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TCC JO E MONTEIRO 2

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UNIVERSIDADE LUEJI A´NKONDE 
Lunda-Norte Lunda-Sul Malange 
Faculdade de Economia 
Curso de Economia 
 
 
 
 
Título: PADRÃO DE LOCALIZAÇÃO DAS ACTIVIDADES 
ECONÓMICAS E ESPECIALIZAÇÃO DAS PROVÍNCIAS DE 
ANGOLA, A PARTIR DO EMPREGO FORMAL. 
 
 
 
 
Autores: Jó Nelson 
 Monteiro Cláudio Corage 
 
 
 
 
 
 
Dundo, 2018 
 
 
 
UNIVERSIDADE LUEJI A´NKONDE 
Lunda-Norte Lunda-Sul Malange 
Faculdade de Economia 
Curso de Economia 
 
 
 
Título: PADRÃO DE LOCALIZAÇÃO DAS ACTIVIDADES 
ECONÓMICAS E ESPECIALIZAÇÃO DAS PROVÍNCIAS DE 
ANGOLA, A PARTIR DO EMPREGO FORMAL. 
 
 
 
 
Trabalho de Fim de Curso para a obtenção do 
título de Licenciado em Economia. 
 
 
Autores: Jó Nelson 
 Monteiro Cláudio Corage 
 
 
Orientador: Dr. Adriano João Neto 
 
 
Dundo, 2018 
 
 
"É preciso sentir a necessidade da experiência, da observação, ou seja, a 
necessidade de sair de nós próprios para aceder à escola das coisas, se as queremos 
conhecer e compreender". 
 
Émile Durkheim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
i 
 
DEDICATÓRIA 
A presente monografia é dedicada especialmente as nossas famílias, colegas, 
amigos, professores e a todos que directa ou indirectamente ajudaram-nos neste 
percurso académico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ii 
 
AGRADECIMENTOS 
À Deus por nos dar saúde e força para superar as dificuldades, pois sem Ele nós 
não teríamos forças para essa longa jornada, porque Ele permitiu que tudo isso 
acontecesse, ao longo das nossas vidas. É o maior Mestre que alguém pode 
conhecer. 
A Universidade Lueji A´Nkonde, e à Faculdade de Economia pela oportunidade 
que nos concederam em frequentar o curso de Economia. 
Ao Professor Adriano João Neto, pela orientação, apoio e confiança, na 
elaboração desta monografia e à todos os Professores por nos proporcionarem o 
conhecimento, não apenas racional, mas como também a manifestação do carácter 
e afectividade da educação. 
Aos nossos pais, irmãos, esposas, filhos e à toda nossa família, pela educação e 
por tudo que colocaram a nossa disposição para que a presente monografia se 
tornasse uma realidade. Aos nossos amigos e colegas, pelo incentivo e pelo apoio 
constante e à todos que directa ou indirectamente fizeram parte da nossa 
formação, o nosso muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
iii 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
INE – Instituto Nacional de Estatística 
EUA – Estados Unidos de América 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
iv 
 
LISTA DE QUADRO 
Quadro nº 2.1: Matriz de informação.................................................................30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
v 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela nº 3.1: Análise de dados sobre a população empregada, segundo actividade 
económica principal por província......................................................................36 
Tabela nº 3.2: Análise do quociente de localização.............................................38 
Tabela nº 3.3: Análise do coeficiente de associação geográfica das actividades da 
economia de Angola em 2014.............................................................................40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vi 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico nº 3.1: Análise do coeficiente de localização para cada actividade 
económica de Angola em 2014...........................................................................39 
Gráfico nº 3.2: Análise do índice de Hirschman-Herfindahl das actividades 
económicas de Angola em 2014.........................................................................41 
Gráfico nº 3.3: Análise do índice de entropia das actividades económicas de 
Angola em 2014..................................................................................................42 
Gráfico nº 3.4: Análise do índice de entropia normalizado das actividades 
económicas de Angola em 2014.........................................................................43 
Gráfico nº 3.5: Análise do coeficiente de especialização das províncias de Angola 
em 2014...............................................................................................................44 
Gráfico nº 3.6: Análise do índice bruto de diversificação de Roger...................45 
Gráfico nº 3.7: Análise do índice entropia de especialização...............................46 
Gráfico nº 3.8: Índice de entropia normalizado de especialização.......................47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vii 
 
RESUMO 
Esta monografia analisa o padrão de localização das actividades económicas e a 
especialização das dezoito províncias de Angola no ano 2014, a partir do emprego 
formal. Para isso, utilizou-se o método de análise regional através das medidas de 
localização e especialização. Os resultados apontam que, não houve um padrão 
de concentração de nenhuma actividade económica em Angola no período 
analisado, e não houve especialização de nenhuma província de Angola no 
referido período. E o coeficiente de associação geográfica mostra que a actividade 
industrial, construção, comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos 
automóveis e motociclos, transporte, armazenagem e comunicação, actividades 
administrativas e dos serviços de apoio, administração pública e defesa, segurança 
social obrigatória e a educação apresentam associações significativas entre si, e 
as actividades da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, e as 
actividades não declaradas, não apresentam associações significativas com outras 
actividades económicas. 
Palavras-chave: Localização; Especialização; Actividades económicas; 
Emprego formal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
viii 
 
ABSTRACT 
This monograph analyzes the pattern of location of economic activities and 
specialization in the eighteen provinces of Angola in the year 2014 from formal 
employment. For this, the method of regional analysis was used through the 
measures of localization and specialization. The results indicated that there was 
no pattern of concentration of any economic activity in Angola during the 
analyzed period, and there was no specialization of any province of Angolan in 
that period. And the coefficient of geographical association shows that industrial 
activity, construction, wholesale and retail trade, repair of motor vehicles and 
motorcycles, transport, storage and communication, administrative activities and 
support services, public administration and defense, compulsory social security 
and education have significant associations with each other, and the activities of 
agriculture, animal production, hunting, forestry and fishing, and undeclared 
activities, do not show significant associations with other economic activities. 
Keywords: Location; Specialization; Economic activities; Formal employment. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICE 
DEDICATÓRIA ..................................................................................................... i 
AGRADECIMENTOS .......................................................................................... ii 
LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................ iii 
LISTA DE QUADRO .......................................................................................... iv 
LISTA DE TABELAS .......................................................................................... v 
LISTA DE GRÁFICOS ....................................................................................... vi 
RESUMO ............................................................................................................ vii 
ABSTRACT .......................................................................................................viii 
INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1 
Formulação do problema científico ...................................................................... 2 
Hipótese ................................................................................................................. 2 
Justificação da pesquisa ........................................................................................ 2 
Objectivos .............................................................................................................. 3 
Objectivo geral ................................................................................................... 3 
Objectivos específicos ........................................................................................ 3 
Delimitação da pesquisa ........................................................................................ 3 
Constrangimentos .................................................................................................. 4 
Estrutura do trabalho ............................................................................................. 4 
CAPÍTULO 1- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................... 6 
 1.1- Estudo da Economia Regional .................................................. 6 
 1.2- Definição da Economia Regional ........................................... 11 
 1.3- Indicadores de localização ...................................................... 13 
 1.3.1- Quociente de localização (QLik) ................................... 13 
 1.3.2- Coeficiente de localização (CLK) ................................. 15 
 1.3.3- Coeficiente de associação geográfica ( Cagik) .............. 17 
 1.3.4 – Índice de Hirschman-Herfindahl (HHk) ...................... 18 
 1.3.5 – Índice de entropia (Ek) ................................................ 19 
 
 
 1.3.6- Coeficiente de redistribuição sectorial ( CRk) .............. 20 
 1.4- Indicadores de especialização ............................................... 21 
 1.4.1- Quociente de especialização (QEik) .............................. 21 
 1.4.2- Coeficiente de especialização (CEi) ............................. 22 
 1.4.3- Índice bruto de diversificação de Rogers (IBDRi) ....... 23 
 1.4.4- Índice de entropia de especialização ( Ei ) .................... 25 
 1.4.5- Coeficiente de reestruturação (Cri) ............................... 26 
CAPÍTULO 2 - METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO ................................ 28 
 2.1 - População, amostra e variáveis .............................................. 28 
 2.2 - Fontes dos dados e tipos de abordagens ................................ 28 
 2.3 - Procedimentos metodológicos ............................................... 29 
 2.3.1 - Técnicas de Análise utilizadas ..................................... 30 
 2.3.2 - Níveis metodológicos utilizados ................................. 31 
 2.4 - Fase de análise de dados, apresentação e interpretação dos 
resultados, conclusões e recomendações. ........................................................ 33 
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE DE DADOS, APRESENTAÇÃO E 
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ........................................................ 34 
 3.1 - Análise de dados sobre a população empregada, segundo 
actividade económica principal por província ................................................ 34 
 3.2 - Quociente de localização (QLik) ............................................ 37 
 3.3 - Coeficiente de localização (CLk) ........................................... 39 
 3.4 - Coeficiente de associação geográfica (Cagik) ........................ 40 
 3.5 - Índice de Hirschman-Herfindahl (HHk) ................................ 41 
 3.6 - Índice de entropia (Ek) ........................................................... 42 
 3.7 - Índice de entropia normalizado (E´K) .................................... 43 
 
 
 3.8 - Coeficiente de especialização (CEi) ..................................... 44 
 3.9 - Índice bruto de diversificação de Rogers (IBDRi) ............... 45 
 3.10 - Índice de entropia de especialização (Ei) ........................... 46 
 3.11 - Índice de entropia normalizado de especialização ( E´i) .... 47 
CONCLUSÕES ................................................................................................... 48 
RECOMENDAÇÕES ......................................................................................... 49 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 50 
1 
 
