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PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS 
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA 
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 1 
Aula 1 
 
Olá, pessoal! 
 
Agradeço a confiança! Tenham certeza que estou me empenhando para 
entregar um material que possibilite acertos acima de 90% na prova de 
administração geral e pública para o INSS. 
Trataremos do seguintes tópicos na aula de hoje: 
 
AULA 1 (26/08/2013) 
1 Evolução da administração. 1.1 Principais abordagens da administração (clássica até 
contingencial). 1.2 Evolução da administração pública no Brasil (após 1930): reformas 
administrativas e a nova gestão pública. 
 
 
 
Sumário 
1. Escola Clássica de Administração ............................................................................................................. 2 
2. Modelos de Gestão (Escola Clássica) ....................................................................................................... 3 
2.1. Administração Científica ........................................................................................................................ 4 
2.2. Teorias com ênfase na estrutura organizacional ................................................................................... 12 
2.2.1. Teoria Clássica .................................................................................................................................. 13 
3. Modelo Burocrático................................................................................................................................. 20 
4. Teoria Estruturalista da Administração ................................................................................................... 26 
5. Teoria Neoclássica da Administração ..................................................................................................... 27 
6. Teorias com ênfase nas pessoas .............................................................................................................. 29 
6.1. Escola das Relações Humanas ............................................................................................................. 29 
6.2. Teoria Comportamental ........................................................................................................................ 31 
6.4. Teorias com ênfase no Ambiente ......................................................................................................... 38 
6.4.1. Teoria dos Sistemas ........................................................................................................................... 39 
6.4.2. Teoria da Contingência ..................................................................................................................... 47 
7. Evolução da administração publica no Brasil após 1930 ........................................................................ 52 
7.1. A Reforma do DASP ............................................................................................................................ 54 
7.2. A segunda onda de Reformas Administrativas .................................................................................... 59 
7.3. O Decreto-Lei 200 ................................................................................................................................ 61 
7.4. O Retrocesso de 1988 ........................................................................................................................... 64 
7.5. A Nova Gestão Pública ........................................................................................................................ 66 
7.6. Plano Diretor da Reforma do Estado .................................................................................................... 71 
7.7. O Governo Lula .................................................................................................................................... 82 
8. Lista de Questões .................................................................................................................................... 96 
9. Gabarito ................................................................................................................................................. 111 
 
 
PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS 
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA 
PROFESSOR: MARCELO CAMACHO 
Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 2 
 
1. Escola Clássica de Administração 
 
Para entendermos os modelos de gestão é preciso que salientemos que 
estas existem porque as organizações existem. Os modelos de gestão foram 
criados para gerar resultados melhores para as organizações, sejam elas de 
que tipo forem. É o esforço humano em entender como funcionam as 
organizações e alcançar performances cada vez mais elevadas. 
 
Por organização podemos entender um “conjunto de pessoas que atuam 
juntas em uma criteriosa divisão de trabalho para alcançar um 
objetivo comum”. Neste sentido são instrumentos sociais para 
racionalmente os homens produzirem benefícios coletivos que 
individualmente seriam impossíveis de serem alcançados. Porém, uma 
organização é mais do que meramente um instrumento para produção de 
bens e serviços. São espaços de sociabilidade, instrumentos sociais, onde a 
vida se propaga. 
 
Existem diversas formulações para o conceito de organização. O conceito 
acima está no livro do Prof. Chiavenato, “Comportamento Organizacional”. 
Desta definição percebemos alguns elementos que compõem uma 
organização: pessoas, divisão do trabalho e objetivos comuns. 
 
Outra definição na mesma linha é a de Maximiniano, segundo o qual 
organização é “um sistema de recursos que procura realizar algum 
tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos). Além de objetivos e 
recursos, as organizações têm dois outros componentes principais: 
processos de transformação e divisão do trabalho”. 
 
Percebemos que este segundo autor inclui mais um elemento como 
característica de uma organização: processos de transformação. Conforme 
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veremos mais à frente, esta é uma característica essencial dos sistemas 
abertos. 
 
No momento basta sabermos que estes elementos sugerem que as 
organizações precisam ser administradas. Para atender aos propósitos das 
organizações foram desenvolvidas desde o final do século XIX até os nossos 
dias diversos modelos de gestão. Trata-se de diferentes abordagens, 
resultantes do avanço do conhecimento e de realidades históricas distintas. 
Estes modelos estão calcados em teorias administrativas. O quadro abaixo 
demonstra as principais teorias administrativas e seus enfoques. Iremos 
abordar cada uma delas. 
 
Fonte: Chiavenato (2005) 
 
2. Modelos de Gestão (Escola Clássica) 
 
As teorias administrativas surgem no final do século XIX junto com a 
complexidade das grandes organizações e da produção em massa. Podemos 
classificar as diversas teorias em quatro estágios ou ênfase diferentes: 
teorias calcadas nas tarefas, na estrutura organizacional, nas pessoas e no 
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ambiente. Iremos estudar as diversas teorias em cada um destes blocos 
enfáticos. 
 
Iremos abordar nesta aula demonstrativa as teorias baseadas nas tarefas e 
na estrutura, que compõem a abordagem clássica da administração. Elas 
foram desenvolvidas por Taylor e Fayol. 
 
 
2.1. Administração Científica 
 
Foi uma das primeiras teorias formuladas a respeito das organizações e 
tinham como preocupação a racionalização do trabalho no dia-a-dia das 
fábricas. 
 
Foi formulada pelo engenheiro americano Frederic Taylor (1856-1915). A 
principal preocupação era a eliminação do desperdício (redução de custos) e 
o aumentoda eficiência, por meio da sistematização do trabalho. Diferenciou 
gerentes e trabalhadores de linha. Os primeiros deviam pensar e definir o 
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método de trabalho, enquanto aos últimos caberia a execução daquilo que 
foi planejado pelos gerentes. A ênfase era na tarefa padronizada e 
fragmentada, portanto no nível da tarefa. Cada trabalhador executaria um 
conjunto de movimentos repetitivos que culminaria na máxima eficiência nas 
operações realizadas. Taylor preocupou-se com a melhor maneira de realizar 
as tarefas. 
 
Para Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e responsabilidades 
descritas pelos quatro princípios a seguir, publicados em em 1903 no estudo 
chamado Shop Management (Administração de Operações Fabris: 
 
1. Principio de Planejamento: substituir no trabalho o critério individual 
do operário, a improvisação e a atuação empírica-prática, pelos métodos 
baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela 
ciência, através do planejamento do método de trabalho. 
 
2. Princípio do preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de 
acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e 
melhor, de acordo com o método planejado. Além do preparo da mão-de-
obra, preparar também as máquinas e equipamentos de produção, bem 
como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais. 
 
3. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que o 
mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e 
segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores, 
para que a execução seja a melhor possível. 
 
4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as 
responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais 
disciplinada. 
 
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Objetivos do estudo de tempos e movimentos 
 
1. Eliminação do desperdício de esforço humano e de movimentos inúteis. 
2. Adaptação dos operários à tarefa. 
3. Facilidade no treinamento dos operários, melhoria da eficiência e do 
rendimento da produção pela especialização das atividades. 
4. Distribuição uniforme do trabalho para que não haja períodos defalta ou 
de excesso de trabalho. 
5. Definição de métodos e estabelecimento de normas para a execução do 
trabalho. 
6. Estabelecer uma base uniforme para salários equitativos e prêmios de 
produção. 
 
 
 
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A Organização Racional do Trabalho 
 
1. Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos - 
consistia em decompor - racionalizar - cada tarefa em uma série 
ordenada de movimentos simples, com isso padronizava-se o método 
de trabalho, seus movimentos e o tempo destinado à sua execução. 
 
2. Estudo da fadiga humana - eliminação de movimentos que 
desnecessários, visando à diminuição de esforços musculares. 
 
3. Divisão do trabalho e especialização do operário - a eficiência 
aumenta com a especialização, assim, o funcionário limitava-se à 
execução rotineira do mesmo trabalho para ajustar-se aos padrões 
descritos pelo método e às normas de desempenho do método. 
 
4. Desenho de cargos e tarefas - compreende a definição de seu 
conteúdo (tarefas/ atividades), métodos de execução e relações com 
outros cargos; 
 
5. Incentivos salariais e prêmios de produção - Taylor relacionou 
remuneração com quantidade produzida. O salário era proporcional à 
produção. 
 
6. Conceito de homo economicus - as pessoas são motivadas 
exclusivamente por recompensas materiais, salariais e econômicas. 
 
7. Condições ambientais de trabalho - iluminação, ventilação, arranjo 
físico etc. deveriam ser favoráveis para garantir aumento da eficiência. 
 
 
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8. Padronização de métodos e de máquinas - são selecionados os 
métodos, ferramentas, equipamentos, máquinas, etc. mais 
condizentes para fazer certa tarefa, a padronização elimina 
desperdícios, variabilidade e diversidade no processo produtivo e 
incrementa níveis de eficiência. 
 
9. Supervisão funcional - a especialização do operário deveria ser 
acompanhada da especialização do supervisor. Cada supervisor deve 
cuidar de determinada área ou especialidade, possuindo autoridade 
somente naquela área que supervisiona. 
 
Neste modelo a responsabilidade pela organização das tarefas é 
exclusivamente dos gerentes, cabendo aos operários a execução fiel daquilo 
que foi definido. Aos gerentes também caberia manter os operários livres de 
interferências externas que provoquem paralisação das atividades. 
Contribuíram também com a teoria da administração científica o casal 
Gilbreth que focou atenção nos estudos dos tempos e movimentos, Henry 
Gant que desenvolveu um método de remuneração baseado em alcance de 
metas (realização do trabalho no tempo estipulado) e Harrington Emerson 
que elaborou uma lista com 12 princípios para a administração. 
 
Ressalte-se que a ideia prevalente é a de que as pessoas trabalhavam 
exclusivamente para ganhar um salário e recompensas maiores em dinheiro. 
Prevalecia assim o conceito de homem econômico (homo economicus). 
 
As condições de trabalho para a Administração Científica 
 
1. Adequação de ferramentas de trabalho e equipamentos de produção para 
minimizar o esforço do operador e a perda de tempo na execução da tarefa. 
 
2. Arranjo físico de máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da 
produção. 
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3. Melhoria do ambiente físico de trabalho para evitar que ruído, ventilação, 
iluminação e conforto no trabalho não reduzam a eficiência do trabalhador. 
 
4. Projeto de instrumentos e equipamentos especiais, como transportadores, 
seguidores, contadores e utensílios para reduzir movimentos inúteis. 
 
Esta teoria se caracteriza por seus aspectos prescritivo e normativo, e pelo 
modelo de sistema fechado, pois analisa apenas o ambiente interno da 
empresa sem nenhuma preocupação com o ambiente externo. A 
Administração Científica visualiza as empresas como se estivessem no 
vácuo, autônomas, hermeticamente fechadas, caracterizando-se assim por 
ter uma abordagem de sistema fechado. Ela não considera as variáveis 
extrínsecas (ambientais, econômicas, políticas e sociológicas). 
 
É uma teoria mecanicista, pois concebe a organização como um arranjo 
estático e rígido de peças, uma máquina. Em nenhum momento considerou 
as organização informais. O indivíduo era considerado como "algo" sem 
capacidade alguma de pensar, servia somente para executar. 
 
Vamos começar com uma questão da FUNRIO 
 
ITEM 1. (FUNRIO/2010/SEBRAE-PA/ANALISTA TÉCNICO – LOGÍSTICA) 
Frederick Taylor verificou que em todos os ofícios os operários aprendiam a maneira de 
executar as tarefas do trabalho por meio da observação. Percebeu que isso levava a 
diferentes meios ou métodos para se fazer a mesma coisa. Adotou o melhor dos métodos e 
o aperfeiçoou, criando o método científico de trabalho. Dentre as técnicas criadas por 
Taylor, em seu método científico, podemos citar: 
 
I - Estudo dos tempos e movimentos 
II - Seleção científica do trabalhador 
III - Criação da linha de montagem 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
 
 
PACOTE ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – INSS 
ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICAPROFESSOR: MARCELO CAMACHO 
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 a) somente a afirmativa I está correta. 
 b) somente as afirmativas I e III estão corretas. 
 c) somente as afirmativas I e II estão corretas. 
 d) somente as afirmativas II e III estão corretas. 
 e) somente a afirmativa II está correta. 
 
Analisemos as afirmações: 
 
I. CERTO. De fato Taylor preconizou em sua teoria o estudo dos 
tempos e movimentos. 
II. CERTO. Outro pressuposto da teoria de Taylor: a seleção de 
trabalhadores por critérios técnicos. 
III. ERRADO. Quem criou a linha de montagem foi Henry Ford. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa B. 
 
Agora vejam estas questões da CESPE, para fixarmos alguns conceitos. 
 
ITEM 2. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
De acordo com a administração científica, bom operário é aquele com iniciativa de ações. 
 
Para Taylor o operário deveria restringir-se a executar aquilo que lhe foi 
ordenado, a função de planejar as ações era dos gerentes. Operário com 
iniciativa, na teoria da administração científica, era uma aberração. Portanto 
a afirmativa está ERRADA! 
 
 
ITEM 3. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
A racionalização do trabalho operário foi assunto abordado na obra Shop Management 
(Administração de Oficinas), de Taylor, publicada em 1903. 
 
 
Perfeito, pessoal! Taylor publicou em 1903 o estudo chamado Shop 
Management (Administração de Operações Fabris), no qual propunha sua 
filosofia de administração, que abrangia quatro princípios, como vimos em 
aula: 
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I. Racionalizar as tarefas: encontrar o melhor meio para executar cada 
tarefa; 
II. Selecionar as pessoas mais adequadas para a execução das tarefas; 
III. Treinar as pessoas para a execução das tarefas de acordo com o 
método escolhido; 
IV. Monitorar o desempenho para verificar se o que foi planejado está 
sendo executado. 
 
Portanto, a afirmativa está CERTA! 
 
 
ITEM 4. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
Taylor, que era contra a especialização do operário, defendia o perfil generalista como ponto 
principal para o desenvolvimento do processo de produção. 
 
Nada disso Pessoal! Tanto Taylor quanto Fayol defendiam a especialização 
do trabalho operário. Uma tarefa deveria ser reduzida à menor unidade 
possível de especialização, que tornasse mais rápido e econômico o processo 
produtivo. Falaremos sobre Fayol mais à frente. 
 
Portanto a afirmativa está ERRADA! 
 
 
Vejamos outra questão da FUNRIO 
 
 
ITEM 5. (FUNRIO/FURNAS/2009/PLANEJAMENTO EMPRESARIAL) 
Na era industrial Frederick Taylor deu início a uma das principais escolas clássicas de 
administração. A Administração Científica perseguia a melhor maneira de realizar o trabalho 
através da maximização da eficiência de cada operário. Para isso, além dos quatro 
princípios da Administração Científica (Planejamento, preparo, controle e execução), Taylor 
enfatizou outros objetivos secundários, dentre os quais 
 
 
 
 
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A) estudo de tempos e movimentos, preocupação com a fadiga e sistemas de psicologia e 
sociologia. 
B) supervisão funcional, equalização do poder e confiança nas pessoas. 
C) seleção científica do trabalhador, plano de incentivo salarial, melhores condições 
ambientais de trabalho. 
D) plano de incentivo salarial, autoridade descentralizada e estudo de tempos e 
movimentos. 
E) melhores condições ambientais de trabalho, orientação para o cliente e equalização do 
poder. 
 
Pessoal, analisemos as alternativas: 
 
A) ERRADO. Não estavam incluídas na perspectiva de Taylor 
preocupações com os sistemas de psicologia e sociologia. 
B) ERRADO. Equalização do poder e confiança nas pessoas não faziam 
parte da perspectiva teórica de Taylor. 
C) CERTO. A seleção científica do trabalhador, plano de incentivo 
salarial, melhores condições ambientais de trabalho fazem parte das 
perspectivas de Taylor. 
D) ERRADO. Autoridade descentralizada não fazia parte dos objetivos 
secundários de Taylor. 
E) ERRADO. Orientação ao Cliente não fazia parte dos objetivos 
secundários de Taylor. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa C. 
 
2.2. Teorias com ênfase na estrutura organizacional 
 
As teorias baseadas na estrutura organizacional foram desenvolvidas na 
Europa e tinham o objetivo de estruturar toda a organização para a 
produção, de cima para baixo, e não somente o nível de produção como a 
Administração Científica americana. Foram quatro movimentos distintos: 
Teoria Clássica, Modelo Burocrático, Teoria Estruturalista e Teoria 
Neoclássica. Veremos nesta aula a teoria clássica. 
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2.2.1. Teoria Clássica 
 
Foi formulada pelo engenheiro francês Henry Fayol (1841-1925). A divisão 
do trabalho organizacional, segundo esta teoria, deveria ser realizada no 
topo da organização e teria seis funções básicas: Técnica, Comercial, 
Financeira, Segurança e Contábil. Este é o embrião da 
departamentalização que foi desenvolvida posteriormente por Gulick e 
Uwick, seguidores de Fayol. 
 
Administrar para Fayol era: prever, organizar, comandar, coordenar e 
controlar. Para atender a estes pressupostos a empresa deveria atender 
aos quatorze princípios gerais e universais da administração. Seus princípios 
incluíam a divisão do trabalho (assim como Taylor), a unidade de comando e 
direção, a centralização, a preocupação com a remuneração dos empregados 
e manutenção da ordenação dos materiais no local de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
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Princípios Gerais da Administração, segundo Fayol 
 
Divisão do trabalho - Especialização dos funcionários desde o topo da 
hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da 
produção aumentando a produtividade. Designação de tarefas específicas 
para cada indivíduo, resultando na especialização das funções e separação 
dos poderes; 
 
Autoridade e Responsabilidade - É o direito dos superiores darem ordens 
que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da 
autoridade. Deve-se levar em conta o direito de dar ordens e exigir 
obediência, chegando a um bom equilíbrio entre autoridade e 
responsabilidade. A primeira é o direito de mandar e o poder de se fazer 
obedecer. A segunda, a sanção - recompensa ou penalidade que acompanha 
o exercício do poder; 
 
Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho 
válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na 
organização. É o Respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa e seus 
agentes; 
 
Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um 
chefe, evitando contraordens. 
 
Unidade de direção - O controle único é possibilitado com a aplicação de 
um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos. 
 
Subordinação dos interesses individuais (ao interesse geral) - Os 
interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses 
individuais. Isto significa que há identidade de interesses entre organização 
e indivíduos. 
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Remuneração - Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos 
funcionários e da própria organização. 
 
Centralização - As atividades vitais da organização e sua autoridade devemser centralizadas. Equilíbrio entre a concentração de poderes de decisão no 
chefe, sua capacidade de enfrentar suas responsabilidades e a iniciativa dos 
subordinados. 
 
Linha de Comando (Hierarquia ou cadeia escalar) - Defesa incondicional da 
estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa. 
Hierarquia é a série dos chefes do primeiro ao último escalão, dando-se aos 
subordinados de chefes diferentes a autonomia para estabelecer relações 
diretas; 
 
Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra 
cada coisa e cada coisa em seu lugar. 
 
Equidade - A justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a 
lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. Direitos iguais. 
 
Estabilidade dos funcionários - Uma rotatividade alta tem consequências 
negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários. 
 
Iniciativa - Deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano 
e cumpri-lo. 
 
Espírito de equipe - O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela 
comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo 
precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos. 
 
 
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Assim como na Administração Científica, na Teoria Clássica prevalece o 
conceito de homem econômico (homo economicus). 
 
Vejam esta questão da ESAF 
 
ITEM 6. (ESAF/2013/DNIT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) 
Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador. Os princípios 
apresentados por Fayol foram retrabalhados com contribuições da abordagem neoclássica 
da Administração. Sobre as funções do administrador, segundo a abordagem clássica, é 
correto afirmar: 
 
a) cada uma das funções administrativas repercute na seguinte, determinando o seu 
desenvolvimento. 
b) o ciclo administrativo não se repete, mas permite uma contínua correção e ajustamento 
através da retroação. 
c) as funções do administrador formam apenas uma sequência cíclica: pois é um processo 
de funções pouco relacionadas em uma interação dinâmica. 
d) as funções administrativas quando consideradas isoladamente formam o processo 
administrativo. 
e) os autores da Teoria Clássica e Neoclássica apresentaram princípios administrativos 
comuns e definiram as mesmas funções básicas para o administrador. 
 
 
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Pessoal, um comentário introdutório antes de analisarmos as alternativas: 
As funções do administrador definidas por Fayol são: Planejar, Organizar, 
Controlar, Coordenar e Comandar. Veremos mais à frente no nosso curso 
que Peter Drucker redefiniu estas funções sintetizando-as em quatro 
funções: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar. 
 
Estas funções administrativas compõem o Processo Adminsitrativo. 
 
Agora analisemos as alternativas: 
 
a) CERTO. A s funções administrativas compõe um ciclo em que cada 
uma repercute na outra. 
 
b) ERRADO. O ciclo administrativo é contínuo, dinâmico e interativo. 
 
c) ERRADO. A interação é dinâmica entre as funções administrativas. 
 
d) ERRADO. Nada disso: apenas em conjunto as funções administrativas 
compõe o processo administrativo. 
 
e) ERRADO. Como comentei acima os autores neoclássicos definiram de 
outra forma as funções administrativas básicas. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa A. 
 
Vejamos outra questão recente da ESAF 
 
ITEM 7. (ESAF/2013/DNIT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) 
O enfoque do processo administrativo define não apenas o processo administrativo, mas 
também o próprio papel dos gerentes. Fayol indicou os deveres e princípios que devem ser 
seguidos pelos gerentes para que a administração seja eficaz. Assinale a opção que não 
apresenta um dos princípios de administração propostos por Fayol. 
 
a) Divisão do trabalho, disciplina, inovação, interesse da organização e equidade. 
b) Autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, remuneração do pessoal 
e espírito de equipe. 
c) Unidade de direção, interesse geral, remuneração do pessoal, estabilidade do pessoal e 
iniciativa. 
d) Espírito de equipe, iniciativa, equidade, ordem, disciplina, interesse geral e centralização. 
e) Ordem, autoridade e responsabilidade, estabilidade do pessoal e unidade de comando. 
 
 
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Tranquila esta questão pessoal! Cobraram o conhecimento dos 14 princípios 
de Fayol. 
A única lista que não contém um princípio de Fayol é a lista da alternativa A: 
inovação não constava da lista dele. 
Portanto, o gabarito é a alternativa A. 
 
Vejamos agora algumas questões da CESPE para fixarmos os conceitos. 
 
ITEM 8. (CESPE/PRODEST/2006/ANALISTA ORGANIZACIONAL) 
Enquanto a administração científica buscava a eficiência das organizações, a teoria clássica 
buscava a motivação dos funcionários, sem se preocupar com a estrutura da organização. 
 
