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1 Ciências ContábeisCiências Contábeis Disciplina: Geopolítica, Regionalização e IntegraçãoDisciplina: Geopolítica, Regionalização e Integração Prof. Dirceu Milani 1 Ementa do curso Esta disciplina trata da visão contemporânea da geopolítica e dos processos de regionalização e integração, através das macro politicas e das novas fronteiras internacionais. Aborda ainda as novas interações e tendências politico econômicas dos estados nacionais e integração de mercado. A tendência do fim das fronteiras físicas para produtos e os fatores de produção. Prof. Dirceu Milani 2 Objetivos Gerais � Contribuir para o desenvolvimento das competências requeridas dos alunos. � Para elaboração que estes possam bem exercer a competência de analises prospectivas acerca da dinâmica da geopolítica internacional e seus impactos sobre a configuração dos mercados regionalizados/ integrados e das empresas transacionais. Prof. Dirceu Milani 3 Objetivos Específicos � Saber compreender as novas interações e tendências dos países no cenário global. � Compreender o plano politico Internacional. � Saber analisar as principais politicas da atualidade. � Compreender os impactos diretos da dinâmica geopolítica mundial. � Compreender a configuração da dinâmica geopolítica dos mercados e o planejamento das empresas. Prof. Dirceu Milani 4 2 Conteúdo Programático 01- Geopolítica � Conceitos � As relações entre Sociedade, Espaço e Poder, Estado e Território, � Equilíbrio do Poder na Sociedade Internacional do séculoXXI, � Equilíbrio de poder na Sociedade Internacional Prof. Dirceu Milani 5 Conteúdo Programático 02-Evolução do Pensamento Geopolítica, � Evolução Clássica A geopolítica clássica. é um termo que alcançou sucesso e se tornou uma tendência durante a Segunda Guerra Mundial. Significa disciplina ou prática da utilização do poder político em um determinado território. � Evolução Contemporânea. A geopolítica Contemporânea, são as preocupações do Estado em relação às estratégicas político-militares necessárias à manutenção da soberania territorial e à expansão de sua área de influência econômica e cultural em nível regional e mundial. Prof. Dirceu Milani 6 Conteúdo Programático � A nova ordem Mundial � Politicas Territoriais No Brasil "São instrumentos da política de desenvolvimento urbano e de ordenamento territorial, as diversas disposições de planejamento urbano, jurídicas, tributárias, financeiras e de participação popular, necessárias à sua execução." Prof. Dirceu Milani 7 Conteúdo Programático 04-Regionalização e Integração � Definição e objetivos da integração econômica, � Etapas do processo de integração econômica, � Uniões aduaneiras e áreas livres do comércio, � Benefícios dinâmicos obtidos das uniões aduaneiros, � Teoria clássica da integração econômica, � Os modelos de segunda geração, � Teorias das aduaneiras da década de 60, � A nova teoria do conceito Internacional e integração econômica, � Regionalismo x � Equilíbrio do Poder na Sociedade Internacional do séculoXXI, � Equilíbrio de poder na Sociedade Internacional � O caso do Mercosul, � Globalização Prof. Dirceu Milani 8 3 Conceitos Conceitos Prof. Dirceu Milani 9 Geopolítica, Estado, Nação, Geopolítica, Estado, Nação, Território, País, Povo, Sociedade e Território, País, Povo, Sociedade e CulturaCultura 01-Geopolítica Conceitos � Geopolítica é o estudo da relação entre espaço geográfico e Estado, procurando explicar a ocupação do espaço a partir das necessidades estratégicas do Estado, sejam essas necessidades econômicas, políticas, militares, demográficas ou geográficas. � Geopolítica é um ramo de estudo da Geografia que busca interpretar os fatos atuais e o desenvolvimento dos países, através das relações e estratégias entre o poder político e os espaços geográficos destas nações. � A geopolítica é importante para entender até que ponto as estratégias adotadas pelos Estados podem interferir (ou não) na situação geográfica do local. Ela também orienta a atuação dos governos no cenário mundial. � Consiste na disputa pelo espaço e pelo poder, seja do ponto de vista local, nacional, continental ou global. Prof. Dirceu Milani 10 Geopolítica � A Geopolítica é uma área da Geografia que tem como objetivo fazer a interpretação dos fatos da atualidade e do desenvolvimento político dos países usando como parâmetros principais as informações geográficas. � A geopolítica visa também compreender e explicar os conflitos internacionais da atualidade e as principais questões políticas da atualidade. � Principais temas estudados na atualidade: Blocos Econômicos, Globalização, Conflito árabe-israelense, influência dos Estados Unidos no mundo atual, Nova Ordem Mundial, e o uso dos recursos energéticos no mundo. Prof. Dirceu Milani 11 Prof. Dirceu Milani 12 A geopolítica envolve diferentes disciplinas das ciências humanas, como a Ciência Política, a Macroeconomia e evidentemente suas relações como o meio físico, com a população e daí sua estreita relação com a geografia. Podemos entender a geopolítica como um conjunto de estratégias traçadas por um Estado, como uma forma de se conquistar diferentes objetivos em diferentes momentos históricos, a exemplo da expansão territorial ou, sendo mais atual, a busca de novos mercados com a redução das barreiras comerciais. 4 Prof. Dirceu Milani 13 Não podemos confundir Geografia Política com Geopolítica. A Geografia Política existe hás éculos e trata basicamente do estudo do meio ambiente no que tange os interesses do estado. A palavra Geopolítica nasceu no início do século XX, uma disciplina carregada de ideologia e voltada para as relações de poder, uma espécie de Geoestratégia. Nota-se que Rudolf Kjellén ( Foi um cientista Politico Sueco), criou o termo geopolítica, porém este objeto de estudo está presente há muitos séculos Prof. Dirceu Milani 14 A geopolítica é a disciplina que busca entender as relações recíprocas entre o poder político nacional e o espaço geográfico. A geopolítica tem duas finalidades: � orientar a atuação dos governos no cenário mundial; � permitir uma análise mais precisa das relações internacionais Por que estudar a relação estado – sociedade? É o resultado dos conflitos, dos interesses, das interações e dos sonhos. Tratar dessa relação é falar sobre o poder e a vida, como se organizar e como assegurar a sobrevivência da espécie humana. A relação dialética Estado e Sociedade moldou a história da humanidade: Mas de que forma? � Explodimos bombas atômicas, � Produzimos guerras mundiais, � Declaramos que todos os humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, � Criamos doenças e inventamos vacinas, � Comprometemos a biosfera e lutamos