Buscar

Paper Planejamento Escolar (1)

Prévia do material em texto

PRINCÍPIOS RELEVANTES NO PLANEJAMENTO ESCOLAR
Maria Helena Kuster
Flávia Heiderscheidt
Thayná Souza Braz
Tutor(a) Externo(a): ROZELI BENNER
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso Pedagogia 1258 – Seminário Interdisciplinar III Práticas Inclusivas
28/05/2016
Resumo
Nesse trabalho será tratado o tema planejamento escolar, ou seja, o planejamento que o professor, tutor, docente, tem que fazer durante o ano, já que esse planejamento é de fundamental importância na construção do seu trabalho. Uma vez que, nada na vida funciona sem planejamento, não é diferente dentro do contexto escolar, há a necessidade de planejamento, e é de fundamental importância, principalmente nesta instituição chamada escola, já que, é na escola que se formam cidadãos.
Palavras chave: Planejamento. Princípios. Escola. Professor.
1 INTRODUÇÃO
O planejamento está presente em todo contexto social. Planejamento de finanças, planejamento de estratégias, planejamento familiar, planejamento tributário, entre outros, e está inserido no contexto escolar também. Para tudo, há a necessidade de planejamento, para se saber onde quer chegar e como chegar. Segundo Menegolla e Sant’Anna (1993, p. 21), “Planejar é pensar sobre aquilo que existe, sobre o que se quer alcançar, com que meio se pretende agir e como avaliar o que se pretende atingir”.
A ação de planejar não vem de hoje, é uma ação antiga, que podemos dizer que é inerente ao homem. Segundo Menegolla e Sant’Anna (1993), a questão do planejamento está presente desde o homem primitivo, e a relação entre o ato de pensar e o de planejar estão diretamente vinculadas.
				
(...) A história do homem é um reflexo do seu pensar sobre o presente, passado e futuro. O homem pensa sobre o que fez; o que deixou de fazer; sobre o que está fazendo e o que pretende fazer. O homem no uso da sua razão sempre pensa e imagina o seu “que fazer”, isto é, as suas ações, e até mesmo, as suas ações cotidianas e mais rudimentares. O ato de pensar não deixa de ser um verdadeiro ato de planejar. (MENEGOLLA e SANT’ANNA, 1993, p. 15)
	