INTRODUÇÃO 
Tendo em conta os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística com 
sigla INE (2016), sobre a distribuição das actividades económicas por províncias 
de acordo com a população empregada, o emprego na manufactura tem estado 
sempre a subir desde 2004, sendo um facto absolutamente extraordinário para 
qualquer economia. Entre 2002 e 2016, segundo o relatório INE (2016), o 
emprego nas indústrias transformadoras do país aumentou 144,4%, uma variação 
média anual de 7,7%, sendo que neste sector, em 2014 a província de Luanda com 
47.365 empregos, representando assim o maior número de empregos. Outro facto 
extraordinário relaciona-se com as actividades de Geologia e Minas (onde está a 
extracção de diamantes), cujo volume de emprego em 2016 foi de 86.127 
trabalhadores, cuja comparação com 2014 proporciona uma variação percentual 
de 165,1% equivalente a uma cadência média anual de 8,5% e uma possibilidade 
de duplicação até 2024. Mas o caso mais verdadeiramente excepcional respeita à 
energia e água, cujo volume total de emprego em 2016 foi de 206.418 
trabalhadores, equivalente a uma variação percentual, desde 2014, de 2.522,5% 
(uma estonteante taxa média anual de 31,3% e uma possibilidade de duplicação 
já em 2019). 
Estes factos suscitaram o interesse em analisar o padrão de localização das 
actividades económicas e especialização das dezoito províncias de Angola a 
partir do emprego formal, uma vez que a estratégia de desenvolvimento que 
busque reduzir as desigualdades territoriais precisa estimular as actividades 
económicas de uma região. Logo, dadas as elevadas desigualdades e 
especificidades regionais, essa estratégia necessita de uma base de conhecimento 
das características de uma região, de sua estrutura produtiva, das tendências 
evolutivas e de suas especialidades (Silva e Andraz, 2004). Esta análise foi feita 
através da utilização de medidas de localização das actividades económicas e 
especialização regional. Essas medidas são úteis para o conhecimento dos padrões 
do crescimento económico das diferentes províncias de Angola. 
2 
 
Formulação do problema científico 
De acordo com Haddad (1989), a teoria económica regional fornece elementos 
analíticos básicos para orientar o estudo das questões regionais. Os estudos 
regionais desenvolveram diversas técnicas de análise das características regionais, 
e algumas delas são os métodos de análise regional. Dentro do conjunto dos 
métodos de análise regional se encontram os indicadores ou medidas de 
localização e especialização, que servem para identificar padrões de 
comportamento das actividades produtivas no espaço económico, bem como 
padrõesdiferenciais de estruturas produtivas entre as várias regiões. No entanto, 
são de natureza descritiva e de escopo um tanto quanto limitado, embora se 
justifiquem em estudos de carácter exploratório. 
Partindo deste contexto, o problema da pesquisa é: qual é o padrão de localização 
das actividades económicas e especialização das províncias de Angola, a partir do 
emprego formal? 
 
Hipótese 
Tendo em conta a questão de partida, pode-se afirmar que há um padrão de 
dispersão das actividades económicas e diversificação das dezoito províncias de 
Angola, a partir do emprego formal. 
 
Justificação da pesquisa 
A realização desta pesquisa justifica-se por permitir um conhecimento mais 
abrangente das características de localização das actividades económicas e 
especialização das províncias de Angola, a partir do emprego formal. Um estudo 
abrangente fornece base para um aprofundamento em determinada actividade de 
interesse. Além disso, o estudo permite uma análise mais recente sobre esses 
3 
 
indicadores, possibilitando uma visão mais actualizada dessas características 
locacionais. 
 
Objectivos 
Objectivo geral: 
No âmbito desta investigação e tendo em conta ao problema idendificado, 
objectivo principal desta monografia consiste em avaliar o padrão de localização 
das actividades económicas e especialização das dezoito (18) províncias de 
Angola, a partir do emprego formal. 
Objectivos específicos: 
 Definir o conceito de Economia Regional; 
 Definir os conceitos de indicadores de localização das actividades 
económicas e especialização regional; 
 Apresentar a distribuição das actividades económicas por províncias de 
acordo população empregada; 
 Apresentar e interpretar os resultados determinados pelos indicadores 
de localização das actividades económicas e especialização das 
províncias de Angola, a partir do emprego formal. 
 
Delimitação da pesquisa 
A presente monografia cinge-se em avaliar o padrão de localização das 
actividades económicas e especialização das dezoito (18) províncias de Angola, a 
partir do emprego formal no ano de 2014. 
 
4 
 
Constrangimentos 
Optou-se pela escolha da variável emprego formal por actividades económicas e 
por províncias devido a dificuldade em colectar os dados referentes ao valor 
adicionado e do valor da produção sectorial para o período em referência. Além 
disso, ao utilizar como variável a mão-de-obra sectorial, pressupõe-se que os 
sectores mais dinâmicos empregam mais mão-de-obra no decorrer do tempo. 
Apesar dessa restrição, a variável emprego ou mão-de-obra ocupada ainda 
demanda menos ajustes, principalmente de actualização monetária, se comparada 
com as outras. Por outro lado, a ocupação da mão-de-obra reflete-se na geração e 
distribuição da renda regional, o que estimula o consumo e, consequentemente, a 
dinâmica da província. 
A utilização única do período 2014, deve-se ao facto de se ter dificuldades em 
obter dados sobre a distribuição do número da população empregada, por 
actividades económicas e por províncias de Angola em outros períodos. 
 
Estrutura do trabalho 
Para além da introdução, conclusões e recomendações, esta monografia 
compreende três capítulos. 
O primeiro capítulo trata da Fundamentação Teórica. Nele começa-se por 
apresentar o estudo de Economia Regional. Em seguida define-se o conceito 
Economia Regional e, finalmente apresenta-se os indicadores de localização e 
especialização. 
O segundo capítulo se refere à Metodologia de Investigação. Nele, define-se a 
população, amostra e as variáveis. Fontes dos dados e tipos de abordagens 
utilizada para a elaboração deste trabalho, os procedimentos metodológicos, as 
técnicas de análise utilizadas, os níveis metodológicos e a fase de apresentação e 
interpretação dos resultados, conclusões e recomendações. 
5 
 
O terceiro capítulo trata da Análise de dados, Apresentação e Interpretação dos 
Resultados. Nele, consta a análise de dados referentes às variáveis consideradas 
nesta monografia mediante a determinação dos indicadores de localização das 
actividades económicas e especialização regional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
CAPÍTULO 1- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Neste capítulo, vamos abordar o estudo de Economia Regional, definir Economia 
Regional, os métodos de análise regional, os indicadores de localização (quociente 
de localização, coeficiente de localização, coeficiente de associação geográfica, 
índice de Hirschman-Herfindahl, índice de entropia, índice de entropia 
normalizado e coeficiente de redistribuição sectorial) e os indicadores de 
especialização (quociente de especialização, coeficiente de especialização, índice 
bruto de diversificação de Rogers, índice de entropia de especialização, índice de 
entropia normalizado de especialização e coeficiente de reestruturação). 
 
1.1- Estudo da Economia Regional 
Souza (1981) destaca que o elemento espaço não aparecia na análise económica 
regional tradicional e não havia motivos para estudos espaciais devido a alguns 
factores, seguidamente mencionados: 
 As análises se fundamentavam em um mundo estático e sem dimensões, 
em que o factor tempo é a variável essencial; 
 Estava em voga a suposição da perfeita mobilidade dos factores de 
produção, dos bens e serviços e das pessoas, a qual conduzia ao 
equilíbrio e à inexistência de desigualdades regionais; 
 As políticas económicas dos governos centrais estavam concentradas 
nos grandes problemas nacionais, como o pleno emprego 
 e a inflação; e 
 As indústrias tinham sua localização imposta pela localização das 
fontes de matérias-primas. 
Segundo Almeida (2013), a partir dos anos 40-50, os estudos relativos ao 
desenvolvimento regional começaram a ganhar força e a se afirmar como campo 
de conhecimento específico. Alguns factores contribuíram para isso, dentre eles 
(Almeida, 2013): 
7 
 
