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Lei Orgânica do Município de Iguaba Grande

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CÂMARA MUNICIPAL DE IGUABA GRANDE 
Lei Orgânica Municipal 
 
Site Oficial: www.camaraiguaba.rj.gov.br E-mail: camara@camaraiguaba.rj.gov.br Página 1 de 62 
 
 
 
LEI ORGÂNICA DO 
 
MUNICÍPIO DE IGUABA GRANDE 
 
Publicada no Jornal Gazeta dos Lagos - Ano XI – Edição nº330 de 26/12/97 
 
 
 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CÂMARA MUNICIPAL DE IGUABA GRANDE 
Lei Orgânica Municipal 
 
Site Oficial: www.camaraiguaba.rj.gov.br E-mail: camara@camaraiguaba.rj.gov.br Página 2 de 62 
 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
CÂMARA MUNICIPAL DE 
IGUABA GRANDE 
 
 
 
 
COMPOSIÇÃO DO PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL 
TERCEIRA LEGISLATURA - PERÍODO 2009/2012 
 
MESA DIRETORA BIÊNIO 2009/2010 
 
Edmundo Gomes da Silveira Neto 
Presidente - PMDB 
 
Fabio da Silva Florença 
Vice Presidente - PSC 
 
Marcos Henrique de Souza Ciambarella 
1º Secretário- PV 
 
Balliester Werneck de Praguer 
2º Secretário - PSC 
 
 
DEMAIS VEREADORES 
 
 
Alexandre Carvalho 
Vereador – PP 
 
Bruno de Oliveira Santos 
Vereador – PMDB 
 
Luiz Edézio Marinho Canellas 
Vereador – PSDC 
 
Sebastião da Rocha Vaz 
Vereador – PSB 
 
Vantoil Medeiros Martins 
Vereador - PSDC 
 
 
 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CÂMARA MUNICIPAL DE IGUABA GRANDE 
Lei Orgânica Municipal 
 
Site Oficial: www.camaraiguaba.rj.gov.br E-mail: camara@camaraiguaba.rj.gov.br Página 3 de 62 
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE IGUABA GRANDE 
Índice 
Preâmbulo 
Título I - Dos Princípios e Direitos Fundamentais 
Título II - Dos Fundamentos da Organização Municipal 
Título III - Da Organização Municipal 
Título IV - Da Organização dos Poderes 
Título V - Da Tributação Municipal, da Receita e Despesa e do Orçamento 
Título VI - Da Ordem Econômica e Social 
Título VII - Da Colaboração Popular 
Título VIII - Das Disposições Gerais e Transitórias 
 
Preâmbulo 
Nós, representantes do povo iguabense, constituídos em Poder Legislativo Orgânico, reunidos no 
Plenário Ormindo Barreto da Costa - “Caboclinho”, sede da Câmara Municipal de Iguaba Grande, dispostos a 
assegurar à população do Município a fruição dos direitos fundamentais da pessoa humana e o acesso à 
igualdade, à justiça social, ao desenvolvimento e ao bem-estar, numa sociedade solidária, democrática, 
policultura, plurietinia, sem preconceitos nem discriminação, no exercício das atribuições que nos confere o 
art. 29 da Constituição da República Federativa do Brasil e o art. 345 da Constituição do Estado do Rio de 
Janeiro, sob a proteção de Deus, promulgamos a seguinte LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE IGUABA 
GRANDE. 
 
TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS E DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 
Art. 1º. O Município de Iguaba Grande é a expressão e o instrumento da soberania do povo 
iguabense e de sua forma de manifestação individual, a cidadania. 
Art. 2º. Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos da Constituição da República, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro e desta 
Lei Orgânica. 
Art. 3º. A soberania popular se manifesta quando a todos são asseguradas condições dignas de 
existência, e será exercida: 
I - Pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para todos; 
II - Pelo plebiscito; 
III - Pelo referendo; 
IV - Pela iniciativa popular no processo legislativo; 
V - Pela participação nas decisões do município; 
VI - Pela ação fiscalizadora sobre a administração pública. 
Art. 4º. O Município promoverá os valores que fundamentam a existência e a organização do 
Estado brasileiro, resguardando a soberania da Nação e de seu povo, a dignidade da pessoa humana, o 
caráter social do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo, visando à edificação de uma sociedade livre, 
justa e fraterna, isenta do arbítrio e de preconceitos de qualquer espécie e assentada no regime democrático. 
 
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CÂMARA MUNICIPAL DE IGUABA GRANDE 
Lei Orgânica Municipal 
 
