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PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 1 Olá, pessoal! Agradeço a confiança! Tenham certeza que estou me empenhando para entregar um material que possibilite acertos acima de 90% na prova de administração geral e pública para o INSS. Trataremos do seguintes tópicos na aula de hoje: AULA 1 (26/08/2013) 1 Evolução da administração. 1.1 Principais abordagens da administração (clássica até contingencial). 1.2 Evolução da administração pública no Brasil (após 1930): reformas administrativas e a nova gestão pública. Sumário 1. Escola Clássica de Administração ............................................................................................................. 2 2. Modelos de Gestão (Escola Clássica) ....................................................................................................... 3 2.1. Administração Científica ........................................................................................................................ 4 2.2. Teorias com ênfase na estrutura organizacional ................................................................................... 12 2.2.1. Teoria Clássica .................................................................................................................................. 13 3. Modelo Burocrático................................................................................................................................. 20 4. Teoria Estruturalista da Administração ................................................................................................... 26 5. Teoria Neoclássica da Administração ..................................................................................................... 27 6. Teorias com ênfase nas pessoas .............................................................................................................. 29 6.1. Escola das Relações Humanas ............................................................................................................. 29 6.2. Teoria Comportamental ........................................................................................................................ 31 6.4. Teorias com ênfase no Ambiente ......................................................................................................... 38 6.4.1. Teoria dos Sistemas ........................................................................................................................... 39 6.4.2. Teoria da Contingência ..................................................................................................................... 47 7. Evolução da administração publica no Brasil após 1930 ........................................................................ 52 7.1. A Reforma do DASP ............................................................................................................................ 54 7.2. A segunda onda de Reformas Administrativas .................................................................................... 59 7.3. O Decreto-Lei 200 ................................................................................................................................ 61 7.4. O Retrocesso de 1988 ........................................................................................................................... 64 7.5. A Nova Gestão Pública ........................................................................................................................ 66 7.6. Plano Diretor da Reforma do Estado .................................................................................................... 71 7.7. O Governo Lula .................................................................................................................................... 82 8. Lista de Questões .................................................................................................................................... 96 9. Gabarito ................................................................................................................................................. 111 PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 2 1. Escola Clássica de Administração Para entendermos os modelos de gestão é preciso que salientemos que estas existem porque as organizações existem. Os modelos de gestão foram criados para gerar resultados melhores para as organizações, sejam elas de que tipo forem. É o esforço humano em entender como funcionam as organizações e alcançar performances cada vez mais elevadas. Por organização podemos entender um “conjunto de pessoas que atuam juntas em uma criteriosa divisão de trabalho para alcançar um objetivo comum”. Neste sentido são instrumentos sociais para racionalmente os homens produzirem benefícios coletivos que individualmente seriam impossíveis de serem alcançados. Porém, uma organização é mais do que meramente um instrumento para produção de bens e serviços. São espaços de sociabilidade, instrumentos sociais, onde a vida se propaga. Existem diversas formulações para o conceito de organização. O conceito acima está no livro do Prof. Chiavenato, “Comportamento Organizacional”. Desta definição percebemos alguns elementos que compõem uma organização: pessoas, divisão do trabalho e objetivos comuns. Outra definição na mesma linha é a de Maximiniano, segundo o qual organização é “um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos). Além de objetivos e recursos, as organizações têm dois outros componentes principais: processos de transformação e divisão do trabalho”. Percebemos que este segundo autor inclui mais um elemento como característica de uma organização: processos de transformação. Conforme PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 3 veremos mais à frente, esta é uma característica essencial dos sistemas abertos. No momento basta sabermos que estes elementos sugerem que as organizações precisam ser administradas. Para atender aos propósitos das organizações foram desenvolvidas desde o final do século XIX até os nossos dias diversos modelos de gestão. Trata-se de diferentes abordagens, resultantes do avanço do conhecimento e de realidades históricas distintas. Estes modelos estão calcados em teorias administrativas. O quadro abaixo demonstra as principais teorias administrativas e seus enfoques. Iremos abordar cada uma delas. Fonte: Chiavenato (2005) 2. Modelos de Gestão (Escola Clássica) As teorias administrativas surgem no final do século XIX junto com a complexidade das grandes organizações e da produção em massa. Podemos classificar as diversas teorias em quatro estágios ou ênfase diferentes: teorias calcadas nas tarefas, na estrutura organizacional, nas pessoas e no PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 4 ambiente. Iremos estudar as diversas teorias em cada um destes blocos enfáticos. Iremos abordar nesta aula demonstrativa as teorias baseadas nas tarefas e na estrutura, que compõem a abordagem clássica da administração. Elas foram desenvolvidas por Taylor e Fayol. 2.1. Administração Científica Foi uma das primeiras teorias formuladas a respeito das organizações e tinham como preocupação a racionalização do trabalho no dia-a-dia das fábricas. Foi formulada pelo engenheiro americano Frederic Taylor (1856-1915). A principal preocupação era a eliminação do desperdício (redução de custos) e o aumentoda eficiência, por meio da sistematização do trabalho. Diferenciou gerentes e trabalhadores de linha. Os primeiros deviam pensar e definir o PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 5 método de trabalho, enquanto aos últimos caberia a execução daquilo que foi planejado pelos gerentes. A ênfase era na tarefa padronizada e fragmentada, portanto no nível da tarefa. Cada trabalhador executaria um conjunto de movimentos repetitivos que culminaria na máxima eficiência nas operações realizadas. Taylor preocupou-se com a melhor maneira de realizar as tarefas. Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades descritas pelos quatro princípios a seguir, publicados em em 1903 no estudo chamado Shop Management (Administração de Operações Fabris: 1. Principio de Planejamento: substituir no trabalho o critério individual do operário, a improvisação e a atuação empírica-prática, pelos métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência, através do planejamento do método de trabalho. 2. Princípio do preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão-de- obra, preparar também as máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais. 3. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível. 4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 6 Objetivos do estudo de tempos e movimentos 1. Eliminação do desperdício de esforço humano e de movimentos inúteis. 2. Adaptação dos operários à tarefa. 3. Facilidade no treinamento dos operários, melhoria da eficiência e do rendimento da produção pela especialização das atividades. 4. Distribuição uniforme do trabalho para que não haja períodos defalta ou de excesso de trabalho. 5. Definição de métodos e estabelecimento de normas para a execução do trabalho. 6. Estabelecer uma base uniforme para salários equitativos e prêmios de produção. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 7 A Organização Racional do Trabalho 1. Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos - consistia em decompor - racionalizar - cada tarefa em uma série ordenada de movimentos simples, com isso padronizava-se o método de trabalho, seus movimentos e o tempo destinado à sua execução. 2. Estudo da fadiga humana - eliminação de movimentos que desnecessários, visando à diminuição de esforços musculares. 3. Divisão do trabalho e especialização do operário - a eficiência aumenta com a especialização, assim, o funcionário limitava-se à execução rotineira do mesmo trabalho para ajustar-se aos padrões descritos pelo método e às normas de desempenho do método. 4. Desenho de cargos e tarefas - compreende a definição de seu conteúdo (tarefas/ atividades), métodos de execução e relações com outros cargos; 5. Incentivos salariais e prêmios de produção - Taylor relacionou remuneração com quantidade produzida. O salário era proporcional à produção. 6. Conceito de homo economicus - as pessoas são motivadas exclusivamente por recompensas materiais, salariais e econômicas. 7. Condições ambientais de trabalho - iluminação, ventilação, arranjo físico etc. deveriam ser favoráveis para garantir aumento da eficiência. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 8 8. Padronização de métodos e de máquinas - são selecionados os métodos, ferramentas, equipamentos, máquinas, etc. mais condizentes para fazer certa tarefa, a padronização elimina desperdícios, variabilidade e diversidade no processo produtivo e incrementa níveis de eficiência. 9. Supervisão funcional - a especialização do operário deveria ser acompanhada da especialização do supervisor. Cada supervisor deve cuidar de determinada área ou especialidade, possuindo autoridade somente naquela área que supervisiona. Neste modelo a responsabilidade pela organização das tarefas é exclusivamente dos gerentes, cabendo aos operários a execução fiel daquilo que foi definido. Aos gerentes também caberia manter os operários livres de interferências externas que provoquem paralisação das atividades. Contribuíram também com a teoria da administração científica o casal Gilbreth que focou atenção nos estudos dos tempos e movimentos, Henry Gant que desenvolveu um método de remuneração baseado em alcance de metas (realização do trabalho no tempo estipulado) e Harrington Emerson que elaborou uma lista com 12 princípios para a administração. Ressalte-se que a ideia prevalente é a de que as pessoas trabalhavam exclusivamente para ganhar um salário e recompensas maiores em dinheiro. Prevalecia assim o conceito de homem econômico (homo economicus). As condições de trabalho para a Administração Científica 1. Adequação de ferramentas de trabalho e equipamentos de produção para minimizar o esforço do operador e a perda de tempo na execução da tarefa. 2. Arranjo físico de máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da produção. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 9 3. Melhoria do ambiente físico de trabalho para evitar que ruído, ventilação, iluminação e conforto no trabalho não reduzam a eficiência do trabalhador. 4. Projeto de instrumentos e equipamentos especiais, como transportadores, seguidores, contadores e utensílios para reduzir movimentos inúteis. Esta teoria se caracteriza por seus aspectos prescritivo e normativo, e pelo modelo de sistema fechado, pois analisa apenas o ambiente interno da empresa sem nenhuma preocupação com o ambiente externo. A Administração Científica visualiza as empresas como se estivessem no vácuo, autônomas, hermeticamente fechadas, caracterizando-se assim por ter uma abordagem de sistema fechado. Ela não considera as variáveis extrínsecas (ambientais, econômicas, políticas e sociológicas). É uma teoria mecanicista, pois concebe a organização como um arranjo estático e rígido de peças, uma máquina. Em nenhum momento considerou as organização informais. O indivíduo era considerado como "algo" sem capacidade alguma de pensar, servia somente para executar. Vamos começar com uma questão da FUNRIO ITEM 1. (FUNRIO/2010/SEBRAE-PA/ANALISTA TÉCNICO – LOGÍSTICA) Frederick Taylor verificou que em todos os ofícios os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por meio da observação. Percebeu que isso levava a diferentes meios ou métodos para se fazer a mesma coisa. Adotou o melhor dos métodos e o aperfeiçoou, criando o método científico de trabalho. Dentre as técnicas criadas por Taylor, em seu método científico, podemos citar: I - Estudo dos tempos e movimentos II - Seleção científica do trabalhador III - Criação da linha de montagem Assinale a alternativa correta. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICAPROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 10 a) somente a afirmativa I está correta. b) somente as afirmativas I e III estão corretas. c) somente as afirmativas I e II estão corretas. d) somente as afirmativas II e III estão corretas. e) somente a afirmativa II está correta. Analisemos as afirmações: I. CERTO. De fato Taylor preconizou em sua teoria o estudo dos tempos e movimentos. II. CERTO. Outro pressuposto da teoria de Taylor: a seleção de trabalhadores por critérios técnicos. III. ERRADO. Quem criou a linha de montagem foi Henry Ford. Portanto, o gabarito é a alternativa B. Agora vejam estas questões da CESPE, para fixarmos alguns conceitos. ITEM 2. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) De acordo com a administração científica, bom operário é aquele com iniciativa de ações. Para Taylor o operário deveria restringir-se a executar aquilo que lhe foi ordenado, a função de planejar as ações era dos gerentes. Operário com iniciativa, na teoria da administração científica, era uma aberração. Portanto a afirmativa está ERRADA! ITEM 3. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) A racionalização do trabalho operário foi assunto abordado na obra Shop Management (Administração de Oficinas), de Taylor, publicada em 1903. Perfeito, pessoal! Taylor publicou em 1903 o estudo chamado Shop Management (Administração de Operações Fabris), no qual propunha sua filosofia de administração, que abrangia quatro princípios, como vimos em aula: PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 11 I. Racionalizar as tarefas: encontrar o melhor meio para executar cada tarefa; II. Selecionar as pessoas mais adequadas para a execução das tarefas; III. Treinar as pessoas para a execução das tarefas de acordo com o método escolhido; IV. Monitorar o desempenho para verificar se o que foi planejado está sendo executado. Portanto, a afirmativa está CERTA! ITEM 4. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) Taylor, que era contra a especialização do operário, defendia o perfil generalista como ponto principal para o desenvolvimento do processo de produção. Nada disso Pessoal! Tanto Taylor quanto Fayol defendiam a especialização do trabalho operário. Uma tarefa deveria ser reduzida à menor unidade possível de especialização, que tornasse mais rápido e econômico o processo produtivo. Falaremos sobre Fayol mais à frente. Portanto a afirmativa está ERRADA! Vejamos outra questão da FUNRIO ITEM 5. (FUNRIO/FURNAS/2009/PLANEJAMENTO EMPRESARIAL) Na era industrial Frederick Taylor deu início a uma das principais escolas clássicas de administração. A Administração Científica perseguia a melhor maneira de realizar o trabalho através da maximização da eficiência de cada operário. Para isso, além dos quatro princípios da Administração Científica (Planejamento, preparo, controle e execução), Taylor enfatizou outros objetivos secundários, dentre os quais PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 12 A) estudo de tempos e movimentos, preocupação com a fadiga e sistemas de psicologia e sociologia. B) supervisão funcional, equalização do poder e confiança nas pessoas. C) seleção científica do trabalhador, plano de incentivo salarial, melhores condições ambientais de trabalho. D) plano de incentivo salarial, autoridade descentralizada e estudo de tempos e movimentos. E) melhores condições ambientais de trabalho, orientação para o cliente e equalização do poder. Pessoal, analisemos as alternativas: A) ERRADO. Não estavam incluídas na perspectiva de Taylor preocupações com os sistemas de psicologia e sociologia. B) ERRADO. Equalização do poder e confiança nas pessoas não faziam parte da perspectiva teórica de Taylor. C) CERTO. A seleção científica do trabalhador, plano de incentivo salarial, melhores condições ambientais de trabalho fazem parte das perspectivas de Taylor. D) ERRADO. Autoridade descentralizada não fazia parte dos objetivos secundários de Taylor. E) ERRADO. Orientação ao Cliente não fazia parte dos objetivos secundários de Taylor. Portanto, o gabarito é a alternativa C. 2.2. Teorias com ênfase na estrutura organizacional As teorias baseadas na estrutura organizacional foram desenvolvidas na Europa e tinham o objetivo de estruturar toda a organização para a produção, de cima para baixo, e não somente o nível de produção como a Administração Científica americana. Foram quatro movimentos distintos: Teoria Clássica, Modelo Burocrático, Teoria Estruturalista e Teoria Neoclássica. Veremos nesta aula a teoria clássica. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 13 2.2.1. Teoria Clássica Foi formulada pelo engenheiro francês Henry Fayol (1841-1925). A divisão do trabalho organizacional, segundo esta teoria, deveria ser realizada no topo da organização e teria seis funções básicas: Técnica, Comercial, Financeira, Segurança e Contábil. Este é o embrião da departamentalização que foi desenvolvida posteriormente por Gulick e Uwick, seguidores de Fayol. Administrar para Fayol era: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Para atender a estes pressupostos a empresa deveria atender aos quatorze princípios gerais e universais da administração. Seus princípios incluíam a divisão do trabalho (assim como Taylor), a unidade de comando e direção, a centralização, a preocupação com a remuneração dos empregados e manutenção da ordenação dos materiais no local de trabalho. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 14 Princípios Gerais da Administração, segundo Fayol Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade. Designação de tarefas específicas para cada indivíduo, resultando na especialização das funções e separação dos poderes; Autoridade e Responsabilidade - É o direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade. Deve-se levar em conta o direito de dar ordens e exigir obediência, chegando a um bom equilíbrio entre autoridade e responsabilidade. A primeira é o direito de mandar e o poder de se fazer obedecer. A segunda, a sanção - recompensa ou penalidade que acompanha o exercício do poder; Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização. É o Respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa e seus agentes; Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contraordens. Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos. Subordinação dos interesses individuais (ao interesse geral) - Os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais. Isto significa que há identidade de interesses entre organização e indivíduos. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 15 Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização. Centralização - As atividades vitais da organização e sua autoridade devemser centralizadas. Equilíbrio entre a concentração de poderes de decisão no chefe, sua capacidade de enfrentar suas responsabilidades e a iniciativa dos subordinados. Linha de Comando (Hierarquia ou cadeia escalar) - Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa. Hierarquia é a série dos chefes do primeiro ao último escalão, dando-se aos subordinados de chefes diferentes a autonomia para estabelecer relações diretas; Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar. Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. Direitos iguais. Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem consequências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários. Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo. Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 16 Assim como na Administração Científica, na Teoria Clássica prevalece o conceito de homem econômico (homo economicus). Vejam esta questão da ESAF ITEM 6. (ESAF/2013/DNIT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador. Os princípios apresentados por Fayol foram retrabalhados com contribuições da abordagem neoclássica da Administração. Sobre as funções do administrador, segundo a abordagem clássica, é correto afirmar: a) cada uma das funções administrativas repercute na seguinte, determinando o seu desenvolvimento. b) o ciclo administrativo não se repete, mas permite uma contínua correção e ajustamento através da retroação. c) as funções do administrador formam apenas uma sequência cíclica: pois é um processo de funções pouco relacionadas em uma interação dinâmica. d) as funções administrativas quando consideradas isoladamente formam o processo administrativo. e) os autores da Teoria Clássica e Neoclássica apresentaram princípios administrativos comuns e definiram as mesmas funções básicas para o administrador. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 17 Pessoal, um comentário introdutório antes de analisarmos as alternativas: As funções do administrador definidas por Fayol são: Planejar, Organizar, Controlar, Coordenar e Comandar. Veremos mais à frente no nosso curso que Peter Drucker redefiniu estas funções sintetizando-as em quatro funções: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. Estas funções administrativas compõem o Processo Adminsitrativo. Agora analisemos as alternativas: a) CERTO. A s funções administrativas compõe um ciclo em que cada uma repercute na outra. b) ERRADO. O ciclo administrativo é contínuo, dinâmico e interativo. c) ERRADO. A interação é dinâmica entre as funções administrativas. d) ERRADO. Nada disso: apenas em conjunto as funções administrativas compõe o processo administrativo. e) ERRADO. Como comentei acima os autores neoclássicos definiram de outra forma as funções administrativas básicas. Portanto, o gabarito é a alternativa A. Vejamos outra questão recente da ESAF ITEM 7. (ESAF/2013/DNIT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O enfoque do processo administrativo define não apenas o processo administrativo, mas também o próprio papel dos gerentes. Fayol indicou os deveres e princípios que devem ser seguidos pelos gerentes para que a administração seja eficaz. Assinale a opção que não apresenta um dos princípios de administração propostos por Fayol. a) Divisão do trabalho, disciplina, inovação, interesse da organização e equidade. b) Autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, remuneração do pessoal e espírito de equipe. c) Unidade de direção, interesse geral, remuneração do pessoal, estabilidade do pessoal e iniciativa. d) Espírito de equipe, iniciativa, equidade, ordem, disciplina, interesse geral e centralização. e) Ordem, autoridade e responsabilidade, estabilidade do pessoal e unidade de comando. