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8
Faculdade UnYLeYa
Psicologia Analítica Junguiana – Perspectiva Multidisciplinar
Gilberto Adriano dos Santos Ribas
PSICOTERAPIA BREVE DE ORIENTAÇÃO JUNGUIANA, A INCLUSÃO DA ALMA NESTA MODALIDADE DE ATENDIMENTO.
Porto Alegre
2019
Faculdade UnYLeYa
Psicologia Analítica Junguiana – Perspectiva Multidisciplinar
Gilberto Adriano dos Santos Ribas
PSICOTERAPIA BREVE DE ORIENTAÇÃO JUNGUIANA, A INCLUSÃO DA ALMA NESTA MODALIDADE DE ATENDIMENTO
Monografia apresentada a
Faculdade UnYLeYa como exigência
parcial para a obtenção do título
de especialista em Psicologia Analítica,
perspectiva multidisciplinar.
Orientadora: Aline Freire Bezerra Vilela.
Porto Alegre
2019
Faculdade UnYLeYa
Psicologia Analítica Junguiana – Perspectiva Multidisciplinar
Gilberto Adriano dos Santos Ribas
PSICOTERAPIA BREVE DE ORIENTAÇÃO JUNGUIANA, A INCLUSÃO DA ALMA NESTA MODALIDADE DE ATENDIMENTO
Monografia apresentada a
Faculdade UnYLeYa como exigência
parcial para a obtenção do título
de especialista em Psicologia Analítica,
perspectiva multidisciplinar.
Orientadora: Aline Freire Bezerra Vilela.
Aprovado pelos membros da banca examinadora em___/___/___,
 com menção ___ (_____________) 
Banca Examinadora
______________________
______________________
Porto Alegre
2019
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Grande Pai do Unviverso,
presença perene e fonte de inspiração,
Aos meus familiares que sempre estiveram
perto de mim dando apoio e carinho.
RESUMO: A sociedade pós-moderna vem sofrendo com o aumento das psicopatologias, do vazio e da falta de sentido na vida. Os recursos de tempo e financeiros são cada vez mais limitados para realizar uma psicoterapia de longa duração. A psicoterapia breve se apresenta como uma alternativa para o homem pós-moderno. No entanto as abordagens atuais de psicoterapia breve não atendem as necessidades dos indivíduos de preencher o vazio existencial. A psicoterapia junguiana na sua constituição teórico e prática tem uma visão mais integral do ser humano incluindo o biológico, o social, o psicológico e o espiritual. Ela apresenta estas condições para o individuo reencontrar a sua história, as suas raízes psicológicas ancestrais e resgatar o sentido da vida. Porém a psicoterapia analítica também é uma psicoterapia considerada profunda, como a psicanálise, e de longa duração. Neste trabalho de pesquisa buscou-se estudar a possibilidade da psicologia analítica atender na modalidade breve. Foram analisadas as obras clássicas da psicoterapia breve e junguiana, buscando identificar os elementos técnicos que possuem em comum e as contribuições técnicas que a abordagem analítica pode trazer nesta modalidade de atendimento. Também verificamos os trabalhos de alguns terapeutas junguianos que pesquisaram a eficácia da psicoterapia breve junguiana, sendo dois estudos de psicoterapia breve junguiana de grupo e um individual. Os resultados das pesquisas foram positivos. Todos os pacientes, que participaram das pesquisas, obtiveram as melhoras esperadas após o tratamento com psicoterapia breve individual ou de grupo, e em alguns casos foi superado as expectativas. A energia psíquica dos pacientes voltou para o fluxo do processo de individuação, do reencontro com o self, com a alma. 
Palavras chaves: Psicoterapia Breve, Psicoterapia breve Junguiana, Alma, Individuação.
ABSTRACT: Postmodern society has been suffering from an increase in psychopathology, emptiness and lack of meaning in life. Time and financial resources are increasingly limited to delivering long-term psychotherapy. Brief psychotherapy presents itself as an alternative to postmodern man. However the current approaches to brief psychotherapy do not meet the needs of individuals to fill the existential void. Jungian psychotherapy in its theoretical and practical constitution has a more integral vision of the human being including the biological, the social, the psychological and the spiritual. It presents these conditions for the individual to rediscover his history, his ancestral psychological roots and to redeem the meaning of life. But analytic psychotherapy is also a psychotherapy considered profound, like psychoanalysis, and of long duration. In this work of research, we tried to study the possibility of analytical psychology in the brief mode. The classic works of brief and Jungian psychotherapy were analyzed, seeking to identify the technical elements they have in common and the technical contributions that the analytical approach can bring in this type of care. We have also looked at the work of some Jungian therapists who have researched the effectiveness of Jungian short psychotherapy, two studies of Jungian short group psychotherapy and one individual Jungian psychotherapy. The results of the surveys were positive. All patients, who participated in the research, obtained the improvements expected after the treatment with brief individual or group Jungian psychotherapy, and in some cases were exceeded expectations. The psychic energy of the patients returned to the flow of the process of individuation, of reunion with the self, with the soul. 
Keywords: Brief Psychotherapy, Brief Jungian Psychotherapy, Soul, Individuation.
SUMÁRIO
1 SUMÁRIO....................................................................................................................7
2 INTRODUÇÃO..........................................................................................................9
2.1.Tema...........................................................................................................................9
2.2. Problema de Pesquisa...............................................................................................9
2.3. Justificativa.................................................................................................................9
2.4. Objetivos ...................................................................................................................9
2.5 Objetivos Gerais.........................................................................................................9
2.6. Objetivos Específicos................................................................................................9
3 METODOLOGIA......................................................................................................11
4 O INDIVÍDUO PÓS-MODERNO.................................................................................12
5 PSICOTERAPIA BREVE...........................................................................................16
6 OS OBJETIVOS DA PSICOLOGIA BREVE DE ORIENTAÇÃO ANALÍTICA.....................................................................................................................18
6.1 Fundamentos teóricos da psicoterapia junguiana.....................................................22
6.2 Resumo das técnicas da psicoterapia Junguiana....................................................26
7- ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PSICOTERAPIA BREVE DE ORIENTAÇÃO JUNGUIANA...................................................................................................................28
7.1 Pesquisa: Envelheser: - A busca do sentido da vida na terceira idade, uma proposta de psicoterapia Grupal Breve de Orientação Junguiana .................................28 
7.2 Segunda Pesquisa: - Corpo deficiente e individuação: um olhar sobre pessoas com deficiência física adquirida a partir da psicoterapia breve de orientação junguiana.......32
7.3 Terceira pesquisa: Estudo psicológico de pacientes obesas mórbidas com transtorno da compulsão alimentar periódica, pós-cirurgia bariátrica, em psicoterapia grupal breve, com abordagem junguiana........................................................................35
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................38
9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................442. INTRODUÇÃO
2.1. Tema: Fundamentação Teórica e prática da Psicoterapia Breve na abordagem Analítica.
 2.2. Problema: Quais são os elementos técnicos e teóricos que fundamentam a prática da psicoterapia breve na abordagem Junguiana?
2.3. Justificativa:
As demandas e pressões sobre o homem pós-moderno são cada vez maiores e a busca da psicoterapia é uma alternativa para superar o estresse, a depressão, a ansiedade e as diversas neuroses que o afetam.
 As psicoterapias clássicas com uma abordagem mais profunda como a Psicanálise e a Análise Junguiana tem um tempo de duração longo e financeiramente dispendioso, o que acaba dificultando o acesso a estes métodos e as demandas mais imediatas para a maioria da população brasileira. 
A psicoterapia Breve se apresenta como uma alternativa de tratamento, pois ela possui o enfoque e uma delimitação de tempo, que proporcionam aos pacientes uma previsão do investimento financeiro e de tempo. Isto vem facilitando a adesão de muitos pacientes ao tratamento psicoterápico, que antes não tinham acesso.
 Os profissionais de orientação psicanalítica possuem uma vasta literatura e possuem uma prática bem fundamentada e muitos pacientes se beneficiam da psicoterapia breve nesta abordagem. 
Porém na abordagem Junguiana, apesar de ser praticada nos estágios em institutos Junguianos, este tema é pouco abordado e deixado à margem, ficando limitada sua prática e com pouca fundamentação de pesquisa. E os alunos e os profissionais que utilizam desta técnica na abordagem junguiana não possuem uma visão clara sobre a Psicoterapia Breve sobre esta orientação.
No meu estágio no Instituto Junguiano do Rio Grande do Sul apresentou-se esta dificuldade e não tive acesso naquele período a material que pudesse fundamentar teoricamente a psicoterapia breve junguiana.
Assim, este trabalho pretende reunir a análise da literatura e de algumas pesquisas que se utilizaram da psicoterapia breve de orientação analítica no atendimento de pacientes em grupo, para uma fundamentação teórica. A literatura é escassa e temos somente algumas pesquisas de tratamentos com enfoque breve, porém direcionado para psicoterapia de grupos. Assim, esta revisão bibliográfica trará benefícios a todos os profissionais que trabalham nesta abordagem e afins, e também para os pacientes que buscam uma abordagem terapêutica com uma visão mais integral do ser humano, onde as suas dimensões espirituais e arquetípicas são incluídas. 