 A crise de 1929; 
 O destaque atribuído ao problema da desigualdade socioeconómica 
entre países e regiões; 
 A localização das firmas ficou mais orientada ao mercado consumidor, 
ou, em certos casos, em pontos intermediários; 
 A existência de custos de transporte significativo; 
 A industrialização e a urbanização das regiões ocorreram de maneira 
desigual no espaço; e 
 O crescimento explosivo das cidades e das migrações rurais/urbanas. 
Esses acontecimentos fizeram cair por terra o postulado neoclássico do equilíbrio 
geral dos mercados e demonstraram que o desenvolvimento não se espalhava 
espontaneamente de uma região para a outra, como vinha defendido a teoria 
económica (Souza, 1981; Almeida, 2013). 
De acordo com Cavalcante (2007), a retomada do interesse pelas questões 
associadas à Economia Regional no período recente tem contribuído para um 
crescente esforço de formalização de modelos préexistentes. Para o referido autor, 
até o ano de 1970 a produção teórica relacionada à Economia Regional estava 
assentada sobre duas grandes correntes, teorias clássicas de localização e teorias 
de desenvolvimeto regional com ênfase nos factores de aglomeração. 
A corrente das teorias clássicas de localização é um conjunto de trabalhos que 
evoluiu de Von Thünen (1826) a Isard (1956). Buscava definir as questões que 
afectavam a decisão de localização dos agentes económicos e as decisões de 
localização do ponto de vista da firma que, levando em conta o custo de transporte, 
procurava determinar a sua localização óptima (Cavalcante, 2007; Monasterio e 
Cavalcante, 2011; Almeida, 2013). 
A segunda corrente, chamada de teorias de desenvolvimento regional com ênfase 
nos factores de aglomeração, passou a destacar algum tipo de mecanismo 
dinâmico de externalidades provenientes da aglomeração industrial. Marshall foi 
8 
 
o primeiro autor a ter explicado a aglomeração de actividades como um factor de 
localização de novas actividades. Nesse grupo também estão Perroux(1955), 
Myrdal (1957) e Hirschman (1958). A ideia desses autores influenciou as políticas 
baseadas no conceito de aglomeração e foi extensivamente usada em diversos 
países, especificamente naqueles mercados marcados por níveis de desigualdades 
regionais (Cavalcante, 2007; Monasterio e Cavalcante, 2011). 
A partir da década de 1970, inicia-se a incorporação de modelos e abordagens que 
pudessem dar conta dos novos padrões de acumulação baseados na automação 
integrada flexível e dos movimentos de aberturas comerciais e desregulamentação 
económica. Essa nova modelagem ficou sendo chamada de produção recente em 
desenvolvimento regional. As abordagens mais recentes procuram tratar as 
relações entre empresas considerando não apenas as relações puramente 
mercantis, mas também aquelas sociais e tecnológicas que se estabelecem entre 
empresas (Cavalcante, 2007). 
Segundo Cavalcante (2007), dentro da nova modelagem também foram 
identificadas duas correntes de pensamento, de um lado a corrente que emprega 
métodos menos formais e que procura, de alguma maneira, incorporar os 
fenómenos de reestruturação produtiva e aceleração da divisão internacional e de 
outro lado, a corrente ligado à chamada “nova geografia económica”, que busca 
abordar os conceitos de aglomeração e custos de transportes através de modelos 
matemáticos. 
Dentro da primeira corrente do grupo da produção recente, estavam Storper, 
Amaral Filho e Boisier, a partir dos quais se difundiram os conceitos de distritos 
industriais e cluster. Na segunda corrente, estavam autores como Krugman, Fujita 
e Venables, que desenvolveram modelos como o efeito de mercado interno e 
centro-periferia. 
9 
 
Segundo Filho (2001) e Almeida (2013), a Economia Regional, ao longo dos anos 
80, passou por uma nova transição conceitual. Alguns factores contribuíram para 
isso: 
 O esgotamento do modelo fordista de produção, no final dos anos 70; 
 O grande dinamismo económico verificado em regiões da Europa que 
vinham adoptando uma política pública regional inovadora em relação 
às pequenas e médias empresas; 
 A crise e o declínio de muitas regiões tradicionalmente industriais; 
 A emergência de regiões portadoras de novos paradigmas industriais; e 
 fenômeno associado à globalização e à abertura das economias 
nacionais. 
Todos esses factores contribuíram, dentro da produção recente em 
desenvolvimento regional, para o desenvolvimento endógeno, local ou de dentro 
para fora, cuja base conceitual foi de Romer e Lucas. 
Segundo Almeida (2013), esses factos chamaram a atenção dos estudiosos da área 
e suscitaram novas interpretações sobre estratégias de desenvolvimento regional. 
Ideias endogenistas começaram então a ganhar força e os factores socioculturais, 
bem como os autores locais e as aptidões naturais e potenciais, passaram a ser 
mais valorizados. 
Para Barquero (2002), localidades e territórios dispõem de recursos económicos, 
humanos, institucionais e culturais, bem como de economias de escala não 
aproveitadas, que formam seu potencial de desenvolvimento, e essa é a base da 
teoria do desenvolvimento local. 
Essa teoria preconizava que não existia um modelo único de desenvolvimento que 
serviria para todas as regiões. Na verdade, dadas as particularidades, limitações 
e aptidões das regiões, a nova teoria propunha a identificação das características 
10 
 
individuais do local para, baseada nesse conhecimento, definir qual a melhor 
política de desenvolvimento a ser implementada (Almeida, 2013). 
Nesse processo, os agentes locais têm um papel activo na transformação local e 
no seu desenvolvimento, bem como as pequenas e médias empresas, que, ao se 
instalarem em regiões, possibilitam o desenvolvimento regional, no sentido de 
buscar melhores perspectivas de crescimento económico, aprimoramento técnico, 
redução de custos, geração de emprego e renda. 
Assim, as pequenas e médias empresas melhoram suas chances de competir e 
obter vantagens no mercado regional/nacional que antes só estavam ao alcance 
das grandes empresas (Campos; Callefi e Souza, 2005). 
O ponto comum das correntes da produção recente era que o desenvolvimento 
passava a ser estruturado a partir dos próprios autores locais, e não mais por meio 
do planeamento centralizado ou das forças puras do mercado e que podia ser 
definido como um modelo endógeno construído “de baixo para cima”. O 
desenvolvimento regional endógeno usou como estratégias de desenvolvimento 
conceitos de distrito industrial, milieu innovateur (ambiente inovador), e o cluster 
(Filho, 2001). 
Almeida (2013) afirma que, pode-se inferir que no início dos anos 90, houve uma 
inversão de paradigmas dentro do campo teórico da Economia Regional. O 
modelo de cima para baixo, que vê na industrialização e na acção centralizadora 
do Estado a força motriz do processo de desenvolvimento, é substituído pelo 
modelo de baixo para cima, segundo o qual as políticas e estratégias de 
desenvolvimento regional devem partir das potencialidades socioeconómicas 
originais da região e contar com a participação dos autores locais ao invés de 
serem conduzidas, formuladas e implementadas exclusivamente por um poder 
central. 
Ao longo de todas as mudanças conceituais e de paradigmas da ciência regional, 
sempre se utilizou de métodos e análises para tentar captar as características e 
11 
 
padrões das economias. Esses métodos são chamados de métodos de análise 
regional e compõem-se, dentre outros, das medidas de localização e 
especialização. 
De acordo com Suzigan (2003) a elaboração de indicadores ou medidas de 
concentração (localização) e especialização regional de actividades económicas 
tem sido um importante objecto de estudo, desde os trabalhos dos pioneiros da 
Economia Regional. Estes indicadores permitem verificar a distribuição espacial, 
identificar especializações regionais e mapear movimentos de deslocamento 
regional das actividades económicas, sejam decorrentes de processos de 
concentração ou de descentralização económica. Neste sentido, estes indicadores 
tornaram-se bastante difundidos nos estudos e análises da Economia Regional. No 
período recente, com interesse despertado pelo debate sobre a aglomeração de 
empresas e a formação de sistemas locais de produção e de inovação, estes 
indicadores passaram a ser utilizados também com o objectivo específico de 
identificação e delimitação destes sistemas. 
A partir da evolução da ciência regional e das mudanças de paradigmas, entram 
em cena os métodos de análises regional, objectos principais do estudo desta 
monografia. 
 
1.2- Definição da Economia Regional 
Um dos campos de estudo da Economia Regional é a preocupação de saber a 
localização de determinada actividade económica em relação a outras actividades 
económicas, destacando aspectos como proximidade e ou concentração (Isard, 
1960). 
A Economia Regional desenvolveu-se mais voltada para a inter-relação de 
agentes e factores dentro de uma determinada região, com o objectivo de avaliar 
todas as características dessa região. 
12 
 
De acordo com Isard (1960) a Economia Regional pode ser dividida em duas 
abordagens, que são nomeadamente locacional e regional. 
A abordagem locacional está relacionada às decisões dos agentes económicos 
sobre a localização de uma unidade económica, visando a eficiência económica. 
É uma abordagem com tendência microeconómica. 
A abordagem regional trata de agrupamentos ou aglomerações das actividades 
económica, sociais, políticas e administrativas inter-relacionadas e próximas, 
dentro das áreas geográficas. É uma abordagem com um viés da macroeconomia. 
Dubey (1977), define a Economia Regional como sendo o estudo da diferenciação 
espacial, e inter-relação de áreas em um universo onde os recursos estão 
distribuídos desigualmente e são imperfeitamente movéis, o que cria problemas 
sociais. 
A Economia Regional é um ramo da economiaque estuda as relações que se 
estabelecem entre os agentes económicos atendendo ao espaço em que se 
encontram e como esse espaço afecta a forma como se relacionam 
(geral@knoow.net, 2017). 
A Economia Regional é o ramo da economia que se dedica a estudar as 
disparidades e o desenvolvimento entre determinadas regiões. O estudo da 
Economia Regional está ligado a vários outros ramos da Economia, dependendo 
da região estudada (Wikipedia, 2018). 
Segundo Guimarães (1970), a importância de estudos em Economia Regional está 
ligada às necessidades de aprendizado das especificidades das regiões e à 
necessidade de aprendê-las enquanto bases produtivas ou dinâmicas. A negação 
desses estudos, por sua vez, é tanto mais forte quanto menor a visibilidade e menos 
justificável a existência dessa unidade e sua respectiva importância social e, 
particularmente, económica. Sendo assim, tal ciência tem como tarefa principal 
uma definição de região e regionalização. 
mailto:geral@knoow.net
https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia
13 
 
1.3- Indicadores de localização 
De acordo com Haddad (1989), os indicadores de localização referem-se o quão 
concentrados estão os sectores . Este autor divide os métodos de análise regional 
em medidas de localização e especialização. 
As medidas de localização compõem os seguintes indicadores: quociente de 
localização, coeficiente de localização, coeficiente de associação geográfica, 
índice de Hirschman-Herfindahl, índice de entropia, índice de entropia 
normalizado e coeficiente de redistribuição sectorial. Estes são de natureza 
sectorial e focam na localização das actividades entre as regiões, procurando 
identificar padrões de concentração ou dispersão espacial da variável base 
escolhida. 
As medidas de especialização são formadas pelo: quociente de especialização, 
coeficiente de especialização, índice bruto de diversificação de Rogers, indice de 
entropia de especialização, índice de entropia de especialização normalizado e 
coeficiente de reestruturação, e se concentram na análise da estrutura produtiva 
de cada região visando investigar o grau de especialização e o processo de 
diversificação das economias regionais. 
 
