Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Direito Constitucional Da Organização Político- Administrativa Aula 007 2 Da Organização Político- Administrativa Artigo 18 ao 19 da CF/88 Brasília, a União, os Estados, os Municípios, os Territórios e suas vedações Aspectos Constitucionais , Doutrinários e Jurisprudenciais 3 Da Organização Político- Administrativa • Nos artigos 18 ao 19 da CF/88 encontra-se a macro organização do Estado Brasileiro • não se tratam de regras referentes à formação do Estado Brasileiro, tal como previsto no art. 1º da CF/88 • são regras de organização da Administração do Estado Brasileiro • No art. 1 da CF/88 há previsão apenas dos Estados, Distrito Federal e Municípios • A organização Político Administrativa da República Federativa do Brasil é composta por: União, Estados, DF e Municípios 4 • Na formação da República Federativa do Brasil temos um Estado soberano • Na organização político-administrativa, temos entidades autônomas • Em relação à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, vige o princípio da autonomia • Autonomia é baseada na tríplice capacidade • Autoadministração • Autogoverno • Autolegislação 5 Governo próprio Administraç ão própria Produção legislativa própria Auto-organização 6 • Brasília é a Capital Federal. • Não se trata da capital do Distrito Federal • É a capital do país • É o centro político do país • A primeira foi no Rio de Janeiro, CI de 1824, ato adicional em 1834 • CR de 1891 , fixou no Rio de Janeiro, mas fez previsão dessa Capital como Distrito Federal • Brasília foi inaugurada em 1960, abril, na vigência da CF 1946 • Não é sede de município, é sede de governo • Brasília será a capital federal enquanto viger a CF/88 • A sede do governo pode ser modificada temporariamente 7 • Os Territórios Federais integram a União (art. 18, §3º da CF/88) • Primeira previsão constitucional de território foi em 1934, mas em 1891, foi criado o Território do Acre • Adquirido da Bolívia (Tratado de Petrópolis) • Não é dotado de autonomia política • Trata-se de mera descentralização administrativo-territorial da União • autarquia Territorial • Criação: • Criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar (federal). 8 • Estados-Membros • Cons tituem pessoas jurídicas de direito público interno e autônomos • Os Estados podem: • incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do CN, por lei complementar. • Plebiscito: • consulta popular prévia e nessa caso é vinculante, pois exige a aprovação • Convocado pelo CN, por decreto legislativo 9 • Lei complementar: • Lei complementar federal • Apenas será elabora caso exista aprovação popular • O projeto de lei poderá ser apresentado em qualquer casa do CN • No processo de elaboração de lei complementar será ouvida a Assembleia Legislativa interessada • A casa legislativa, iniciadora do projeto, ouvirá a AL. • Manifestação da AL é meramente consultivo • Aprovado projeto, seguirá para sanção ou veto presidencial 10 • Criado o Estado, serão observadas, nos 10 primeiros anos, as seguintes regras previstas no art. 235 da CF/88: • a AL será composta de 17 deputados se a população do Estado for inferior a 600.000 habitantes, e de 24, se igual ou superior a 600.000 habitantes, até um 1.500.000,00; • o Governo terá no máximo 10 Secretarias; • TCE terá 3 membros, nomeados, pelo Governador eleito, dentre brasileiros de comprovada idoneidade e notório saber; • TJ terá 7 Desembargadores 11 • Os Desembargadores serão nomeados pelo Governador eleito, escolhidos da seguinte forma: • 5 dentre os magistrados com mais de 35 anos de idade, em exercício na área do novo Estado ou do Estado originário; • No caso de Estado proveniente de Território Federal, os 5 primeiros Desembargadores poderão ser escolhidos dentre juízes de direito de qualquer parte do País; • 2 dentre promotores, nas mesmas condições, e advogados de comprovada idoneidade e saber jurídico, com 10 anos, no mínimo, de exercício profissional, obedecido o procedimento fixado na Constituição; 12 • em cada Comarca, o primeiro Juiz de Direito, o primeiro Promotor de Justiça e o primeiro Defensor Público serão nomeados pelo Governador eleito após concurso público de provas e títulos; • até a promulgação da Constituição Estadual, responderão pela Procuradoria- Geral, pela Advocacia-Geral e pela Defensoria-Geral do Estado advogados de notório saber, com 35 anos de idade, no mínimo, nomeados pelo Governador eleito e demissíveis "ad nutum"; 13 • caso o novo Estado for resultado de transformação de Território Federal, a transferência de encargos financeiros da União para pagamento dos servidores optantes que pertenciam à Administração Federal ocorrerá da seguinte forma: • a) no 6º ano de instalação, o Estado assumirá 20% dos encargos financeiros para fazer face ao pagamento dos servidores públicos, ficando ainda o restante sob a responsabilidade da União; • b) no 7º ano, os encargos do Estado serão acrescidos de 30% e, no oitavo, 50%; • as nomeações que se seguirem às primeiras, para os cargos mencionados neste artigo, serão disciplinadas na Constituição Estadual; 14 • as despesas orçamentárias com pessoal não poderão ultrapassar 50% por cento da receita do Estado. 15 • Municípios • pessoa jurídica de direito público interno • dotado de autonomia (tríplice capacidade) • Há doutrina que não reconhece municípios como entes da federação (JAS) • Prevalece o texto da CF/88, art. 1º, caput • Formação de municípios leva em conta a regra constitucional, art. 18, §4º, da CF/88 • criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se- ão: • por lei ordinária estadual • lei complementar federal, definidora do período em que se pode formar municípios • consulta prévia (plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos) 16 • divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. • Observações importantes: • ADI 2.240 (STF) na qual se estabeleceu a necessidade de LC federal determinando o período de criação de novos Municípios • O art. 18, § 4º, CF/88 é norma de eficácia limitada. Lei estadual que criar Município sem a existência da lei complementar federal será inconstitucional • Trata-se de vício formal por violação a um dos pressupostos objetivos do ato 17 • Observações importantes: • Antes de 31/12/06 houve convalidação da criação de municípios (art. 96 ADCT – EC 57/2006) • Após 31/12/2006 a LC é indispensável – (STF) • EC 57/2006, altera o art. 96 das ADCT: • "Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação." http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art96adct 18 • Segundo o art. 19, da CF/88 é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: • estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; • recusar fé aos documentos públicos; • criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. • O Brasil é um país laico 19 • Essa aula foi baseada nos seguintes materiais de estudo: • Constituição Federal: • Julgamentos do STF • Direito Constitucional Descomplicado dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo • LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado.2015 20 21 Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21
Compartilhar