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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL CÓDIGO PENAL CÓDIGO DE PROCESSO PENAL LEI Nº 8.038, DE 28 DE MAIO DE 1990 LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 LEI 8.245 LEI 9.099 LEI 13.146 LEI 13.320 ESTATUTO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA ESTATUTO E REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS SERVIDORES CIVIS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CÓDIGO DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO CONSOLIDAÇÃO NORMATIVA JUDICIAL REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Rosane Riscado Sumário CONSTITUIÇÃO FEDERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 CONSTITUIÇÃO ESTADUAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 CÓDIGO CIVIL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 CÓDIGO PENAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 LEGISLAÇÃO ESPECIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 LEGISLAÇÃO ADMINISTRATIVA.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227 Rosane Riscado www.acasadoconcurseiro.com.br 3 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem dis- tinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I – homens e mulheres são iguais em direi- tos e obrigações, nos termos desta Consti- tuição; II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V – é assegurado o direito de resposta, pro- porcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercí- cio dos cultos religiosos e garantida, na for- ma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII – é assegurada, nos termos da lei, a pres- tação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX – é livre a expressão da atividade intelec- tual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X – são invioláveis a intimidade, a vida pri- vada, a honra e a imagem das pessoas, as- segurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua viola- ção; XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem con- sentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determina- ção judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no úl- timo caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução proces- sual penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996) XIII – é livre o exercício de qualquer traba- lho, ofício ou profissão, atendidas as quali- ficações profissionais que a lei estabelecer; CONSTITUIÇÃO FEDERAL Rosane Sublinhado www.acasadoconcurseiro.com.br4 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA XIV – é assegurado a todos o acesso à in- formação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; XV – é livre a locomoção no território na- cional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, per- manecer ou dele sair com seus bens; XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anterior- mente convocada para o mesmo local, sen- do apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter parami- litar; XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de au- torização, sendo vedada a interferência es- tatal em seu funcionamento; XIX – as associações só poderão ser compul- soriamente dissolvidas ou ter suas ativida- des suspensas por decisão judicial, exigindo- -se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX – ninguém poderá ser compelido a asso- ciar-se ou a permanecer associado; XXI – as entidades associativas, quando ex- pressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou ex- trajudicialmente; XXII – é garantido o direito de propriedade; XXIII – a propriedade atenderá a sua função social; XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em di- nheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV – no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de pro- priedade particular, assegurada ao proprie- tário indenização ulterior, se houver dano; XXVI – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII – aos autores pertence o direito exclu- sivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII – são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da ima- gem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamen- to econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intér- pretes e às respectivas representações sin- dicais e associativas; XXIX – a lei assegurará aos autores de in- ventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às cria- ções industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econô- mico do País; XXX – é garantido o direito de herança; XXXI – a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasi- leira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; www.acasadoconcurseiro.com.br 5 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãospúblicos informações de seu inte- resse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à se- gurança da sociedade e do Estado; (Regula- mento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011) XXXIV – são a todos assegurados, indepen- dentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclare- cimento de situações de interesse pessoal; XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; XXXVI – a lei não prejudicará o direito ad- quirido, o ato jurídico perfeito e a coisa jul- gada; XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de ex- ceção; XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegu- rados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos cri- mes dolosos contra a vida; XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades funda- mentais; XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respon- dendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regu- lamento) XLIV – constitui crime inafiançável e impres- critível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de repa- rar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII – não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra decla- rada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII – a pena será cumprida em estabele- cimentos distintos, de acordo com a nature- za do delito, a idade e o sexo do apenado; Rosane Sublinhado 1º São considerados hediondos os crimes de latrocínio www.acasadoconcurseiro.com.br6 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L – às presidiárias serão asseguradas con- dições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamen- tação; LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime co- mum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII – não será concedida extradição de es- trangeiro por crime político ou de opinião; LIII – ninguém será processado nem senten- ciado senão pela autoridade competente; LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defe- sa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVI – são inadmissíveis, no processo, as pro- vas obtidas por meios ilícitos; LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII – o civilmente identificado não será sub- metido a identificação criminal, salvo nas hi- póteses previstas em lei; (Regulamento) LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da in- timidade ou o interesse social o exigirem; LXI – ninguém será preso senão em flagran- te delito ou por ordem escrita e fundamen- tada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados ime- diatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII – o preso será informado de seus direi- tos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da famí- lia e de advogado; LXIV – o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV – a prisão ilegal será imediatamente re- laxada pela autoridade judiciária; LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemen- to voluntário e inescusável de obrigação ali- mentícia e a do depositário infiel; LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sem- pre que alguém sofrer ou se achar amea- çado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; LXIX – conceder-se-á mandado de seguran- ça para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; Rosane Realce Cada uma das partes de um litígio, demanda ou processo judicial. Rosane Sublinhado Rosane Comentário do texto Depositário infiel é um indivíduo que ficou responsável pela guarda de um bem que não lhe pertence e deixou que este bem desaparecesse ou que tenha sido roubado, etc www.acasadoconcurseiro.com.br 7 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamenta- dora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogati- vas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXII – conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de infor- mações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judi- cial ou administrativo; LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anu- lar ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à mo- ralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; LXXIV – o Estado prestará assistência jurídi- ca integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; LXXV – o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; LXXVI – são gratuitos para os reconhecida- mente pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989) a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. (Regulamento) LXXVIII – a todos, noâmbito judicial e admi- nistrativo, são assegurados a razoável dura- ção do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação ime- diata. § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorren- tes do regime e dos princípios por ela ado- tados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacio- nais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo: DLG nº 186, de 2008, DEC 6.949, de 2009, DLG 261, de 2015, DEC 9.522, de 2018) § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o trans- porte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assis- tência aos desamparados, na forma desta Cons- tituição. (Redação dada pela Emenda Constitu- cional nº 90, de 2015) Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que pre- verá indenização compensatória, dentre ou- tros direitos; www.acasadoconcurseiro.com.br8 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA II – seguro-desemprego, em caso de desem- prego involuntário; III – fundo de garantia do tempo de serviço; IV – salário mínimo, fixado em lei, nacional- mente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua fa- mília com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódi- cos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI – irredutibilidade do salário, salvo o dis- posto em convenção ou acordo coletivo; VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remunera- ção variável; VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da apo- sentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno su- perior à do diurno; X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcio- nalmente, participação na gestão da empre- sa, conforme definido em lei; XII – salário-família pago em razão do de- pendente do trabalhador de baixa ren- da nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) XIII – duração do trabalho normal não su- perior a oito horas diárias e quarenta e qua- tro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de reve- zamento, salvo negociação coletiva; XV – repouso semanal remunerado, prefe- rencialmente aos domingos; XVI – remuneração do serviço extraordiná- rio superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX – licença-paternidade, nos termos fixa- dos em lei; XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI – aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII – redução dos riscos inerentes ao tra- balho, por meio de normas de saúde, higie- ne e segurança; XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigo- sas, na forma da lei; XXIV – aposentadoria; XXV – assistência gratuita aos filhos e de- pendentes desde o nascimento até 5 (cin- co) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) XXVI – reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei; www.acasadoconcurseiro.com.br 9 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA XXVIII – seguro contra acidentes de traba- lho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quan- do incorrer em dolo ou culpa; XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescri- cional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000) a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000) b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000) XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admis- são por motivo de sexo, idade, cor ou esta- do civil; XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII – proibição de distinção entre traba- lho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII – proibição de trabalho noturno, pe- rigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezes- seis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) XXXIV – igualdade de direitos entre o tra- balhador com vínculo empregatício perma- nente e o trabalhador avulso. Parágrafo único. São assegurados à catego- ria dos trabalhadores domésticos os direi- tos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as con- dições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obriga- ções tributárias, principais e acessórias, de- correntes da relação de trabalho e suas pe- culiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua inte- gração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013) Art. 8º É livre a associação profissional ou sindi- cal, observado o seguinte: I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressal- vado