1.3.1- Quociente de localização (QLik) 
Este indicador de localização, tem sido muito empregado em estudos de 
Economia e desenvolvimento regional. Foi desenvolvido por Hildebrand e Mace 
na década de 1950. Usaram primeiramente, em seu estudo, os Estados Unidos de 
América (EUA) como referência (nação) e os 12 estados como objecto (regiões), 
depois os 11 estados ocidentais dos EUA como referência e os municípios 
(Califória Meridional e Los Angeles) como objecto, e, finalmente, a Califórnia 
Meridional como referência e os municípios de Los Angeles como objecto. 
Conseguiram analisar a extensão do mercado para cada produto de exportação 
dessas regiões (North, 1977). 
14 
 
Para Filho, Fagundes e Schumacher (2011), o quociente de localização é uma 
medida de especialização regional relativa que tem por objectivo comparar 
determinadas actividades particulares a partir de um agregado básico. 
Segundo Vidigal, Campos e Rocha (2009), trata-se de um índice utilizado para 
determinar o grau de especialização de uma região ou município em uma 
actividade específica. 
De acordo com Haddad (1989), o QLik compara a participação percentual da 
variável base de uma região em um sector particular com a participação percentual 
da mesma região no total do emprego nacional ou da província. 
Nesta monografia, o quociente de localização indicará a localização e a 
importância do emprego em uma actividade económica de todas as províncias de 
Angola, com a participação de todas as actividades económicas no total do país. 
De acordo com Haddad (1989), o quociente de localização é obtido por meio da 
equação: 
 QLik =
Xik
Xk
⋅
X
Xi
 , QLik ≥ 0 (1) 
em que: 
 XiK representa o número de emprego no sector de actividade (k) da 
província (i); 
 Xk representa o número de emprego no sector de actividade (k) de todas 
as províncias; 
 Xi indica o número de emprego em todas as actividades da província (i); 
 X indica o número de emprego em todas as actividades de todas as 
províncias. 
De acordo com North (1977) apud Hildebrand e Mace (1950), o quociente de 
localização é uma fracção em que o numerador representa o emprego de uma dada 
actividade em uma região relativa ao total do emprego de todas as actividades da 
15 
 
região, e o denominador representa o emprego de uma dada actividade do país 
relativo ao total do emprego das actividades do país. 
Para Vidigal, Campos e Rocha (2009), interpreta-se o quociente de localização da 
seguinte forma: 
 QLik = 1, a localização da província i na actividade k é idêntica à 
localização na unidade territórial de referência nessa actividade; 
 QLik < 1, a localização da província i na actividade k é inferior à 
localização na unidade territórial de referência nessa actividade; 
 QLik > 1, a localização da província i na actividade k é superior à 
localização na unidade territórial de referência nessa actividade. 
Segundo Suzigan (2009), a verificação de um quociente de localização elevado 
em determinada actividade económica numa região (ou município, ou país) indica 
a localização da estrutura de produção local naquela actividade económica. Da 
mesma forma, Lima (2006) afirma que se o quociente de localização for superior 
a 1 demonstrará a importância do país no contexto regional em relação a 
actividade, ou seja, o país é relativamente mais importante em termos da 
actividade em questão do que em termos gerais de todas as actividades. 
 
1.3.2- Coeficiente de localização (CLK) 
De acordo com Costa, Dentinho e Nijkamp (2011), o coeficiente de localização 
da actividade económica k (CLk) indica o grau de semelhança ou de desvio entre 
o padrão de localização dessa actividade e o padrão de localização do agregado 
de referência. Obtém-se, dessa forma, uma medida da proximidade ou da 
divergência dos dois padrões de localização, a qual permite avaliar o nível de 
concentração relativa de uma dada actividade no espaço em análise. Mede o grau 
de desvio da repartição espacial da actividade k relativamente à repartição espacial 
do agregado de referência, pelo que quanto mais elevado for o valor do coeficiente 
16 
 
de localização, tanto mais a actividade k evidencia um padrão de localização 
específico e, nesse sentido, diz-se que está relativamente concentrado. 
O coeficiente de localização é uma medida relativa e sintética de localização, 
sendo definido para uma dada actividade k e tendo em conta o conjunto das 
unidades territoriais retidas na análise. Obtém-se a partir do cálculo da semi-soma 
do módulo dos desvios entre a distribuição espacial da actividade k e a 
distribuição espacial do agregado de referência. 
 
O coeficiente de localização (CLk) é medido pela equação (Costa, 2011): 
CLk =
1
2
∑ |
Xik
Xk
−
Xi
X
| (2) 
I
i=1
 
com CLk ∈ [0,1[ 
Os limites de variação do coeficiente de localização situam-se entre zero e um. 
O coeficiente de localização é interpretado como segue: 
 CLk = 0, ocorre quando o padrão de localização da actividade k é 
exactamente igual ao do modelo de referência, o que indica que a 
actividade k não evidencia qualquer padrão de localização específico 
em relação ao modelo de referência e, nesse sentido, existe ausência de 
concentração relativa desta actividade no espaço em análise. O que 
significa, que a actividade k está distribuído regionalmente da mesma 
forma que o conjunto de todas as actividades. 
 CLk = 1, ocorre, por exemplo, quando a actividade em questão se 
encontra localizada numa única unidade territorial a qual possui uma 
expressão reduzida no agregado de referência. 
17 
 
Em suma, quanto mais elevado o valor do coeficiente de localização, tanto mais 
o padrão de distribuiçãoespacial da actividade k se afasta do conjunto das 
actividades e, nesse sentido, a actividade k está relativamente concentrada no 
espaço. Isto quer dizer que, a actividade k apresenta um padrão de concentração 
regional mais intenso do que o conjunto de todas as actividades. 
Assim, os resultados mais próximos a zero demonstram uma dispersão 
significativa das actividades económicas. Ao contrário, os valores próximos a um 
demonstram uma concentração significativa. É bastante utilizado para fazer 
comparações de concentrações entre regiões nas actividades. 
Haverá que ter presente que se trata de uma medida de concentração relativa, pelo 
que não se pode retirar de um valor elevado do coeficiente de localização a ideia 
de que a actividade em análise se encontra presente apenas em algumas unidades 
espaciais ou, de um valor baixo do coeficiente de localização, a ideia de que essa 
actividade se encontra dispersa no território. Note-se que o valor do coeficiente 
de localização virá atenuado se as unidades espaciais que têm maior peso na 
actividade k tiverem, uma grande importância relativa no espaço de referência. 
Conjugando análise do coeficiente de localização de uma actividade k com a do 
quociente de localização podemos, a partir do primeiro, obter indicações sobre o 
seu nível de concentração relativa em termos globais e, a partir do segundo, 
identificar os seus pólos de localização relativa. 
 
1.3.3- Coeficiente de associação geográfica ( Cagik) 
De acordo com Furtado (1963), o coeficiente de associação geográfica mostra a 
associação geográfica entre duas actividades (K e L), comparando as distribuições 
percentuais da mão-de-obra entre as províncias. O coeficiente de associação 
geográfica é determinado através da seguinte expressão: 
 
18 
 
 Cagik =
1
2
∑ |
Sector K Sector L
(
Xik
Xi
) − (
Xik
Xi
) | 
(3)
I
i=1
 
 
O coeficiente de associação geográfica (Cagik) é interpretado como segue, 
segundo Furtado (1987) : 
 Se 0 ≤ Cagik ≤ 0,34 há associação significativa; 
 Se 0,35 ≤ Cagik ≤ 0,68 há associação média; 
 Se 0,69 ≤ Cagik ≥ 1,04 há fraca associação. 
 
