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A ÉTICA NA PERSPECTIVA DE FRIEDRICH NIETZSCHE 3c

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A ÉTICA NA PERSPECTIVA DE FRIEDRICH NIETZSCHE
Turma: 3° série C
Alunos:
Bárbara Araújo Alves
Camila Alves Santos
Gabriela Ferreira e Silva
Giovanna Ketlen Lisboa Oliveira
Giulia Moura Ferreira
Letícia de Araújo Parada
Selton Gomes de Brito
 Nos últimos tempos vem sendo discutido o pensamento ético, o que seria agir de forma ética? Quando o assunto é esse, um dos principais filósofos que vêm a ser mencionados é Nietzsche. A definição teórica de ética seria o estudo do conjunto de valores morais de um grupo ou indivíduo. A palavra "ética" vem do grego ethos e significa caráter, disposição, costume, hábito. Mas, e na perspectiva de Nietzsche, qual seria o significado de “ética”?
 Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) foi um filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor nascido na Prússia, atual Alemanha. Filho de pastor luterano, foi marcado por uma rígida educação religiosa protestante. É um dos críticos mais ácidos da moral tradicional desde a filosofia grega antiga à filosofia cristã. Ficou conhecido, especialmente, pelo radicalismo de propor a “Transvaloração de Todos os Valores” em ECCE HOMO de 1888, buscando cortar laços não somente com a filosofia moral tradicional Judaico-Cristã, mas também com a filosofia grega desde Sócrates, que é representativo no racionalismo e de uma visão unilateral que, segundo Nietzsche, prevaleceu na cultura ocidental.
 Nietzsche define seu próprio pensamento como uma “crítica à modernidade” em Além do Bem e do Mal, e diz que traz uma filosofia “a golpes de martelos”. Escreveu a maior parte de suas obras sob a forma de aforismos (máxima que, em poucas palavras, explicita regra ou princípio de alcance moral). Fundamenta uma crítica à civilização ocidental, à massificação, aos valores burgueses e ao conservadorismo da ética cristã, chamado por ele de "moral de rebanho". Nomeada dessa forma, por estar baseada na submissão aos valores dominantes, na qual os indivíduos seguem fielmente sem fazer críticas, apenas se acomodando.
 Ainda há outro conceito importante sobre moral em Nietzsche o “homem ressentido”, que é aquele que assume a culpa e o pecado como sendo próprio da sua natureza, dessa forma, reprime seus impulsos vitais, sua vontade, e sua criatividade em nome da submissão às autoridades como religiões, o Estado e as instituições em geral. Essa é, para o filósofo, a moral dos fracos, que consegue impor aos fortes, por meio destes recursos, o “remorso” colocado, na cabeça de todos os indivíduos, pela tradição. Desta maneira, Nietzsche, vai em direção à valores que visam a afirmar a vida, que dê aos seres humanos um impulso para outra direção, ou seja, a superação de suas limitações por meio do encorajamento da vontade, à sensibilidade e à criatividade.
 Em Além do Bem e do Mal de 1886, Nietzsche, questiona a dicotomia entre o Bem e o Mal à qual é baseado toda a moral tradicional, relacionando-a a verdadeiro/falso onde está assentada a tradição filosófica do conhecimento. E, até caracteriza como “preconceito dos filósofos”. Para Nietzsche, conceitos tratados como objetivos e derivados da razão universal são, na verdade, fruto dos sentimentos e instintos humanos, resultantes da história, da cultura e da educação. 
 Assim, é necessário libertar os homens dessas amarras do preconceito dos valores tradicionais e, então, reafirmar a vida, redescobrir valores que permitam aos homens o pleno desenvolvimento do que há de mais nobre na natureza, para que, assim, seja capaz de superar a si mesmo e seguir em direção do “homem do futuro”. Há, ainda, em Além do Bem e do Mal, a contribuição à história da Moral, onde Nietzsche crítica a tentativa dos filósofos de fundamentar a moral e de criar uma ciência da moral, sem ao menos se perguntarem qual o sentido da moral, ou seja, sem problematizá-la. É neste ponto onde Nietzsche propõe uma perspectiva histórica da moral, mostrando a necessidade de comparar as diversas visões sobre a moral que existem.
