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Assunto 3 - Papel Estratégico e Objetivo da Produção

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ADMINISTRAÇÃO 
DA PRODUÇÃO
Roberto Guedes 
de Nonohay
Papel estratégico e objetivo 
da Produção
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar o papel estratégico da Produção.
 � Identificar o objetivo da Produção.
 � Relacionar o papel estratégico e o objetivo da Produção com a 
realidade prática.
Introdução
A função Produção pode ter um papel estratégico muito importan-
te para a empresa. Pode ser ela que faça a empresa ter um grande 
diferencial no mercado ou simplesmente siga a estratégia da organi-
zação. Neste texto, você vai estudar o papel estratégico e o objetivo 
da Produção. 
O papel estratégico da Produção
A Administração da Produção e Operações pode desempenhar diversos papéis 
estratégicos para uma organização. Desde apenas ser uma área sem qualquer 
influência no processo, que está lá apenas para desempenhar o seu papel com 
a menor incidência de erros possível, até o ponto onde a produção/operação 
ser o grande diferencial estratégico e competitivo da empresa. Talvez ela se 
torne o grande diferencial da empresa diante de seus concorrentes. Existem 
três possibilidades de papéis estratégicos que a Produção pode desempenhar 
para a organização. Ela pode ser: seguidora da estratégia, executora da estra-
tégia ou líder da estratégia.
Figura 1. Os três principais papéis estratégicos.
Fonte: Adaptada de Slack, Chambers e Johnston (2009).
O modelo de quatro estágios de Hayes e Wheelwright
Esse modelo mostra os quatro estágios onde a Função Produção pode 
contribuir para a diferenciação estratégica da empresa. Os quatro estágios 
propostos por Hayes e Wheelwright são, de acordo com a Figura 2: 1) neu-
tralidade interna; 2) neutralidade externa; 3) apoio interno; e 4) apoio externo 
(CAMPANA; FARO; GONZALEZ, 2009).
Figura 2. Modelo de quatro estágios de Hayes e Wheelwright.
Fonte: Campana, Faro e Gonzalez (2009, p. 297).
Evolução na contribuição da
Área de Produção para a organização
Neutralidade
interna
Neutralidade
externa
Apoio
interno
Apoio
externo
Tempo
17Papel estratégico e objetivo da Produção
O primeiro estágio, chamado de neutralidade interna, pressupõe que a 
produção tem contribuição neutra dentro da organização. Isso significa que 
o processo produtivo não tem um papel significativo para a estratégia da em-
presa. Está em um estágio inicial ou não tem capacidade para que ela se des-
taque e consiga ser fator determinar para a empresa na busca de vantagens 
competitivas. Seu principal foco é realizar o processo produtivo com o menor 
nível de erros possível. Se deixada sem um controle apropriado, nesse estágio, 
a produção pode, inclusive, ser um fator prejudicial para a empresa. Altos 
índices de erros, produtos/serviços fora do padrão, entre outros problemas, 
podem acarretar problemas de vendas e de imagem para a organização.
O segundo estágio prevê a neutralidade externa. Nesse caso, a produção 
passa a ter um papel estratégico mais relevante para a empresa. Ela está em 
condições de disputar no mercado com outros concorrentes e passa a ter a 
possibilidade de ser comparada com essas concorrentes. Ela visa estar entre 
as melhores do mercado, já que seus processos estão de tal forma organizados 
e funcionando em nível de qualidade que permitem essa comparação. Nesse 
estágio, a produção trabalha com a intenção de se tornar a melhor no seu 
mercado.
O terceiro estágio quebra a barreira interna da contribuição da produção 
para a empresa. Aqui a organização está figurando entre as melhores do setor. 
A Função Produção demonstra força e qualidade suficiente ao ponto de ser 
reconhecida como fator importante para a decisão de compra dos clientes. Os 
consumidores sabem e confiam que os produtos ou serviços oferecidos pela 
empresa irão atingir não só os patamares mínimos esperados, mas também 
ultrapassam alguns quesitos, o que é decisivo para a compra desse produto.
O quarto e último estágio é o do apoio externo. Nesse estágio, a em-
presa é a melhor do seu setor. A produção é um dos principais fatores de 
diferencial competitivo que a organização apresenta. Os produtos, serviços 
e processos realizados são de extrema qualidade e confiança. A empresa 
apresenta altos níveis de excelência e de inovação. É capaz de lançar e an-
tecipar novas tendências e a função produção passa a ser fator que alavanca 
as vendas da empresa.
A subida da função produção ao longo dos estágios depende unicamente 
da estratégia da organização e de objetivos claro delimitados pela área de pro-
dução, que deve ter por aspiração máxima chegar ao estágio de apoio externo. 
Mas, para que isso aconteça, é importante que a função produção atinja seus 
principais objetivos.