Pessoal, a afirmativa está ERRADA! A administração científica preocupava-
se com a racionalização do trabalho, por isto podemos dizer que havia 
preocupação com a eficiência. Esta mesma preocupação orientou os 
formuladores da Teoria Clássica, porém com o pressuposto de que deveriam 
organizar o trabalho. Lembram dos princípios de Fayol? A preocupação com 
a motivação dos funcionários é da Teoria Comportamental. 
 
 
ITEM 9. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
O gestor público que se preocupa em eliminar o desperdício de esforço desenvolvido pelos 
demais colaboradores, procurando racionalizar as tarefas e eliminar os movimentos inúteis, 
adota pressupostos coerentes com a abordagem clássica da administração. 
 
 
Perfeito, pessoal! Alguns autores incluem a administração científica de Fayol 
na abordagem clássica da Administração. Foi por isto que eu a inclui em 
nossa aula. Tanto Fayol quanto Taylor se preocupavam com a racionalização 
do trabalho, com a redução do tempo utilizado para exercer as tarefas, 
através da correta organização do processo de trabalho. Um exemplo disto 
foi o estudo de tempos e movimentos realizado por Taylor. Consistia em 
cronometrar os movimentos dos trabalhadores e dividi-los nas tarefas que 
realizava. Taylor chamava isto de unidade básica de trabalho. Após 
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cronometrar os tempos das unidades básicas de trabalho ele encontrava a 
melhor maneira de executá-las, racionalizando o processo produtivo. Assim, 
a afirmativa está CERTA! 
 
 
ITEM 10. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
Um marco na abordagem clássica da administração foi a experiência de Hawthorne, que 
buscou enfatizar a importância das condições do ambiente de trabalho para obter a maior 
eficiência e racionalização das tarefas. 
 
Pessoal, a experiência de Hawthorne, realizada por Elton Mayo, faz parte do 
Enfoque Comportamental da Administração, uma perspectiva que considera 
as pessoas em sua totalidade e como parte mais importante das 
organizações e de seu desempenho, ao contrário da abordagem clássica da 
administração que colocava as pessoas em segundo plano. Na abordagem 
clássica da administração as pessoas eram consideradas recursos de 
produção. A Prioridade era a eficiência da Produção. Portanto, a afirmativa 
está ERRADA! 
 
ITEM 11. (CESPE/FUB/2009/SECRETÁRIO EXECUTIVO) 
A teoria clássica da administração, desenvolvida por Fayol, é voltada à necessidade de 
humanização do trabalho e de democratização da administração. 
 
 
Pessoal, a teoria clássica preocupava-se com a racionalização do trabalho, 
com a eficiência da produção. Era baseadana hierarquia, na autoridade e 
responsabilidade e na unidade de comando. Não havia espaço para 
participação democrática na administração. O pressuposto era uma liderança 
centralizadora. Portanto, a afirmativa está ERRADA! 
 
Vejam esta afirmação da ESAF em uma questão de concurso do MPOG 
 
ITEM 12. (ESAF/2009/MPOG/EPPGG) 
A Teoria Clássica da Administração possui apenas valor histórico e referencial, não sendo 
aplicável em nossos dias. 
 
 
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Nada disso, pessoal! A Teoria Clássica tem reflexos em praticamente todas 
as organizações modernas. Muitas ainda se organizam segundo estes 
princípios. 
Portanto, esta afirmativa está ERRADA! 
 
ITEM 13. (ESAF/ENAP/ADMINISTRADOR/2006) 
A teoria clássica é caracterizada pela ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional, pela 
concepção de homem econômico e pela identidade de interesses. 
 
Perfeito, pessoal! De fato a teoria clássica enfatiza a execução das tarefas e 
a estrutura organizacional. Também vimos que é caracterizado pela 
concepção homem econômico, ou seja, o homem é induzido a produzir 
apenas pelas recompensas financeiras. Outra característica é o pressuposto 
da identidade de interesses, ou seja, presume-se que há alinhamento de 
interesses entre a organização e os empregados (subordinação dos 
interesses individuais aos interesses organizacionais). 
Portanto, a afirmativa está CERTA! 
 
3. Modelo Burocrático 
A crescente complexificação da produção e das organizações na primeira 
metade do século XX tornou os princípios elaborados por Fayol insuficientes 
para responder às necessidades de organização das empresas. Surge então 
um movimento que resultou na elaboração da Teoria da Burocracia. Este 
modelo foi descrito pelo sociólogo alemão Max Weber (1863-1920). Weber 
chamou este modelo de Burocracia, que significa governo de escritório. 
 
A principal característica do modelo é a racionalidade, ou seja, adequação 
dos meios aos fins. Isto significava que para a consecução dos objetivos da 
organização deveriam ser escolhidos os meios mais eficientes. Esta 
racionalidade estava relacionada ao alcance dos objetivos da organização e 
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não dos seus membros individualmente. A impessoalidade era outra 
característica do modelo. 
 
Weber descreve os tipos puros de dominação com base na vigência de sua 
legitimidade, que pode ser, primordialmente: 
 
a) dominação racional (legal): baseada na crença na legitimidade das 
ordens estatuídas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas 
ordens, estão nomeados para exercer a dominação; 
 
b) dominação tradicional: baseada na crença cotidiana na santidade das 
tradições vigentes desde sempre e na legitimidade daqueles que, em virtude 
dessas tradições, representam a autoridade; 
 
c) dominação carismática: baseada na veneração extracotidiana da 
santidade, do poder heróico ou do caráter exemplar de uma pessoa e das 
ordens por esta reveladas ou criadas. 
 
O modelo burocrático é baseado na dominação do tipo racional-legal, em 
que as pessoas obedecem à regras e estatutos. 
 
O modelo burocrático enfatiza tanto a diferenciação ( divisão do trabalho e 
especialização), quanto a integração ( hierarquia e regras escritas). 
Segundo Weber, as principais dimensões da burocracia são: 
 
1. Divisão do Trabalho; 
2. Hierarquia; 
3. Regras e regulamentos; 
4. Formalização das comunicações; 
5. Competência técnica (seleção e promoção); 
6. Procedimentos técnicos. 
 
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Disfunções da Burocracia 
As disfunções são distorções ou anomalias de comportamento que conduzem 
à ineficiência do modelo. Uma causa muito comum que contribui para a 
ocorrência destas anomalias são os meios transformarem-se em fins. 
Esquece-se dos resultados em prol do processo. 
 
Vejamos as disfunções: 
1. Exagerado apego aos regulamentos. A obediência às normas 
torna-se o principal objetivo e perde-se de vista o resultado desejado. 
Cumprir o horário passa a ser mais importante que atender o cliente; 
 
2. Excesso de formalismo. A burocracia é essencialmente formal. Tudo 
precisa ser escrito. 
 
3. Excesso de papelório. A disfunção mais conhecida; Tudo precisa ser 
registrado e documentado. 
 
4. Resistência à mudanças. Como tudo é padronizado o funcionário 
acostuma-se à rotina e resiste às tentativas de alteração do padrão 
anterior. 
 
5. Despersonalização do relacionamento. A burocracia está baseada 
em cargos. Não importa quem os ocupa. O relacionamento é 
impessoal. 
 
6. Categorização do relacionamento. A hierarquia tem papel central 
na burocracia. Assim quem toma decisões está no topo da hierarquia e 
geralmente não tem contato com o problema. O relacionamento assim 
baseado em categorias hierárquicas. 
 
7. Superconformidade às rotinas e procedimentos. A base da 
burocracia é a padronização das rotinas e procedimentos. O apego 
irrestrito às norma provoca a perda da flexibilidade e da iniciativa. 
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8. Exibição de sinais de autoridade. A burocracia é baseada na 
hierarquia, assim constrói-se mecanismos para diferenciar e identificar 
os diferentes níveis hierárquicos em detrimento dos demais. 
 
9. Dificuldades com clientes. A burocracia é auto-referida. Ela volta-se 
para dentro da organização, para o cumprimento das normas, para a 
hierarquia. O atendimento ao público alvo da organização é feito de 
acordo com os procedimentos e de maneira impessoal. Isto traz 
problemas pois o objetivo principal deveria ser atender ao cliente. 
 
O modelo Burocrático baseia-se no conceito de Homem Organizacional. 
 
Vejam esta questão 
 
ITEM 14. (FCC/2009/PGE-RJ/Técnico Superior Administrador) 
Com relação às características da burocracia segundo Max Weber: 
 
I. Existência de regras abstratas, às quais estão vinculados os detentores do poder, o 
aparelho administrativo e os dominados define a dominação racional- legal, é o fundamento 
do modelo burocrático. 
 
II. Toda organização burocrática se baseia na hierarquia, na divisão do trabalho, na 
separação entre pessoa, cargo e funções exercidas de modo continuado e com base em 
documentos escritos. 
 
III. O domínio burocrático é legitimado pelo reconhecimento dos poderes e das qualidades 
excepcionais do chefe, e o seu aparelho consiste, tipicamente, no grupo dos 'discípulos', isto 
é, dos indivíduos escolhidos pelo chefe entre os membros da comunidade. 
 
IV. A burocracia, segundo Weber, é uma instituição política bem sucedida na medida em 
que seu quadro administrativo mantenha com êxito a pretensão ao monopólio efetivo da 
coação física para a manutenção da ordem vigente. 
 
V. O pessoal empregado por uma estrutura administrativa burocrática submete-se a uma 
relação contratual e, em virtude de suas específicas qualificações técnicas, é recompensado 
através de um salário estipulado em dinheiro, tem uma carreira regulamentada e considera 
o próprio trabalho como uma ocupação em tempo integral. 
 
 a) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. 
 b) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. 
 c) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. 
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 d) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV. 
 e) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V. 
 
Pessoal,vamos analisar as alternativas: 
 
I. CERTO. O modelo burocrático é baseado na dominação racional-legal. 
 
II. CERTO. Exatamente: divisão do trabalho, hierarquia, impessoalidade 
(separação entre pessoa e cargo) são características do modelo 
burocrático. 
 
III. ERRADO. Esta é a descrição da dominação carismática e não da 
dominação racional-legal, a burocrática. 
 
IV. ERRADO. Esta é a definição clássica de Estado, também elaborada 
por Max Weber. 
 
V. CERTO. Estão aqui os princípios da divisão do trabalho e da 
competência técnica. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa B 
 
Vejamos mais uma questão 
 
ITEM 15. (FCC/2008/TCE-SP/AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS) 
Max Weber é considerado como um dos mais influentes precursores de diversas teorias das 
organizações. Nesse sentido, considere: 
 
I. Weber desenvolveu uma teoria das organizações formais, fundamentada em um modelo 
mecanicista, mais próxima das teorias clássicas. 
II. A teoria das organizações de Weber é baseada na articulação entre organização formal e 
informal. 
III. A teoria weberiana das organizações se aproxima mais da teoria clássica das 
organizações, pois enfatiza a eficiência e a hierarquia. 
IV. A teoria estruturalista das organizações diferencia-se da abordagem weberiana por 
enfatizar a relação entre análise intra-organizacional e inter-organizacional. 
V. A teoria weberiana das organizações aproxima-se mais das abordagens humanistas, pois 
enfatiza o comportamento efetivo das pessoas na organização. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
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 a) I, II e III. 
 b) I, II e IV. 
 c) I, III e IV. 
 d) II, III e V. 
 e) II, IV e V. 
 
Analisemos as alternativas : 
 
I) CERTO. A teoria de Weber é a burocrática, que se baseia em formalidades 
e hierarquia bem definida, assim como o modelo mecanicista, que enxerga a 
organização como um conjunto de peças, imitando uma máquina. 
 
II) ERRADO. Como dito no comentário acima, Weber tratava as 
organizações de maneira formal. 
 
III) CERTO. As teorias clássicas davam ênfase nas tarefas (administração 
científica de Taylor) e ênfase na estrutura (teoria clássica de Fayol). Ao 
contrário da teoria das relações humanas, que dava ênfase às pessoas. O 
modelo burocrático de Weber dava ênfase à estrutura e não se preocupava 
com a satisfação das pessoas. 
 
IV) CERTO. A teoria estruturalista, como veremos à frente, é um 
desdobramento da teoria burocrática de Weber. Esta olhava só para dentro 
da organização (relação intra-organizacional) e não se preocupava com as 
pessoas. A teoria estruturalista, apesar de dar ênfase a estrutura da 
organização, tentou olhar mais para as relações humanas e se preocupar 
com a relação entre as organizações (inter-organizacional). 
 
V) ERRADO. Conforme dito anteriormente, a teoria weberiana não olhava 
para as relações humanas. Dava ênfase apenas na estrutura da organização. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa C. 
 
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4. Teoria Estruturalista da Administração 
 
Por volta da década de 1950 elaborou-se esta teoria como desdobramento 
da teoria burocrática, baseada na sociologia organizacional, porém 
questionando o modelo burocrático. A teoria estruturalista juntou as 
abordagens da Teoria Clássica e da Escola das Relações Humanas (que 
veremos mais à frente). A perspectiva desta teoria era transpor a fronteira 
da organização e olhar para fora dela. As organizações eram percebidas 
como sistemas abertos. Falaremos sobre a teoria dos sistemas, mais à 
frente. Percebia-se o mundo como um conjunto de organizações 
interdependentes. Para dentro da organização também se admitia a 
necessidade de interdependência entre seus componentes. O receituário 
normativo era deixado de lado em prol de uma abordagem compreensiva 
das organizações e da administração. 
 
Aqui a teoria baseia-se no conceito de Homem Organizacional. 
 
Vejam esta questão 
 
ITEM 16. (FCC/2008/METRÔ-SP/ANALISTA - ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS) 
A análise das empresas como sistema aberto em constante interação com seu meio 
ambiente; abordagem múltipla com a análise das variáveis internas e externas que 
influenciam a organização; concentração nas relações do ambiente externo e os níveis 
hierárquicos da organização; interdependência entre as partes da organização. Estas são 
características da teoria da administração 
 
 a) neoclássica. 
 b) científica. 
 c) de relações humanas. 
 d) clássica. 
 e) estruturalista. 
 
Pessoal, já observamos que as teorias científica e clássica estavam baseadas 
em sistemas fechados, em que o ambiente externo não era importante. 
Veremos mais a frente que a teoria neoclássica concentrou-se na elaboração 
do processo administrativo, com forte preocupação com eficiência e eficácia. 
Já a escola das relações humanas pautou-se pela ênfase nas relações 
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informais e pôs em evidência a satisfação das pessoas no ambiente como 
propulsor do aumento da eficiência organizacional. 
A teoria estruturalista, esta sim, pautou-se pela ênfase nos sistemas abertos 
e na interdependência entre organizações, e entre partes da organização. O 
gabarito então é a alternativa E. 
5. Teoria Neoclássica da Administração 
Esta é uma teoria também chamada de Escola do Processo Administrativo, 
pois concebe a administração como um processo cíclico e contínuo que tem 
quatro funções: Planejamento, Organização, Direção e Controle. Consiste na 
reafirmação dos princípios clássicos, retirando o excesso de prescrição e 
normatização. Veja o quadro com as quatro funções: 
 
 
 
 
 
Fonte: Chiavenato (2005) 
 
 
 
 
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Aqui o trabalho em diferentes instâncias hierárquicas é encarado como 
interdependente. Existem duas medidas principais: Eficácia e Eficiência. 
A eficiência é a relação entre custos e benefícios. Preocupa-se com os meios, 
com os métodos e sua adequação aos custos para o alcance dos objetivos. 
Já a eficácia diz respeito aos resultados alcançados. É a medida do sucesso 
com relação aos objetivos planejados. Em outras palavras: eficiência é fazer 
do modo correto e eficácia é alcançar resultados. Veja o quadro abaixo: 
 
 
Fonte: Chiavenato (2005) 
 
 
Este assunto foi questão da FGV. 
 
ITEM 17. (FGV- SEFAZ RJ/2009. FISCAL DE RENDAS) 
Com relação aos temas eficiência e eficácia, assinale a afirmativa incorreta. 
 
(A) Eficiência é um conceito limitado. 
(B) Eficiência diz respeito aos trabalhos internos de uma organização. 
(C) Uma organização não pode ser eficiente se não for eficaz. 
(D) A abordagem de metas para eficácia organizacional identifica as metas de uma 
organização. 
(E) Eficácia é um conceito abrangente. 
 
O gabarito é a letra C. Uma organização pode fazer corretamente as coisas 
e ainda assim não alcançar os resultados desejados. 
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A alternativa A está correta. Eficiência é um conceito limitado, diz respeito 
aos meios. 
A alternativa B está correta. Eficiência está relacionado aos métodos, aos 
processos internos. 
A alternativa D está correta. Eficácia é alcance de resultados, portanto está 
relacionado a metas. 
A alternativa E está correta. Eficácia é um conceito abrangente. Pressupõe o 
alcance de resultados, não só a economia dos meios utilizados paraatingir 
determinado objetivo, mas a concretização daquilo que uma organização 
propõe. 
 
Inserida na Teoria Neoclássica estava a Administração por Objetivos (APO). 
A APO enfatizava o resultado final e não os meios ou métodos de trabalho. 
Esta abordagem administrativa serviu de inspiração para a APPO 
(Administração participativa por objetivos) que consiste num método de 
avaliação de desempenho. 
A Teoria Neoclássica baseia-se em dois conceitos de homem: Homem 
Organizacional e Administrativo 
 
6. Teorias com ênfase nas pessoas 
As teorias anteriores não se preocuparam com as pessoas em suas 
formulações. A partir da década de 1920 alguns pesquisadores iniciaram 
estudos para avaliar a influência dos grupos sociais nas organizações. Foram 
duas as teorias neste sentido: Escola das Relações Humanas e Teoria 
Comportamental. 
6.1. Escola das Relações Humanas 
 
Inaugurada pela pesquisa na fábrica Western Eletric em Wawthorn em 1924. 
Foi uma pesquisa que utilizava técnicas científicas (ainda incipientes) para 
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avaliar o comportamento humano no trabalho. Avaliou os efeitos das 
condições físicas e das práticas gerenciais sobre os resultados do trabalho. 
Apesar das técnicas ainda rudimentares utilizadas na pesquisa foi possível 
demonstrar a relação entre mudanças nos horários de trabalho, nas tarefas 
executadas e nos incentivos salariais e a melhoria da produtividade. 
Esta pesquisa pôs em evidência a satisfação das pessoas no ambiente como 
propulsor do aumento da eficiência organizacional. 
Algumas conclusões da escola de relações humanas são que o trabalho é 
uma atividade social, o ser humano é motivado pela necessidade de estar 
junto e de ser reconhecido e que a convergência dos métodos tradicionais 
para a eficiência, em detrimento da cooperação humana, promovia o conflito 
na sociedade industrial. 
 
Em função destas conclusões elaborou-se o conceito de homem social 
(homo social) em contraposição ao de homem econômico prevalecente até 
então. No entanto esta teoria permanecia prescritiva e normativa. 
 
Vejam como a FGV cobrou este assunto: 
ITEM 18. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) 
A ênfase nos grupos informais é característica pioneira: 
(A) da administração científica. 
(B) da escola das relações humanas. 
(C) da teoria clássica da administração. 
(D) do modelo burocrático. 
(E) da teoria comportamental da administração 
 
O gabarito é a letra B. Isto mesmo! Ao ressaltar o homem como ser social e 
que coopera, a escola das relações humanas enfatiza os grupos informais. 
Todas as outras são teorias formalistas. 
 
 
 
 
 
 
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6.2. Teoria Comportamental 
 
A teoria comportamental surge na década de 1950 em decorrência da escola 
de relações humanas. A visão aqui era descritiva e explicativa. Começaram a 
surgir diversos modelos de motivação, liderança e comunicação. 
A perspectiva nesta teoria é que as pessoas estão constantemente tomando 
decisões sobre sua participação e permanência nas organizações. 
Alguns exemplos de teorias desenvolvidas nesta abordagem são a teoria X e 
Y de Douglas McGregor e as teorias motivacionais de Maslow e Herzberg. 
Como as teorias de Maslow, Herzberg e McGregor estão associadas à Teoria 
Comportamental não custa dar uma olhada em seus pressupostos. 
 
 
Hierarquia das Necessidades de Maslow 
O Fundamento desta teoria é que as necessidades podem ser 
hierarquizadas, distribuídas em escala de importância para as pessoas. As 
necessidades humanas segundo esta teoria são divididas em cinco etapas: 
fisiológicas, segurança, sociais, estima e auto-realização. Existem duas 
classes de necessidades: as necessidades de baixo nível ou primárias 
(fisiológicas e de segurança), e as necessidades de alto nível ou secundárias 
(sociais, estima e auto-realização). As necessidades primárias são satisfeitas 
externamente e as secundárias internamente (dentro do indivíduo). As 
necessidades mais elevadas surgem apenas quando as necessidades 
primárias são satisfeitas. Esta teoria está calcada no pressuposto de que as 
pessoas tem necessidade de crescer e se desenvolver. A figura abaixo lista 
as necessidades em cada nível da hierarquia. 
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Fonte: Chiavenato (2005) 
 
 
ITEM 19. (FGV- SENADO/2010. ANALISTA LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO) 
 A teoria motivacional mais conhecida é a de Abraham Harold Maslow. Ela se baseia na 
hierarquia de necessidades humanas. Entre essas, segundo o autor, há as necessidades: 
(A) patrimoniais. 
(B) financeiras. 
(C) fisiológicas. 
(D) psicológicas. 
(E) morais 
 
Fácil, fácil! O gabarito é a letra C. Maslow classifica as necessidades 
humanas em fisiológicas, de segurança, sociais, estima e auto-realização. 
 
 
 
Mais uma da FGV sobre Maslow 
 
 
 
 
 
 
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ITEM 20. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) 
Com relação às necessidades das pessoas, segundo a Teoria das Motivações de Maslow, 
intervalos de descanso, conforto físico e horário de trabalho razoável são exemplos de: 
 
(A) necessidades fisiológicas. 
(B) necessidades de segurança. 
(C) necessidades sociais. 
(D) necessidades de estima. 
(E) necessidades de auto-realização 
 
Fácil! Já comentamos. O gabarito é a letra A. São as necessidades 
fisiológicas, que em conjunto com as necessidades de segurança formam as 
necessidades primárias, segundo Maslow. 
 
 
Teoria dos dois fatores de Herzberg 
Para Herzberg a motivação das pessoas para o trabalho depende de dois 
fatores intimamente relacionados: 
 
1.Fatores higiênicos. Dizem respeito ás condições físicas do ambiente de 
trabalho, salário, benefícios sociais, políticas da organização, clima 
organizacional, oportunidades de crescimento, etc. Segundo Herzberg estes 
fatores são suficientes apenas para evitar que as pessoas fiquem 
desmotivadas. A ausência desmotiva, mas a presença não é elemento 
motivador. São chamados fatores insatisfacientes.Também chamados de 
Extrínsecos ou ambientais. 
 