1.3.4 – Índice de Hirschman-Herfindahl (HHk) 
De acordo com Mccann (2001), o índice de Hirschman-Herfindahl (HHk) indica 
o quanto a actividade económica está concetrado especialmente. Ele é bastante 
semelhante ao coeficiente de localização, mas os afastamento das regiões em 
relação à estrutura produtiva do país são elevados ao quadrado. Dessa forma, o 
índice de Hirschman-Herfindahl, que varia entre 1/K e 2, é mais sensível a tais 
afastamento do que o coeficiente de localização. O índice de Hirschman-
Herfindahl é calculado a partir da agregação, para o conjunto das unidades 
territoriais consideradas na análise, do quadrado do contributo de cada unidade 
territorial i para a actividade k. 
O seu limite inferior, que depende de número total de unidades territoriais 
consideradas na análise, corresponde a uma situação de concentração espacial 
miníma da actividade, isto é, a actividade encontra-se igualmente distribuído pelo 
conjunto das I unidades territoriais consideradas. O limite superior do índice 
corresponde à situação de máxima concentração espacial, a qual se obtém quando 
a actividade k está presente numa única das I unidades territoriais em estudo. 
19 
 
Observa-se que, ao elevar ao quadrado o contributo de cada unidade territorial i 
para a actividade k, se associa a cada unidade territorial uma ponderação (xik/xk) 
que corresponde ao seu peso relativo na actividade em questão. 
O índice de Hirschman-Herfindahl (HHk) é determinado através da seguinte 
expressão: 
 HHk = ∑ (
Xik
Xk
)
2
I
i=1
, IHHk ∈ [
1
𝐼
, 1] (4) 
 
1.3.5 – Índice de entropia (Ek) 
De acordo com Costa, Dentinho e Nijkamp (2011), o índice de entropia é 
determinado através da seguinte expressão: 
 Ek = − ∑ (
Xik
Xk
) log (
Xik
Xk
) , 𝐸𝑘 ∈ [0, 𝑙𝑜𝑔𝐼]
I
i=1
 (5) 
 
Na medida em que a actividade k pode não estar presente em determindas 
unidades territoriais, se 
Xik
Xk
 = 0 tem-se, por convenção que 
Xik
Xk
 𝑙𝑜𝑔 (
Xik
Xk
) = 0. 
O limite inferior do intervalo de variação do índice ocorre quando a actividade 
económica está localizada numa única unidade territorial, exprimindo a situação 
de máxima concentração. O limite superior corresponde à situação em que todas 
as unidades territoriais têm o mesmo peso na actividade k, ou seja, a actividade 
encontra-se uniformemente distribuída no espaço. 
Neste índice, a importância relativa de cada unidade territorial na actividade é 
ponderada pelo respectivo logarítimo, pelo que o índice de entropia é menos 
20 
 
sensível à presença de unidades territoriais com forte representação na actividade 
do que o índice de Hirschman-Herfindahl. 
É possível normalizar os valores do índice de entropia a fim de obter um indicador 
que seja crescente com nível de concentração e cujo o intervalo de variação se 
situe entre o zero e um. Para o efeito dever-se-á utilizar a seguinte transformação 
( Dentinho, 2011): 
 Ek
′ =
log 𝐼 − Ek
log 𝐼
 (6) 
 
Esta transformação tem ainda vantagem de tornar equivalente o significado do 
limite inferior e superior dos índices de entropia e Hirschman-Herfindahl, já que 
ambos são agora crescentes com o nível de concentração espacial da actividade k. 
 
1.3.6- Coeficiente de redistribuição sectorial ( CRk) 
Relaciona a distribuição percentual da variável base em mesma actividade em dois 
períodos de tempo. Examina se está prevalecendo para a modalidade algum 
padrão de concentração ou dispersão espacial ao longo do tempo (Haddad, 1989 
e Lima, 2006). 
De acordo com Haddad (1989), o coeficiente de redistribuição é cálculado através 
da seguinte expressão : 
CRk =
1
2
∑ |(
Xik
Xk
−
Xi
X
)
t+1
− (
Xik
Xk
−
Xi
X
)
t
|
I
i=1
 , CRk ∈ [0,1[ (7) 
 
Segundo Lima et al. (2006), o CRk é interpretado da seguinte forma: 
21 
 
 CRk = 0, os valores próximos de 0 indicam que não terão ocorrido 
mudanças significativas no padrão espacial de localização da 
modalidade; 
 CRk = 1, os valores próximos de 1 indicam uma redistribuição 
significativa. 
1.4- Indicadores de especialização 
As medidas destes indicadores voltam-se para medir o quão especializadas as 
unidades territoriais, ou seja, o quão as distintas unidades territoriais são de algum 
critério de referência. 
As medidas de especialização são formadas pelo: quociente de especialização, 
coeficiente de especialização, índice bruto de diversificação de Rogers, índice de 
entropia de especialização, índice de entropia de especialização normalizado e 
coeficiente de reestruturação, e se concentram na análise da estrutura produtiva 
de cada região visando investigar o grau de especialização e o processo de 
diversificação das economias regionais. 
 
1.4.1- Quociente de especialização (QEik) 
De acordo com Costa, Dentinho e Nijkamp (2011), o quociente de especialização 
enquanto indicador relativo de especialização da unidade territorial i na actividade 
k, o quociente de especialização é definido na equação: 
 
 QEik =
Xik
Xi
⋅
X
Xk
 , QEik ≥ 0 (8) 
 
Este indicador compara a importância relativa da actividade k na unidade 
territorial i com a que a mesma actividade detém no espaço de referência. Avalia-
22 
 
se dessa forma em que medida a unidade territorial i é especializada na actividade 
k relativamente ao espaço de referência. 
O valor de referência na interpretação deste indicador é um. Nesse caso, a 
importância relativa da actividade k na unidade territorial i é igual à que a 
actividade k tem no espaço de referência. 
Se o quociente de especialização for superior a um, a actividade k tem maior 
importância a nível da unidade territorial do que no espaço de referência e, nesse 
sentido, a unidadeterritorial i é relativamente especialiazada na actividade k. A 
actividade k constitui um pólo de especialização relativa da unidade territorial i. 
Se o quociente de especialização é menor do que um, a unidade territorial i não é 
relativamente especializada na actividade k, dado este ter menor importância 
relativa nessa unidade territorial do que no espaço de referência. 
 
1.4.2- Coeficiente de especialização (CEi) 
 De acordo com Costa, Dentinho e Nijkamp (2011), o coeficiente de 
especialização é uma medida relativa e sintética de especialização de uma unidade 
territorial i. Relativa, porque se obtém comparando a distribuição da actividade 
da variável na unidade territorial i com a distribuição da actividade da variável no 
espaço de referência. Sintética, porque considera o conjunto das actividades, 
informando se uma unidade territorial é especializada relativamente ao espaço de 
referência. Ou seja, coeficiente de especialização é uma medida regional. 
As medidas regionais concentram-se na estrutura produtiva de cada província, 
fornecendo informações sobre o nível de especialização da economia num 
período. Através do coeficiente de especialização, compara a economia de uma 
província com a economia do País como um todo. O coeficiente de especialização 
é calculado de acordo com a equação: 
23 
 
CEi =
1
2
∑ |
Xik
Xi
−
Xk
X
|
k
k=1
 , CEi ∈ [0,1[ (9) 
 
O limite inferior do coeficiente de especialização obtém-se quando 
Xik
Xi
= 
Xk
X
, ∀ 𝑘. 
Neste caso, a unidade territorial i e o espaço de referência têm idênticos perfis de 
especialização, pelo que existe ausência de especialização relativa daquela 
unidade territorial. Quanto maior o valor do coeficiente de especialização (mais 
próximo de 1), mais a unidade territorial i tem uma estrutura produtiva 
especializada relativamente à do espaço de referência, na medida em que o perfil 
de especialização da unidade territorial i se afasta muito do que o espaço de 
referência evidencia. Ou seja, para resultados iguais a zero, a província tem 
composição idêntica à do país. Em contrapartida, coeficientes iguais ou próximos 
a 1 demonstram um elevado grau de especialização ligado a uma determinada 
actividade, ou uma estrutura de mão-de-obra totalmente diversa da estrutura de 
mão-de-obra regional. 
Note-se que, precisamente porque se trata de uma medida relativa de 
especialização, um valor baixo do coeficiente de especialização não implica 
diversificação da estrutura produtiva regional mas, antes, proximidade entre os 
perfis de especialização da unidade territorial i e do espaço de referência. 
 
1.4.3- Índice bruto de diversificação de Rogers (IBDRi) 
 De acordo com Costa, Dentinho e Nijkamp (2011), para calcular este indicador, 
deve observar-se o seguinte procedimento: 
 Calcular a contribuição relativa de cada actividade económica para o 
valor total da variável na unidade territorial i: fik = 
Xik
Xi
 , ∀ 𝑘; 
24 
 
 Ordenar a distribuição de frequência relativa (fik), por ordem 
decrescente: fi1º > fi2º > ... > fikº´ sendo que os índices 1º, ... , kº, ... , Kº 
referenciam a ordem. Assim fi1º refere o contributo relativo da 
actividade com maior peso na unidade territorial i, fi2º o contributo 
relativo da segunda actividade económica mais importante, etc; 
 Calcular de seguida os valores acumulados parciais; 
 
Fik´ = ∑ fik´ , sendo k´= 1º,2º,…,kº,…,Kº.
k
k′=1
 
 
Ou seja, Fi1º = fi1º´ Fi2º = fi1º + fi2º , ... , Fikº = fi1º + fi2º + … + fikº 
 Finalmente, somar todos os valores parciais acumulados, obtendo-se o 
valor do índice bruto de diversificação de Rogers, para a unidade 
territorial i. Ou seja, 
IBDRi = ∑ Fik´ , 
k0
k´̇ =1
IBDRi ∈ [
K + 1
2
, K] (10) 
 
Desenvolvendo a expressão (10), obtém-se a equação (11): 
 
IBDRi = Kfi1º + (K – 1) fi2º + … + fikº) (11) 
 
Este indicador atribui maior ponderação as actividades que têm maior importância 
relativa deste indicador na estrutura produtiva da unidade territorial i. 
Os limites de variação deste indicador dependem do número total das actividades 
(K) consideradas na análise. O limite inferior ocorre quando existe igual 
distribuição da variável x pelas diferentes actividades, correspondendo à situação 
de máxima diversificação ou de mínima especialização da unidade territorial i. O 
25 
 
limite superior obtém-se quando apenas uma única actividade económica está 
presente na unidade territorial i, exprimindo a situação de máxima especialização. 
 