Administração da produção18
Hayes e Wheelwright criaram esse modelo em 1984 (CAMPANA; FARO; GONZALEZ, 
2009).
O objetivo da Administração da Produção
O objetivo da Função Produção é produzir os produtos ou operacionalizar os 
serviços com o maior nível de qualidade e no menor custo possível. Parece 
simples, certo? Mas esse objetivo depende de inúmeras variáveis, algumas que 
podem ser controladas pela empresa, outras não. O controle deve ser exercido 
desde a compra dos insumos, que devem obedecer a todos os critérios de es-
pecificações técnicas e de qualidade determinados pela organização. Devem 
ser comprados em quantidade suficiente para garantir a previsão de demanda 
de produção e que justifique o custo empregado. Na chegada à empresa, os 
insumos devem ser armazenados de forma correta e segura, proporcionando 
o menor custo de armazenagem ao mesmo tempo em que garante a qualidade 
da matéria-prima para que ela possa resultar em produtos corretos. Ao entrar 
na linha de produção, os produtos em processo devem seguir um caminho que 
deve ser o mais racional possível, pensado em todos os estágios, desde o layout 
da linha (organização das máquinas no espaço físico), passando pelo modo 
como os produtos em processo serão transportados entre uma máquina e outra, 
até a armazenagem de produtos acabados e sua consequente distribuição. 
Nesse caminho do processo de transformação, o controle de tamanho de 
lote ou quais produtos devem ser produzidos a cada momento deve ser feito. 
Pontos de controle de qualidade devem ser criados para que, em momentos 
críticos do processo produtivo, os produtos possam ser avaliados e ações cor-
retivas tomadas, caso seja necessário. As manutenções nas máquinas também 
devem ser pensadas, assim como o abastecimento de materiais que fazem as 
máquinas funcionarem em níveis adequados.
A própria previsão de demanda deve ser considerada e analisada pela área 
de produção. Em conjunto com a área de marketing, a quantidade de produtos 
que devem ser vendidos em um dado horizonte de tempo deve ser pensada de 
modo a verificar se o estoque atual pode comportar tais pedidos, se é neces-
sário realizar compra de novos insumos (e qual a quantidade dessa compra) 
e se há disponibilidade de capacidade instalada para realizar a produção no 
19Papel estratégico e objetivo da Produção
nível previsto, entre outros. A sinergia da produção com outras áreas não 
acaba somente nessa questão da demanda. O marketing pode trazer opiniões 
e ideias dos clientes para melhorar aspectos físicos e funcionais dos produtos, 
a área de recursos humanos trabalha para o treinamento e disponibilidade dos 
trabalhadores que fazem parte da área de produção. A área de finanças deve 
trabalhar em conjunto para verificar se a empresa terá os recursos suficientes 
para compra, produção e manutenção dadas as previsões de demanda.
Esses são apenas alguns exemplos do tamanho do trabalho que a Função 
Produção tem dentro de uma empresa. Ao longo de todas essas tarefas, um 
dos principais objetivos perseguidos pela produção é o da produtividade, con-
forme pode ser visto na Figura 3.
Figura 3. Equação da produtividade.
Fonte: Jacobs e Chase (2009).
Produtividade = Saída / Entradas (ou insumos utilizado)
A produtividade, quando atingidanos patamares determinados pela orga-
nização, garante que o capital investido pela empresa na compra de insumos e 
na produção está em melhores condições de ser remunerado, ou seja, a fábrica 
está operando dentro de suas capacidades, com estoque controlado e a taxa de 
produtos prontos dentro do planejado. 
Atingir altos níveis de produtividade pode ser difícil.