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 18 Tranquila esta questão pessoal! Cobraram o conhecimento dos 14 princípios de Fayol. A única lista que não contém um princípio de Fayol é a lista da alternativa A: inovação não constava da lista dele. Portanto, o gabarito é a alternativa A. Vejamos agora algumas questões da CESPE para fixarmos os conceitos. ITEM 8. (CESPE/PRODEST/2006/ANALISTA ORGANIZACIONAL) Enquanto a administração científica buscava a eficiência das organizações, a teoria clássica buscava a motivação dos funcionários, sem se preocupar com a estrutura da organização. Pessoal, a afirmativa está ERRADA! A administração científica preocupava- se com a racionalização do trabalho, por isto podemos dizer que havia preocupação com a eficiência. Esta mesma preocupação orientou os formuladores da Teoria Clássica, porém com o pressuposto de que deveriam organizar o trabalho. Lembram dos princípios de Fayol? A preocupação com a motivação dos funcionários é da Teoria Comportamental. ITEM 9. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) O gestor público que se preocupa em eliminar o desperdício de esforço desenvolvido pelos demais colaboradores, procurando racionalizar as tarefas e eliminar os movimentos inúteis, adota pressupostos coerentes com a abordagem clássica da administração. Perfeito, pessoal! Alguns autores incluem a administração científica de Fayol na abordagem clássica da Administração. Foi por isto que eu a inclui em nossa aula. Tanto Fayol quanto Taylor se preocupavam com a racionalização do trabalho, com a redução do tempo utilizado para exercer as tarefas, através da correta organização do processo de trabalho. Um exemplo disto foi o estudo de tempos e movimentos realizado por Taylor. Consistia em cronometrar os movimentos dos trabalhadores e dividi-los nas tarefas que realizava. Taylor chamava isto de unidade básica de trabalho. Após PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 19 cronometrar os tempos das unidades básicas de trabalho ele encontrava a melhor maneira de executá-las, racionalizando o processo produtivo. Assim, a afirmativa está CERTA! ITEM 10. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) Um marco na abordagem clássica da administração foi a experiência de Hawthorne, que buscou enfatizar a importância das condições do ambiente de trabalho para obter a maior eficiência e racionalização das tarefas. Pessoal, a experiência de Hawthorne, realizada por Elton Mayo, faz parte do Enfoque Comportamental da Administração, uma perspectiva que considera as pessoas em sua totalidade e como parte mais importante das organizações e de seu desempenho, ao contrário da abordagem clássica da administração que colocava as pessoas em segundo plano. Na abordagem clássica da administração as pessoas eram consideradas recursos de produção. A Prioridade era a eficiência da Produção. Portanto, a afirmativa está ERRADA! ITEM 11. (CESPE/FUB/2009/SECRETÁRIO EXECUTIVO) A teoria clássica da administração, desenvolvida por Fayol, é voltada à necessidade de humanização do trabalho e de democratização da administração. Pessoal, a teoria clássica preocupava-se com a racionalização do trabalho, com a eficiência da produção. Era baseadana hierarquia, na autoridade e responsabilidade e na unidade de comando. Não havia espaço para participação democrática na administração. O pressuposto era uma liderança centralizadora. Portanto, a afirmativa está ERRADA! Vejam esta afirmação da ESAF em uma questão de concurso do MPOG ITEM 12. (ESAF/2009/MPOG/EPPGG) A Teoria Clássica da Administração possui apenas valor histórico e referencial, não sendo aplicável em nossos dias. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 20 Nada disso, pessoal! A Teoria Clássica tem reflexos em praticamente todas as organizações modernas. Muitas ainda se organizam segundo estes princípios. Portanto, esta afirmativa está ERRADA! ITEM 13. (ESAF/ENAP/ADMINISTRADOR/2006) A teoria clássica é caracterizada pela ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional, pela concepção de homem econômico e pela identidade de interesses. Perfeito, pessoal! De fato a teoria clássica enfatiza a execução das tarefas e a estrutura organizacional. Também vimos que é caracterizado pela concepção homem econômico, ou seja, o homem é induzido a produzir apenas pelas recompensas financeiras. Outra característica é o pressuposto da identidade de interesses, ou seja, presume-se que há alinhamento de interesses entre a organização e os empregados (subordinação dos interesses individuais aos interesses organizacionais). Portanto, a afirmativa está CERTA! 3. Modelo Burocrático A crescente complexificação da produção e das organizações na primeira metade do século XX tornou os princípios elaborados por Fayol insuficientes para responder às necessidades de organização das empresas. Surge então um movimento que resultou na elaboração da Teoria da Burocracia. Este modelo foi descrito pelo sociólogo alemão Max Weber (1863-1920). Weber chamou este modelo de Burocracia, que significa governo de escritório. A principal característica do modelo é a racionalidade, ou seja, adequação dos meios aos fins. Isto significava que para a consecução dos objetivos da organização deveriam ser escolhidos os meios mais eficientes. Esta racionalidade estava relacionada ao alcance dos objetivos da organização e PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 21 não dos seus membros individualmente. A impessoalidade era outra característica do modelo. Weber descreve os tipos puros de dominação com base na vigência de sua legitimidade, que pode ser, primordialmente: a) dominação racional (legal): baseada na crença na legitimidade das ordens estatuídas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas ordens, estão nomeados para exercer a dominação; b) dominação tradicional: baseada na crença cotidiana na santidade das tradições vigentes desde sempre e na legitimidade daqueles que, em virtude dessas tradições, representam a autoridade; c) dominação carismática: baseada na veneração extracotidiana da santidade, do poder heróico ou do caráter exemplar de uma pessoa e das ordens por esta reveladas ou criadas. O modelo burocrático é baseado na dominação do tipo racional-legal, em que as pessoas obedecem à regras e estatutos. O modelo burocrático enfatiza tanto a diferenciação ( divisão do trabalho e especialização), quanto a integração ( hierarquia e regras escritas). Segundo Weber, as principais dimensões da burocracia são: 1. Divisão do Trabalho; 2. Hierarquia; 3. Regras e regulamentos; 4. Formalização das comunicações; 5. Competência técnica (seleção e promoção); 6. Procedimentos técnicos. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 22 Disfunções da Burocracia As disfunções são distorções ou anomalias de comportamento que conduzem à ineficiência do modelo. Uma causa muito comum que contribui para a ocorrência destas anomalias são os meios transformarem-se em fins. Esquece-se dos resultados em prol do processo. Vejamos as disfunções: 1. Exagerado apego aos regulamentos. A obediência às normas torna-se o principal objetivo e perde-se de vista o resultado desejado. Cumprir o horário passa a ser mais importante que atender o cliente; 2. Excesso de formalismo. A burocracia é essencialmente formal. Tudo precisa ser escrito. 3. Excesso de papelório. A disfunção mais conhecida; Tudo precisa ser registrado e documentado. 4. Resistência à mudanças. Como tudo é padronizado o funcionário acostuma-se à rotina e resiste às tentativas de alteração do padrão anterior. 5. Despersonalização do relacionamento. A burocracia está baseada em cargos. Não importa quem os ocupa. O relacionamento é impessoal. 6. Categorização do relacionamento. A hierarquia tem papel central na burocracia. Assim quem toma decisões está no topo da hierarquia e geralmente não tem contato com o problema. O relacionamento assim baseado em categorias hierárquicas. 7. Superconformidade às rotinas e procedimentos. A base da burocracia é a padronização das rotinas e procedimentos. O apego irrestrito às norma provoca a perda da flexibilidade e da iniciativa. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 23 8. Exibição de sinais de autoridade. A burocracia é baseada na hierarquia, assim constrói-se mecanismos para diferenciar e identificar os diferentes níveis hierárquicos em detrimento dos demais. 9. Dificuldades com clientes. A burocracia é auto-referida. Ela volta-se para dentro da organização, para o cumprimento das normas, para a hierarquia. O atendimento ao público alvo da organização é feito de acordo com os procedimentos e de maneira impessoal. Isto traz problemas pois o objetivo principal deveria ser atender ao cliente. O modelo Burocrático baseia-se no conceito de Homem Organizacional. Vejam esta questão ITEM 14. (FCC/2009/PGE-RJ/Técnico Superior Administrador) Com relação às características da burocracia segundo Max Weber: I. Existência de regras abstratas, às quais estão vinculados os detentores do poder, o aparelho administrativo e os dominados define a dominação racional- legal, é o fundamento do modelo burocrático. II. Toda organização burocrática se baseia na hierarquia, na divisão do trabalho, na separação entre pessoa, cargo e funções exercidas de modo continuado e com base em documentos escritos. III. O domínio burocrático é legitimado pelo reconhecimento dos poderes e das qualidades excepcionais do chefe, e o seu aparelho consiste, tipicamente, no grupo dos 'discípulos', isto é, dos indivíduos escolhidos pelo chefe entre os membros da comunidade. IV. A burocracia, segundo Weber, é uma instituição política bem sucedida na medida em que seu quadro administrativo mantenha com êxito a pretensão ao monopólio efetivo da coação física para a manutenção da ordem vigente. V. O pessoal empregado por uma estrutura administrativa burocrática submete-se a uma relação contratual e, em virtude de suas específicas qualificações técnicas, é recompensado através de um salário estipulado em dinheiro, tem uma carreira regulamentada e considera o próprio trabalho como uma ocupação em tempo integral. a) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. b) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. c) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 24 d) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV. e) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V. Pessoal,vamos analisar as alternativas: I. CERTO. O modelo burocrático é baseado na dominação racional-legal. II. CERTO. Exatamente: divisão do trabalho, hierarquia, impessoalidade (separação entre pessoa e cargo) são características do modelo burocrático. III. ERRADO. Esta é a descrição da dominação carismática e não da dominação racional-legal, a burocrática. IV. ERRADO. Esta é a definição clássica de Estado, também elaborada por Max Weber. V. CERTO. Estão aqui os princípios da divisão do trabalho e da competência técnica. Portanto, o gabarito é a alternativa B Vejamos mais uma questão ITEM 15. (FCC/2008/TCE-SP/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS) Max Weber é considerado como um dos mais influentes precursores de diversas teorias das organizações. Nesse sentido, considere: I. Weber desenvolveu uma teoria das organizações formais, fundamentada em um modelo mecanicista, mais próxima das teorias clássicas. II. A teoria das organizações de Weber é baseada na articulação entre organização formal e informal. III. A teoria weberiana das organizações se aproxima mais da teoria clássica das organizações, pois enfatiza a eficiência e a hierarquia. IV. A teoria estruturalista das organizações diferencia-se da abordagem weberiana por enfatizar a relação entre análise intra-organizacional e inter-organizacional. V. A teoria weberiana das organizações aproxima-se mais das abordagens humanistas, pois enfatiza o comportamento efetivo das pessoas na organização. Está correto o que se afirma APENAS em PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 25 a) I, II e III. b) I, II e IV. c) I, III e IV. d) II, III e V. e) II, IV e V. Analisemos as alternativas : I) CERTO. A teoria de Weber é a burocrática, que se baseia em formalidades e hierarquia bem definida, assim como o modelo mecanicista, que enxerga a organização como um conjunto de peças, imitando uma máquina. II) ERRADO. Como dito no comentário acima, Weber tratava as organizações de maneira formal. III) CERTO. As teorias clássicas davam ênfase nas tarefas (administração científica de Taylor) e ênfase na estrutura (teoria clássica de Fayol). Ao contrário da teoria das relações humanas, que dava ênfase às pessoas. O modelo burocrático de Weber dava ênfase à estrutura e não se preocupava com a satisfação das pessoas. IV) CERTO. A teoria estruturalista, como veremos à frente, é um desdobramento da teoria burocrática de Weber. Esta olhava só para dentro da organização (relação intra-organizacional) e não se preocupava com as pessoas. A teoria estruturalista, apesar de dar ênfase a estrutura da organização, tentou olhar mais para as relações humanas e se preocupar com a relação entre as organizações (inter-organizacional). V) ERRADO. Conforme dito anteriormente, a teoria weberiana não olhava para as relações humanas. Dava ênfase apenas na estrutura da organização. Portanto, o gabarito é a alternativa C. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 26 4. Teoria Estruturalista da Administração Por volta da década de 1950 elaborou-se esta teoria como desdobramento da teoria burocrática, baseada na sociologia organizacional, porém questionando o modelo burocrático. A teoria estruturalista juntou as abordagens da Teoria Clássica e da Escola das Relações Humanas (que veremos mais à frente). A perspectiva desta teoria era transpor a fronteira da organização e olhar para fora dela. As organizações eram percebidas como sistemas abertos. Falaremos sobre a teoria dos sistemas, mais à frente. Percebia-se o mundo como um conjunto de organizações interdependentes. Para dentro da organização também se admitia a necessidade de interdependência entre seus componentes. O receituário normativo era deixado de lado em prol de uma abordagem compreensiva das organizações e da administração. Aqui a teoria baseia-se no conceito de Homem Organizacional. Vejam esta questão ITEM 16. (FCC/2008/METRÔ-SP/ANALISTA - ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS) A análise das empresas como sistema aberto em constante interação com seu meio ambiente; abordagem múltipla com a análise das variáveis internas e externas que influenciam a organização; concentração nas relações do ambiente externo e os níveis hierárquicos da organização; interdependência entre as partes da organização. Estas são características da teoria da administração a) neoclássica. b) científica. c) de relações humanas. d) clássica. e) estruturalista. Pessoal, já observamos que as teorias científica e clássica estavam baseadas em sistemas fechados, em que o ambiente externo não era importante. Veremos mais a frente que a teoria neoclássica concentrou-se na elaboração do processo administrativo, com forte preocupação com eficiência e eficácia. Já a escola das relações humanas pautou-se pela ênfase nas relações PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 27 informais e pôs em evidência a satisfação das pessoas no ambiente como propulsor do aumento da eficiência organizacional. A teoria estruturalista, esta sim, pautou-se pela ênfase nos sistemas abertos e na interdependência entre organizações, e entre partes da organização. O gabarito então é a alternativa E. 5. Teoria Neoclássica da Administração Esta é uma teoria também chamada de Escola do Processo Administrativo, pois concebe a administração como um processo cíclico e contínuo que tem quatro funções: Planejamento, Organização, Direção e Controle. Consiste na reafirmação dos princípios clássicos, retirando o excesso de prescrição e normatização. Veja o quadro com as quatro funções: Fonte: Chiavenato (2005) PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 28 Aqui o trabalho em diferentes instâncias hierárquicas é encarado como interdependente. Existem duas medidas principais: Eficácia e Eficiência. A eficiência é a relação entre custos e benefícios. Preocupa-se com os meios, com os métodos e sua adequação aos custos para o alcance dos objetivos. Já a eficácia diz respeito aos resultados alcançados. É a medida do sucesso com relação aos objetivos planejados. Em outras palavras: eficiência é fazer do modo correto e eficácia é alcançar resultados. Veja o quadro abaixo: Fonte: Chiavenato (2005) Este assunto foi questão da FGV. ITEM 17. (FGV- SEFAZ RJ/2009. FISCAL DE RENDAS) Com relação aos temas eficiência e eficácia, assinale a afirmativa incorreta. (A) Eficiência é um conceito limitado. (B) Eficiência diz respeito aos trabalhos internos de uma organização. (C) Uma organização não pode ser eficiente se não for eficaz. (D) A abordagem de metas para eficácia organizacional identifica as metas de uma organização. (E) Eficácia é um conceito abrangente. O gabarito é a letra C. Uma organização pode fazer corretamente as coisas e ainda assim não alcançar os resultados desejados. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 29 A alternativa A está correta. Eficiência é um conceito limitado, diz respeito aos meios. A alternativa B está correta. Eficiência está relacionado aos métodos, aos processos internos. A alternativa D está correta. Eficácia é alcance de resultados, portanto está relacionado a metas. A alternativa E está correta. Eficácia é um conceito abrangente. Pressupõe o alcance de resultados, não só a economia dos meios utilizados paraatingir determinado objetivo, mas a concretização daquilo que uma organização propõe. Inserida na Teoria Neoclássica estava a Administração por Objetivos (APO). A APO enfatizava o resultado final e não os meios ou métodos de trabalho. Esta abordagem administrativa serviu de inspiração para a APPO (Administração participativa por objetivos) que consiste num método de avaliação de desempenho. A Teoria Neoclássica baseia-se em dois conceitos de homem: Homem Organizacional e Administrativo 6. Teorias com ênfase nas pessoas As teorias anteriores não se preocuparam com as pessoas em suas formulações. A partir da década de 1920 alguns pesquisadores iniciaram estudos para avaliar a influência dos grupos sociais nas organizações. Foram duas as teorias neste sentido: Escola das Relações Humanas e Teoria Comportamental. 6.1. Escola das Relações Humanas Inaugurada pela pesquisa na fábrica Western Eletric em Wawthorn em 1924. Foi uma pesquisa que utilizava técnicas científicas (ainda incipientes) para PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 30 avaliar o comportamento humano no trabalho. Avaliou os efeitos das condições físicas e das práticas gerenciais sobre os resultados do trabalho. Apesar das técnicas ainda rudimentares utilizadas na pesquisa foi possível demonstrar a relação entre mudanças nos horários de trabalho, nas tarefas executadas e nos incentivos salariais e a melhoria da produtividade. Esta pesquisa pôs em evidência a satisfação das pessoas no ambiente como propulsor do aumento da eficiência organizacional. Algumas conclusões da escola de relações humanas são que o trabalho é uma atividade social, o ser humano é motivado pela necessidade de estar junto e de ser reconhecido e que a convergência dos métodos tradicionais para a eficiência, em detrimento da cooperação humana, promovia o conflito na sociedade industrial. Em função destas conclusões elaborou-se o conceito de homem social (homo social) em contraposição ao de homem econômico prevalecente até então. No entanto esta teoria permanecia prescritiva e normativa. Vejam como a FGV cobrou este assunto: ITEM 18. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) A ênfase nos grupos informais é característica pioneira: (A) da administração científica. (B) da escola das relações humanas. (C) da teoria clássica da administração. (D) do modelo burocrático. (E) da teoria comportamental da administração O gabarito é a letra B. Isto mesmo! Ao ressaltar o homem como ser social e que coopera, a escola das relações humanas enfatiza os grupos informais. Todas as outras são teorias formalistas. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 31 6.2. Teoria Comportamental A teoria comportamental surge na década de 1950 em decorrência da escola de relações humanas. A visão aqui era descritiva e explicativa. Começaram a surgir diversos modelos de motivação, liderança e comunicação. A perspectiva nesta teoria é que as pessoas estão constantemente tomando decisões sobre sua participação e permanência nas organizações. Alguns exemplos de teorias desenvolvidas nesta abordagem são a teoria X e Y de Douglas McGregor e as teorias motivacionais de Maslow e Herzberg. Como as teorias de Maslow, Herzberg e McGregor estão associadas à Teoria Comportamental não custa dar uma olhada em seus pressupostos. Hierarquia das Necessidades de Maslow O Fundamento desta teoria é que as necessidades podem ser hierarquizadas, distribuídas em escala de importância para as pessoas. As necessidades humanas segundo esta teoria são divididas em cinco etapas: fisiológicas, segurança, sociais, estima e auto-realização. Existem duas classes de necessidades: as necessidades de baixo nível ou primárias (fisiológicas e de segurança), e as necessidades de alto nível ou secundárias (sociais, estima e auto-realização). As necessidades primárias são satisfeitas externamente e as secundárias internamente (dentro do indivíduo). As necessidades mais elevadas surgem apenas quando as necessidades primárias são satisfeitas. Esta teoria está calcada no pressuposto de que as pessoas tem necessidade de crescer e se desenvolver. A figura abaixo lista as necessidades em cada nível da hierarquia. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 32 Fonte: Chiavenato (2005) ITEM 19. (FGV- SENADO/2010. ANALISTA LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO) A teoria motivacional mais conhecida é a de Abraham Harold Maslow. Ela se baseia na hierarquia de necessidades humanas. Entre essas, segundo o autor, há as necessidades: (A) patrimoniais. (B) financeiras. (C) fisiológicas. (D) psicológicas. (E) morais Fácil, fácil! O gabarito é a letra C. Maslow classifica as necessidades humanas em fisiológicas, de segurança, sociais, estima e auto-realização. Mais uma da FGV sobre Maslow PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 33 ITEM 20. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) Com relação às necessidades das pessoas, segundo a Teoria das Motivações de Maslow, intervalos de descanso, conforto físico e horário de trabalho razoável são exemplos de: (A) necessidades fisiológicas. (B) necessidades de segurança. (C) necessidades sociais. (D) necessidades de estima. (E) necessidades de auto-realização Fácil! Já comentamos. O gabarito é a letra A. São as necessidades fisiológicas, que em conjunto com as necessidades de segurança formam as necessidades primárias, segundo Maslow. Teoria dos dois fatores de Herzberg Para Herzberg a motivação das pessoas para o trabalho depende de dois fatores intimamente relacionados: 1.Fatores higiênicos. Dizem respeito ás condições físicas do ambiente de trabalho, salário, benefícios sociais, políticas da organização, clima organizacional, oportunidades de crescimento, etc. Segundo Herzberg estes fatores são suficientes apenas para evitar que as pessoas fiquem desmotivadas. A ausência desmotiva, mas a presença não é elemento motivador. São chamados fatores insatisfacientes.Também chamados de Extrínsecos ou ambientais. 