2. Fatores Motivacionais. Referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e ás 
atividades relacionadas com o cargo em si. Incluem liberdade de decidir 
como executar o trabalho, uso pleno de habilidades pessoais, 
responsabilidade total pelo trabalho, definição de metas e objetivos 
relacionados ao trabalho e auto-avaliação de desempenho. São chamados 
fatores satisfacientes. A presença produz motivação, enquanto a ausência 
não produz satisfação. Também chamados de Intrínsecos. 
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Par Herzberg o oposto de satisfação não é insatisfação, mas nenhuma 
satisfação. Da mesma forma, o oposto de insatisfação não é satisfação, mas 
nenhuma insatisfação. Veja o quadro abaixo: 
 
 
Fonte: Chiavenato (2005 
 
 
Vejam esta questão da FGV 
 
 
ITEM 21. (FGV- CAERN/2010. ADMINISTRADOR) 
De acordo com a Teoria dos Dois Fatores, a motivação das pessoas para o trabalho depende 
de dois fatores distintos: higiênicos e motivacionais. Estes são relacionados às condições 
internas dos indivíduos e são satisfacientes; aqueles são relacionados ao ambiente externo 
e são insatisfacientes. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. A ausência do uso pleno de habilidades pessoais provoca insatisfação. 
II. Melhores benefíciossociais provocam uma maior satisfação. 
III. O oposto da satisfação é nenhuma satisfação e o oposto da insatisfação é nenhuma 
insatisfação. 
 
Assinale 
 
 (A) 
 
Se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) 
 
Se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) 
 
Se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D) 
 
Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(E) Se todas as afirmativas estiverem corretas. 
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Analisemos as afirmativas: 
 
A afirmativa I está errada. Na perspectiva de Herzberg ausência do uso 
pleno de habilidades pessoais deixa de gerar satisfação, isto significa 
satisfação nenhuma e não insatisfação. 
A afirmativa II está errada. Ausência de Benefícios gera insatisfação, mas 
se existem não produzem satisfação. 
A afirmativa III está CERTA! É o princípio da teoria de Herzberg. 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
 
ITEM 22. (FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR) 
A motivação, dentro do ambiente empresarial, é um elemento fundamental para que os 
empregados se comprometam com o atingimento dos objetivos organizacionais. Várias são 
as teorias motivacionais que fundamentam as práticas empresariais visando estimular o 
empregado a ter maior produtividade e qualidade no desenvolvimento de suas atividades. 
Segundo a Teoria de Herzberg, os fatores que levam à satisfação no trabalho são diferentes 
daqueles que levam à insatisfação. 
Segundo Maslow, existe uma hierarquia de necessidades, em que, à medida que uma 
necessidade é satisfeita, a próxima se torna dominante. 
Assinale a alternativa que apresente uma prática que possibilita a motivação dos 
empregados. 
 
(A) 
 
Dar plena responsabilidade e autonomia a todos os empregados. 
(B) 
 
Estabelecer horários de trabalho rígidos para que a jornada de trabalho 
seja cumprida. 
(C) 
 
Dissociar a remuneração do desempenho. 
(D) 
 
Tratamento igual para todos, homogeneizando as necessidades 
individuais. 
(E) 
 
Assegurar que as metas estabelecidas sejam percebidas como factíveis. 
 
A banca confirmou o gabarito como sendo a letra E, no entanto esta é 
uma questão polêmica. Vejamos 
As alternativas B, D estão erradas, pois não se referem a nenhum aspecto 
motivacional. A letra E diz respeito ao processo de estabelecimento de 
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metas da APPO, mas também está incluída na perspectiva de Herzberg dos 
fatores motivacionais e, como veremos na aula sobre motivação, na 
perspectiva da teoria da expectância. Portanto, a alternativa E está correta. 
Sob, a ótica da teoria de Herzberg, poderíamos dizer que a remuneração não 
é fator motivacional, mas insatisfaciente. Portanto, não gera motivação. 
Alternativa C está errada! 
 
A alternativa A, em minha ótica, também está correta. Dar responsabilidade 
e autonomia são fatores que produzem satisfação tanto pela perspectiva 
teórica de Maslow quanto de Herzberg. 
 
Desta forma, teríamos duas respostas corretas, e eu solicitaria a anulação. 
 
Vamos dar uma olhada na teoria X e Y de McGregor. 
 
A teoria X preconiza as principais premissas da natureza humana adotadas 
pelas escolas tradicionais da administração. Já a teoria Y contém as 
premissas da natureza humana segundo a abordagem das relações 
humanas. Vejam o quadro a seguir: 
 
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Fonte: Chiavenato (2005) 
 
 
Nesta Teoria o conceito é o de Homem Administrativo. 
 
A FGV também cobrou isto! 
ITEM 23. (FGV- SEFAZ RJ/2010. FISCAL DE RENDAS) 
Com relação à Teoria Y, analise as afirmativas a seguir. 
I. A Teoria Y caracteriza o esforço físico e mental para trabalhar com algo tão natural como 
a diversão e repouso. 
II. A Teoria Y preconiza que o homem procura, sobretudo, segurança. 
III. A Teoria Y determina que o controle externo não é a única forma de se conseguir 
esforço das pessoas 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas 
 
O gabarito é a letra C. 
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É como está no quadro acima. 
As afirmativas I e III estão corretas. O trabalho é natural e não é necessário 
controle. 
A afirmativa II está errada. Quem preconiza segurança é a Teoria X. 
 
 
Vejamos outra questão da FGV 
 
ITEM 24 – (FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR) 
Considerando as Teorias X e Y, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. De acordo com a Teoria X, as pessoas normais têm aversão ao trabalho. 
II. Segundo a Teoria Y, a imaginação na solução de problemas não está distribuída entre as 
pessoas em uma organização. 
III. Segundo a Teoria X, as pessoas médias preferem ser mandadas. 
 Assinale 
 
 
(A) 
 
 
se somente a afirmativa III estiver correta. 
(B) 
 
se somente a afirmativa I estiver correta. 
(C) 
 
se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(D) 
 
se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E) 
 
se somente a afirmativa II estiver correta. 
 
O gabarito é a letra D. Vejamos: 
As afirmativas I e III estão corretas. Na perspectiva da teoria X as pessoas 
têm aversão ao trabalho e preferem ser mandadas.. 
A afirmativa II está errada. É justamente o contrário. A teoria Y preconiza a 
participação e a autonomia, inclusive para solução de problemas. 
 
6.4. Teorias com ênfase no Ambiente 
Estas teorias surgem na década de 1960 com a abordagem dos sistemas 
abertos. Nesta abordagem a organização é um sistema que interage 
dinamicamente com o ambiente externo. Estão incluídas nesta perspectiva a 
teoria dos sistemas e a teoria da contingência. 
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O ponto de partida para a noção de ambiente nas teorias administrativas 
forma as ideias de Emery e Trist que argumentaram que o ambiente em 
torno da organização provê os recursos necessários para o seu 
funcionamento e recebe os produtos resultantes da organização. Concluíram 
então que este ambiente era fonte de ameaças e oportunidades. Desta 
premissa deduziram que era necessário conhecer este ambiente e ajustar o 
processo produtivo às demandas do ambiente. O ambiente pode ser simples 
ou complexo. Por exemplo, pode se referir a um posto de gasolina que tem 
poucos elementos constituintes de seu ambiente (alguns fornecedores, 
clientes, postos de gasolina concorrentes) ou uma fábrica de automóveis 
inserida em um ambiente complexo ( inúmeros fornecedores, concorrentes 
em todo o país e no exterior, clientes dispersos geograficamente,etc). 
Vejamos as duas teorias incluídas nesta perspectiva. 
 
6.4.1. Teoria dos Sistemas 
 
A teoria administrativa dos sistemas tem suas bases na Teoria Geral dos 
Sistemas (TGS) de Bertalanffy. A partir desta abordagem o ambiente 
externo passou a ser considerado no estudo das organizações. A 
preocupação anterior era estudar o interior da organização. A Partir da 
Teoria dos Sistemas passou-se a estudar as organizações de fora para 
dentro. A organização deixa de ser uma variável independente para ser uma 
variável dependente. 
 
Segundo o professor Chiavenato “um sistema é um conjunto de elementos 
dinamicamente relacionados, formando uma atividade para atingir um 
objetivo, operando sobre dados/energia/matériapara fornecer 
informações/energia/matéria”. Os sistemas podem ser fechados ou abertos. 
Nos sistemas fechados ou mecânicos as relações com o meio externo são 
conhecidas. Já nos sistemas abertos as relações com o meio externo não 
podem ser previstas pois estão em contínua interação e transformação. 
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A Teoria dos Sistemas concebe as organizações como sistemas abertos. Isto 
significa que “elas estão em processo contínuo e incessante de trocas com o 
meio ambiente”. As organizações fazem parte de um sistema maior que é a 
sociedade. Desta forma ela interage com este meio externo realizando 
trocas, recebe insumos(entradas) e fornece resultados (saídas). Estas 
trocas não são exatamente conhecidas, pois realizam-se de forma dinâmica. 
Eis a diferença para os sistemas fechados (máquinas e equipamentos) em 
que as entradas e saídas são perfeitamente conhecidas. 
 
Abaixo listo as características das organizações como sistemas abertos: 
 
1. Importação e Exportação: de um lado existe a importação de 
insumos (recursos, materiais, energia, etc.) e de outro a exportação 
de produtos ou serviços para abastecer o ambiente; 
 
2. Homeostasia: é o princípio garantidor do equilíbrio dinâmico dos 
sistemas, com a manutenção do status quo interno. Garante o fluxo 
contínuo de entrada e saídas, e por conseguinte, a sobrevivência do 
sistema. Produz a rotina e a conservação do sistema. 
 
3. Adaptabilidade: É o processo de ajustamento do sistema em face 
da retroação recebida das saídas. Desta forma pode-se alterar as 
entradas de forma que o status quo permaneça inalterado. De forma 
contrária á homeostasia a adaptabilidade leva à mudança e à inovação 
em busca do ajustamento do ambiente interno ao ambiente externo; 
 
4. Morfogênese: É a principal característica identificadora dos 
sistemas abertos: capacidade de modificar a si próprio de maneiras 
estruturais, como decorrência da adaptabilidade; 
 
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5. Negentropia ou entropia negativa: entropia é o processo de 
tendência à exaustão e desaparecimento das organizações. É a 
degradação típica dos sistemas fechados. Para se prevenir deste 
processo os sistemas abertos importam uma quantidade maior de 
energia do meio externo do que devolvem. Assim usam esta reserva 
para alimentar suas estruturas e compensar as perdas de energia na 
entrada e saída; 
 
 
6. Sinergia: é o processo de esforço simultâneo em prol da 
organização, realizando um efeito multiplicador dos esforços 
realizados. O resultado dos esforços sinérgicos são potencialmente 
maiores do que a simples soam dos esforços. 
 
Veja a esquematização da organização como sistema aberto abaixo: 
 
 
Fonte: Chiavenato (2005) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A abordagem sistêmica do Instituto de Relações Humanas de Tavistock 
 
Psicólogos e Sociólogos da Instituto Tavistock idealizaram a organização 
como sistema sociotécnico que interage continuamente com o ambiente. 
Segundo Chiavenato este sistema é composto por dois subsistemas: 
 
1. Subsistema Técnico que é composto pela tecnologia, o território 
e o tempo. Engloba as tarefas, o ambiente físico, os equipamentos e 
as técnicas operacionais, etc. Este subsistema é responsável pela 
eficiência potencial da organização. 
 
2. Subsistema Social que é composto pelas pessoas, suas 
características físicas e psicológicas,as relações sociais entre as 
pessoas que executam uma tarefa e as exigências da organização para 
as situações de trabalho. 
 
Uma outra abordagem mais recente das organizações como sistemas 
abertos é a de Katz e Kahn. Os pressupostos das organizações para eles 
são: 
1. As organizações são sistemas abertos. Realizam importação e 
exportação com o meio ambiente. Apresentam negentropia. Servem-
se de um sistema de retroação negativa. 
 
2. Estado firme e homeostasia dinâmica. A estabilidade do sistema 
é mantida constante para evitar a entropia (desaparecimento). 
 
3. Diferenciação. Existem múltiplos papéis e funções. 
 
4. Equifinalidade. Existe mais de um modo, mais de um caminho, 
para se atingir o mesmo resultado. 
 
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5. Limites ou fronteiras. Existem barreiras entre o sistema e o 
ambiente. Estas definem o raio de ação do sistema. 
 
6. Cultura e clima organizacional. É fruto das interações entre os 
diversos atores do sistema, tanto internos como externos. Cada 
organização cria sua própria cultura, como resultado de processos 
ímpares. 
 
7. Eficiência e eficácia organizacional. Para os dois autores 
eficiência diz respeito ao quanto de entrada de uma organização 
resulta como produto e quanto é absorvido pelo sistema. Já a eficácia 
refere-se à maximização do rendimento para a organização. 
 
8. Organização como um sistema de papéis. Uma organização é 
formada pelo conjunto de atividades diferenciadas realizadas por 
múltiplos atores. 
 
9. 
 A Teoria dos Sistemas baseia-se no conceito de Homem Funcional. 
O indivíduo tem papéis dentro da organização e mantém expectativas 
com relação ao desempenho dos papéis das demais pessoas, dentro e 
fora da organização. 
A FGV cobrou isto! 
 
ITEM 25 (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) 
Assinale a alternativa que apresente corretamente o tipo de homem focado pelas 
abordagens da Teoria dos Sistemas Abertos e a Perspectiva Sociotécnica das Organizações. 
 
(A) Homem organizacional. - 
(B) Homem econômico. 
(C) Homem social. 
(D) Homem funcional. 
(E) Homem administrativo 
 
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Fácil! O gabarito é a letra D. A perspectiva sociotécnica está inserida na 
Teoria dos Sistemas. A Banca quis confundir os candidatos. 
As outras alternativas estão erradas. 
Recordando: 
 Homem organizacional.- Modelo Burocrático e Teoria Estruturalista 
 Homem econômico. Teoria Clássica 
 Homem social. Teoria das Relações Humanas 
 Homem administrativo- Teoria Comportamental 
 
Agora observem esta questão da FCC: 
 
ITEM 26. (FCC/2008/METRÔ-SP/ANALISTA -ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS) 
Considere a capacidade das organizações, enquanto sistemas abertos, de 
 
I. conservar um estado equilibrado por meio de mecanismos auto-reguladores; 
 
II. importar mais energia do ambiente externo do que expender; 
 
III. alcançar, por vários caminhos, o mesmo estado final, partindo de iguais ou diferentes 
condições iniciais. 
 
Os itens I, II e III referem-se, respectivamente, a 
 
 a) homeostase; importação de energia; diferenciação. 
 b) homeostase; entropia negativa; equifinalidade. 
 c) entropia negativa; importação de energia; homeostase. 
 d) estado firme; homeostase dinâmica; diferenciação. 
 e) equifinalidade; homeostase; estado firme. 
 
Vamos estabelecer as relações entre as afirmativas e as características dos 
sistemas abertos: 
 
I. Trata-se da homeostasia ou estado firme é mais um equilíbrio dinâmico 
do que estático, os sistemas abertos não se acham em repouso, os 
inputs de energia para deter a entropia agem para manter um certo 
equilíbrio no intercâmbio de energia, de modo que os sistemas 
sobrevivam. 
 
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II. Os sistemas abertosprecisam adquirir entropia negativa para sobreviver, 
ou seja, os sistemas mantêm suas características internas de ordem, 
quando inputs (entradas) são maiores que outputs (saídas) no processo 
de transformação. 
 
III. Os sistemas abertos são caracterizados pelo princípio da 
equifinalidade, ou seja, um sistema pode alcançar um mesmo estado final 
com origem em diferentes condições iniciais e através de caminhos 
diversos de desenvolvimento. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa B 
 
Vejam esta outra questão 
 
ITEM 27. (FCC/2009/TJ-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO) 
De acordo com a moderna teoria dos sistemas, as organizações na Era Contemporânea 
devem ser entendidas como um 
 
a) conjunto de elementos, partes ou órgãos que compõem uma totalidade integrada e 
autossuficiente em torno de suas relações intra-sistêmicas. 
b) sistema de inputs e outputs de energia, recursos e informação necessários à reprodução 
da suas partes, mas com elevado grau de entropia em relação ao ambiente externo. 
c) conjunto de subsistemas de múltiplas entradas e saídas, submetido a uma relação 
instável, com o ambiente externo, e, portanto, com baixa previsibilidade no seu 
comportamento. 
d) complexo de subsistemas que se comportam de forma homogênea graças ao sistema de 
retroalimentação centralizado que permite uma perfeita homeostasia em relação com o 
ambiente externo. 
e) sistema orgânico com baixa diferenciação interna e alta adaptabilidade ao ambiente 
externo, levando a uma constante busca de comportamentos defensivos. 
 
 
Analisemos as alternativas 
 
a) ERRADO. Essa totalidade não é autossuficiente, e sim interdependente, 
de modo que a mudança em uma das partes provoca impacto sobre as 
outras. Nenhuma estrutura social ou organizacional é autossuficiente. 
 
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b) ERRADO. Não há elevado grau de entropia, pois entropia significa a 
tendência à exaustão, à morte do sistema e isso não é possível no sistema 
aberto, visto que este se abastece continuamente de energia (insumos), 
mantendo indefinidamente a sua estrutura organizacional. Esse 
abastecimento de energia reage contra a entropia. A essa reação contrária 
chamamos de entropia negativa ou negentropia. 
 
c) CERTO. A relação com o ambiente externo é instável porque este inclui 
variáveis desconhecidas e incontroláveis, gerando conseqüências 
probabilísticas (nunca determinísticas) e comportamentos com pouca 
previsibilidade. 
 
d) ERRADO. O erro está em dizer que os subsistemas se comportam de 
forma homogênea. O restante está correto: Retroalimentação é um 
feedback, é o retorno de uma saída sob a forma de informação (positiva ou 
negativa). Quando negativa (retroação negativa), o sistema tende a se 
autorregular, ou seja, buscar a homeostase (equilíbrio). 
 
e) ERRADO. Não há baixa diferenciação, e sim alta diferenciação, isto é, a 
multiplicação de funções internas. “funções globais são substituídas por 
funções mais especializadas, hierarquizadas e altamente diferenciadas” 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa C. 
 
 
Vejam esta outra da FCC 
 
ITEM 28. (FCC/2012/TRF-2/ ANALISTA JUDICIÁRIO – PSICOLOGIA) 
A principal contribuição da abordagem sistêmica ao Comportamento Organizacional é o 
conceito de organização como um sistema 
 
 a) aberto, em constante interação com seu ambiente. 
 b) fechado, que estabelece algumas trocas no ambiente. 
 c) semi-aberto, já que tem metas estabelecidas no intra-grupo. 
 d) flexível, porém raramente se modifica com as pressões do ambiente. 
 e) inflexível, pois preserva as normas internas. 
 
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Pessoal, vimos que a abordagem sistêmica trouxe uma nova maneira de 
visualizar as organizações sob um ponto de vista macro e envolvente que 
nenhuma teoria anterior havia conseguido. Visualizam-se as organizações 
como sistemas abertos em constante interação com o ambiente. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa A. 
6.4.2. Teoria da Contingência 
 
Dois sociólogos ingleses, Burns e Stalker, em virtude de pesquisas 
relacionando práticas administrativas com o ambiente externo, classificaram 
as organizações industriais em dois tipos: organizações mecanísticas e 
organizações orgânicas. A perspectiva é sistêmica. 
 
As organizações mecanísticas são próprias de ambientes estáveis e 
permanentes enquanto as orgânicas são adequadas para condições 
ambientais de mudança e inovação. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS MECÂNICOS E ORGÂNICOS
Características Sistemas Mecânicos Sistemas Orgânicos
Estrutura Organizacional Burocrática, permanente, rígida 
e definitiva
Flexível, mutável, adaptativa e 
transitória
Autoridade Baseada na hierarquia e no 
comando
Baseada no conhecimento e 
na consulta
Desenho de cargos e Tarefas Definitivo. Cargos estáveis e 
definidos. Ocupantes 
especialistas e univalentes
Provisório. Cargos mutáveis, 
redefinidos constantemente. 
Ocupantes polivalentes
Processo Decisorial Decisões centralizadas na 
cúpula da organização
Decisões descentralizadas ad 
hoc (aqui e agora)
Comunicações quase sempre verticais quase sempre horizontais
Confiabilidade em: Regras e regulamentos 
formalizados por escrito e 
impostos pela empresa
Pessoas e comunicações 
informais entre as pessoas
Princípios Predominantes Princípios gerais da Teoria 
Clássica
Aspectos democráticos da 
Teoria das Relações Humanas
Ambiente Estável e permanente Instável e dinâmico.
Fonte: Chiavenato (2003) 
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Isto caiu em questão da FGV! Vejamos: 
 
ITEM 29. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) 
Assinale a alternativa que apresente uma característica dos sistemas mecânicos 
organizacionais. 
 
(A) Autoridade baseada no conhecimento. 
(B) Processo decisorial ad hoc. 
(C) Estrutura definitiva. 
(D) Comunicações quase sempre horizontais. 
(E) Ambiente instável 
 
Fácil, não? O gabarito é a letra C. Organizações mecanísticas ou mecânicas 
caracterizam-se por ter estrutura definitiva ou permanente.São estáveis. 
Todas as outras alternativas estão erradas, são características dos sistemas 
orgânicos. 
 
Vejamos outra questão sobre este tema 
 
ITEM 30. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) 
De acordo com a Teoria das Contingências, há dois tipos de sistemas organizacionais: 
mecanicistas e orgânicos. 
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. A rigidez é uma característica dos sistemas mecanicistas. 
II. A previsibilidade é uma característica dos sistemas orgânicos. 
III. O ambiente estável é uma característica dos sistemas orgânicos. 
 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas 
 
Já vimos isto! O gabarito é a letra A. 
 
A afirmativa I está correta. De fato os sistemas mecânicos são estáveis, 
permanentes, avessos à mudança, e portanto rígidos. 
As afirmativas II e III estão erradas. São características dos sistemas 
mecânicos. 
 
 
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Já na década de 1970, Lawrence e Lorsch inauguraram a teoria da 
contingência. Através dos resultados de suas pesquisas demonstraram que 
as organizações utilizam dois mecanismos básicos de funcionamento: a 
diferenciação e a integração administrativas. A diferenciação diz respeito à 
subdivisão das organizaçõesem departamentos com tarefas especializadas. 
Cada departamento reage somente à parte do ambiente que é relevante 
para sua atividade. As demandas de ambientes específicos corresponderão à 
departamentos na organização, com os quais se relacionarão. 
 
A integração é o processo oposto: do ambiente externo surgem pressões 
para que haja unidade de esforços entre os vários departamentos da 
organização. 
 
Chiavenato ressalta que os dois mecanismos são opostos e antagônicos. 
Quanto mais diferenciação existe na organização mais difícil é a solução de 
problemas. Contudo, as organizações que conseguem se diferenciar 
(processo típico do crescimento da organização) e ao mesmo tempo 
conseguem integrar todas estas partes garantirão sucesso. 
 