1.4.4- Índice de entropia de especialização ( Ei ) 
De acordo com Costa, Dentinho e Nijkamp (2011), o índice de entropiade 
especialização, para uma dada unidade territorial i, é definido através da expressão 
matemática seguinte: 
 
 Ei = − ∑ (
Xik
Xi
) log (
Xik
Xi
) , 𝐸𝑖 ∈ [0, 𝑙𝑜𝑔𝐾] (12)
k
k=1
 
 
Por convenção (
Xik
Xi
) log (
Xik
Xi
) = 0, quando a actividade económica k não se 
encontra representada nessa unidade espacial. 
Os limites deste indicador correspondem a duas situações extremas, a máxima 
especialização (limite inferior) e a máxima diversificação (limite superior). 
O valor mínimo da entropia ocorre quando, na unidade espacial i, o valor 
assumido pela variável x depende apenas do contributo de uma única actividade, 
caso em que essa unidade espacial evidencia a máxima especialização. Quando as 
actividades económicas se encontram uniformemente distribuídas, a unidade 
espacial i evidencia a máxima diversificação da sua estrutura produtiva, obtendo-
se então o valor máximo deste indicador. Consequentemente, quanto mais baixo 
o valor da entropia, mais a unidade espacial i se caracteriza por possuir uma 
estrutura produtiva especializada, acontecendo o contrário quando o valor do 
indicador é elevado. 
26 
 
No cálculo deste indicador pondera-se a importância relativa de cada actividade 
económica k, isto é, fik, pelo logarítimo dessa mesma importância relativa. Daí que 
este indicador seja menos sensível do que índice de Rogers à presença, numa dada 
unidade espacial, de actividade económica com uma forte sobrerepresentação, 
pois a ponderação intervém sob forma logarítmica. 
Observa-se que este indicador, tal como índice de Rogers mede o grau de 
especialização/diversificação da estrutura produtiva de cada unidade espacial, 
nada indicando sobre os aspectos relativos à composição dessas mesmas 
estruturas. Consequentemente, se duas unidades espaciais apresentarem o mesmo 
valor do índice, não se poderá daí inferir que tenham o mesmo perfil de 
especialização, mas apenas que possuem o mesmo nível de especialização ou 
diversificação das suas estruturas produtivas. 
Pode-se normalizar o valor do indicador de entropia usando uma transformação 
análoga à apresentada na equação abaixo apresentada: 
 
 Ei
′ =
log 𝐾 − Ei
log 𝐾
 (13) 
O índice de entropia normalizado varia entre 0 e 1 e, tal como índice de Rogers, 
associa a situação de mínima especialização ao limite inferior e a de máxima 
especialização ao limite superior de intervalo de variação. 
 
1.4.5- Coeficiente de reestruturação (Cri) 
Segundo Lima (2006), o coeficiente de reestruturação (Cri) relaciona a estrutura 
das actividades económicas das províncias entre dois períodos, ou seja, analisa o 
conjunto de todas as actividades nos espaços entre dois períodos. O objectivo 
desta medida é verificar o grau de mudanças na estrutura produtiva de cada espaço 
ao longo de um período. 
27 
 
 
O coeficiente de reestruturação é calculado de acordo com a equação seguinte: 
 
Cri =
1
2
∑ [(
Xik
Xi
−
Xk
X
)
t+1
− (
Xik
Xi
−
Xk
X
)
t
] , Cri = ∈ [0,1[ (14) 
K
k=1
 
 
Conforme Haddad (1989), esta medida é interpretada da seguinte forma: 
 Cri = 0, indica que não ocorreram modificações na estrutura das 
actividades do espaço analisado; 
 Cri =1, demonstra uma reestruturação bem substancial na composição 
do espaço analisado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
CAPÍTULO 2 - METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO 
Apresentar-se-á neste capítulo a metodologia, onde será descrito um perfil 
genérico referencial que possa dar idéia das bases fundamentais para a análise. 
 
2.1 - População, amostra e variáveis. 
Neste estudo, foi utilizado como população, o número de mão-de-obra 
economicamente activa em Angola e a amostra foi constituida pelo número de 
empregados segundo a actividade económica principal por províncias de Angola. 
A variável dependente usada foi o padrão de localização das actividades 
económicas e especialização das províncias e a variável independente foi o 
número de emprego, segundo actividade económica principal por província. 
 
2.2 - Fontes dos dados e tipos de abordagens. 
A base estatística teve como fonte os dados do Instituto Nacional de Estatística 
através do Censo Geral da População referente ao ano de 2014 e também do 
Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola, 
através do Relatório Económico de Angola do ano 2016. O recenseamento geral 
da população e habitação, o Censo-2014 foi realizado pelo INE e apresenta 
informações sobre o volume de emprego e o número de actividades económicas. 
A principal vantagem do Censo-2014 é a elevada desagregação geográfica dos 
dados, que permite obter os dados de forma bastante detalhada. No entanto, o 
Censo-2014 também apresenta alguns problemas, sendo o principal a inclusão 
somente de relações contractuais formalizadas por meio da carteira assinada, o 
que pode distorcer os resultados e dificultar as análises. 
Esta base de dados e informações, mesmo com alguns problemas, possibilita a 
elaboração dos indicadores de localização geográfica de actividade económia e de 
29 
 
especialização regional que, por sua vez, são instrumentos essenciais para 
identificar, delimitar e caracterizar sistemas locais de produção. 
A presente monografia fez recurso a abordagem qualitativa e quantitativa, sendo 
caracterizada como exploratória. Os instrumentos de análise, tais como modelos 
matemáticos e aplicações no caso das províncias de Angola para os diferentes 
indicadores e segundo os respectivos modelos, foram desenvolvidos através dos 
Gráficos, bem como das Tabelas dos dados primários. 
 
2.3 - Procedimentos metodológicos. 
Na parte analítica do trabalho, o instrumental apresentado referente à análise de 
localização, fundamenta-se no livro de Walter Isard (1960) – ‘’Methods of 
Regional Analysis’’, sobre industrial Location analysis and related measures; e, 
em Stanislaw Czamanski (1964) – ‘’Regional Science Techniques in Pratice’’ 
sobre The Industrial Basis: Contribution of Location Analysis. Como referência 
prática, foi muito útil o trabalho de Celsius Antonio Lodder (1971), sobre 
‘’Padrões de localização e desenvolvimento regional’’ (R.B.E. vol. 28, n.º 1). 
Os primeiros indicadores que foram levantados têm referência nas medidas de 
localização e de especialização, os quais foram obtidos após o preenchimento dos 
valores numa tabela de distribuição entre as actividades económicas (colunas) e 
as províncias (linhas). Cada célula da tabela contém um valor absoluto e os 
correspondentes totais, tanto no sentido vertical (distribuição espacial de cada 
actividade económica) como no sentido horizontal (estrutura de actividade 
económica em cada província). O enfoque analítico para o padrão do 
comportamento de localização foi dado pelo exame das linhas, e, para a 
especialização, as colunas. 
Desta forma, tivemos na posição vertical, a distribuição espacial de cada 
actividade económica pelas províncias do país, e, horizontalmente, a estrutura de 
actividades económica por cada província, o que vai corresponder aos enfoques 
30 
 
analíticos que se deseja dar. Na análise das colunas, tem-se o comportamento 
locacional padrão e, na análise das linhas, a estrutura regional das actividades 
económica, conforme o Quadro 2.1. Assim, do Quadro 2.1, obtém-se outras 
Tabelas e Gráficos de informação básica. 
 
Quadro nº 2.1- Matriz de informação 
 Fonte: Elaboração própria a partir do livro, "Compêndio de Economia Regional, 
2011". 
 
2.3.1 - Técnicas de Análise utilizadas. 
A partir das informações do Quadro 2.1, a técnica de análise utilizada foi 
decomposta em uma série de índices, indicadores e coeficientes, tais como: 
a) Padrões de localização das actividades económicas 
 Quociente de localização (QLik); 
 Coeficiente de localização (CLk); 
 Coeficiente de associação geográfica (Cagik); 
 Índice de Hirschmann-Herfindahl (HHk); 
 
i k
 
Actividade económica (K) 
 
Província 
(i) 
 
Xik 
∑ 𝑥𝑖𝑘
𝑖
 
 ∑ 𝑥𝑖𝑘
𝑘
 X 
31 
 
 Índice de entropia (Ek); 
 Índice de entropia normalizado (Ek’). 
Estas medidas reflectiram o comportamento de actividades no espaço, cuja análise 
descreveu a modalidade da localização das actividades, grau de concentração ou 
dispersão territorial e associação geográfica entre actividades no período de 2014. 
b) Estrutura regional ( padrões de especialização) 
 Quociente de especilalização (QEik); 
 Coeficiente de especialização (CEi); 
 Índice bruto de diversificação de Rogers (IBDRi); 
 Índice de entropia de especialização (Ei); 
 Índice de entropia normalizado de especialização (Ei’). 
Estas medidas reflectiram o comportamento de cada unidade territorial em relação 
a um dado modelo de referência, tanto em termos globais como para cada uma 
actividade económica consideradas na análise. 
 