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CAPÍTULO II DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
Art. 5º. Através da lei e dos demais atos de seus órgãos, o Município buscará assegurar imediata e 
plena efetividade dos direitos e franquias individuais e coletivos sancionados na Constituição da República, 
bem como de quaisquer outros decorrentes do regime e dos princípios que ela adota e daqueles constantes 
dos atos internacionais firmados pelo Brasil. 
§ 1º. Ninguém será discriminado, prejudicado ou privilegiado em razão de nascimento, idade,etnia, 
cor, sexo, estado civil, orientação sexual, atividade física, mental ou sensorial, ou qualquer particularidade, 
condição social ou, ainda, por ter cumprido pena ou pelo fato de haver litigado ou estar litigando com órgãos 
municipais na esfera administrativa ou judicial; 
§ 2º. É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício de 
culto e sua liturgia, na forma da legislação; 
§ 3º. O Município estabelecerá sanções de natureza administrativa a quem pregar a intolerância 
religiosa ou incorrer em qualquer tipo de discriminação, independentemente das sanções criminais; 
§ 4º. São proibidas diferenças salariais para trabalho igual, assim como critérios de admissão e 
estabilidade profissional discriminatórios por qualquer dos motivos mencionados no §1º, respeitada a 
legislação federal; 
§ 5º. É assegurado a todo cidadão, independentemente de sexo ou idade o direito à prestação de 
concurso público. 
Art. 6º. As ações e omissões do Poder Público que tornem inviável o exercício dos direitos 
constitucionais serão sanadas, na esfera administrativa, no prazo de trinta dias, após requerimento do 
interessado, sob pena de responsabilidade da autoridade competente. 
Art. 7º. São gratuitos todos os procedimentos administrativos necessários ao exercício da 
cidadania. 
Parágrafo Único. É vedada a existência de garantia de instância ou de pagamento de taxas e 
emolumentos para os procedimentos referidos neste artigo, sendo assegurados, ainda, na mesma forma, os 
seguintes direitos: 
I - De petição e representação aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou para coibir 
ilegalidades e abusos do poder; 
II - De obtenção de certidões em repartições públicas para a defesa de direitos e esclarecimentos 
de situações de interesse pessoal. 
Art. 8º. Todos têm direito de tomar conhecimento, gratuitamente, do que constar a seu respeito 
nos registros ou bancos de dados públicos municipais, bem como do fim a que se destinam essas 
informações, podendo exigir, a qualquer tempo, a retificação e atualização das mesmas, desde que solicitado 
por escrito. 
Parágrafo Único. Não poderão ser objeto de registro os dados referentes a convicções filosóficas, 
políticas e religiosas, a filiações partidárias e sindicais, nem os que digam respeito à vida privada e à 
intimidade pessoal, salvo quando se tratar de processamento estatístico não individualizado. 
Art. 9º. O Município assegurará e estimulará, em órgãos colegiados, nos termos da lei, a 
participação da coletividade na formulação e execução de políticas públicas e na elaboração de planos, 
programas e projetos municipais. 
Art. 10. O Município assegurará, nos limites de sua competência: 
I - A liberdade de associação profissional ou sindical; 
II - O direito de greve, competindo aos trabalhadores decidirem sobre a oportunidade de exercê-lo 
e sobre os interesses que devam, por meio dele, defender. 
Art. 11. O Município criará formas de incentivo específicas, nos termos da lei, às empresas que 
apresentem políticas e ações de valorização social da mulher. 
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CÂMARA MUNICIPAL DE IGUABA GRANDE 
Lei Orgânica Municipal 
 
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Art. 12. O Município buscará assegurar à criança, ao adolescente e ao idoso, com absoluta 
prioridade, o direito à vida, à moradia, à saúde, à alimentação, à educação, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade, à convivência familiar e comunitária e à primazia do recebimento de proteção e socorro, além de 
colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 
Art. 13. O Município buscará assegurar às pessoas portadoras de qualquer deficiência a plena 
inserção na vida econômica e social e o total desenvolvimento de suas potencialidades, assegurando a todos 
uma qualidade de vida compatível com a dignidade humana, a educação especializada, serviços de saúde, 
trabalho, esporte e lazer. 
§ 1º. O Município buscará assegurar à pessoa portadora de deficiência o direito à assistência desde 
o nascimento, incluindo a estimulação essencial, gratuita e sem limite de idade; 
§ 2º. O Município buscará garantir o direito à informação e à comunicação da pessoa portadora de 
deficiência, conforme dispuser a Lei. 
 
TÍTULO II DOS FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL 
 
Art. 14. O Município de Iguaba Grande integra a união indissolúvel da República federativa do 
Brasil e tem como fundamentos: 
I - A autonomia; 
II - A cidadania; 
III - A dignidade da pessoa humana; 
IV - Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, e 
V - O pluralismo político. 
Art. 15. São objetivos fundamentais dos cidadãos deste Município e de seus representantes: 
I - Assegurar a construção de uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - Garantir o desenvolvimento local e regional; 
III - Contribuir para o desenvolvimento estadual e nacional; 
IV - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais nas áreas urbana e 
rural; 
V - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
outras formas de discriminação. 
Art. 16. Os direitos e deveres individuais e coletivos, na forma prevista na Constituição da 
República, integram esta Lei Orgânica e devem ser afixados em todas as repartições públicas do Município, 
nas escolas, nos hospitais ou em qualquer local de acesso público, para que todos possam, 
permanentemente, tomar ciência, exigir o seu cumprimento por parte das autoridades e cumprir, por sua 
parte, o que cabe a cada cidadão habitante deste Município ou que em seu território transite. 
Art. 17. Fica instituída a figura do Ouvidor-Geral, na forma prevista nesta Lei Orgânica, para a 
defesa dos direitos e deveres individuais e coletivos, a que se refere o artigo anterior, e da real participação 
do cidadão comum na gestão da coisa pública. 
 
TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL 
 
CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
 
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Art. 18. O Município de Iguaba Grande, com sede na Cidade que lhe dá o nome, dotado de 
autonomia política, administrativa e financeira, rege-se por esta Lei Orgânica. 
Art. 19. São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o 
Executivo. 
Art. 20. São símbolos do Município sua Bandeira, seu Hino e seu Brasão. 
§ 1º. A Lei poderá estabelecer outros símbolos, dispondo sobre o seu uso no território do 
Município. 
§ 2º. O dia 08 de junho é a data Magna Municipal. 
Art. 21. Incluem-se entre os bens do Município os imóveis, por natureza e acessão física, e os 
móveis que atualmente sejam do seu domínio, ou a ele pertençam, bem assim os que lhe vierem a ser 
atribuídos por lei e os que incorporarem ao seu patrimônio por ato jurídico perfeito. 
 