A abordagem contingencial manteve o foco nas tarefas, nas pessoas e na 
estrutura organizacional e agregou a perspectiva da sobrevivência e do 
crescimento em ambientes mutáveis. Nesta perspectiva tudo é mutável, 
tudo é relativo, tudo é contingente. O contexto ambiental é que vai ditar os 
rumos das operações das empresas. As que se adaptam são bem sucedidas. 
 
A Teoria da contingência baseia-se no conceito de Homem Complexo. 
 
Vejam esta outra questão da FGV. 
 
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ITEM 31. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) 
Com relação à teoria contingencial, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. As organizações possuem natureza sistêmica. 
II. Existem princípios universais de administração. 
III. As características ambientais condicionam o ambiente organizacional. 
 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
O gabarito é a letra D. Vejamos as afirmativas. 
A afirmativa I está correta, uma vez que a natureza das organizações para a 
teoria da contingência é sistêmica. 
A afirmativa II está errada. É justamente o contrário. Nesta teoria tudo é 
contingencial, tudo é mutável, e portanto incompatível com princípios 
universais. 
A afirmativa III está correta, é o contexto ambiental que dita o rumo da 
organização. 
 
 
Vejamos um quadro síntese das teorias administrativas. 
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ESQUEMA COMPARATIVO DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
Teoria Ênfase Concepção de homem Abordagem Sistema de Incentivos Relação entre objetivos 
organizacionais e objetivos 
individuais
Teoria Clássica
Nas tarefas e na estrutura 
organizacional
Homem econômico
Prescritiva e Normativa
Incentivos materiais e 
salariais
Identidade de interesses. 
Não há conflito perceptível
Teoria das Relações Humanas
Nas pessoas Homem Social
Prescritiva e Normativa
Incentivos sociais e 
simbólicos
Identidade de interesses. 
Todo conflito é indesejável e 
deve ser evitado
Teoria Neoclássica
No ecletismo: nas tarefas, nas 
pessoas e na estrutura
Homem organizacional e 
Administrativo
Prescritiva e Normativa
Incentivos mistos, tanto 
materiais como sociais
Integração entre objetivos 
organizacionais e objetivos 
individuais
Teoria da Burocracia
Na estrutura organizacional Homem organizacional 
Prescritiva e Normativa
Incentivos materiais e 
salariais
Não há conflito perceptível. 
Prevalência dos objetivos da 
organização
Teoria Estruturalista
Na estrutura e no ambiente Homem organizacional 
Explicativa e Descritiva
Incentivos mistos, tanto 
materiais como sociais
Conflitos inevitáveis e 
mesmo desejáveis que 
levam à inovação.
Teoria comportamental
Nas pessoas e no ambiente Homem Administrativo
Explicativa e Descritiva
Incentivos mistos Conflitos possíveis e 
negociáveis. Relação e 
equilíbrio entre eficácia e 
eficiência.
Teoria dos sistemas No ambiente Homem Funcional Explicativa e Descritiva Incentivos mistos Conflito de papéis
Teoria da contingência
No ambiente e na tecnologia, 
sem desprezar as tarefas, as 
pessoas e estrutura
Homem complexo
Explicativa e Descritiva
Incentivos mistos Conflito de papéis
Fonte: Chiavenato (2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. Evolução da administração publica no Brasil após 1930 
 
 
Antes de analisarmos as reformas administrativas no Brasil, façamos uma 
síntese dos modelos de administração pública. 
 
Na administração pública patrimonialista, própria dos Estados absolutistas 
europeus do século XVIII, o aparelho do Estado é a extensão do próprio 
poder do governante e os seus funcionários são considerados como 
membros da nobreza. O patrimônio do Estado confunde-se com o patrimônio 
do soberano e os cargos são tidos como sinecuras e prebendas (ocupações 
rendosas e de pouco trabalho). A corrupção e o nepotismo são inerentes a 
esse tipo de administração. 
 
A administração pública burocrática surge para combater a corrupção e o 
nepotismo do modelo anterior. São princípios inerentes a este tipo de 
administração a impessoalidade, o formalismo, a hierarquia funcional, a 
idéia de carreira pública e a profissionalização do servidor, consubstanciando 
a idéia de poder racional-legal. 
 
Os controles administrativos funcionam previamente, para evitar a 
corrupção. Existe uma desconfiança prévia dos administradores públicos e 
dos cidadãos que procuram o Estado com seus pleitos. São sempre 
necessários, por esta razão, controles rígidos em todos os processos, como 
na admissão de pessoal, nas contratações do Poder Público e no 
atendimento às necessidades da população. 
 
A administração burocrática, embora possua o grande mérito de ser efetiva 
no controle dos abusos, corre o risco de transformar o controle a ela 
inerente em um verdadeiro fim do Estado, e não um simples meio para 
atingir seus objetivos. Com isso, a máquina administrativa volta-se para si 
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mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. O 
seu grande problema, portanto, é a possibilidade de se tornar ineficiente, 
auto-referente e incapaz de atender adequadamente os anseios dos 
cidadãos. 
 
A administração pública gerencial, contudo, apresenta-se como solução para 
estes problemas da burocracia. Prioriza-se a eficiência da Administração, o 
aumento da qualidade dos serviços e a redução dos custos. Busca-se 
desenvolver uma cultura gerencial nas organizações, com ênfase nos 
resultados, e aumentar a governança do Estado, isto é, a sua capacidade de 
gerenciar com efetividade e eficiência. O cidadão passa a ser visto com 
outros olhos, tornando-se peça essencial para o correto desempenho da 
atividade pública, por ser considerado seu principal beneficiário, o cliente 
dos serviços prestados pelo Estado. 
 
A administração gerencial constitui um avanço, mas sem romper em 
definitivo com a administração burocrática, pois não nega todos os seus 
métodos e princípios. Na verdade, o gerencialismo apóia-se na burocracia, 
conservando seus preceitos básicos, como a admissão de pessoal segundo 
critérios rígidos, a meritocracia na carreira pública, as avaliações de 
desempenho, o aperfeiçoamento profissional e um sistema de remuneração 
estruturado. A diferença reside na maneira como é feito o controle, que 
passa a concentrar-se nos resultados, não mais nos processos em si, 
procurando-se, ainda, garantir a autonomia do servidor para atingir tais 
resultados, queserão verificados posteriormente. 
 
 
Vejamos agora as reformas administrativas implantadas no Brasil após 
1930. 
 
 
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7.1. A Reforma do DASP 
No Brasil, o modelo de administração burocrática emerge a partir dos anos 
30. A reforma da administração pública é empreendida no Governos Vargas 
por Maurício Nabuco e Luiz Simões Lopes. O objetivo era racionalizar a 
administração pública, com a criação de carreiras burocráticas na 
administração pública e a adoção do concurso como forma de acesso ao 
serviço público. A implantação da administração pública burocrática é uma 
consequência clara da emergência de um capitalismo moderno no país. 
Segundo Bresser Pereira: 
 
Com o objetivo de realizar a modernização administrativa, foi criado o Departamento 
Administrativo do Serviço Público - DASP, em 1936. Nos primórdios, a administração 
pública sofre a influência da teoria da administração científica de Taylor, tendendo à 
racionalização mediante a simplificação, padronização e aquisição racional de 
materiais, revisão de estruturas e aplicação de métodos na definição de 
procedimentos. Registra-se que, neste período, foi instituída a função orçamentária 
enquanto atividade formal e permanentemente vinculada ao planejamento. 
 
No que diz respeito à administração dos recursos humanos, o DASP representou a 
tentativa de formação da burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do 
mérito profissional. Entretanto, embora tenham sido valorizados instrumentos 
importantes à época, tais como o instituto do concurso público e do treinamento, não 
se chegou a adotar consistentemente uma política de recursos humanos que 
respondesse às necessidades do Estado. O patrimonialismo (contra o qual a 
administração pública burocrática se instalara), embora em processo de 
transformação, mantinha ainda sua própria força no quadro político brasileiro. O 
coronelismo dava lugar ao clientelismo e ao fisiologismo. 
 
Segundo Luciano Martins a implementação da Burocracia Profissional no 
Brasil, teve êxito apenas parcial, persistindo resquícios do Patrimonialismo: 
 
Na verdade, um padrão duplo foi estabelecido. Os altos escalões da administração 
pública seguiram essas normas e tornaram-se a melhor burocracia estatal da 
América Latina; os escalões inferiores (incluindo os órgãos encarregados dos serviços 
de saúde e de assistência social então criados) foram deixados ao critério clientelista 
de recrutamento de pessoal por indicação e à manipulação populista dos recursos 
públicos. 
 
O DASP marca o início da criação de estatutos e normas para as áreas 
fundamentais da administração pública, nas três áreas abaixo: 
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• Administração de materiais 
• Administração de Pessoal 
• Administração Financeira: 
 
A normatização da administração de material foi realizada com a criação da 
Comissão Permanente de Padronização em 1930 e da Comissão Permanente 
de Compras em 1931. 
 
Segundo Bresser, a reforma burocrática brasileira inicia-se de fato em 1936 
quando é criado o criado o Conselho Federal do Serviço Público Civil, que 
teria responsabilidade sobre a administração de Pessoal. Já em 1938 tal 
Conselho foi transformado no Departamento Administrativo do Serviço 
Público (DASP). 
 
O DASP teve vida longa na administração pública brasileira, vindo a ser 
extinto apenas em 1986. Ele passou a ser o órgão executor e, também, 
formulador da nova forma de pensar e organizar a administração pública. O 
DASP foi criado no início do Estado Novo, um momento em que o 
autoritarismo brasileiro ganhava força, com o objetivo de realizar a 
revolução modernizadora do país, industrializá-lo, e valorizar a competência 
técnica. Representou, assim, no plano administrativo, a afirmação dos 
princípios centralizadores e hierárquicos da burocracia clássica. 
 
Entre as principais realizações do DASP, podemos citar: 
• Ingresso no serviço público por concurso; 
• Critérios gerais e uniformes de classificação de cargos; 
• Organização dos serviços de pessoal e de seu aperfeiçoamento 
sistemático; 
• Administração orçamentária; 
• Padronização das compras do Estado; 
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• Racionalização geral de métodos. 
 
No que diz respeito à administração dos recursos humanos, o DASP tentou 
formar uma burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio do 
mérito profissional. Surgiram as primeiras carreiras burocráticas e tentou-se 
adotar o concurso como forma de acesso ao serviço público. 
 
Embora já existissem algumas carreira profissionalizadas na administração 
pública brasileira antes de 1930, a generalização das propostas weberianas 
como modelo de organização do serviço civil federal ocorreu somente a 
partir da Constituição de 1934, que determinou: 
 
Art. 170 - O Poder Legislativo votará o Estatuto dos Funcionários Públicos, 
obedecendo às seguintes normas, desde já em vigor: 
 
2º) a primeira investidura nos postos de carreira das repartições 
administrativas, e nos demais que a lei determinar, efetuar-se-á 
depois de exame de sanidade e concurso de provas ou títulos; 
 
Em 1939 entrou em vigor o “Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da 
União”, por meio do Decreto-Lei 1.713. Os cargos foram agrupados em 
classes e estruturados em carreiras e o concurso passou a ser utilizado para 
o provimento dos cargos. Este estatuto perdurou até 1951 quando foi 
substituído pela Lei 1711/52, que por sua vez perdurou até 1990, com a 
instituição do novo estatuto do servidor público federal, a lei 8.122, vigente 
até hoje. A despeito da intenção e da previsão legal de concursos o DASP 
não obteve êxito, conforme salienta Bresser Pereira: 
 
No que diz respeito à administração dos recursos humanos, o DASP representou 
a tentativa de formação da burocracia nos moldes weberianos, baseada no princípio 
do mérito profissional. Entretanto, embora tenham sido valorizados instrumentos 
importantes à época, tais como o instituto do concurso público e do treinamento, não 
se chegou a adotar consistentemente uma política de recursos humanos que 
respondesse às necessidades do Estado. O patrimonialismo (contra o qual a 
administração pública burocrática se instalara), embora em processo de 
transformação, mantinha ainda sua própria força no quadro político brasileiro. O 
coronelismo dava lugar ao clientelismo e ao fisiologismo. 
 
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Por fim, uma terceira frente do DASP foi a implementação de um modelo de 
administração financeira. O DASP também teve entre as suas atribuições a 
elaboração da proposta do orçamento federal e a fiscalização orçamentária. 
Antes da reforma burocrática da década de 1930, o orçamento era visto 
como uma mera enumeração de receitas e despesas. Foi a implantação do 
modelo racional-legal que permitiu que o orçamento fosse visto como um 
instrumento de planejamento. Até a criação do DASP, a proposta das 
despesas da União era realizada da seguinte maneira: 
 
• Estabelecimento de normas/prazos orçamentários através de lei ou 
Decreto-lei; 
• Designação de funcionários do Ministério da Fazenda para 
acompanharem a organização de propostas parciais das despesas dos 
Ministérios; 
• Apresentação, pelos ministérios, de propostas parciais de suas 
despesas, com justificativas minuciosas quanto às alterações 
realizadas; 
• Designação de comissão, sob a presidência do chefe de Gabinete do 
Ministroda Fazenda, para organizar a proposta geral; 
• Encaminhamento ao Presidente da República pelo Ministro da Fazenda, 
acompanhado de minuciosas exposições; 
• Encaminhamento à Câmara dos Deputados, após aprovação definitiva 
do Presidente da República. 
 
O orçamento nesta perspectiva era uma mera enumeração de receitas e 
despesas, baseadas no histórico dos anos anteriores. 
 
Até 1940, a política orçamentária era responsabilidade do Ministério da 
Fazenda. Nesse ano, foi criada a Comissão de Orçamento, subordinada ao 
Ministério da Fazenda, cuja presidência passava a ser acumulada pelo 
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presidente do DASP. Em 1945 o DASP assumiu plenamente a 
responsabilidade pela elaboração da proposta do orçamento federal, com a 
consequente extinção da comissão do Ministério da Fazenda. 
 
Após o final da Ditadura Vargas, no entanto, o ímpeto de profissionalização 
burocrática arrefeceu, com retorno de práticas clientelistas, conforme 
ressalta Luciano Martins: 
 
A queda da ditadura Vargas e a democratização do Brasil em 1945 não ajudaram 
muito a modernizar a administração pública como um todo. Se, de um lado, foram 
estabelecidos procedimentos mais transparentes para tornar a administração 
pública responsável perante o Congresso, de outro lado, esse mesmo instrumento 
foi usado pelos partidos políticos para ampliar suas práticas clientelistas 
profundamente enraizadas. Ser indicado para um cargo na administração pública — 
em um país onde a economia não criava empregos na mesma velocidade do 
crescimento demográfico — tornou-se a aspiração da classe média baixa e dos 
estratos socialmente menos privilegiados. Prover (e indicar para) esses cargos, por 
sua vez, era evidência de influência política e quase uma condição para o sucesso 
eleitoral. 
A prática do uso dessa moeda de troca implicou manter frouxas as regras para 
ingresso no serviço público e, ao mesmo tempo, em tornar inevitável a erosão da 
remuneração de seus quadros, graças ao inchamento e à baixa qualificação dos 
servidores da administração pública. As características típicas das administrações 
públicas dos países mais subdesenvolvidos tornaram- se características do grosso 
da burocracia do Brasil: excesso ou má distribuição de pessoal, absenteísmo, a 
ocupação simultânea de dois ou mais cargos públicos pela mesma pessoa, 
atividades paralelas e baixa produtividade. 
 
Vejamos algumas questões da CESPE 
 
 
ITEM 32. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) 
A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) teve 
como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão. 
 
Perfeito, pessoal! Embora a instituição do DASP não tenha eliminado os 
resquícios da administração patrimonialista, o objetivo era eliminar este 
modelo e implantar a administração burocrática. Portanto, a afirmativa está 
CERTA! 
 
 
 
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ITEM 33. (CESPE/INCA/GESTÃO PÚBLICA) 
O modelo burocrático caracteriza-se pela legitimidade oriunda do direito positivado, seja no 
uso de meios coercitivos previstos em lei, seja na definição da extensão dos poderes e 
deveres. Nesse contexto, o estabelecimento pelo DASP da padronização da compra pública 
e o estabelecimento do concurso para ingresso no serviço público são exemplos de ações de 
modelo burocrático do Estado. 
 
A afirmativa também está CERTA! O DASP representou a instituição de um 
modelo burocrático de gestão. Implantou modelos de administração de 
materiais e de pessoal baseadas no modelo Weberiano. A normatização da 
administração de material foi realizada com a criação da Comissão 
Permanente de Padronização em 1930 e da Comissão Permanente de 
Compras em 1931. Na administração de pessoal institui-se o concurso 
público para acesso aos cargos da administração pública. 
 
7.2. A segunda onda de Reformas Administrativas 
Uma segunda onda se baseou na modernização administrativa, que se 
diferencia da anterior porque prescreve a adequação do aparato estatal aos 
projetos específicos de desenvolvimento. Procura, assim, harmonizar meios 
- os arranjos organizacionais - e fins - os objetivos de desenvolvimento -, 
devendo-se buscar arranjos diferenciados - flexibilidade e descentralização - 
para finalidades igualmente diferentes. 
Os casos exemplares desta modalidade de transformação da gestão pública 
são: 
• a “administração paralela” da era JK - grupos ou comitês 
executivos para implementar o Plano de Metas; 
• a “administração para o desenvolvimento” do regime militar - 
crescimento e diferenciação da administração indireta como recursos 
flexibilizadores para o alcance de resultados de desenvolvimento. 
 
Ambos os casos se basearam em diagnósticos que apontavam como 
problemas a rigidez e a incapacidade de alcance de resultados da burocracia 
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governamental; o primeiro a partir da Comissão de Simplificação Burocrática 
- COSB, de 1956; o segundo a partir da Comissão Amaral Peixoto, de 1962. 
A implementação da administração paralela se deu de cima para baixo, 
mediante forte liderança presidencial. 
 
No caso do governo JK, a fim de dar conta das demandas desenvolvimentas 
duas realidades distintas forma incentivadas, segundo Luciano Martins: 
 
O Estado desenvolvimentista dos anos Kubitschek (1955-60) foi a verdadeira 
imagem dessas disparidades: ele proveu o governo de uma equipe altamente 
competente de servidores públicos capazes de projetar e implementar metas 
ambiciosas de desenvolvimento; e, ao mesmo tempo, os serviços públicos a cargo 
da burocracia do dia-a-dia continuaram a apresentar padrões extremamente 
baixos. A bizarra decisão de Juscelino Kubitschek de construir Brasília apenas 
agravou essa ambigüidade. 
 
Surge, então, o início das análises do sistema gerencial no governo JK com 
a criação de comissões especiais, como a Comissão de Estudos e Projetos 
Administrativos, objetivando a realização de estudos para simplificação dos 
processos administrativos e reformas ministeriais, e a Comissão de 
Simplificação Burocrática, que visa à elaboração de projetos direcionados 
para reformas globais e descentralização de serviços 
 
 
Com o golpe de 1964, voltamos a um período ditatorial. Tem-se início então 
a administração para o desenvolvimento, que aconteceu de forma 
tecnocrática, em regime ditatorial. 
 
Ressalte-se que, em ambos os casos, a adesão aos respectivos planos: o 
Plano de Metas, no primeiro caso, e os Planos Nacionais de Desenvolvimento 
- PND, no segundo, como vetores orientadores da ação governamental. 
Embora pragmática, esta estratégia gerou dois principais núcleos de 
disfunção, só aparentemente contraditórios: o engolfamento das estruturas 
paralelas - ágeis e flexíveis - pela burocracia ortodoxa remanescente; e a 
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exorbitância das estruturas paralelas, que escapavam ao controle da política 
e da burocracia. 
7.3. O Decreto-Lei 200 
 
O Decreto-Lei 200, em 1967, para alguns, foi considerado como um primeiro 
momento da administração gerencial brasileira, constituindo um marco na 
tentativa de superação da rigidez burocrática. Segundo o Plano Diretor da 
Reforma do Estado: 
 
A reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei nº 200, entretanto, constitui um 
marco na tentativa de superação da rigidez burocrática, podendo ser considerada 
como um primeiro momento da administração gerencial no Brasil.Mediante o 
referido decreto-lei, realizou-se a transferência de atividades para autarquias, 
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, a fim de obter-se 
maior dinamismo operacional por meio da descentralização funcional. Instituíram-
se, como princípios de racionalidade administrativa, o planejamento e o orçamento, 
o descongestionamento das chefias executivas superiores 
(desconcentração/descentralização), a tentativa de reunir competência e 
informação no processo decisório, a sistematização, a coordenação e o controle. O 
paradigma gerencial da época, compatível com o monopólio estatal na área 
produtiva de bens e serviços, orientou a expansão da administração indireta, numa 
tentativa de "flexibilizar a administração" com o objetivo de atribuir maior 
operacionalidade às atividades econômicas do Estado. Entretanto, as reformas 
operadas pelo Decreto-Lei nº 200/67 não desencadearam mudanças no âmbito da 
administração burocrática central, permitindo a coexistência de núcleos de 
eficiência e competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes 
no plano da administração direta ou central. O núcleo burocrático foi, na verdade, 
enfraquecido indevidamente através de uma estratégia oportunista do regime 
militar, que não desenvolveu carreiras de administradores públicos de alto nível, 
preferindo, ao invés, contratar os escalões superiores da administração através das 
empresas estatais. 
 
 
 
O Decreto-lei determinava em seus princípios fundamentais: 
 
Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes 
princípios fundamentais: 
I - Planejamento. 
II - Coordenação. 
III - Descentralização. 
IV - Delegação de Competência. 
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V - Contrôle. 
 
 
No bojo das transformações advindas pelo Decreto 200, foi instituído o 
Orçamento Plurianual de Investimentos. O OPI é trienal e instituído pelo Ato 
Complementar nº 43, de 29 de janeiro de 1969. 
É constituído pela programação de dispêndios da responsabilidade do 
Governo Federal, excluídas, apenas, as entidades da Administração Indireta 
e das Fundações que não recebam transferências do Orçamento da União. 
 
§ 1º O Orçamento Plurianual de Investimentos racionará as despesas de capital e 
indicará os recursos (orçamentários e extraorçamentários) anualmente destinados 
à sua execução, inclusive os financiamentos contratados ou previstos, de origem 
interna ou externa. 
§ 2º O Orçamento Plurianual de Investimentos compreenderá as despesas de 
capital de todos os Poderes, Órgãos e Fundos, tanto da administração direta quanto 
da indireta, excluídas apenas as entidades que não recebam subvenções ou 
transferências à conta do orçamento. 
§ 3º A inclusão, no Orçamento Plurianual de Investimentos, das despesas de capital 
de entidades da Administração Indireta, será feita sob a forma de dotações globais. 
 