2.4. Objetivos:
2.5. Objetivo geral:
 Identificar quais são os elementos técnicos e teóricos para fundamentar a prática da psicoterapia breve individual na abordagem analítica e suas contribuições para esta modalidade de psicoterapia através de um revisão bibliográfica da literatura.
2.6. Objetivos específicos:
· Verificar as necessidades de atendimento psicológico do homem dinâmico da atualidade (pós-moderno) e uma psicoterapia que atenda esta dinâmica;
· Nomear os elementos técnicos e teóricos que fundamentam a psicoterapia breve;
· Identificar, através de revisão bibliográfica, os objetivos comuns entre os elementos técnicos e teóricos da psicoterapia breve e a abordagem analítica, bem como as suas contribuições para uma psicologia breve que inclua o processo de individuação. 
· Verificar os resultados da psicoterapia breve de orientação analítica através da revisão bibliográfica.
3. METODOLOGIA
Para responder as questões propostas nesta pesquisa sobre Psicoterapia Breve na abordagem Analítica e as contribuições de outras abordagens, utilizarei a metodologia Qualitativa.
A pesquisa qualitativa é um método científico que se foca na subjetividade do objeto analisado, busca entender o significado individual e coletivo dos fenômenos (TURATO, 2005). Ela tem como características principais De acordo com Patton (1980) e Glazier (1992) (apud DIAS, 2000, p. 1):
 “- O ambiente natural, que constitui sua fonte direta de dados;
- O pesquisador, que constitui o principal instrumento;
- Os dados coletados, que são predominantemente descritivos;
- A preocupação com o processo, que é superior à preocupação dedicada ao produto;
- O significado que as pessoas conferem aos objetos, acontecimentos e à própria vida, que é objeto da atenção do pesquisador;
- A análise dos dados, que ocorre basicamente em um processo indutivo, ou seja, parte-se da análise das situações particulares para chegar à generalização.”
Através deste método, procurarei analisar a literatura e pesquisas e evidenciar, através de uma revisão bibliográfica, o significado que tem para os autores as suas teorias, suas técnicas e pesquisas sobre os fundamentos da psicoterapia de orientação analítica que se são comuns à psicoterapia .
Nesta revisão bibiográfica serão analisadas a obras clássicas de Carl Gustav Jung e autores da atualidade, da escola clássica, que tratam do tema sobre Técnicas de psicoterapia na orientação Junguiana, como James Hall, Marie Luise Von Franz, bem como as pesquisas de artigos científicos, teses de mestrados e de doutorado que estejam disponíveis na internet. Também serão analisados as obras que fundamentam a psicoterapia breve de orientação psicanalítica como a obras e artigos de Aristisdes Volpato e Mauricio Knobel.
4. O individuo pós-moderno
O individuo pós-moderno encontra-se em um contexto muito peculiar que o diferencia de todas as outras épocas da história do desenvolvimento humano. A dinâmica da globalização e das novas formas de se relacionar que o desenvolvimento tecnológico proporcionou, tornou a vida muita mais dinâmica e complexa. Da mesma forma que as novas tecnologias facilitaram a vida humana no trabalho, na vida social e pessoal, trouxeram juntas muitos desafios adaptativos e que implicam num novo olhar sobre as novas psicopatologias que precisam ser consideradas pelos psicólogos contemporâneos. Se em meados do século XX os problemas predominantes eram a histeria e as neuroses obsessivas, decorrente principalmente das novas relações de trabalho na indústria e a repressão à sexualidade, na pós-modernidade a sociedade perdeu o contato com as suas referências históricas e das tradições, constituindo como novo ideal de felicidade o desejo e o prazer imediatos, tendo como consequência o consumismo e a toxicomania entre outras psicopatologias, como a ansiedade, o stress, a depressão, o transtorno obsessivo compulsivo e principalmente o vazio existencial (ARAÚJO, 2010).
 Houve nas últimas décadas um crescimento significativo das psicopatologias e como exemplo deste podemos destacar que no mundo a depressão cresceu na última década 18,4%, este crescimento também ocorreu no Brasil. A ansiedade atinge 9,5% da sua população e a depressão 5,8% conforme a OMS (Graciolli, 2018)
Fensterseifer & Werlang (apud, Araújo, 2010, pg. 6) acreditam que: 
 “não é a própria pós-modernidade responsável pelo sentimento de mal-estar que o ser humano está vivenciando, mas sim, os efeitos dela sobre a subjetividade: observa-se nas demandas de atendimento psicológico cada vez mais pessoas queixosas, insatisfeitas, vazias, desesperançosas, desmotivadas, agressivas, impulsivas e com dificuldades para entrar em contato e expressar seus sentimentos, buscando formas de não enfrentar ou não ter que se deparar com suas próprias dores e feridas.”
Neste contexto cultural as pessoas estão cada vez mais individualistas, pragmáticas e fragmentadas. Gerando o vazio decorrente da falta de integralidade do ser, bem como em decorrência do afastamento dos relacionamentos humanos. 
A pós-modernidade gera então uma desferencialização do real , neste momento os seus referenciais passaram a ser o virtual, a sua imagem na internet; passando a se relacionar muito mais através da persona do que com sua essência, o Self. O valor das pessoas, nesta sociedade materialista, passou a ser muito mais o que se produz e o que possui. A falta de enraizamento da sociedade é apontado como causa da falta de identidade, do suicídio e de condutas que levam a morte prematura, mais conhecido como suicídio inconsciente ( Araújo, 2010),
Deacordo com Hollis (apud Lehmkuhl, 2014), os americanos, que representam os costumes e a cultura pós-moderna, na sua população, vinte e cinco por cento compensam a falta da Espiritualidade com crenças fundamentalistas e simplistas para diminuir o desconforto da dúvida; Outros 25% buscam na utilização de algum tipo de droga o alívio do vazio; A outra metade se tornaram neuróticos como forma de defesa as questões existenciais da vida. Isto tudo, segundo ele, é uma forma de evitar o contato consigo mesmo, com as suas ansiedades, e assim evitar o sentimento de solidão. A falta do transcendente na vivência humana, gera um vazio profundo. E o trabalho compulsivo, o consumismo, a busca do prazer imediato são uma forma de tentar compensar este vazio,
Podemos entender com a psicologia Junguiana, que este adoecimento da Alma é um conflito de opostos entre o consciente e inconsciente e em consequência a falta de relação com o centro da psique o Self. Há uma postura unilateral do ego voltada para o consciente em detrimento do cuidado com o inconsciente. Esta postura rígida gera um desequilíbrio da energia psíquica, uma neurose. A neurose, segundo a visão da psicologia junguiana, é uma estagnação da energia psíquica e da psique. Este rompimento do fluxo broqueia a criatividade do eu, impedindo o processo de síntese entre consciente e inconsciente (Portela, 2013). De acordo com Jung ( 2011, pg. 150):
“A psiconeurose, em última instância, é um sofrimento de uma alma que não encontrou o seu sentido. Do sofrimento da alma é que brota toda criação espiritual e nasce todo homem enquanto espírito: ora, o motivo do sofrimento é a estagnação espiritual, a esterilidade da alma”.
O processo de síntese da psiquê não é produzido somente pelo eu consciente, mas é fruto de uma relação entre o ego consciente e o Self. Este último é o centro da psique total. Assim, uma atenção cuidadosa ao inconsciente, levará a descoberta do Si Mesmo (o Self), possibilitando o estalebecimento da relação Ego/Self. Estabelecida esta relação, o individuo poderá solucionar o desequilíbrio psíquico, pois o Self é por sua natureza teológico, ou seja, é uma bússola interna que leva o homem a realização de si mesmo. Assim naturalmente será corrigido os desvios do caminho supercompensados pela energia psíquica, ocorrendo o retorno ao processo de individuação, o objetivo maior da psique (Jung, 2001). 
Procura-se na maior parte das vezes somente a cura do sintoma, sem uma reflexão sobre o sentido de se estar doente, a finalidade. Mas para que haja um crescimento com a mensagem do sofrimento psíquico é necessário mudar o olhar e em vez de perguntar somente o porquê da doença, perguntar também o para quê da neurose e do vazio. E na medida em que o individuo amplia o seu entendimento sobre si mesmo e entende a mensagem dos sintomas, ocorre simultaneamente uma ampliação da consciência e um crescimento pessoal, então a doença psíquica se torna desnecessária, pois a energia psíquica volta a fluir, voltando o fluxo do processo de individuação (Lehmkhul, 2014).