CAPÍTULO II DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA 
 
Art. 22. O Município poderá dividir-se, para fins exclusivamente administrativos, em bairros, 
distritos e vilas. 
§ 1º. Constituem bairros as porções contínuas e contíguas do território da sede, com denominação 
própria, representando meras divisões geográficas desta. 
§ 2º. É facultada a descentralização administrativa com a criação nos bairros de administrações 
regionais, na forma de Lei de Iniciativa do Poder Executivo. 
Art. 23. Distrito é a parte do território do Município dividido para fins administrativos de 
circunscrição territorial e de jurisdição municipal, com denominação própria. 
§ 1º. Aplica-se ao distrito o disposto no §2º do artigo anterior. 
§ 2º. O distrito poderá subdividir-se em vilas, de acordo com a lei. 
Art. 24. A criação, organização, supressão ou fusão de distritos depende de lei, observada a 
legislação estadual específica. 
Parágrafo Único. O distrito pode ser criado mediante fusão de dois ou mais distritos, aplicando-se, 
neste caso, as normas estaduais cabíveis, relativas à criação e à supressão. 
 
CAPÍTULO III DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO 
 
SEÇÃO I DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA 
 
Art. 25. Compete ao Município: 
I - Legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - Suplementar a legislação federal e estadual, no que couber; 
III - Elaborar o plano plurianual e o orçamento anual; 
IV - Instituir e arrecadar os tributos municipais, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da 
obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; 
V - Fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos; 
VI - Criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; 
VII - Dispor sobre organização, administração e execução dos serviços municipais; 
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VIII - Dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens públicos; 
IX - Instituir o quadro, o plano de carreira e o regime único dos servidores públicos; 
X - Organizar e prestar diretamente ou sob o regime de concessão ou permissão, os serviços 
públicos locais, inclusive o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; 
XI - Manter com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação 
pré-escolar e de ensino fundamental; 
XII - Instituir, executar e apoiar programas nacionais e culturais que propiciem o pleno 
desenvolvimento da criança e do adolescente; 
XIII - Amparar de modo especial, os idosos e os portadores de deficiência; 
XIV - Estimular a participação popular na formulação de políticas públicas e sua ação 
governamental, estabelecendo programas de incentivo a projetos de organização comunitária nos campos 
social e econômico, cooperativas de produção e mutirões; 
XV - Prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento 
à saúde da população, inclusive assistência nas emergências médico-hospitalares de pronto-socorro com 
recursos próprios ou mediante convênio com entidade especializada; 
XVI - Planejar e controlar o uso, o parcelamento e a ocupação do solo em seu território, 
especialmente o de sua zona urbana; 
XVII - Estabelecer normas de edificação, de loteamento, de arruamento e de zoneamento urbano e 
rural, bem como as limitações urbanísticas convenientes à ordenação do seu território, observadas as 
diretrizes da lei federal; 
XVIII - Instituir, planejar e fiscalizar programas de desenvolvimento urbano nas áreas de habitação 
e saneamento básico, de acordo com as diretrizes estabelecidas na legislação federal, sem prejuízo do 
exercício da competência comum correspondente; 
XIX - Prover sobre a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção edestino do lixo domiciliar 
ou não, bem como de outros detritos e resíduos de qualquer natureza; 
XX - Conceder e renovar licença para localização e funcionamento de estabelecimentos industriais, 
comerciais, prestadores de serviços e quaisquer outros; 
XXI - Cassar a licença que houver concedido ao estabelecimento cuja atividade venha a se tornar 
prejudicial à saúde, à higiene, à segurança, ao sossego e aos bons costumes; 
XXII - Ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para funcionamento de 
estabelecimentos industriais, comerciais, de serviços e outros, atendidas as normas da legislação federal 
aplicável; 
XXIII - Organizar e manter serviços de fiscalização necessários ao exercício do seu poder de polícia 
administrativa; 
XXIV - Fiscalizar, nos locais de venda, peso, medidas e condições sanitárias dos gêneros 
alimentícios, observada a legislação federal pertinente; 
XXV - Dispor sobre o depósito e venda de animais e mercadorias apreendidas em decorrência de 
transgressão da legislação municipal; 
XXVI - Dispor sobre registro, guarda, vacinação e captura de animais, com a finalidade precípua de 
controlar, erradicar moléstias de que possam ser portadores ou transmissores; 
XXVII - Disciplinar os serviços de carga e descarga, bem como fixar a tonelagem máxima permitida 
a veículos que circulem em vias públicas municipais, inclusive nas vicinais cuja conservação seja de sua 
competência; 
XXVIII - Sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e fiscalizar sua 
utilização; 
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XXIX - Regulamentar a utilização dos logradouros públicos e, especialmente, no perímetro urbano, 
determinar o itinerário e os pontos de parada obrigatória de veículos de transporte coletivo, bem como afixar 
nas placas os respectivos horários; 
XXX - Fixar e sinalizar as zonas de silêncio e de trânsito e tráfego em condições especiais; 
XXXI - Regular as condições de utilização dos bens públicos de uso comum; 
XXXII - Regular, executar, licenciar, fiscalizar, conceder, permitir ou autorizar conforme o caso: 
a) Serviço de carros de aluguel, inclusive o uso de taxímetro; 
b) Os serviços funerários e os cemitérios; 
c) Os serviços de mercados, feiras e matadouros públicos; 
d) Os serviços de construção e conservação de estradas, ruas, vias ou caminhos municipais; 
e) Os serviços de iluminação pública; 
f) A afixação de cartazes e anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros meios de 
publicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao poder de polícia municipal; 
XXXIII - Fixar os locais de estacionamento público de táxis e demais veículos; 
XXXIV - Estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços, inclusive a 
dos seus concessionários; 
XXXV - Adquirir bens, inclusive por meio de desapropriação; 
XXXVI - Assegurar a expedição de certidões, quando requeridas às repartições municipais, para a 
defesa de direitos e esclarecimento de situações; 
XXXVII - Garantir o transporte coletivo, com tarifa condizente ao poder aquisitivo da população, 
respeitando o custo de sua utilização; 
XXXVIII - Organizar e gerenciar o transporte coletivo local de passageiros por via lacustre. 
§ 1º. As competências previstas neste artigo não esgotam o exercício privativo de outras, na forma 
da lei, desde que atendam ao peculiar interesse do Município e ao bem-estar de sua população e não 
conflitem com a competência federal e estadual; 
§ 2º. As normas de edificação, de loteamento e arruamento a que se refere o inciso XVII deste 
artigo deverão exigir reserva de área destinada a: 
a) Zonas verdes e demais logradouros públicos; 
b) Vias de tráfegos e de passagem de canalizações públicas de esgoto e de águas pluviais; 
c) Passagem de canalizações públicas de esgotos e de águas pluviais nos fundos dos lotes, 
obedecidas as dimensões e demais condições estabelecidas na legislação. 
§ 3º. A lei que dispuser sobre a guarda municipal, destinada à proteção dos bens, serviços e 
instalações municipais estabelecerá sua organização e competência. 
§ 4º. A política de desenvolvimento urbano, com o objetivo de ordenar as funções sociais da cidade 
e garantir o bem-estar de seus habitantes, deve ser consubstanciada no Plano Diretor de Desenvolvimento 
Integrado, nos termos do artigo 182, § 1º , da Constituição da República. 
 