 
Segundo o Plano Diretor da Reforma do Estado, ainda no período ditatorial 
do governo militar, houve uma nova onda modernizadora da administração 
Pública: 
 
Em meados dos anos 70, uma nova iniciativa modernizadora da administração 
pública teve início, com a criação da SEMOR - Secretaria da Modernização. Reuniu-
se em torno dela um grupo de jovens administradores públicos, muitos deles com 
formação em nível de pós-graduação no exterior, que buscou implantar novas 
técnicas de gestão, e particularmente de administração de recursos humanos, na 
administração pública federal. 
No início dos anos 80, registrou-se uma nova tentativa de reformar a burocracia e 
orientá-la na direção da administração pública gerencial, com a criação do 
Ministério da Desburocratização e do Programa Nacional de Desburocratização -
PrND, cujos objetivos eram a revitalização e agilização das organizações do Estado, 
a descentralização da autoridade, a melhoria e simplificação dos processos 
administrativos e a promoção da eficiência. As ações do PrND voltaram-se 
inicialmente para o combate à burocratização dos procedimentos. Posteriormente, 
foram dirigidas para o desenvolvimento do Programa Nacional de Desestatização, 
num esforço para conter os excessos da expansão da administração 
descentralizada, estimulada pelo Decreto-Lei 200/67. 
 
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Vejamos uma questão da FCC. 
 
ITEM 34. (FCC/2009/MPE-SE/Analista do Ministério Público) 
A Reforma Administrativa de 1967, implementada pelo Decreto-lei federal 200, 
 
 a) priorizou a atuação do Estado no fomento e regulamentação dos setores produtivos e a 
sua retirada como prestador direto de serviços públicos. 
 b) cerceou a autonomia das entidades integrantes da Administração indireta, submetendo-
as às mesmas regras previstas para a Administração direta, como licitações e concurso 
público. 
 c) retomou o processo de centralização da atuação administrativa. 
 d) introduziu mecanismos de parceria com instituições privadas sem fins lucrativos. 
 e) desencadeou um movimento de descentralização da atuação estatal, com a 
transferência de atividades a autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de 
economia mista. 
 
Analisemos as alternativas 
 
A) ERRADA. Nada disso! O decreto 200 incentivou a atuação do Estado 
na prestação de serviços na esfera produtiva, com a criação de 
diversas empresa na administração indireta. 
B) ERRADA. Foi o contrário! Através dos princípios da descentralização e 
delegação de competência a administração dotou estas entidades da 
administração indireta de grande autonomia, com regras de 
contratação de pessoal e compras diferentes em relação à 
administração direta. 
C) ERRADA. Como vimos foi o inverso, estabeleceu o princípio da 
descentralização. 
D) ERRADA. Esta foi a alternativa mais complicada, pois o Decreto 200 
estabeleceu mecanismos de convênio com a iniciativa privada, porém 
não há menção de “entidades sem fins lucrativos”. Esta é uma 
perspectiva que vai ser apresentada pela reforma de 1995, que 
veremos à frente. 
E) CERTA. De fato descentralizou-se as atividades governamentais para 
empresas públicas, e outras entidades da administração indireta. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa E. 
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ITEM 35. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO) 
As reformas realizadas por meio do Decreto-lei n.o 200/1967 não desencadearam 
mudanças no âmbito da administração burocrática central, o que possibilitou a coexistência 
de núcleos de eficiência e de competência na administração indireta e formas arcaicas e 
ineficientes no plano da administração direta ou central. 
 
Pessoal, afirmativa está CERTA! É cópia do texto do Plano Diretor da 
Reforma do Estado, onde se afirma que “as reformas operadas pelo Decreto-
Lei nº 200/67 não desencadearam mudanças no âmbito da administração 
burocrática central, permitindo a coexistência de núcleos de eficiência e 
competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no 
plano da administração direta ou central”. 
 
7.4. O Retrocesso de 1988 
A maioria dos autores, inclusive Bresser Pereira, considera que as ações 
implementadas no Governos JK, com a criação das Comissões, e no governo 
militar com a edição do Decreto 200 e a descentralização das ações 
governamentais para a administração indireta, forma um início da 
administração gerencial no Brasil. Todas estas ações, relembre-se estavam 
inseridas em um contexto de administração para o desenvolvimento. 
 
Bresser Pereira, no entanto, aponta que com a redemocratização do Brasil e 
a promulgação da Constituição de 1988, houve um retrocesso burocrático. 
Sinaliza o autor que, embora a redemocratizaçãoem 1985 representasse 
uma grande vitória democrática, teve como um de seus custos mais 
surpreendentes o loteamento dos cargos públicos da administração indireta 
e das delegacias dos ministérios nos Estados para os políticos dos partidos 
vitoriosos. Um novo populismo patrimonialista surgia no país. De outra 
parte, a alta burocracia passava a ser acusada, principalmente pelas forças 
conservadoras, de ser a culpada da crise do Estado, na medida em que 
favorecera seu crescimento excessivo. 
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A combinação destes dois fatores leva, na Constituição de 1988, a um 
retrocesso burocrático sem precedentes. Sem que houvesse maior debate 
público, o Congresso Constituinte promoveu um surpreendente 
engessamento do aparelho estatal, ao estender para os serviços do Estado e 
para as próprias empresas estatais praticamente as mesmas regras 
burocráticas rígidas adotadas no núcleo estratégico do Estado. A nova 
Constituição determinou a perda da autonomia do Poder Executivo para 
tratar da estruturação dos órgãos públicos, instituiu a obrigatoriedade de 
regime jurídico único para os servidores civis da União, dos Estados 
membros e dos Municípios, e retirou da administração indireta a sua 
flexibilidade operacional, ao atribuir às fundações e autarquias públicas 
normas de funcionamento idênticas às que regem a administração direta. 
Estas ações moralizadoras da administração pública, que Bresser chama de 
retrocesso burocrático, foi em parte uma reação ao clientelismo que 
dominou o país naqueles anos. 
 
As regras moralizadoras da Constituição de 1988 produziram dois 
resultados: o abandono do caminho rumo a uma administração pública 
gerencial e a reafirmação dos ideais da administração pública burocrática 
clássica; e de outro lado, dada a ingerência patrimonialista no processo, a 
instituição de uma série de privilégios, que não se estavam de acordo com 
os princípios da própria administração pública burocrática. Manteve-se na 
constituição de 1988 a estabilidade rígida para todos os servidores civis, 
diretamente relacionada à generalização do regime estatutário na 
administração direta e nas fundações e autarquias, a aposentadoria com 
proventos integrais sem correlação com o tempo de serviço ou com a 
contribuição do servidor. 
 
Estes fatores contribuíram para o desprestígio da administração pública 
brasileira, não obstante o fato de que os administradores públicos brasileiros 
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são majoritariamente competentes, honestos e dotados de espírito público. 
A competência da burocracia brasileira (especialmente a alta 
tecnoburocracia) foi demonstrada desde os anos 30, quando a administração 
pública profissional foi implantada no Brasil. A implantação da indústria de 
base nos anos 40 e 50, o ajuste nos anos 60, o desenvolvimento da infra-
estrutura e a instalação da indústria de bens de capital, nos anos 70, de 
novo o ajuste e a reforma financeira, nos anos 80, e a liberalização 
comercial nos anos 90, não teriam sido possíveis não fosse a competência e 
o espírito público da burocracia brasileira. 
 
O governo Collor, de maneira equivocada, tentou produzir respostas ao 
pretendo engessamento da administração pública, mas apenas agravou os 
problemas existentes, na medida em que se preocupava em destruir ao 
invés de construir. O governo Itamar Franco buscou essencialmente 
recompor os salários dos servidores, que haviam sido violentamente 
reduzidos no governo anterior. O discurso de reforma administrativa assume 
uma nova dimensão a partir de 1994, quando a campanha presidencial 
introduz a perspectiva da mudança organizacional e cultural da 
administração pública no sentido de uma administração gerencial 
7.5. A Nova Gestão Pública 
Uma terceira onda, inspirada na abordagem da reforma do Estado, surge a 
partir dos anos 90 como uma resposta à crise do Estado. Este debate se 
expressa em duas visões: inicialmente por teorias neoinstitucionalistas 
econômicas segundo as quais o Estado é, em princípio, um problema, a ação 
estatal é estruturalmente ineficiente e inconfiável na geração de bem estar, 
relativamente à idealização da eficiência do mercado pela economia 
neoclássica. Uma outra parte acentua a insuficiência do Estado na promoção 
de bem estar. 
 
 
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As duas visões preconizam profundas transformações no estado e na gestão 
pública. Na qualidade de movimento e discussão acadêmica e profissional, a 
proposta da “nova gestão pública”, nas décadas de 80 e 90, mostra-se 
fortemente imbuída da visão neoinstitucionalista e propõe processos de 
ajuste nos arranjos organizativos estatais, de sorte a reduzir seu tamanho e 
aplicar tecnologias gerenciais de ponta adotadas no setor privado. 
 
Na sequência, a “nova gestão pública” seguiria caminhos diversos. 
Concepções radicais que previam a drástica redução do estado e a aplicação 
maciça de tecnologia gerencial privada no setor público. Exemplos são a 
Nova Zelândia, a Austrália, a Grã Bretanha e os Estados Unidos. 
No outro caminho aparecem concepções mais conciliadoras que visavam a 
construção de uma burocracia governamental não tão rígida, procedimental 
e insulada, isto é, mais flexível, orientada para resultados, focada no 
cidadão e sujeita a crescente controle social. São os casos da Suécia, da Grã 
Bretanha e dos Estados Unidos, os dois últimos num revisionismo da fase 
anterior. 
 
No Brasil, os exemplos mais próximos de implementação de transformações 
na gestão pública na linha da reforma do Estado foram a reforma gerencial 
preconizada no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, o modelo 
de gestão por resultados proposto pelo PPA 2000-2003, a implementação do 
aparato regulatório a partir das privatizações e alguns elementos do 
processo de ajuste fiscal, notadamente a Lei de Responsabilidade Fiscal . 
 
Na administração pública gerencial a estratégia volta-se (1) para a definição 
precisa dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua 
unidade, (2) para a garantia de autonomia do administrador na gestão dos 
recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à 
disposição para que possa atingir os objetivos contratados, e (3) para o 
controle ou cobrança a posteriori dos resultados. Adicionalmente, pratica-se 
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a competição administrada no interior do próprio Estado, quando há a 
possibilidade de estabelecer concorrência entre unidades internas. No plano 
da estrutura organizacional, a descentralização e a redução dos níveis 
hierárquicos tornam-se essenciais. Em suma, afirma-se que a administração 
pública deve ser permeável à maior participação dos agentes privados e/ou 
das organizações da sociedade civil e deslocar a ênfase dos procedimentos 
(meios) para os resultados (fins). 
 
Vejam uma questão da CESPE 
 
ITEM 36. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
Uma das principais vantagens apontadas na nova gestão pública, ou gerencialismo, é o fato 
de ela facilitar a mensuração da eficiência e a avaliação dos resultados dos serviços públicos 
em geral, razão pela qual reduz as exigências de acompanhamento e controle da execução 
dos orçamentos e da consecução dos objetivos do planejamento governamental. 
 
Pessoal, a afirmativa está ERRADA! A administração gerencial troca o 
enfoque dado na administração burocrática, que era o controle a priori, paraa ênfase o controle a posteriore, ou seja, dos resultados. Mas isto não 
significa abrir mão do controle dos orçamentos ou dos objetivos traçados. 
Até porque se isto acontecer, pode-se não alcançar os resultados esperados. 
 
 
A administração pública gerencial inspirou-se na administração de empresas, 
mas não pode ser confundida com esta última. Enquanto a receita das 
empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na 
compra de seus produtos e serviços, a receita do Estado deriva de impostos, 
ou seja, de contribuições obrigatórias, sem contrapartida direta. Enquanto o 
mercado controla a administração das empresas, a sociedade - por meio de 
políticos eleitos - controla a administração pública. Enquanto a 
administração de empresas está voltada para o lucro privado, para a 
maximização dos interesses dos acionistas, esperando-se que, através do 
mercado, o interesse coletivo seja atendido, a administração pública 
gerencial está explícita e diretamente voltada para o interesse público. 
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Neste último ponto, como em muitos outros (profissionalismo, 
impessoalidade, etc.), a administração pública gerencial não se diferencia da 
administração pública burocrática. Na burocracia pública clássica existe uma 
noção muito clara e forte do interesse público. A diferença, porém, está no 
entendimento do significado do interesse público, que não pode ser 
confundido com o interesse do próprio Estado. Para a administração pública 
burocrática, o interesse público é freqüentemente identificado com a 
afirmação do poder do Estado. Ao atuarem sob este princípio, os 
administradores públicos terminam por direcionar uma parte substancial das 
atividades e dos recursos do Estado para o atendimento das necessidades da 
própria burocracia, identificada com o poder do Estado. O conteúdo das 
políticas públicas é relegado a um segundo plano. A administração pública 
gerencial nega essa visão do interesse público, relacionando-o com o 
interesse da coletividade e não com o do aparato do Estado. 
 
A administração pública gerencial vê o cidadão como contribuinte de 
impostos e como cliente dos seus serviços. Os resultados da ação do Estado 
são considerados bons não porque os processos administrativos estão sob 
controle e são seguros, como quer a administração pública burocrática, mas 
porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas. O 
paradigma gerencial contemporâneo ou paradigma pós-burocrático, 
fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, 
exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, 
descentralização de funções, incentivos à criatividade. Contrapõe-se à 
ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. À 
avaliação sistemática, à recompensa pelo desempenho, e à capacitação 
permanente, que já eram características da boa administração burocrática, 
acrescentam-se os princípios da orientação para o cidadão-cliente, do 
controle por resultados, e da competição administrada. 
 
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No presente momento, uma visão realista da reconstrução do aparelho do 
Estado em bases gerenciais deve levar em conta a necessidade de 
equacionar as assimetrias decorrentes da persistência de aspectos 
patrimonialistas na administração contemporânea, bem como dos excessos 
formais e anacronismos do modelo burocrático tradicional. Para isso, é 
fundamental ter clara a dinâmica da administração racional-legal ou 
burocrática. Não se trata simplesmente de descartá-la, mas sim de 
considerar os aspectos em que está superada, e as características que ainda 
se mantêm válidas como formas de garantir efetividade à administração 
pública. 
 
O modelo gerencial tornou-se realidade no mundo desenvolvido quando, 
através da definição clara de objetivos para cada unidade da administração, 
da descentralização, da mudança de estruturas organizacionais e da adoção 
de valores e de comportamentos modernos no interior do Estado, se revelou 
mais capaz de promover o aumento da qualidade e da eficiência dos serviços 
sociais oferecidos pelo setor público. A reforma do aparelho do Estado no 
Brasil significará, fundamentalmente, a introdução na administração pública 
da cultura e das técnicas gerenciais modernas. O gerencialismo é visto como 
um conjunto de idéias e crenças que tomam como valores máximos a 
própria gerência, o objetivo de aumento constante da produtividade, e a 
orientação para o consumidor. Fernando Abrucio (1996), em um panorama 
da administração pública gerencial, compara este “gerencialismo puro”, pelo 
qual designa a “nova administração pública”, com a abordagem adotada por 
Pollitt “orientada para o serviço público” e que visa a ser uma alternativa 
gerencial ao modelo britânico. 
 
Na verdade, esta abordagem é apenas uma tentativa de modernizar o velho 
modelo burocrático, não é uma alternativa gerencial. A idéia de opor a 
orientação para o consumidor (gerencialismo puro), à orientação para o 
cidadão (gerencialismo reformado), não faz sentido algum. Um dos 
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programas cruciais de reforma que está sendo implementado pelo Governo 
britânico é o Citizens Chart. O cidadão também é um consumidor. Qualquer 
administração pública gerencial tem de considerar o indivíduo, em termos 
econômicos, como consumidor (ou usuário) e, em termos políticos, como 
cidadão. 
7.6. Plano Diretor da Reforma do Estado 
O Plano Diretor procura criar condições para a reconstrução da 
Administração Pública em bases modernas e racionais, ou seja, 
diferenciando-se dos princípios racional-burocráticos, ou ainda, dos 
conceitos de patrimonialismo, pois estes ainda então persistem e precisam 
ser extirpados. 
 
O Plano Diretor da Reforma do Estado é elaborado pelo Ministério da 
Administração Federal e da Reforma do Estado e, depois de ampla 
discussão, aprovado pela Câmara da Reforma do Estado em sua reunião de 
21 de setembro de 1995. Em seguida é submetido ao Presidente da 
República, Fernando Henrique Cardoso, que o aprova. Seu lema era o de 
ajudar o Governo a funcionar melhor, ao menor custo possível, promovendo 
a administração gerencial, transparente e profissional, em benefício do 
cidadão. 
 
A definição dos objetivos e estratégias da reforma do aparelho do Estado 
apresentada a seguir decorre do diagnóstico e dos pressupostos teóricos que 
presidiram a análise anterior. Dada a crise do Estado e o irrealismo da proposta 
neoliberal do Estado mínimo, é necessário reconstruir o Estado, de forma que ele não 
apenas garanta a propriedade e os contratos, mas também exerça seu papel 
complementar ao mercado na coordenação da economia e na busca da redução das 
desigualdades sociais. 
Reformar o Estado significa melhorar não apenas a organização e o pessoal do 
Estado, mas também suas finanças e todo o seu sistema institucional-legal, de forma 
a permitir que o mesmo tenha uma relação harmoniosa e positiva com a sociedade 
civil. 
A reforma do Estado permitirá que seu núcleo estratégico tome decisões mais 
corretas e efetivas, e que seus serviços - tanto os exclusivos, que funcionam 
diretamente sob seu comando, quanto os competitivos, que estarão apenas 
indiretamente subordinados na medida que se transformem em organizações 
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públicas não-estatais - operem muito mais eficientemente. Reformar o aparelho do 
Estadosignifica garantir a esse aparelho maior governança, ou seja, maior 
capacidade de governar, maior condição de implementar as leis e políticas públicas. 
Significa tornar muito mais eficientes as atividades exclusivas de Estado, através da 
transformação das autarquias em "agências autônomas", e tornar também muito 
mais eficientes os serviços sociais competitivos ao transformá-los em organizações 
públicas não-estatais de um tipo especial: as "organizações sociais". Na reforma do 
aparelho do Estado podemos distinguir alguns objetivos globais e objetivos 
específicos para seus quatro setores. 
 
O Plano Diretor diz que a administração gerencial é a solução do problema 
da administração burocrática. Isto porque a flexibilização da estabilidade dos 
servidores, do sistema de licitações e dos orçamentos que deixariam de ser 
tão detalhados, representaria a superação dos obstáculos por meio de 
mudança das leis e das instituições seguida de evolução para o sentido de 
uma administração pública gerencial. 
 
Objetivou-se organizar as estruturas da administração com ênfase na 
qualidade e na efetividade do serviço público, além de verdadeira 
profissionalização do servidor público, que passaria a receber ganhos mais 
justos para todas as funções. 
 
As propostas então apresentadas que se converteram nas Emendas 
Constitucionais nº 19 e 20, de 1998, tinham como objetivos respectivos 
tornar efetivas conquistas da Constituição de 1988, ainda não concretizados, 
definir tetos precisos de remuneração para servidores ativos e inativos, 
flexibilizar a estabilidade e permitir regimes jurídicos diferenciados para os 
servidores, assegurar que as aposentadorias ocorressem em idade razoável 
e fossem proporcionais ao tempo de contribuição do servidor. 
 
A motivação negativa para os seus servidores também é essencial. Ou seja, 
a demissão por insuficiência de desempenho seria capaz de fazer o servidor 
comum valorizar o seu trabalho. 
 
Com o fim de modernizar o aparelho do Estado, também devem ser criados 
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mecanismos que viabilizem a integração dos cidadãos, no processo de 
definição, implementação e avaliação da ação pública. Isto porque, por meio 
de controle social crescente, será possível garantir a qualidade dos serviços 
públicos. 
 
Entre tantos objetivos, o mais importante, no texto de apresentação do 
Plano Diretor, diz respeito ao servidor público. É o de sua valorização 
mediante sua maior motivação profissional, remuneração condizente com o 
mercado de trabalho nacional e razoável segurança no seu vínculo 
profissional com o Estado. 
 
Se quisermos avançar na adoção de formas modernas de gestão pública, é 
imprescindível, também, que os servidores passem a ter uma nova visão de seu 
papel, pois é no dia a dia do exercício das funções públicas que a mais profunda e 
verdadeira reforma vai realizar-se. 
 
O PDRAE adota muitos dos princípios das reformas gerenciais, entre eles o 
de que o Estado deve transferir serviços para a iniciativa privada. Segundo o 
documento: 
 
A reforma do Estado deve ser entendida dentro do contexto da redefinição do papel 
do Estado, que deixa de ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e 
social pela via da produção de bens e serviços, para fortalecer-se na função de 
promotor e regulador desse desenvolvimento. No plano econômico o Estado é 
essencialmente um instrumento de transferências de renda, que se torna necessário 
dada a existência de bens públicos e de economias externas, que limitam a 
capacidade de alocação de recursos do mercado. 
 
O PDRAE identificou então quatro segmentos de organização do Estado, 
formas de relacionamento com a sociedade, no que concerne à distribuição 
de responsabilidades. 
 
Núcleo Estratégico: Corresponde ao governo, em sentido lato. É o setor 
que define as leis e as políticas públicas, e cobra o seu cumprimento. É, 
portanto, o setor onde as decisões estratégicas são tomadas. Corresponde 
aos Poderes Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e, no poder 
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executivo, ao Presidente da República, aos ministros e aos seus auxiliares e 
assessores diretos, responsáveis pelo planejamento e formulação das 
políticas públicas. Aqui, as decisões devem ser as melhores, atender ao 
interesse nacional e ter efetividade. O regime de propriedade deve ser 
necessariamente estatal. 
 
Atividades Exclusivas: É o setor em que são prestados serviços que só o 
Estado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder extroverso do 
Estado – o poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. Como exemplos 
temos: a cobrança e fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência social 
básica, o serviço de desemprego, a fiscalização do cumprimento de normas 
sanitárias, o serviço de trânsito, a compra de serviços de saúde pelo Estado, 
o controle do meio ambiente, o subsídio à educação básica, o serviço de 
emissão de passaportes, etc. A propriedade só pode ser também estatal. 
 
Atividades Não-Exclusivas: Corresponde ao setor onde o Estado atua 
simultaneamente com outras organizações públicas não-estatais e privadas. 
As instituições desse setor não possuem o poder de Estado. Este, 
entretanto, está presente porque os serviços envolvem direitos humanos 
fundamentais, como os da educação e da saúde, ou porque possuem 
“economias externas” relevantes, na medida em que produzem ganhos que 
não podem ser apropriados por esses serviços através do mercado. As 
economias produzidas imediatamente se espalham para o resto da 
sociedade, não podendo ser transformadas em lucros. São exemplos deste 
setor: as universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus. A 
situação ideal de propriedade é, nesse caso, a pública não-estatal. 
 
Produção de Bens e Serviços para o Mercado: Corresponde à área de 
atuação das empresas. É caracterizado pelas atividades econômicas voltadas 
para o lucro que ainda permanecem no aparelho do Estado como, por 
exemplo, as do setor de infra-estrutura. Estão no Estado seja porque faltou 
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capital ao setor privado para realizar o investimento, seja porque são 
atividades naturalmente monopolistas, nas quais o controle via mercado não 
é possível, tornando-se necessário no caso de privatização, a 
regulamentação rígida. Aqui a propriedade privada é a regra. 
 
