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Alguns afloramentos da Provincia de Pemba

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Índice de figuras
Figura 1: Mapa da Provincia de Cabo Delegado	4
Figura 2: Mapa geologico do norte de Moçambique	7
Figura 3: Litologias de Pemba	8
Figura 4:Litologias de Ancuabe	9
Figura 53Litologias de Chiure:	10
Figura 6: Afloramento 1.	12
Figura 7: Marmita.	13
Figura 8: Afloramento sedimentar resultante da mistura de eventos. 	14
Figura 9: Calcário recifal.	15
Figura 10: Grés.	16
Figura 11: Afloramento2	17
Figura 12:Afloramento 3	18
Figura 13:Afloramento4.	19
Figura 14: Afloramento 5. 	20
Figura 15: Afloramento 6. 	21
Figura 16: Cascata	24
Figura 17: Afloramento em erosão	25
Figura 18: Marmitas com cascalhos.	25
Figura 19: Gnaisse bandeiado	26
Figura 20Estrutura Bandeada	30
Figura 21: Afloramento de Marmore	31
Figura 22; Migmatito	32
Índice
1.	Introdução	1
2.	Objectivos	1
2.1.	Objectivos geral	1
2.2.	Objectivos espcifivos	1
3.	Metodologias	2
3.1.	Trabalho pré campo	2
3.2.	Trabalho de campo	2
3.3.	Trabalho de Laboratório	2
4.	Materiais	3
5.	Localização Físico geográfica e clima	4
6.	Enquadramento Geologico	6
7.	Actividades Desenvolvidas	11
Dia 17 de Julho, Cidade de Pemba, praia de Wimbe	11
Dia 18 de julho; cidade de Pemba Praia de Wimbe	20
Dia 8 de Julho, distrito de Chiure, Maririne	23
Dia 9 de Agosto; Distrito de Ancuabe, mina de grafite de Ancuabe.	26
Dia 10 de Agosto, distrito de Montepuez, mina de mármore de Montepuez	29
8.	Conclusão	33
Bibliografia	34
1
7
1. Introdução 
2. Objectivos 
2.1. Objectivos geral 
2.2. Objectivos espcifivos 
3. Metodologias
3.1. Trabalho pré campo
Para a elaboração do presente trabalho o grupo recorreu a bibliografias que retratam sobre o assunto, e também teve algumas aulas sobre segurança no campo, uso dos equipamentos de campo (EPI).
3.2. Trabalho de campo
O trabalho de campo foi realizado na provincia de Cabo-Delegado, nos seguintes distritos: Cidade de Pemba, na Praia de Wimbe, distrito de Chiure em Miririne, Ancuane na mina de grafite de Ancuabe, em Montepuez na mina de mármore de Montepuez. E em cada paragem foram feitas as seguintes actividades:
- Tirar as coordenadas da paragem;
- Tirar amostras de mão das rochas;
- Documentar as paragens com fotografias.
3.3. Trabalho de Laboratório
Visto que algumas amostras coletadas não eram de simples identificação. No laboratório usamos o método de titulação para a identificação da amostra.
4. Materiais 
Para a extracção das informações patentes no presente relatório, usou-se os seguintes materiais:
· GPS (Global Positioning system)- o GPS é um aparelho com sistema de radionavegação por satélite. Usou-se este aparelho para determinar a posição exacta dos corpos rochosos no globo terrestre.
· Martelo de geólogo - Usamos este material para partir as rochas de modo a obter uma amostra de mão.
· Bússola- É um instrumento de navegação e orientação baseado nas propriedades magnéticas do planeta terra. Usamos este instrumento para obter as direções cardeais de cada movimento que fazíamos no campo.
· Lupa- é um instrumento com uma lente convergente, que aumenta o tamanho aparente dos objectos. Usamos este instrumento para observar os minerais constituintes de rochas, que não podem ser observados ao olho desarmado.
· Caderneta de campo- Usamos este material para anotar as informações obtidas. 
5. Localização Físico geográfica e clima
Figura 1Provincia de Cabo Delegado, Fonte: produzido por Délfio Rufino
De acordo com Climate-Data.Org, a Cidade de Pemba é de clima tropical, sendo que tem menos pluviosidade no inverno que no verão e uma temperatura media de 25.5ºC.