SEÇÃO II DA COMPETÊNCIA COMUM 
 
Art. 26. É da competência comum do Município, da União e do Estado, na forma prevista em Lei 
complementar federal: 
I - Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o 
patrimônio público; 
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II - Cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de 
deficiência; 
III - Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico e cultural, os monumentos, 
as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
IV - Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e outros bens de valor 
histórico, artístico ou cultural; 
V - Proporcionar os meios e acesso à cultura, à educação e à ciência; 
VI - Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
VII - Preservar as florestas, a fauna e a flora; 
VIII - Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; 
IX - Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de 
saneamento básico; 
X - Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social 
dos setores desfavorecidos; 
XI - Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de 
recursos hídricos e minerais em seus territórios; 
XII - Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito; 
XIII - Promover a integração econômica, política, social e cultural da Região dos Lagos, objetivando 
a união com os demais Municípios no desenvolvimento e solução dos problemas regionais. 
 
SEÇÃO III DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR 
 
Art. 27. Compete ao Município suplementar a legislação federal e a estadual no que couber e 
naquilo que disser respeito ao seu peculiar interesse, visando adaptá-la à realidade e às necessidades locais. 
 
CAPÍTULO IV DAS VEDAÇÕES 
 
Art. 28. Além de outros casos previstos nesta Lei Orgânica, ao Município é vedado: 
I - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou 
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a 
colaboração de interesse público; 
II - Recusar fé aos documentos públicos; 
III - Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si; 
IV - Subvencionar ou auxiliar, de qualquer forma, com recursos públicos, quer pela imprensa, rádio, 
televisão, serviço de auto-falante, cartazes, anúncios ou outro meio de comunicação, propaganda político-
partidária ou a que se destinar a campanha ou objetivos estranhos à administração e ao interesse público. 
 
CAPÍTULO V DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
SEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
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Máquina de escrever
CF/88, Art. 23. V. (Emenda 2015) Proporcionar os meios 
de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à 
pesquisa e à inovação. 
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Art. 29. A administração pública direta, indireta ou funcional, de qualquer dos poderes do 
Município, obedece aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e, também, ao 
seguinte: 
I - Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei; 
II - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público 
de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão, declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração; 
III - O prazo de validade de concurso público é de até 02(dois) anos, prorrogável uma vez, por 
igual período; 
IV - Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso 
público de provas ou de provas e títulos devem ser convocados com prioridade sobre novos concursados para 
assumir cargo ou emprego, dentro do limite de vagas existentes na classe inicial da carreira; 
V - Os cargos em comissão e as funções de confiança devem ser exercidos, preferencialmente, por 
servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições previstos em lei; 
VI - É garantido ao servidor público o direito à livre associação sindical; 
VII - O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar 
federal; 
VIII - A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de 
deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
IX - A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público; 
X - A revisão geral da remuneração dos servidores públicos far-se-á sempre na mesma data; 
XI - A lei fixará o limite máximo entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, 
observado, como limite máximo, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito; 
XII - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos pagos pelo 
Poder Executivo; 
XIII - É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para efeito de remuneração de 
pessoal de serviço público, ressalvado o disposto no inciso anterior e no §1º do artigo 38, desta Lei Orgânica; 
XIV - Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem 
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamentado; 
XV - Os vencimentos dos servidores públicos são irredutíveis e a remuneração observará o que 
dispõem os incisos XI e XII deste artigo, bem como os artigos 150, II, 153, III e 153, § 2º, I, da Constituição 
da República; 
XVI - É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver 
compatibilidade de horários: 
a) A de 02(dois) cargos de professor; 
b) A de 01(um) cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) A de 02(dois) cargos privativos de médicos; 
XVII - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, empresas 
públicas, sociedade de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público; 
XVIII - A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de 
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; 
XIX - Somente por lei específica poderão ser criadas empresas públicas, sociedades de economia 
mista, autarquias ou fundação pública; 
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"as funções de confiança, 
exercidas exclusivamente 
por servidores
 ocupantes de
 cargo efetivo." (Art. 37, V, CF/88).
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Máquina de escrever
Art. 37. XVI. Letra C, CF/88. a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
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XX - Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades 
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; 
XXI - Ressalvados os casos específicos na legislação, as obras, os serviços, compras e alienações 
serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os 
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações efetivas da proposta, nos termos da lei, exigindo-se 
a qualificação técnica e econômica indispensável à garantia do cumprimento das obrigações; 
§ 1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverão 
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou 
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou de servidores públicos; 
§ 2º. A não observância do disposto nos incisos II e III deste artigo implicará a nulidade do ato e a 
punição da autoridade responsável, nos termos da lei; 
§ 3º. As reclamações relativas à prestação de serviços públicos serão disciplinadas em lei; 
§ 4º. Os atos de improbidade administrativa importarão na suspensão dos direitos políticos, na 
perda de função pública, na indisponibilidade dos bens e no ressarcimento ao erário, na forma e gradação 
prevista em lei, sem prejuízo da ação penal cabível; 
§ 5º. Os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que 
causem prejuízos ao erário, ressalvados as respectivas ações de ressarcimento, são os estabelecidos em lei 
federal. 
§ 6º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurando o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
SEÇÃO II DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
 