 Em Genealogia da Moral de 1887, Nietzsche segue a ideia do livro anterior, supracitado, aprofundando ainda mais sua crítica através do método genealógico, assim, o filósofo, deseja mostrar que os conceitos e valores tradicionais não são pactuados objetivamente e nem são universais, ou seja, têm momentos históricos e culturas específicas que o determina. Desde modo, servem a interesses e propósitos que, no decorrer da história ou da tradição, acabam por desmascarar a aparente objetividade dos valores, como, por exemplo a “moral de rebanho” da cultura judaico-cristã, que determinam valores como compaixão e submissão aos fortes como forma de dominá-los. Não se trata de uma análise histórica, o método nietzschiano procura mostrar, através da análise crítica, conjunturas e elementos periféricos da tradição e seu encadeamento de formação.
 O filósofo alemão estabelece a distinção entre dois princípios, o apolíneo e o dionisíaco, aquele a partir do deus grego Apolo, sendo o patrono da clareza, da razão e este o patrono da aventura, das fantasias e dos vinhos. Para ele, esses dois princípios foram separados na Grécia socrática, onde se optou pelo culto à razão, menosprezando o lado criativo e menos racional. 
 Nietzsche fala ainda sobre vontade de potência, sendo entendida como um termo ambíguo. Alguns a interpretam como uma tese biológica para justificar a competição intraespecífica e a necessidade que o ser humano tem de possuir poder, essa interpretação foi utilizada pelo regime nazista para tentar defender os desejos dominadores da Alemanha. 
 Outra interpretação, a qual é predominante na sociedade contemporânea, é de que se refere não apenas a competitividade, mas também a uma afirmação da vida que conduziria a plenitude existencial. Ao contrário de Aristóteles e Kant, Friedrich Nietzsche não acredita que os fundamentos da ação moral estejam baseados na razão. Contrapondo a essas concepções, Nietzsche elege as emoções como fundamento da moral. 
 Nietzsche, no intuito de compreender os fundamentos da moral, realiza uma genealogia da moral, nome atribuído à obra a qual se dedica ao estudo dos princípios éticos. Nesse propósito, o filósofo alemão destaca dois aspectos morais: o apolíneo e o dionisíaco, nomes que fazem referência aos deuses gregos Apolo e Dionísio, respectivamente. Basicamente, o primeiro caracteriza-se pela sobriedade, harmonia, ordem e razão. O segundo é guiado pelas paixões, dedicando-se ao cumprimento dos prazeres.
 A moral racional, a apolínea, cerceia a liberdade e subtrai dos homens aquilo que lhe é natural: as paixões, a espontaneidade e a força vital. Vivemos, então, a ética dos ressentidos. Esse comportamento implica no surgimento da moral dos escravos que é a ética da sobreposição dos interesses coletivos aos ímpetos particulares, sendo, assim, a anulação de si mesmo. Por exemplo, quando cumprimos os deveres morais, religiosos ou políticos, eles nem sempre representam aquilo que, de fato, desejamos. Ao contrário disso, Nietzsche sugere que se dê vazão ao nosso lado dionisíaco. Nesse caso, realizaremos a moral do senhor, a qual nos permite a realização plena dos instintos humanos, denominado de vontade de potência.
 Enfim, Nietzsche propõe uma crítica à moral racionalista, orientada para o cumprimento dos deveres sociais. Assim, ele sugere uma ética libertadora e procura mostrar que a ética não se baseia na razão, afinal, em sua teoria mostra que a postura moral deve ser orientada pelos impulsos humanos. Sendo assim, o filósofo parece encaixar-se no princípio definido pelo próprio como dionisíaco.
 Nesse tópico, dedicamo-nos à compreensão de três concepções éticas: aristotélica, kantiana e nietzschiana. De acordo com Aristóteles, a moral é um saber prático que tem por objetivo o cumprimento da vida feliz. Ele acredita que o cumprimento desse objetivo não pode ser obtido por meio de ações extremadas, mas pela prática da justa medida. Kant, por sua vez, afirma que a conduta moral é uma ação por dever, motivada por um princípio universal:a razão. Já Nietzsche defende uma ética de caráter antirracional, haja vista que, conforme sua teoria, a postura moral deve ser orientada pelas emoções, ou seja, pelos impulsos humanos. 
 
Referências. 
· http://blogdefilosofiadowolgrand.blogspot.com/2011/05/o-pensamento-etico-de-nietzsche-ou.html 
· https://diariumfilosofico.com/etica-e-moral/etica-em-nietzsche-a-transvaloracao-de-todos-os-valores/ 
· http://canalfilosofico.blogspot.com/2013/07/a-etica-de-nietzsche.html 
· http://www.universiaenem.com.br/sistema/faces/pagina/publica/conteudo/texto-html.xhtml?redirect=24154928237493755788854900857 
BRASÍLIA
2019

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