blue (vermelho, verde e azul, 
respectivamente) é composta toda a gama de cores.
RIP (Raster Image 
Processor)
Programa ou equipamento utilizado para converter arquivos eletrônicos de imagens em uma seqüência de pontos 
para formação da retícula.
Roseta
O padrão criado quando há a sobreposição da impressão das cores tradicionais formando assim um desenho circu-
lar de pontos que lembram uma rosa.
Rough (lê-se Rafe) Esboço feito para dar idéia de como será o impresso.
Saída Termo que designa gerar um fotolito em uma imagesetter,por exemplo.
Sangria
Área do impresso que será posteriormente cortada pela guilhotina. Quando não se deseja nenhum tipo de margem 
ou área em branco.
Scanner
Equipamento para digitalizar um original, capturando as nuances que compõem a imagem através de sensores de 
luz, traduzindo os padrões claros e escuros em sinais digitais.
Separação 
de cores
A divisão de uma imagem das cores para impressão. Cada cor é representado num filme e linhas de pontos (retícu-
la) em ângulos específicos.
Serifa Refere-se aos pequenos filetes nas extremidades das hastes de algumas fontes.
Soma do 
Valor Tonal
A somatória da porcentagem máxima das cromias. Assim, uma imagem impressa em quatro cores (amarelo, 
magenta, cyan e preto) pode chegar no máximo a 400%. No entanto os valores devem ser dimensionados para 
cada tipo de serviço, sistema de impressão e principalmente do substrato a ser impresso.
Sombras As áreas mais escuras da imagem quer ela seja em preto e branco quer seja a cores.
Squash Nome que se dá ao resultado do esborrachamento do ponto do clichê depois de impresso.
Substrato de 
impressão
O material derivados da celulose, metálicos, plásticos ou outros, contendo a imagem impressa. O substrato é forne-
cido em folhas ou em bobinas.
System Pallete A coleção de 256 cores de usada pelos computadores em monitores de 8 bit.
Template Arquivo que possui atributos pré-definidos.
Texto justificado 
ou blocado Textos alinhados em ambos os lados da diagramção.
TIFF (Tagged Image 
File Format)
Um formato de arquivo usado para representar preto e branco, escala de cinza ou imagens coloridas em bitmap, 
particularmente aquela produzidas em scanner. 
Tira de controle
Arranjo unidimensional de áreas de controle composta de elementos gráficos para controles visuais e dimensionais 
da impressão.
Traço Arte composta de pretos e brancos sem nuance de tonalidades.
Transparência A propriedade de um filme de tinta de transmitir e absorver luz sem dispersão.
Trapping Recurso utilizado para sobreposição entre áreas de cor para compensar problemas de registro de impressão.
Tripping Emenda para corrigir pequenas incorreções em um fotolito.
Vazado Texto ou traço aplicado sobre fundo a cores, deixando à mostra o branco do papel ou a cor de base.
Valor tonal Ver “área de ponto”.
Expediente
Edição: Bloco de Comunicação
Supervisão: Marcos Palhares
Projeto Gráfico e Direção de Arte: Carlos Gustavo Curado
Revisão: Eunice Fruet
Impressão: Prol Editora Gráfica
Fotos: André Godoy (Studio AG), divulgação e arquivos do autor e da editora
Impresso em papel couché Lumimax 115g/m² da VCP – Votorantim Celulose e Papel
Para a realização desse livro, contamos com a participação 
e apoio das seguintes instituições e empresas:
®
As necessidades diárias na indústria flexográfica estão ficando cada vez 
mais complexas. Produtividade, qualidade e tempo são parâmetros que não 
podem ser comprometidos. Em situações assim, ter ao seu lado um parceiro 
que ajude a encontrar soluções é essencial.
As chapas Asahi SH e DSH são a solução para as exigências cada vez mais 
freqüentes do seu dia a dia.
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sobre fl exografi a no Brasil. Infelizmente, quase sempre as in-
formações disponíveis estão em outros idiomas, nem sempre 
acessíveis à maioria dos trabalhadores de nossa área. Agora 
esta carência está resolvida. Flexografi a – Manual Prático não 
apenas é uma abordagem completa sobre fl exografi a, como 
também é sufi cientemente profunda, com uma linguagem clara 
na forma de perguntas e respostas que abordam a maioria dos 
tópicos relevantes. Este livro confi rma a tendência do Brasil se 
colocar na vanguarda técnica, demanda de um setor que exige 
qualidade, produtividade, confi abilidade e, consequentemente 
profi ssionais sempre atualizados.
Em outras palavras, Flexografi a – Manual Prático é um livro 
fundamental a todo profi ssional ou empresa que necessita de 
informações precisas e confi áveis.
Wilson Paduan

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