Art. 30. O Município instituirá regime jurídico único e plano de carreira para os servidores da 
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. 
§ 1º. A lei assegurará, aos servidores da administração direta, isonomia de vencimentos para 
cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou entre os servidores do Poder Executivo e 
Legislativo ressalvado as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. 
§ 2º. Aplica-se a esses servidores o disposto no artigo 7º incisos IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, 
XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição da República. 
Art. 31. O servidor será aposentado: 
I - Por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em 
serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais 
nos demais casos; 
II - Compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de 
serviço; 
III - Voluntariamente: 
a) Aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos integrais; 
b) Aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e cinco anos, 
se professora, com proventos integrais; 
c) Aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos 
proporcionais há esse tempo; 
d) Aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos 
proporcionais ao tempo de serviço. 
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§ 1º. A Lei poderá estabelecerexceções ao disposto no inciso III, letras a e c, no caso de exercício 
de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas; 
§ 2º. A Lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporários; 
§ 3º. O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integralmente 
para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade; 
§ 4º. Aplica-se ao servidor público o disposto no §2º do artigo 202 da Constituição da República; 
§ 5º. Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, 
sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos 
quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando 
decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria, na 
forma da lei; 
§ 6º. O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos 
do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto no parágrafo anterior. 
Art. 32. São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de 
concurso público. 
§ 1º. O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada 
em julgado ou em processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
§ 2º. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o 
eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro 
cargo ou posto em disponibilidade; 
§ 3º. Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade 
remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
Art. 33. Ao servidor público em exercício de mandato eletivo aplicam-se as disposições do artigo 38 
da Constituição da República. 
 
 
TÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
 
CAPÍTULO I DO PODER LEGISLATIVO 
 
SEÇÃO I DA CÂMARA MUNICIPAL 
 
Art. 34. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal. 
Parágrafo Único. Cada legislatura tem a duração de quatro anos, correspondendo cada ano a uma 
sessão legislativa. 
Art. 35. A Câmara Municipal compõem-se de Vereadores eleitos pelo sistema proporcional, como 
representantes do povo, com mandato de quatro anos. 
§ 1º. São condições de elegibilidade para o exercício do mandato de Vereador, na forma da lei 
federal: 
I - A nacionalidade brasileira; 
II - O pleno exercício dos direitos políticos; 
III - O alistamento eleitoral; 
IV - O domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - A filiação partidária; 
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VI - A idade mínima de dezoito anos; 
VII - Ser alfabetizado. 
§ 2º. É de 11 (onze) o número de Vereadores da Câmara Municipal de Iguaba Grande. 
Art. 36. A Câmara Municipal reunir-se-á, anual e ordinariamente, na sede do município, de 15 de 
fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro. 
 Art. 36. A Câmara Municipal reunir-se-á, anual e ordinariamente, de primeiro de fevereiro a trinta 
de dezembro, duas vezes por semana, todas as terças e quinta-feiras, com início a partir das 17:00 horas. 
(Nova Redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº006 de 09/01/2008) 
§ 1º. As reuniões inaugurais de cada sessão legislativa, marcadas para as datas que lhe 
correspondem, previstas no caput deste artigo, serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, 
quando coincidirem com sábados, domingos e feriados. 
§ 2º. A convocação da Câmara é feita no período e nos termos estabelecidos no caput deste artigo, 
correspondendo à sessão legislativa ordinária. 
§ 3º. A convocação extraordinária da Câmara far-se-á: 
I - Pelo Prefeito, quando este a entender necessária; 
II - Pelo Presidente da Câmara para o compromisso e a posse do Prefeito e do Vice Prefeito; 
III - Pelo Presidente da Câmara ou a requerimento da maioria dos membros desta, em casos de 
urgência ou interesse público relevante. 
§ 4º. Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal somente deliberará sobre a matéria 
para a qual foi convocada. 
Art. 37. As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria de 
seus membros, salvo disposição em contrário prevista na Constituição da República e nesta Lei Orgânica. 
Art. 38. A sessão legislativa ordinária não será interrompida, sem a deliberação sobre o projeto de 
lei orçamentária. 
Art. 39. As sessões da Câmara realizar-se-ão em recinto destinado ao seu funcionamento, 
observado o disposto no artigo 43, inciso XIII, desta Lei Orgânica. 
§ 1º. Os horários das sessões ordinárias e extraordinárias da Câmara Municipal é o estabelecido em 
seu Regimento Interno; 
§ 2º. Poderão ser realizadas sessões solenes fora do recinto da Câmara. 
 §2º. Poderão ser realizadas sessões solenes ou itinerantes fora do recinto da Câmara. (Nova 
redação dada pela Emenda a Lei Orgânica nº002 de 17/11/2005) 
Art. 40. As sessões serão públicas, salvo deliberações em contrário, de 2/3(dois terços) dos 
Vereadores, adotada em razão de motivo relevante. 
Art. 41. As sessões somente serão abertas com a presença de, no mínimo, 1/3(um terço) dos 
membros da Câmara. 
Parágrafo Único. Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que assinar o livro de presença até 
o início da Ordem do Dia, participar dos trabalhos do Plenário e das votações. 
 
