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NOVO CPC FREDIE DIDIER

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NOVO CPC FREDIE DIDIER
NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL 1-12
Esse rol não é exaustivo. Devido processo legal e proibição da prova ilícita que estão na constituição são exemplos de normas fundamentais que fazem parte do NCPC, mas não estão elencadas nele.
Art. 1º - Todas as normas processuais devem ser interpretadas de acordo com a constituição;
O desrespeito desse artigo enseja recurso extraordinário, por desrespeitar a constituição;
§§ 2º e 3º do art. 3º - O Estado deverá promover solução consensual dos conflitos, é um novo princípio, o da promoção pelo estado da solução por auto composição;
Art. 2º - As partes podem modular o impulso oficial; podem estabelecer um acordo que module a atuação oficial do juiz, que restrinja a atuação oficial do juiz. (juiz não pode mais instaurar inventário de ofício)
Art. 4º - princípio da primazia da decisão de mérito (tb está no art. 139, IX e está espalhado pelo código; juiz não pode indeferir a inicial sem antes mandar que o autor a emende; relator não pode deixar de receber recurso que pode ter seu vício sanado sem antes dar oportunidade ao recorrente sanar; a apelação contra qualquer sentença que extinga o processo sem exame do mérito tem juízo de retratação; art. 1.028, § 3º)
Princípio da efetividade do processo.
Art. 5º - Princípio da boa-fé processual; tal princípio se dirige a todos os sujeitos do processo, inclusive ao juiz;
Boa-fé objetiva e subjetiva são diferentes:
Boa-fé subjetiva é um fato da vida. O fato de alguém acreditar que está agindo licitamente. É ter a crença de que seu comportamento é lícito. Exemplo da posse, possuidor de boa-fé. Boa-fé subjetiva não é princípio
Boa-fé objetiva é uma norma, mais precisamente um princípio segundo o qual os comportamentos humanos devem estar pautados em um padrão ético de conduta; não tem nada a ver com a crença do sujeito, pouco importa se ele está imaginando estar de boa-fé.
Art. 6º - Consagra o princípio da cooperação, que tem por objetivo transformar o processo em um “ambiente cooperativo”, transformar o processo em uma “comunidade de trabalho” em que vigorem a lealdade e o equilíbrio entre os sujeitos do processo, incluindo-se o juiz entre eles. É uma consequência do princípio da boa-fé.
O princípio da cooperação gera ao juiz alguns deveres: 1 – dever de consulta; 2 – dever de prevenção (o juiz tem o dever de apontar as falhas do processo - falhas processuais -, dizendo como ele deve ser corrigido); 3) dever de esclarecimento: a) dever de dar decisões claras, b) se o juiz não entende a postulação o juiz tem de pedir esclarecimento à parte. Não pode indeferir de plano se por acaso não entendeu.
Art. 7º - (primeira parte) – consagra a igualdade processual; o princípio da igualdade exige a observância de 4 aspectos: imparcialidade do juiz, igualdade do acesso à justiça, paridade de informações. (vide art. 1.047, prioridade de tramitação para idosos e portadores de doença grave, processos do ECA).
(segunda parte) “compete ao juiz zelar pelo efetivo contraditório”; (art. 139, VI, juiz pode dilatar os prazos processuais); a alteração do prazo não pode ser feita depois que o prazo acabou, tem que dilatar os prazos antes de o prazo começar a correr, enunciado nº 107 do Fórum permanente de processualistas civis, fppc).
Art. 8º - parte 1: “ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum”
Parte 2: “resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade”
Parte 3: “legalidade, publicidade e a eficiência”
Fredie Didier critica esse artigo, disse que não serve pra nada. Talvez seja um dos únicos artigos de Lei que fala sobre isso.
Art. 9º - Consagra o princípio do contraditório. Observar o “contra uma das partes” se for a favor dela não há problema. Ex: julgamento liminar de mérito. Julga a favor do réu, sem que ele seja ouvido. A apelação sem resolução do mérito permite retratação do juiz. A de julgamento liminar tb.
§ ú – 
III – Na ação monitória não se aplica, ou seja, pode decidir contra o réu sem ouvi-lo.
Art. 10 - O juiz tem o dever de consultar as partes dobre questão a respeito da qual elas não se manifestaram. Ex: O juiz percebe que a Lei é inconstitucional e as partes não tinham alegado isso. Juiz deve intimar as partes para que digam sobre uma possível inconstitucionalidade. “proibição de decisão surpresa” - Isso é uma regra, e não um princípio – esta regra concretiza o princípio do contraditório. Ele foi também repetido no artigo 491. Também no art. 932. O descumprimento da regra gera nulidade da decisão por violação ao contraditório. Ver também §1º do art. 926 (quando for usado um precedente para o julgamento, também deve ser dado vista às partes).
Art. 12 – ordem cronológica de conclusão
Ver § 2º, §3º, art. 153.
O não cumprimento da ordem cronológica pelo juiz poderá acarretar indícios para a suspensão daquele. Ver art. 1.045, § 5º.
Princípio do respeito ao autoregramento da vontade no processo – 
1 – O código inteiro prevê a autocomposição;
2 – Se permite homologação judicial de acordo de qualquer natureza;
3 – No acordo podem ser inclusos outros sujeitos e outras lides;
4 – O código consagra uma cláusula geral de negociação processual;
5 – Uma série de negócios processuais típicos: calendário processual; convenção sobre o ônus da prova; saneamento consensual; escolha consensual de perito; mudança convencional da audiência; escolha convencional do tipo de liquidação;
7 – Dedica um capítulo inteiro à mediação e conciliação; consagra a arbitragem
8 – Consagra o princípio da cooperação;
NORMA PROCESSUAL
1 – CPC tem vacacio de 1 ano;
2 – CPC, por expressa previsão legal se aplica ao processo trabalhista, eleitoral e administrativo; Ex: possibilidade de distribuição dinâmica do ônus da prova;
3 – elimina o procedimento sumário. Fica só o ordinário, que se torna o comum.
4 – As causas de rito sumário que estiverem em andamento continuam no sumário até a sentença.
5 – Todas as remições ao procedimento sumário feitas na legislação extravagante, consideram-se como remições feitas ao procedimento comum;
6 – “Pseudonovidades”. Nem tudo que sai do NCPC é novo;
Art. 14 – Todos os atos praticados são atos jurídicos perfeitos, ou seja, invioláveis por Lei nova; nem afeta direitos processuais adquiridos;

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