Na minha prática clínica, tenho observado que muitos pacientes evitam falar de suas crenças religiosas e/ou espirituais, pois temem o julgamento ou a desconsideração. E eles próprios vem reprimindo este fator. Hollis (2005, apud Lehmkuhl, 2014) propõe que a principal função da psicoterapia junguiana é dar apoio ao paciente para recuperar a sua integralidade. No temenos, o lugar sagrado, dar espaço seguro para o paciente refletir sobre o cuidado com a sua Alma, com sua busca por sentido. Este é um dos referenciais teóricos que diferencia a psicologia Junguiana da psicanálise, pois inclui a Alma, o inconsciente coletivo na psicoterapia. 
Como a psicologia sofreu uma influência médica muito grande, na maior parte das vezes os profissionais procuram somente a supressão dos sintomas e na medicalização do tratamento, não que não tenha espaço para a medicação, mas não o seu uso indiscriminado e em muitos casos desnecessários (Lehmkuhl, 2014)
Se muitas das demandas surgidas poderiam ser descartadas, outras, no entanto são válidas e dizem respeito a necessidades genuínas do ser humano pós-moderno, como as questões que dizem respeito ao tempo, aos limites financeiros, as limitações dos planos de saúde no atendimento psicológico.
A psicoterapia Breve apresenta-se como uma alternativa para atender estas demandas, pois o seu formato atende estas questões de tempo e do financeiro, bem como a realidade nova dos planos de saúde. 
No entanto as abordagens atuais da psicologia breve, não contemplam as questões da espiritualidade/religiosidade, da alma e do sentido da vida. Uma psicologia com alma se propõem a atender esta dimensão do ser humano: histórico, arquetípico, das suas raízes psicológicas. Jung (1988) entendia “ser a psicoterapia um processo dialético, em que duas almas se encontram e uma tem a aprender sobre e com a outra.” Desta forma, a psicologia junguiana pode contribuir com seus arcabouço teórico para uma concepção mais integral do ser humano, englobando as questões do sentido das crises e dos potenciais do ser humano que são acrescentados por suas crenças e pela sua espiritualidade.
5. PSICOTERAPIA BREVE
O ser humano está em constante evolução e transformação e suas demandas de ajuda também mudam. Seria uma forma de arrogância se as teorias psicológicas permanecessem estagnadas sem acompanhar a dinâmica do ser.
Algumas questões foram fundamentais para o surgimento da psicoterapia breve em alternativa as terapias de longa duração como a psicanálise e a psicologia analítica. 
 A psicoterapia breve surgiu na década de 20 do século passado, e teve início com Firenzi, que fez propostas de uma postura mais ativa no tratamento psicanalítico; buscando, pela primeira vez, adequar à técnica, as necessidades dos pacientes e desdobrando-se com as propostas de diversos autores. Inicialmente, estes psicanalistas, começaram por determinar o foco, os objetivos específicos e a determinação de tempo. Estas alterações culminaram com as proposições de Balint e Malan no estabelecimento da Psicoterapia Breve como uma forma distinta de tratamento e assim, se apresentar como uma alternativa as análises de longa duração da psicanálise clássica (VOLPATO, 1998). 
Esta modalidade de psicoterapia, usa de forma integrada conceitos teóricos oriundos de diversas teorias como a psicologia do ego, as teorias cognitivas e a psicanálise, e busca a resolução dos conflitos mediante a eliminação ou a diminuição das defesas consideradas patológicas através de insight (CORDIOLI, 1998)
Na psicoterapia breve há a combinação prévia da duração da psicoterapia, a escolha de um foco, com base nas necessidades do paciente, elegida em conjunto pelo terapeuta e o paciente. O uso da transferência é secundário e não é estimulado no paciente a neurose de transferência. A transferência é observada pelo terapeuta e usada mais para fazer o diagnóstico e estabelecer o foco da psicoterapia (KNOBEL, 1986). 
Também é estabelecido uma hipótese psicodinâmica de orientação psicanalítica explicativa do problema principal ou do foco, com a finalidade de orientar as intervenções do terapeuta. (CORDIOLI, 1998)
 A postura do terapeuta é ativa, procura provocar no paciente o estímulo da sua atenção no conflito elegido. Trabalha com associações livres do paciente e dirige suas interpretações ao conteúdo relacionado ao foco. Os silêncios são interpretados como resistências e desestimulados. O terapeuta procura manter a motivação do paciente e provocar os insights intelectuais, beneficiando-o não somente no alivio dos sintomas, mas levando-o a um entendimento das questões internas, que apesar de não ser tão profundo quanto o insight afetivo, poderão beneficiar o paciente na organização da sua vida e prevenção futura (Volpato, 1998). Nesta postura mais ativa, o terapeuta ensina ao paciente novas formas de lidar com os conflitos emocionais (CORDIOLI, 1998)
 De acordo com Elzirik, Aguiar, Schestasky e colaboradores (2005), ao eleger o foco na psicoterapiase estimula a capacidade do ego de síntese. Eleger o foco significa delimitar os problemas, sintomas, defesas e conflitos subjacentes em busca de sua compreensão psicodinâmica.
6. OS OBJETIVOS DA PSICOLOGIA BREVE DE ORIENTAÇÃO ANALÍTICA
Na psicoterapia junguiana o terapeuta precisa conhecer o máximo possível sobre a natureza humana e sua história, seu contexto cultural e suas religiões, sua psicologia e até mesmo técnicas psicoterápicas, mas na hora de encontrar o paciente, abrir mão de tudo e ouvir o que este individualmente apresenta, assim pensava Jung. E com esta escuta procurar ajudar terapeuticamente este individuo. A psicoterapia analítica não possui uma fórmula geral ou teses complicadas para o seu paciente, mas acolhe a sua história sem levar literalmente o seu discurso. De acordo com Giaonini (2015), “nossa tarefa é deixar acontecer” de forma dialética, ter uma atenção às imagens que vem do inconsciente e assim “considerar, gestar, realizar” e objetivar os conteúdos de forma expressiva e com isto, buscar uma ampliação da consciência através da “confrontação” com o inconsciente, para proporcionar o surgimento da função transcendente, a função transformadora de união dos opostos, na busca da síntese.
A posição de Jung sobre a psicoterapia breve era contrária, pois esta forma de terapia não possuía os elementos suficientes para estabelecer de forma livre o processo de individuação. Ele pensava que o terapeuta não deva dirigir o processo de análise e é contrário a sugestão. A sugestão era entendida por ele como um conselho, bem como acreditava que o tempo é uma variável inerente e imprescindível no processo de cura terapêutica.
 Embora Jung considere que nem todas as pessoas devam fazer uma análise profunda:
“...Isto porque, quanto mais o conhecimento penetra na essência do psiquismo, maior se torna a convicção de que a multiplicidade de estratificações e as variedades do ser humano também requerem uma variedade de pontos de vista e métodos, para que a diversidade das disposições psíquicas sejam satisfeitas. – a quem não falta nada, a não ser uma boa dose de bom senso - a uma complicada análise do seu sistema instintual...”(JUNG, 1988 pg. 7).
Diversamente do entendimento de Jung, na psicoterapia breve não se utiliza da sugestão, apesar de haverem uma liberdade maior nas intervenções e serem mais diretivas, é uma técnica que pretende atender de forma mais pontuais a crise pela qual o paciente está passando. Muitos dos pressupostos teóricos da Análise Junguiana clássica correspondem perfeitamente aos da psicoterapia breve (GREGHI, 2009). Temos por exemplo, a postura do Analista Junguiano mais participativo, falante e humanizado, estabelecendo uma parceria de trabalho com o paciente, buscando estabelecer uma vinculação terapêutica onde o paciente e terapeuta tem uma participação ativa (MELO Apud SCHWARZ, 2008). 
O Setting Junguiano é frente a frente como na psicoterapia breve. Na análise não se busca a regressão transferencial, da mesma forma que a psicoterapia breve. A experiência de aproximação do Temenos analítico possui aproximações com o conceito de experiência emocional corretiva da psicoterapia breve. Dentre outras técnicas, para ocorrer o processo de individuação, é fomentada pelo terapeuta Junguiano, uma relativa independência entre terapeuta e paciente, similar na terapia breve (JUNG, 1988). 
Na psicologia Analítica a busca do processo de individuação, é considerada como meta do desenvolvimento integral do ser e poderíamos dizer que é a própria cura psicológica (Jung, 2001). Para este processo ser atingido seria necessário um processo de análise de longa duração, mas é o próprio Jung que nos traz que a individuação como uma experiência natural do ser humano e que a experiência humana é extremamente diversificada. A psicologia analítica pode muito acrescentar em todas as modalidades de atendimento psicoterápico, inclusive na psicologia breve. Ela traz uma visão cosmológica, integrando a espiritualidade, esta parte ancestral do ser. 