2.3.2 - Níveis metodológicos utilizados. 
Nesta monografia, a análise dos indicadores e coeficientes relacionados 
apresentou dois níveis, em termos de magnitude: 
a) Nível nacional. Neste nível foi retratado o comportamento da actividade 
económica da província com relação ao país no ano 2014. Este retrato foi 
relevado da seguinte forma: 
 Indicação de quais actividades económicas a nível das dez actividades 
(agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca; indústria; 
construção; comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos 
automovéis e motociclos; transporte, armazenagem e comunicação; 
actividades administrativas e outros serviços de apoio; administração 
pública e defesa, segurança social obrigatória; educação; outras 
32 
 
actividades e serviço e não declarados), são consideradas actividades 
básicas para as províncias em 2014, levando-se em consideração a 
variável de pessoal ocupado. 
 Indicação de quais actividades económica do país que em 2014 
apresentaram-se básicas, considerando como variável, o número de 
emprego formal. Neste caso, as actividades económicas consideradas 
básicas são aquelas onde a distribuição da variável considerada é mais 
que proporcional na província do que esta mesma distribuição no país. 
 Indicação de quais actividades económicas apresentaram mais 
concentração relativamente à distribuição da variável considerada à 
nível de Angola em 2014. 
 Indicação de quais actividades nas províncias, segundo a variável de 
emprego que mais participaram na formação da respectiva variável e 
actividade económica a nível de Angola em 2014. 
b) Nível provincial. Nesta parte, foi retratada a estrutura da actividade à nível 
províncial em relação ao comportamento das actividades do país no ano 
2014. A metodologia decorrente constitui-se das seguintes indicações: 
 Indicação de quais actividades económicas, à nível das províncias 
foram consideradas básicas no ano 2014, segundo a estrutura 
ocupacional do país. Uma actividade económica será básica para uma 
determinada província quando a distribuição da variável-base (pessoal 
ocupado) da actividade na província for mais que proporcional que 
participação do pessoal ocupado em todas as actividades naquela 
mesma província. 
 Indicação de quais actividadeseconómica e quais províncias que 
apresentaram concentração relativa, segundo a participação do pessoal 
ocupado na distribuição do país, em 2014. 
 Indicação sobre a modalidade de localização de actividades económica 
e quais os relacionamentos em termos espaciais, em 2014. 
33 
 
 Indicação das províncias que mais contribuiram no crescimento global 
e seus respectivos totais de crescimento, referente no ano 2014, segundo 
a distribuição espacial da ocupação no país. 
 
2.4 - Fase de análise de dados, apresentação e interpretação dos resultados, 
conclusões e recomendações. 
Baseando-se nos procedimentos metodológicos, procedeu-se a apresentação dos 
dados e resultados e, interpretação dos respectivos indicadores e coeficientes 
isoladamente, escalonando-se as características dominantes e predominâncias 
preteridas por cada resultado. 
Em seguida interpretou-se por província, onde deu-se um significado ao conjunto 
dos diferentes resultados. 
Na parte das conclusões, foi verificada a hipótese tendo em conta os resultados 
obtidos, isto é, conclusões dos resultados apresentados pela análise regional e 
conclusões dos resultados apresentados pela análise provincial. 
Finalmente, fez-se as recomendações, onde apresentou-se as sugestões de 
mudanças de padrões de localização e especialização para as províncias de 
Angola, a partir do emprego formal. 
 
 
 
 
 
34 
 
CAPÍTULO 3 – ANÁLISE DE DADOS, APRESENTAÇÃO E 
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
Neste Capítulo, são apresentados e interpretados os resultados obtidos através dos 
dados obtidos do INE (2016). Os dados são analisados através de indicadores de 
localização das actividades económicas e especialização regional, tais como: os 
quocientes de localização, o índice Hirschman-Herfindahl, os coeficientes de 
localização e especialização, o índice bruto de diversificação de Rogers, os índices 
de entropia e entropia normalizados. 
 
3.1 - Análise de dados sobre a população empregada, segundo actividade 
económica principal por província. 
Os dados que são apresentados neste trabalho foram obtidos no INE (2016). Pode-
se observar que as actividades económicas mais significativos em número de 
trabalhadores para as dezoito províncias de Angola são: agricultura, produção 
animal, caça, floresta e pesca; não declarados, administração pública e defesa, 
segurança social obrigatória, comércio por grosso e a retalho, reparação de 
veículos automóveis e motociclos; outras actividades e serviços. 
De acordo com os dados definitivos publicados pelo INE (2016), do Censo Geral 
2014 e como indica a Tabela nº 3.1, o emprego total para o ano 2014 em Angola 
foi de 5.442.686, a província de Luanda é a que concentra mais emprego, 
representando 25,6% do emprego no país, seguido pelas províncias de Benguela 
com 10,5%; Huila com 9,10%, Cuanza Sul com 9,5% e a província do Huambo 
com 7,10%. A província da Lunda Sul é a que concentra menos o emprego no 
país, representando 1,1%. 
De acordo com Relatório do INE (2014), as actividades económicas principais 
analisadas no país foram: agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca; 
indústria; construção, comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos 
35 
 
automóveis e motociclos, transporte, armazenagem e comunicação, actividades 
administrativas e dos serviços de apoio, administração pública e defesa, segurança 
social obrigatória, educação, outras actvidades e serviços e dos não declarados. 
De acordo com a publicação dos resultados definitivos do Censo Geral 2014, 
verificou-se que as actividades da agricultura, produção animal, caça, floresta e 
pesca eram as actividades económicas mais representadas no país com 44,2%, isto 
é, concentrando-se sobretudo na província de Cuanza Sul com 14,10%. As 
actividades económicas dos não declarados com 23,5%, são concentrados na 
província de Luanda com 44,8%; administração pública e defesa, segurança social 
obrigatória com 6,4%, concentrando-se na província de Luanda com 34,7%; 
comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos 
com 6%, concentrando-se na província de Luanda com 41,2%. A actividade 
económica menos representada no país é a da indústria com 1,8%, concentrando-
se também na província de Luanda com 48,3%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Tabela nº 3.1- População empregada, segundo actividade económica principal por 
província. 
Províncias 
Agricultura, 
produção 
animal, 
caça, 
floresta e 
pesca 
Indústria Construção 
Comércio 
por grosso 
e a retalho; 
reparação 
de veículos 
automóveis 
e 
motociclos 
Transportes, 
armazenagem 
e 
Comunicação 
Actividades 
administrativas 
e dos serviços 
de apoio 
Administração 
pública e 
defesa; 
segurança 
social 
obrigatória 
Educação 
Outras 
actividades 
e serviços 
Não 
declarados 
Total 
Cabinda 16.628 8.775 7.399 6.371 4.391 6.663 12.292 3.641 8.776 38.167 113.103 
Zaire 76.389 4.417 7.545 7.678 4.184 6.390 9.107 3.776 4.298 17.146 140.930 
Uíge 203.542 3.050 7.688 11.186 4.781 3.828 22.890 6.614 5.515 40.224 309.318 
Luanda 40.198 47.365 91.788 135.487 81.653 113.034 121.165 33.836 155.621 573.044 1.393.191 
Cuanza Norte 62.958 1.517 4.681 2.495 1.813 2.380 11.167 2.383 2.859 14.522 106.775 
Cuanza Sul 359.409 4.163 11.797 18.314 7.899 7.781 14.579 7.351 10.262 73.539 515.094 
Malange 164.620 2.109 7.635 7.548 3.542 3.736 12.218 4.766 6.794 35.640 248.608 
Lunda Norte 71.400 3.713 2.436 6.497 1.967 2.174 7.215 1.208 4.287 35.177 136.074 
Benguela 274.164 7.372 21.966 49.262 19.327 16.382 26.594 16.428 26.337 115.192 573.024 
Huambo 262.451 3.446 14.049 22.887 9.635 7.793 20.143 8.014 13.261 73.526 435.205 
Bie 204.907 1.344 7.716 11.130 3.308 2.778 10.949 5.422 5.552 47.922 301.028 
Moxico 74.492 714 2.914 2.931 1.209 1.466 10.564 1.887 2.605 18.632 117.414 
Cuando 
Cubango 58.622 893 3.920 2.630 1.069 1.783 12.335 2.801 3.294 16.071 103.418 
Namibe 35.974 1.603 5.744 9.995 3.614 5.467 11.494 4.386 6.917 27.469 112.663 
Huila 348.231 3.849 13.994 24.444 8.303 9.030 22.571 8.992 14.847 89.576 543.837 
Cunene 97.536 789 5.074 3.807 2.130 3.376 9.837 3.832 4.677 22.570 153.628 
Lunda Sul 17.484 1.524 2.295 3.210 1.679 1.921 7.057 1.602 2.676 22.104 61.552 
Bengo 34.086 1.514 3.944 2.897 1.972 2.947 7.029 1.657 2.797 18.981 77.824 
Total 2.403.091 98.157 222.585 328.769 162.476 198.929 349.206 118.596 281.375 1.279.502 5.442.686 
Fonte: INE-CENSO, 2014. 
37 
 