O quadro abaixo traz uma síntese dos quatro segmentos de organização do 
Estado, seus modelos de gerenciamento ideais e tipos de propriedade, 
segundo o modelo concebido por Bresser Pereira: 
 
 
Vejamos algumas questões. 
 
ITEM 37. (FCC/2010/TCE-RO/AUDITOR) 
A Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e 
Reforma do Estado (MARE), implantada nos anos 90, diferenciou-se da reforma proposta 
pelo Decreto Lei nº 200 de 1967 ao 
 
 
 a) recuperar a capacidade de planejamento, coordenação e regulação do aparelho de 
Estado federal sobre a administração indireta e fundacional. 
 b) priorizar a eficiência e a flexibilização da gestão pública e fortalecer a posteriori os 
sistemas de controle da atividade administrativa. 
 c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da 
economia. 
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 d) propor a substituição do modelo burocrático pela administração gerencial, com foco no 
cidadão, reforçando os sistemas de controles a priori. 
 e) enfatizaro fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, ampliando e fortalecendo os 
sistemas centralizados de controle de processos. 
 
Analisemos as alternativas: 
 
A) ERRADA. A reforma de 1967 (Decreto lei 200) estabeleceu como 
princípios o planejamento, a coordenação, a descentralização, a 
delegação de competência e o controle. O Plano Diretor também 
visava recuperar o poder de planejamento da Administração Pública. 
B) CERTA. Um marco do PDRAE foi o estabelecimento do princípio da 
eficiência (incluindo-o inclusive como princípio constitucional). 
Também propugnava a flexibilização dos sistemas de gestão, adotando 
os princípios da adminsitração gerencial. A reforma de 67 estava 
pautada ainda em princípios burocráticos, e o controle era realizado a 
priori. Já o pressuposto da reforma de 1995 foi o estabelecimento da 
confiança limitada com controles a posteriore. 
C) ERRADA. Esta foi a intenção da reforma de 1967. O PDRAE visava 
retirar o Estado da ação direta no mercado. Pretendia privatizar todos 
os setores de produção direta para o mercado. 
D) ERRADA. Embora Bresser Pereira sinalize que a reforma de 1967 foi o 
primeiro indício de administração gerencial no Brasil, não foi intenção 
da reforma substituir o modelo burocrático por um modelo gerencial ( 
sequer havia sido concebido conceitualmente), muito menos 
estabelecer controles a posteriore. 
E) ERRADA. A reforma de 67 enfraqueceu administração direta, embora 
tenha fortalecido sobremaneira o núcleo central( o governo ditatorial). 
Ambas as reformas porém visavam promover a descentralização. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa B. 
 
 
 
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ITEM 38. (FCC/2011/TRE-RN/Analista Judiciário/Área Administrativa) 
O principal objetivo do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo 
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), publicado em 1995, foi 
 
 a) reduzir o planejamento centralizado, transferindo os instrumentos de coordenação e 
regulação do Aparelho de Estado federal para os governos estaduais. 
 b) implantar a gestão por resultados, fortalecendo os sistemas de controle a posteriori da 
ação governamental. 
 c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da 
economia. 
 d) propor a substituição do modelo patrimonial pela administração pública, com foco no 
cidadão, reforçando os sistemas de controles burocráticos. 
 e) fortalecer os órgãos centrais de planejamento estratégico do Estado, ampliando os 
sistemas de controle de processos. 
 
Analisemos as alternativas 
 
A) ERRADA. O planejamento deveria ser fortalecido no núcleo 
estratégico do Estado, que continuaria regulando o aparelho estatal 
federal. Afirmação absurda de transferência para os estados, pois 
infringiria o princípio federativo. 
B) CERTA. Foi preconizado no PDRAE a gestão por resultados, com 
controle a posteriore, através do conceito de confiança limitada. 
C) ERRADA. Ao contrário! O plano previa reduzir a participação do 
Estado nos setores produtivos da economia e a publicização de 
atividades não-exclusivas. 
D) ERRADA. Nada disso! O PDRAE visava a substituição do modelo 
burocrático pelo modelo gerencial. 
E) ERRADA. Fortalecer o núcleo estratégico e de atividades exclusivas 
sim, mas com foco nos resultados e não nos controles. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa B. 
 
 
 
 
 
 
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ITEM 39.(FCC/2010/BAHIAGÁS/ANALISTA DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS) 
O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (1995) teve como um dos objetivos 
específicos para o setor de Serviços Não-exclusivos 
 
 
 a) transferir para o setor público não estatal estes serviços, por meio de um programa de 
publicização, transformando as atuais fundações públicas em organizações sociais. 
 b) aumentar a efetividade estratégica, de forma que os objetivos democraticamente 
acordados sejam efetivamente alcançados. 
 c) transformar as autarquias e fundações que possuem poder de Estado em agências 
autônomas, administradas por um contrato de gestão. 
 d) fortalecer práticas de adoção de mecanismos que privilegiem a participação popular 
tanto na formulação quanto na avaliação de políticas públicas. 
 e) modernizar a administração burocrática por meio de uma política de profissionalização 
deste serviço público. 
 
Pessoal, segundo o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado – Item 
6.4, Objetivos para os Serviços Não-exclusivos: 
 
“Transferir para o setor publico não-estatal estes serviços, através de um 
programa de “publicização”, transformando as atuais fundações públicas em 
organizações sociais, ou seja, em entidades de direito privado, sem fins 
lucrativos, que tenham autorização específica do poder legislativo para 
celebrar contrato de gestão com o poder executivo e assim ter direito a 
dotação orçamentária 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa A 
 
ITEM 40. (FCC/MPE-SE/2009/ANALISTA ADMINISTRAÇÃO) 
O conceito de “publicização”, idealizado pela Reforma do Aparelho do Estado, significa 
 
(A) a transferência compulsória ao poder público de atividades originalmente de 
responsabilidade do Estado, como saúde e educação. 
(B) a estatização de atividades estratégicas. 
(C) a transferência de atividades antes desempenhadas por entes públicos, especialmente 
na área social, a entidades privadas sem fins lucrativos. 
(D) a ampliação da atuação direta do Estado na área social e a redução da sua atuação em 
setores produtivos. 
(E) o movimento de ampliação das informações à sociedade acerca da atuação da 
Administração 
 
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Pessoal, o conceito de publicização no PDRAE referia-se à transferência de 
atividades não-exclusivas do Estado, como educação e saúde, para 
organizações sem fins lucrativos. 
Portanto, o gabarito é a alternativa C. 
 
ITEM 41. (FCC/MPE-SE/2009/ANALISTA ADMINISTRAÇÃO) 
NÃO se inclui entre as principais causas que levaram à Reforma do Aparelho do Estado, 
implementada no Brasil nos anos 90, a 
 
(A) a incapacidade do governo de gerar poupança interna e com isso realizar os 
investimentos públicos demandados pela sociedade. 
(B) crise fiscal, caracterizada pela crescente perda de crédito por parte do Estado e pelo 
esgotamento da poupança pública. 
(C) intenção de ampliar a intervenção direta do Estado no domínio econômico, dada a 
crescente demanda da sociedade por bens e serviços públicos. 
(D) necessidade de implementação de uma política de ajuste fiscal, como consequência do 
cumprimento de obrigações com organismos internacionais. 
(E) a crise do modelo burocrático de administração, permeado por práticas patrimonialistas 
e clientelistas. 
 
Pessoal, conforme estudamos nesta aula e na aula sobre os modelos de 
administração pública, a substituição do modelo burocrático pelo modelo 
gerencial (preconizado pelo PDRAE) deveu-se à crise fiscal do Estado, que 
reduzia sua poupança interna e capacidade de investimento e intervenção na 
economia. Por conta disto o Estado precisou implantar políticas de ajuste 
fiscal, que redundaram em redução das despesas, especialmente nas áreas 
sociais. Adicionalmente, o modelo burocrático brasileiro, de fato, convivia 
com práticas patrimonialistas e clientelistas como ressalta Bresser Pereira. 
Com isto as alternativas A, B, D e E apontam as principais causas para a 
formulação do PDRAE. 
 
A alternativa C não corresponde a uma destas causas, pois em função da 
crise fiscal do Estado a intenção era diminuir a participação direta do Estado 
na economia e não aumentá-la. 
 
Portanto,o gabarito é a alternativa C. 
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ITEM 42. (FCC/PGE-RJ/ADMINISTRADOR) 
O Plano Diretor para a Reforma do Aparelho do Estado de 1995 definiu novos modelos de 
organização para a Administração Pública Federal. São eles: 
 
(A) as parcerias público-privadas, as autarquias e as fundações. 
(B) os consórcios públicos, as organizações federais e as autarquias executivas. 
(C) as organizações sociais, as agências reguladoras e as parcerias público-privadas. 
(D) as organizações sociais, as agências executivas e as agências reguladoras. 
(E) as agências executivas, as fundações e as organizações públicas não-estatais 
 
 
 
Pessoal, o PDRAE previa a criação de agência executivas, através de 
contratos de gestão e agências reguladoras como forma de monitorar as 
atividades econômicas em que o Estado não mais atuaria diretamente. 
Também preconizava a transferência de atividades não-exclusivas do Estado 
para organizações sociais, sem fins lucrativos. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa D. 
 
Agora vejamos questões da FUNRIO pra finalizar esta seção. 
 
ITEM 43. (FUNRIO/FURNAS/2009/ADMINISTRAÇÃO GERAL) 
O Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado faz critica a burocracia clássica 
introduzida durante o Governo Getúlio Vargas (1930- 1945), oriundo de um pacto popular-
nacional que recebeu apoio da burguesia industrial e da classe média tecnoburocrática com 
o objetivo de superar o modelo de administração dominante e implantar uma burocracia 
moderna para formar um novo corpo administrativo. As mudanças introduzidas pela 
Reforma Burocrática da Administração Pública foram a criação do 
 
A) Serviço Público Federal escalonado em carreira, cargos, funções, concursos públicos para 
todos os agentes políticos, por decorrência abolindo os cargos em comissão. 
B) Conselho Federal do Serviço Público e do Departamento Administrativo do Serviço 
Público (DASP), para a racionalização geral de métodos ao definir as políticas setoriais de 
serviços e agentes públicos, escalonado em classificação de cargos, funções, concursos 
públicos, administração orçamentária e padronização das compras. 
C) Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) para tratar dos assuntos 
estratégicos de Estado, racionalizando os setores de serviços e agentes públicos, escalonado 
em classificação de carreiras e administração orçamentária, exclusivamente. 
D) Programa Nacional de Desburocratização, pelo Decreto-Lei 83.936, revogado pelo 
Decreto 5.378. 
E) criação do Conselho Federal do Serviço Público pelo Decreto-Lei 83.936, revogado pelo 
Decreto 5.378, com a atribuição do gerenciamento do GES-PUBLICA – Programa Nacional 
de Gestão Pública e Desburocracia. 
 
 
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Questão tranquila não é pessoal? Analisemos as alternativas 
 
A) ERRADO. Não se aboliu os cargos em comissão. 
B) CERTO. A Reforma do Governo Getúlio Vargas criou o DASP e o 
Conselho Federal do Serviço Público. 
C) ERRADO. O DASP não foi criado para tratar assuntos estratégicos do 
estado, mas sim para racionalizar as ações dos serviços públicos. 
D) ERRADO. O Programa Nacional de Desburocratização foi criado na 
década de 80, durante o governo militar. 
E) ERRADO. O GESPÚBLICA é um programa do governo federal criado 
No ano de 2005, durante o governo Lula. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa B. 
 
 
ITEM 44. (FUNRIO/FURNAS/2009/ADMINISTRAÇÃO GERAL) 
A reforma do aparelho do Estado tornou-se imperativa, não apenas porque ela se constituiu 
em uma resposta à crise generalizada do Estado, mas também porque está sendo 
caracterizada como uma forma de defender a coisa pública, enquanto patrimônio de todos e 
para todos. O Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado, que propugna por um 
Estado regulador, menor, ágil e eficiente, que criou um novo cenário administrativo ao criar 
e extinguir instituições, como também extinguiu o regime jurídico único e diminui os direitos 
dos servidores públicos, foi uma inovação introduzida 
 
A) pela Constituição Federal e a lei 8.112, pelo Governo Sarney. 
B) pela profissionalização da gestão pública, iniciada no Governo Itamar Franco. 
C) pela Reforma Política e Econômica, em 2003, no inicio do Governo Lula. 
D) pela Reforma Administrativa “Bresser Pereira”, no Governo Fernando Henrique Cardoso, 
principalmente, pela Emenda Constitucional 19, e leis especiais. 
E) pela Reforma Administrativa Gerencial, no Governo Lula, no programa conhecido por 
PAC. 
 
 
Pessoal, conforme vimos em aula, A Reforma do Aparelho do estado foi 
proposta por Luís Carlos Bresser Pereira, durante o governos Fernando 
Henrique Cardoso. Suas principais consecuções foram realizadas através da 
emenda constituição 19 (Reforma Administrativa) e algumas leis que 
produziram alterações importantes na administração pública brasileira. 
Portanto, o gabarito é a alternativa D. 
 
 
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7.7. O Governo Lula 
 
Em seu primeiro ano de mandato, o governo Lula lançou o Plano “Gestão 
pública para um país de todos”. Tal documento partiu do pressuposto de que 
“tanto os desafios contextuais quanto as condições de funcionamento dos 
Estados — principalmente aqueles em desenvolvimento —, exigem ações no 
sentido de se buscar seu fortalecimento institucional”. Além disso: 
 
“O quadro de desigualdades clama por um Estado ativista, promotor da justiça 
social; o de escassez clama por esforços de otimização; o quadro global competitivo 
requer um Estado regulador e uma gestão econômica consistente; e a conquista da 
democracia exige um novo padrão de deliberação que considere o cidadão como o 
foco da ação pública”. 
 
O Plano tinha como objetivo principal fortalecer o Estado através de: 
1. redução do “déficit institucional”, definido como a ausência do Estado 
onde ele deveria estar atuando, 
2. aumento da governança, que significaria promover a capacidade do 
governo em formular e implementar políticas públicas e em decidir, entre 
diversas opções, qual a mais adequada. 
3. aumento da eficiência, otimizando recursos (fazer mais e melhor com 
menos)h a t 
4. transparência e participação, assegurando, dessa forma, o 
comprometimento da sociedade e a legitimação do processo. 
 
A expressão “déficit institucional” é bastante usada pelo Governo Lula para 
se referir “ausência do Estado onde este deveria estar atuando”. Ele “é 
resultado de um processo histórico de construção nacional, que produziu um 
Estado incompleto, cujas lacunas vão sendo progressivamente preenchidas 
pelo “não-Estado” — desde o crime organizado, que afronta a cidadania, ao 
mercado, que ignora a eqüidade”. O déficit se manifesta tanto na amplitude 
do atendimento dado pelas instituições públicas, quanto na qualidade desse 
atendimento. Nas organizações do Poder Executivo Federal, o Plano de 
Gestão Pública tinha como objetivo contemplar, no médio e longo prazos: 
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• a redefinição das estratégias, 
• a recomposição da força de trabalho, 
• a reconfiguração das estruturas e processos 
• o redimensionamento de recursos em bases mais eficientes e 
direcionadas para resultados. 
• 
A construção do novo modelo de gestão pública deveria pautar-se nos 
seguintes princípios ou premissas orientadoras: 
 
• O Estado como parte essencial da solução, voltado à redução das 
desigualdades e à promoção do desenvolvimento; 
• O cidadão como beneficiário principal. Trata-se de considerá-lo 
membrode uma comunidade cívica, organizada e plena de direitos e 
deveres, ampliando-se a consciência cidadã, recriando-se a solidariedade e 
definindo-se critérios de justiça social; o cidadão não é um mero consumidor 
de bens ou serviços públicos; 
• O Plano de Gestão Pública como uma definição de Governo, 
supraministerial, independentemente da origem das proposições iniciais, das 
modificações, das exclusões e das inclusões incorporadas durante o processo 
de discussão. A proposta de gestão pública deve ser construída 
coletivamente, sendo o Presidente da República o seu empreendedor 
máximo; 
• Integração do Plano de Gestão Pública às demais políticas de 
Governo. Com o endosso do Presidente da República, o Plano adquire poder 
de integração de políticas. Será um instrumento de geração de resultados, 
flexível para permitir soluções específicas para as diversas áreas da ação 
governamental, ao mesmo tempo em que impede a fragmentação e a 
coexistência de políticas, projetos, e programas concorrentes e/ou 
contraditórios; 
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• Envolvimento, mobilização, incentivo e participação dos servidores e 
demais atores envolvidos são fundamentais. A definição de estratégias de 
intervenção ou indução de processos de mudança deve ser baseada na 
adesão das organizações e setores, na capacitação e na motivação 
intensivas, além da troca constante de informações. Superam-se, assim, as 
transformações baseadas predominantemente no caráter legalista e 
coercitivo, em favor de uma abordagem que resgate a formulação de 
políticas de gestão baseadas em incentivos institucionais e pessoais; 
• Problemas em busca de soluções. O Plano de Gestão Pública será 
formulado a partir de diagnóstico abrangente e sistemático, que identifique 
problemas e suas causas e não apenas seus sintomas. Abrangente, para 
permitir a identificação de problemas sistêmicos e transversais; e contínuo, 
para dotar de maior racionalidade as decisões estratégicas sobre objetivos e 
ações; 
• Pluralismo de instrumentos, ferramentas e metodologias. A escolha 
será feita em função dos problemas identificados no diagnóstico ao invés da 
adoção, a priori, de modismos gerenciais que possam induzir à 
transplantação acrítica de idéias e soluções. 
 
As ações se concentrariam em três frentes de atuação, paralelas, integradas 
e complementares 
 
1. Modelo de Gestão dos Programas do PPA 
2. Instrumentos de Gestão 
3. Estruturação da Administração Pública Federal 
 
As ações do Plano de Gestão Pública estariam voltadas à implementação e 
redefinição dos programas — quando da revisão do PPA —, tendo como 
objeto, principalmente: 
 
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• a definição do papel do gerente do programa e suas intersecções com 
os quadros dirigentes; 
• a integração em rede entre programas, organizações e processos de 
trabalho relativos aos mesmos; 
• o dimensionamento e a alocação de recursos necessários à geração 
dos resultados previstos pelos programas; e 
• o monitoramento e a avaliação de resultados. 
No aspecto dos Instrumentos de Gestão, seriam considerados tanto 
instrumentos consagrados pelas experiências públicas e privadas, nacionais 
e internacionais, quanto soluções desenvolvidas para problemas de gestão 
específicos. As escolhas priorizariam os problemas que se referiam 
principalmente: 
 
• à integração interorganizacional, mediante a formação de redes para 
tratamento de questões transversais, intergovernamentais e com segmentos 
da sociedade civil; 
• à coordenação governamental; 
• à otimização de recursos; 
• à interlocução e à negociação; e 
• à contratualização de resultados. 
T h a t i a n e L i m a S a m p 5 5 6 3 1 9 3 
Na Estruturação da Administração Pública Federal seriam realizadas 
intervenções no curto e no longo prazos, no sentido de se proceder: 
 
• à recomposição da força de trabalho do setor público, segundo as 
necessidades e requisitos identificados, além do redesenho dos sistemas de 
cargos, carreiras, benefícios e concursos; 
• ao realinhamento de salários, de carreiras, posições e condições 
gerenciais da burocracia; 
• à definição de requisitos e modalidades de capacitação técnica e 
gerencial permanente de servidores; 
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• à promoção da saúde ocupacional e melhoria da qualidade de vida; 
• ao redesenho de estruturas e processos de trabalho, mediante, 
inclusive, adoção de novas concepções institucionais, e o consequente 
redimensionamento de recursos orçamentários, logísticos e de tecnologias 
da informação, de forma intensiva e em bases confiáveis; 
• à integração entre planejamento e orçamento, tanto no que se refere 
à elaboração quanto à execução e avaliação orçamentária; 
• à redefinição de marcos regulatórios e à consequente redefinição do 
papel das agencias reguladoras; 
• ao aprimoramento dos mecanismos de controle e prestação de contas; 
• à simplificação administrativa, reduzindo-se os requisitos de 
formalidades processuais e tornando as decisões mais ágeis e próximas dos 
interessados; 
• à definição de indicadores objetivos de desempenho organizacional, 
que permitam uma contratualização efetiva de resultados e a avaliação do 
custo-benefício, dotando o processo orçamentário de mais racionalidade; 
• ao estabelecimento de formas de interlocução, participação e 
atendimento ao cidadão, que o informe a respeito de seus interesses 
legítimos e proporcione uma prestação de serviços condizente com altos 
padrões de qualidade; e 
• ao estabelecimento de altos padrões de conduta ética e de 
transparência no trato de questões públicas. 
 
Estas três frentes de atuação se aplicavam, em diferentes extensões, às 
empresas estatais, na medida em que era necessário integrá-las ao projeto 
de desenvolvimento do País. Partindo de um diagnóstico que contemplaria 
mais do que os aspectos econômico e financeiro, as empresas seriam 
avaliadas segundo critérios de desempenho que considerariam tanto o 
interesse empresarial quanto o interesse público. Poderiam ser propostos 
incentivos como a concessão de maior autonomia decisória às empresas que 
demonstrassem melhor desempenho. O Plano entendia que muitas 
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proposições exigiriam o aperfeiçoamento do quadro legal tais como a edição 
da Lei Orgânica da Administração Pública, da Lei de Simplificação 
Administrativa e da Lei de Diretrizes de Cargos e Carreiras. 
 
A construção do Plano seria de forma participativa e transparente, com 
amplo processo de debate, envolvendo as organizações e setores no âmbito 
do governo federal e os grupos interessados da sociedade civil. A 
identificação prévia dos reais problemas e dificuldades da Administração 
Pública Federal se daria mediante um diagnóstico institucional abrangente. 
 
O Plano foi então inserido no PPA 2004-2007 como um programa 
orçamentário. No entanto, ainda em 2004, o Secretário de Gestão do 
Ministério do Planejamento, Humberto Falcão Martins, principal responsável 
pela elaboração do Plano, pediu exoneração em virtude de desapontamento 
com a falta de apoio ao Plano por parte da cúpula do governo. Na sua carta 
de exoneração ele afirmou que a Secretaria Executiva do Ministério do 
Planejamento anunciou que o Plano de Gestão seria "desconstruído" e que 
se deveriam focar apenas dois ângulos: a eficiência (porque eficácia e 
efetividade já haviam sido solucionados) ea atuação sobre sistemas 
administrativos centrais (compra, pessoal, sistemas). 
 
Após o período de vigência do Plano, podemos observar algumas medidas 
que foram adotadas. Duas das ações da estruturação da administração 
pública federal era a recomposição da força de trabalho do setor público, 
segundo as necessidades, e o realinhamento de salários, de carreiras, 
posições e condições gerenciais da burocracia. 
 