o registro no órgão competente, ve- dadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; II – é vedada a criação de mais de uma or- ganização sindical, em qualquer grau, re- presentativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou em- pregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da ca- tegoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; IV – a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissio- nal, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; VI – é obrigatória a participação dos sindi- catos nas negociações coletivas de trabalho; VII – o aposentado filiado tem direito a vo- tar e ser votado nas organizações sindicais; VIII – é vedada a dispensa do empregadosindicalizado a partir do registro da candi- datura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. www.acasadoconcurseiro.com.br10 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos ru- rais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. Art. 9º É assegurado o direito de greve, compe- tindo aos trabalhadores decidir sobre a oportu- nidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º Os abusos cometidos sujeitam os res- ponsáveis às penas da lei. Art. 10. É assegurada a participação dos traba- lhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profis- sionais ou previdenciários sejam objeto de dis- cussão e deliberação. Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos em- pregados, é assegurada a eleição de um repre- sentante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Cons- titucional nº 19, de 1998) I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preen- cham os requisitos estabelecidos em lei, as- sim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a com- plexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III – o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV – durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de pro- vas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir car- go ou emprego, na carreira; V – as funções de confiança, exercidas ex- clusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de car- reira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se ape- nas às atribuições de direção, chefia e as- sessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei espe- cífica; (Redação dada pela Emenda Consti- tucional nº 19, de 1998) VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas por- tadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; IX – a lei estabelecerá os casos de contrata- ção por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional in- teresse público; Rosane Sublinhado Rosane Sublinhado www.acasadoconcurseiro.com.br 11 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Re- gulamento) XI – a remuneração e o subsídio dos ocu- pantes de cargos, funções e empregos pú- blicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumu- lativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Mu- nicípios, o subsídio do Prefeito, e nos Esta- dos e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Execu- tivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribu- nal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do sub- sídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procu- radores e aos Defensores Públicos; (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) XII – os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não po- derão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII – é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do ser- viço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XIV – os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XV – o subsídio e os vencimentos dos ocu- pantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci- sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Re- dação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emen- da Constitucional nº 34, de 2001) XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e so- ciedades controladas, direta ou indireta- mente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XVIII – a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áre- as de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de eco- nomia mista e de fundação, cabendo à lei www.acasadoconcurseiro.com.br12 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XX – depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das en- tidades mencionadas no inciso anterior, as- sim como a participação de qualquer delas em empresa privada; XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegu- re igualdade de condições a todos os con- correntes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as con- dições efetivas da proposta, nos termosda lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indis- pensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento) XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão re- cursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de ca- dastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, infor- mativo ou de orientação social, dela não po- dendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de au- toridades ou servidores públicos. § 2º A não observância do disposto nos in- cisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos ter- mos da lei. § 3º A lei disciplinará as formas de partici- pação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II – o acesso dos usuários a registros admi- nistrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucio- nal nº 19, de 1998) III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração públi- ca. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º – Os atos de improbidade administra- tiva importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a in- disponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. § 5º A lei estabelecerá os prazos de pres- crição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem pre- juízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de servi- ços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou empre- go da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privile- giadas. (Incluído pela Emenda Constitucio- nal nº 19, de 1998) www.acasadoconcurseiro.com.br 13 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA § 8º A autonomia gerencial, orçamentá- ria e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder públi- co, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I – o prazo de duração do contrato; II – os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e respon- sabilidade dos dirigentes; III – a remuneração do pessoal." § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de eco- nomia mista, e suas subsidiárias, que rece- berem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pa- gamento