contra as mudanças do clima, � Concentramos renda, � Lutamos contra as injustiças sociais. � Somos indiferentes ou omissos � Naturalizamos desigualdades Conflitos de interesses X Convivência 5 Conceituando... � SOCIEDADE � ESTADO É na SOCIEDADE que o ESTADO vai existir. sociedade � Sociedade é um conjunto de pessoas que vive em certa faixa de tempo e de espaço, segundo normas comuns e que são unidas pelas necessidades de grupo. É, na verdade, uma entidade autônoma que emerge da experiência da vida coletiva e possui características próprias que transcendem aos indivíduos que a ela pertençam. � Grupamento humano devidamente organizado que coopera entre si com um objetivo fim (melhoria da vida dos indivíduos garantindo a continuidade desta). estado � O Estado teria surgido da necessidade de se estabelecer um acordo/ regras/normas entre os indivíduos que viviam em comunidade, com o objetivo de dirimir os conflitos que porventura se apresentavam ( Corrente econômica ). � Estado (do latim status: modo de estar, situação, condição), segundo o Dicionário Houaiss é datada do século XIII e designa: � "conjunto das instituições (governo, forças armadas, funcionalismo público etc.) que controlame administram uma nação"; = "país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado”. CORRENTE ECONÔMICA • O Estado é produto do desenvolvimento econômico • Surge com a propriedade privada dos meios de produção • A economia criou a divisão de classes (pois antes as regras eram gerais, por interesse de todos): – Exploradores ou dominantes (proprietários); Detentores dos meios de produção Donos da mais valia Participação na riqueza – Explorados ou dominados (trabalhadores) Fornecem a mão-de-obra 6 Elementos do estado “Pode-se conceituar Estado como uma instituição que tem por objetivo organizar a vontade do povo politicamente constituído, dentro de um território definido, tendo, como uma de suas características, o exercício do poder coercitivo sobre os membros da sociedade. É, portanto, a organização político- jurídica de uma coletividade, objetivando o bem comum.” � Nação � Território � Poder (soberania) NaNaçãçãoo � Ao falar nação, estamos dando um sentido sociológico por entendermos que a formação do estado está condicionada ao passado e principalmente a uma consciência, que brota do povo, em relação a um projeto futuro. � Alma de um povo, identidade, espírito que unifica um povo. � Povo: é o conjunto de cidadãos que instituem e ao mesmo tempo se subordinam ao poder soberano, possuindo direitos iguais perante a lei. TERRITTERRITÓÓRIORIO � Extensão de terra em que o estado se estabelece, além do espaço aéreo e aquático. � Tem a função de fornecer recursos materiais para o Estado. � Extraterritorialidade: pontos fora da terra onde o Estado tenha soberania (Ex: navio, aviões das forças armadas) � Inclui territórios inabitados ‒ onde não há interações sociais - e o Estado pode controlar seus recursos. PODERPODER � Expressa-se como ordenamento jurídico impositivo (o conjunto das normas e leis que regulam o convívio social) � O poder do Estado é diferente do poder de um sociedade qualquer, por exigir uma soberania, ou seja, um poder incontrastável. � Soberania: Conjunto de prerrogativas que dão o máximo grau de poder a seu titular. � Dá ao Estado a força para que suas leis sejam cumpridas “Primeiramente, o poder nas sociedades primitivas estava espalhado por toda a sociedade e com o passar do tempo ele foi sendo transferido para um única pessoa. Mais tarde, houve a necessidade de uma estabilidade da ordem social, que trouxe como consequência a transferência do poder das mãos de uma única pessoa para o Estado, ou seja, o Estado passou a ser titular do poder.” 7 Prof. Dirceu Milani 25 PODERPODER Poder Poder –– Na ótica da Geografia Política e GeopolíticaNa ótica da Geografia Política e Geopolítica Poder Econômico e Politico, é a possibilidade coercitiva que o estado possui para obrigar a fazer ou não fazer algo, tendo como objetivo o bem público. O poder político nas democracias é essencialmente a vontade da maioria através do governante. Poder Militar/ Bélico, forças camadas – conjunto de organizações para defesa e combate de um país. Potência militar – grande potência em termos militares. Governo militar – tipo de governo controlado por militares ou frações de um Exército. Poder Informacional, corresponde ao período econômico e social em que estamos vivendo. É marcado pelo avanço da Globalização, dos computadores, dos telefones digitais, da robótica e da internet. constituição É o Estado que cria um ambiente indispensável para a vida do homem em sociedade. A função da Constituição é manifestar a subordinação do poder à vontade coletiva, porque é ela que explicita o jeito da coletividade conceber a ordem desejável. Por os governantes serem considerados "órgãos do Estado", as ordens e as diretrizes que deles emanam não se fundamentam na vontade individual e sim no Estado. E a manutenção dos governantes no poder depende de uma ligação constante entre o poder e a ideia-ideal vigente no grupo. constituição � A ideia de Constituição Desde a Antiguidade, há a percepção sobre a hierarquia das leis. Na célebre obra de Aristóteles – Política – está clara a distinção entre leis constitucionais e outras leis, comuns ou ordinárias. O surgimento da ideia de Constituição está, portanto, fortemente relacionada à necessidade do estabelecimento de poderes específicos e de normatização social. � Antecedentes - Pactos, forais e cartas de franquia (pactos = convenções entre o monarca e seus súditos/ forais = permitiam aos burgos se autogovernarem/ cartas de franquia = asseguravam independência às corporações para o exercício de suas atividades. Prof. Dirceu Milani 28 As relações entre Sociedade, Espaço e Poder � Sociedade pode-se definir sociedade como sendo um grupo extenso e duradouro, que se junta num espaço e que responde a uma necessidade primeira de apoio e proteção, uma tendência fundamental no homem, sendo mais fácil essa aquisição vivendo em conjunto. � Diz respeito a todos os seres vivos, incluindo os animais. Esses grupos unem as suas individualidades, estruturando-se pelas suas dependências � Cada vez mais a sociedade moderna tem um caráter urbano, transformando- se numa multiplicação dos centros de interesse relacionais e tendo como objetivo o desenvolvimento, já não meramente pessoal, mas da comunidade. � Pode-se falar da sociedade industrial, onde produção de riqueza é o ponto principal, bem como o desenvolvimento técnico e a abertura a exportação e à importação. É uma sociedade investida pela produção e pela troca de bens e em que o homem depende do outro para viver em comunidade 8 Prof. Dirceu Milani 29 