A seguir apresento um quadro síntese com as reformas administrativas 
realizadas na administração pública brasileira desde 1930. 
 
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Vamos a mais questões 
 
ITEM 45. (FCC/PGE-RJ/ADMINISTRADOR) 
Sobre a redefinição do papel do Estado, iniciada com as reformas administrativas do 
governo Fernando Henrique Cardoso: 
 
I. O Estado brasileiro deixou gradualmente de se orientar para a intervenção direta, 
deixando que as atividades econômicas e as políticas sociais fossem operadas por 
mecanismos típicos de mercado baseados na livre concorrência. 
II. As Agências Reguladoras passaram a regular parte importante dos setores econômicos 
privatizados. 
III. A principal inovação proposta pelo Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado foi a 
criação das Agências Executivas, que iriam substituir as estruturas de implementação de 
políticas públicas subordinadas aos ministérios. 
IV. O Núcleo Estratégico foi revalorizado através de políticas de recomposição salarial e 
concursos dirigidos às carreiras de estado. 
V. As Organizações Sociais, impostas aos ministérios da Saúde, Educação e Cultura, 
substituíram as Autarquias e Fundações, a partir de 1995. 
 
(A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. 
(B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. 
(C) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. 
(D) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV. 
(E) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V. 
 
Analisemos as afirmativas 
 
I. ERRADA. Nada disso! O Estado não deixou de atuar diretamente 
nas políticas públicas. É uma função essencial do Estado. O seu 
Núcleo Estratégico é responsável pela atuação direta em políticas 
públicas e isto não foi transferido. 
II. CERTA. O Estado regula a atividade econômica, através das 
agências reguladoras. 
III. CERTA. Exato. As agências executivas seriam criadas 
através da contratualização (contratos de gestão) com as 
autarquias existentes ou a serem criadas. O INMETRO é um 
exemplo neste sentido. 
IV. CERTA. De fato o núcleo estratégico foi valorizado, tanto 
em função de fortalecimento, quanto em questões salariais. 
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V. ERRADA. As organização não forma impostas aos ministérios 
das áreas sociais. Na verdade, esta parte do plano não conseguiu 
se concretizar no plano federal. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa C. 
 
 
A questão abaixo da ESAF, é bastante pedagógica sobre as reformas 
administrativas ocorridas no Brasil. 
 
ITEM 46. (ESAF/2009/MPOG/EPPGG) 
Considerando a evolução da administração pública em nosso país, bem como as suas 
experiências de reforma, é correto afirmar que: 
 
 
a) ao privilegiar o usuário do serviço público, o Programa Nacional de Desburocratização 
marcou pelo ineditismo, já que nenhum outro antes dele fora dotado de caráter social e 
político. 
b) a reforma administrativa de 1967 reduziu o fosso que separava as burocracias instaladas 
nas administrações direta e indireta, garantindo a profissionalização do serviço público em 
toda a sua extensão. 
c) a reforma dos anos 1990 visava, como um de seus objetivos, fortalecer o Estado de 
modo a torná-lo responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social. 
d) a reforma burocrática de 1936 apoiou-se, conceitualmente, em três dimensões: formas 
de propriedade, tipos de administração pública e níveis de atuação do Estado. 
e) com a República Velha, deu-se a primeira experiência radical de reforma administrativa, 
em resposta às mudanças econômicas e sociais que levavam o país rumo à industrialização. 
 
 
A) CERTA. O Programa Nacional de Desburocratização foi levado a cabo pelo 
Decreto nº 83.740, de 18 de julho de 1979 e de fato, pela primeira vez, 
visava-se o usuário do serviço público. 
B) ERRADA. Dois erros: não houve redução da separação entre os dois 
tipos de administração, inclusive a administração indireta ganhou maior 
fôlego, distanciando-se ainda mais da administração direta. Além disso, 
priorizou-se a profissionalização do serviço público na administração 
indireta, em detrimento da administração indireta. 
C) ERRADA. Ao contrário, a reforma dos anos 90 visava “diminuir o 
tamanho” do Estado, de modo que este apenas participasse do 
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desenvolvimento econômico e social como agente regulador/fiscalizador, 
deixando espaço para o mercado. 
D) ERRADA. A reforma da década de 30, inspirada no modelo burocrático 
weberiano, tinha como pilares: formalidade, impessoalidade e 
profissionalismo. Os pilares citados são a Bse da reforma de 1995, 
sintetizadas no PDRAE. 
e) ERRADA. Tal experiência ocorreu com a ascensão de Getúlio Vargas em 
1930, após o fim da República Velha, identificada com o modelo 
Patrimonialista. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa A. 
 
Vamos encerrar com uma bateria recente de questões da FCC 
 
ITEM 47. (FCC/2012/MPE-AP/ANALISTA MINISTERIAL – ADMINISTRAÇÃO) 
Ao relacionar os modelos de análise histórica da gestão pública ao longo do tempo, é 
correto afirmar que: 
 
 a) A etapa patrimonialista da gestão pública perdurou por cerca de cinco décadas, 
circunscrevendo-se ao final do período monárquico e início do republicano. 
 b) O modelo burocrático é circunscrito ao início do século XX até os anos 60, dado o 
necessário controle da coisa pública e o baixo uso de tecnologias de informação. 
 c) O modelo patrimonial tem sido imprescindível no início deste século, para a efetividade 
da administração pública frente às crises econômicas planetárias. 
 d) O modelo gerencial foi uma etapa importante do desenvolvimento da administração 
pública brasileira, surgida no Estado Novo de Getúlio Vargas. 
 e) O modelo gerencial é o modelo contemporâneo, que enfoca resultados e uma gestão 
pública pautada em competências, além do foco no cliente. 
 
 
Vamos à analise das alternativas: 
 
a) ERRADO. A etapa patrimonialista da gestão pública durou mais que cinco 
décadas, sendo correto afirmar que até os dias atuais persistem traços e 
práticas patrimonialistas através da concessão de privilégios injustificados. 
 
b) ERRADO. O modelo burocrático não ficou circunscrito ao período 
mencionado. Embora a implantação de reformas orientadas a resolver as 
limitações do modelo burocrático tenham ficado mais intensas a partir do 
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final dos anos 60, o modelo burocrático continua sendo aperfeiçoado e 
incrementado pela administração pública. 
 
c) ERRADO. As crises econômicas revelaram as limitações do modelo 
burocrático frente às mudanças decorrentes do desenvolvimento econômico-
social. Nada tem a ver o modelo patrimonial nesse contexto. 
 
d) ERRADO. O modelo gerencial é o modelo predominante atualmente, mas 
não foi fruto do Estado Novo. O período mencionado marca as iniciativas de 
reformas burocráticas na Administração Pública Brasileira.E) CERTO. Perfeito, pessoal! O modelo da administração gerencial preconiza 
resultados e foco no cidadão-cliente. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa E. 
 
ITEM 48. (FCC/2012/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) 
A administração pública pós-burocrática está apoiada, em parte, na administração pública 
burocrática, da qual conserva, embora flexibilizado, o princípio fundamental 
 
 a) da admissão segundo critérios de mérito. 
 b) da descentralização dos processos de decisão. 
 c) do estímulo financeiro ao exercício da criatividade 
 d) da redução das estruturas hierárquicas. 
 e) da delegação de autonomia aos servidores. 
 
Pessoal, vamos relembrar um trecho do texto de Luis Carlos Bresser Pereira, 
no Plano Diretor da Reforma do Estado, para responder esta questão: 
 
"A administração pública gerencial constitui um avanço e até um certo ponto um 
rompimento com a administração pública burocrática. Isto não significa, entretanto, 
que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a administração pública 
gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns 
dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de 
mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as 
carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A 
diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos 
processos para concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização 
da administração pública, que continua um princípio fundamental." 
 
 
Portanto pessoal, o gabarito é a alternativa A. 
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ITEM 49. (FCC/2011/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE – ADMINISTRATIVA) 
Ao relacionar os diversos modelos teóricos de Administração Pública é correto afirmar: 
 
a) Os modelos, em seu desenvolvimento, culminam no gerencial, sem que suas formas 
antecessoras deixem de existir inteiramente. 
b) O modelo gerencial pressupõe o foco central no controle, formalização de processos e no 
empenho periférico em resultados. 
c) O modelo burocrático supera o patrimonial em uma época em que o enfoque neoliberal 
pressupõe o fortalecimento do Estado perante a coisa privada. 
d) As maiores diferenças entre o modelo gerencial e o burocrático na administração pública 
estão relacionadas ao profissionalismo e à impessoalidade. 
e) O modelo patrimonialista ressalta o poder da administração pública na gestão de seus 
órgãos, tendo por finalidade o bem comum 
 
Pessoal, vamos à análise das alternativas. Todas foram retiradas do Plano 
Diretor da Reforma do Estado, de Bresser Pereira. 
 
a) CERTO. Conforme o PDRAE, “ Os modelos, em seu desenvolvimento, 
culminam no gerencial, sem que suas formas antecessoras deixem de existir 
inteiramente. A administração pública gerencial constitui um avanço e até 
um certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática. 
Isto não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. “ 
 
 b) ERRADO. A diferença entre os dois modelos (gerencial e burocrático) 
está na forma de controle, que passa a ser “a posteriori” na administração 
gerencial. Além disso, o modelo que se baseia no cumprimento de processos 
é o burocrático. O modelo gerencial tem foco no resultado. 
 
c) ERRADO. O modelo burocrático supera o patrimonial ( se torna 
predominante) em uma época em que o liberalismo era o dominante. O 
neoliberalismo surgiu muito tempo depois. 
 
d) ERRADO. Segundo o PDRAE: " (...)Neste último ponto, como em muitos 
outros (profissionalismo, impessoalidade, etc.), a administração pública 
gerencial não se diferencia da administração pública burocrática. Na 
burocracia pública clássica existe uma noção muito clara e forte do interesse 
público. A diferença, porém, está no entendimento do significado do 
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interesse público, que não pode ser confundido com o interesse do próprio 
Estado"(...). 
 
e) ERRADO. Segundo o PDRAE: “ Na administração pública patrimonialista, 
o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e 
os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos 
são considerados prebendas. A respublica não é diferenciada da resprincipis. 
Em conseqüência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de 
administração. No momento em que o capitalismo e a democracia se tornam 
dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do Estado. 
Neste novo momento histórico, a administração patrimonialista torna-se 
uma excrescência inaceitável.” 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa A. 
 
 
ITEM 50. (FCC/2012/TRE-CE/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) 
Fundamenta-se nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exigência de 
formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, 
incentivos à criatividade, avaliação sistêmica e principalmente recompensa por 
desempenho, ou resultados. São características deste paradigma de gestão pública 
 
 a) patrimonialista. 
 b) matricial. 
 c) pós-burocrático. 
 d) burocrático. 
 e) Adhocrático 
 
 
Pessoal, vou usar o texto do professor Chiavenato para responder esta 
questão. Segundo Chiavenato: O Paradigma Pós-Burocrático é o “ paradigma 
gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da 
descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, 
horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à 
criatividade. Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da 
burocracia tradicional.” 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa C. 
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ITEM 51. (FCC/2011/TRT- 23- ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) 
O modelo de administração gerencial no Brasil 
 
 
a) foi introduzido pelo Decreto-Lei no 200/1967, visando profissionalizar a administração 
federal, reduzindo o nível de autonomia das empresas e autarquias e implantando o 
Orçamento de Base Zero. 
b) foi implementado com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público 
(DASP), em 1936, tendo por meta flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais. 
c) teve seu auge na segunda metade dos anos 1990, visando ao processo de fortalecimento 
da responsabilização e autonomia dos níveis gerenciais e tentando implantar a gestão por 
resultados na administração federal. 
d) foi um movimento político iniciado no fim dos anos 1980 orientado para a privatização 
das políticas sociais e fortalecimento dos controles externos formais da administração 
federal. 
e) foi introduzido no Brasil através do Programa Nacional de Desburocratização, tendo como 
meta extinguir a burocracia formal e implantar a burocracia gerencial, voltada 
exclusivamente para os processos. 
 
Vamos à análise das questões: 
 
a) ERRADO. Embora Bresser Pereira afirme que a reforma de 1967 tenha 
sido o primeiro sopro de reforma gerencial no Brasil, não havia esta 
pretensão na reforma. 
b) ERRADO. O DASP pretendeu implementar o modelo burocrático no 
Brasil. 
c) CERTO. O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado DE 1995 
pretendeu implementar modernas técnicas de gestão na administração 
pública brasileira, com foco em resultados e delegação aos gestores. 
d) ERRADO. Não havia movimento privatista no final dos anos 80, mas 
sim no inicio dos anos 90, com o governo Collor. Além disso o a 
administração gerencial não preconiza fortalecimento dos controles 
externos, mas sim transparência na prestação de contas. 
e) ERRADO. O Programa Nacional de Desburocratização não pretendeuimplementar um modelo gerencial, mas sim simplificar os processos, 
tornando-os mais ágeis. 
 
Portanto, o gabarito é a alternativa C. 
 
Bem, pessoal, fecho por aqui esta aula. Até a Próxima! 
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8. Lista de Questões 
 
ITEM 1. (FUNRIO/2010/SEBRAE-PA/ANALISTA TÉCNICO – LOGÍSTICA) 
Frederick Taylor verificou que em todos os ofícios os operários aprendiam a maneira de 
executar as tarefas do trabalho por meio da observação. Percebeu que isso levava a 
diferentes meios ou métodos para se fazer a mesma coisa. Adotou o melhor dos métodos e 
o aperfeiçoou, criando o método científico de trabalho. Dentre as técnicas criadas por 
Taylor, em seu método científico, podemos citar: 
 
I - Estudo dos tempos e movimentos 
II - Seleção científica do trabalhador 
III - Criação da linha de montagem 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
 a) somente a afirmativa I está correta. 
 b) somente as afirmativas I e III estão corretas. 
 c) somente as afirmativas I e II estão corretas. 
 d) somente as afirmativas II e III estão corretas. 
 e) somente a afirmativa II está correta. 
 
 
ITEM 2. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
De acordo com a administração científica, bom operário é aquele com iniciativa de ações. 
 
ITEM 3. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
A racionalização do trabalho operário foi assunto abordado na obra Shop Management 
(Administração de Oficinas), de Taylor, publicada em 1903. 
 
ITEM 4. (CESPE/UAB/2010/SELEÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO) 
Taylor, que era contra a especialização do operário, defendia o perfil generalista como ponto 
principal para o desenvolvimento do processo de produção. 
 
 
ITEM 5. (FUNRIO/FURNAS/2009/PLANEJAMENTO EMPRESARIAL) 
Na era industrial Frederick Taylor deu início a uma das principais escolas clássicas de 
administração. A Administração Científica perseguia a melhor maneira de realizar o trabalho 
através da maximização da eficiência de cada operário. Para isso, além dos quatro 
princípios da Administração Científica (Planejamento, preparo, controle e execução), Taylor 
enfatizou outros objetivos secundários, dentre os quais 
 
A) estudo de tempos e movimentos, preocupação com a fadiga e sistemas de psicologia e 
sociologia. 
B) supervisão funcional, equalização do poder e confiança nas pessoas. 
C) seleção científica do trabalhador, plano de incentivo salarial, melhores condições 
ambientais de trabalho. 
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D) plano de incentivo salarial, autoridade descentralizada e estudo de tempos e 
movimentos. 
E) melhores condições ambientais de trabalho, orientação para o cliente e equalização do 
poder. 
 
ITEM 6. (ESAF/2013/DNIT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) 
Fayol foi o primeiro a definir as funções básicas do Administrador. Os princípios 
apresentados por Fayol foram retrabalhados com contribuições da abordagem neoclássica 
da Administração. Sobre as funções do administrador, segundo a abordagem clássica, é 
correto afirmar: 
 
a) cada uma das funções administrativas repercute na seguinte, determinando o seu 
desenvolvimento. 
b) o ciclo administrativo não se repete, mas permite uma contínua correção e ajustamento 
através da retroação. 
c) as funções do administrador formam apenas uma sequência cíclica: pois é um processo 
de funções pouco relacionadas em uma interação dinâmica. 
d) as funções administrativas quando consideradas isoladamente formam o processo 
administrativo. 
e) os autores da Teoria Clássica e Neoclássica apresentaram princípios administrativos 
comuns e definiram as mesmas funções básicas para o administrador. 
 
 
ITEM 7. (ESAF/2013/DNIT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO) 
O enfoque do processo administrativo define não apenas o processo administrativo, mas 
também o próprio papel dos gerentes. Fayol indicou os deveres e princípios que devem ser 
seguidos pelos gerentes para que a administração seja eficaz. Assinale a opção que não 
apresenta um dos princípios de administração propostos por Fayol. 
 
a) Divisão do trabalho, disciplina, inovação, interesse da organização e equidade. 
b) Autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, remuneração do pessoal 
e espírito de equipe. 
c) Unidade de direção, interesse geral, remuneração do pessoal, estabilidade do pessoal e 
iniciativa. 
d) Espírito de equipe, iniciativa, equidade, ordem, disciplina, interesse geral e centralização. 
e) Ordem, autoridade e responsabilidade, estabilidade do pessoal e unidade de comando. 
 
 
 
ITEM 8. (CESPE/PRODEST/2006/ANALISTA ORGANIZACIONAL) 
Enquanto a administração científica buscava a eficiência das organizações, a teoria clássica 
buscava a motivação dos funcionários, sem se preocupar com a estrutura da organização. 
 
 
 
ITEM 9. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
O gestor público que se preocupa em eliminar o desperdício de esforço desenvolvido pelos 
demais colaboradores, procurando racionalizar as tarefas e eliminar os movimentos inúteis, 
adota pressupostos coerentes com a abordagem clássica da administração. 
 
 
 
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ITEM 10. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
Um marco na abordagem clássica da administração foi a experiência de Hawthorne, que 
buscou enfatizar a importância das condições do ambiente de trabalho para obter a maior 
eficiência e racionalização das tarefas. 
 
ITEM 11. (CESPE/FUB/2009/SECRETÁRIO EXECUTIVO) 
A teoria clássica da administração, desenvolvida por Fayol, é voltada à necessidade de 
humanização do trabalho e de democratização da administração. 
 
ITEM 12 (ESAF/2009/MPOG/EPPGG) 
A Teoria Clássica da Administração possui apenas valor histórico e referencial, não sendo 
aplicável em nossos dias. 
 
ITEM 13. (ESAF/ENAP/ADMINISTRADOR/2006) 
A teoria clássica é caracterizada pela ênfase nas tarefas e na estrutura organizacional, pela 
concepção de homem econômico e pela identidade de interesses. 
 
ITEM 14. (FCC/2009/PGE-RJ/Técnico Superior Administrador) 
Com relação às características da burocracia segundo Max Weber: 
 
I. Existência de regras abstratas, às quais estão vinculados os detentores do poder, o 
aparelho administrativo e os dominados define a dominação racional- legal, é o fundamento 
do modelo burocrático. 
 
II. Toda organização burocrática se baseia na hierarquia, na divisão do trabalho, na 
separação entre pessoa, cargo e funções exercidas de modo continuado e com base em 
documentos escritos. 
 
III. O domínio burocrático é legitimado pelo reconhecimento dos poderes e das qualidades 
excepcionais do chefe, e o seu aparelho consiste, tipicamente, no grupo dos 'discípulos', isto 
é, dos indivíduos escolhidos pelo chefe entre os membros da comunidade. 
 
IV. A burocracia, segundo Weber, é uma instituição política bem sucedida na medida em 
que seu quadro administrativo mantenha com êxito a pretensão ao monopólio efetivo da 
coação física para a manutenção da ordem vigente. 
 
V. O pessoal empregado por uma estrutura administrativa burocrática submete-se a uma 
relação contratual e, em virtude de suas específicas qualificações técnicas, é recompensado 
através de um salário estipulado em dinheiro, tem uma carreira regulamentada e considera 
o próprio trabalho como uma ocupação em tempo integral. 
 
 a) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. 
 b) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. 
 c) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. 
 d) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV. 
 e) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V. 
 
 
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ITEM 15. (FCC/2008/TCE-SP/AUDITORDO TRIBUNAL DE CONTAS) 
Max Weber é considerado como um dos mais influentes precursores de diversas teorias das 
organizações. Nesse sentido, considere: 
 
I. Weber desenvolveu uma teoria das organizações formais, fundamentada em um modelo 
mecanicista, mais próxima das teorias clássicas. 
II. A teoria das organizações de Weber é baseada na articulação entre organização formal e 
informal. 
III. A teoria weberiana das organizações se aproxima mais da teoria clássica das 
organizações, pois enfatiza a eficiência e a hierarquia. 
IV. A teoria estruturalista das organizações diferencia-se da abordagem weberiana por 
enfatizar a relação entre análise intra-organizacional e inter-organizacional. 
V. A teoria weberiana das organizações aproxima-se mais das abordagens humanistas, pois 
enfatiza o comportamento efetivo das pessoas na organização. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
 a) I, II e III. 
 b) I, II e IV. 
 c) I, III e IV. 
 d) II, III e V. 
 e) II, IV e V. 
 
 
ITEM 16. (FCC/2008/METRÔ-SP/ANALISTA - ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS) 
A análise das empresas como sistema aberto em constante interação com seu meio 
ambiente; abordagem múltipla com a análise das variáveis internas e externas que 
influenciam a organização; concentração nas relações do ambiente externo e os níveis 
hierárquicos da organização; interdependência entre as partes da organização. Estas são 
características da teoria da administração 
 
 a) neoclássica. 
 b) científica. 
 c) de relações humanas. 
 d) clássica. 
 e) estruturalista. 
 
 
ITEM 17. (FGV- SEFAZ RJ/2009. FISCAL DE RENDAS) 
Com relação aos temas eficiência e eficácia, assinale a afirmativa incorreta. 
 
(A) Eficiência é um conceito limitado. 
(B) Eficiência diz respeito aos trabalhos internos de uma organização. 
(C) Uma organização não pode ser eficiente se não for eficaz. 
(D) A abordagem de metas para eficácia organizacional identifica as metas de uma 
organização. 
(E) Eficácia é um conceito abrangente. 
 