Hall (1995) referiu que a análise Junguiana encontra-se em processo de enriquecimento e expansão, integrando novas técnicas à visão clássica, sem distanciar-se de seus princípios: 
“À medida que a análise Junguiana for se tornando um campo mais estável de prática, encontrará aplicações mais amplas em modalidades de tratamento diferentes da abordagem clássica (...) influenciados e orientados pela compreensão da psique fornecida pela análise clássica.” (HALL, 1995, p.156) 
Ele termina sua ideia ressaltando que os analistas Junguianos enriquecem duplamente a prática da psicologia analítica com a inserção de modalidades diferentes da clássica: “promovendo maior compreensão da psique e possibilitando que a análise Junguiana seja levada a “uma gama mais ampla de aplicações clínicas.” (p.156)
Na visão junguiana o processo psicoterapêutico está voltado para a compreensão, para a finalidade do sintoma, para o processo de transformação do cliente e não apenas para o âmbito da causalidade, o que a diferencia das outras abordagens. A busca do significado contido no sintoma ocorre na psicoterapia junguiana, através de um processo criativo mobilizado na relação dialética psicoterapeuta-cliente, em que a atenção do processo como um todo, e principalmente num processo breve, estará voltada para a queixa trazida pelo cliente (Biagioni, 2015).
De acordo com Biagioni (2015), a meta do processo terapêutico é a transformação, e sugere baseados nos escritos de Jung (1988 ) que o processo se dá em quatro estágios da psicoterapia: a Confissão (ou catarse), a Elucidação, a Educação e a Transformação.
No primeiro estágio, quando um paciente busca a psicoterapia ele traz conflitos que podem ter sido reprimidos e/ou terem sido relegados ao inconsciente, a sua sombra, formando complexos que passam a interferir na sua vida. Neste primeiro momento a pessoa deve conscientizar-se do seu conflito. Quando conscientizado o paciente pode desabafar, realizar a Confissão (ou catarse), e assim neste processo, ocorre naturalmente uma liberação das emoções e sentimentos, aliviando a influência do complexo.
Desabafando com o terapeuta, naturalmente surge à necessidade de um entendimento dos seus complexos e assim se busca em conjunto a Elucidação do material que emerge do inconsciente do individuo, ocorrendo o Segundo estágio. Este processo se dá através da análise dos sonhos, da amplificação dos sonhos, dos trabalhos criativos com argila, confecção de mandalas, caixa de areia, pinturas, desenhos, imaginação ativa, etc.
 Nesta jornada de autoconhecimento, após ter feito uma catarse da culpa e a liberação dos segredos, começa a perceber que a sua sombra inconsciente é que provocam os seus conflitos e neuroses e não os outros; e neste momento é possível retirar as projeções que ele fazia naquelas pessoas de sua convivência, naquelas que mobilizam intensas emoções no seu interior. Este autoconhecimento proporciona-lhe uma nova fase na busca da auto-superação, do crescimento, através da autoEducação, iniciando-se então o terceiro estágio.
No quarto estágio da psicoterapia, busca-se a Transformação, através da análise e dissolução dos complexos e retirada das projeções. Buscando-se na síntese, da relação do consciente/inconsciente, a consolidação da individualidade, o Si mesmo. É através do Símbolo que se dá esta transformação, pois ele funciona como elemento de ligação entre o consciente e o inconsciente. O símbolo está presente nos sonhos, nas fantasias do paciente, nas relações com outras pessoas e nas situações vividas pelo paciente, no seu destino, nas suas doenças e psicossomatizações.
De acordo com Biagioni (2015), esta visão de estágios dinâmicos, pode ajudar no tratamento psicoterapêutico na forma abreviado, pois contribui para o planejamento da terapia. Na proposta dela, na psicoterapia breve de orientação Junguiana deve haver o planejamento e a eleição do foco. Neste contexto, é importante avaliar as condições de ego do paciente e da capacidade de ambos, terapeutae paciente manterem o foco, e da capacidade de vinculação e separação da dupla.
Ela sugere ainda que o tempo possa variar de acordo com o tipo de conflito, condições adaptativas da dupla e o nível de profundidade que se quer alcançar, assim ela propõe formas de tempo que se podem acordar com o paciente:
 “Número de sessões de adultos:
 6 a 8 - Terapia de Apoio.
 12 a 14 - Foco mais superficial.
 24 a 36 - Foco mais profundo.
 Até 100 sessões – Foco mais profundo.
 Número de sessões de crianças:
 8 a 12 - Foco mais superficial.
 12 a 24 - Foco mais profundo.” 
O que diferencia a proposta junguiana na psicoterapia abreviada, Segundo Biagioni (2015), é que o terapeuta trabalha analiticamente, o olhar sobre o paciente, a visão de finalidade e prospectiva, a tipologia junguiana e os recursos psicoterapêuticos utilizados: como analise dos sonhos, as técnicas expressivas, os mitos, a mobilização do processo criativo, a espiritualidade, etc.
A inclusão da alma no processo se dá através deste olhar mais integral do ser humano, sobre a origem dos conflitos e da finalidade dos mesmos, em ultima instância, é recolocar o paciente no rumo do desenvolvimento das suas potencialidades e assim no seu processo de individuação, do estabelecimento da relação com o Self, mesmo que de forma parcial (Biagioni, 2015). 
6.1 Fundamentos da abordagem junguiana
Para um melhor entendimento desta monografia incluí alguns termos técnicos da fundamentação teórica da psicologia analítica Junguiana, com conceitos resumidos. Para um melhor aprofundamento é necessário o leitor buscar a bibliografia citada. 
Ânima É o aspecto feminino interior do homem. Representa o somatório das experiências do homem com mulheres, como a mãe, irmã, amiga, esposa, amante, etc. É um complexo que se encontra no inconsciente e o ego consciente, na maior parte das vezes não possui consciência desta influência (Jung, 2000).
Animus: - É o aspecto masculino interior de toda mulher. Representa o somatório das experiências da mulher com homens, como o pai, irmão, esposo, amigo, amante, etc. Da mesma forma, é um complexo que se encontra no inconsciente e o ego consciente, na maior parte das vezes não possui consciência desta influência (Jung, 2000).
Arquétipo: Estruturas virtuais, primordiais da psiquê, responsáveis por padrões e tendências de comportamentos estruturais. São anteriores à vida consciente. Não são passíveis de materialização, mas de representação simbólica. Para Jung, são hereditários e representam o aspecto psíquico do cérebro. São universais, comuns a todos os seres humanos e ordenam imagens reconhecíveis pelos efeitos que produzem. Pode-se percebê-los pelos complexos que todos temos, pelas imagens arquetípicas que geram, assim como pelas tendências culturais coletivas (Jung, 2000). 
Complexo: Os complexos são conteúdos psíquicos carregados de afetividade, agrupados pelo tom emocional comum. São unidades vivas dentro da psiquê e que gozam de relativa autonomia. Por vezes somos dirigidos pelos complexos. Eles não são elementos patológicos, salvo quando atraem para si excessiva quantidade de energia psíquica, manifestando-se como conflito perturbador da personalidade. Os complexos têm a facilidade de alterar nosso estado de espírito, sem que nos apercebamos de sua presença constelada na consciência. À semelhança de um campo magnético, não são passíveis de serem observados diretamente, mas por meio da aglutinação de conteúdos que lhes constituem. No âmago de um complexo sempre encontramos um núcleo arquetípico (Silveira, 1992).
Consciência ou Consciente: Atitude psíquica que envolve conteúdos, com forte carga de energia, acessíveis ao ego. Sua base e origem é o inconsciente. Difere do eu ou ego pelo seu conteúdo amplo e por ser seu campo de atuação. Geralmente se opõe ao que há no inconsciente (Pieri, 2002). 
Ego ou eu: É o sujeito da ação consciente. Primeiro complexo a se formar na consciência, sendo seu centro. Estrutura-se a partir do inconsciente e é, muitas vezes, confundido com o centro organizador e diretor do aparelho psíquico. Conhecer a si mesmo não é conhecer o eu ou ego, que só conhece seus próprios conteúdos, mas, também, aquele centro organizador. O processo de desenvolvimento da personalidade, a individuação, consiste em diferenciar o ego de suas estruturas arquetípicas auxiliares. (Hall, 2011).
Inconsciente Individual e Coletivo: Constitui-se de conteúdos sem energia psíquica suficiente para atingir a consciência. No inconsciente individual ou pessoal, está tudo que sei, mas que não estou pensando no momento ou que esqueci; tudo que é captado subliminarmente, mas não percebido; Já o inconsciente coletivo é a parte da psiquê onde se encontram os conteúdos arquetípicos, onde estão as forças da psiquê. Seu conteúdo não está relacionado de modo perceptível com o eu. Tudo o que faço involuntariamente bem como novas elaborações psíquicas a partir do material existente. Neste último caso atribui-se uma função criativa ao inconsciente. Tudo isso poderá se tornar consciente algum dia. Os conteúdos inconscientes, dispostos de forma simbólica, quando acessíveis pela consciência, deverão sofrer a necessária interpretação (Pieri, 2002). 