De acordo com (Instituto Nacional de Hidrografia e Navegação, 2013) Quanto à precipitação, há duas estações bem definidas, ao longo do ano: a estação seca e a estação húmida. A estação húmida dura de dezembro a abril, e traz altos índices pluviométricos, com o mês mais húmido sendo o de Março, com 202,2 mm de média mensal. Por outro lado, a estação seca alonga-se de maio a novembro, e traz, secundariamente, temperaturas mais frescas, com céu ensolarado e baixa precipitação. O mês mais seco do ano é, tipicamente, setembro, com 2,2mm de precipitação. A humidade é muito alta durante a estação húmida, com média de 80-90%, sendo muito mais baixa durante a estação seca. O mês mais quente é janeiro ou fevereiro, e o mais frio é julho. 
De acordo com (Ministério da Administração Estatal, 2014). O distrito de Ancuabe, Montepuez, e Chiure são caracterizados por climas do tipo semi-árido e sub-húmido seco.Onde a precipitação média anual varia entre 800 a 1200mm, enquanto a evapotranspiração potencial de referencia está entre os 1300 e 1500mm. Em termos de temperatura média ela varia entre 20 a 25º C.
6. Enquadramento Geologico
De acordo com (Chaúque, 2008), em Moçambique, encontramos dois terrenos geológicos, a saber: Pré-cambrianos e Fanerozoicos, onde o pré-cambriano ocupa as partes norte e centro-oeste do país e o fanerozoico cobre as grandes planícies costeiras, abrangendo em grande parte a região sul. Na região norte de Moçambique, o pré-cambriano é caracterizado pelas rochas que constituem a extremidade sul do cinturão de Moçambique. 
-
Figura 2: Mapa geologico do norte de Moçambique. Fonte : Chauque 2008)
6.1. Geologia Local 
Cidade de Pemba
Figura 3: Litologias de Pemba: Fonte Prod. Ossufo Namuine
Ancuabe
Legenda
Figura 4:Litologias de Ancuabe: Fonte: Prod. Délfio Rufino
Montepuez 
De acordo com (Noticia Explicativa, 2007), o Montepuez enquadra-se no complexo de Montepuez que é formado por ortognaisses que vão de graníticos a anfibolíticos no que respeita à composição, e paragnaisses incluindo principalmente quartzito, meta-arcose, mármore, gnaisse quartzo-feldspático e gnaisse biotítico. As rochas apresentam-se fortemente deformadas em dobras apertadas e isoclínicas, que foram posteriormente cortadas por uma série de zonas de cisalhamento com orientação geral de nordeste-sudoeste. A forte deformação torna a sucessão litológica muito complexa, com grandes variações em todas as escalas, tanto dentro assim como entre as litologias que compõem o complexo. O contacto das rochas experimentou de uma maneira geral um metamorfismo de grau anfibolítico.
Chiure
Figura 53Litologias de Chiure: Fonte: Prod. Délfio Rufino
De acordo com, (Noticia Explicativa, 2007)O grupo de Chiure é composto por para-gnaisses de grau de metamorfismo elevado, gnaisses anfibólico, e anfiboliticos, intercalados por níveis aluminosos, quartzíticos, conglomeráticos e marmoriticos, como se pode ver na figura.
7. Actividades Desenvolvidas
Dia 17 de Julho, Cidade de Pemba, praia de Wimbe
Paragem 1.1: Coordenadas: S 12º 57ʹ 917ʺ E 040º 33ʹ 891ʺ; elevação 4 m.
Neste Stop observamos uma falésia formada por solos laterícos, onde no topo da mesma, existe uma vegetação e na sua base areia não compacta e calcário calcítico. 
É notável que o afloramento está em uma intensa meteorização química e física. Sendo que a física é promovida pelos agentes da geodinâmica externa (a temperatura, ondas do mar, vegetação e a precipitação) e a química é promovida pelas águas do mar.