O equilíbrio do Poder na Sociedade. • Dá-se o nome de equilíbrio de poder a uma situação, nas relações internacionais, de competição entre diversas potências nacionais, mais ou menos iguais em poder. Tal competição impede uma potência de ganhar a supremacia sobre as demais. • Segundo a teoria realista das relações internacionais, um Estado, no seu relacionamento com outros atores internacionais, defronta-se com a escolha entre alinhar- se com os Estados mais fortes, • ou procurar contrabalançar o poder dos mais fortes por meio de coalizões (equilíbrio ou balance, em inglês). Esta escolha pode ser crucial em tempo de guerra e até mesmo determinar a sobrevivência do Estado. • O equilíbrio de poder surge quando existe uma paridade ou estabilidade entre forças competitivas. O termo expressa uma doutrina que propugna impedir um único Estado de tornar-se forte o suficiente para impor a sua vontade sobre os demais Estados. . A convergência para modelos econômicos, sociais e políticos padronizados em um mundo globalizado se impõe no sentido de diminuir desigualdades Prof. Dirceu Milani 30 Relações internacionais no século XXI As relações internacionais têm vindo a sofrer progressos contínuos e sucessivos, pelo facto de se ter tomado consciência de certas dimensões e questões, como o aparecimento de armas nucleares e sua proliferação, o desenvolvimento das organizações governamentais e não governamentais, a bipolarização do sistema internacional com base num antagonismo ideológico, a descolonização e o consequente nascimento de novos Estados, O crescimento económico e tecnológico cada vez maior e mais rápido provocando um distanciamento entre países industrializados, desenvolvidos e países em vias de desenvolvimento, o desequilíbrio do Hemisfério Norte em relação ao Sul, o desenvolvimento de interações transnacionais, o nascimento de novos autores internacionais, o fim da Guerra-Fria, O aparecimento do terrorismo com novas configurações gerador de novos atores, e ainda uma relação mais estreita e vincada da política interna e externa dos Estados bem como as correspondentes consequências na cena internacional. Prof. Dirceu Milani 31 Tudo poderá assentar num quadro paradigmático de três teorias. Uma primeira, que vê as relações internacionais numa base conflitual, onde a sociedade internacional se encontra num estado de natureza em que cada autor estatal procura defender e imporo seu próprio interesse (nacional). Uma segunda, que pese embora não negue a importância dos Estados e dos autores, releva as forças internacionais, ou seja, as interações económicas, sociais, técnicas e culturais entre as diversas sociedades nacionais, que escapam em parte ao controlo dos governos, reduzindo a sua margem de manobra (vide a União Europeia). E a terceira e última, proveniente da influência marxista, que vê o funcionamento das relações internacionais como a evolução de um sistema capitalista internacional, dando relevo a interações assimétricas reproduzidas na dependência de uma periferia subdesenvolvida e explorada, em relação a um centro industrializado e imperialista (o mundo desenvolvido e o mundo em vias de desenvolvimento, o Hemisfério Norte e o Hemisfério Sul) Relações internacionais no século XXI A NOVA ORDEM MUNDIAL OU MULTIPOLARIDADE Apresenta basicamente duas facetas: uma geopolítica e outra econômica. 9 Situação real ao final da guerra fria �Os Estados Unidos saíram desgastados e abalados moral e politicamente da Guerra do Vietnã. �Já ao longo da década de 60 o Japão e a Europa dominavam grande parte da economia mundial. �Relativo declínio econômico e fracasso no Vietnã evidenciavam o esgotamento do modelo geopolítico mundial. �Do lado oposto está a URSS. O fim da guerra fria está diretamente relacionado com a desintegração deste país, apesar de não ser a única justificativa. �A URSS sentiu o peso da corrida armamentista muito mais que os EUA, o que abalou usa capacidade de financiar outras áreas da economia civil. �Com a desagregação do mundo socialista e fim da guerra fria houve a necessidade de se enquadrar os novos países de economia de mercado. Surge então a divisão norte-sul, onde o norte representa basicamente os países desenvolvidos, incluindo as economias mais industrializadas do ex-mundo socialista, e o sul se refere aos países subdesenvolvidos. Os Estados Unidos agora dividem o poder com as economias em ascensão do Japão e da União Europeia num novo equilíbrio mundial: a nova multipolaridade, com três polos de poder. ECONÔMICA � Aprofundamento do desenvolvimento do capitalismo, pois estamos diante de uma nova fase do capitalismo, que apresenta novas característica produtiva. � Globalização que é a fase atual o capitalismo onde se verifica uma interdependência entre os estados nações. � Aparecimento de organizações entre países que ficaram conhecidas como blocos de poder, como é o caso a União Europeia (EU) e do NAFTA. Divisão Norte-Sul M ár io Y os hi da Fonte: Elaborado pelos autores com base em: Atlas nacional do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. p.20. A divisão Norte-Sul é delimitada por uma linha sinuosa. Os países desenvolvidos estão situados de um lado da linha, a maior parte ao norte, e os subdesenvolvidos encontram-se ao sul. 10 Características da nova ordem mundial � Desaparecimento do conflito leste X oeste � Surgimento do conflito norte X sul Características da nova ordem mundial � As alianças entre nações são feitas agora pelo grau de afinidade econômico- comercial existente entre um e outro país. Deixando de lado a questão ideológica o que impera agora é a questão mercadológica. � O nível de poder de um país agora é medido pelo seu desenvolvimento científico e tecnológico, com destaque para o conhecimento cientifico na áreas de informática e biotecnologia. Características da nova ordem mundial �Surgimento de novos organismos internacionais como o G7 , que engloba os setes países mais industrializados do mundo e a Rússia por isso e conhecido também como G8. �Proliferação de blocos de poder, na América, Ásia, África, Europa, enfim todos os continentes. �Aparecimento de uma ordem monopolar, no que diz respeito a questão militar, pois só existe uma superpotência militar nos dias atuais que é os EUA. Maiores Economias 11 MAIORES ECONOMIAS Prof. Dirceu Milani 41 Conheça as maiores economias do mundo de acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial, publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2018: 1.Estados Unidos. PIB: 20,4 trilhões. 2.China. PIB: 14 trilhões. ... 3.Japão. PIB: 5,1 trilhões. ... 4.Alemanha. PIB: 4,2 trilhões. ... 5.Reino Unido. PIB: 2,94 trilhões. ... 6.França. ... 7.Índia. ... 