SEÇÃO II DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL 
 
Art. 42. Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito dispor sobre todas as matérias de 
competência do Município, especialmente sobre: 
I - Tributos municipais, arrecadação e dispêndio de suas rendas; 
II - Isenção e anistia em matéria tributária, bem como remissões de dívidas; 
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III - Orçamento anual, plano plurianual, a autorização para a abertura de créditos suplementares e 
especiais; 
IV - Operações de crédito, auxílio e subvenções; 
V - Concessão, permissão e autorização de serviços públicos, inclusive abastecimento e distribuição 
de água, após prévia e profunda análise dos termos estabelecidos por estas; 
VI - Concessão administrativa de uso dos bens municipais; 
VII - Alienação de bens públicos; 
VIII - Aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargo; 
IX - Organização administrativa municipal, criação, transformação e extinção de cargos, empregos 
e funções públicas, bem como a fixação dos respectivos vencimentos; 
X - Criação e estruturação de Secretarias Municipais e demais órgãos da administração pública, 
bem assim a definição das respectivas atribuições; 
XI - Aprovação do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado e demais planos e programas de 
Governo; 
XII - Autorização para assinaturas de convênios, consórcios, contratos ou outros acordos de 
qualquer natureza, após profunda análise de seus termos, com entidades de direito público ou privado, 
nacionais ou estrangeiros, em que haja emprego de recursos financeiros, materiais ou humanos da 
Municipalidade; 
XIII - Delimitação do perímetro urbano; 
XIV - Transferência temporária da sede do governo municipal;XV - Autorização para denominação e mudança de próprios, vias e logradouros públicos; 
XVI - Normas urbanísticas, particularmente as relativas ao zoneamento e loteamento 
Art. 43. É da competência exclusiva da Câmara Municipal; 
I - Eleger os membros de sua Mesa Diretora; 
II - Elaborar o Regimento Interno; 
III - Organizar os serviços administrativos internos e prover os cargos respectivos; 
IV - Propor a criação ou a extinção dos cargos dos serviços administrativos internos e a fixação dos 
respectivos vencimentos; 
V - Conceder licença ao Prefeito, ao Vice Prefeito e aos Vereadores; 
VI - Autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município, quando a ausência exceder a quinze dias; 
VII - Exercer a fiscalização contábil, financeira e orçamentária do Município, mediante controle 
externo e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo; 
VIII - Tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o parecer do Tribunal de Contas do 
Estado, no prazo máximo de sessenta dias de seu recebimento, observados os seguintes preceitos: 
a) O parecer do Tribunal somente deixará de prevalecer por decisão de 2/3(dois terços) dos 
membros da Câmara; 
b) Decorrido o prazo de sessenta dias, sem deliberação da Câmara, as contas serão consideradas 
aprovadas ou rejeitadas, de acordo com a conclusão do parecer do Tribunal de Contas; 
c) No decurso do prazo previsto na alínea anterior, as contas do Prefeito ficarão a disposição de 
qualquer contribuinte do município, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, 
nos termos da Lei; 
d) Rejeitadas as contas, serão estas, imediatamente, remetidas ao Ministério Público para os fins de 
direito; 
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IX - Decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos indicados na 
Constituição da República, nesta Lei Orgânica e na legislação federal aplicável; 
X - Autorizar a realização de empréstimos ou de crédito interno ou externo de qualquer natureza, 
de interesse do Município; 
XI - Proceder a tomada de contas do Prefeito, através de comissão especial, quando não 
apresentadas à Câmara, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; 
XII - Aprovar convênio, acordo ou qualquer outro instrumento celebrado pelo Município com a 
União, o Estado, outra pessoa jurídica de direito público interno, de direito privado, instituições estrangeiras 
ou multinacionais, após profunda análise dos termos estabelecidos por estas celebrações, quando se tratar de 
matéria assistencial, educacional, cultural ou técnica; 
XIII - Estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reuniões; 
XIV - Convocar o Prefeito, Secretário do Município ou autoridade equivalente, para prestar 
esclarecimentos, aprazando dia e hora para o comparecimento, importando a ausência, sem justificação 
adequada, crime de responsabilidade, punível na forma da legislação federal; 
XV - Encaminhar pedidos escritos de informação a Secretário do município ou autoridade 
equivalente, importando crime de responsabilidade a recusa ou não atendimento no prazo de trinta dias, bem 
como a prestação de informações falsas; 
XVI - Ouvir Secretários do município ou autoridades equivalentes, quando por sua iniciativa e 
mediante entendimentos prévios com a Mesa, comparecerem à Câmara Municipal para expor assunto de 
relevância da Secretaria ou órgão da administração de que forem titulares; 
XVII - Deliberar sobre o adiamento e a suspensão de suas reuniões; 
XVIII - Criar comissão parlamentar de inquérito sobre fato determinado e prazo certo, mediante 
requerimento de um terço de seus membros; 
XIX - Conceder título de cidadão honorário ou conferir homenagem a pessoa que, 
reconhecidamente, tenha prestado relevantes serviços ao Município e nele se tenha destacado pela sua 
atuação exemplar na vida pública e particular, mediante proposta, pelo voto de 2/3(dois terços) dos 
membros da Câmara; 
XX - Solicitar a intervenção do Estado no Município; 
XXI - Julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em lei federal; 
XXII - Fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; 
XXIII - Fixar, observado o que dispõem os artigos 37, XI, 150, II, 153, III e 153, §2º, I, da 
Constituição da República, a remuneração dos Vereadores, em cada legislatura para a subseqüente, sobre a 
qual incidirá o imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza; 
XXIV - Fixar, observado o que dispõem o artigo 29, XI, desta Lei Orgânica, e os artigos 150, II, 
153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição da República, em cada legislatura para a subseqüente, a 
remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e Secretários Municipais ou autoridades equivalentes; 
XXV - Suplementar as dotações do orçamento da Câmara, observando o limite da autorização ao 
Poder Executivo constante da Lei Orçamentária, desde que os recursos para a sua cobertura sejam 
provenientes da anulação total ou parcial de suas dotações orçamentárias; 
XXVI - Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitarem do Poder Regulamentar. 
 