2. Fatores Motivacionais. Referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e ás atividades relacionadas com o cargo em si. Incluem liberdade de decidir como executar o trabalho, uso pleno de habilidades pessoais, responsabilidade total pelo trabalho, definição de metas e objetivos relacionados ao trabalho e auto-avaliação de desempenho. São chamados fatores satisfacientes. A presença produz motivação, enquanto a ausência não produz satisfação. Também chamados de Intrínsecos. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 34 Par Herzberg o oposto de satisfação não é insatisfação, mas nenhuma satisfação. Da mesma forma, o oposto de insatisfação não é satisfação, mas nenhuma insatisfação. Veja o quadro abaixo: Fonte: Chiavenato (2005 Vejam esta questão da FGV ITEM 21. (FGV- CAERN/2010. ADMINISTRADOR) De acordo com a Teoria dos Dois Fatores, a motivação das pessoas para o trabalho depende de dois fatores distintos: higiênicos e motivacionais. Estes são relacionados às condições internas dos indivíduos e são satisfacientes; aqueles são relacionados ao ambiente externo e são insatisfacientes. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir: I. A ausência do uso pleno de habilidades pessoais provoca insatisfação. II. Melhores benefíciossociais provocam uma maior satisfação. III. O oposto da satisfação é nenhuma satisfação e o oposto da insatisfação é nenhuma insatisfação. Assinale (A) Se somente a afirmativa I estiver correta. (B) Se somente a afirmativa II estiver correta. (C) Se somente a afirmativa III estiver correta. (D) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) Se todas as afirmativas estiverem corretas. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 35 Analisemos as afirmativas: A afirmativa I está errada. Na perspectiva de Herzberg ausência do uso pleno de habilidades pessoais deixa de gerar satisfação, isto significa satisfação nenhuma e não insatisfação. A afirmativa II está errada. Ausência de Benefícios gera insatisfação, mas se existem não produzem satisfação. A afirmativa III está CERTA! É o princípio da teoria de Herzberg. Sendo assim, o gabarito é a letra C. ITEM 22. (FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR) A motivação, dentro do ambiente empresarial, é um elemento fundamental para que os empregados se comprometam com o atingimento dos objetivos organizacionais. Várias são as teorias motivacionais que fundamentam as práticas empresariais visando estimular o empregado a ter maior produtividade e qualidade no desenvolvimento de suas atividades. Segundo a Teoria de Herzberg, os fatores que levam à satisfação no trabalho são diferentes daqueles que levam à insatisfação. Segundo Maslow, existe uma hierarquia de necessidades, em que, à medida que uma necessidade é satisfeita, a próxima se torna dominante. Assinale a alternativa que apresente uma prática que possibilita a motivação dos empregados. (A) Dar plena responsabilidade e autonomia a todos os empregados. (B) Estabelecer horários de trabalho rígidos para que a jornada de trabalho seja cumprida. (C) Dissociar a remuneração do desempenho. (D) Tratamento igual para todos, homogeneizando as necessidades individuais. (E) Assegurar que as metas estabelecidas sejam percebidas como factíveis. A banca confirmou o gabarito como sendo a letra E, no entanto esta é uma questão polêmica. Vejamos As alternativas B, D estão erradas, pois não se referem a nenhum aspecto motivacional. A letra E diz respeito ao processo de estabelecimento de PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 36 metas da APPO, mas também está incluída na perspectiva de Herzberg dos fatores motivacionais e, como veremos na aula sobre motivação, na perspectiva da teoria da expectância. Portanto, a alternativa E está correta. Sob, a ótica da teoria de Herzberg, poderíamos dizer que a remuneração não é fator motivacional, mas insatisfaciente. Portanto, não gera motivação. Alternativa C está errada! A alternativa A, em minha ótica, também está correta. Dar responsabilidade e autonomia são fatores que produzem satisfação tanto pela perspectiva teórica de Maslow quanto de Herzberg. Desta forma, teríamos duas respostas corretas, e eu solicitaria a anulação. Vamos dar uma olhada na teoria X e Y de McGregor. A teoria X preconiza as principais premissas da natureza humana adotadas pelas escolas tradicionais da administração. Já a teoria Y contém as premissas da natureza humana segundo a abordagem das relações humanas. Vejam o quadro a seguir: PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 37 Fonte: Chiavenato (2005) Nesta Teoria o conceito é o de Homem Administrativo. A FGV também cobrou isto! ITEM 23. (FGV- SEFAZ RJ/2010. FISCAL DE RENDAS) Com relação à Teoria Y, analise as afirmativas a seguir. I. A Teoria Y caracteriza o esforço físico e mental para trabalhar com algo tão natural como a diversão e repouso. II. A Teoria Y preconiza que o homem procura, sobretudo, segurança. III. A Teoria Y determina que o controle externo não é a única forma de se conseguir esforço das pessoas Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas O gabarito é a letra C. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 38 É como está no quadro acima. As afirmativas I e III estão corretas. O trabalho é natural e não é necessário controle. A afirmativa II está errada. Quem preconiza segurança é a Teoria X. Vejamos outra questão da FGV ITEM 24 – (FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR) Considerando as Teorias X e Y, analise as afirmativas a seguir: I. De acordo com a Teoria X, as pessoas normais têm aversão ao trabalho. II. Segundo a Teoria Y, a imaginação na solução de problemas não está distribuída entre as pessoas em uma organização. III. Segundo a Teoria X, as pessoas médias preferem ser mandadas. Assinale (A) se somente a afirmativa III estiver correta. (B) se somente a afirmativa I estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se somente a afirmativa II estiver correta. O gabarito é a letra D. Vejamos: As afirmativas I e III estão corretas. Na perspectiva da teoria X as pessoas têm aversão ao trabalho e preferem ser mandadas.. A afirmativa II está errada. É justamente o contrário. A teoria Y preconiza a participação e a autonomia, inclusive para solução de problemas. 6.4. Teorias com ênfase no Ambiente Estas teorias surgem na década de 1960 com a abordagem dos sistemas abertos. Nesta abordagem a organização é um sistema que interage dinamicamente com o ambiente externo. Estão incluídas nesta perspectiva a teoria dos sistemas e a teoria da contingência. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 39 O ponto de partida para a noção de ambiente nas teorias administrativas forma as ideias de Emery e Trist que argumentaram que o ambiente em torno da organização provê os recursos necessários para o seu funcionamento e recebe os produtos resultantes da organização. Concluíram então que este ambiente era fonte de ameaças e oportunidades. Desta premissa deduziram que era necessário conhecer este ambiente e ajustar o processo produtivo às demandas do ambiente. O ambiente pode ser simples ou complexo. Por exemplo, pode se referir a um posto de gasolina que tem poucos elementos constituintes de seu ambiente (alguns fornecedores, clientes, postos de gasolina concorrentes) ou uma fábrica de automóveis inserida em um ambiente complexo ( inúmeros fornecedores, concorrentes em todo o país e no exterior, clientes dispersos geograficamente,etc). Vejamos as duas teorias incluídas nesta perspectiva. 6.4.1. Teoria dos Sistemas A teoria administrativa dos sistemas tem suas bases na Teoria Geral dos Sistemas (TGS) de Bertalanffy. A partir desta abordagem o ambiente externo passou a ser considerado no estudo das organizações. A preocupação anterior era estudar o interior da organização. A Partir da Teoria dos Sistemas passou-se a estudar as organizações de fora para dentro. A organização deixa de ser uma variável independente para ser uma variável dependente. Segundo o professor Chiavenato “um sistema é um conjunto de elementos dinamicamente relacionados, formando uma atividade para atingir um objetivo, operando sobre dados/energia/matériapara fornecer informações/energia/matéria”. Os sistemas podem ser fechados ou abertos. Nos sistemas fechados ou mecânicos as relações com o meio externo são conhecidas. Já nos sistemas abertos as relações com o meio externo não podem ser previstas pois estão em contínua interação e transformação. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 40 A Teoria dos Sistemas concebe as organizações como sistemas abertos. Isto significa que “elas estão em processo contínuo e incessante de trocas com o meio ambiente”. As organizações fazem parte de um sistema maior que é a sociedade. Desta forma ela interage com este meio externo realizando trocas, recebe insumos(entradas) e fornece resultados (saídas). Estas trocas não são exatamente conhecidas, pois realizam-se de forma dinâmica. Eis a diferença para os sistemas fechados (máquinas e equipamentos) em que as entradas e saídas são perfeitamente conhecidas. Abaixo listo as características das organizações como sistemas abertos: 1. Importação e Exportação: de um lado existe a importação de insumos (recursos, materiais, energia, etc.) e de outro a exportação de produtos ou serviços para abastecer o ambiente; 2. Homeostasia: é o princípio garantidor do equilíbrio dinâmico dos sistemas, com a manutenção do status quo interno. Garante o fluxo contínuo de entrada e saídas, e por conseguinte, a sobrevivência do sistema. Produz a rotina e a conservação do sistema. 3. Adaptabilidade: É o processo de ajustamento do sistema em face da retroação recebida das saídas. Desta forma pode-se alterar as entradas de forma que o status quo permaneça inalterado. De forma contrária á homeostasia a adaptabilidade leva à mudança e à inovação em busca do ajustamento do ambiente interno ao ambiente externo; 4. Morfogênese: É a principal característica identificadora dos sistemas abertos: capacidade de modificar a si próprio de maneiras estruturais, como decorrência da adaptabilidade; PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 41 5. Negentropia ou entropia negativa: entropia é o processo de tendência à exaustão e desaparecimento das organizações. É a degradação típica dos sistemas fechados. Para se prevenir deste processo os sistemas abertos importam uma quantidade maior de energia do meio externo do que devolvem. Assim usam esta reserva para alimentar suas estruturas e compensar as perdas de energia na entrada e saída; 6. Sinergia: é o processo de esforço simultâneo em prol da organização, realizando um efeito multiplicador dos esforços realizados. O resultado dos esforços sinérgicos são potencialmente maiores do que a simples soam dos esforços. Veja a esquematização da organização como sistema aberto abaixo: Fonte: Chiavenato (2005) PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 42 A abordagem sistêmica do Instituto de Relações Humanas de Tavistock Psicólogos e Sociólogos da Instituto Tavistock idealizaram a organização como sistema sociotécnico que interage continuamente com o ambiente. Segundo Chiavenato este sistema é composto por dois subsistemas: 1. Subsistema Técnico que é composto pela tecnologia, o território e o tempo. Engloba as tarefas, o ambiente físico, os equipamentos e as técnicas operacionais, etc. Este subsistema é responsável pela eficiência potencial da organização. 2. Subsistema Social que é composto pelas pessoas, suas características físicas e psicológicas,as relações sociais entre as pessoas que executam uma tarefa e as exigências da organização para as situações de trabalho. Uma outra abordagem mais recente das organizações como sistemas abertos é a de Katz e Kahn. Os pressupostos das organizações para eles são: 1. As organizações são sistemas abertos. Realizam importação e exportação com o meio ambiente. Apresentam negentropia. Servem- se de um sistema de retroação negativa. 2. Estado firme e homeostasia dinâmica. A estabilidade do sistema é mantida constante para evitar a entropia (desaparecimento). 3. Diferenciação. Existem múltiplos papéis e funções. 4. Equifinalidade. Existe mais de um modo, mais de um caminho, para se atingir o mesmo resultado. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 43 5. Limites ou fronteiras. Existem barreiras entre o sistema e o ambiente. Estas definem o raio de ação do sistema. 6. Cultura e clima organizacional. É fruto das interações entre os diversos atores do sistema, tanto internos como externos. Cada organização cria sua própria cultura, como resultado de processos ímpares. 7. Eficiência e eficácia organizacional. Para os dois autores eficiência diz respeito ao quanto de entrada de uma organização resulta como produto e quanto é absorvido pelo sistema. Já a eficácia refere-se à maximização do rendimento para a organização. 8. Organização como um sistema de papéis. Uma organização é formada pelo conjunto de atividades diferenciadas realizadas por múltiplos atores. 9. A Teoria dos Sistemas baseia-se no conceito de Homem Funcional. O indivíduo tem papéis dentro da organização e mantém expectativas com relação ao desempenho dos papéis das demais pessoas, dentro e fora da organização. A FGV cobrou isto! ITEM 25 (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) Assinale a alternativa que apresente corretamente o tipo de homem focado pelas abordagens da Teoria dos Sistemas Abertos e a Perspectiva Sociotécnica das Organizações. (A) Homem organizacional. - (B) Homem econômico. (C) Homem social. (D) Homem funcional. (E) Homem administrativo PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 44 Fácil! O gabarito é a letra D. A perspectiva sociotécnica está inserida na Teoria dos Sistemas. A Banca quis confundir os candidatos. As outras alternativas estão erradas. Recordando: Homem organizacional.- Modelo Burocrático e Teoria Estruturalista Homem econômico. Teoria Clássica Homem social. Teoria das Relações Humanas Homem administrativo- Teoria Comportamental Agora observem esta questão da FCC: ITEM 26. (FCC/2008/METRÔ-SP/ANALISTA -ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS) Considere a capacidade das organizações, enquanto sistemas abertos, de I. conservar um estado equilibrado por meio de mecanismos auto-reguladores; II. importar mais energia do ambiente externo do que expender; III. alcançar, por vários caminhos, o mesmo estado final, partindo de iguais ou diferentes condições iniciais. Os itens I, II e III referem-se, respectivamente, a a) homeostase; importação de energia; diferenciação. b) homeostase; entropia negativa; equifinalidade. c) entropia negativa; importação de energia; homeostase. d) estado firme; homeostase dinâmica; diferenciação. e) equifinalidade; homeostase; estado firme. Vamos estabelecer as relações entre as afirmativas e as características dos sistemas abertos: I. Trata-se da homeostasia ou estado firme é mais um equilíbrio dinâmico do que estático, os sistemas abertos não se acham em repouso, os inputs de energia para deter a entropia agem para manter um certo equilíbrio no intercâmbio de energia, de modo que os sistemas sobrevivam. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 45 II. Os sistemas abertosprecisam adquirir entropia negativa para sobreviver, ou seja, os sistemas mantêm suas características internas de ordem, quando inputs (entradas) são maiores que outputs (saídas) no processo de transformação. III. Os sistemas abertos são caracterizados pelo princípio da equifinalidade, ou seja, um sistema pode alcançar um mesmo estado final com origem em diferentes condições iniciais e através de caminhos diversos de desenvolvimento. Portanto, o gabarito é a alternativa B Vejam esta outra questão ITEM 27. (FCC/2009/TJ-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO) De acordo com a moderna teoria dos sistemas, as organizações na Era Contemporânea devem ser entendidas como um a) conjunto de elementos, partes ou órgãos que compõem uma totalidade integrada e autossuficiente em torno de suas relações intra-sistêmicas. b) sistema de inputs e outputs de energia, recursos e informação necessários à reprodução da suas partes, mas com elevado grau de entropia em relação ao ambiente externo. c) conjunto de subsistemas de múltiplas entradas e saídas, submetido a uma relação instável, com o ambiente externo, e, portanto, com baixa previsibilidade no seu comportamento. d) complexo de subsistemas que se comportam de forma homogênea graças ao sistema de retroalimentação centralizado que permite uma perfeita homeostasia em relação com o ambiente externo. e) sistema orgânico com baixa diferenciação interna e alta adaptabilidade ao ambiente externo, levando a uma constante busca de comportamentos defensivos. Analisemos as alternativas a) ERRADO. Essa totalidade não é autossuficiente, e sim interdependente, de modo que a mudança em uma das partes provoca impacto sobre as outras. Nenhuma estrutura social ou organizacional é autossuficiente. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 46 b) ERRADO. Não há elevado grau de entropia, pois entropia significa a tendência à exaustão, à morte do sistema e isso não é possível no sistema aberto, visto que este se abastece continuamente de energia (insumos), mantendo indefinidamente a sua estrutura organizacional. Esse abastecimento de energia reage contra a entropia. A essa reação contrária chamamos de entropia negativa ou negentropia. c) CERTO. A relação com o ambiente externo é instável porque este inclui variáveis desconhecidas e incontroláveis, gerando conseqüências probabilísticas (nunca determinísticas) e comportamentos com pouca previsibilidade. d) ERRADO. O erro está em dizer que os subsistemas se comportam de forma homogênea. O restante está correto: Retroalimentação é um feedback, é o retorno de uma saída sob a forma de informação (positiva ou negativa). Quando negativa (retroação negativa), o sistema tende a se autorregular, ou seja, buscar a homeostase (equilíbrio). e) ERRADO. Não há baixa diferenciação, e sim alta diferenciação, isto é, a multiplicação de funções internas. “funções globais são substituídas por funções mais especializadas, hierarquizadas e altamente diferenciadas” Portanto, o gabarito é a alternativa C. Vejam esta outra da FCC ITEM 28. (FCC/2012/TRF-2/ ANALISTA JUDICIÁRIO – PSICOLOGIA) A principal contribuição da abordagem sistêmica ao Comportamento Organizacional é o conceito de organização como um sistema a) aberto, em constante interação com seu ambiente. b) fechado, que estabelece algumas trocas no ambiente. c) semi-aberto, já que tem metas estabelecidas no intra-grupo. d) flexível, porém raramente se modifica com as pressões do ambiente. e) inflexível, pois preserva as normas internas. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 47 Pessoal, vimos que a abordagem sistêmica trouxe uma nova maneira de visualizar as organizações sob um ponto de vista macro e envolvente que nenhuma teoria anterior havia conseguido. Visualizam-se as organizações como sistemas abertos em constante interação com o ambiente. Portanto, o gabarito é a alternativa A. 6.4.2. Teoria da Contingência Dois sociólogos ingleses, Burns e Stalker, em virtude de pesquisas relacionando práticas administrativas com o ambiente externo, classificaram as organizações industriais em dois tipos: organizações mecanísticas e organizações orgânicas. A perspectiva é sistêmica. As organizações mecanísticas são próprias de ambientes estáveis e permanentes enquanto as orgânicas são adequadas para condições ambientais de mudança e inovação. CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS MECÂNICOS E ORGÂNICOS Características Sistemas Mecânicos Sistemas Orgânicos Estrutura Organizacional Burocrática, permanente, rígida e definitiva Flexível, mutável, adaptativa e transitória Autoridade Baseada na hierarquia e no comando Baseada no conhecimento e na consulta Desenho de cargos e Tarefas Definitivo. Cargos estáveis e definidos. Ocupantes especialistas e univalentes Provisório. Cargos mutáveis, redefinidos constantemente. Ocupantes polivalentes Processo Decisorial Decisões centralizadas na cúpula da organização Decisões descentralizadas ad hoc (aqui e agora) Comunicações quase sempre verticais quase sempre horizontais Confiabilidade em: Regras e regulamentos formalizados por escrito e impostos pela empresa Pessoas e comunicações informais entre as pessoas Princípios Predominantes Princípios gerais da Teoria Clássica Aspectos democráticos da Teoria das Relações Humanas Ambiente Estável e permanente Instável e dinâmico. Fonte: Chiavenato (2003) PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 48 Isto caiu em questão da FGV! Vejamos: ITEM 29. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) Assinale a alternativa que apresente uma característica dos sistemas mecânicos organizacionais. (A) Autoridade baseada no conhecimento. (B) Processo decisorial ad hoc. (C) Estrutura definitiva. (D) Comunicações quase sempre horizontais. (E) Ambiente instável Fácil, não? O gabarito é a letra C. Organizações mecanísticas ou mecânicas caracterizam-se por ter estrutura definitiva ou permanente.São estáveis. Todas as outras alternativas estão erradas, são características dos sistemas orgânicos. Vejamos outra questão sobre este tema ITEM 30. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) De acordo com a Teoria das Contingências, há dois tipos de sistemas organizacionais: mecanicistas e orgânicos. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir: I. A rigidez é uma característica dos sistemas mecanicistas. II. A previsibilidade é uma característica dos sistemas orgânicos. III. O ambiente estável é uma característica dos sistemas orgânicos. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas Já vimos isto! O gabarito é a letra A. A afirmativa I está correta. De fato os sistemas mecânicos são estáveis, permanentes, avessos à mudança, e portanto rígidos. As afirmativas II e III estão erradas. São características dos sistemas mecânicos. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 49 Já na década de 1970, Lawrence e Lorsch inauguraram a teoria da contingência. Através dos resultados de suas pesquisas demonstraram que as organizações utilizam dois mecanismos básicos de funcionamento: a diferenciação e a integração administrativas. A diferenciação diz respeito à subdivisão das organizaçõesem departamentos com tarefas especializadas. Cada departamento reage somente à parte do ambiente que é relevante para sua atividade. As demandas de ambientes específicos corresponderão à departamentos na organização, com os quais se relacionarão. A integração é o processo oposto: do ambiente externo surgem pressões para que haja unidade de esforços entre os vários departamentos da organização. Chiavenato ressalta que os dois mecanismos são opostos e antagônicos. Quanto mais diferenciação existe na organização mais difícil é a solução de problemas. Contudo, as organizações que conseguem se diferenciar (processo típico do crescimento da organização) e ao mesmo tempo conseguem integrar todas estas partes garantirão sucesso. A abordagem contingencial manteve o foco nas tarefas, nas pessoas e na estrutura organizacional e agregou a perspectiva da sobrevivência e do crescimento em ambientes mutáveis. Nesta perspectiva tudo é mutável, tudo é relativo, tudo é contingente. O contexto ambiental é que vai ditar os rumos das operações das empresas. As que se adaptam são bem sucedidas. A Teoria da contingência baseia-se no conceito de Homem Complexo. Vejam esta outra questão da FGV. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 50 ITEM 31. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação à teoria contingencial, analise as afirmativas a seguir. I. As organizações possuem natureza sistêmica. II. Existem princípios universais de administração. III. As características ambientais condicionam o ambiente organizacional. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. O gabarito é a letra D. Vejamos as afirmativas. A afirmativa I está correta, uma vez que a natureza das organizações para a teoria da contingência é sistêmica. A afirmativa II está errada. É justamente o contrário. Nesta teoria tudo é contingencial, tudo é mutável, e portanto incompatível com princípios universais. A afirmativa III está correta, é o contexto ambiental que dita o rumo da organização. Vejamos um quadro síntese das teorias administrativas. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 51 ESQUEMA COMPARATIVO DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO Teoria Ênfase Concepção de homem Abordagem Sistema de Incentivos Relação entre objetivos organizacionais e objetivos individuais Teoria Clássica Nas tarefas e na estrutura organizacional Homem econômico Prescritiva e Normativa Incentivos materiais e salariais Identidade de interesses. Não há conflito perceptível Teoria das Relações Humanas Nas pessoas Homem Social Prescritiva e Normativa Incentivos sociais e simbólicos Identidade de interesses. Todo conflito é indesejável e deve ser evitado Teoria Neoclássica No ecletismo: nas tarefas, nas pessoas e na estrutura Homem organizacional e Administrativo Prescritiva e Normativa Incentivos mistos, tanto materiais como sociais Integração entre objetivos organizacionais e objetivos individuais Teoria da Burocracia Na estrutura organizacional Homem organizacional Prescritiva e Normativa Incentivos materiais e salariais Não há conflito perceptível. Prevalência dos objetivos da organização Teoria Estruturalista Na estrutura e no ambiente Homem organizacional Explicativa e Descritiva Incentivos mistos, tanto materiais como sociais Conflitos inevitáveis e mesmo desejáveis que levam à inovação. Teoria comportamental Nas pessoas e no ambiente Homem Administrativo Explicativa e Descritiva Incentivos mistos Conflitos possíveis e negociáveis. Relação e equilíbrio entre eficácia e eficiência. Teoria dos sistemas No ambiente Homem Funcional Explicativa e Descritiva Incentivos mistos Conflito de papéis Teoria da contingência No ambiente e na tecnologia, sem desprezar as tarefas, as pessoas e estrutura Homem complexo Explicativa e Descritiva Incentivos mistos Conflito de papéis Fonte: Chiavenato (2003) PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 52 7. Evolução da administração publica no Brasil após 1930 Antes de analisarmos as reformas administrativas no Brasil, façamos uma síntese dos modelos de administração pública. Na administração pública patrimonialista, própria dos Estados absolutistas europeus do século XVIII, o aparelho do Estado é a extensão do próprio poder do governante e os seus funcionários são considerados como membros da nobreza. O patrimônio do Estado confunde-se com o patrimônio do soberano e os cargos são tidos como sinecuras e prebendas (ocupações rendosas e de pouco trabalho). A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. A administração pública burocrática surge para combater a corrupção e o nepotismo do modelo anterior. São princípios inerentes a este tipo de administração a impessoalidade, o formalismo, a hierarquia funcional, a idéia de carreira pública e a profissionalização do servidor, consubstanciando a idéia de poder racional-legal. Os controles administrativos funcionam previamente, para evitar a corrupção. Existe uma desconfiança prévia dos administradores públicos e dos cidadãos que procuram o Estado com seus pleitos. São sempre necessários, por esta razão, controles rígidos em todos os processos, como na admissão de pessoal, nas contratações do Poder Público e no atendimento às necessidades da população. A administração burocrática, embora possua o grande mérito de ser efetiva no controle dos abusos, corre o risco de transformar o controle a ela inerente em um verdadeiro fim do Estado, e não um simples meio para atingir seus objetivos. Com isso, a máquina administrativa volta-se para si PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 53 mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. O seu grande problema, portanto, é a possibilidade de se tornar ineficiente, auto-referente e incapaz de atender adequadamente os anseios dos cidadãos. A administração pública gerencial, contudo, apresenta-se como solução para estes problemas da burocracia. Prioriza-se a eficiência da Administração, o aumento da qualidade dos serviços e a redução dos custos. Busca-se desenvolver uma cultura gerencial nas organizações, com ênfase nos resultados, e aumentar a governança do Estado, isto é, a sua capacidade de gerenciar com efetividade e eficiência. O cidadão passa a ser visto com outros olhos, tornando-se peça essencial para o correto desempenho da atividade pública, por ser considerado seu principal beneficiário, o cliente dos serviços prestados pelo Estado. A administração gerencial constitui um avanço, mas sem romper em definitivo com a administração burocrática, pois não nega todos os seus métodos e princípios. Na verdade, o gerencialismo apóia-se na burocracia, conservando seus preceitos básicos, como a admissão de pessoal segundo critérios rígidos, a meritocracia na carreira pública, as avaliações de desempenho, o aperfeiçoamento profissional e um sistema de remuneração estruturado. A diferença reside na maneira como é feito o controle, que passa a concentrar-se nos resultados, não mais nos processos em si, procurando-se, ainda, garantir a autonomia do servidor para atingir tais resultados, queserão verificados posteriormente. Vejamos agora as reformas administrativas implantadas no Brasil após 1930. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 54 7.1. A Reforma do DASP No Brasil, o modelo de administração burocrática emerge a partir dos anos 30. A reforma da administração pública é empreendida no Governos Vargas por Maurício Nabuco e Luiz Simões Lopes. O objetivo era racionalizar a administração pública, com a criação de carreiras burocráticas na administração pública e a adoção do concurso como forma de acesso ao serviço público. A implantação da administração pública burocrática é uma consequência clara da emergência de um capitalismo moderno no país. Segundo Bresser Pereira: Com o objetivo de realizar a modernização administrativa, foi criado o Departamento Administrativo do Serviço Público - DASP, em 1936. Nos primórdios, a administração pública sofre a influência da teoria da administração científica de Taylor, tendendo à racionalização mediante a simplificação, padronização e aquisição racional de materiais, revisão de estruturas e aplicação de métodos na definição de procedimentos. Registra-se que, neste período, foi instituída a função orçamentária enquanto atividade formal e permanentemente vinculada ao planejamento. No que diz respeito à administração dos recursos humanos, o DASP representou a tentativa de formação da burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do mérito profissional. Entretanto, embora tenham sido valorizados instrumentos importantes à época, tais como o instituto do concurso público e do treinamento, não se chegou a adotar consistentemente uma política de recursos humanos que respondesse às necessidades do Estado. O patrimonialismo (contra o qual a administração pública burocrática se instalara), embora em processo de transformação, mantinha ainda sua própria força no quadro político brasileiro. O coronelismo dava lugar ao clientelismo e ao fisiologismo. Segundo Luciano Martins a implementação da Burocracia Profissional no Brasil, teve êxito apenas parcial, persistindo resquícios do Patrimonialismo: Na verdade, um padrão duplo foi estabelecido. Os altos escalões da administração pública seguiram essas normas e tornaram-se a melhor burocracia estatal da América Latina; os escalões inferiores (incluindo os órgãos encarregados dos serviços de saúde e de assistência social então criados) foram deixados ao critério clientelista de recrutamento de pessoal por indicação e à manipulação populista dos recursos públicos. O DASP marca o início da criação de estatutos e normas para as áreas fundamentais da administração pública, nas três áreas abaixo: PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 55 • Administração de materiais • Administração de Pessoal • Administração Financeira: A normatização da administração de material foi realizada com a criação da Comissão Permanente de Padronização em 1930 e da Comissão Permanente de Compras em 1931. Segundo Bresser, a reforma burocrática brasileira inicia-se de fato em 1936 quando é criado o criado o Conselho Federal do Serviço Público Civil, que teria responsabilidade sobre a administração de Pessoal. Já em 1938 tal Conselho foi transformado no Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP). O DASP teve vida longa na administração pública brasileira, vindo a ser extinto apenas em 1986. Ele passou a ser o órgão executor e, também, formulador da nova forma de pensar e organizar a administração pública. O DASP foi criado no início do Estado Novo, um momento em que o autoritarismo brasileiro ganhava força, com o objetivo de realizar a revolução modernizadora do país, industrializá-lo, e valorizar a competência técnica. Representou, assim, no plano administrativo, a afirmação dos princípios centralizadores e hierárquicos da burocracia clássica. Entre as principais realizações do DASP, podemos citar: • Ingresso no serviço público por concurso; • Critérios gerais e uniformes de classificação de cargos; • Organização dos serviços de pessoal e de seu aperfeiçoamento sistemático; • Administração orçamentária; • Padronização das compras do Estado; PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 56 • Racionalização geral de métodos. No que diz respeito à administração dos recursos humanos, o DASP tentou formar uma burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do mérito profissional. Surgiram as primeiras carreiras burocráticas e tentou-se adotar o concurso como forma de acesso ao serviço público. Embora já existissem algumas carreira profissionalizadas na administração pública brasileira antes de 1930, a generalização das propostas weberianas como modelo de organização do serviço civil federal ocorreu somente a partir da Constituição de 1934, que determinou: Art. 170 - O Poder Legislativo votará o Estatuto dos Funcionários Públicos, obedecendo às seguintes normas, desde já em vigor: 2º) a primeira investidura nos postos de carreira das repartições administrativas, e nos demais que a lei determinar, efetuar-se-á depois de exame de sanidade e concurso de provas ou títulos; Em 1939 entrou em vigor o “Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União”, por meio do Decreto-Lei 1.713. Os cargos foram agrupados em classes e estruturados em carreiras e o concurso passou a ser utilizado para o provimento dos cargos. Este estatuto perdurou até 1951 quando foi substituído pela Lei 1711/52, que por sua vez perdurou até 1990, com a instituição do novo estatuto do servidor público federal, a lei 8.122, vigente até hoje. A despeito da intenção e da previsão legal de concursos o DASP não obteve êxito, conforme salienta Bresser Pereira: No que diz respeito à administração dos recursos humanos, o DASP representou a tentativa de formação da burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do mérito profissional. Entretanto, embora tenham sido valorizados instrumentos importantes à época, tais como o instituto do concurso público e do treinamento, não se chegou a adotar consistentemente uma política de recursos humanos que respondesse às necessidades do Estado. O patrimonialismo (contra o qual a administração pública burocrática se instalara), embora em processo de transformação, mantinha ainda sua própria força no quadro político brasileiro. O coronelismo dava lugar ao clientelismo e ao fisiologismo. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 57 Por fim, uma terceira frente do DASP foi a implementação de um modelo de administração financeira. O DASP também teve entre as suas atribuições a elaboração da proposta do orçamento federal e a fiscalização orçamentária. Antes da reforma burocrática da década de 1930, o orçamento era visto como uma mera enumeração de receitas e despesas. Foi a implantação do modelo racional-legal que permitiu que o orçamento fosse visto como um instrumento de planejamento. Até a criação do DASP, a proposta das despesas da União era realizada da seguinte maneira: • Estabelecimento de normas/prazos orçamentários através de lei ou Decreto-lei; • Designação de funcionários do Ministério da Fazenda para acompanharem a organização de propostas parciais das despesas dos Ministérios; • Apresentação, pelos ministérios, de propostas parciais de suas despesas, com justificativas minuciosas quanto às alterações realizadas; • Designação de comissão, sob a presidência do chefe de Gabinete do Ministroda Fazenda, para organizar a proposta geral; • Encaminhamento ao Presidente da República pelo Ministro da Fazenda, acompanhado de minuciosas exposições; • Encaminhamento à Câmara dos Deputados, após aprovação definitiva do Presidente da República. O orçamento nesta perspectiva era uma mera enumeração de receitas e despesas, baseadas no histórico dos anos anteriores. Até 1940, a política orçamentária era responsabilidade do Ministério da Fazenda. Nesse ano, foi criada a Comissão de Orçamento, subordinada ao Ministério da Fazenda, cuja presidência passava a ser acumulada pelo PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 58 presidente do DASP. Em 1945 o DASP assumiu plenamente a responsabilidade pela elaboração da proposta do orçamento federal, com a consequente extinção da comissão do Ministério da Fazenda. Após o final da Ditadura Vargas, no entanto, o ímpeto de profissionalização burocrática arrefeceu, com retorno de práticas clientelistas, conforme ressalta Luciano Martins: A queda da ditadura Vargas e a democratização do Brasil em 1945 não ajudaram muito a modernizar a administração pública como um todo. Se, de um lado, foram estabelecidos procedimentos mais transparentes para tornar a administração pública responsável perante o Congresso, de outro lado, esse mesmo instrumento foi usado pelos partidos políticos para ampliar suas práticas clientelistas profundamente enraizadas. Ser indicado para um cargo na administração pública — em um país onde a economia não criava empregos na mesma velocidade do crescimento demográfico — tornou-se a aspiração da classe média baixa e dos estratos socialmente menos privilegiados. Prover (e indicar para) esses cargos, por sua vez, era evidência de influência política e quase uma condição para o sucesso eleitoral. A prática do uso dessa moeda de troca implicou manter frouxas as regras para ingresso no serviço público e, ao mesmo tempo, em tornar inevitável a erosão da remuneração de seus quadros, graças ao inchamento e à baixa qualificação dos servidores da administração pública. As características típicas das administrações públicas dos países mais subdesenvolvidos tornaram- se características do grosso da burocracia do Brasil: excesso ou má distribuição de pessoal, absenteísmo, a ocupação simultânea de dois ou mais cargos públicos pela mesma pessoa, atividades paralelas e baixa produtividade. Vejamos algumas questões da CESPE ITEM 32. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão. Perfeito, pessoal! Embora a instituição do DASP não tenha eliminado os resquícios da administração patrimonialista, o objetivo era eliminar este modelo e implantar a administração burocrática. Portanto, a afirmativa está CERTA! PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 59 ITEM 33. (CESPE/INCA/GESTÃO PÚBLICA) O modelo burocrático caracteriza-se pela legitimidade oriunda do direito positivado, seja no uso de meios coercitivos previstos em lei, seja na definição da extensão dos poderes e deveres. Nesse contexto, o estabelecimento pelo DASP da padronização da compra pública e o estabelecimento do concurso para ingresso no serviço público são exemplos de ações de modelo burocrático do Estado. A afirmativa também está CERTA! O DASP representou a instituição de um modelo burocrático de gestão. Implantou modelos de administração de materiais e de pessoal baseadas no modelo Weberiano. A normatização da administração de material foi realizada com a criação da Comissão Permanente de Padronização em 1930 e da Comissão Permanente de Compras em 1931. Na administração de pessoal institui-se o concurso público para acesso aos cargos da administração pública. 7.2. A segunda onda de Reformas Administrativas Uma segunda onda se baseou na modernização administrativa, que se diferencia da anterior porque prescreve a adequação do aparato estatal aos projetos específicos de desenvolvimento. Procura, assim, harmonizar meios - os arranjos organizacionais - e fins - os objetivos de desenvolvimento -, devendo-se buscar arranjos diferenciados - flexibilidade e descentralização - para finalidades igualmente diferentes. Os casos exemplares desta modalidade de transformação da gestão pública são: • a “administração paralela” da era JK - grupos ou comitês executivos para implementar o Plano de Metas; • a “administração para o desenvolvimento” do regime militar - crescimento e diferenciação da administração indireta como recursos flexibilizadores para o alcance de resultados de desenvolvimento. Ambos os casos se basearam em diagnósticos que apontavam como problemas a rigidez e a incapacidade de alcance de resultados da burocracia PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 60 governamental; o primeiro a partir da Comissão de Simplificação Burocrática - COSB, de 1956; o segundo a partir da Comissão Amaral Peixoto, de 1962. A implementação da administração paralela se deu de cima para baixo, mediante forte liderança presidencial. No caso do governo JK, a fim de dar conta das demandas desenvolvimentas duas realidades distintas forma incentivadas, segundo Luciano Martins: O Estado desenvolvimentista dos anos Kubitschek (1955-60) foi a verdadeira imagem dessas disparidades: ele proveu o governo de uma equipe altamente competente de servidores públicos capazes de projetar e implementar metas ambiciosas de desenvolvimento; e, ao mesmo tempo, os serviços públicos a cargo da burocracia do dia-a-dia continuaram a apresentar padrões extremamente baixos. A bizarra decisão de Juscelino Kubitschek de construir Brasília apenas agravou essa ambigüidade. Surge, então, o início das análises do sistema gerencial no governo JK com a criação de comissões especiais, como a Comissão de Estudos e Projetos Administrativos, objetivando a realização de estudos para simplificação dos processos administrativos e reformas ministeriais, e a Comissão de Simplificação Burocrática, que visa à elaboração de projetos direcionados para reformas globais e descentralização de serviços Com o golpe de 1964, voltamos a um período ditatorial. Tem-se início então a administração para o desenvolvimento, que aconteceu de forma tecnocrática, em regime ditatorial. Ressalte-se que, em ambos os casos, a adesão aos respectivos planos: o Plano de Metas, no primeiro caso, e os Planos Nacionais de Desenvolvimento - PND, no segundo, como vetores orientadores da ação governamental. Embora pragmática, esta estratégia gerou dois principais núcleos de disfunção, só aparentemente contraditórios: o engolfamento das estruturas paralelas - ágeis e flexíveis - pela burocracia ortodoxa remanescente; e a PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 61 exorbitância das estruturas paralelas, que escapavam ao controle da política e da burocracia. 7.3. O Decreto-Lei 200 O Decreto-Lei 200, em 1967, para alguns, foi considerado como um primeiro momento da administração gerencial brasileira, constituindo um marco na tentativa de superação da rigidez burocrática. Segundo o Plano Diretor da Reforma do Estado: A reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei nº 200, entretanto, constitui um marco na tentativa de superação da rigidez burocrática, podendo ser considerada como um primeiro momento da administração gerencial no Brasil.Mediante o referido decreto-lei, realizou-se a transferência de atividades para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, a fim de obter-se maior dinamismo operacional por meio da descentralização funcional. Instituíram- se, como princípios de racionalidade administrativa, o planejamento e o orçamento, o descongestionamento das chefias executivas superiores (desconcentração/descentralização), a tentativa de reunir competência e informação no processo decisório, a sistematização, a coordenação e o controle. O paradigma gerencial da época, compatível com o monopólio estatal na área produtiva de bens e serviços, orientou a expansão da administração indireta, numa tentativa de "flexibilizar a administração" com o objetivo de atribuir maior operacionalidade às atividades econômicas do Estado. Entretanto, as reformas operadas pelo Decreto-Lei nº 200/67 não desencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática central, permitindo a coexistência de núcleos de eficiência e competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da administração direta ou central. O núcleo burocrático foi, na verdade, enfraquecido indevidamente através de uma estratégia oportunista do regime militar, que não desenvolveu carreiras de administradores públicos de alto nível, preferindo, ao invés, contratar os escalões superiores da administração através das empresas estatais. O Decreto-lei determinava em seus princípios fundamentais: Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais: I - Planejamento. II - Coordenação. III - Descentralização. IV - Delegação de Competência. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 62 V - Contrôle. No bojo das transformações advindas pelo Decreto 200, foi instituído o Orçamento Plurianual de Investimentos. O OPI é trienal e instituído pelo Ato Complementar nº 43, de 29 de janeiro de 1969. É constituído pela programação de dispêndios da responsabilidade do Governo Federal, excluídas, apenas, as entidades da Administração Indireta e das Fundações que não recebam transferências do Orçamento da União. § 1º O Orçamento Plurianual de Investimentos racionará as despesas de capital e indicará os recursos (orçamentários e extraorçamentários) anualmente destinados à sua execução, inclusive os financiamentos contratados ou previstos, de origem interna ou externa. § 2º O Orçamento Plurianual de Investimentos compreenderá as despesas de capital de todos os Poderes, Órgãos e Fundos, tanto da administração direta quanto da indireta, excluídas apenas as entidades que não recebam subvenções ou transferências à conta do orçamento. § 3º A inclusão, no Orçamento Plurianual de Investimentos, das despesas de capital de entidades da Administração Indireta, será feita sob a forma de dotações globais. Segundo o Plano Diretor da Reforma do Estado, ainda no período ditatorial do governo militar, houve uma nova onda modernizadora da administração Pública: Em meados dos anos 70, uma nova iniciativa modernizadora da administração pública teve início, com a criação da SEMOR - Secretaria da Modernização. Reuniu- se em torno dela um grupo de jovens administradores públicos, muitos deles com formação em nível de pós-graduação no exterior, que buscou implantar novas técnicas de gestão, e particularmente de administração de recursos humanos, na administração pública federal. No início dos anos 80, registrou-se uma nova tentativa de reformar a burocracia e orientá-la na direção da administração pública gerencial, com a criação do Ministério da Desburocratização e do Programa Nacional de Desburocratização - PrND, cujos objetivos eram a revitalização e agilização das organizações do Estado, a descentralização da autoridade, a melhoria e simplificação dos processos administrativos e a promoção da eficiência. As ações do PrND voltaram-se inicialmente para o combate à burocratização dos procedimentos. Posteriormente, foram dirigidas para o desenvolvimento do Programa Nacional de Desestatização, num esforço para conter os excessos da expansão da administração descentralizada, estimulada pelo Decreto-Lei 200/67. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 63 Vejamos uma questão da FCC. ITEM 34. (FCC/2009/MPE-SE/Analista do Ministério Público) A Reforma Administrativa de 1967, implementada pelo Decreto-lei federal 200, a) priorizou a atuação do Estado no fomento e regulamentação dos setores produtivos e a sua retirada como prestador direto de serviços públicos. b) cerceou a autonomia das entidades integrantes da Administração indireta, submetendo- as às mesmas regras previstas para a Administração direta, como licitações e concurso público. c) retomou o processo de centralização da atuação administrativa. d) introduziu mecanismos de parceria com instituições privadas sem fins lucrativos. e) desencadeou um movimento de descentralização da atuação estatal, com a transferência de atividades a autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. Analisemos as alternativas A) ERRADA. Nada disso! O decreto 200 incentivou a atuação do Estado na prestação de serviços na esfera produtiva, com a criação de diversas empresa na administração indireta. B) ERRADA. Foi o contrário! Através dos princípios da descentralização e delegação de competência a administração dotou estas entidades da administração indireta de grande autonomia, com regras de contratação de pessoal e compras diferentes em relação à administração direta. C) ERRADA. Como vimos foi o inverso, estabeleceu o princípio da descentralização. D) ERRADA. Esta foi a alternativa mais complicada, pois o Decreto 200 estabeleceu mecanismos de convênio com a iniciativa privada, porém não há menção de “entidades sem fins lucrativos”. Esta é uma perspectiva que vai ser apresentada pela reforma de 1995, que veremos à frente. E) CERTA. De fato descentralizou-se as atividades governamentais para empresas públicas, e outras entidades da administração indireta. Portanto, o gabarito é a alternativa E. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 64 ITEM 35. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO) As reformas realizadas por meio do Decreto-lei n.o 200/1967 não desencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática central, o que possibilitou a coexistência de núcleos de eficiência e de competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da administração direta ou central. Pessoal, afirmativa está CERTA! É cópia do texto do Plano Diretor da Reforma do Estado, onde se afirma que “as reformas operadas pelo Decreto- Lei nº 200/67 não desencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática central, permitindo a coexistência de núcleos de eficiência e competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da administração direta ou central”. 7.4. O Retrocesso de 1988 A maioria dos autores, inclusive Bresser Pereira, considera que as ações implementadas no Governos JK, com a criação das Comissões, e no governo militar com a edição do Decreto 200 e a descentralização das ações governamentais para a administração indireta, forma um início da administração gerencial no Brasil. Todas estas ações, relembre-se estavam inseridas em um contexto de administração para o desenvolvimento. Bresser Pereira, no entanto, aponta que com a redemocratização do Brasil e a promulgação da Constituição de 1988, houve um retrocesso burocrático. Sinaliza o autor que, embora a redemocratizaçãoem 1985 representasse uma grande vitória democrática, teve como um de seus custos mais surpreendentes o loteamento dos cargos públicos da administração indireta e das delegacias dos ministérios nos Estados para os políticos dos partidos vitoriosos. Um novo populismo patrimonialista surgia no país. De outra parte, a alta burocracia passava a ser acusada, principalmente pelas forças conservadoras, de ser a culpada da crise do Estado, na medida em que favorecera seu crescimento excessivo. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 65 A combinação destes dois fatores leva, na Constituição de 1988, a um retrocesso burocrático sem precedentes. Sem que houvesse maior debate público, o Congresso Constituinte promoveu um surpreendente engessamento do aparelho estatal, ao estender para os serviços do Estado e para as próprias empresas estatais praticamente as mesmas regras burocráticas rígidas adotadas no núcleo estratégico do Estado. A nova Constituição determinou a perda da autonomia do Poder Executivo para tratar da estruturação dos órgãos públicos, instituiu a obrigatoriedade de regime jurídico único para os servidores civis da União, dos Estados membros e dos Municípios, e retirou da administração indireta a sua flexibilidade operacional, ao atribuir às fundações e autarquias públicas normas de funcionamento idênticas às que regem a administração direta. Estas ações moralizadoras da administração pública, que Bresser chama de retrocesso burocrático, foi em parte uma reação ao clientelismo que dominou o país naqueles anos. As regras moralizadoras da Constituição de 1988 produziram dois resultados: o abandono do caminho rumo a uma administração pública gerencial e a reafirmação dos ideais da administração pública burocrática clássica; e de outro lado, dada a ingerência patrimonialista no processo, a instituição de uma série de privilégios, que não se estavam de acordo com os princípios da própria administração pública burocrática. Manteve-se na constituição de 1988 a estabilidade rígida para todos os servidores civis, diretamente relacionada à generalização do regime estatutário na administração direta e nas fundações e autarquias, a aposentadoria com proventos integrais sem correlação com o tempo de serviço ou com a contribuição do servidor. Estes fatores contribuíram para o desprestígio da administração pública brasileira, não obstante o fato de que os administradores públicos brasileiros PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 66 são majoritariamente competentes, honestos e dotados de espírito público. A competência da burocracia brasileira (especialmente a alta tecnoburocracia) foi demonstrada desde os anos 30, quando a administração pública profissional foi implantada no Brasil. A implantação da indústria de base nos anos 40 e 50, o ajuste nos anos 60, o desenvolvimento da infra- estrutura e a instalação da indústria de bens de capital, nos anos 70, de novo o ajuste e a reforma financeira, nos anos 80, e a liberalização comercial nos anos 90, não teriam sido possíveis não fosse a competência e o espírito público da burocracia brasileira. O governo Collor, de maneira equivocada, tentou produzir respostas ao pretendo engessamento da administração pública, mas apenas agravou os problemas existentes, na medida em que se preocupava em destruir ao invés de construir. O governo Itamar Franco buscou essencialmente recompor os salários dos servidores, que haviam sido violentamente reduzidos no governo anterior. O discurso de reforma administrativa assume uma nova dimensão a partir de 1994, quando a campanha presidencial introduz a perspectiva da mudança organizacional e cultural da administração pública no sentido de uma administração gerencial 7.5. A Nova Gestão Pública Uma terceira onda, inspirada na abordagem da reforma do Estado, surge a partir dos anos 90 como uma resposta à crise do Estado. Este debate se expressa em duas visões: inicialmente por teorias neoinstitucionalistas econômicas segundo as quais o Estado é, em princípio, um problema, a ação estatal é estruturalmente ineficiente e inconfiável na geração de bem estar, relativamente à idealização da eficiência do mercado pela economia neoclássica. Uma outra parte acentua a insuficiência do Estado na promoção de bem estar. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 67 As duas visões preconizam profundas transformações no estado e na gestão pública. Na qualidade de movimento e discussão acadêmica e profissional, a proposta da “nova gestão pública”, nas décadas de 80 e 90, mostra-se fortemente imbuída da visão neoinstitucionalista e propõe processos de ajuste nos arranjos organizativos estatais, de sorte a reduzir seu tamanho e aplicar tecnologias gerenciais de ponta adotadas no setor privado. Na sequência, a “nova gestão pública” seguiria caminhos diversos. Concepções radicais que previam a drástica redução do estado e a aplicação maciça de tecnologia gerencial privada no setor público. Exemplos são a Nova Zelândia, a Austrália, a Grã Bretanha e os Estados Unidos. No outro caminho aparecem concepções mais conciliadoras que visavam a construção de uma burocracia governamental não tão rígida, procedimental e insulada, isto é, mais flexível, orientada para resultados, focada no cidadão e sujeita a crescente controle social. São os casos da Suécia, da Grã Bretanha e dos Estados Unidos, os dois últimos num revisionismo da fase anterior. No Brasil, os exemplos mais próximos de implementação de transformações na gestão pública na linha da reforma do Estado foram a reforma gerencial preconizada no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, o modelo de gestão por resultados proposto pelo PPA 2000-2003, a implementação do aparato regulatório a partir das privatizações e alguns elementos do processo de ajuste fiscal, notadamente a Lei de Responsabilidade Fiscal . Na administração pública gerencial a estratégia volta-se (1) para a definição precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade, (2) para a garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que possa atingir os objetivos contratados, e (3) para o controle ou cobrança a posteriori dos resultados. Adicionalmente, pratica-se PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 68 a competição administrada no interior do próprio Estado, quando há a possibilidade de estabelecer concorrência entre unidades internas. No plano da estrutura organizacional, a descentralização e a redução dos níveis hierárquicos tornam-se essenciais. Em suma, afirma-se que a administração pública deve ser permeável à maior participação dos agentes privados e/ou das organizações da sociedade civil e deslocar a ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins). Vejam uma questão da CESPE ITEM 36. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) Uma das principais vantagens apontadas na nova gestão pública, ou gerencialismo, é o fato de ela facilitar a mensuração da eficiência e a avaliação dos resultados dos serviços públicos em geral, razão pela qual reduz as exigências de acompanhamento e controle da execução dos orçamentos e da consecução dos objetivos do planejamento governamental. Pessoal, a afirmativa está ERRADA! A administração gerencial troca o enfoque dado na administração burocrática, que era o controle a priori, paraa ênfase o controle a posteriore, ou seja, dos resultados. Mas isto não significa abrir mão do controle dos orçamentos ou dos objetivos traçados. Até porque se isto acontecer, pode-se não alcançar os resultados esperados. A administração pública gerencial inspirou-se na administração de empresas, mas não pode ser confundida com esta última. Enquanto a receita das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de seus produtos e serviços, a receita do Estado deriva de impostos, ou seja, de contribuições obrigatórias, sem contrapartida direta. Enquanto o mercado controla a administração das empresas, a sociedade - por meio de políticos eleitos - controla a administração pública. Enquanto a administração de empresas está voltada para o lucro privado, para a maximização dos interesses dos acionistas, esperando-se que, através do mercado, o interesse coletivo seja atendido, a administração pública gerencial está explícita e diretamente voltada para o interesse público. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 69 Neste último ponto, como em muitos outros (profissionalismo, impessoalidade, etc.), a administração pública gerencial não se diferencia da administração pública burocrática. Na burocracia pública clássica existe uma noção muito clara e forte do interesse público. A diferença, porém, está no entendimento do significado do interesse público, que não pode ser confundido com o interesse do próprio Estado. Para a administração pública burocrática, o interesse público é freqüentemente identificado com a afirmação do poder do Estado. Ao atuarem sob este princípio, os administradores públicos terminam por direcionar uma parte substancial das atividades e dos recursos do Estado para o atendimento das necessidades da própria burocracia, identificada com o poder do Estado. O conteúdo das políticas públicas é relegado a um segundo plano. A administração pública gerencial nega essa visão do interesse público, relacionando-o com o interesse da coletividade e não com o do aparato do Estado. A administração pública gerencial vê o cidadão como contribuinte de impostos e como cliente dos seus serviços. Os resultados da ação do Estado são considerados bons não porque os processos administrativos estão sob controle e são seguros, como quer a administração pública burocrática, mas porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas. O paradigma gerencial contemporâneo ou paradigma pós-burocrático, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. À avaliação sistemática, à recompensa pelo desempenho, e à capacitação permanente, que já eram características da boa administração burocrática, acrescentam-se os princípios da orientação para o cidadão-cliente, do controle por resultados, e da competição administrada. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 70 No presente momento, uma visão realista da reconstrução do aparelho do Estado em bases gerenciais deve levar em conta a necessidade de equacionar as assimetrias decorrentes da persistência de aspectos patrimonialistas na administração contemporânea, bem como dos excessos formais e anacronismos do modelo burocrático tradicional. Para isso, é fundamental ter clara a dinâmica da administração racional-legal ou burocrática. Não se trata simplesmente de descartá-la, mas sim de considerar os aspectos em que está superada, e as características que ainda se mantêm válidas como formas de garantir efetividade à administração pública. O modelo gerencial tornou-se realidade no mundo desenvolvido quando, através da definição clara de objetivos para cada unidade da administração, da descentralização, da mudança de estruturas organizacionais e da adoção de valores e de comportamentos modernos no interior do Estado, se revelou mais capaz de promover o aumento da qualidade e da eficiência dos serviços sociais oferecidos pelo setor público. A reforma do aparelho do Estado no Brasil significará, fundamentalmente, a introdução na administração pública da cultura e das técnicas gerenciais modernas. O gerencialismo é visto como um conjunto de idéias e crenças que tomam como valores máximos a própria gerência, o objetivo de aumento constante da produtividade, e a orientação para o consumidor. Fernando Abrucio (1996), em um panorama da administração pública gerencial, compara este “gerencialismo puro”, pelo qual designa a “nova administração pública”, com a abordagem adotada por Pollitt “orientada para o serviço público” e que visa a ser uma alternativa gerencial ao modelo britânico. Na verdade, esta abordagem é apenas uma tentativa de modernizar o velho modelo burocrático, não é uma alternativa gerencial. A idéia de opor a orientação para o consumidor (gerencialismo puro), à orientação para o cidadão (gerencialismo reformado), não faz sentido algum. Um dos PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 71 programas cruciais de reforma que está sendo implementado pelo Governo britânico é o Citizens Chart. O cidadão também é um consumidor. Qualquer administração pública gerencial tem de considerar o indivíduo, em termos econômicos, como consumidor (ou usuário) e, em termos políticos, como cidadão. 7.6. Plano Diretor da Reforma do Estado O Plano Diretor procura criar condições para a reconstrução da Administração Pública em bases modernas e racionais, ou seja, diferenciando-se dos princípios racional-burocráticos, ou ainda, dos conceitos de patrimonialismo, pois estes ainda então persistem e precisam ser extirpados. O Plano Diretor da Reforma do Estado é elaborado pelo Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado e, depois de ampla discussão, aprovado pela Câmara da Reforma do Estado em sua reunião de 21 de setembro de 1995. Em seguida é submetido ao Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, que o aprova. Seu lema era o de ajudar o Governo a funcionar melhor, ao menor custo possível, promovendo a administração gerencial, transparente e profissional, em benefício do cidadão. A definição dos objetivos e estratégias da reforma do aparelho do Estado apresentada a seguir decorre do diagnóstico e dos pressupostos teóricos que presidiram a análise anterior. Dada a crise do Estado e o irrealismo da proposta neoliberal do Estado mínimo, é necessário reconstruir o Estado, de forma que ele não apenas garanta a propriedade e os contratos, mas também exerça seu papel complementar ao mercado na coordenação da economia e na busca da redução das desigualdades sociais. Reformar o Estado significa melhorar não apenas a organização e o pessoal do Estado, mas também suas finanças e todo o seu sistema institucional-legal, de forma a permitir que o mesmo tenha uma relação harmoniosa e positiva com a sociedade civil. A reforma do Estado permitirá que seu núcleo estratégico tome decisões mais corretas e efetivas, e que seus serviços - tanto os exclusivos, que funcionam diretamente sob seu comando, quanto os competitivos, que estarão apenas indiretamente subordinados na medida que se transformem em organizações PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 72 públicas não-estatais - operem muito mais eficientemente. Reformar o aparelho do Estadosignifica garantir a esse aparelho maior governança, ou seja, maior capacidade de governar, maior condição de implementar as leis e políticas públicas. Significa tornar muito mais eficientes as atividades exclusivas de Estado, através da transformação das autarquias em "agências autônomas", e tornar também muito mais eficientes os serviços sociais competitivos ao transformá-los em organizações públicas não-estatais de um tipo especial: as "organizações sociais". Na reforma do aparelho do Estado podemos distinguir alguns objetivos globais e objetivos específicos para seus quatro setores. O Plano Diretor diz que a administração gerencial é a solução do problema da administração burocrática. Isto porque a flexibilização da estabilidade dos servidores, do sistema de licitações e dos orçamentos que deixariam de ser tão detalhados, representaria a superação dos obstáculos por meio de mudança das leis e das instituições seguida de evolução para o sentido de uma administração pública gerencial. Objetivou-se organizar as estruturas da administração com ênfase na qualidade e na efetividade do serviço público, além de verdadeira profissionalização do servidor público, que passaria a receber ganhos mais justos para todas as funções. As propostas então apresentadas que se converteram nas Emendas Constitucionais nº 19 e 20, de 1998, tinham como objetivos respectivos tornar efetivas conquistas da Constituição de 1988, ainda não concretizados, definir tetos precisos de remuneração para servidores ativos e inativos, flexibilizar a estabilidade e permitir regimes jurídicos diferenciados para os servidores, assegurar que as aposentadorias ocorressem em idade razoável e fossem proporcionais ao tempo de contribuição do servidor. A motivação negativa para os seus servidores também é essencial. Ou seja, a demissão por insuficiência de desempenho seria capaz de fazer o servidor comum valorizar o seu trabalho. Com o fim de modernizar o aparelho do Estado, também devem ser criados PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 73 mecanismos que viabilizem a integração dos cidadãos, no processo de definição, implementação e avaliação da ação pública. Isto porque, por meio de controle social crescente, será possível garantir a qualidade dos serviços públicos. Entre tantos objetivos, o mais importante, no texto de apresentação do Plano Diretor, diz respeito ao servidor público. É o de sua valorização mediante sua maior motivação profissional, remuneração condizente com o mercado de trabalho nacional e razoável segurança no seu vínculo profissional com o Estado. Se quisermos avançar na adoção de formas modernas de gestão pública, é imprescindível, também, que os servidores passem a ter uma nova visão de seu papel, pois é no dia a dia do exercício das funções públicas que a mais profunda e verdadeira reforma vai realizar-se. O PDRAE adota muitos dos princípios das reformas gerenciais, entre eles o de que o Estado deve transferir serviços para a iniciativa privada. Segundo o documento: A reforma do Estado deve ser entendida dentro do contexto da redefinição do papel do Estado, que deixa de ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e serviços, para fortalecer-se na função de promotor e regulador desse desenvolvimento. No plano econômico o Estado é essencialmente um instrumento de transferências de renda, que se torna necessário dada a existência de bens públicos e de economias externas, que limitam a capacidade de alocação de recursos do mercado. O PDRAE identificou então quatro segmentos de organização do Estado, formas de relacionamento com a sociedade, no que concerne à distribuição de responsabilidades. Núcleo Estratégico: Corresponde ao governo, em sentido lato. É o setor que define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimento. É, portanto, o setor onde as decisões estratégicas são tomadas. Corresponde aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e, no poder PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 74 executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação das políticas públicas. Aqui, as decisões devem ser as melhores, atender ao interesse nacional e ter efetividade. O regime de propriedade deve ser necessariamente estatal. Atividades Exclusivas: É o setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado – o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como exemplos temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência social básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do cumprimento de normas sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de saúde pelo Estado, o controle do meio ambiente, o subsídio à educação básica, o serviço de emissão de passaportes, etc. A propriedade só pode ser também estatal. Atividades Não-Exclusivas: Corresponde ao setor onde o Estado atua simultaneamente com outras organizações públicas não-estatais e privadas. As instituições desse setor não possuem o poder de Estado. Este, entretanto, está presente porque os serviços envolvem direitos humanos fundamentais, como os da educação e da saúde, ou porque possuem “economias externas” relevantes, na medida em que produzem ganhos que não podem ser apropriados por esses serviços através do mercado. As economias produzidas imediatamente se espalham para o resto da sociedade, não podendo ser transformadas em lucros. São exemplos deste setor: as universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus. A situação ideal de propriedade é, nesse caso, a pública não-estatal. Produção de Bens e Serviços para o Mercado: Corresponde à área de atuação das empresas. É caracterizado pelas atividades econômicas voltadas para o lucro que ainda permanecem no aparelho do Estado como, por exemplo, as do setor de infra-estrutura. Estão no Estado seja porque faltou PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 75 capital ao setor privado para realizar o investimento, seja porque são atividades naturalmente monopolistas, nas quais o controle via mercado não é possível, tornando-se necessário no caso de privatização, a regulamentação rígida. Aqui a propriedade privada é a regra. O quadro abaixo traz uma síntese dos quatro segmentos de organização do Estado, seus modelos de gerenciamento ideais e tipos de propriedade, segundo o modelo concebido por Bresser Pereira: Vejamos algumas questões. ITEM 37. (FCC/2010/TCE-RO/AUDITOR) A Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), implantada nos anos 90, diferenciou-se da reforma proposta pelo Decreto Lei nº 200 de 1967 ao a) recuperar a capacidade de planejamento, coordenação e regulação do aparelho de Estado federal sobre a administração indireta e fundacional. b) priorizar a eficiência e a flexibilização da gestão pública e fortalecer a posteriori os sistemas de controle da atividade administrativa. c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 76 d) propor a substituição do modelo burocrático pela administração gerencial, com foco no cidadão, reforçando os sistemas de controles a priori. e) enfatizaro fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, ampliando e fortalecendo os sistemas centralizados de controle de processos. Analisemos as alternativas: A) ERRADA. A reforma de 1967 (Decreto lei 200) estabeleceu como princípios o planejamento, a coordenação, a descentralização, a delegação de competência e o controle. O Plano Diretor também visava recuperar o poder de planejamento da Administração Pública. B) CERTA. Um marco do PDRAE foi o estabelecimento do princípio da eficiência (incluindo-o inclusive como princípio constitucional). Também propugnava a flexibilização dos sistemas de gestão, adotando os princípios da adminsitração gerencial. A reforma de 67 estava pautada ainda em princípios burocráticos, e o controle era realizado a priori. Já o pressuposto da reforma de 1995 foi o estabelecimento da confiança limitada com controles a posteriore. C) ERRADA. Esta foi a intenção da reforma de 1967. O PDRAE visava retirar o Estado da ação direta no mercado. Pretendia privatizar todos os setores de produção direta para o mercado. D) ERRADA. Embora Bresser Pereira sinalize que a reforma de 1967 foi o primeiro indício de administração gerencial no Brasil, não foi intenção da reforma substituir o modelo burocrático por um modelo gerencial ( sequer havia sido concebido conceitualmente), muito menos estabelecer controles a posteriore. E) ERRADA. A reforma de 67 enfraqueceu administração direta, embora tenha fortalecido sobremaneira o núcleo central( o governo ditatorial). Ambas as reformas porém visavam promover a descentralização. Portanto, o gabarito é a alternativa B. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 77 ITEM 38. (FCC/2011/TRE-RN/Analista Judiciário/Área Administrativa) O principal objetivo do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), publicado em 1995, foi a) reduzir o planejamento centralizado, transferindo os instrumentos de coordenação e regulação do Aparelho de Estado federal para os governos estaduais. b) implantar a gestão por resultados, fortalecendo os sistemas de controle a posteriori da ação governamental. c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia. d) propor a substituição do modelo patrimonial pela administração pública, com foco no cidadão, reforçando os sistemas de controles burocráticos. e) fortalecer os órgãos centrais de planejamento estratégico do Estado, ampliando os sistemas de controle de processos. Analisemos as alternativas A) ERRADA. O planejamento deveria ser fortalecido no núcleo estratégico do Estado, que continuaria regulando o aparelho estatal federal. Afirmação absurda de transferência para os estados, pois infringiria o princípio federativo. B) CERTA. Foi preconizado no PDRAE a gestão por resultados, com controle a posteriore, através do conceito de confiança limitada. C) ERRADA. Ao contrário! O plano previa reduzir a participação do Estado nos setores produtivos da economia e a publicização de atividades não-exclusivas. D) ERRADA. Nada disso! O PDRAE visava a substituição do modelo burocrático pelo modelo gerencial. E) ERRADA. Fortalecer o núcleo estratégico e de atividades exclusivas sim, mas com foco nos resultados e não nos controles. Portanto, o gabarito é a alternativa B. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 78 ITEM 39.(FCC/2010/BAHIAGÁS/ANALISTA DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS) O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (1995) teve como um dos objetivos específicos para o setor de Serviços Não-exclusivos a) transferir para o setor público não estatal estes serviços, por meio de um programa de publicização, transformando as atuais fundações públicas em organizações sociais. b) aumentar a efetividade estratégica, de forma que os objetivos democraticamente acordados sejam efetivamente alcançados. c) transformar as autarquias e fundações que possuem poder de Estado em agências autônomas, administradas por um contrato de gestão. d) fortalecer práticas de adoção de mecanismos que privilegiem a participação popular tanto na formulação quanto na avaliação de políticas públicas. e) modernizar a administração burocrática por meio de uma política de profissionalização deste serviço público. Pessoal, segundo o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado – Item 6.4, Objetivos para os Serviços Não-exclusivos: “Transferir para o setor publico não-estatal estes serviços, através de um programa de “publicização”, transformando as atuais fundações públicas em organizações sociais, ou seja, em entidades de direito privado, sem fins lucrativos, que tenham autorização específica do poder legislativo para celebrar contrato de gestão com o poder executivo e assim ter direito a dotação orçamentária Portanto, o gabarito é a alternativa A ITEM 40. (FCC/MPE-SE/2009/ANALISTA ADMINISTRAÇÃO) O conceito de “publicização”, idealizado pela Reforma do Aparelho do Estado, significa (A) a transferência compulsória ao poder público de atividades originalmente de responsabilidade do Estado, como saúde e educação. (B) a estatização de atividades estratégicas. (C) a transferência de atividades antes desempenhadas por entes públicos, especialmente na área social, a entidades privadas sem fins lucrativos. (D) a ampliação da atuação direta do Estado na área social e a redução da sua atuação em setores produtivos. (E) o movimento de ampliação das informações à sociedade acerca da atuação da Administração PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 79 Pessoal, o conceito de publicização no PDRAE referia-se à transferência de atividades não-exclusivas do Estado, como educação e saúde, para organizações sem fins lucrativos. Portanto, o gabarito é a alternativa C. ITEM 41. (FCC/MPE-SE/2009/ANALISTA ADMINISTRAÇÃO) NÃO se inclui entre as principais causas que levaram à Reforma do Aparelho do Estado, implementada no Brasil nos anos 90, a (A) a incapacidade do governo de gerar poupança interna e com isso realizar os investimentos públicos demandados pela sociedade. (B) crise fiscal, caracterizada pela crescente perda de crédito por parte do Estado e pelo esgotamento da poupança pública. (C) intenção de ampliar a intervenção direta do Estado no domínio econômico, dada a crescente demanda da sociedade por bens e serviços públicos. (D) necessidade de implementação de uma política de ajuste fiscal, como consequência do cumprimento de obrigações com organismos internacionais. (E) a crise do modelo burocrático de administração, permeado por práticas patrimonialistas e clientelistas. Pessoal, conforme estudamos nesta aula e na aula sobre os modelos de administração pública, a substituição do modelo burocrático pelo modelo gerencial (preconizado pelo PDRAE) deveu-se à crise fiscal do Estado, que reduzia sua poupança interna e capacidade de investimento e intervenção na economia. Por conta disto o Estado precisou implantar políticas de ajuste fiscal, que redundaram em redução das despesas, especialmente nas áreas sociais. Adicionalmente, o modelo burocrático brasileiro, de fato, convivia com práticas patrimonialistas e clientelistas como ressalta Bresser Pereira. Com isto as alternativas A, B, D e E apontam as principais causas para a formulação do PDRAE. A alternativa C não corresponde a uma destas causas, pois em função da crise fiscal do Estado a intenção era diminuir a participação direta do Estado na economia e não aumentá-la. Portanto,o gabarito é a alternativa C. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 80 ITEM 42. (FCC/PGE-RJ/ADMINISTRADOR) O Plano Diretor para a Reforma do Aparelho do Estado de 1995 definiu novos modelos de organização para a Administração Pública Federal. São eles: (A) as parcerias público-privadas, as autarquias e as fundações. (B) os consórcios públicos, as organizações federais e as autarquias executivas. (C) as organizações sociais, as agências reguladoras e as parcerias público-privadas. (D) as organizações sociais, as agências executivas e as agências reguladoras. (E) as agências executivas, as fundações e as organizações públicas não-estatais Pessoal, o PDRAE previa a criação de agência executivas, através de contratos de gestão e agências reguladoras como forma de monitorar as atividades econômicas em que o Estado não mais atuaria diretamente. Também preconizava a transferência de atividades não-exclusivas do Estado para organizações sociais, sem fins lucrativos. Portanto, o gabarito é a alternativa D. Agora vejamos questões da FUNRIO pra finalizar esta seção. ITEM 43. (FUNRIO/FURNAS/2009/ADMINISTRAÇÃO GERAL) O Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado faz critica a burocracia clássica introduzida durante o Governo Getúlio Vargas (1930- 1945), oriundo de um pacto popular- nacional que recebeu apoio da burguesia industrial e da classe média tecnoburocrática com o objetivo de superar o modelo de administração dominante e implantar uma burocracia moderna para formar um novo corpo administrativo. As mudanças introduzidas pela Reforma Burocrática da Administração Pública foram a criação do A) Serviço Público Federal escalonado em carreira, cargos, funções, concursos públicos para todos os agentes políticos, por decorrência abolindo os cargos em comissão. B) Conselho Federal do Serviço Público e do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), para a racionalização geral de métodos ao definir as políticas setoriais de serviços e agentes públicos, escalonado em classificação de cargos, funções, concursos públicos, administração orçamentária e padronização das compras. C) Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) para tratar dos assuntos estratégicos de Estado, racionalizando os setores de serviços e agentes públicos, escalonado em classificação de carreiras e administração orçamentária, exclusivamente. D) Programa Nacional de Desburocratização, pelo Decreto-Lei 83.936, revogado pelo Decreto 5.378. E) criação do Conselho Federal do Serviço Público pelo Decreto-Lei 83.936, revogado pelo Decreto 5.378, com a atribuição do gerenciamento do GES-PUBLICA – Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocracia. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 81 Questão tranquila não é pessoal? Analisemos as alternativas A) ERRADO. Não se aboliu os cargos em comissão. B) CERTO. A Reforma do Governo Getúlio Vargas criou o DASP e o Conselho Federal do Serviço Público. C) ERRADO. O DASP não foi criado para tratar assuntos estratégicos do estado, mas sim para racionalizar as ações dos serviços públicos. D) ERRADO. O Programa Nacional de Desburocratização foi criado na década de 80, durante o governo militar. E) ERRADO. O GESPÚBLICA é um programa do governo federal criado No ano de 2005, durante o governo Lula. Portanto, o gabarito é a alternativa B. ITEM 44. (FUNRIO/FURNAS/2009/ADMINISTRAÇÃO GERAL) A reforma do aparelho do Estado tornou-se imperativa, não apenas porque ela se constituiu em uma resposta à crise generalizada do Estado, mas também porque está sendo caracterizada como uma forma de defender a coisa pública, enquanto patrimônio de todos e para todos. O Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado, que propugna por um Estado regulador, menor, ágil e eficiente, que criou um novo cenário administrativo ao criar e extinguir instituições, como também extinguiu o regime jurídico único e diminui os direitos dos servidores públicos, foi uma inovação introduzida A) pela Constituição Federal e a lei 8.112, pelo Governo Sarney. B) pela profissionalização da gestão pública, iniciada no Governo Itamar Franco. C) pela Reforma Política e Econômica, em 2003, no inicio do Governo Lula. D) pela Reforma Administrativa “Bresser Pereira”, no Governo Fernando Henrique Cardoso, principalmente, pela Emenda Constitucional 19, e leis especiais. E) pela Reforma Administrativa Gerencial, no Governo Lula, no programa conhecido por PAC. Pessoal, conforme vimos em aula, A Reforma do Aparelho do estado foi proposta por Luís Carlos Bresser Pereira, durante o governos Fernando Henrique Cardoso. Suas principais consecuções foram realizadas através da emenda constituição 19 (Reforma Administrativa) e algumas leis que produziram alterações importantes na administração pública brasileira. Portanto, o gabarito é a alternativa D. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 82 7.7. O Governo Lula Em seu primeiro ano de mandato, o governo Lula lançou o Plano “Gestão pública para um país de todos”. Tal documento partiu do pressuposto de que “tanto os desafios contextuais quanto as condições de funcionamento dos Estados — principalmente aqueles em desenvolvimento —, exigem ações no sentido de se buscar seu fortalecimento institucional”. Além disso: “O quadro de desigualdades clama por um Estado ativista, promotor da justiça social; o de escassez clama por esforços de otimização; o quadro global competitivo requer um Estado regulador e uma gestão econômica consistente; e a conquista da democracia exige um novo padrão de deliberação que considere o cidadão como o foco da ação pública”. O Plano tinha como objetivo principal fortalecer o Estado através de: 1. redução do “déficit institucional”, definido como a ausência do Estado onde ele deveria estar atuando, 2. aumento da governança, que significaria promover a capacidade do governo em formular e implementar políticas públicas e em decidir, entre diversas opções, qual a mais adequada. 3. aumento da eficiência, otimizando recursos (fazer mais e melhor com menos)h a t 4. transparência e participação, assegurando, dessa forma, o comprometimento da sociedade e a legitimação do processo. A expressão “déficit institucional” é bastante usada pelo Governo Lula para se referir “ausência do Estado onde este deveria estar atuando”. Ele “é resultado de um processo histórico de construção nacional, que produziu um Estado incompleto, cujas lacunas vão sendo progressivamente preenchidas pelo “não-Estado” — desde o crime organizado, que afronta a cidadania, ao mercado, que ignora a eqüidade”. O déficit se manifesta tanto na amplitude do atendimento dado pelas instituições públicas, quanto na qualidade desse atendimento. Nas organizações do Poder Executivo Federal, o Plano de Gestão Pública tinha como objetivo contemplar, no médio e longo prazos: PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 83 • a redefinição das estratégias, • a recomposição da força de trabalho, • a reconfiguração das estruturas e processos • o redimensionamento de recursos em bases mais eficientes e direcionadas para resultados. • A construção do novo modelo de gestão pública deveria pautar-se nos seguintes princípios ou premissas orientadoras: • O Estado como parte essencial da solução, voltado à redução das desigualdades e à promoção do desenvolvimento; • O cidadão como beneficiário principal. Trata-se de considerá-lo membrode uma comunidade cívica, organizada e plena de direitos e deveres, ampliando-se a consciência cidadã, recriando-se a solidariedade e definindo-se critérios de justiça social; o cidadão não é um mero consumidor de bens ou serviços públicos; • O Plano de Gestão Pública como uma definição de Governo, supraministerial, independentemente da origem das proposições iniciais, das modificações, das exclusões e das inclusões incorporadas durante o processo de discussão. A proposta de gestão pública deve ser construída coletivamente, sendo o Presidente da República o seu empreendedor máximo; • Integração do Plano de Gestão Pública às demais políticas de Governo. Com o endosso do Presidente da República, o Plano adquire poder de integração de políticas. Será um instrumento de geração de resultados, flexível para permitir soluções específicas para as diversas áreas da ação governamental, ao mesmo tempo em que impede a fragmentação e a coexistência de políticas, projetos, e programas concorrentes e/ou contraditórios; PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 84 • Envolvimento, mobilização, incentivo e participação dos servidores e demais atores envolvidos são fundamentais. A definição de estratégias de intervenção ou indução de processos de mudança deve ser baseada na adesão das organizações e setores, na capacitação e na motivação intensivas, além da troca constante de informações. Superam-se, assim, as transformações baseadas predominantemente no caráter legalista e coercitivo, em favor de uma abordagem que resgate a formulação de políticas de gestão baseadas em incentivos institucionais e pessoais; • Problemas em busca de soluções. O Plano de Gestão Pública será formulado a partir de diagnóstico abrangente e sistemático, que identifique problemas e suas causas e não apenas seus sintomas. Abrangente, para permitir a identificação de problemas sistêmicos e transversais; e contínuo, para dotar de maior racionalidade as decisões estratégicas sobre objetivos e ações; • Pluralismo de instrumentos, ferramentas e metodologias. A escolha será feita em função dos problemas identificados no diagnóstico ao invés da adoção, a priori, de modismos gerenciais que possam induzir à transplantação acrítica de idéias e soluções. As ações se concentrariam em três frentes de atuação, paralelas, integradas e complementares 1. Modelo de Gestão dos Programas do PPA 2. Instrumentos de Gestão 3. Estruturação da Administração Pública Federal As ações do Plano de Gestão Pública estariam voltadas à implementação e redefinição dos programas — quando da revisão do PPA —, tendo como objeto, principalmente: PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 85 • a definição do papel do gerente do programa e suas intersecções com os quadros dirigentes; • a integração em rede entre programas, organizações e processos de trabalho relativos aos mesmos; • o dimensionamento e a alocação de recursos necessários à geração dos resultados previstos pelos programas; e • o monitoramento e a avaliação de resultados. No aspecto dos Instrumentos de Gestão, seriam considerados tanto instrumentos consagrados pelas experiências públicas e privadas, nacionais e internacionais, quanto soluções desenvolvidas para problemas de gestão específicos. As escolhas priorizariam os problemas que se referiam principalmente: • à integração interorganizacional, mediante a formação de redes para tratamento de questões transversais, intergovernamentais e com segmentos da sociedade civil; • à coordenação governamental; • à otimização de recursos; • à interlocução e à negociação; e • à contratualização de resultados. T h a t i a n e L i m a S a m p 5 5 6 3 1 9 3 Na Estruturação da Administração Pública Federal seriam realizadas intervenções no curto e no longo prazos, no sentido de se proceder: • à recomposição da força de trabalho do setor público, segundo as necessidades e requisitos identificados, além do redesenho dos sistemas de cargos, carreiras, benefícios e concursos; • ao realinhamento de salários, de carreiras, posições e condições gerenciais da burocracia; • à definição de requisitos e modalidades de capacitação técnica e gerencial permanente de servidores; PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 86 • à promoção da saúde ocupacional e melhoria da qualidade de vida; • ao redesenho de estruturas e processos de trabalho, mediante, inclusive, adoção de novas concepções institucionais, e o consequente redimensionamento de recursos orçamentários, logísticos e de tecnologias da informação, de forma intensiva e em bases confiáveis; • à integração entre planejamento e orçamento, tanto no que se refere à elaboração quanto à execução e avaliação orçamentária; • à redefinição de marcos regulatórios e à consequente redefinição do papel das agencias reguladoras; • ao aprimoramento dos mecanismos de controle e prestação de contas; • à simplificação administrativa, reduzindo-se os requisitos de formalidades processuais e tornando as decisões mais ágeis e próximas dos interessados; • à definição de indicadores objetivos de desempenho organizacional, que permitam uma contratualização efetiva de resultados e a avaliação do custo-benefício, dotando o processo orçamentário de mais racionalidade; • ao estabelecimento de formas de interlocução, participação e atendimento ao cidadão, que o informe a respeito de seus interesses legítimos e proporcione uma prestação de serviços condizente com altos padrões de qualidade; e • ao estabelecimento de altos padrões de conduta ética e de transparência no trato de questões públicas. Estas três frentes de atuação se aplicavam, em diferentes extensões, às empresas estatais, na medida em que era necessário integrá-las ao projeto de desenvolvimento do País. Partindo de um diagnóstico que contemplaria mais do que os aspectos econômico e financeiro, as empresas seriam avaliadas segundo critérios de desempenho que considerariam tanto o interesse empresarial quanto o interesse público. Poderiam ser propostos incentivos como a concessão de maior autonomia decisória às empresas que demonstrassem melhor desempenho. O Plano entendia que muitas PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 87 proposições exigiriam o aperfeiçoamento do quadro legal tais como a edição da Lei Orgânica da Administração Pública, da Lei de Simplificação Administrativa e da Lei de Diretrizes de Cargos e Carreiras. A construção do Plano seria de forma participativa e transparente, com amplo processo de debate, envolvendo as organizações e setores no âmbito do governo federal e os grupos interessados da sociedade civil. A identificação prévia dos reais problemas e dificuldades da Administração Pública Federal se daria mediante um diagnóstico institucional abrangente. O Plano foi então inserido no PPA 2004-2007 como um programa orçamentário. No entanto, ainda em 2004, o Secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Humberto Falcão Martins, principal responsável pela elaboração do Plano, pediu exoneração em virtude de desapontamento com a falta de apoio ao Plano por parte da cúpula do governo. Na sua carta de exoneração ele afirmou que a Secretaria Executiva do Ministério do Planejamento anunciou que o Plano de Gestão seria "desconstruído" e que se deveriam focar apenas dois ângulos: a eficiência (porque eficácia e efetividade já haviam sido solucionados) ea atuação sobre sistemas administrativos centrais (compra, pessoal, sistemas). Após o período de vigência do Plano, podemos observar algumas medidas que foram adotadas. Duas das ações da estruturação da administração pública federal era a recomposição da força de trabalho do setor público, segundo as necessidades, e o realinhamento de salários, de carreiras, posições e condições gerenciais da burocracia. A seguir apresento um quadro síntese com as reformas administrativas realizadas na administração pública brasileira desde 1930. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 88 PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 89 Vamos a mais questões ITEM 45. (FCC/PGE-RJ/ADMINISTRADOR) Sobre a redefinição do papel do Estado, iniciada com as reformas administrativas do governo Fernando Henrique Cardoso: I. O Estado brasileiro deixou gradualmente de se orientar para a intervenção direta, deixando que as atividades econômicas e as políticas sociais fossem operadas por mecanismos típicos de mercado baseados na livre concorrência. II. As Agências Reguladoras passaram a regular parte importante dos setores econômicos privatizados. III. A principal inovação proposta pelo Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado foi a criação das Agências Executivas, que iriam substituir as estruturas de implementação de políticas públicas subordinadas aos ministérios. IV. O Núcleo Estratégico foi revalorizado através de políticas de recomposição salarial e concursos dirigidos às carreiras de estado. V. As Organizações Sociais, impostas aos ministérios da Saúde, Educação e Cultura, substituíram as Autarquias e Fundações, a partir de 1995. (A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. (B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. (C) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. (D) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV. (E) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V. Analisemos as afirmativas I. ERRADA. Nada disso! O Estado não deixou de atuar diretamente nas políticas públicas. É uma função essencial do Estado. O seu Núcleo Estratégico é responsável pela atuação direta em políticas públicas e isto não foi transferido. II. CERTA. O Estado regula a atividade econômica, através das agências reguladoras. III. CERTA. Exato. As agências executivas seriam criadas através da contratualização (contratos de gestão) com as autarquias existentes ou a serem criadas. O INMETRO é um exemplo neste sentido. IV. CERTA. De fato o núcleo estratégico foi valorizado, tanto em função de fortalecimento, quanto em questões salariais. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 90 V. ERRADA. As organização não forma impostas aos ministérios das áreas sociais. Na verdade, esta parte do plano não conseguiu se concretizar no plano federal. Portanto, o gabarito é a alternativa C. A questão abaixo da ESAF, é bastante pedagógica sobre as reformas administrativas ocorridas no Brasil. ITEM 46. (ESAF/2009/MPOG/EPPGG) Considerando a evolução da administração pública em nosso país, bem como as suas experiências de reforma, é correto afirmar que: a) ao privilegiar o usuário do serviço público, o Programa Nacional de Desburocratização marcou pelo ineditismo, já que nenhum outro antes dele fora dotado de caráter social e político. b) a reforma administrativa de 1967 reduziu o fosso que separava as burocracias instaladas nas administrações direta e indireta, garantindo a profissionalização do serviço público em toda a sua extensão. c) a reforma dos anos 1990 visava, como um de seus objetivos, fortalecer o Estado de modo a torná-lo responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social. d) a reforma burocrática de 1936 apoiou-se, conceitualmente, em três dimensões: formas de propriedade, tipos de administração pública e níveis de atuação do Estado. e) com a República Velha, deu-se a primeira experiência radical de reforma administrativa, em resposta às mudanças econômicas e sociais que levavam o país rumo à industrialização. A) CERTA. O Programa Nacional de Desburocratização foi levado a cabo pelo Decreto nº 83.740, de 18 de julho de 1979 e de fato, pela primeira vez, visava-se o usuário do serviço público. B) ERRADA. Dois erros: não houve redução da separação entre os dois tipos de administração, inclusive a administração indireta ganhou maior fôlego, distanciando-se ainda mais da administração direta. Além disso, priorizou-se a profissionalização do serviço público na administração indireta, em detrimento da administração indireta. C) ERRADA. Ao contrário, a reforma dos anos 90 visava “diminuir o tamanho” do Estado, de modo que este apenas participasse do PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 91 desenvolvimento econômico e social como agente regulador/fiscalizador, deixando espaço para o mercado. D) ERRADA. A reforma da década de 30, inspirada no modelo burocrático weberiano, tinha como pilares: formalidade, impessoalidade e profissionalismo. Os pilares citados são a Bse da reforma de 1995, sintetizadas no PDRAE. e) ERRADA. Tal experiência ocorreu com a ascensão de Getúlio Vargas em 1930, após o fim da República Velha, identificada com o modelo Patrimonialista. Portanto, o gabarito é a alternativa A. Vamos encerrar com uma bateria recente de questões da FCC ITEM 47. (FCC/2012/MPE-AP/ANALISTA MINISTERIAL – ADMINISTRAÇÃO) Ao relacionar os modelos de análise histórica da gestão pública ao longo do tempo, é correto afirmar que: a) A etapa patrimonialista da gestão pública perdurou por cerca de cinco décadas, circunscrevendo-se ao final do período monárquico e início do republicano. b) O modelo burocrático é circunscrito ao início do século XX até os anos 60, dado o necessário controle da coisa pública e o baixo uso de tecnologias de informação. c) O modelo patrimonial tem sido imprescindível no início deste século, para a efetividade da administração pública frente às crises econômicas planetárias. d) O modelo gerencial foi uma etapa importante do desenvolvimento da administração pública brasileira, surgida no Estado Novo de Getúlio Vargas. e) O modelo gerencial é o modelo contemporâneo, que enfoca resultados e uma gestão pública pautada em competências, além do foco no cliente. Vamos à analise das alternativas: a) ERRADO. A etapa patrimonialista da gestão pública durou mais que cinco décadas, sendo correto afirmar que até os dias atuais persistem traços e práticas patrimonialistas através da concessão de privilégios injustificados. b) ERRADO. O modelo burocrático não ficou circunscrito ao período mencionado. Embora a implantação de reformas orientadas a resolver as limitações do modelo burocrático tenham ficado mais intensas a partir do PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 92 final dos anos 60, o modelo burocrático continua sendo aperfeiçoado e incrementado pela administração pública. c) ERRADO. As crises econômicas revelaram as limitações do modelo burocrático frente às mudanças decorrentes do desenvolvimento econômico- social. Nada tem a ver o modelo patrimonial nesse contexto. d) ERRADO. O modelo gerencial é o modelo predominante atualmente, mas não foi fruto do Estado Novo. O período mencionado marca as iniciativas de reformas burocráticas na Administração Pública Brasileira.E) CERTO. Perfeito, pessoal! O modelo da administração gerencial preconiza resultados e foco no cidadão-cliente. Portanto, o gabarito é a alternativa E. ITEM 48. (FCC/2012/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) A administração pública pós-burocrática está apoiada, em parte, na administração pública burocrática, da qual conserva, embora flexibilizado, o princípio fundamental a) da admissão segundo critérios de mérito. b) da descentralização dos processos de decisão. c) do estímulo financeiro ao exercício da criatividade d) da redução das estruturas hierárquicas. e) da delegação de autonomia aos servidores. Pessoal, vamos relembrar um trecho do texto de Luis Carlos Bresser Pereira, no Plano Diretor da Reforma do Estado, para responder esta questão: "A administração pública gerencial constitui um avanço e até um certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isto não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a administração pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da administração pública, que continua um princípio fundamental." Portanto pessoal, o gabarito é a alternativa A. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 93 ITEM 49. (FCC/2011/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE – ADMINISTRATIVA) Ao relacionar os diversos modelos teóricos de Administração Pública é correto afirmar: a) Os modelos, em seu desenvolvimento, culminam no gerencial, sem que suas formas antecessoras deixem de existir inteiramente. b) O modelo gerencial pressupõe o foco central no controle, formalização de processos e no empenho periférico em resultados. c) O modelo burocrático supera o patrimonial em uma época em que o enfoque neoliberal pressupõe o fortalecimento do Estado perante a coisa privada. d) As maiores diferenças entre o modelo gerencial e o burocrático na administração pública estão relacionadas ao profissionalismo e à impessoalidade. e) O modelo patrimonialista ressalta o poder da administração pública na gestão de seus órgãos, tendo por finalidade o bem comum Pessoal, vamos à análise das alternativas. Todas foram retiradas do Plano Diretor da Reforma do Estado, de Bresser Pereira. a) CERTO. Conforme o PDRAE, “ Os modelos, em seu desenvolvimento, culminam no gerencial, sem que suas formas antecessoras deixem de existir inteiramente. A administração pública gerencial constitui um avanço e até um certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isto não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. “ b) ERRADO. A diferença entre os dois modelos (gerencial e burocrático) está na forma de controle, que passa a ser “a posteriori” na administração gerencial. Além disso, o modelo que se baseia no cumprimento de processos é o burocrático. O modelo gerencial tem foco no resultado. c) ERRADO. O modelo burocrático supera o patrimonial ( se torna predominante) em uma época em que o liberalismo era o dominante. O neoliberalismo surgiu muito tempo depois. d) ERRADO. Segundo o PDRAE: " (...)Neste último ponto, como em muitos outros (profissionalismo, impessoalidade, etc.), a administração pública gerencial não se diferencia da administração pública burocrática. Na burocracia pública clássica existe uma noção muito clara e forte do interesse público. A diferença, porém, está no entendimento do significado do PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 94 interesse público, que não pode ser confundido com o interesse do próprio Estado"(...). e) ERRADO. Segundo o PDRAE: “ Na administração pública patrimonialista, o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos são considerados prebendas. A respublica não é diferenciada da resprincipis. Em conseqüência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. No momento em que o capitalismo e a democracia se tornam dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do Estado. Neste novo momento histórico, a administração patrimonialista torna-se uma excrescência inaceitável.” Portanto, o gabarito é a alternativa A. ITEM 50. (FCC/2012/TRE-CE/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) Fundamenta-se nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exigência de formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade, avaliação sistêmica e principalmente recompensa por desempenho, ou resultados. São características deste paradigma de gestão pública a) patrimonialista. b) matricial. c) pós-burocrático. d) burocrático. e) Adhocrático Pessoal, vou usar o texto do professor Chiavenato para responder esta questão. Segundo Chiavenato: O Paradigma Pós-Burocrático é o “ paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional.” Portanto, o gabarito é a alternativa C. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 95 ITEM 51. (FCC/2011/TRT- 23- ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) O modelo de administração gerencial no Brasil a) foi introduzido pelo Decreto-Lei no 200/1967, visando profissionalizar a administração federal, reduzindo o nível de autonomia das empresas e autarquias e implantando o Orçamento de Base Zero. b) foi implementado com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), em 1936, tendo por meta flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais. c) teve seu auge na segunda metade dos anos 1990, visando ao processo de fortalecimento da responsabilização e autonomia dos níveis gerenciais e tentando implantar a gestão por resultados na administração federal. d) foi um movimento político iniciado no fim dos anos 1980 orientado para a privatização das políticas sociais e fortalecimento dos controles externos formais da administração federal. e) foi introduzido no Brasil através do Programa Nacional de Desburocratização, tendo como meta extinguir a burocracia formal e implantar a burocracia gerencial, voltada exclusivamente para os processos. Vamos à análise das questões: a) ERRADO. Embora Bresser Pereira afirme que a reforma de 1967 tenha sido o primeiro sopro de reforma gerencial no Brasil, não havia esta pretensão na reforma. b) ERRADO. O DASP pretendeu implementar o modelo burocrático no Brasil. c) CERTO. O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado DE 1995 pretendeu implementar modernas técnicas de gestão na administração pública brasileira, com foco em resultados e delegação aos gestores. d) ERRADO. Não havia movimento privatista no final dos anos 80, mas sim no inicio dos anos 90, com o governo Collor. Além disso o a administração gerencial não preconiza fortalecimento dos controles externos, mas sim transparência na prestação de contas. e) ERRADO. O Programa Nacional de Desburocratização não pretendeuimplementar um modelo gerencial, mas sim simplificar os processos, tornando-os mais ágeis. Portanto, o gabarito é a alternativa C. Bem, pessoal, fecho por aqui esta aula. Até a Próxima! PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 96 8. Lista de Questões ITEM 1. (FUNRIO/2010/SEBRAE-PA/ANALISTA TÉCNICO – LOGÍSTICA) Frederick Taylor verificou que em todos os ofícios os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por meio da observação. Percebeu que isso levava a diferentes meios ou métodos para se fazer a mesma coisa. Adotou o melhor dos métodos e o aperfeiçoou, criando o método científico de trabalho. Dentre as técnicas criadas por Taylor, em seu método científico, podemos citar: I - Estudo dos tempos e movimentos II - Seleção científica do trabalhador III - Criação da linha de montagem Assinale a alternativa correta. a) somente a afirmativa I está correta. b) somente as afirmativas I e III estão corretas. c) somente as afirmativas I e II estão corretas. d) somente as afirmativas II e III estão corretas. e) somente a afirmativa II está correta. ITEM 2. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) De acordo com a administração científica, bom operário é aquele com iniciativa de ações. ITEM 3. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) A racionalização do trabalho operário foi assunto abordado na obra Shop Management (Administração de Oficinas), de Taylor, publicada em 1903. ITEM 4. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) Taylor, que era contra a especialização do operário, defendia o perfil generalista como ponto principal para o desenvolvimento do processo de produção. ITEM 5. (FUNRIO/FURNAS/2009/PLANEJAMENTO EMPRESARIAL) Na era industrial Frederick Taylor deu início a uma das principais escolas clássicas de administração. A Administração Científica perseguia a melhor maneira de realizar o trabalho através da maximização da eficiência de cada operário. Para isso, além dos quatro princípios da Administração Científica (Planejamento, preparo, controle e execução), Taylor enfatizou outros objetivos secundários, dentre os quais A) estudo de tempos e movimentos, preocupação com a fadiga e sistemas de psicologia e sociologia. B) supervisão funcional, equalização do poder e confiança nas pessoas. C) seleção científica do trabalhador, plano de incentivo salarial, melhores condições ambientais de trabalho. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 97 D) plano de incentivo salarial, autoridade descentralizada e estudo de tempos e movimentos. E) melhores condições ambientais de trabalho, orientação para o cliente e equalização do poder. ITEM 6. (ESAF/2013/DNIT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador. Os princípios apresentados por Fayol foram retrabalhados com contribuições da abordagem neoclássica da Administração. Sobre as funções do administrador, segundo a abordagem clássica, é correto afirmar: a) cada uma das funções administrativas repercute na seguinte, determinando o seu desenvolvimento. b) o ciclo administrativo não se repete, mas permite uma contínua correção e ajustamento através da retroação. c) as funções do administrador formam apenas uma sequência cíclica: pois é um processo de funções pouco relacionadas em uma interação dinâmica. d) as funções administrativas quando consideradas isoladamente formam o processo administrativo. e) os autores da Teoria Clássica e Neoclássica apresentaram princípios administrativos comuns e definiram as mesmas funções básicas para o administrador. ITEM 7. (ESAF/2013/DNIT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O enfoque do processo administrativo define não apenas o processo administrativo, mas também o próprio papel dos gerentes. Fayol indicou os deveres e princípios que devem ser seguidos pelos gerentes para que a administração seja eficaz. Assinale a opção que não apresenta um dos princípios de administração propostos por Fayol. a) Divisão do trabalho, disciplina, inovação, interesse da organização e equidade. b) Autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, remuneração do pessoal e espírito de equipe. c) Unidade de direção, interesse geral, remuneração do pessoal, estabilidade do pessoal e iniciativa. d) Espírito de equipe, iniciativa, equidade, ordem, disciplina, interesse geral e centralização. e) Ordem, autoridade e responsabilidade, estabilidade do pessoal e unidade de comando. ITEM 8. (CESPE/PRODEST/2006/ANALISTA ORGANIZACIONAL) Enquanto a administração científica buscava a eficiência das organizações, a teoria clássica buscava a motivação dos funcionários, sem se preocupar com a estrutura da organização. ITEM 9. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) O gestor público que se preocupa em eliminar o desperdício de esforço desenvolvido pelos demais colaboradores, procurando racionalizar as tarefas e eliminar os movimentos inúteis, adota pressupostos coerentes com a abordagem clássica da administração. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 98 ITEM 10. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) Um marco na abordagem clássica da administração foi a experiência de Hawthorne, que buscou enfatizar a importância das condições do ambiente de trabalho para obter a maior eficiência e racionalização das tarefas. ITEM 11. (CESPE/FUB/2009/SECRETÁRIO EXECUTIVO) A teoria clássica da administração, desenvolvida por Fayol, é voltada à necessidade de humanização do trabalho e de democratização da administração. ITEM 12 (ESAF/2009/MPOG/EPPGG) A Teoria Clássica da Administração possui apenas valor histórico e referencial, não sendo aplicável em nossos dias. ITEM 13. (ESAF/ENAP/ADMINISTRADOR/2006) A teoria clássica é caracterizada pela ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional, pela concepção de homem econômico e pela identidade de interesses. ITEM 14. (FCC/2009/PGE-RJ/Técnico Superior Administrador) Com relação às características da burocracia segundo Max Weber: I. Existência de regras abstratas, às quais estão vinculados os detentores do poder, o aparelho administrativo e os dominados define a dominação racional- legal, é o fundamento do modelo burocrático. II. Toda organização burocrática se baseia na hierarquia, na divisão do trabalho, na separação entre pessoa, cargo e funções exercidas de modo continuado e com base em documentos escritos. III. O domínio burocrático é legitimado pelo reconhecimento dos poderes e das qualidades excepcionais do chefe, e o seu aparelho consiste, tipicamente, no grupo dos 'discípulos', isto é, dos indivíduos escolhidos pelo chefe entre os membros da comunidade. IV. A burocracia, segundo Weber, é uma instituição política bem sucedida na medida em que seu quadro administrativo mantenha com êxito a pretensão ao monopólio efetivo da coação física para a manutenção da ordem vigente. V. O pessoal empregado por uma estrutura administrativa burocrática submete-se a uma relação contratual e, em virtude de suas específicas qualificações técnicas, é recompensado através de um salário estipulado em dinheiro, tem uma carreira regulamentada e considera o próprio trabalho como uma ocupação em tempo integral. a) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. b) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. c) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. d) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV. e) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 99 ITEM 15. (FCC/2008/TCE-SP/AUDITORDO TRIBUNAL DE CONTAS) Max Weber é considerado como um dos mais influentes precursores de diversas teorias das organizações. Nesse sentido, considere: I. Weber desenvolveu uma teoria das organizações formais, fundamentada em um modelo mecanicista, mais próxima das teorias clássicas. II. A teoria das organizações de Weber é baseada na articulação entre organização formal e informal. III. A teoria weberiana das organizações se aproxima mais da teoria clássica das organizações, pois enfatiza a eficiência e a hierarquia. IV. A teoria estruturalista das organizações diferencia-se da abordagem weberiana por enfatizar a relação entre análise intra-organizacional e inter-organizacional. V. A teoria weberiana das organizações aproxima-se mais das abordagens humanistas, pois enfatiza o comportamento efetivo das pessoas na organização. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II e III. b) I, II e IV. c) I, III e IV. d) II, III e V. e) II, IV e V. ITEM 16. (FCC/2008/METRÔ-SP/ANALISTA - ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS) A análise das empresas como sistema aberto em constante interação com seu meio ambiente; abordagem múltipla com a análise das variáveis internas e externas que influenciam a organização; concentração nas relações do ambiente externo e os níveis hierárquicos da organização; interdependência entre as partes da organização. Estas são características da teoria da administração a) neoclássica. b) científica. c) de relações humanas. d) clássica. e) estruturalista. ITEM 17. (FGV- SEFAZ RJ/2009. FISCAL DE RENDAS) Com relação aos temas eficiência e eficácia, assinale a afirmativa incorreta. (A) Eficiência é um conceito limitado. (B) Eficiência diz respeito aos trabalhos internos de uma organização. (C) Uma organização não pode ser eficiente se não for eficaz. (D) A abordagem de metas para eficácia organizacional identifica as metas de uma organização. (E) Eficácia é um conceito abrangente. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 10 0 ITEM 18. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) A ênfase nos grupos informais é característica pioneira: (A) da administração científica. (B) da escola das relações humanas. (C) da teoria clássica da administração. (D) do modelo burocrático. (E) da teoria comportamental da administração ITEM 19. (FGV- SENADO/2010. ANALISTA LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO) A teoria motivacional mais conhecida é a de Abraham Harold Maslow. Ela se baseia na hierarquia de necessidades humanas. Entre essas, segundo o autor, há as necessidades: (A) patrimoniais. (B) financeiras. (C) fisiológicas. (D) psicológicas. (E) morais ITEM 20. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) Com relação às necessidades das pessoas, segundo a Teoria das Motivações de Maslow, intervalos de descanso, conforto físico e horário de trabalho razoável são exemplos de: (A) necessidades fisiológicas. (B) necessidades de segurança. (C) necessidades sociais. (D) necessidades de estima. (E) necessidades de auto-realização ITEM 21. (FGV- CAERN/2010. ADMINISTRADOR) De acordo com a Teoria dos Dois Fatores, a motivação das pessoas para o trabalho depende de dois fatores distintos: higiênicos e motivacionais. Estes são relacionados às condições internas dos indivíduos e são satisfacientes; aqueles são relacionados ao ambiente externo e são insatisfacientes. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir: I. A ausência do uso pleno de habilidades pessoais provoca insatisfação. II. Melhores benefícios sociais provocam uma maior satisfação. III. O oposto da satisfação é nenhuma satisfação e o oposto da insatisfação é nenhuma insatisfação. Assinale (A) Se somente a afirmativa I estiver correta. (B) Se somente a afirmativa II estiver correta. (C) Se somente a afirmativa III estiver correta. (D) Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) Se todas as afirmativas estiverem corretas. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 10 1 ITEM 22.(FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR) A motivação, dentro do ambiente empresarial, é um elemento fundamental para que os empregados se comprometam com o atingimento dos objetivos organizacionais. Várias são as teorias motivacionais que fundamentam as práticas empresariais visando estimular o empregado a ter maior produtividade e qualidade no desenvolvimento de suas atividades. Segundo a Teoria de Herzberg, os fatores que levam à satisfação no trabalho são diferentes daqueles que levam à insatisfação. Segundo Maslow, existe uma hierarquia de necessidades, em que, à medida que uma necessidade é satisfeita, a próxima se torna dominante. Assinale a alternativa que apresente uma prática que possibilita a motivação dos empregados. (A) Dar plena responsabilidade e autonomia a todos os empregados. (B) Estabelecer horários de trabalho rígidos para que a jornada de trabalho seja cumprida. (C) Dissociar a remuneração do desempenho. (D) Tratamento igual para todos, homogeneizando as necessidades individuais. (E) Assegurar que as metas estabelecidas sejam percebidas como factíveis. ITEM 23. (FGV- SEFAZ RJ/2010. FISCAL DE RENDAS) Com relação à Teoria Y, analise as afirmativas a seguir. I. A Teoria Y caracteriza o esforço físico e mental para trabalhar com algo tão natural como a diversão e repouso. II. A Teoria Y preconiza que o homem procura, sobretudo, segurança. III. A Teoria Y determina que o controle externo não é a única forma de se conseguir esforço das pessoas Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 10 2 ITEM 24 – (FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR) Considerando as Teorias X e Y, analise as afirmativas a seguir: I. De acordo com a Teoria X, as pessoas normais têm aversão ao trabalho. II. Segundo a Teoria Y, a imaginação na solução de problemas não está distribuída entre as pessoas em uma organização. III. Segundo a Teoria X, as pessoas médias preferem ser mandadas. Assinale (A) se somente a afirmativa III estiver correta. (B) se somente a afirmativa I estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se somente a afirmativa II estiver correta. ITEM 25. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) Assinale a alternativa que apresente corretamente o tipo de homem focado pelas abordagens da Teoria dos Sistemas Abertos e a Perspectiva Sociotécnica das Organizações. (A) Homem organizacional. - (B) Homem econômico. (C) Homem social. (D) Homem funcional. (E) Homem administrativo ITEM 26. (FCC/2008/METRÔ-SP/ANALISTA -ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS) Considere a capacidade das organizações, enquanto sistemas abertos, de I. conservar um estado equilibrado por meio de mecanismos auto-reguladores; II. importar mais energia do ambiente externo do que expender; III. alcançar, por vários caminhos, o mesmo estado final, partindo de iguais ou diferentes condições iniciais. Os itens I, II e III referem-se, respectivamente, a a) homeostase; importação de energia; diferenciação. b) homeostase; entropia negativa; equifinalidade. c) entropia negativa; importação de energia; homeostase. d) estado firme; homeostase dinâmica; diferenciação.e) equifinalidade; homeostase; estado firme. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 10 3 ITEM 27. (FCC/2009/TJ-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO) De acordo com a moderna teoria dos sistemas, as organizações na Era Contemporânea devem ser entendidas como um a) conjunto de elementos, partes ou órgãos que compõem uma totalidade integrada e autossuficiente em torno de suas relações intra-sistêmicas. b) sistema de inputs e outputs de energia, recursos e informação necessários à reprodução da suas partes, mas com elevado grau de entropia em relação ao ambiente externo. c) conjunto de subsistemas de múltiplas entradas e saídas, submetido a uma relação instável, com o ambiente externo, e, portanto, com baixa previsibilidade no seu comportamento. d) complexo de subsistemas que se comportam de forma homogênea graças ao sistema de retroalimentação centralizado que permite uma perfeita homeostasia em relação com o ambiente externo. e) sistema orgânico com baixa diferenciação interna e alta adaptabilidade ao ambiente externo, levando a uma constante busca de comportamentos defensivos. ITEM 28. (FCC/2012/TRF-2/ ANALISTA JUDICIÁRIO – PSICOLOGIA) A principal contribuição da abordagem sistêmica ao Comportamento Organizacional é o conceito de organização como um sistema a) aberto, em constante interação com seu ambiente. b) fechado, que estabelece algumas trocas no ambiente. c) semi-aberto, já que tem metas estabelecidas no intra-grupo. d) flexível, porém raramente se modifica com as pressões do ambiente. e) inflexível, pois preserva as normas internas. ITEM 29. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) Assinale a alternativa que apresente uma característica dos sistemas mecânicos organizacionais. (A) Autoridade baseada no conhecimento. (B) Processo decisorial ad hoc. (C) Estrutura definitiva. (D) Comunicações quase sempre horizontais. (E) Ambiente instável PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 10 4 ITEM 30.(FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) De acordo com a Teoria das Contingências, há dois tipos de sistemas organizacionais: mecanicistas e orgânicos. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir: I. A rigidez é uma característica dos sistemas mecanicistas. II. A previsibilidade é uma característica dos sistemas orgânicos. III. O ambiente estável é uma característica dos sistemas orgânicos. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas ITEM 31. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação à teoria contingencial, analise as afirmativas a seguir. I. As organizações possuem natureza sistêmica. II. Existem princípios universais de administração. III. As características ambientais condicionam o ambiente organizacional. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. ITEM 32. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão. ITEM 33. (CESPE/INCA/GESTÃO PÚBLICA) O modelo burocrático caracteriza-se pela legitimidade oriunda do direito positivado, seja no uso de meios coercitivos previstos em lei, seja na definição da extensão dos poderes e deveres. Nesse contexto, o estabelecimento pelo DASP da padronização da compra pública e o estabelecimento do concurso para ingresso no serviço público são exemplos de ações de modelo burocrático do Estado. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 10 5 ITEM 34. (FCC/2009/MPE-SE/Analista do Ministério Público) A Reforma Administrativa de 1967, implementada pelo Decreto-lei federal 200, a) priorizou a atuação do Estado no fomento e regulamentação dos setores produtivos e a sua retirada como prestador direto de serviços públicos. b) cerceou a autonomia das entidades integrantes da Administração indireta, submetendo- as às mesmas regras previstas para a Administração direta, como licitações e concurso público. c) retomou o processo de centralização da atuação administrativa. d) introduziu mecanismos de parceria com instituições privadas sem fins lucrativos. e) desencadeou um movimento de descentralização da atuação estatal, com a transferência de atividades a autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. ITEM 35. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO) As reformas realizadas por meio do Decreto-lei n.o 200/1967 não desencadearam mudanças no âmbito da administração burocrática central, o que possibilitou a coexistência de núcleos de eficiência e de competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da administração direta ou central. ITEM 36. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) Uma das principais vantagens apontadas na nova gestão pública, ou gerencialismo, é o fato de ela facilitar a mensuração da eficiência e a avaliação dos resultados dos serviços públicos em geral, razão pela qual reduz as exigências de acompanhamento e controle da execução dos orçamentos e da consecução dos objetivos do planejamento governamental. ITEM 37. (FCC/2010/TCE-RO/Auditor) A Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), implantada nos anos 90, diferenciou-se da reforma proposta pelo Decreto Lei nº 200 de 1967 ao a) recuperar a capacidade de planejamento, coordenação e regulação do aparelho de Estado federal sobre a administração indireta e fundacional. b) priorizar a eficiência e a flexibilização da gestão pública e fortalecer a posteriori os sistemas de controle da atividade administrativa. c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia. d) propor a substituição do modelo burocrático pela administração gerencial, com foco no cidadão, reforçando os sistemas de controles a priori. e) enfatizar o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, ampliando e fortalecendo os sistemas centralizados de controle de processos. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 10 6 ITEM 38. (FCC/2011/TRE-RN/Analista Judiciário/Área Administrativa) O principal objetivo do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), publicado em 1995, foi a) reduzir o planejamento centralizado, transferindo os instrumentos de coordenação e regulação do Aparelho de Estado federal para os governos estaduais. b) implantar a gestão por resultados, fortalecendo os sistemas de controle a posteriori da ação governamental. c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia. d) propor a substituição do modelo patrimonial pela administração pública, com foco no cidadão, reforçando os sistemas de controles burocráticos. e) fortalecer os órgãos centrais de planejamento estratégico do Estado, ampliando os sistemas de controle de processos. ITEM 39.(FCC/2010/BAHIAGÁS/ANALISTA DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS) O PlanoDiretor da Reforma do Aparelho do Estado (1995) teve como um dos objetivos específicos para o setor de Serviços Não-exclusivos a) transferir para o setor público não estatal estes serviços, por meio de um programa de publicização, transformando as atuais fundações públicas em organizações sociais. b) aumentar a efetividade estratégica, de forma que os objetivos democraticamente acordados sejam efetivamente alcançados. c) transformar as autarquias e fundações que possuem poder de Estado em agências autônomas, administradas por um contrato de gestão. d) fortalecer práticas de adoção de mecanismos que privilegiem a participação popular tanto na formulação quanto na avaliação de políticas públicas. e) modernizar a administração burocrática por meio de uma política de profissionalização deste serviço público. ITEM 40. (FCC/MPE-SE/2009/ANALISTA ADMINISTRAÇÃO) O conceito de “publicização”, idealizado pela Reforma do Aparelho do Estado, significa (A) a transferência compulsória ao poder público de atividades originalmente de responsabilidade do Estado, como saúde e educação. (B) a estatização de atividades estratégicas. (C) a transferência de atividades antes desempenhadas por entes públicos, especialmente na área social, a entidades privadas sem fins lucrativos. (D) a ampliação da atuação direta do Estado na área social e a redução da sua atuação em setores produtivos. (E) o movimento de ampliação das informações à sociedade acerca da atuação da Administração PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 10 7 ITEM 41. (FCC/MPE-SE/2009/ANALISTA ADMINISTRAÇÃO) NÃO se inclui entre as principais causas que levaram à Reforma do Aparelho do Estado, implementada no Brasil nos anos 90, a (A) a incapacidade do governo de gerar poupança interna e com isso realizar os investimentos públicos demandados pela sociedade. (B) crise fiscal, caracterizada pela crescente perda de crédito por parte do Estado e pelo esgotamento da poupança pública. (C) intenção de ampliar a intervenção direta do Estado no domínio econômico, dada a crescente demanda da sociedade por bens e serviços públicos. (D) necessidade de implementação de uma política de ajuste fiscal, como consequência do cumprimento de obrigações com organismos internacionais. (E) a crise do modelo burocrático de administração, permeado por práticas patrimonialistas e clientelistas. ITEM 42. (FCC/PGE-RJ/ADMINISTRADOR) O Plano Diretor para a Reforma do Aparelho do Estado de 1995 definiu novos modelos de organização para a Administração Pública Federal. São eles: (A) as parcerias público-privadas, as autarquias e as fundações. (B) os consórcios públicos, as organizações federais e as autarquias executivas. (C) as organizações sociais, as agências reguladoras e as parcerias público-privadas. (D) as organizações sociais, as agências executivas e as agências reguladoras. (E) as agências executivas, as fundações e as organizações públicas não-estatais ITEM 43. (FUNRIO/FURNAS/2009/ADMINISTRAÇÃO GERAL) O Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado faz critica a burocracia clássica introduzida durante o Governo Getúlio Vargas (1930- 1945), oriundo de um pacto popular- nacional que recebeu apoio da burguesia industrial e da classe média tecnoburocrática com o objetivo de superar o modelo de administração dominante e implantar uma burocracia moderna para formar um novo corpo administrativo. As mudanças introduzidas pela Reforma Burocrática da Administração Pública foram a criação do A) Serviço Público Federal escalonado em carreira, cargos, funções, concursos públicos para todos os agentes políticos, por decorrência abolindo os cargos em comissão. B) Conselho Federal do Serviço Público e do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), para a racionalização geral de métodos ao definir as políticas setoriais de serviços e agentes públicos, escalonado em classificação de cargos, funções, concursos públicos, administração orçamentária e padronização das compras. C) Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) para tratar dos assuntos estratégicos de Estado, racionalizando os setores de serviços e agentes públicos, escalonado em classificação de carreiras e administração orçamentária, exclusivamente. D) Programa Nacional de Desburocratização, pelo Decreto-Lei 83.936, revogado pelo Decreto 5.378. E) criação do Conselho Federal do Serviço Público pelo Decreto-Lei 83.936, revogado pelo Decreto 5.378, com a atribuição do gerenciamento do GES-PUBLICA – Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocracia. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 10 8 ITEM 44. (FUNRIO/FURNAS/2009/ADMINISTRAÇÃO GERAL) A reforma do aparelho do Estado tornou-se imperativa, não apenas porque ela se constituiu em uma resposta à crise generalizada do Estado, mas também porque está sendo caracterizada como uma forma de defender a coisa pública, enquanto patrimônio de todos e para todos. O Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado, que propugna por um Estado regulador, menor, ágil e eficiente, que criou um novo cenário administrativo ao criar e extinguir instituições, como também extinguiu o regime jurídico único e diminui os direitos dos servidores públicos, foi uma inovação introduzida A) pela Constituição Federal e a lei 8.112, pelo Governo Sarney. B) pela profissionalização da gestão pública, iniciada no Governo Itamar Franco. C) pela Reforma Política e Econômica, em 2003, no inicio do Governo Lula. D) pela Reforma Administrativa “Bresser Pereira”, no Governo Fernando Henrique Cardoso, principalmente, pela Emenda Constitucional 19, e leis especiais. E) pela Reforma Administrativa Gerencial, no Governo Lula, no programa conhecido por PAC. ITEM 45. (FCC/PGE-RJ/ADMINISTRADOR) Sobre a redefinição do papel do Estado, iniciada com as reformas administrativas do governo Fernando Henrique Cardoso: I. O Estado brasileiro deixou gradualmente de se orientar para a intervenção direta, deixando que as atividades econômicas e as políticas sociais fossem operadas por mecanismos típicos de mercado baseados na livre concorrência. II. As Agências Reguladoras passaram a regular parte importante dos setores econômicos privatizados. III. A principal inovação proposta pelo Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado foi a criação das Agências Executivas, que iriam substituir as estruturas de implementação de políticas públicas subordinadas aos ministérios. IV. O Núcleo Estratégico foi revalorizado através de políticas de recomposição salarial e concursos dirigidos às carreiras de estado. V. As Organizações Sociais, impostas aos ministérios da Saúde, Educação e Cultura, substituíram as Autarquias e Fundações, a partir de 1995. (A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. (B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. (C) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. (D) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV. (E) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 10 9 ITEM 46. (ESAF/2009/MPOG/EPPGG) Considerando a evolução da administração pública em nosso país, bem como as suas experiências de reforma, é correto afirmar que: a) ao privilegiar o usuário do serviço público, o Programa Nacional de Desburocratização marcou pelo ineditismo, já que nenhum outro antes dele fora dotado de caráter social e político. b) a reforma administrativa de 1967 reduziu o fosso que separava as burocracias instaladas nas administrações direta e indireta, garantindo a profissionalização do serviço público em toda a suaextensão. c) a reforma dos anos 1990 visava, como um de seus objetivos, fortalecer o Estado de modo a torná-lo responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social. d) a reforma burocrática de 1936 apoiou-se, conceitualmente, em três dimensões: formas de propriedade, tipos de administração pública e níveis de atuação do Estado. e) com a República Velha, deu-se a primeira experiência radical de reforma administrativa, em resposta às mudanças econômicas e sociais que levavam o país rumo à industrialização. ITEM 47. (FCC/2012/MPE-AP/ANALISTA MINISTERIAL – ADMINISTRAÇÃO) Ao relacionar os modelos de análise histórica da gestão pública ao longo do tempo, é correto afirmar que: a) A etapa patrimonialista da gestão pública perdurou por cerca de cinco décadas, circunscrevendo-se ao final do período monárquico e início do republicano. b) O modelo burocrático é circunscrito ao início do século XX até os anos 60, dado o necessário controle da coisa pública e o baixo uso de tecnologias de informação. c) O modelo patrimonial tem sido imprescindível no início deste século, para a efetividade da administração pública frente às crises econômicas planetárias. d) O modelo gerencial foi uma etapa importante do desenvolvimento da administração pública brasileira, surgida no Estado Novo de Getúlio Vargas. e) O modelo gerencial é o modelo contemporâneo, que enfoca resultados e uma gestão pública pautada em competências, além do foco no cliente. ITEM 48. (FCC/2012/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) A administração pública pós-burocrática está apoiada, em parte, na administração pública burocrática, da qual conserva, embora flexibilizado, o princípio fundamental a) da admissão segundo critérios de mérito. b) da descentralização dos processos de decisão. c) do estímulo financeiro ao exercício da criatividade d) da redução das estruturas hierárquicas. e) da delegação de autonomia aos servidores. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 11 0 ITEM 49. (FCC/2011/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE – ADMINISTRATIVA) Ao relacionar os diversos modelos teóricos de Administração Pública é correto afirmar: a) Os modelos, em seu desenvolvimento, culminam no gerencial, sem que suas formas antecessoras deixem de existir inteiramente. b) O modelo gerencial pressupõe o foco central no controle, formalização de processos e no empenho periférico em resultados. c) O modelo burocrático supera o patrimonial em uma época em que o enfoque neoliberal pressupõe o fortalecimento do Estado perante a coisa privada. d) As maiores diferenças entre o modelo gerencial e o burocrático na administração pública estão relacionadas ao profissionalismo e à impessoalidade. e) O modelo patrimonialista ressalta o poder da administração pública na gestão de seus órgãos, tendo por finalidade o bem comum ITEM 50 (FCC/2012/TRE-CE/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) Fundamenta-se nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exigência de formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade, avaliação sistêmica e principalmente recompensa por desempenho, ou resultados. São características deste paradigma de gestão pública a) patrimonialista. b) matricial. c) pós-burocrático. d) burocrático. e) Adhocrático ITEM 51. (FCC/2011/TRT- 23- ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) O modelo de administração gerencial no Brasil a) foi introduzido pelo Decreto-Lei no 200/1967, visando profissionalizar a administração federal, reduzindo o nível de autonomia das empresas e autarquias e implantando o Orçamento de Base Zero. b) foi implementado com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), em 1936, tendo por meta flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais. c) teve seu auge na segunda metade dos anos 1990, visando ao processo de fortalecimento da responsabilização e autonomia dos níveis gerenciais e tentando implantar a gestão por resultados na administração federal. d) foi um movimento político iniciado no fim dos anos 1980 orientado para a privatização das políticas sociais e fortalecimento dos controles externos formais da administração federal. e) foi introduzido no Brasil através do Programa Nacional de Desburocratização, tendo como meta extinguir a burocracia formal e implantar a burocracia gerencial, voltada exclusivamente para os processos. PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 11 1 9. Gabarito 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 B ERRADO CERTO ERRADO C A A ERRADO CERTO ERRADO 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 ERRADO ERRADO CERTO B C E C B C A 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 C E C D D B C A C A 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 D CERTA CERTA E CERTA ERRADA B B A C 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 C D B D C A E A A C 51 42 43 44 45 46 47 48 49 50 C