8.Itália. ... Características da nova ordem mundial � Aparecimento de novos centros de poder econômico (Japão e Alemanha) um no extremo oriente e outro dentro da Europa. � Obs.: alguns autores classificam a China como um pólo de poder emergente da nova ordem mundial. OTAN - NA NOVA ORDEM MUNDIAL • Manter a ordem política dentro do continente europeu, Proteger os interesses econômicos das potências ocidentais; • Manter vivo os interesses da indústria armamentista norte americana e europeia; • Reafirmar o poder militar dos estados unidos no mundo multipolar (Pax Americana) – Paz imposta de acordo com os interesses americanos. • Conter de forma incisiva os avanços do terrorismo no continente europeu; • Resguardar os países membros das instabilidades políticos existente no leste europeu. • Proteger os países do continente europeu de uma possível ameaça russa Pax Americana Corresponde a forma como o EUA veem os outros países do mundo, pois a partir da utilização da Pax americana verificamos que, o seu governo, deixa de respeitar a soberania dos demais estados nações, por achar que são superiores a qualquer outra civilização, inclusive a europeia. Um exemplo dessa Pax americana foi a Guerra do Iraque no início da década de 2003. 12 Início do século XXI - Doutrina Bush Linha de ação baseada em um conjunto de princípios, que permitem ao governo dos Estados Unidos: � defender-se de modo preventivo e antecipado; � estabelecer alianças com outros países para derrotar o terrorismo no mundo; � não permitir a ascensão de qualquer país a uma situação de potência militar. � Essa linha de ação poderá sofrer alterações com a chegada ao poder do presidente Obama, que, já ordenou, por exemplo, o fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba Evolução do Pensamento Geopolítico � Evolução Clássica A geopolítica clássica. é um termo que alcançou sucesso e se tornou uma tendência durante a Segunda Guerra Mundial. Significa disciplina ou prática da utilização do poder político em um determinado território. � Evolução Contemporânea. A geopolítica Contemporânea, são as preocupações do Estado em relação às estratégicas político-militares necessárias à manutenção da soberania territorial e à expansão de sua área de influência econômica e cultural em nível regional e mundial. Prof. Dirceu Milani 46 Conteúdo Programático 03-Politicas Territoriais No Brasil "São instrumentos da política de desenvolvimento urbano e de ordenamento territorial, as diversas disposições de planejamento urbano, jurídicas, tributárias, financeiras e de participação popular, necessárias à sua execução." Prof. Dirceu Milani 47 Regionalização e Integração � Definição e objetivos da integração econômica, � Etapas do processo de integração econômica, � Uniões aduaneiras e áreas livres do comércio, � Benefícios dinâmicos obtidos das uniões aduaneiros, � Teoria clássica da integração econômica, � Os modelos de segunda geração, � Teorias das aduaneiras da década de 60, � A nova teoria do conceito Internacional e integração econômica, � Regionalismo x � Equilíbrio do Poder na Sociedade Internacional do séculoXXI, � Equilíbrio de poder na Sociedade Internacional � O caso do Mercosul, � Globalização Prof. Dirceu Milani 48 13 Integração económica 49 Integração económica 50 Eliminação de barreiras entre dois ou mais países com vista a obter um espaço económico maior e com regras comuns. Objetivos da integração econômica � Dinamizar o comércio e o fluxo de pessoas entre os países membros dos blocos econômicos. � Abrir espaço para que as relações comerciais aumentem na medida em que as barreiras tarifárias e não-tarifárias que protegem os mercados, vão se eliminando; � Aumentaras relações comerciais e até mesmo diplomáticas entre diferentes países por meio de uma maior integração entre suas economias. � Promover o desenvolvimento econômico das nações que integram os blocos econômicos. Tipos de Integração Econômica 14 Tipos de Integração Econômica • Sistema de Preferências Tarifárias • Zona de Livre Comércio • União Aduaneira • Mercado Comum • União Econômica e Monetária • União Política • SISTEMA DE PREFERÊNCIAS TARIFÁRIAS Este primeiro processo de integração econômica consiste apenas em garantir níveis tarifários preferenciais para o conjunto de países que pertencem a esse tipo de mercado. A antiga Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC) foi um exemplo de Zona de Preferência Tarifária, pois procurou estabelecer preferências tarifárias entre os seus onze membros, que eram todos os Estados da América do Sul, com a exceção da Guiana e do Suriname, e mais o México. Em 1980, a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) substituiu a ALALC. Tipos de Integração Econômica • ZONA DE LIVRE COMÉRCIO Sistema onde são abolidas as restrições (tarifárias e não tarifárias) entre os países, mas cada um mantém suas próprias políticas comerciais vis-a-vis aos países não membros da integração. Exemplos: NAFTA (North American Free Trade Agreement), entre Estados Unidos, Canadá e México Aliança do Pacífico, entre Chile, Colômbia, Perú e México. É um pouco mais que Zona de Livre Comércio, pois envolve também patentes e propriedade intelectual) Tipos de Integração Econômica • UNIÃO ADUANEIRA Vai além da Zona de Livre Comércio, pois, além de suprimir as restrições tarifárias e não tarifárias quanto ao fluxo de mercadorias entre os países membros, também estabelece uma tarifa externa comum contra países não-membros. Exemplo: MERCOSUL (Mercado Comum do SUL), entre Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela (suspensa) Tipos de Integração Econômica 15 • MERCADO COMUM Nesse tipo de união aduaneira, são eliminadas as restrições quanto ao fluxo de mercadorias e serviços, e com liberdade de circulação dos fatores de produção ( mão de obra, capital). Exemplo: União Européia, criada em 1992 (Tratado de Maastrich), após a unificação da Alemanha. Substituiu a CEE-Comunidade Econômica Européia. Tipos de Integração Econômica • UNIÃO ECONÔMICA E MONETÁRIA Bloco econômico onde se adota uma moeda comum, e são suprimidas restrições sobre os fluxos de mercadorias e fatores produtivos entre os países, e harmonização de políticas econômicas nacionais (monetária, fiscal e cambial)de modo a eliminar possíveis discriminações decorrentes das disparidades entre as políticas. Exemplo: União Européia, com o Euro. Tem 28 países membros. Tipos de Integração Econômica • UNIÃO POLÍTICA É uma organização de cooperação, e não propriamente um bloco econômico, pois não tem acordos comerciais e tarifários. Adota- se apenas uma moeda comum. Exemplo (aproximado): CEI-Comunidade dos Estados Independentes. Surgiu em 1991, após a desagregação da União Soviética. Fazem parte 11 dos 15 países