As areias da base apresentam uma textura fina, o que nos leva a inferir que teriam sido depositadas por um agente transportador com baixa energia de transporte (águas do mar), é também notável uma pequena variação de tonalidade devido a oxidação de ferro proveniente da lixiviação dos solos lateríticos. 
Ainda na base, à ESTE da área encontra-se um estrato de calcário conquífero em meteorização, com mineralogia de Calcite e Feldspato, textura estratificada e estrutura compacta. Com os vestígios que esta rocha apresenta (fosseis) podemos inferir que esta rocha é de origem biológica.
Os solos lateríticos do topo, não foram depositados ao mesmo tempo com a areia da base. De acordo com o principio de sobreposição de camadas, essa camada teria sido depositada após os eventos da formação da camada da base. E esses solos não são resultado da regressão e transgressão marítima, mas sim, da decomposição por precipitação de óxidos e hidróxidos de alumínio e ferro das rochas continentais.Figura 6: Afloramento 1. Prod. Davide Malanta
Olhando para o lado norte, pode-se observar variados corpos rochosos em meteorização diferencial, isto é, esses corpos rochosos perderam os minerais mais sensíveis à meteorização (é o caso da calcite), deixando buracos na rocha, denominados marmitas. 
Figura 7: Marmita. Fonte: Fotografia de Faustino de Sousa
Movendo-se 7 m para Noroeste, encontramos um pequeno afloramento, com cerca de 290-300cm2 de área e nele podemos notar uma complexidade em relação a sua estratificação, pois ela não apresenta nenhuma sequencia de estratos, mas sim, concentrações de diferentes rochas, que resultou da ocorrência simultânea de eventos. Este afloramento é composto pelas seguintes rochas:
- Calcário calcítico: com a mineralogia de calcite, e pequenos sedimentos de Qtz, com uma textura fina e estrutura compacta;
- Arenito calcítico: mineralogia de Qtz, Flds, Cal e alguns minerais que não foram possíveis identifica-los. A rocha apresenta uma textura media a fina e uma estrutura granular. Onde os minerais de Qtz e Flds encontram se envolvidos num cimento de calcite.
- Arenito: mineralogia de Qtz, Flds. Com textura fina e estrutura granular.
- Brechas, com fragmentos clastos, minerais de Qtz e Flds, grandes e angulosos em meio a uma massa de cimento de material fino. 
Figura 8: Afloramento sedimentar resultante da mistura de eventos. Fonte: Prod. David Malanta
Paragem1.2: coordenadas S 12º 57, 915’E 040º 33, 884’, elevação de 3m
Este ponto situa-se à noroeste do primeiro ponto. Nesta paragem podemos encontrar um afloramento de calcário recifal. As características desta rocha, indicam que é de origem marinha e teria se formado no mar e teria sido exposta pelo processo de regressão e transgressão marítima. Este afloramento apresenta-se altamente meteorizado devido às águas do mar, o que é destacado pelas cores avermelhadas que podem ser observadas nas amostras.
Figura 9: Calcário recifal. Fonte: Fotografia de Bibiana Eduardo
Paragem 1.3: coordenadas S 12º 57, 948’E 040º 33, 668’, elevação de 3m
Nesta paragem, podemos encontrar um afloramento diferente dos que observamos antes, um afloramento de Grés com composição mineralógica de Qtz, e uma matriz de minerais ferromagnesianos em cerca de 70% da composição total da rocha de textura grosseira e uma estrutura compacta. 
Este afloramento apresenta-se altamente meteorizado (meteorização química por oxidação) devido às águas do mar.
Esta rocha teria sido formada pela deposição de sedimentos oriundos da precipitação de óxidos e hidróxidos de alumínio e ferro das rochas continentais que foram se depositando para dar a matriz de minerais ferromagnesianos à rocha.
Figura 10: Grés. Fonte: Fotografia de Faustino de Sousa
Paragem 1.4: coordenadas S 12º 57, 951 E 040º 33,632’ elevação 3m
O afloramento aqui encontrado, apresenta dois estratos, onde a camada mais antiga é constituída por calcário calcítico e a camada de cima (a mais nova) é constituída por um conglomerado com uma matriz de minerais ferromagnesianos.