O papel estratégico e o objetivo da produção 
na realidade
O papel estratégico e os objetivos da função produção podem ser determi-
nantes para o sucesso de uma organização. Souza (2001) realizou uma pes-
quisa com 10 empresas de construção no Rio de Janeiro sobre a importância 
da construção enxuta, uma técnica que qualifica a produção e eleve seu papel 
estratégico na organização. Abaixo segue a conclusão do estudo de Souza 
(2001, p. 7-8) mostrando justamente essa importância:
Administração da produção20
O envolvimento dos empregados no processo de aperfeiçoa-
mento das operações de manufatura, identificando problemas e 
soluções alternativas, participando da implantação de melhorias e 
do estabelecimento de objetivos é a pedra fundamental da cons-
trução enxuta. Entretanto, pelo que foi observado, esta é, provavel-
mente, a mais difícil mudança cultural a ser realizada, pois consiste 
em mudar algumas crenças e valores básicos profundamente ar-
raigados no modo de administrar dos líderes das empresas cons-
trutoras. Assim, em vez de tomar todas as decisões relacionadas ao 
melhoramento do processo e simplesmente passá-las aos funcio-
nários para que as executem, por exemplo, estes devem tornar-se 
facilitadores de um processo que permita que a criatividade seja 
utilizada ao máximo na busca da eficiência e eficácia do processo 
construtivo. No que tange aos processos de produção, verificou-
-se que a não internalização de conceitos específicos da produção 
em série representa um entrave à aderência de práticas e técnicas 
direcionadas ao modelo de manufatura de classe mundial. O baixo 
nível de aplicação e a ausência de registros formais de tais pro-
cedimentos revelam que a maioria das empresas do setor ainda 
não absorveu práticas modernas de gestão, amplamente dissemi-
nadas na indústria de manufatura, que poderiam trazer vantagens 
competitivas duradouras, mesmo para um setor produtivo tão 
particular. Exemplos de empresas bem-sucedidas nos permitem 
concluir que existe uma forte correlação entre a manufatura e as 
vantagens competitivas alcançadas. Afinal de contas, as empresas 
altamente competitivas têm qualidade no processo, adquirem in-
sumos de boa qualidade, trabalham com estoque reduzido, têm 
rapidez na produção e desfrutam de flexibilidade e agilidade para 
lançar novos produtos. Portanto, para que uma empresa se tor-
ne uma concorrente de classe mundial, é essencial a existência de 
uma dinâmica crucial entre sua filosofia de excelência, sua estra-
tégia competitiva e a manufatura, transformando essa última em 
uma poderosa arma de competição e, não mais, no que os autores 
denominam ‘mal necessário’. Partindo desse pressuposto, a alta 
administração das empresas construtoras não deve mais conside-
rar os resultados da produção simplesmente como resultados ope-
racionais, mas sim, como resultados estratégicos que têm reflexos 
em toda a organização.
21Papel estratégico e objetivo da Produção
Existem diversas outras técnicas que podem levar a empresa a elevar o papel estra-
tégico da produção: just-in-time, kanban, troca rápida de ferramentas, programas de 
qualidade total, etc.
1. O que significa a produção como 
executora?
a) É quando a produção faz a estra-
tégia da empresa acontecer.
b) É quando a produção é a que im-
pulsiona a estratégia da empresa.
c) É quando a produção segue a 
estratégia da empresa.
d) É quando a produção segue as 
regras de manufatura.
e) É quando a produção executa as 
normas legais e sanitárias.
2. O que caracteriza o estágio 2 do 
modelo de Hayes e Wheelwright?
a) A produção parando de cometer 
erros.
b) A produção sendo referência para 
o setor.
c) A produção como uma das me-
lhores do mercado.
d) A produção consegue disputar 
com outras do mercado.
e) É o estágio que a produção aspira 
estar, o topo de suas atribuições.
3. A afirmação que melhor descreve o 
objetivo da função produção é:
a) Produzir os produtos ou opera-
cionalizar os serviços com o maior 
nível de qualidade e no menor 
custo possível.
b) Produzir a maior quantidade de 
produtos possível.
c) Produzir produtos de alta quali-
dade independente do preço.
d) Ser o principal diferencial compe-
titivo da empresa.
e) Ser a área executora da estratégia 
da empresa.
4. Quais são os três principais papéis 
que a produção pode assumir?
a) Vendas, compras e finanças
b) Produção, controle e gerencia-
mento
c) Previsão, liderança e compras
d) Seguidora, executora e líder
e) Executora, compradora e pro-
dutora
5. Qual dos níveis do modelo de Hayes 
e Wheelwirght que a função pro-
dução deve sempre aspirar? 
a) Nenhum deles
b) Nível 1 – Neutralidade interna
c) Nível 2 – Neutralidade externa 
d) Nível 3 – Apoio interno
e) Nível 4 – Apoio externo
Administração da produção22
CAMPANA, G. A.; FARO, L. B.., GONZALEZ, C. P. O. Fatores competitivos de produção em 
medicina diagnóstica: da área técnica ao mercado. Jornal Brasileiro de Patologia e Medi-
cina Laboratorial, Rio de janeiro, v. 45, n. 4, p. 295-303, ago. 2009.
JACOBS, F. R.; CHASE, R. B. Administração da produção e de operações: o essencial. Porto 
Alegre: Bookman, 2009.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da produção. 3. ed. Rio de Janei-
ro: Atlas, 2009.
SOUZA, E. A. A. O papel estratégico da manufatura: estudo de caso na indústria da 
construção civil. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 21., 2001, 
Salvador. Anais... Salvador: FTC, 2001. 1 CD. 
Leituras recomendadas
ANTUNES, J. et al. Sistemas de produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da 
produção enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008.
PAIVA, E. L.; CARVALHO JR., J. M.; FENSTERSEIFER, J. E. Estratégia de produção e de opera-
ções: conceitos, melhores práticas, visão de futuro. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.
23Papel estratégico e objetivo da Produção
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