que constituíam a URSS. Em 2011, 9 dos 11 países da CEI criaram uma ZONA DE LIVRE COMÉRCIO. Apenas a Federação Russa e a Bielorussia adotam uma moeda comum, o rublo. Tipos de Integração Econômica Blocos regionais de integração 60 16 Modalidades de Integração Regional � Os blocos econômicos existentes no mundo são classificados a partir dos acordos estabelecidos entre eles, e podem ser agrupados em: � Zona de preferência tarifária - é o processo mais simples de integração em que os países pertencentes ao bloco gozam de tarifas mais baixas do que as tarifas aplicadas a outros que não possuem acordo preferencial. � É o caso da ALADI (Associação Latino- Americana de Integração); � Países membros da ALADI: Integração Regional - modalidades � Zona de livre comércio - reúne os países através de acordos comerciais que visam exclusivamente à redução ou eliminação de tarifas aduaneiras entre os países-membros do bloco. � Só é considerada uma Zona de Livre Comércio quando pelo menos 80% dos bens são comercializados sem taxas alfandegárias. � O principal exemplo é a Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), formado por Estados Unidos, Canadá e México; � NAFTA: Integração regional – modalidades � União aduaneira - é um estágio mais avançado de integração. Além dos países eliminarem as tarifas aduaneiras entre si, estabelecem as mesmas tarifas de exportação e importação TEC (Tarifa Externa Comum). � Apesar de abrir as fronteiras para mercadorias, capitais e serviços, não permite a livre circulação de trabalhadores. � O principal exemplo é o Mercosul (Mercado Comum do Sul), composto por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador são países associados � MERCOSUL – AS NEGOCIAÇÕES PARA A ADESÃO DA VENEZUELA AINDA NÃO FORAM CONCLUÍDAS. Integração regional. � Mercado comum - visa à livre circulação de pessoas, mercadorias, capitais e serviços. O único exemplo é a União Europeia, que, além de eliminar as tarifas aduaneiras internas e adotar tarifas comuns para o mercado fora do bloco, permite a livre circulação de pessoas, mercadorias, capitais e todo tipo de serviços entre os países- membros. � A UE era formada por 25 membros, após a adesão de 10 novos países, em maio de 2004. Em 2007, incluíram-se também Romênia e Bulgária na União Europeia. � Em junho de 2013, o bloco aceitou a adesão da Croácia, completando 28 membros. � UNIÃO EUROPEIA – CANDIDATOS; TURQUIA E MACEDONIA. 17 Integração Regional • União econômica e monetária - é formada pelos países da União Européia, que, em 1º de janeiro de 2002, adotaram o Euro como moeda única. São países da U.E e que usam o Euro: Áustria, Bélgica, Chipre, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Holanda, Portugal, Eslováquia, Eslovênia, Espanha. • Países que usam o Euro e não fazem parte da U.E: Kosovo e Montenegro � ZONA DO EURO. União Europeia � O processo de integração que deu origem à União Europeia iniciou-se após a 2ª Guerra Mundial, quando em 1950 – Alemanha Ocidental e França formaram a Cooperação Siderúrgica Franco-Germânica- Plano Schuman com o objetivo de abranger os mercados de aço do continente, em época de reconstrução. � Com esta medida, a siderurgia europeia derrubou a siderurgia dos EUA, que era, até então o 1º produtor mundial de aço e Pittsburg – a capital mundial do aço. CECA � 1952 – frente ao sucesso da cooperação siderúrgica franco-germânica, mais países solicitaram adesão, e assim foi criada a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço – CECA. � Os países membros da CECA foram: � Bélgica, Holanda e Luxemburgo (BENELUX), � Itália � Juntamente com a França e Alemanha Ocidental completaram 6 países. 1957 – Tratados de Roma � Em 1957, a partir da assinatura do Tratado de Roma, o grupo avançou na integração tornando-se um mercado comum, com a instalação das quatro liberdades: � Livre circulação de pessoas, mercadorias, capitais e serviços. � Recebeu a denominação de Mercado Comum Europeu (MCE) denominado mais tarde de CEE – Comunidade Econômica Europeia. � O tratado também resultou numa parceria para desenvolvimento de energia nuclear, denominada de Euratom. � Este grupo, cujos membros fundaram o mercado comum, ficou conhecido como “Europa dos Seis”. 18 Europa dos 12 � Resultou da expansão da CEE: � 1971 – Reino Unido, Dinamarca e Eire (Irlanda do Sul). � 1973 – Grécia � 1981 – Portugal e Espanha. Criação da União Europeia � A União Europeia foi criada em 1991 pelo Tratado de Maastricht que estabeleceu: � Uma só moeda – o Euro � Um só Banco Central – sede em Frankfurt � Políticas comuns para todo o bloco. � A União Europeia é uma união política e monetária entre os países membros. � Tentativa de criar forças armada em comum, mas nãofoi possível, pois a maioria dos países são membros da OTAN. Expansão da União Europeia � Após estabelecimento da União Econômica e Monetária, o bloco passou por mais quatro expansões e conta, atualmente com 28 países membros. Países que Aderiram Ano de Adesão Suécia, Finlândia e Áustria 1995 Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Hungria, República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Malta e Chipre 2004 Bulgária e Romênia 2007 Croácia 2013 19 TRATADO DE SHENGEN � O Tratado de Schengen foi firmado em 14 de junho de 1985. � Garante a livre circulação de pessoas entre os 25 países signatários. � A vigilância externa das fronteiras do bloco é feita pela FRONTEX. � França e Dinamarca – solicitam a suspensão do Tratado. Reino Unido - BREXIT � Brexit – Br = diminutivo de Britain ou Reino Unido e “exit”= êxodo – saída. � Um dos pontos que motivam a saída do Reino Unido da União Europeia é a forte corrente imigratória dos últimos anos. � Para evitar a possível saída do Reino Unido, o Conselho Europeu, reuniu-se com o país para discutir soluções em 4 áreas: soluções satisfatórias em quatro áreas: competitividade, gestão econômica, soberania e na relação benefícios sociais/ livre circulação de europeus (que tem a ver com o corte do acesso a benefícios sociais de imigrantes nos primeiros quatro anos a residir no Reino Unido). 20 Comunidade dos Estados Independentes - CEI ASEAN � SURGIU EM 1967 –países membros: � Tailândia, Indonésia, Filipinas, Cingapura, Malásia, Brunei, Mianmar, Laos, Vietnã e Camboja. � Assegurar o desenvolvimento econômico e a estabilidade política. � Após a criação do APEC, a associação das nações do sudeste asiático, reduziu as negociações no bloco. Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico - APEC 21 NAFTA UNASUL � A Unasul (União das Nações Sul-Americanas) é uma comunidade formada por doze países sul-americanos. Fazem parte da Unasul os seguintes países: Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Guiana, Suriname e Venezuela. � O objetivo principal da Unasul é propiciar a integração entre os países da América do Sul. � Esta integração ocorrerá nas áreas econômica, social e política. Dentro deste objetivo, espera-se uma coordenação e cooperação maior nos segmentos de educação, cultura, infra- estrutura, energia, ciências e finanças. � MEMBROS: PAÍSES DO MERCOSUL E CAN (COMUNIDADE ANDINA) MAIS Chile, Suriname e Guiana. Área de integração profunda do Pacífico ou Aliança para o Pacífico. � No primeiro trimestre de 2011, Chile, Peru, Colômbia e México através da declaração de Lima criaram uma Área de Integração Profunda do Pacífico entre os quatro países, mais o Panamá como observador. Somente a Colômbia não é APEC. � Surge com o objetivo de facilitar a convergência e consulta mútua bilateral, regional e multilateral sobre fluxos de bens e pessoas, bem como o de ampliar mercados e organismos. � Atualmente o bloco conta com mais países observadores: Uruguai, Canadá, Guatemala, EUA, Honduras, El Salvador, R. Dominicana, Espanha, França, Portugal, Turquia, Japão, China, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, Itália, Suíça e Reino Unido. Negocia a integração da Costa Rica como membro. � Costa Rica tornou-se membro pleno, ainda em 2013. AIP ou Aliança para o Pacífico. � Área de Integração Profunda. � MILA: Mercado Integrado Latino – Americano: criado no interior da AIP ou Aliança para o Pacífico pelo México, Chile, Colômbia e Peru. Trata-se de um organismo que facilita a circulação de capitais dentro do bloco. 22 Blocos Africanos. � SADC - Comunidade Para o Desenvolvimento da África Austral Países Membros:África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Malavi, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue. - criada em 1992 incentivar as relações comerciais entre seus membros. - objetivo: de criar um mercado comum, � SADC. UMA – UNIÃO DO MAGREB ÁRABE. � UMA � PAÍSES MEMBROS: � MAURITÂNIA � MARROCOS � ARGÉLIA � TUNÍSIA � LIBIA. ANZCERTA � ANZCERTA - Acordo Comercial sobre Relações Econômicas entre Austrália e Nova Zelândia Países-membros: Austrália e Nova Zelândia. - criado em 1983, é principal instrumento de administração das relações econômicas. - objetivo: criação de uma área de livre comércio. � AUTRÁLIA E NOVA ZELÂNDIA. ALADI � ALADI - Associação Latino- Americana de Integração Países-Membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. - criada em 1980, em substituição da antiga Associação Latino- Americana de Livre Comércio de 1960. - objetivo: mercado comum latino-americano, (concessão de preferências tarifárias e acordos regionais e de alcance parcial). 23 MCCA � MCCA - Mercado Comum Centro-Americano Países-membros: Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua. - Surgiu em 1960 para promover a paz na região afetada por conflitos bélicos. - objetivos: mercado comum, zona de livre comércio ou de uma união aduaneira. - há um grupo de trabalho para preparar o processo de constituição da União Centro-Americana, nos mesmos moldes da União Européia. � MCCA CARICOM � CARICOM - Mercado Comum e Comunidade do Caribe ou Comunidade do Caribe. Países-Membros: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, Suriname e Trinidad e Tobago, Cuba (como membro observador). - criado em 04 de julho de 1973, pelo Tratado de Charguaramas. - objetivo: cooperação econômica e política . Também chamado de Organização do Caribe Oriental. � CARICOM AEC � Associação Econômica do Caribe. � Membros: países do CARICOM e inclui também: México, Venezuela, Colômbia, � Suriname e República da Guiana – países da região conhecida como grande Caribe. � AEC: CAN OU PACTO ANDINO � CAN - Comunidade Andina, Grupo Andino Ou Pacto Andino Países-Membros: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. - criada em 1969, pelo Acordo de Cartagena - os países membros junto ao Chile criaram uma União Aduaneira e Econômica para fazer restrições à entrada de capital estrangeiro, com base em estudos da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), órgão da ONU. � CAN: Chile e Venezuela saíram do bloco. 24 Parceria Transpacífica � Após cinco anos de negociações, os Estados Unidos e o Japão fecharam, em (5/10/2015), a Parceria Transpacífica com outras dez nações banhadas pelo Oceano Pacífico. � Além de prever a criação de um bloco econômico, que representa cerca de 36% de toda a economia global, a Parceria Transpacífica é o primeiro pacto assinado entre duas grandes potências mundiais, e vai muito além de eliminar tarifas alfandegárias. � O acordo trata da criação de regras comuns entre os 12 países integrantes nas áreas comerciais, trabalhistas e ambientais. TPP � O acordo de livre comércio inclui, além de EUA e Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã. � Economias asiáticas como a Coreia do Sul, Taiwan e Filipinas, e sul-americanas como a Colômbia, já estão na fila para aderir. � Se a Colômbia aderir ao acordo, todas as economias da Aliança Para o Pacífico (juntamente com o México, Peru e Chile) farão parte da TPP. Comércio Global e Organismos Internacionais. � 1947 – Criação do GATT – Acordo Geral de Tarifas e Comércio, com o objetivo de estabelecer regras universais de políticas comerciais através da liberalização do comércio para promover o desenvolvimento e crescimento econômico. � Para estabelecer um comércio internacional livre e transparente, o GATT criou princípios: � NMF – Nação mais favorecida � TN – Tratamento Nacional � Transparência e � Eliminação das restrições quantitativas. Rodadas de negociações do GATT� As rodadas de negociações têm como objetivo estabelecer regras para a liberalização comercial de forma multilateral. Caminham no sentido de diminuir barreiras tarifárias e subsídios para agilizar trocas comerciais. � No GATT, duas rodadas se destacaram: a de Tóquio (1973 a 1979) – que negociou o acordo de subsídios e medidas compensatórias e a do Uruguai (1986 a 1994) – que colocou em pauta negociações sobre produtos agrícolas e pelo acordo de Marrakech criou a OMC, em 1994. 