A camada de baixo, formada por calcário, teria sido formada pela precipitação de sais, durante o processo de regressão e progressão marítima. E a camada de cima, dos conglomerados teria sido formada com o aumento de energia de transporte das águas do mar, vistos que este conglomerado é formado por seixos, e ainda na mesma camada teria sucedido a deposição de precipitados de óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, o que deu a matriz de ferro à rocha.
Figura 11: Afloramento2
Paragem 1.5: coordenadas S 12º 57,967’ E 40º 33, 531’ elevação de 4m
Nesta paragem, nos deparamos com um afloramento carbonatada em meteorização química, o que justifica as partes avermelhadas na rocha. Esta apresenta sedimentos biológicos (conchas), e pela presença de conchas, podemos inferir que é um calcário conquífero e ainda com os mesmos dados podemos inferir que essa rocha é de origem biológica e seria originaria do mar, e pelo processo de regressão e transgressão marítima ela foi exposta.
À 4 m ao noroeste encontramos um afloramento, com três estratos, a saber: 
Na base encontramos uma camada com sedimentos clásticos de seixos não consolidados, com uma espessura de mais ou menos 0.3m, formada pelo processo de transgressão marítima com uma energia de transporte maior;
No meio encontramos uma camada de 1.10m de espessura composta por arenitos com essência de fosseis, que também teria sido formada pelo processo de transgressão marítima com baixa energia de transporte, o que justifica o tamanho dos grãos;
 No topo temos uma camada de arenito com uma espessura de 1m, este arenito de textura fina e uma estrutura granular.
Figura 12:Afloramento 3,Fonte: Fotografia de Feissal Omar
Paragem 1.6: S 12º 57, 957’E 040º 33,511’ elevação de 4 m.
Nesta paragem podemos encontrar um pequeno afloramento de cerca de 120cm2, cuja rocha que o compõe é de origem clástica com a composição mineralógica de Qtz, Flds, areias pesadas e fosseis. Com estes dados podemos inferir que a rocha possivelmente seja um arenito com textura grossa e estrutura granular.
Pelo facto de apresentar areias pesadas e fosseis, podemos aceitar que a rocha teria se formado na costa com a influencia do processo de transgressão e regressão marítima.
Paragem1.7: Coordenadas: S 12º 57,975’ E 040º 33,431’, elevação de 5m 
Neste afloramento, há predominância de dois estratos. Onde o estrato superior é composto por calcário com rudista e o estrato inferior apresenta calcário conquífero. Este complexo, tem uma estrutura estratificada e uma textura olítica.
Figura 13:Afloramento4. Fonte: Prod. David Malanta
Dia 18 de julho; cidade de Pemba Praia de Wimbe
Paragem 2.1: Coordenadas S12º 57,973 E 040º 33,426, elevação de 16m
Nesta paragem podemos observar uma falésia em erosão, formada por solos lateríticos e corpos rochosos de calcário com rudista, onde os corpos de calcário que se encontram em baixo teriam deslizado para devido a gravidade e a erosão promovida pela precipitação e ondas do mar. Este afloramento apresenta um alto grau de erosão promovida pela biosfera (vegetação).
Figura 14: Afloramento 5. Prod. David Malanta
Paragem 3.2: S 12º 57,980’E 040º 33, 374’, elevação de 11m
O afloramento contemplado neste ponto, apresenta 3 estratos e uma vegetação na superfície do topo, onde o estrato da base é formado por calcário dolomítico, resultante do processo de regressão e transgressão das águas do mar com maior concentração de sais como calcite e dolomite, tendo precipitado na costa para forma esta primeira camada.
A segunda camada é composta por conglomerados, formados pela deposição de seixos cimentados por calcite, formando assim um conglomerado calcítico.
No top, tem a camada de solos lateríticos, com a proveniência já explicada nos afloramentos anteriores.