O ato de pensar, segundo Menegolla e Sant’Anna, é um ato de planejamento. Ou seja, se estamos a todo o momento pensando, automaticamente estamos planejando. E quão importante é pensar, repensar, planejar e replanejar, dentro do contexto em que o professor está inserido. O planejamento escolar é um meio para avaliar os alunos, e claro, o seu próprio trabalho, já que com o planejamento você tem uma forma de avaliar o trabalho também. Uma aula improvisada não prevê os objetivos esperados. O planejamento leva em consideração o público, ou seja, os alunos. Se você leciona numa escola rural, a forma de trabalhar será diferente de trabalhar numa escola urbana, ou em lugares com diferentes classes sociais. O professor tem que ter sabedoria pra conhecer o aluno o suficiente para discernir se ele esta entendendo a disciplina, ou não, pois cada aluno é único, é um ser integral com sua peculiaridades e traumas, e problemas em casa. O planejamento tem que ser flexível e o professor tem que ter a habilidade e flexibilidade de modificar o que planejou, caso não dê certo.
E deve ser flexível. Não deve ser algo engessado. Por mais bem planejado que tenha sido o planejamento feito, é necessário ter em mente que pode ocorrer imprevistos, por isso é necessário que haja avaliações ao longo do ano letivo, para ter certeza de que os educandos estão se familiarizando, entendendo, a disciplina.
2 PLANEJAMENTO ESCOLAR
2.1 Definição
Segundo Menezes (2001), planejamento escolar é um documento sistematizado de tudo que a escola pretende realizar e que registre o que a escola deseja fazer, como irá fazer, quando irá fazer, com que instrumentos e com quem irá fazer. Para ter um planejamento escolar, é preciso que a escola defina suas metas e objetivos, e os meios para alcança-los. 
Os níveis do planejamento escolar são três (Vasconcelos, 2000): o planejamento da escola, o planejamento curricular e o projeto ou plano de ensino. Conforme Vasconcelos: 
Planejamento da escola - trata-se do que chamamos de projeto político-pedagógico ou projeto educativo, sendo esse plano integral da instituição, o mesmo é composto de marco referencial, diagnóstico e programação. Este nível envolve tanto a dimensão pedagógica quanto a comunitária e administrativa da escola. 
Planejamento curricular - a proposta geral das experiências de aprendizagem que serão oferecidas pelas Escolas incorporados nos diversos componentes curriculares, sendo que a proposta curricular pode ter como referência os seguintes elementos: fundamentos da disciplina, área de estudo, desafios pedagógicos, encaminhamento, proposta de conteúdos, processos de avaliação. 
Projeto de ensino - é o planejamento mais próximo da prática do professor e da sala de aula, diz respeito mais restritamente ao aspecto didático. Pode ser subdividido em projeto de curso e plano de aula.
O plano de ensino é um item fundamental no planejamento escolar, pois é a previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e tem ligação direta com objetivo da escola, o ensino do conteúdo pretendido. A elaboração das aulas é uma tarefa indispensável e deve transformar-se em um documento escrito que servirá tanto para orientar as ações do professor, como também para possibilitar aperfeiçoamento de ano a ano.
2.2 A importância do planejamento escolar
O plano escolar é um dos temas indicados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, para organização das escolas. Como ele envolve processos de organização das ações das metas educacionais, ele é fundamental para a realização desses objetivos. Este planejamento precisa ser feito levando em consideração as necessidades do corpo discente, a realidade da escola, e o corpo docente em que ele está sendo construído. Os elementos do planejamento escolar estão abastados de implicações sociais, pois implicam no impacto que terá nos alunos em relação ao seu futuro como cidadãos brasileiros. O planejamento é uma atividade de reflexão a respeito das opções educacionais a serem seguidas; se não for pensado intencionalmente sobre o rumo que a escola dará ao seu trabalho, ficará entregue aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes da sociedade.
2.3 Princípios relevantes do planejamento escolar
Pode-se listar pelo menos quatro princípios determinantes dentro do planejamento escolar. O primeiro deles consiste em considerar que, ao se planejar algo, precisa-se começar definindo-se objetivos, pois este deve ser o passo essencial que resume à partida do processo, e elemento orientador do planejamento. Para serem definidos os objetivos, é necessário ter-se clareza ao elaborá-lo, para que seja possível mensurá-lo e alcança-lo. 
O segundo princípio relevante consiste em realizar um estudo do contexto social dos alunos da escola, os recursos disponíveis à instituição educacional e as características gerais dos alunos na comunidade onde a escola está inserida. Em outras palavras, é necessário conhecer a realidade dos sujeitos para o qual o planejar se constituirá (nesse caso, de dentro para fora - os alunos, a comunidade escolar e a escola), para somente então, após uma avaliação prévia dos dados levantados, dar continuidade e estrutura ao plano. Esses aspectos são confirmados por Gandin (1995), quando explica que o planejamento escolar inclui: 
elaborar - decidir que tipo de sociedade e homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido;
executar - agir em conformidade com o que foi proposto e; 
avaliar - revisar sempre cada um desses momentos e cada uma dessas ações, bem como cada um dos documentos deles derivados (p. 22).
O terceiro princípio que deve-se levar em consideração no planejamento escolar é o que diz respeitoao processo ser continuado. Este fator leva em consideração que todo projeto teórico, somente ao ser levado à aplicação prática é que pode ser devidamente avaliado e aperfeiçoado. Portanto, é crucial entender que o planejamento escolar não é um documento final, mas sim, sempre em processo de reavaliação e melhoramento. 
O quarto princípio a ser abordado no planejamento, é que deve ser produzido de forma dialógica. Isto significa que não pode ser estabelecido como uma determinação autoritária por parte da direção da escola, mas sim, deve ser o resultado de diálogo entre os vários níveis institucionais. Pais de alunos, professores, alunos, coordenadores pedagógicos, direção escolar, departamento público de educação, todos são relevantes no processo de encontrar soluções às possíveis dificuldades da escola e, portanto, precisam ter parte no debate de construção do planejamento escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A prática de planejar é inerente ao homem na procura da satisfação, e pela sua desagrado com objetivo de intervir no ambiente em que vive no uso dos artefatos naturais, transformando-os. Desta maneira, da ação espontânea à proposital, o planejamento está evidente como ação humana. 
Neste contexto, este trabalho buscou demonstrar a relevância do planejamento como prática profissional no campo da educação. Em suas proporções no âmbito educacional, o planejamento é essencial, pois é ferramenta para qualificar a ação do profissional, quer no ambiente da gestão, quer no ambiente específico da docência, bem como proposta de uma coletividade que consciente de sua responsabilidade social, se organiza numa visão sistêmica, embasado num processo integrado e transparente. 
O planejamento escolar é o momento oportuno para discutir e elaborar novas práticas educativas que contribua de maneira significativa para esta formação social do homem, num processo democrático. O planejamento escolar perde seu nexo se for entendido de maneira neutra, sem importância, e sem valor político, de fato, planejar implica em muita reflexão, ação, proposito claro para promover a integração dos profissionais para uma atitude profissional de qualidade. O método democrático requer nitidez para que o conjunto seja capaz realizar conscientemente para os objetivos da instituição escolar.
REFERÊNCIAS
GANDIN, Danilo. Planejamento Como Prática Educativa. 8 ed. São Paulo : Loyola, 1993.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério 2° grau. Série formação do professor).
MENEGOLLA, M.; SANT’ANNA, I. M. Por que planejar? Como planejar?: Currículo, área, aula. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 1993.
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete plano escolar. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/plano-escolar/>. Acesso em: 16 de mai. 2016.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento: Projeto de Ensino-Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico. 7º Ed. São Paulo. 2000

Mais conteúdos dessa disciplina