 
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ITEM 18. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) 
A ênfase nos grupos informais é característica pioneira: 
(A) da administração científica. 
(B) da escola das relações humanas. 
(C) da teoria clássica da administração. 
(D) do modelo burocrático. 
(E) da teoria comportamental da administração 
 
ITEM 19. (FGV- SENADO/2010. ANALISTA LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO) 
 A teoria motivacional mais conhecida é a de Abraham Harold Maslow. Ela se baseia na 
hierarquia de necessidades humanas. Entre essas, segundo o autor, há as necessidades: 
(A) patrimoniais. 
(B) financeiras. 
(C) fisiológicas. 
(D) psicológicas. 
(E) morais 
 
ITEM 20. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) 
Com relação às necessidades das pessoas, segundo a Teoria das Motivações de Maslow, 
intervalos de descanso, conforto físico e horário de trabalho razoável são exemplos de: 
 
(A) necessidades fisiológicas. 
(B) necessidades de segurança. 
(C) necessidades sociais. 
(D) necessidades de estima. 
(E) necessidades de auto-realização 
 
ITEM 21. (FGV- CAERN/2010. ADMINISTRADOR) 
De acordo com a Teoria dos Dois Fatores, a motivação das pessoas para o trabalho depende 
de dois fatores distintos: higiênicos e motivacionais. Estes são relacionados às condições 
internas dos indivíduos e são satisfacientes; aqueles são relacionados ao ambiente externo 
e são insatisfacientes. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. A ausência do uso pleno de habilidades pessoais provoca insatisfação. 
II. Melhores benefícios sociais provocam uma maior satisfação. 
III. O oposto da satisfação é nenhuma satisfação e o oposto da insatisfação é nenhuma 
insatisfação. 
 
Assinale 
 
 (A) 
 
Se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) 
 
Se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) 
 
Se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D) 
 
Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(E) 
 
Se todas as afirmativas estiverem corretas. 
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ITEM 22.(FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR) 
A motivação, dentro do ambiente empresarial, é um elemento fundamental para que os 
empregados se comprometam com o atingimento dos objetivos organizacionais. Várias são 
as teorias motivacionais que fundamentam as práticas empresariais visando estimular o 
empregado a ter maior produtividade e qualidade no desenvolvimento de suas atividades. 
Segundo a Teoria de Herzberg, os fatores que levam à satisfação no trabalho são diferentes 
daqueles que levam à insatisfação. 
Segundo Maslow, existe uma hierarquia de necessidades, em que, à medida que uma 
necessidade é satisfeita, a próxima se torna dominante. 
Assinale a alternativa que apresente uma prática que possibilita a motivação dos 
empregados. 
 
(A) 
 
Dar plena responsabilidade e autonomia a todos os empregados. 
(B) 
 
Estabelecer horários de trabalho rígidos para que a jornada de trabalho 
seja cumprida. 
(C) 
 
Dissociar a remuneração do desempenho. 
(D) 
 
Tratamento igual para todos, homogeneizando as necessidades 
individuais. 
(E) 
 
Assegurar que as metas estabelecidas sejam percebidas como factíveis. 
 
ITEM 23. (FGV- SEFAZ RJ/2010. FISCAL DE RENDAS) 
Com relação à Teoria Y, analise as afirmativas a seguir. 
I. A Teoria Y caracteriza o esforço físico e mental para trabalhar com algo tão natural como 
a diversão e repouso. 
II. A Teoria Y preconiza que o homem procura, sobretudo, segurança. 
III. A Teoria Y determina que o controle externo não é a única forma de se conseguir 
esforço das pessoas 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ITEM 24 – (FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR) 
Considerando as Teorias X e Y, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. De acordo com a Teoria X, as pessoas normais têm aversão ao trabalho. 
II. Segundo a Teoria Y, a imaginação na solução de problemas não está distribuída entre as 
pessoas em uma organização. 
III. Segundo a Teoria X, as pessoas médias preferem ser mandadas. 
 Assinale 
 
 
(A) 
 
 
se somente a afirmativa III estiver correta. 
(B) 
 
se somente a afirmativa I estiver correta. 
(C) 
 
se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(D) 
 
se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E) 
 
se somente a afirmativa II estiver correta. 
 
ITEM 25. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) 
Assinale a alternativa que apresente corretamente o tipo de homem focado pelas 
abordagens da Teoria dos Sistemas Abertos e a Perspectiva Sociotécnica das Organizações. 
 
(A) Homem organizacional. - 
(B) Homem econômico. 
(C) Homem social. 
(D) Homem funcional. 
(E) Homem administrativo 
 
ITEM 26. (FCC/2008/METRÔ-SP/ANALISTA -ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS) 
Considere a capacidade das organizações, enquanto sistemas abertos, de 
 
I. conservar um estado equilibrado por meio de mecanismos auto-reguladores; 
 
II. importar mais energia do ambiente externo do que expender; 
 
III. alcançar, por vários caminhos, o mesmo estado final, partindo de iguais ou diferentes 
condições iniciais. 
 
Os itens I, II e III referem-se, respectivamente, a 
 
 a) homeostase; importação de energia; diferenciação. 
 b) homeostase; entropia negativa; equifinalidade. 
 c) entropia negativa; importação de energia; homeostase. 
 d) estado firme; homeostase dinâmica; diferenciação.e) equifinalidade; homeostase; estado firme. 
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ITEM 27. (FCC/2009/TJ-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO) 
De acordo com a moderna teoria dos sistemas, as organizações na Era Contemporânea 
devem ser entendidas como um 
 
a) conjunto de elementos, partes ou órgãos que compõem uma totalidade integrada e 
autossuficiente em torno de suas relações intra-sistêmicas. 
b) sistema de inputs e outputs de energia, recursos e informação necessários à reprodução 
da suas partes, mas com elevado grau de entropia em relação ao ambiente externo. 
c) conjunto de subsistemas de múltiplas entradas e saídas, submetido a uma relação 
instável, com o ambiente externo, e, portanto, com baixa previsibilidade no seu 
comportamento. 
d) complexo de subsistemas que se comportam de forma homogênea graças ao sistema de 
retroalimentação centralizado que permite uma perfeita homeostasia em relação com o 
ambiente externo. 
e) sistema orgânico com baixa diferenciação interna e alta adaptabilidade ao ambiente 
externo, levando a uma constante busca de comportamentos defensivos. 
 
 
ITEM 28. (FCC/2012/TRF-2/ ANALISTA JUDICIÁRIO – PSICOLOGIA) 
A principal contribuição da abordagem sistêmica ao Comportamento Organizacional é o 
conceito de organização como um sistema 
 
 a) aberto, em constante interação com seu ambiente. 
 b) fechado, que estabelece algumas trocas no ambiente. 
 c) semi-aberto, já que tem metas estabelecidas no intra-grupo. 
 d) flexível, porém raramente se modifica com as pressões do ambiente. 
 e) inflexível, pois preserva as normas internas. 
 
 
ITEM 29. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) 
Assinale a alternativa que apresente uma característica dos sistemas mecânicos 
organizacionais. 
 
(A) Autoridade baseada no conhecimento. 
(B) Processo decisorial ad hoc. 
(C) Estrutura definitiva. 
(D) Comunicações quase sempre horizontais. 
(E) Ambiente instável 
 
 
 
 
 
 
 
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ITEM 30.(FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA) 
De acordo com a Teoria das Contingências, há dois tipos de sistemas organizacionais: 
mecanicistas e orgânicos. 
A esse respeito, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. A rigidez é uma característica dos sistemas mecanicistas. 
II. A previsibilidade é uma característica dos sistemas orgânicos. 
III. O ambiente estável é uma característica dos sistemas orgânicos. 
 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas 
 
 
ITEM 31. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO) 
Com relação à teoria contingencial, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. As organizações possuem natureza sistêmica. 
II. Existem princípios universais de administração. 
III. As características ambientais condicionam o ambiente organizacional. 
 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
 
 
ITEM 32. (CESPE/TRE_ES/2010/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA) 
A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) teve 
como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de gestão. 
 
 
ITEM 33. (CESPE/INCA/GESTÃO PÚBLICA) 
O modelo burocrático caracteriza-se pela legitimidade oriunda do direito positivado, seja no 
uso de meios coercitivos previstos em lei, seja na definição da extensão dos poderes e 
deveres. Nesse contexto, o estabelecimento pelo DASP da padronização da compra pública 
e o estabelecimento do concurso para ingresso no serviço público são exemplos de ações de 
modelo burocrático do Estado. 
 
 
 
 
 
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ITEM 34. (FCC/2009/MPE-SE/Analista do Ministério Público) 
A Reforma Administrativa de 1967, implementada pelo Decreto-lei federal 200, 
 
 a) priorizou a atuação do Estado no fomento e regulamentação dos setores produtivos e a 
sua retirada como prestador direto de serviços públicos. 
 b) cerceou a autonomia das entidades integrantes da Administração indireta, submetendo-
as às mesmas regras previstas para a Administração direta, como licitações e concurso 
público. 
 c) retomou o processo de centralização da atuação administrativa. 
 d) introduziu mecanismos de parceria com instituições privadas sem fins lucrativos. 
 e) desencadeou um movimento de descentralização da atuação estatal, com a 
transferência de atividades a autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de 
economia mista. 
 
ITEM 35. (CESPE/AGU/2010/AGENTE ADMINISTRATIVO) 
As reformas realizadas por meio do Decreto-lei n.o 200/1967 não desencadearam 
mudanças no âmbito da administração burocrática central, o que possibilitou a coexistência 
de núcleos de eficiência e de competência na administração indireta e formas arcaicas e 
ineficientes no plano da administração direta ou central. 
 
ITEM 36. (CESPE/MTE/2008/ADMINISTRADOR) 
Uma das principais vantagens apontadas na nova gestão pública, ou gerencialismo, é o fato 
de ela facilitar a mensuração da eficiência e a avaliação dos resultados dos serviços públicos 
em geral, razão pela qual reduz as exigências de acompanhamento e controle da execução 
dos orçamentos e da consecução dos objetivos do planejamento governamental. 
 
ITEM 37. (FCC/2010/TCE-RO/Auditor) 
A Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e 
Reforma do Estado (MARE), implantada nos anos 90, diferenciou-se da reforma proposta 
pelo Decreto Lei nº 200 de 1967 ao 
 
 a) recuperar a capacidade de planejamento, coordenação e regulação do aparelho de 
Estado federal sobre a administração indireta e fundacional. 
 b) priorizar a eficiência e a flexibilização da gestão pública e fortalecer a posteriori os 
sistemas de controle da atividade administrativa. 
 c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da 
economia. 
 d) propor a substituição do modelo burocrático pela administração gerencial, com foco no 
cidadão, reforçando os sistemas de controles a priori. 
 e) enfatizar o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, ampliando e fortalecendo os 
sistemas centralizados de controle de processos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ITEM 38. (FCC/2011/TRE-RN/Analista Judiciário/Área Administrativa) 
O principal objetivo do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo 
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), publicado em 1995, foi 
 
 a) reduzir o planejamento centralizado, transferindo os instrumentos de coordenação e 
regulação do Aparelho de Estado federal para os governos estaduais. 
 b) implantar a gestão por resultados, fortalecendo os sistemas de controle a posteriori da 
ação governamental. 
 c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da 
economia. 
 d) propor a substituição do modelo patrimonial pela administração pública, com foco no 
cidadão, reforçando os sistemas de controles burocráticos. 
 e) fortalecer os órgãos centrais de planejamento estratégico do Estado, ampliando os 
sistemas de controle de processos. 
 
 
ITEM 39.(FCC/2010/BAHIAGÁS/ANALISTA DE PROCESSOS ORGANIZACIONAIS) 
O PlanoDiretor da Reforma do Aparelho do Estado (1995) teve como um dos objetivos 
específicos para o setor de Serviços Não-exclusivos 
 
 
 a) transferir para o setor público não estatal estes serviços, por meio de um programa de 
publicização, transformando as atuais fundações públicas em organizações sociais. 
 b) aumentar a efetividade estratégica, de forma que os objetivos democraticamente 
acordados sejam efetivamente alcançados. 
 c) transformar as autarquias e fundações que possuem poder de Estado em agências 
autônomas, administradas por um contrato de gestão. 
 d) fortalecer práticas de adoção de mecanismos que privilegiem a participação popular 
tanto na formulação quanto na avaliação de políticas públicas. 
 e) modernizar a administração burocrática por meio de uma política de profissionalização 
deste serviço público. 
 
ITEM 40. (FCC/MPE-SE/2009/ANALISTA ADMINISTRAÇÃO) 
O conceito de “publicização”, idealizado pela Reforma do Aparelho do Estado, significa 
 
(A) a transferência compulsória ao poder público de atividades originalmente de 
responsabilidade do Estado, como saúde e educação. 
(B) a estatização de atividades estratégicas. 
(C) a transferência de atividades antes desempenhadas por entes públicos, especialmente 
na área social, a entidades privadas sem fins lucrativos. 
(D) a ampliação da atuação direta do Estado na área social e a redução da sua atuação em 
setores produtivos. 
(E) o movimento de ampliação das informações à sociedade acerca da atuação da 
Administração 
 
 
 
 
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ITEM 41. (FCC/MPE-SE/2009/ANALISTA ADMINISTRAÇÃO) 
 NÃO se inclui entre as principais causas que levaram à Reforma do Aparelho do Estado, 
implementada no Brasil nos anos 90, a 
 
(A) a incapacidade do governo de gerar poupança interna e com isso realizar os 
investimentos públicos demandados pela sociedade. 
(B) crise fiscal, caracterizada pela crescente perda de crédito por parte do Estado e pelo 
esgotamento da poupança pública. 
(C) intenção de ampliar a intervenção direta do Estado no domínio econômico, dada a 
crescente demanda da sociedade por bens e serviços públicos. 
(D) necessidade de implementação de uma política de ajuste fiscal, como consequência do 
cumprimento de obrigações com organismos internacionais. 
(E) a crise do modelo burocrático de administração, permeado por práticas patrimonialistas 
e clientelistas. 
 
ITEM 42. (FCC/PGE-RJ/ADMINISTRADOR) 
O Plano Diretor para a Reforma do Aparelho do Estado de 1995 definiu novos modelos de 
organização para a Administração Pública Federal. São eles: 
 
(A) as parcerias público-privadas, as autarquias e as fundações. 
(B) os consórcios públicos, as organizações federais e as autarquias executivas. 
(C) as organizações sociais, as agências reguladoras e as parcerias público-privadas. 
(D) as organizações sociais, as agências executivas e as agências reguladoras. 
(E) as agências executivas, as fundações e as organizações públicas não-estatais 
 
ITEM 43. (FUNRIO/FURNAS/2009/ADMINISTRAÇÃO GERAL) 
O Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado faz critica a burocracia clássica 
introduzida durante o Governo Getúlio Vargas (1930- 1945), oriundo de um pacto popular-
nacional que recebeu apoio da burguesia industrial e da classe média tecnoburocrática com 
o objetivo de superar o modelo de administração dominante e implantar uma burocracia 
moderna para formar um novo corpo administrativo. As mudanças introduzidas pela 
Reforma Burocrática da Administração Pública foram a criação do 
 
A) Serviço Público Federal escalonado em carreira, cargos, funções, concursos públicos para 
todos os agentes políticos, por decorrência abolindo os cargos em comissão. 
B) Conselho Federal do Serviço Público e do Departamento Administrativo do Serviço 
Público (DASP), para a racionalização geral de métodos ao definir as políticas setoriais de 
serviços e agentes públicos, escalonado em classificação de cargos, funções, concursos 
públicos, administração orçamentária e padronização das compras. 
C) Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) para tratar dos assuntos 
estratégicos de Estado, racionalizando os setores de serviços e agentes públicos, escalonado 
em classificação de carreiras e administração orçamentária, exclusivamente. 
D) Programa Nacional de Desburocratização, pelo Decreto-Lei 83.936, revogado pelo 
Decreto 5.378. 
E) criação do Conselho Federal do Serviço Público pelo Decreto-Lei 83.936, revogado pelo 
Decreto 5.378, com a atribuição do gerenciamento do GES-PUBLICA – Programa Nacional 
de Gestão Pública e Desburocracia. 
 
 
 
 
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ITEM 44. (FUNRIO/FURNAS/2009/ADMINISTRAÇÃO GERAL) 
A reforma do aparelho do Estado tornou-se imperativa, não apenas porque ela se constituiu 
em uma resposta à crise generalizada do Estado, mas também porque está sendo 
caracterizada como uma forma de defender a coisa pública, enquanto patrimônio de todos e 
para todos. O Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado, que propugna por um 
Estado regulador, menor, ágil e eficiente, que criou um novo cenário administrativo ao criar 
e extinguir instituições, como também extinguiu o regime jurídico único e diminui os direitos 
dos servidores públicos, foi uma inovação introduzida 
 
A) pela Constituição Federal e a lei 8.112, pelo Governo Sarney. 
B) pela profissionalização da gestão pública, iniciada no Governo Itamar Franco. 
C) pela Reforma Política e Econômica, em 2003, no inicio do Governo Lula. 
D) pela Reforma Administrativa “Bresser Pereira”, no Governo Fernando Henrique Cardoso, 
principalmente, pela Emenda Constitucional 19, e leis especiais. 
E) pela Reforma Administrativa Gerencial, no Governo Lula, no programa conhecido por 
PAC. 
 
 
 
 
ITEM 45. (FCC/PGE-RJ/ADMINISTRADOR) 
Sobre a redefinição do papel do Estado, iniciada com as reformas administrativas do 
governo Fernando Henrique Cardoso: 
 
I. O Estado brasileiro deixou gradualmente de se orientar para a intervenção direta, 
deixando que as atividades econômicas e as políticas sociais fossem operadas por 
mecanismos típicos de mercado baseados na livre concorrência. 
II. As Agências Reguladoras passaram a regular parte importante dos setores econômicos 
privatizados. 
III. A principal inovação proposta pelo Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado foi a 
criação das Agências Executivas, que iriam substituir as estruturas de implementação de 
políticas públicas subordinadas aos ministérios. 
IV. O Núcleo Estratégico foi revalorizado através de políticas de recomposição salarial e 
concursos dirigidos às carreiras de estado. 
V. As Organizações Sociais, impostas aos ministérios da Saúde, Educação e Cultura, 
substituíram as Autarquias e Fundações, a partir de 1995. 
 
 
(A) Estão corretas APENAS as afirmativas I e II. 
(B) Estão corretas APENAS as afirmativas I, II e V. 
(C) Estão corretas APENAS as afirmativas II, III e IV. 
(D) Estão corretas APENAS as afirmativas III e IV. 
(E) Estão corretas APENAS as afirmativas III, IV e V. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ITEM 46. (ESAF/2009/MPOG/EPPGG) 
Considerando a evolução da administração pública em nosso país, bem como as suas 
experiências de reforma, é correto afirmar que: 
 
 
a) ao privilegiar o usuário do serviço público, o Programa Nacional de Desburocratização 
marcou pelo ineditismo, já que nenhum outro antes dele fora dotado de caráter social e 
político. 
b) a reforma administrativa de 1967 reduziu o fosso que separava as burocracias instaladas 
nas administrações direta e indireta, garantindo a profissionalização do serviço público em 
toda a suaextensão. 
c) a reforma dos anos 1990 visava, como um de seus objetivos, fortalecer o Estado de 
modo a torná-lo responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social. 
d) a reforma burocrática de 1936 apoiou-se, conceitualmente, em três dimensões: formas 
de propriedade, tipos de administração pública e níveis de atuação do Estado. 
e) com a República Velha, deu-se a primeira experiência radical de reforma administrativa, 
em resposta às mudanças econômicas e sociais que levavam o país rumo à industrialização. 
 
 
ITEM 47. (FCC/2012/MPE-AP/ANALISTA MINISTERIAL – ADMINISTRAÇÃO) 
Ao relacionar os modelos de análise histórica da gestão pública ao longo do tempo, é 
correto afirmar que: 
 
 a) A etapa patrimonialista da gestão pública perdurou por cerca de cinco décadas, 
circunscrevendo-se ao final do período monárquico e início do republicano. 
 b) O modelo burocrático é circunscrito ao início do século XX até os anos 60, dado o 
necessário controle da coisa pública e o baixo uso de tecnologias de informação. 
 c) O modelo patrimonial tem sido imprescindível no início deste século, para a efetividade 
da administração pública frente às crises econômicas planetárias. 
 d) O modelo gerencial foi uma etapa importante do desenvolvimento da administração 
pública brasileira, surgida no Estado Novo de Getúlio Vargas. 
 e) O modelo gerencial é o modelo contemporâneo, que enfoca resultados e uma gestão 
pública pautada em competências, além do foco no cliente. 
 
 
ITEM 48. (FCC/2012/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) 
A administração pública pós-burocrática está apoiada, em parte, na administração pública 
burocrática, da qual conserva, embora flexibilizado, o princípio fundamental 
 
 a) da admissão segundo critérios de mérito. 
 b) da descentralização dos processos de decisão. 
 c) do estímulo financeiro ao exercício da criatividade 
 d) da redução das estruturas hierárquicas. 
 e) da delegação de autonomia aos servidores. 
 
 
 
 
 
 
 
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ITEM 49. (FCC/2011/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE – ADMINISTRATIVA) 
Ao relacionar os diversos modelos teóricos de Administração Pública é correto afirmar: 
 
a) Os modelos, em seu desenvolvimento, culminam no gerencial, sem que suas formas 
antecessoras deixem de existir inteiramente. 
b) O modelo gerencial pressupõe o foco central no controle, formalização de processos e no 
empenho periférico em resultados. 
c) O modelo burocrático supera o patrimonial em uma época em que o enfoque neoliberal 
pressupõe o fortalecimento do Estado perante a coisa privada. 
d) As maiores diferenças entre o modelo gerencial e o burocrático na administração pública 
estão relacionadas ao profissionalismo e à impessoalidade. 
e) O modelo patrimonialista ressalta o poder da administração pública na gestão de seus 
órgãos, tendo por finalidade o bem comum 
 
 
 
ITEM 50 (FCC/2012/TRE-CE/ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA) 
Fundamenta-se nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exigência de 
formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, 
incentivos à criatividade, avaliação sistêmica e principalmente recompensa por 
desempenho, ou resultados. São características deste paradigma de gestão pública 
 
 a) patrimonialista. 
 b) matricial. 
 c) pós-burocrático. 
 d) burocrático. 
 e) Adhocrático 
 
 
 
ITEM 51. (FCC/2011/TRT- 23- ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE) 
O modelo de administração gerencial no Brasil 
 
 
a) foi introduzido pelo Decreto-Lei no 200/1967, visando profissionalizar a administração 
federal, reduzindo o nível de autonomia das empresas e autarquias e implantando o 
Orçamento de Base Zero. 
b) foi implementado com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público 
(DASP), em 1936, tendo por meta flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais. 
c) teve seu auge na segunda metade dos anos 1990, visando ao processo de fortalecimento 
da responsabilização e autonomia dos níveis gerenciais e tentando implantar a gestão por 
resultados na administração federal. 
d) foi um movimento político iniciado no fim dos anos 1980 orientado para a privatização 
das políticas sociais e fortalecimento dos controles externos formais da administração 
federal. 
e) foi introduzido no Brasil através do Programa Nacional de Desburocratização, tendo como 
meta extinguir a burocracia formal e implantar a burocracia gerencial, voltada 
exclusivamente para os processos. 
 
 
 
 
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9. Gabarito 
 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 
B ERRADO CERTO ERRADO C A A ERRADO CERTO ERRADO 
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
ERRADO ERRADO CERTO B C E C B C A 
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 
C E C D D B C A C A 
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 
D CERTA CERTA E CERTA ERRADA B B A C 
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 
C D B D C A E A A C 
51 42 43 44 45 46 47 48 49 50 
C

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