SEÇÃO III DOS VEREADORES 
 
Art. 44. Os Vereadores são invioláveis, no exercício do mandato e na circunscrição do Município, 
por suas opiniões, palavras e votos. 
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§ 1º. Desde a expedição do diploma, os membros da Câmara Municipal não poderão ser presos, 
salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem prévia licença da Casa, 
observado o disposto no §2º do artigo 53, da Constituição da República; 
§ 2º. No caso de flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos, dentro de vinte e 
quatro horas, à Câmara Municipal, para que, pelo voto secreto da maioria de seus membros, resolva sobre a 
prisão e autorize, ou não, a formação de culpa; 
§ 3º. Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas 
em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam 
informações. 
Art. 45. É vedado ao Vereador: 
I - Desde a expedição do diploma: 
a) Firmar ou manter contrato com Município, com suas autarquias, fundações, empresas públicas, 
sociedades de economia mista ou com suas empresas concessionárias de serviço público, salvo quando o 
contrato obedecer a cláusulas uniformes; 
b) Aceitar cargo, emprego ou função, no âmbito da administração pública direta ou indireta 
municipal, salvo mediante aprovação em concurso público e observado o disposto no artigo 33 desta Lei 
Orgânica. 
II - Desde a posse: 
a) Ocupar cargo, função ou emprego, na administração pública direta ou indireta do Município, de 
que seja exonerável ad nutum, salvo o cargo de Secretário Municipal ou Diretor equivalente; 
b) Exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou municipal; 
c) Ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato 
com pessoa jurídica de direito público do Município, ou nela exercer função remunerada; 
d) Patrocinar causa junto ao Município em que seja interessada qualquer das entidades a que se 
refere a alínea a do inciso I. 
Art. 46. Perderá o mandato o Vereador: 
I - Que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigoanterior; 
II - Cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou atentatório às 
instituições vigentes; 
III - Que se utilizar do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade 
administrativa; 
IV - Que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das sessões 
ordinárias da Câmara, salvo doença comprovada, licença ou missão autorizada pela edilidade; 
V - Que fixar residência fora do Município; 
VI - Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos. 
§ 1º. Além de outros casos definidos no Regimento Interno da Câmara Municipal, considerar-se-á 
incompatível com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a percepção 
de vantagens ilícitas ou imorais; 
§ 2º. Nos casos dos incisos I e II, a perda do mandato será declarada pela Câmara por voto 
secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido político representado na Câmara, 
assegurada ampla defesa; 
§ 3º. Nos casos previstos nos incisos III e IV, a perda do mandato será declarada pela Mesa da 
Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido político representado 
na Casa, assegurada ampla defesa. 
Art. 47. O Vereador poderá licenciar-se: 
I - Por motivo de doença; 
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II - Para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o afastamento não ultrapasse 
cento e vinte dias por sessão legislativa; 
III - Para desempenhar missões temporárias, de caráter cultural ou de interesse do Município. 
§ 1º. Não perderá o mandato, considerando-se automaticamente licenciado, o Vereador investido 
no cargo de Secretário Municipal ou Diretor do órgão da administração pública direta ou indireta do 
Município, conforme previsto no artigo 45, inciso II, alínea a, desta Lei Orgânica; 
§ 2º. Ao Vereador licenciado nos termos do inciso I, a Câmara poderá determinar o pagamento, no 
valor que estabelecer e na forma que especificar, de auxílio-doença; 
§ 3º. O auxílio de que trata o parágrafo anterior poderá ser fixado no curso da legislatura e não 
será computado para efeito de cálculo da remuneração dos Vereadores; 
§ 4º. A licença para tratar de interesses particulares não será inferior a trinta dias e o Vereador não 
poderá reassumir o exercício do mandato antes do término da licença; 
§ 5º. Independente de requerimento considerar-se-á, como licenciado pelo não comparecimento às 
reuniões o Vereador privado, temporariamente, de sua liberdade em virtude de processo criminal em curso; 
§ 6º. Na hipótese do §1º o Vereador poderá optar pela remuneração do mandato. 
Art. 48. Dar-se-á a convocação do Suplente nos casos de vaga ou de licença. 
§ 1º. O Suplente convocado deverá tomar posse no prazo de quinze dias, contados da data de 
convocação, salvo justo motivo aceito pela Câmara, quando se prorrogará o prazo; 
§ 2º. Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida, calcular-se-á o 
quorum em função dos vereadores remanescentes. 
 