As superfícies do afloramento apresentam alguns indícios de meteorização, o que nos levou a inferir que o afloramento esta sofrendo meteorização química e física. O que mas destacou essa meteorização, é a oxidação do solo laterítico que se encontra nas vesiculas das rochas.Paragem 4
Paragem 2
Figura 15: Afloramento 6. Prod.David Malanta
Ao longo do leito da camada da base, notamos que a areia que lá se encontra é fina, mas ela tende a ser mais grosseira à medida que nos movíamos para norte, tal fenómeno é explicado pela energia de transporte da água, pois no local onde começa a turbulência das águas do mar a energia de transporte é maior em relação à onde termina a turbulência. E à 3m do afloramento, na direcção norte, nas areias tem uma concentração de areias pesadas, que podem ter resultado da erosão dos solos lateríticos encontrados no topo do afloramento da paragem 2.
Paragem 2.3: coordenadas S12º 57, 971 E 040º 33, 371; elevação de 7m
Nesta paragem, podemos achar uma variedade de rochas carbonatadas, que não apresentam vestígios fossilíferos, o que nos levou a inferir que, elas seriam quimiogênias, ou seja, resultam da precipitação química. 
À 7m para noroeste do último ponto, podemos detectar uma variação de rochas carbonatadas,de calcário para calcário-arenito com uma textura fina, e estrutura granular. 
À 12 m para noroeste do ultimo ponto, podemos notar que, as rochas variavam entre arenito de textura media para brechas, com o cimento de minerais carbonatadas. Neste local encontramos um pequeno afloramento estratificado, onde na base é constituído por um conglomerado composto por sedimentos fossilíferos e detritos de Qtz e Flds, e na camada de cima encontramos areias pesadas.
Paragem 2.4: coordenadas S12º 57, 971 E 040º 33, 371, elevação de 6m
Nesta paragem podemos encontrar um afloramento com as mesmas características que o da paragem 2, uma vez que este ponto é continuação do afloramento da paragem 2. O solo deste ponto apresenta-se escuro em relação ao solo do outro lado do afloramento. Acreditamos que essa cor é desencadeada pela humificação do solo (sedimentos de restos de animais e plantas misturados com o solo).
Dia 8 de Julho, distrito de Chiure, Maririne.
No dia 8 de julho, as nossas actividades de campo decorreram em Chiure Velho, especificadamente em Maririne. 
Começamos as nossas actividades de campo no horário das 11H e 10 min com a apresentação do local, regras de convivência para com o local tais como não tirar fotografias em alguns lugares específicos (considerados sagrados), não desdenhar as regras e orientações e não jogar lixo, e como usar o mapa juntamente com a bussola e o GPS.
Paragem 3.1: S 13º 30’39.9” E 039º 59’51.1”; elevação: 153m.
Neste ponto, localizado entre uma mangueira e um alpendre, posicionamos o Norte do mapa em paralelo com o Norte da bússola, podendo assim, localizar no mapa a nossa situação e descobrimos que nos situávamos na margem Norte do rio Lúrio.
 A partir deste ponto, a Sul podíamos ver um afloramento que não podíamos descrever macroscopicamente e mineralogicamente, pois este se encontrava na outra margem do rio Lúrio, mas era possível averiguar as diáclases de orientadas à NE, também que este afloramento sofre meteorização física devido ao fluxo de água do rio e pela vegetação (em pequena escala). Este afloramento forma uma espécie de waterfall (cascata). 
Figura 16: Cascata, Fonte: foto tirada por Junito Mendes
Paragem 3.2: S13º 30’46.1” E 039º 59’47.0’’; elevação: 149m.
Neste ponto, podemos observar um afloramento rochoso planar, fracturado (principalmente diáclases, visto que mesmo tendo fracturas não apresentava nenhum deslocamento significativo entre os blocos), em uma intensa actividade de meteorização física desencadeado pela acção das águas do rio. Por conta disso, podemos verificar blocos rochosos caídos e deslocados do seu local original. Para elem disso podemos notar que alguns corpos rochosos apresentavam buracos (marmitas) resultantes da erosão promovida pela água. 
	
Figura 17: Afloramento em erosão, Fonte: Junito Mendes
	
Figura 18: Marmitas com cascalhos. Fonte: Delfio Rufino
Ainda neste ponto podemos verificar a deposição de sedimentos do tipo matacão, que pode ser justificados pela energia do agente de transporte.
