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1. IPCA O Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA) é um índice medidor de preços no comércio para o consumidor final. Medido pelo IBGE mensalmente, ele é o principal indicador para a taxa de inflação. O governo usa-o para analisar se a meta de inflação estabelecida está sendo cumprida. Tem-se que quanto maior o nível dos preços, menor o poder de compras. De acordo com a teoria keynesiana, no curto prazo, o nível de preços varia pouco com o aumento da produção. Isso decorre da existência de rigidez de preços e salários, a economia não funciona necessariamente ao nível de pleno emprego. Na primeira versão da curva de Philips, a variação dos preços depende do grau de excesso da demanda no mercado de trabalho, medido pelo nível de desemprego. A incorporação da curva de Philips à estrutura keynesiana refletiu em explicar o processo inflacionário, ausente do modelo macroeconômico lançado no esquema IS/LM. Onde, os preços são considerados fixos para qualquer ponto abaixo do pleno emprego. Em contraponto com os keynesianos, os monetaristas afirmam que caso o governo deseje reduzir a taxa de desemprego, ele deverá optar por uma expansão monetária. Pois para os monetaristas, a política monetária determina o nível de preços que, por sua vez, possui um poderoso impacto de longo prazo sobre a renda nominal. Ou seja, uma expansão na oferta monetária fará com que o nível dos preços aumente. Mantendo o conceito de taxa natural de emprego introduzido pelo economista monetarista Milton Friedman, os novos clássicos defendem que o mercado se ajusta no curto e no longo prazo, os preços são definidos pela oferta e pela demanda, e as firmas operam sob o modelo de concorrência perfeita. Os novos clássicos também se baseiam na TQM e consideram a inflação um fenômeno estritamente monetário. Para os novos clássicos, o agentes podem cometer erros caso as informações disponíveis estejam incompletas. Nesse caso há um trade off entre inflação e desemprego. Enquanto os agentes econômicos forem surpreendidos pela política monetária expansionista, um novo ponto de equilíbrio continua a ser executável. Ou seja, no curto prazo, a moeda não é neutra, e a política monetária é capaz de aumentar o produto de equilíbrio e o nível geral de preços. Com o objetivo de mostrar que reduções de demanda somente provocam quedas de oferta porque os preços são rígidos e que a rigidez dos preços possui rigorosos microfundamentos teóricos e empíricos, a escola novo keynesiana sugere que os fatores determinantes da rigidez de preços e salários no curto prazo são: i) a existência de contratos nominais; ii) falhas de coordenação; iii) custos de menu; iv) a existência de insiders/outsiders; v) a defasagem temporal dos reajustes salariais; vi) o salário eficiência. As diferenças dos resultados do modelo novo-keynesiano em relação ao modelo novo-clássico só existem no curto prazo. Isso ocorre porque o modelo novo-clássico trabalha com a hipótese de preços flexíveis, enquanto os novos keynesianos defendem a existência de preços rígidos no curto prazo. Observando o gráfico 1, é possível notar que em 2018 se tinha uma expectativa de preços com poucas variações nos anos seguintes, sendo constante a expectativa para todo o ano de 2020. No gráfico 2, a projeção da curva de expectativa de preços realizada no ano de 2018 em relação a 2019 foi maior que o que realmente os preços atingiram. Segundo Robert Lucas, as flutuações econômicas são geradas por choques monetários de demanda que transmitem sinais imperfeitos de preços aos agentes econômicos, que, em um mundo de informação imperfeita, reagem ao aumento dos preços com a expansão da oferta. Quanto maior a instabilidade do nível geral de preços, menor será a resposta cíclica da produção a um choque monetário. Nos anos de 2018 e 2019, as expectativas do índice de preço para o consumidor amplo para o ano de 2020 foram maiores do que a mediana que o mês de janeiro atingiu como apresentado no gráfico 3. Na penúltima semana de janeiro, já é notada uma queda e até o último dia útil do mês o IPCA diminuiu, indo de 3,56 para 3,4. 2. PRODUTO INTERNO BRUTO - PIB Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas moedas. O PIB é tão somente um indicador resumo de uma economia. Ele auxilia a compreender um país, mas não apresenta elementos importantes, como distribuição de renda, qualidade de vida, educação e saúde. O PIB elevado não significa que o país tem um ótimo padrão de vida. Os keynesianos e os monetaristas concordam que o governo precisa aumentar a oferta monetária se quiser reduzir a taxa de desemprego. No gráfico 4, podemos observar as expectativas altas para o ano de 2019. Entretanto, como mostrado anteriormente no gráfico 1, as expectativas do preços no mesmo ano não era tão altas. O PIB tem relação inversa com o nível dos preços, como mostra o gráfico 5. Conforme a lei da oferta e da demanda, quando os preços aumentam, a renda diminui. REFERÊNCIAS Banco Central do Brasil. Séries de Estatísticas Consolidadas. 2020. Disponível em <https://www3.bcb.gov.br/expectativas/publico/consulta/serieestatisticas>. Acesso em: 4 fev 2020. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Produto Interno Bruto - PIB. 2020. Disponível em <https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php>. Acesso em 14 jan 2020. https://www3.bcb.gov.br/expectativas/publico/consulta/serieestatisticas https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php
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