Individuação: É o processo de desenvolvimento da personalidade pela diferenciação psicológica do eu. É um processo no qual o ego visa tornar-se diferenciado da coletividade, embora nela vivendo, ampliando suas relações. Para se alcançar a individuação é necessário se evitar as tendências coletivas inconscientes. A individuação leva à realização do Self, e não simplesmente à satisfação do ego. Jung (1991), definiu a individuação como:
“Tornar-se um ser único, na medida em que por individualidade entendermos nossa singularidade mais íntima, última e incomparável, significando que também nos tornamos o nosso próprio si mesmo. Podemos pois traduzir individuação como se tornar si mesmo ou o realizar-se do si mesmo... A meta da individuação não é outra senão a de despojar o si mesmo dos invólucros falsos da persona e das imagens primordiais” (Jung, 1991, pg. 163-164). 
Persona ou máscara: O termo persona deriva das máscaras que os atores gregos usavam para os diversos papéis ou personalidades que interpretavam. É o aspecto ideal do eu que se mostra ao mundo e que se forma pela necessidade de adaptação e convivência pessoal. A identificação do ego com a persona provoca o afastamento de nossa identidade pessoal, isto é, corremos o risco de não sabermos quem realmente somos. Somos, ao mesmo tempo, seres individuais e coletivos, pois temos uma natureza singular como também temos atitudes que nos confundem com a coletividade (Pieri, 2002). 
Projeção: Todos aqueles conteúdos que não conseguimos acessar, mas que se encontram no inconsciente, sofrem um processo de tentativa de busca de reconhecimento através de um mecanismo também inconsciente que é chamado Projeção. Esse é um mecanismo automático, pelo qual os processos de nosso inconsciente, são percebidos nos outros e não em nós (Jung, 1988).
Psiquê: O mesmo que aparelho psíquico. Representa a totalidade das funções psíquicas e todos os processos que envolvem o deslocamento de energia a serviço do processo de individuação. Engloba não só os processos conscientes e inconscientes como também aqueles que fogem ao domínio imediato da realidade. Nele se encontram os opostos que anseiam em se completarem (Jung, 2000)
Self ou Si mesmo: É o centro organizador da psiquê. É o arquétipo da totalidade. É a unidade e a totalidade da personalidade do indivíduo. É o centro do aparelho psíquico, englobando o consciente e o inconsciente. É uma dimensão da qual o ego evolui e se constitui. Jung ( 2001, p. 399) dizia que: “O si mesmo também pode ser chamado ‘o Deus em nós.” Isso nos faz entender melhor qual é a relação entre o centro diretor da consciência e o centro organizador da vida psíquica do indivíduo. O Self é o arquétipo central da ordem, da organização.
Símbolo: Os símbolos são significantes dos arquétipos. Os símbolos arquetípicosexprimem as temáticas relativas à diferente mitos, atuais e da antiguidade e frequentemente são expressões do inconsciente coletivo. Na antiga Grécia representava duas metades de um objeto partido. Como linguagem psicológico, ele tem a função de união entre o consciente e inconsciente, entre o ego e o self, e através dele se dá o processo da síntese dos opostos, no processo de individuação. Os símbolos têm a capacidade de transformar e redirecionam a energia psíquica instintiva em favor do processo de desenvolvimento da personalidade. Eles são produzidos constantemente na psiquê e surgem nos sonhos e nas fantasias (Pieri, 2002). 
Sombra: Representa o que não sabemos ou negamos a respeito de nós mesmos. A sombra é o arquétipo que representa os aspectos obscuros da personalidade e desconhecidos da consciência e que está mais acessível a ela. Normalmente temos resistência em reconhecer e integrar a nossa sombra, o que nos leva inconscientemente às projeções. Essa integração é geralmente feita com relativo esforço moral. A sombra contém o bem e o mal desconhecidos ou negados em nós, ou que não foram conscientizados (Pieri, 2002). 
6.2 Resumo das técnicas da psicoterapia junguiana.
Para que os leitores possam ter noção dos termo e significados utilizados nesta monografia, relacionei uma pequena lista de técnicas utilizadas na psicoterapia junguiana com uma breve explicação:
Amplificação: - É a expansão do significado, realizada pelo analista e o analisando, de uma imagem inconsciente ou figura onírica relacionando-a com um mito, uma religião, um tema literário ou outro sistema metafórico e culturais em conexão com o contexto do analisando (Jung, 1988). 
Análise dos Sonhos: O Sonho na técnica junguiana é uma das formas de acesso ao Inconsciente Pessoal e Coletivo. O sonho nos revela o inconsciente sob a forma de imagem, metáfora ou símbolo. O inconsciente é entendido como sendo uma fonte de reparação, criatividade e auto-regulação. Na teoria Junguiana, não há sonho latente ou oculto. Em vez disso o sonho é considerado uma representação simbólica da psique, e mostra seus conteúdos sob uma forma personalizada ou representacional (Nise, 2001).
 O método Junguiano para a interpretação de sonhos, é o da amplificação das imagens. A amplificação “aclara” ao que sonha, toda a significação possível dos pontos em seu atual sentido presente; Jung investiga na interpretação dos sonhos, principalmente, o “para que”? Qual é a intenção do inconsciente, o que ele pode pretender dizer do que sonha , apresentando-lhe exatamente esse sonho e não outro? E para isso, ele busca ir associando todo o cenário, seus personagens e tramas com os cenários de nossa vida vigio, com as pessoas com as quais nos relacionamos ou mantemos alguma forma de contato, e com os temas que norteiam nossa vida vigio. Em todo esse movimento, o mais importante é perceber qual o estado interior que essas associações nos evocam (Nise, 2001).
Imaginação Ativa: Método desenvolvido por Jung para induzir um diálogo ativo com o inconsciente enquanto a pessoa esta desperta. Sugere-se que o paciente dialogue livremente com o conteúdo previamente escolhido pelo terapeuta, relatando o que vê, fala, ouve e sente para o terapeuta. Fazendo-se posteriormente um entendimento conjunto do material produzido. Ela pode ser usada para dar continuidade de um sonho interrompido criando um desfecho para o sonho ou para dar significação a um sentimento (Nise, 2001). 
Caixa de Areia: O jogo de areia é um método baseado na criação prática e criativa na caixa de areia. O paciente adulto ou criança, cria na caixa de areia várias imagens na areia com miniaturas, envolvendo-se em um processo criativo com corpo, alma e espírito.. Após a cena pronta, a ideia é que o paciente fale sobre a cena, ou melhor, deixe que a cena fale para ele. A cena que montou representa um "retrato psicológico" do momento de vida que está passando (AMMANN, 2002). 
Expressões Artísticas: través da prática da atividade artística (argila, desenho, pintura, música, contos de fada, etc.) é possível estabelecer uma outra via de comunicação (simbólica e não racional) entre paciente e terapeuta. A técnica consiste em que não se interprete para o paciente a sua produção artística e sim que se construa um entendimento de como se deu esta produção e dos sentimentos que apareceram durante a sua execução (NiSE, 2001). 
7- ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PSICOTERAPIA BREVE DE ORIENTAÇÃO JUNGUIANA
As pesquisas realizadas sobre psicoterapia breve na orientação junguiana são poucas, apesar de nos Institutos Junguianos do Brasil terem uma prática entre os estagiários e mesmo entre alguns profissionais desta área, incluindo aqueles que atendem os planos de saúde e as demandas focais de seus pacientes, há poucos escritos sobre esta modalidade de psicoterapia especificamente junguiano. Assim, nesta etapa vou analisar três pesquisas realizadas, duas com grupos e somente uma de forma individual, pois após diversas pesquisas sobre psicoterapia breve de orientação junguiana, encontrei somente uma pesquisa realizada de forma de psicoterapia individual.
 
7.1 Pesquisa: Envelheser: - A busca do sentido da vida na terceira idade, uma proposta de psicoterapia Grupal Breve de Orientação Junguiana.
 A primeira pesquisa que vamos analisar, foi realizada em 2008 por Schwarz, com o título: EnvelheSer – A busca do sentido da vida na terceira idade, uma proposta de psicoterapia Grupal Breve de Orientação Junguiana. Foi realizada como Tese de Doutorado do Instituto de psicologia da Universidade de São Paulo-SP (Schwarz, 2008). 
Trata-se de um estudo realizado com um grupo de sete idosos, sendo um homem e seis mulheres, com idade entre 60 e 70 anos, alunos de uma universidade livre de terceira idade, da região do ABC paulista. Antes do inicio da terapia breve, foram realizadas entrevista diagnósticas semiestruturadas e o teste de Rorscharch, de forma individual e em grupo, visando avaliar e evolução de cada participante e do grupo, antes e pós processo psicoterapêutico. 
Foram realizado 14 sessões no total, durante três meses, sendo as duas primeiras de avaliação com entrevista e teste e a última de follow up após o término da psicoterapia de grupo. 
Foram utilizadas técnicas de psicoterapia grupal e técnicas expressivas como o desenho e a pintura. O foco foi delimitado na avaliação da autoestima antes e após a psicoterapia, além deste ponto, foram verificados também os níveis de controle da ansiedade, os níveis de crítica, os níveis dos medos associados às relações interpessoais, o controle da impulsividade, as manifestações emocionais espontâneas e a abertura para o contato social. 