De modo a descobrir de que tipo de rocha se tratava, tirarmos uma amostra fresca e podemos averiguar as seguintes características diagnosticas:
1. Notamos a presença de um mineral com brilho vítreo, fractura cochoidal (pois quando ele se parte, as superfícies de fractura são irregulares e refletem luz), de cor branca a incolor, não é riscado pelo canivete e nem pela unha e não é atraído pela caneta magnética, por isso inferirmos que seria o quartzo;
2. O outro apresenta um habito laminar, uma coloração escura e uma clivagem micácea, um brilho metálico, é riscado pelo canivete e também não é atraído pela caneta magnética. Pelas características identificadas, chegamos a conclusão de que o mineral seria a biotite;
3. Este apresenta uma cor branca-leitosa, um fractura irregular, também não é atraído pela caneta magnética, um habito maciço. Por conta disso, podemos inferir que este mineral é o K-Felspato;
4. Este não apresenta clivagem, mas sim uma fractura cochoidal, tem uma cor vermelha, um brilho vítreo, um habito docaedral. Portanto, chegamos a conclusão de que este mineral é a Granada. 
Por tanto, este afloramento é formado por gnaisse biotítico. Logo podemos inferir que este afloramento é de origem metamórficas (metamorfismo regional).
Quanto a textura e estrutura, a rocha apresenta uma textura granolepidoblastica, pois apresenta grãos do mesmo tamanho e minerais placoides (biotite) e uma estrutura bandeada, pois na rocha podemos observar um certo arranjo preferencial dos minerais máficos e félsicos.
Este afloramento apresenta um Strike igual 80ºNE e um Deep igual a 40º .
Figura 19: Gnaisse bandeiado; Fonte: foto tirada por Junito Mendes
Dia 9 de Agosto; Distrito de Ancuabe, mina de grafite de Ancuabe.
Neste dia, as actividades de campo começaram no horário das 8h 20 min na mina de grafite de Ancuabe (GKAncuabe Graphie Mine) com a apresentação das regras de higiene e segurança.
De acordo com o Eng. geólogo Pedro a área licenciada a empresa, contem 13 blocos, onde apenas 4 delas estão activos. Os 4 blocos activos, não são exploradas concomitantemente, mas sim de uma forma alternada, pois isso, possibilita o acesso entre os blocos e a zona de processamento, ou seja, as escavações constantes num único bloco podem inibir as vias de acesso aos outros blocos. Por tanto, as escavações são feitas de modo a criar uma inclinação linear no terreno, o que também facilita a circulação das maquinas.
Nesta área há ocorrência de Anfibolitos, quartzitos, gnaisses (principalmente o grafítico), o que nos levou a inferir que esta zona é de origem metamórfica (metamorfismo de alto grau). 
Paragem 4.1: Coordenadas: S13º 00’19.0” E030º59’49.8“; elevação: 225m 
Neste ponto localiza-se o Bloco 1A , onde podemos contemplar uma escavação feita durante o processo de extração do grafite. Esta escavação estava nos seus estágios finais, pois, depois da camada do gnaisse grafitoso retirada, era notável a gnaisse com granadas, o que segundo o eng. Pedro, indica que mais para baixo, não há grafite, pois os gnaisses com granada são indicadores da inexistência da grafite.
Ainda no mesmo bloco, podemos notar que durante a escavação se teria atingido um aquífero, o que fez com que uma parte da escavação estivesse inundada. O que trousse a necessidade de se canalizar aquela água para o rio. Pois a presença de água numa mina pode causar constrangimentos, tais como, dificuldades para trabalhar na escavação, desabamento das paredes da mina e também a poluição da própria água ( Problema ambiental) pelos agentes poluentes como enxofre que ocorre associado à grafite.