de despesas de pessoal ou de cus- teio em geral. (Incluído pela Emenda Consti- tucional nº 19, de 1998) § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remune- ração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de li- vre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Esta- dos e ao Distrito Federal fixar, em seu âm- bito, mediante emenda às respectivas Cons- tituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se apli- cando o disposto neste parágrafo aos sub- sídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes dispo- sições: (Redação dada pela Emenda Constitucio- nal nº 19, de 1998) I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sen- do-lhe facultado optar pela sua remuneração; III – investido no mandato de Vereador, ha- vendo compatibilidade de horários, perce- berá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do car- go eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV – em qualquer caso que exija o afasta- mento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para to- dos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão de- terminados como se no exercício estivesse. Seção II DOS SERVIDORES PÚBLICOS (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos res- pectivos Poderes (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4) Rosane Sublinhado www.acasadoconcurseiro.com.br14 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema re- muneratório observará: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I – a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componen- tes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II – os requisitos para a investidura; (Inclu- ído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III – as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º A União, os Estados e o Distrito Fede- ral manterão escolas de governo para a for- mação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebra- ção de convênios ou contratos entre os en- tes federados. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer re- quisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acrésci- mo de qualquergratificação, adicional, abo- no, prêmio, verba de representação ou ou- tra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabele- cer a relação entre a maior e a menor re- muneração dos servidores públicos, obede- cido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Ju- diciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 7º Lei da União, dos Estados, do Distri- to Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários pro- venientes da economia com despesas cor- rentes em cada órgão, autarquia e funda- ção, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, moderni- zação, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. (In- cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efe- tivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdên- cia de caráter contributivo e solidário, median- te contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) www.acasadoconcurseiro.com.br 15 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo se- rão aposentados, calculados os seus pro- ventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) I – por invalidez permanente, sendo os pro- ventos proporcionais ao tempo de contri- buição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitu- cional nº 41, 19.12.2003) II – compulsoriamente, com proventos pro- porcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (se- tenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela Emen- da Constitucional nº 88, de 2015) III – voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exer- cício no serviço público e cinco anos no car- go efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cin- co anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda Cons- titucional nº 20, de 15/12/98) b) sessenta e cinco anos de idade, se ho- mem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 2º – Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respec- tivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de refe- rência para a concessão da pensão. (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 3º Para o cálculo dos proventos de apo- sentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utili- zadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitu- cional nº 41, 19.12.2003) § 4º É vedada a adoção de requisitos e cri- térios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) I – portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) II – que exerçam atividades de risco; (Inclu- ído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) III – cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) § 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 6º Ressalvadas as aposentadorias decor- rentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 7º Lei disporá sobre a concessão do bene- fício de pensão por morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) www.acasadoconcurseiro.com.br16 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA I – ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo esta- belecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) II – ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabe- lecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 8º É assegurado o reajustamento dos be- nefícios para preservar-lhes, em caráter per- manente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 9º O tempo de contribuição federal, esta- dual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço cor- respondente para efeito de disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribui- ção fictício. (Incluído pela Emenda Constitu- cional nº 20, de 15/12/98) § 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumula- ção de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contri- buição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remune- ração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Consti- tucional nº 20, de 15/12/98) § 12. Além do disposto neste artigo, o regi- me de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social. (Inclu- ído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 13. Ao servidor ocupante, exclusivamen- te, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previ- dência social. (Incluído pela Emenda Consti- tucional nº 20, de 15/12/98) § 14. A União, os Estados,o Distrito Fede- ral e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedi- das pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os bene- fícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emen- da Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 15. O regime de previdência complemen- tar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executi- vo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência com- plementar, de natureza pública, que ofere- cerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 16. Somente mediante sua prévia e ex- pressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do corres- pondente regime de previdência comple- mentar. (Incluído pela Emenda Constitucio- nal nº 20, de 15/12/98) www.acasadoconcurseiro.com.br 17 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA § 17. Todos os valores de remuneração con- siderados para o cálculo do benefício pre- visto no § 3° serão devidamente atualiza- dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 18. Incidirá contribuição sobre os proven- tos de aposentadorias e pensões conce- didas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de pre- vidência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (In- cluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para apo- sentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em ativi- dade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitu- cional nº 41, 19.12.2003) § 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo es- tabelecido para os benefícios do regime ge- ral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiá- rio, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Cons- titucional nº 47, de 2005) Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pú- blico. (Redação dada pela Emenda Constitucio- nal nº 19, de 1998) § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda Consti- tucional nº 19, de 1998) I – em virtude de sentença judicial transita- da em julgado; (Incluído pela Emenda Cons- titucional nº 19, de 1998) II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (In- cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º Invalidada por sentença judicial a de- missão do servidor estável, será ele reinte- grado, e o eventual ocupante da vaga, se es- tável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com re- muneração proporcional ao tempo de ser- viço. (Redação dada pela Emenda Constitu- cional nº 19, de 1998) § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua des- necessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração propor- cional ao tempo de serviço, até seu adequa- do aproveitamento em outro cargo. (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º Como condição para a aquisição da es- tabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) www.acasadoconcurseiro.com.br18 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA CAPÍTULO III DO PODER JUDICIÁRIO Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I – o Supremo Tribunal Federal; I-A – o Conselho Nacional de Justiça; (Inclu- ído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II – o Superior Tribunal de Justiça; II-A – o Tribunal Superior do Trabalho; (In- cluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016) III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho; V – os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI – os Tribunais e Juízes Militares; VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conse- lho Nacional de Justiça e os Tribunais Supe- riores têm sede na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribu- nais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Su- premo Tribunal Federal, disporá sobre o Esta- tuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: I – ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participa- ção da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II – promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e mereci- mento, atendidas as seguintes normas: a) é obrigatória a promoção do juiz que fi- gure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrân- cia e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da ju- risdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aper- feiçoamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repe- tindo-se a votação até fixar-se a indicação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) e) não será promovido o juiz que, injustifica- damente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) III – o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, al- ternadamente, apurados na última ou úni- ca entrância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) www.acasadoconcurseiro.com.br 19 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA IV – previsão de cursos oficiais de prepara- ção, aperfeiçoamento e promoção de ma- gistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participaçãoem curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; (Redação dada pela Emen- da Constitucional nº 45, de 2004) V – o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cin- co por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados se- rão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e ou- tra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Mi- nistros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VI – a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) VII – o juiz titular residirá na respectiva co- marca, salvo autorização do tribunal; (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VIII – o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegura- da ampla defesa; (Redação dada pela Emen- da Constitucional nº 45, de 2004) VIII-A – a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrân- cia atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a, b, c e e do inciso II; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e funda- mentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não pre- judique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) X – as decisões administrativas dos tribu- nais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (Reda- ção dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XI – nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser consti- tuído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XII – a atividade jurisdicional será ininter- rupta, sendo vedado férias coletivas nos juí- zos e tribunais de segundo grau, funcionan- do, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão perma- nente; (Incluído pela Emenda Constitucio- nal nº 45, de 2004) XIII – o número de juízes na unidade jurisdi- cional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XIV – os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter deci- sório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) www.acasadoconcurseiro.com.br20 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA XV – a distribuição de processos será ime- diata, em todos os graus de jurisdição. (In- cluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Re- gionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, in- dicados em lista sêxtupla pelos órgãos de repre- sentação das respectivas classes. Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subse- qüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse perí- odo, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II – inamovibilidade, salvo por motivo de in- teresse público, na forma do art. 93, VIII; III – irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Parágrafo único. Aos juízes é vedado: I – exercer, ainda que em disponibilidade, ou- tro cargo ou função, salvo uma de magistério; II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III – dedicar-se à atividade político-partidária. IV – receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V – exercer a advocacia no juízo ou tribu- nal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por apo- sentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 96. Compete privativamente: I – aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias pro- cessuais das partes, dispondo sobre a com- petência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços au- xiliares e os dos juízos que lhes forem vin- culados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; c) prover, na forma prevista nesta Constitui- ção, os cargos de juiz de carreira da respec- tiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciá- rias; e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos ne- cessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei; f) conceder licença, férias e outros afasta- mentos a seus membros e aos juízes e ser- vidores que lhes forem imediatamente vin- culados; II – ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribu- nais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, ob- servado o disposto no art. 169: a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a re- muneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus mem- bros e dos juízes, inclusive dos tribunais in- feriores, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) www.acasadoconcurseiro.com.br 21 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA c) a criação ou extinção dos tribunais infe- riores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; III – aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Pú- blico, nos crimes comuns e de responsabi- lidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respecti- vo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Terri- tórios, e os Estados criarão: I – juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execu- ção de causas cíveis de menor complexida- de e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante osprocedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primei- ro grau; II – justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, univer- sal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, cele- brar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o proces- so de habilitação e exercer atribuições con- ciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. § 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Fe- deral. (Renumerado pela Emenda Constitu- cional nº 45, de 2004) § 2º As custas e emolumentos serão desti- nados exclusivamente ao custeio dos servi- ços afetos às atividades específicas da Justi- ça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada auto- nomia administrativa e financeira. § 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipula- dos conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. § 2º O encaminhamento da proposta, ouvi- dos os outros tribunais interessados, com- pete: I – no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respecti- vos tribunais; II – no âmbito dos Estados e no do Distri- to Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. § 3º Se os órgãos referidos no § 2º não en- caminharem as respectivas propostas or- çamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consoli- dação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vi- gente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procede- rá aos ajustes necessários para fins de con- solidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) www.acasadoconcurseiro.com.br22 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se pre- viamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (In- cluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazen- das Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Mu- nicipais, em virtude de sentença judiciária, far- -se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentá- rias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). (Vide Emenda Constitucional nº 62, de 2009) § 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de sa- lários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previ- denciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade ci- vil, em virtude de sentença judicial transita- da em julgado, e serão pagos com preferên- cia sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portadores de doença gra- ve, ou pessoas com deficiência, assim defi- nidos na forma da lei, serão pagos com pre- ferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste arti- go, admitido o fracionamento para essa fi- nalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do pre- catório. (Redação dada pela Emenda Consti- tucional nº 94, de 2016) § 3º O disposto no caput deste artigo relati- vamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações defi- nidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). § 4º Para os fins do disposto no § 3º, po- derão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, se- gundo as diferentes capacidades econômi- cas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. (Redação dada pela Emenda Consti- tucional nº 62, de 2009). § 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em jul- gado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados mo- netariamente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). § 6º As dotações orçamentárias e os crédi- tos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequen- da determinar o pagamento integral e au- torizar, a requerimento do credor e exclusi- vamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não aloca- ção orçamentária do valor necessário à sa- tisfação do seu débito, o sequestro da quan- tia respectiva. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). § 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retar- dar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de res- ponsabilidade e responderá, também, pe- rante o Conselho Nacional de Justiça. (In- cluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). www.acasadoconcurseiro.com.br 23 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA § 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, reparti- ção ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). § 9º No momento da expedição dos preca- tórios, independentemente de regulamen- tação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o cre- dor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcela- mentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). § 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública deve- dora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimen- to, informação sobre os débitos que preen- cham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). § 11. É facultada ao credor, conforme es- tabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em preca- tórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). § 12. A partir da promulgação desta Emen- da Constitucional, a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice ofi- cial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mes- mo percentual de juros incidentessobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios. (Inclu- ído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). § 13. O credor poderá ceder, total ou parcial- mente, seus créditos em precatórios a tercei- ros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emen- da Constitucional nº 62, de 2009). § 14. A cessão de precatórios somente pro- duzirá efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de ori- gem e à entidade devedora. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). § 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para pa- gamento de crédito de precatórios de Esta- dos, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). § 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriun- dos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os di- retamente. (Incluído pela Emenda Constitu- cional nº 62, de 2009) § 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aferirão mensalmente, em base anual, o comprometimento de suas respectivas receitas correntes líquidas com o pagamento de precatórios e obrigações de pequeno valor. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016) § 18. Entende-se como receita corrente lí- quida, para os fins de que trata o § 17, o somatório das receitas tributárias, patrimo- niais, industriais, agropecuárias, de contri- buições e de serviços, de transferências cor- rentes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas do § 1º do art. 20 da Constitui- ção Federal, verificado no período compre- endido pelo segundo mês imediatamente anterior ao de referência e os 11 (onze) me- ses precedentes, excluídas as duplicidades, e deduzidas: (Incluído pela Emenda Consti- tucional nº 94, de 2016) www.acasadoconcurseiro.com.br24 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA I – na União, as parcelas entregues aos Es- tados, ao Distrito Federal e aos Municípios por determinação constitucional; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016) II – nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucio- nal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016) III – na União, nos Estados, no Distrito Fe- deral e nos Municípios, a contribuição dos servidores para custeio de seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira referida no § 9º do art. 201 da Constituição Federal. (Incluído pela Emenda Constitucio- nal nº 94, de 2016) § 19. Caso o montante total de débitos de- correntes de condenações judiciais em pre- catórios e obrigações de pequeno valor, em período de 12 (doze) meses, ultrapasse a média do comprometimento percentual da receita corrente líquida nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores, a parcela que ex- ceder esse percentual poderá ser financia- da, excetuada dos limites de endividamen- to de que tratam os incisos VI e VII do art. 52 da Constituição Federal e de quaisquer outros limites de endividamento previstos, não se aplicando a esse financiamento a ve- dação de vinculação de receita prevista no inciso IV do art. 167 da Constituição Fede- ral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 94, de 2016) § 20. Caso haja precatório com valor supe- rior a 15% (quinze por cento) do montante dos precatórios apresentados nos termos do § 5º deste artigo, 15% (quinze por cen- to) do valor deste precatório serão pagos até o final do exercício seguinte e o restan- te em parcelas iguais nos cinco exercícios subsequentes, acrescidas de juros de mora e correção monetária, ou mediante acordos diretos, perante Juízos Auxiliares de Conci- liação de Precatórios, com redução máxima de 40% (quarenta por cento) do valor do crédito atualizado, desde que em relação ao crédito não penda recurso ou defesa ju- dicial e que sejam observados os requisitos definidos na regulamentação editada pelo ente federado. (Incluído pela Emenda Cons- titucional nº 94, de 2016) Seção II DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe- -se de onze Ministros, escolhidos dentre cida- dãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Pre- sidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Fede- ral, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I – processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Minis- tros e o Procurador-Geral da República; c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Supe- riores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) www.acasadoconcurseiro.com.br 25 VADE MECUM | TJ-RS - OFICIAL DE JUSTIÇA d) o habeas corpus, sendo paciente qual- quer das pessoas referidas nas alíneas ante- riores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da Repúbli- ca, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; e) o litígio entre Estado estrangeiro ou orga- nismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; g) a extradição solicitada por Estado estran- geiro; h) (Revogado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) i) o habeas corpus, quando o coator for Tri- bunal Superior ou quando o coator ou o pa- ciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdi- ção do Supremo Tribunal Federal, ou se tra- te de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999) j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais; n) a ação em que todos os membros da ma- gistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da me- tade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indi- retamente interessados; o) os conflitos de competência entre o Su- perior Tribunal de Justiça e quaisquer tribu- nais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; q) o mandado de injunção, quando a elabo- ração da norma regulamentadora for atri- buição do Presidente da República, do Con- gresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma des- sas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal; r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluída pela