Outra questão importante avaliada no grupo foi o processo de individuação. A OMS vem incentivando os idosos a manterem-se com autonomia, ativos, independentes e relacionando-se em grupo. De acordo com Jung (apud Schwarz, 2008) isto só pode ocorrer se a pessoa estiver no processo de individuação; Hillman acrescenta que a tarefa nesta fase da vida é “moldar a força do caráter”. Este autores ainda a necessidade dos idosos confrontarem suas limitações e os conflitos do envelhecer. Este processo fica facilitado na medida em que manter-se em relação com sua força orientadora interior, o Self. Assim, se torna possível a expansão da consciente e se torna possível uma transformação. 
O Processo de individuação foi facilitado pela psicoterapia breve, os idosos participantes do grupo, perceberam esta necessidade de autoconhecimento para poderem seguir adiante na busca de uma vida mais plena, no presente e no futuro.
Foi estimulado no grupo a interiorização pela mobilização da energia psíquica para o interior a partir do sofrimento psíquico apresentado pelo grupo em processo de psicoterapia. Esta ocorreu na forma de autoanalise e na busca de se autoconhecer. Como o acumulo de energia interior, promover o desenvolvimento do self individual, bem como estruturar o self do grupo.
Schwarz (2008), identificou que o processo terapêutico grupal favoreceu a estruturaçãodo Self relacional e do Self grupal. E que houve para cada individuo do grupo a oportunidade de confrontar os seus conflitos, a sua sombra, que foram facilitadas pelo acolhimento e o apoio do grupo, um olhar para dentro, ficar mais perto de si mesmo e buscar o significado de sua existência. 
Também foram trabalhadas questões da religiosidade com o grupo. Brennan (apud, Schwarz, 2008),entende o self com uma centro espiritual da psiquê, e que a crise que se inicia na meia idade é uma “bússola” que possibilita o consciente ir nesta direção, ativando sentimentos mais altruístas como o amor, a criatividade e a compaixão. Ao experimentar esta dimensão espiritual, é possível encontrar um novo significado na vida, com mais plenitude e esperança, possibilitando o individuo continuar crescendo.
Na medida em que algumas conscientizações e transformações foram ocorrendo, individualmente começou a ocorrer um aumento na autoestima de cada membro do grupo. Foi usado a dialética com as imagens surgidas e consigo mesmo e o grupo. Os recursos terapêuticos expressivos e da dialética foram muito importantes para a ampliação da consciência e a transformação (Schwartz, 2008).
 A melhora foi balizada de acordo com as dificuldades de iniciais e as evoluções ocorridas. As participantes se mostraram inicialmente apresentaram autocentramento, sentimentos individualistas, dificuldades de partilhar, empatia limitada e condições infantis de se relacionar, sentimentos primitivos de rivalidade. Uma paciente apresentou excesso de abertura e dependência dos outros e um paciente masculino apresentou dificuldade de integração e sentimento de exclusão do grupo.
Após processo terapêutico, verificou-se que:
- O grupo teve um aumento dos interesses pelas relações humanas;
- Houve redução do nível de crítica, da ansiedade e de análise detalhista; 
- Aumento da empatia e acolhimento do sofrimento do outro;
- Estruturação do Self relacional;
- Houveram transformações nos sentimentos
- Processo de individuação facilitado pela psicoterapia 
- Apresentaram melhores condições egóicas do controle da carga instintiva e da impulsividade 
- Melhor controle Emocional, sem perda da espontaneidade das expressões afetivas;
Estes achados, também foram encontrados por Gavião (apud Schwartz, 2008) que a psicoterapia breve de grupo possibilitou o desenvolvimento de uma maior estabilidade emocional, um controle importante numa fase de profundas transformações que ocorrem na terceira idade. 
A autora deste estudo apontou possibilidades e limitações da psicoterapia breve. Percebeu as limitações da psicoterapia breve para se atingir um nível mais profundo da psiquê. O limite encontrado foi trabalhar um fenômeno psicológico típico nesta fase da vida, no envelhecer muitos idosos apresentam uma certa infantilização dos sentimentos, e na terapia breve não foi possível trabalhar com o nível de profundidade para amadurecer e transformar estes sentimentos. 
No entanto percebeu que alguns elementos técnicos da psicoterapia breve, como questão do foco, que em conjunto com a visão da psicologia junguiana e seu corpo teórico psicoterapêutico, ajudaram a mobilizar a energia psíquica que estava no inconsciente se movimentasse para o consciente, possibilitando que o processo fosse agilizado. E assim, Schwarz (2008, pg. 223), finaliza dizendo: “Considero que a Psicoterapia Grupal Breve pode ser um valioso meio para ativar esse movimento em direção à individuação do idoso”. 
7.2 Segunda Pesquisa: Corpo deficiente e individuação: um olhar sobre pessoas com deficiência física adquirida a partir da psicoterapia breve de orientação junguiana individual.
O próximo trabalho de pesquisa que passaremos a analisar, é uma pesquisa de psicoterapia breve individual na abordagem junguiana e foi realizada por Rodrigues (2009), e tem como título: - Corpo deficiente e individuação: um olhar sobre pessoas com deficiência física adquirida a partir da psicoterapia breve de orientação junguiana. Esta monografia fez parte da formação de mestrado da autora pelo Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo/SP. 
Participaram da pesquisa três pacientes, com diagnóstico diferentes, mas apresentaram em comum as deficiências físicas limitantes: uma paciente mulher com sequelas de mobilidade decorrente de um Acidentes Vascular Cerebral (AVC); um paciente tetraplégico e uma pacientes com amputação transfemural. 
A terapeuta, fez parte de uma equipe multidisciplinar de um centro clínico de recuperação pós alta hospitalar e seu trabalho era fazer a psicoterapia de apoio focal com os pacientes em recuperação.
 Nesta pesquisa, ela buscou identificar (Rodrigues, 2009, pg. 8) a: 
 “apropriação da persona do deficiente físico e integração criativa dos aspectos sombrios que caracterizam a perda física; corpo deficiente como símbolo da maneira de se relacionar com o mundo e consigo mesmo; análise do destino que vinha se configurando em contraposição às alterações propiciadas pela deficiência e retomada do caminho engendrado pelo Self, a partir da assimilação criativa da deficiência ao cotidiano”.
O prazo médio dos atendimentos na instituição eram de seis meses e os casos estudados variaram de seis a nove meses. 
Em sua prática na psicoterapia breve junguiana individual, Rodrigues (2008), teve dificuldades de encontrar material na abordagem junguiana sobre o tema, e também sobre psicoterapia junguiana voltada para instituições de saúde; o principalmente motivo citado por ela, é que a psicoterapia analítica é considerada uma abordagem mais profunda. 
Ela se baseou em dois estudos, um sobre perda física e o outro sobre crianças com câncer terminal pesquisados na psicoterapia com referencial teórico na abordagem Junguiana, bem como na literatura clássica e moderna. Ela construiu sua própria forma de trabalhar e apesar de conhecer diversas técnicas expressivas como o trabalha com argila, com a caixa de areia, pintura, etc.; ela optou por trabalhar com a dialética verbal, abrindo espaços de reflexão e da aproximação dos conteúdos psíquicos acionados pelas perdas físicas; elegendo o foco de acordo com as necessidades de seus pacientes em decorrência das perdas físicas, emocionais e sociais. Elegendo como objetivo a compreensão das reais limitações dos pacientes, o reconhecimento das potencialidades de cada paciente e a retomada do processo de individuação (Rodrigues, 2009).
Ela entende com os teóricos da psicoteria breve, que não é possível uma exploração profunda dos conteúdos inconscientes, mas que durante seus atendimentos, percebeu que conteúdos inconscientes eram mobilizados ao longo do processo e são importantes na elaboração das questões conscientes. 
Ela defende que alguns elementos da psicoterapia de longo prazo possam ser usados na psicoterapia breve, como por exemplo o processo de individuação, pois todas as pessoas vivem este processo de uma forma inconsciente precisando conscientizar isto na terapia. As ocorrências da vida, às vezes de forma brusca, colocam o individuo de frente com as questões do consciente e do inconsciente, e afastam o individuo da relação interna entre Ego e Self (Rodrigues, 2009).
Ela entende que mesmo sendo breve a terapia, o individuo acaba entrando em contato com sua sombra inconsciente e com as questões da sua persona, tornando-se necessário trabalhar o restabelecimento do fluxo psíquico na relação entre consciente e inconsciente, entre Ego e Self (Rodrigues, 2009). 
No caso do seu estudo, os pacientes entraram em contato com a sombra explícita na deficiência que representa a persona adquirida pós acidente. E foram necessário a confrontação destes conteúdos. As intervenções psicoterápicas se deram com o objetivo de resgatar a Alma que foi perdida em decorrência do acidente corporal.
Após o processo da psicoterapia breve de orientação Junguiana Rodrigues (2008) percebeu mudanças significativas, pois houve a aceitação e integração das personas modificadas (imagem corporal deficiente) pelos três pacientes.
Cada paciente passou a aprender a lidar melhorcom suas limitações e explorar criativamente novas formas de viver, valorizar cada avanço, cada pequeno ganho e redescobrir os prazeres possíveis. 