Tirando uma amostra de mão, do gnaisse grafitoso, podemos detectar os seguintes minerais:
- Quartzo: apresenta um brilho vítreo, uma dureza inferior à da unha, uma fractura conchoidal ( durante a quebra o mineral forma superfícies irregulares que refletem a luz), não era atraído pela caneta magnética, dureza superior à do canivete e uma coloração branca;
- Grafite: apresenta um brilho metálico, no caderno deixa uma risca cinzenta, pode ser riscado pela unha, isto é, apresenta uma dureza abaixo de 2.5 (dureza da unha) na escala de Mohs, apresenta uma clivagem perfeita e não é atraído pela caneta magnética;
- Feldspato: apresenta uma cor branca acastanhada, tem uma dureza superior à da unha, um brilho vítreo e uma clivagem prismal.
De acordo com o eng. Pedro, a grafite encontrada neste bloco tem um teor de 16-17%, e deixou claro que essas percentagens não são imutáveis nos outros blocos, ou seja, os outros blocos podem apresentar uma percentagem baixa ou alta de grafite, relativamente a este bloco.
Paragem 4.2: S 13º 00’19.9” E 039º 59’49.0’’; elevação :224m.
Nesta paragem, verificamos um afloramento gnaissico, que apresenta uma estrutura dobrada. Classificamos essa dobra como anticlinal simétrica, cuja o strike é de 80º SE e deep de 30º.
Paragem 4.3: Coordenadas: S13º 00’20.1” E 039º 59’58.6”; elevação 231m.
Neste ponto, localiza-se o Bloco CA1, onde de acordo com o eng. Pedro o bloco é formado por rochascomo, anfibolitos, quartzitos, que são consideradas rejeito, pois, não contem o mineral em desejado (grafite) e seus minerais não interessam a GK. Ainda de acordo com o eng. Pedro, as rochas citadas, cobrem o jazido em epigrafe. Durante a exploração costuma-se alternar o bloco CA1 com o Bloco A1, com o objectivo de no final da exploração do bloco A1, usar-se o rejeito retirado do bloco CA1 para cobrir o buraco deste do bloco 1A.
Paragem 4.4: Coordenadas: S 13º 00’22.0” E 039º 59’57.33”, elevação: 234m.
Neste ponto podemos encontrar uma outra variedade do ganisse e este apresentava a seguinte mineralogia:
Feldspato: apresenta uma cor branca acastanhada, tem uma dureza superior à da unha, um brilho vítreo, não é atraído pela caneta magnética e uma clivagem prismal;
Quartzo: apresenta um brilho vítreo, uma dureza superior à da unha, uma fractura conchoidal (durante a quebra o mineral forma superfícies irregulares que refetem a luz), não era atraído pela caneta magnética e uma coloração incolor à branco.
O feldspato ocupa o maior volume da amostra, ou seja, encontrava-se em maior proporção, o que nos levou a inferir que o gnaisse aqui encontrado é feldspático.
Paragem 4.5: Coordenadas S 13º 00’17.3” E 039º 59’58,6”, elevação: 246m.
Neste ponto, todo material grafítoso extraído das minas é depositado para posterior processamento.
Processamento da grafite 
Este processo segue 6 fases:
1- Britagem- esta fase consiste na fragmentação do material rochoso contendo a grafite, reduzindo-o para 100mm de diâmetro na britagem primária e secundaria e para 40 mm na britagem de cone;
2- Peneiração- Esta fase consiste na separação do material rochoso de acordo com o seu tamanho, levando para a fase seguinte o material em undersize (<40mm) e devolvendo para a fase de britagem o material em oversize(>40mm);
3- Moagem- nesta fase o material é reduzido o tamanho de 40mm para 1mm ou menos;
4- Concentração- esta fase consiste na separação da grafite do material indesejado, a partir do fluxo de água e ar, que cria bolhas na superfície da água, causando a flotação. A flotação é promovida pela propriedade atípica qua a grafite apresenta (superfície de flocos), esta propriedade faz com que a grafite apegue-se ao ar e fique presa nas bolhas de água que se depositam na superfície para que possam ser retiradas pelas pás escavadoras. O material retirado pela pá, vai para o tanque de concentração, onde encontrar-se-á em solução aquosa. 
5- Secagem- esta fase consiste na secagem da grafite em solução aquosa. Uma bomba de pressão suga a grafite do tanque para o filtro de pressão que vai comprimir esta solução até que perca 80% de humidade ficando com 20 % e dai o material é transportado para o forno rotativo que fará a secagem final. Após a secagem final este a grafite fica com uma humidade relativa de 2%.