3.2 - Quociente de localização (QLik) 
A Tabela nº 3.2, mostra o valor do quociente de localização para cada actividade 
económica das dezoito províncias de Angola para o ano 2014. Com aplicação dos 
métodos de análise regional, por meio dos indicadores de localização, percebe-se 
que os resultados do quociente de localização mostram que as províncias de 
Cabinda, Lunda Norte e Zaíre se concentram na actividade económica da 
indústria; as províncias do Uíge, Cuanza Sul, Malange, Huambo, Bié, Huíla, 
Moxico e Cunene nas actividades da agricultura, produção animal, caça, floresta 
e pesca; Luanda na actividade administrativa e serviços de apoio; as províncias 
de Cuanza Norte, Cuando Cubango; Lunda Sul e Bengo nas actividades de 
administração pública e defesa, segurança social obrigatória; Benguela na 
actividade do comércio por grosso e retalho, reparação de veículos automóveis e 
motociclos e por fim a província de Namibe concentrava-se na actividade da 
educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
Tabela nº 3.2 – Análise do Quociente de localização 
 Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INE-CENSO, 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
Províncias 
Quociente de localização 
Agricultura, 
produção 
animal, caça, 
floresta e 
pesca 
Indústria Construção 
Comércio 
por grosso e 
a retalho; 
reparação 
de veículos 
automóveis 
e motociclos 
Transportes, 
armazenagem e 
Comunicação 
Actividades 
administrativas e 
dosserviços de 
apoio 
Administraçã
o pública e 
defesa; 
segurança 
social 
obrigatória 
Educação 
Outras 
actividades e 
serviços 
Não 
declarados 
Cabinda 
0,333 4,302 1,600 0,933 1,301 1,612 1,694 1,477 1,501 1,435 
Zaire 
1,228 1,738 1,309 0,902 0,995 1,241 1,007 1,230 0,590 0,518 
Uíge 
1,490 0,547 0,608 0,599 0,518 0,339 1,153 0,981 0,345 0,553 
Luanda 
0,065 1,885 1,611 1,610 1,963 2,220 1,355 1,115 2,161 1,750 
Cuanza Norte 
1,335 0,788 1,072 0,387 0,569 0,610 1,630 1,024 0,518 0,579 
Cuanza Sul 
1,580 0,448 0,560 0,589 0,514 0,413 0,441 0,655 0,385 0,607 
Malange 
1,500 0,470 0,751 0,503 0,477 0,411 0,766 0,880 0,529 0,610 
Lunda Norte 
1,188 1,513 0,438 0,790 0,484 0,437 0,826 0,407 0,609 1,100 
Benguela 
1,084 0,713 0,937 1,423 1,130 0,782 0,723 1,316 0,889 0,855 
Huambo 
1,366 0,439 0,789 0,871 0,742 0,490 0,721 0,845 0,589 0,719 
Bie 
1,542 0,248 0,627 0,612 0,368 0,252 0,567 0,827 0,357 0,677 
Moxico 
1,437 0,337 0,607 0,413 0,345 0,342 1,402 0,738 0,429 0,675 
Cuando 
Cubango 
1,284 0,479 0,927 0,421 0,346 0,472 1,859 1,243 0,616 0,661 
Namibe 
0,723 0,789 1,247 1,469 1,075 1,328 1,590 1,787 1,188 1,037 
Huila 
1,450 0,392 0,629 0,744 0,511 0,454 0,647 0,759 0,528 0,701 
Cunene 
1,438 0,285 0,808 0,410 0,464 0,601 0,998 1,145 0,589 0,625 
Lunda Sul 
0,643 1,373 0,912 0,863 0,914 0,854 1,787 1,194 0,841 1,528 
Bengo 
0,992 1,079 1,239 0,616 0,849 1,036 1,408 0,977 0,695 1,037 
39 
 
3.3 - Coeficiente de localização (CLk) 
Da inspeção visual do Gráfico nº 3.1, observa-se que em 2014, todas as 
actividades económicas apresetam coeficiente de localização muito próximo de 
0, indicando uma dispersão significativa das actividades. Mas, podemos também, 
observar que a actividade da educação, relativamente as demais actividades 
apresentou um coeficiente de localização de 0,106 indicando, deste modo o 
menor valor do coeficiente de localização, sendo assim a actividade económica 
com maior dispersão. 
Gráfico nº 3.1 – Análise do coeficiente de localização para cada actividade 
económica de Angola em 2014. 
 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INE-CENSO, 2014. 
0,263
0,332
0,187
0,210
0,268
0,338
0,179
0,106
0,311
0,211
40 
 
3.4 - Coeficiente de associação geográfica (Cagik) 
Pela Tabela nº 3.3, observa-se que no ano de 2014, as actividades económicas da 
indústria, construção comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos 
automóveis e motociclos, transporte, armazenagem e comunicação; actividades 
administrativas e dos serviços de apoio; administração pública e defesa, segurança 
social obrigatória e educação, apresentam associações siginificativas entre si, ou 
seja, os padrões de localização dessas actividades foram associados 
geograficamente. Já as actividades económicas de agricultura, produção animal, 
caça, floresta e pesca; e as actividades não declaradas não apresentam associações 
significativas com nenhuma outra actividade, indicando assim a fraca associação. 
Tabela nº 3.3 - Análise do coeficiente de associação geográfica das actividades da 
economia de Angola em 2014. 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INE-CENSO, 2014. 
Sectores 
Agricultura, 
produção 
animal, caça, 
floresta e pesca 
Indústria Construção 
Comércio por 
grosso e a 
retalho; 
reparação de 
veículos 
automóveis e 
motociclos 
Transportes, 
armazenagem e 
Comunicação 
Actividades 
administrativa
s e dos serviços 
de apoio 
Administraçã
o pública e 
defesa; 
segurança 
social 
obrigatória 
Educação 
Outras 
actividades e 
serviços 
Não declarados 
Agricultura, 
produção 
animal, caça, 
floresta e pesca 0 4,404 4,224 4,138 4,363 4,311 3,905 4,362 4,220 2,724 
Indústria 0 0,180 0,267 0,042 0,093 0,499 0,042 0,185 1,681 
Construção 0 0,087 0,138 0,087 0,319 0,138 0,004 1,501 
Comércio por 
grosso e a 
retalho; 
reparação de 
veículos 
automóveis e 
motociclos 0 0,225 0,174 0,233 0,225 0,082 1,414 
Transportes, 
armazenagem e 
Comunicação 0 0,051 0,458 0,000 0,023 1,639 
Actividades 
administrativas 
e dos serviços 
de apoio 0 0,406 0,051 0,091 1,588 
Administração 
pública e 
defesa; 
segurança 
social 
obrigatória 0 0,457 0,315 1,181 
Educação 0 0,143 1,639 
Outras 
actividades e 
serviços 0 1,496 
Não declarados 0 
 
 
 
 
 
Fraca 
associação 
Média 
associação 
Associação 
significativ
a 0 
Total 
associaçã
o 
41 
 
3.5 - Índice de Hirschman-Herfindahl (HHk) 
O Gráfico nº 3.2, mostra o valor do índice de Hirschman-Herfindahl para cada 
actividade económica de Angola em 2014. Da inspeção visual deste gráfico, 
observa-se que os valores do índice de Hirschman-Herfindahl para todas as 
actividades estam muito próximo do limite inferior indicando, deste modo a 
existência de miníma concentração espacial das actividades, isto é, as actividades 
encontram-se distribuídas igualmente pelo conjunto das províncias. Mas podemos 
também observar que, as actividades administrativas e dos serviços de apoio, são 
as que apresentam o ponto mais alto do índice, e a actividade da agricultura, 
produção animal, caça, floresta e pesca, o menor valor do índice. 
Gráfico nº 3.2 - Análise do índice de Hirschman-Herfindahl das actividades 
económicas de Angola em 2014. 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INE-CENSO, 2014. 
0,094
0,257
0,199
0,211
0,280
0,340
0,150
0,128
0,325
0,227
42 
 
3.6 - Índice de entropia (Ek) 
O Gráfico nº 3.3, mostra o valor do índice de entropia para cada actividade da 
economia angolana em 2014. Observa-se que os valores deste índice para todas 
actividades estão muito próximo do limite superior, indicando a situação de 
miníma concentração, ou seja, todas as províncias têm o mesmo peso nas 
actividades. Pode-se ainda observar, que as actividades da agricultura, produção 
animal, caça, floresta e pesca, educação, e administração pública, e defesa, 
segurança social obrigatória, apresentam um Ek igual a 1, indicando a situação de 
que todas as províncias têm o mesmo peso nessas actividades, ou seja, essas 
actividades encontram-se uniformemente distribuídas nas dezoito províncias do 
país. 
Gráfico nº 3.3 - Análise do índice de entropia das actividades económicas de 
Angola em 2014. 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INE-CENSO, 2014. 
1,000
0,882
0,969
0,916
0,842
0,787
1,000 1,000
0,799
0,928
43 
 
3.7 - Índice de entropia normalizado (E´K) 
Após o processo de normalização do índice, pode-se observar pelo Gráfico nº 3.4, 
que os valores do índice para todas actividades estão muito próximos de 0, 
indicando a situação de mínima concentração, ou seja todas as províncias têm 
quase o mesmo peso nessas actividades económicas. 
Gráfico nº 3.4- Análise do índice de entropia normalizado das actividades 
económicas de Angola em 2014. 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INE-CENSO, 2014. 
 
 
 
0,203
0,297
0,228
0,270 0,329
0,373
0,203 0,203
0,363
0,260
44 
 
3.8 - Coeficiente de especialização (CEi) 
A partir do Gráfico nº 3.5, observa-se que todas as províncias têm um coeficiente 
de especialização, muito próximo de 0, indicando a ausência de especialização 
para todas as províncias do país. Mas, podemos observar que a província de 
Luanda apresenta o maior valor do coeficiente de especialização e a província do 
Bengo o menor valor do coeficiente de especialização. 
Gráfico nº 3.5- Análise do coeficiente de especialização das províncias de 
Angola em 2014. 
 
Fonte: Elaboração própria com base nos dados do INE-CENSO, 2014. 
 
0,299
0,141
0,226
0,413
0,192
0,256
0,221
0,116
0,073
0,162
0,239
0,219
0,186
0,126
0,199
0,197
0,185
0,047
45 
 
3.9 - Índice bruto de diversificação de Rogers (IBDRi) 
O Gráfico nº

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