25 OMC � A Organização Mundial do Comércio iniciou seu mandato em 1995 e segue os princípios do GATT. � Sua primeira rodada de negociações foi a Rodada de Doha que se iniciou em 2001 e foi suspensa em 2005, pois: � 2001 – Em Doha não houve consenso sobre a retirada de subsídios agropecuários por parte dos países desenvolvidos; � 2003 – No México, os países de menor desenvolvimento e emergentes criaram o G-20 comercial sob a liderança do Brasil, Índia e África do Sul com o objetivo para defender os 3 pilares do mandato agrícola: acesso a mercados (redução de tarifas), redução dos subsídios à exportação e redução dos subsídios internos. � 2005 – Hong Kong – a rodada de Doha foi suspensa, pois não houve consenso quanto à questão dos subsídios agropecuários por parte dos países desenvolvidos. OMC � Setembro de 2013 – o brasileiro Roberto Azevedo foi eleito para ocupar o cargo de Diretor Geral do organismo internacional. � Reabriu a Rodada de Doha na Reunião de Bali, em que foi criado um acordo denominado Doha Light, que abrange 3 pilares: � Agricultura – compromisso de redução dos subsídios à exportação; � Ajuda ao desenvolvimento – isenção de tarifas para produtos procedentes de países menos desenvolvidos; � Facilitação de intercâmbios – redução da burocracia de fronteiras. G20 Comercial G20 Financeiro 26 Formas de integração económica 101 União política Políticas económicas e sociais comuns Moeda comum Liberdade de circulação de bens, de serviços, de pessoas e de capitais Aplicação da mesma pauta aduaneira com terceiros Livre circulação de mercadorias, mas tarifas aduaneiras diferentes com países terceiros Concessão mútua de vantagens aduaneiras Sistema de preferências aduaneiras Zona de comércio livre União aduaneira Mercado comum União económica Integração total Benefícios dinâmicos obtidos das uniões aduaneiros � É o intercambio de bens e serviços entre países, resultante de suas especializações na divisão internacional do trabalho. Seu desenvolvimento depende basicamente do nível dos termos de intercambio (ou relações de troca), que se obtém comparando o poder aquisitivo de dois países que mantenham comércio entre si. – � O que leva os países a comercializarem entre si? • A diversidade de possibilidades de produção entre os países combinada as vantagens comparativas de produzir ao menor custo, um produto de melhor qualidade. Exemplo: Inglaterra tinha vantagens comparativas na produção de tecido e Portugal em vinho. • � O fato de que um país não é autossuficiente em tudo o que precisa. Exporta o que sobra e importa o que falta para atender as necessidades de produção e consumo Prof. Dirceu Milani 102 Integração económica 103 Inconvenientes • Políticas comuns originam alguma perda de autonomia dos países integrados (políticas monetárias, cambiais e orçamentais). • Exposição à concorrência externa pode prejudicar setores protegidos ou pouco desenvolvidos. • Perda de receitas públicas devido à eliminação das taxas alfandegárias. GLOBALIZAÇÃO E GEOPOLÍTICA; MAPAS GEOPOLÍTICOS E SOCIOECONÔMICOS 2 27 �Em que ponto do Plano de Ensino nós estamos? Nossos objetivos nesse encontro: � Levar o aluno à reflexão e a discutir de forma argumentativa os temas relacionados ao componente de Formação Geral, ligados aos temas Globalização e geopolítica; mapas geopolíticos e socioeconômicos, considerando a sua formação como um profissional ético, competente e comprometido com a sociedade em que vive; e que, evidencie a sua compreensão de temas que transcendam ao seu ambiente próprio de formação e importantes para a realidade contemporânea. GLOBALIZAÇÃO dechileabrasil.blogspot.com A Globalização não é um fenômeno novo. É só lembramos das Grande Navegações realizadas por portugueses e espanhóis e veremos que até mesmo a descoberta do Brasil já faz parte de um processo de integração global. Só que naquela época não se utilizava este termo. 28 � O termo globalização designa um fenômeno de abertura das economias e das respectivas fronteiras em resultado do acentuado crescimento das trocas internacionais de mercadorias, da intensificação dos movimentos de capitais, da circulação de pessoas, do conhecimento e da informação, proporcionados quer pelo desenvolvimento dos transportes e das comunicações, quer pela crescente abertura das fronteiras ao comércio internacional. guiadicas.com � No final da década de 1980 que o termo globalização começa a ser utilizado, designando não apenas a mundialização da economia, mas também o intercâmbio cultural e a interdependência social e política ao nível mundial. Este pode ser um retrato da globalização quaseturismologa.blogspot.com 29 Globalização: processo de integração dos países � Liberalização econômica. � Revolução nos transportes. � Revolução nas telecomunicações. � Popularização da Internet. � Homogeneização cultural. � Processo contraditório economicamente. portfoliogeoeesd.blogspot.com CONSEQUÊNCIA ALARMANTE Redução dos postos de trabalho com a automaçã o Empresas vão para outros países. Ex.: Saipen transfere escritórios da Itália para a Croácia. Extinção de profissões. Ex: extenógraf o, datilógraf o DESE MPR EGO Algumas das principais características da Globalização 1) mundialização da economia; 2) fragmentação das atividades produtivas nos diferentes territórios e continentes; 3) desconcentração do aparelho estatal; 4) expansão de um direito paralelo ao Estado; 5) internacionalização do Estado; e, 6) desterritorialização e reogarnização do espaço de produção. cienciasociologia.blogspot.com Críticas à Globalização � As três pessoas mais ricas do mundo têm ativos superiores ao PIB (Produto Interno Bruto) somado dos 48 países mais pobres. � Só os países ditos desenvolvidos, têm capacidades tecnológicas e os recursos necessários para realizar investimentos tecnológicos e cooperam entre si, afim de solucionar vários problemas que lhes vão surgindo. � Á medida que, fruto da globalização, o mundo passa de uma economia agrícola a uma industrial e desta para uma de informação, as limitações e falhas dos mercados explicam cada vez mais o aumento do desemprego, e os mercados mostram-se incapazes de poder administrar os seus recursos eficientemente. 30 INTERNET: Ferramenta da globalização VANTAGENS E DESVANTAGENS prgjean.blogspot.com � É um sistema de dimensões gigantescas, que abrange todo o mundo e que tem potencialidades surpreendentes. � Suporta milhões de documentos, recursos, bases de dados e uma variedade de métodos de comunicação � Se bem aproveitada, é a melhor oportunidade para melhorar a educação e a comunicação dos últimos tempos DESVANTAGEM DE UTILIZAÇÃO DA INTERNET 31 C U ID A D O C O M A IN T E R N E T www.havard.com.br ORIGEM DA INTERNET Ano de 1962. Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética Americanos criam rede de comunicação militar forte o bastante para resistir a um ataque nuclear Rede funciona mesmo com a destruição de um ou mais máquinas Estamos todos ligados!? estamostodoscegos.blogspot.com GEOPOLÍTICA novaspensatas.blogspot.com 32 � A Geopolítica é uma área da Geografia que tem como objetivo fazer a interpretação dos fatos da atualidade e do desenvolvimento político dos países usando como parâmetros principais as informações geográficas. � A geopolíticavisa também compreender e explicar os conflitos internacionais da atualidade e as principais questões políticas da atualidade. � Principais temas estudados na atualidade: Blocos Econômicos, Globalização, Conflito árabe-israelense, influência dos Estados Unidos no mundo atual, Nova Ordem Mundial, e o uso dos recursos energéticos no mundo. BLOCOS ECONÔMICOS � Definição: associações de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre si. Classificação: � Zona de livre comércio; � União Aduaneira; � Mercado Comum; � União Econômica e Monetária. �UNIÃO EUROPÉIA � Tratado de Maastrich/91 33 � Novos Membros da UE (2004) � Países que não adotaram o euro: Inglaterra, Suécia e Dinamarca; � Países da UE que não assinaram a constituição européia: França e Holanda; � Países da UE com maior crescimento econômico e menor índice de desemprego: Inglaterra, Suécia e Dinamarca. Crise na UE: o futuro do euro está em risco? � Os recentes problemas da Grécia e a incerteza quanto à possibilidade de que esses mesmos problemas se repitam em países de maior peso como a Espanha e a Itália chamaram a atenção para a necessidade de um novo modelo de supervisão e de medidas mais contundentes na União Europeia. Nesse ínterim, o euro perdeu força diante do dólar, os diferenciais da dívida do velho continente dispararam e é cada vez maior o número de especialistas que preveem o advento de dificuldades ainda maiores. mesquita.blog.br 34 NAFTA (acordo de livre comércio da América do Norte) (North American Free Trade Agreement) Foi criado para: � Unir EUA, Canadá e México; � Enfrentar a concorrência da UE; � Em vigor desde 1994; � Prazo de quinze anos para total eliminação de barreiras alfandegárias entre os 3 países. � Eliminar barreiras alfandegárias. Bandeira do NAFTA � Criado em 1991, pelo tratado de Assunção; � Objetivo: dinamizar a economia regional, movimentando entre si mercadorias, pessoas, força de trabalho e capitais. � Prevê livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos; MERCOSUL : � Membros: Brasil, (Paraguai), Uruguai, Argentina e Venezuela. � Associados: Bolívia, Chile, Equador, Peru e Colômbia. � Observador: México Atenção!!! � Na cúpula do Mercosul do dia 29 de junho de 2012, na cidade argentina de Mendoza, os presidentes de Brasil, Argentina e Uruguai aprovaram a suspensão temporária do Paraguai do bloco por questionar o processo de cassação de Fernando Lugo como presidente desse país. � Igualmente deram sinal verde à entrada oficial da Venezuela ao Mercosul, que tinha sido aprovado há vários meses, mas que estava travado no Senado paraguaio. 35 ALCA (Área de livre comércio das Américas) � A ALCA seria composta por 34 países, na prática os mesmos que integram a Organização dos Estados Americanos, exceto Cuba. � Sua população ficaria aproximadamente 800 milhões de habitantes e com o PIB superior a US$ 13 trilhões. � Abertura dos países do continente aos produtos dos EUA; � Ameaça ao Mercosul; � Brasil contrário à implantação TIGRES ASIÁTICOS � A expressão Tigres asiáticos refere-se às economias de Hong Kong, Cingapura, Coréia do Sul, Malásia, Filipinas, Indonésia, Vietnã e Taiwan (Formosa); esses territórios e países apresentaram grandes taxas de crescimento e rápida industrialização entre as décadas de 1960 e 1990. � Investimentos em educação e melhoria do sistema universitário. � Abundância de mão-de-obra barata. � Reforma agrária; � Investimento de capital externo (EUA e Japão – luta contra o socialismo). � Exploração da força de trabalho, relativamente barata. � Distribuição mais equilibrada de renda. � Estados centralizadores e ditatoriais. � Economias voltadas para o mercado externo. � Ética confucionista (equilíbrio social, hierarquia, disciplina, consciência de grupo, nacionalismo – empresa vista como uma grande família). MERCADO GLOBAL Bens materiais tangíveis Bens simbólicos intangíveis Mercado real e virtual diversas formas de capital e contratos � Contratos virtuais � Publicidade � Alianças estratégicas � Grandes fusões � Força de trabalho barata 36 GEOPOLÍTICA NACIONAL acessa.com portalctb.org.br Vamos analisar um caso concreto"Antonio tinha 27 anos quando chegou sozinho a São Paulo em 1970, vindo do interior da Bahia. Ele arranjou colocação em uma metalúrgica em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, onde já trabalhava um primo. Com registro na carteira de trabalho, ganhou segurança e mandou buscar a mulher e os cinco filhos pequenos. Progrediu na profissão. Eles moravam numa casinha boa na própria cidade. O emprego garantiu o básico, as crianças cresceram, foram para a escola, mas apenas duas terminaram os estudos. A filha mais nova casou-se e mudou-se para Goiás com a família do marido. Chegaram tempos difíceis com o fechamento da fábrica, que acabou se instalando em outro estado. Antonio equilibrou-se entre o desemprego e os trabalhos temporários, enquanto os filhos adultos procuravam um rumo para a vida. O tempo passou. Um metalúrgico foi eleito presidente e depois uma mulher foi eleita presidenta. Hoje, Antonio está aposentado, morando com a filha" Texto adaptado de Atualidades Vestibular 2009 - Editora Abril Analisando o texto � Um dos causadores da fuga de fábricas paulistas para outros estados: A política do governo paulista de incentivar atividades do setor terciário em detrimento da indústria. � O número de indivíduos nas grandes metrópoles latino- americanas que se dedicam a atividades temporárias sem vínculos trabalhistas e empregatícios vem crescendo significativamente nas últimas décadas. Tal fenômeno é classificado como: Subemprego. � O texto ainda nos fala que a filha mais velha de Antonio casou-se e mudou-se para Goiás. Um dos fatores que permitiu a região Centro-Oeste transformar-se numa área de atração populacional nas últimas décadas certamente foi a expansão da nova fronteira agrícola na região ocorrido nas últimas décadas. Veja como estão seus conhecimentos sobre o mundo e resolva esta questão: Fonte: FAO/The Economist 37 A análise do gráfico nos permite afirmar que: ( )A teoria malthusiana estava correta ao afirmar que a população cresceria geometricamente, enquanto a produção tenderia a crescer aritmeticamente. ( ) Confirma as teses demográficas que justificam a drástica redução das taxas de crescimento populacional como solução para a crise alimentar que acomete o planeta. ( ) Comprova que mais do que o crescimento demográfico, é a má distribuição dos recursos produzidos o principal fator responsável pela fome no mundo. ( ) Demonstra que as novas tecnologias aplicadas à agropecuária não conseguiram êxito em aumentar a produção de alimentos suficientes para o sustento de todos os seres humanos. ( ) Confirma a tese demográfica reformista que defende o controle de natalidade somente das nações mais pobres.
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