6- Embalagem- nesta fase a grafite é empacotada em sacos, onde cada saco recebe uma tonelada de grafite. 
 A grafite sintetizada durante o processamento, tem 96% de teor.
Dia 10 de Agosto, distrito de Montepuez, mina de mármore de Montepuez
De acordo com o geólogo Simão, na área deste ponto, extraía-se o mármore branco, assim como o mármore preto (que na verdade é cinzento), mas em zonas diferentes. 
Paragem5.1: Coordenadas: S13º 05’54.1” E 038º 58’38.4”; elevação: 450m.
Neste ponto, encontramos o mármore branco, podemos verificar as seguintes mineralogias: calcite, pirite e anfíbolas. E quanto a descrição macroscópica podemos verificar que possuem um estrutura maciça e textura granoblástica.
 Com essas descrições, pudemos inferir que estávamos perante um afloramento metamórfico originário do metamorfismo regional de alto grau, o que explica a existência de estruturas dobradas nos afloramentos.
Figura 20Estrutura Bandeada
Paragem 5.2: Coordenadas S 13º 05’55.3” E 030º 58’38.3”; elevação: 450m
Olhando para o Sul a partir deste ponto, podemos verificar que a parede do mármore se encontrava avermelhada e altamente fracturada. A cor avermelhada deriva da oxidação dos minerais de ferro (pirite, anfíbolas) e as fracturas derivam do alivio de pressão ou descompressão da rocha e da meteorização física desencadeada pela vegetação. 
Este afloramento tem uma direcção de camadas de 80º NE e um angulo de mergulho de 45º .
Figura 21: Afloramento de Marmore, Fotografia de Délfio Rufino
Paragem 5.3: Coordenadas: S 13º 05’40.1’E 038º 58’45.7”; elevação: 469m.
Este ponto, localiza-se na área onde se situam as escavações do deposito de mármore preto. Neste ponto não foi possível ver as escavações, pois a vegetação cobria toda a área, inibindo-nos de localizar a tal escavação. Mas podemos verificar que o que faz deste mármore preto (cinzento) são impurezas (minerais escuros como as anfíbolas) misturadas com a calcite.
Paragem 5.4: Coordenadas: S 13º 07’56.3” E 040º 07’19.2”; elevação: 290m.
Este ponto localiza-se à norte de Aliti, a Oeste de Nailia e a Este de Metoro, na margem norte da estrada. Neste ponto, podemos encontrar um afloramento artificial, de um bloco rochoso de migmatito que deve ter sido deslocado do seu lugar original durante a construção da estrada. 
Esta rocha é composta por minerais com quartzo, feldspato e micas, e apresenta uma estrutura migmatitica, pois esta rocha sofreu uma fusão parcial, e apresenta uma textura grano-lepidoblástica. 
Figura 22; Migmatito, Fotografia de Brenner Abudo
8. Conclusão
Durante a realização das actividades de campo o grupo pôde aprender muita coisa sobre afloramentos de rochas metamórficas, como por exemplo a tendência que as rochas metamórficas têm de se desenvolver em uma certa direção, como foi visto na mina de mármore de Montepuez. Que durante a exploração da grafite hospedada no gnaisse, se encontrarmos uma camada de gnaisse com granadas significa que mais afundo não iremos encontrar grafite. Também podemos aprender como usar o mapa, a bussola e o GPS para ter a sua localização.
Bibliografia
Ministério da Administração Estatal. (2014). Perfil do distrito de Montepuez Província de Cabo Delegado. 
Chaúque, F. R. (2008). Rochas alcalinas de Moçambique. Instituto de Geociências_USP.
Instituto Nacional de Hidrografia e Navegação. (2013). RELATÓRIO FINAL DO LEVANTAMENTO DA BAÍA DE PEMBA. 
Ministério da Administração Estatal. (2014). Perfil do distrito de Ancuabe Provincia de Cabo Delegado. 
Noticia Explicativa. (2007). REPORT No. B6.f .

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