Percebeu-se que os pacientes estabeleceram/reestabeleceram a relação com o Self, aprendendo a viver o seu destino individual e integrando ao ego.
A espiritualidade e fé pré-existente em cada paciente e refletidas nas sessões de psicoterapia, se tornaram muito importantes neste processo. Auxiliando no enfrentamento e na dissolução dos bloqueios da energia psíquica. Levando os pacientes a reentrarem do fluxo do seu processo de individuação. 
7.3 Terceira pesquisa: Estudo psicológico de pacientes obesas mórbidas com transtorno da compulsão alimentar periódica, pós cirurgia bariátrica, em psicoterapia grupal breve, com abordagem Junguiana.
Este estudo foi realizado por Costa (2009), como parte de sua formação em mestrado em Psicologia Clínica pela PUC São Paulo e foi realizado em 2009. O objetivo foi compreender o resultado da psicoterapia grupal breve de orientação junguiana em pacientes obesas mórbidas pós-cirurgia bariátrica, com o transtorno da compulsão alimentar periódica, pós-cirurgia bariátrica; pois a autora tinha uma pratica clínica nesta área há mais de dez anos, sem realizar pesquisa científica a fim de verificar a eficácia da psicoterapia breve de orientação analítica neste grupo. 
Foi avaliado se interferência da psicoterapia breve junguiana pode auxiliar na manutenção dos ganhos cirúrgicos da manutenção do peso e na conscientização da alimentação, do corpo e na redução da compulsão alimentar. Além disso, avaliar como os pressupostos da psicoterapia junguiana poderiam contribuir neste processo (Costa, 2009).
Foram realizadas dezessete sessões no total, sendo as três sessões iniciais com a finalidade de orientar e avaliar as participantes da pesquisa do grupo de psicoterapia, com a aplicação do teste da Escala de Compulsão Alimentar Periódica e a realização da Entrevista Breve (MINI). Após, a avaliação foram realizadas doze sessões psicoterapêuticas grupais breve na orientação junguiana no período de três meses, com doze temas pré-definidos, como segue (Costa, 2009, p. 31):
1). Alimentação - seus conflitos atuais e comportamento;
2). A relação atual com o corpo;
3). A reeducação alimentar; 
4). Sentimentos com relação a comer sozinha ou acompanhada (com a família e/ou outras pessoas);
5). Relacionamentos sociais e a imagem corporal atual;
6). Relacionamentos pessoais (cônjuge) e a aceitação da nova imagem corporal;
7). Ansiedade e angústia com relação à alimentação;
8). Estado de humor e alimentação;
9). Ser mulher e as novas roupas;
10). Sentimentos com relação à sabotagem da família e à alimentação;
11). Alimentação: saúde, prazer e qualidade de vida atual;
12). Expectativa em relação à proposta de uma nova vida.
E por último foram realizadas duas sessões de avaliação dos resultados, com reaplicação do teste da Escala de Compulsão Alimentar Periódica e da Entrevista Breve (MINI). 
A relação que o grupo estabelecia com o corpo antes do emagrecimento era difícil, o que se pode comprovar em expressões como “casas estranhas”, “não era meu” e “queria tirar essa parte fora”. São corpos rebeldes que a mente não controla. O corpo da obesa mórbida é fonte de dor, sofrimento e desprazer; sente-se “feia e desfigurada”, sem flexibilidade, pouco ágil e pesada, enquanto a mente tem um potencial que pode ser expresso em qualquer idade ou aparência (Costa, 2009).
Evidenciou-se inicialmente que os indivíduos não refletiam muito nas suas necessidades e propósitos de vida, estavam mais voltados para as necessidade de seus familiares. Seus desejos estavam focados no prazer que a alimentação proporcionava e não refletiam sobre outras necessidades e desta forma, havia se instalado a obesidade mórbida criando, um aumento considerável, dos riscos de doenças decorrentes da obesidade e a possibilidade de morte (Costa, 2009). 
De acordo com Woodman (apud Costa, 2009, pg. 54):
“O processo da individuação pode ser observado no corpo durante o tratamento da obesidade. Esta é um sintoma neurótico da cultura ocidental que se caracteriza pela repressão do feminino que, somatizado, manifesta-se de forma demasiadamente palpável no corpo da pessoa obesa. A presença da obesidade mórbida e o tratamento com a Cirurgia Bariátrica são considerados uma fase de transição, isto é, um caminho interessante para conceitualisar respostas humanas a mudanças”. 
As pacientes fizeram mudanças significativas em suas vidas para manterem os ganhos da cirurgia bariátrica, buscando a cura interna se manifestasse para superar os complexos inconscientes (Costa, 2009). 
A doença é interpretada como um Símbolo e facilita a união entre o consciente e o inconsciente. Esta forma de ver é altamente transformadora e buscada dentro dos processos psicoterapêuticos. Os Símbolos são a comunicação do Self inconsciente com o Ego consciente. Esta interação recoloca o sujeito no processo de individuação. Este processo psicoterapêutico foi buscado pela terapeuta e permeou todo o trabalho com o grupo terapêutico; com o objetivo de experimentar a doença como transição, como um símbolo (Costa, 2009). 
Segundo este ponto de vista, a vivência de transição implica “numa reestruturação do indivíduo que o levará à descoberta de novos significados em sua vida, levando-o a uma nova vida pós – transacional”. 
Os resultados, da psicoterapia breve de orientação junguiana com o grupo e de forma breve, foram positivos, pois auxiliaram na manutenção dos ganhos cirúrgicos da manutenção do peso e na conscientização da alimentação e do corpo. Também contribuiu na diminuição compulsão alimentar. Este processo de autoconhecimento e análise, contribuíram para que as pacientes adquirissem a conscientização e as levou a pensar sobre o sentido de suas vidas e entrassem em um fluxo psíquico de movimento na direção do processo de individuação (Costa, 2009).
Ainda sobre a análise dos resultados, Costa (2009), considera que a psicoterapia breve de orientação Junguiana atingiu os resultados buscados nesta pesquisa. Porém não possibilitou uma análise mais profunda por ser focal e com tempo definido, porém se mostrou adequada para o que se propôs, como psicoterapia breve. Para aquelas pacientes que surgiu a necessidade de aprofundamento de suas questões individuais foi orientado a busca de psicoterapia individual de longo prazo.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na atualidade nos defrontamos com muitos desafios na vida moderna e por consequência natural desafios da psicologia, perante a psicopatologias que surgem. Hoje em dia as pessoas estão mais individualistas e solitárias, acrescentando novas patologias com o aumento significativo da depressão e da ansiedade no Brasil e no mundo. O desenraizamento psicológico das tradições ancestrais da humanidade e o distanciamento da espiritualidade genuína, produzem um mal estar maior com a falta de sentido na vida. Juntando a isto, há no momento, um aumento das dificuldades econômicas e financeiras, onde a maior parte da população possui restrições de gasto, tendo menor acesso à saúde física e mental. Neste contexto para atender as demandas no campo da saúde mental a psicologia fez movimentos adaptativos. A psicoterapia de forma breve foi uma destas adaptações para atender estas demandas de atendimento psicológico, principalmente pelas crises pelas quais e o individuo passa.
Esta monografia teve como objetivo verificar os pressupostos teóricos comuns com a psicoterapia breve e a abordagem junguiana; a possibilidade de realizarmos uma psicoterapia breve na orientação Junguiana, e a eficácia do resultado de algumas práticas existentes na atualidade nesta abordagem na forma breve. O questionamento principal é se - Se a psicoterapia de orientação junguiana traz contribuição para esta prática de psicoterapia breve?
Foi verificado na analise da literatura que esta modalidade de psicoterapia tem suas limitações, pois todos os autores citam que é necessário uma boa estrutura de ego; também citam suas restrições parapsicopatologias mais graves, por exemplo, pode ser indicada para um paciente com depressão leve ou moderada, mas não para uma pessoa com depressão grave. No entanto verificam vantagens para as pessoas que tem este pré requisito e tem limitações financeiras e de tempo.
Os diversos autores consultados que atuaram com psicoterapia breve na abordagem junguiana, foram unânimes sobre a necessidade da abertura abordagem junguiana para os atendimentos da terapia breve e que esta seja uma alternativa aos atendimentos de longa duração. Foi constatado também que os terapeutas identificam os fatores em comum entre a psicoterapia breve e abordagem junguiana.
 Como foi visto, os principais elementos em comum entre a psicoterapia breve e a psicoteria junguiana são a postura do analista é mais participativa e ativa. Também há uma parceria de trabalho entre analista e paciente, A posição no setting já é frente a frente, também o foco de trabalho não é na transferência e algumas técnicas aplicadas são mais objetivas e, em alguns momentos, possuem um foco. Importante citar que todos os pesquisadores utilizaram de forma integrada os elementos da terapia breve com os pressupostos junguianos, privilegiado estes últimos, quando em algum conflito com a abordagem analítica.
Também tivemos a oportunidade de verificar que existem poucos escritos e pesquisas sobre a psicologia junguiana na forma breve. Apesar disto, podemos refletir sobre as contribuições que a psicoterapia analítica pode trazer nesta forma de abordagem, com algumas limitações naturais por sua limitação de tempo. O processo de individuação é uma delas, e é juntamente com a transformação a meta maior nesta abordagem; procura-se favorecer o desbloqueio da energia psíquica do individuo na direção para o seu desenvolvimento integral, incluindo corpo, mente, alma e o sentido da vida. 
Além do processo de individuação e o processo de transformação, a psicologia junguiana trouxe diversas contribuições teóricas e técnicas, que contribuíram a psicoterapia breve. Entre estas, temos as técnicas expressivas, como a argila, o desenho, a pintura, o trabalho com sonhos, com a projeção, etc. Contribuindo com mobilização da energia psíquica e espirituais do paciente.
 Verificamos também, a possibilidade de adotarmos estágios da psicoterapia: como a Confissão (ou catarse) onde ocorre o desabafo do paciente, a Elucidação, onde se busca o entendimento histórico e teológico da crise, a busca da educação como uma forma de auto-superação e transformação, como uma forma de síntese, numa nova relação consigo mesmo, entre ego e self, quando resgata o equilíbrio e retoma o fluxo psíquico, e por consequência de vida. Estas fases podem nortear o processo terapêutico.
Em relação ao tempo da psicoterapia breve junguiana, uma forma diferenciada de trabalhar com os tempos, variando de seis sessões até no máximo de cem sessões, dependendo do nível profundidade se deseja, desde um apoio, passando focos mais superficiais, até a níveis mais profundos. 
Nas pesquisas sobre psicoterapia breve junguiana foram identificado à utilização de todos estes recursos, desde a dialética até o uso de técnicas expressivas, bem como temas pré-definidos de discussão nas psicoterapias de grupo na forma breve de orientação junguiana. Foi identificado também que a análise psicodinâmica e as hipóteses diagnósticas foram baseadas nos da teoria junguiana.
Na pesquisa, sobre a busca do sentido da vida no envelhecer, o foco foi estabelecido com o grupo e de acordo com suas necessidades. O foco escolhido foi à autoestima decorrente da crise do desenvolvimento. Foi analisado as condições de ego dos participantes, sendo que sete apresentaram boa estrutura e três não, mas como não comprometiam o grupo e se tratando de uma pesquisa, foram aceitos no pela terapeuta e pesquisadora.
Com um tempo preconizado, de quatorze sessões, o trabalho psicológico não poderia atingir níveis muito profundos, no entanto foi possível trabalhar temas importantes no processo de individuação, como autonomia, independência, afetividade e abertura a novos relacionamentos, utilizando-se da dialética e de técnicas expressivas e também da análise dos sonhos.
Como etapas balizadoras foram utilizadas a Confissão, a Elucidação, a Educação e a Transformação, com resultados positivos. Buscou-se na psicoterapia do grupo o reconhecimento da sombra, da persona e do complexos relacionados ao foco, com o objetivo de estabelecer uma relação com o self individual e grupal.
Schwarz verificou a eficácia da psicoterapia breve de orientação junguiana com o grupo de idosos, e confirmou os seus pressupostos teóricos que a abordagem junguiana acrescenta elementos adicionais importantes à psicoterapia breve. Mas também detectou os limites nesta forma breve da psicologia junguiana, pela limitação do tempo.
 A segunda pesquisa analisada foi sobre a psicoterapia junguiana na forma breve individual. Esta foi realizada com três pacientes em crise decorrente das limitações da deficiência ocorridas de forma repentina. O foco elegido foi o processo de individuação, trabalhando com os aspectos da persona e da sombra, bem como o desenvolvimento do self.
 O tempo delimitado foi de vinte e quatro sessões a trinta e oito sessões, o que possibilitou uma abordagem um pouco mais profunda com os pacientes. 
Ele estabeleceu sua forma própria de psicoterapia breve de orientação junguiana unindo os pressupostos teóricos da psicoterapia breve e a teoria junguiana. Trabalhou de forma dialética com os pacientes e na análise dos sonhos. Analisou a relação ego/self e as resistências dos pacientes a entrarem em contato com os seus conflitos. Deu ênfase na história pessoal de cada paciente e utilizou como recurso terapêutico a imagem da deficiência como símbolo. Deu ênfase ao processo de individuação e a espiritualidade como forma de resgatar o sentido e o significado da vida. 
Rodrigues acrescentou aos estudos da abordagem junguiana na modalidade breve a inclusão de elementos um pouco mais profundos da psiquê, que dentro de certos limites, teve bons resultados. Ele também obteve resultados positivos no na elaboração da sombra e da persona, bem como do resgate da Alma e do sentido da vida perdidos pós acidente. 
Além de um alcance mais profundo da psicoterapia breve, o que Rodrigues colabora e acrescenta é inclusão de uma variação maior no espectro do tempo, variando de oito sessões a cem sessões, dependendo do nível de profundidade que se deseja alcançar.
O terceiro estudo, sobre psicoterapia breve na aborda junguiana, foi realizado com um grupo de obesas pós-cirurgia bariátrica. Nesta pesquisa não tivemos ampliações significativas das contribuições técnicas da abordagem junguiana. Pois a terapeuta pesquisadora não utilizou técnicas expressivas e ficou mais nas técnicas tradicionais da terapia junguiana de longa duração, utilizando a dialética e a interpretação das imagens da história de vida e da vivência diária dos pacientes. Na sua prática valorizou a imagem e o símbolo. Faltando a utilização de recursos dos sonhos como linguagem do inconsciente e do self e da utilização de técnicas expressivas. Ela deu ênfase ao sonho consciente, relacionados a objetivos a serem alcançados, os sonhos de realização. Estes últimos tiveram uma influência no trabalho terapêutico.
Os pressupostos para avaliação da psicodinâmica das pacientes, a hipótese diagnóstica e os objetivos a serem alcançados foram realizadas na abordagem junguiana. As técnicas utilizadas foi uma integração entre a psicoterapia breve, a terapia de grupo e a psicoterapia breve de orientação junguiana. Os temas trabalhados foram pré-definidos, o que proporcionou melhores condições para se manter o foco. Basicamente as intervenções foram interpretativas da subjetividade, buscando-se entender a representação simbólica da experiência corporal e das interações verbais e não verbais no grupo.
Dentro do espectro do tempo, foram realizados dezessete sessões, que dentro desta revisão bibliográfica, atinge níveis mais superficiais da psiquêe do tratamento. Foram feitas avaliações qualitativas e quantitativas, com o uso de escalas, antes e depois da psicoterapia breve, com resultados positivos.
Apesar da não utilização de técnicas expressivas, que poderiam ter trazido maiores contribuições, os resultados apresentados pós psicoterapia breve de grupo de orientação junguiana foram alcançados. Os ganhos pós-cirúrgicos bariátricos foram mantidos e uma diminuição da compulsão alimentar, com acréscimo de auto-conhecimento, o resgate do sentido da vida, um maior reconhecimento da dimensão espiritual do ser, e uma maior fluidez da energia psíquica na direção do processo de individuação.
Na minha observação das pesquisas, constatei que não há uma uniformidade nas técnicas utilizadas pelos terapeutas junguianos que trabalham na modalidade de psicoterapia breve. Todos no entanto usam de forma integrada os pressupostos da abordagem junguiana e a psicoterapia breve, bem como os pressupostos teóricos junguianos da forma de longa duração. 
Os meus objetivos iniciais foram alcançados. Identificamos os elementos técnicos e teóricos que fundamentam a prática da psicoterapia breve e suas afinidades com abordagem junguiana. Conseguimos verificar os elementos técnicos e teóricos para fundamentar a prática da psicoterapia breve individual na abordagem analítica e suas contribuições para esta modalidade de psicoterapia, incluindo os elementos da psicologia junguiana clássica de longa duração com suas adaptações necessárias ao foco e a limitação do tempo. E assim constatou-se que a psicologia analítica pode colaborar para as necessidades terapêutica com as necessidades da sociedade pós moderna, neste momento atual de vida dinâmica e limites financeiros, onde a depressão, a ansiedade e a falta de sentidos tem crescido significativamente.
Durante esta revisão bibliográfica e revisão de trabalhos científicos de pesquisa, temos ciência que não esgotamos o tema, e que este trabalho é uma pequena contribuição a mais na elaboração de uma psicologia breve que inclua a Alma, e que novas pesquisas nesta área são necessárias para termos uma melhor fundamentação teórica e técnica.
 Também, ficamos tentados a analisar as pesquisas da abordagem breve de orientação junguiana em hospitais (Furigo, 2006 ), que são outra forma de enfoque, pois são atendimentos muito rápidos e pontuais, ficando fora dos parâmetros aqui pesquisados; porém estes podem ser de inspiração para outras pesquisas nesta área, pois a psicoterapia junguiana pode contribuir muito com todas as formas de terapia.
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