SEÇÃO IV DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA 
 
Art. 49. A Câmara reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de janeiro, no primeiro ano 
da legislatura, para a posse de seus membros e eleição da Mesa. 
§ 1º. A posse ocorrerá em sessão solene, que se realizará independentemente de número, sob a 
Presidência do Vereador mais idoso dentre os presentes; 
§ 2º. O Vereador, que não tomar posse na sessão prevista no parágrafo anterior, deverá fazê-lo, 
dentro do prazo de quinze dias do início do funcionamento ordinário da Câmara, sob pena de perda do 
mandato, salvo motivo justo, aceito pela maioria absoluta dos membros da Câmara; 
§ 3º. Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-se-ão sob a presidência do mais idoso 
dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, elegerão os componentes da 
Mesa, que serão automaticamente empossados; 
§ 4º. Inexistindo número legal, o Vereador mais idoso dentre os presentes permanecerá na 
presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa; 
§ 5º. A eleição da Mesa da Câmara para o segundo biênio, far-se-á na última Sessão Legislativa 
referente ao primeiro biênio, sendo os eleitos automaticamente empossados a partir de 1º de janeiro do ano 
subseqüente. 
§5º. A eleição da Mesa da Câmara Municipal de Iguaba Grande, para o segundo biênio, far-se-á na 
segunda quinzena do mês de setembro do último ano do primeiro biênio, sendo os eleitos automaticamente 
empossados a partir do dia 1º de janeiro do ano subseqüente. (Nova redação dada pela Emenda à Lei 
Orgânica nº003 de 26/09/2006) 
Art. 50. O mandato da Mesa será de dois anos, permitida a recondução para o mesmo cargo na 
eleição imediatamente subseqüente. 
Art. 51. A Mesa da Câmara se compõe de Presidente, Vice Presidente, Primeiro Secretário e 
Segundo Secretário, os quais se substituirão nessa ordem: 
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§ 1º. Na constituição da Mesa é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional 
dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa; 
§ 2º. Na ausência dos membros da Mesa, o Vereador mais idoso assumirá a Presidência; 
§ 3º. Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído do cargo, pelo voto de 2/3(dois terços) 
dos Membros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições 
regimentais, elegendo-se outro Vereador para completar o mandato. 
Art. 52. A Câmara terá comissões permanentes e especiais. 
§ 1º. Às Comissões permanentes em razão da matéria de sua competência, cabe: 
I - Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; 
II - Convocar os Secretários Municipais ou Diretores equivalentes, para prestar informações sobre 
assuntos inerentes às suas atribuições; 
III - Receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou 
omissões das autoridades públicas; 
IV - Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; 
V - Exercer, no âmbito de sua competência, a fiscalização dos atos do Executivo e da administração 
indireta. 
§ 2º. As comissões especiais, criadas por deliberação do Plenário, serão destinadas ao estudo de 
assuntos específicos e à representação da Câmara em Congressos, solenidades ou outros atos públicos. 
§ 3º. Na formação das comissões, assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação 
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participem da Câmara; 
§ 4º. As Comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das 
autoridades judiciais, além de outros previstos no Regime Interno da Casa, serão criadas pela Câmara 
Municipal, mediante requerimento de 1/3(um terço) de seus membros, para a apuração de fato determinado 
e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso encaminhadas ao Ministério Público, para que 
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
Art. 53. A Maioria, a Minoria, as Representações Partidárias, mesmo com apenas um membro, e 
os blocos parlamentares terão líder e, quando for o caso, Vice Líder. 
§ 1º. A indicação dos líderes será feita em documento subscrito pelos membros das representações 
majoritárias, minoritárias, blocos parlamentares ou partidos políticos à Mesa, nas vinte e quatro horas que se 
seguirem à instalação do primeiro período legislativoanual. 
§ 2º. Os líderes indicarão os respectivos Vices Líderes, se for o caso, dando conhecimento à Mesa 
da Câmara dessa designação. 
Art. 54. Além de outras atribuições previstas no Regimento Interno, os Líderes indicarão os 
representantes partidários nas comissões da Câmara. 
Parágrafo Único. Ausente ou impedido o Líder, suas atribuições serão exercidas pelo Vice Líder. 
Art. 55. A Câmara Municipal, observado o disposto nesta Lei Orgânica, compete elaborar seu 
Regimento Interno, dispondo sobre sua organização, política e provimento de cargos, de seus serviços e, 
especialmente sobre: 
I - Sua instalação e funcionamento: 
II - Posse de seus membros; 
III - Eleição da Mesa, sua composição e suas atribuições; 
IV - Periodicidade das reuniões; 
V - Comissões; 
VI - Sessões; 
VII - Deliberações; 
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VIII - Todo e qualquer assunto de sua administração interna. 
Parágrafo Único. O Regimento Interno disporá, também, sobre as normas para a utilização da 
Tribuna da Câmara pelas entidades representativas da sociedade, associações comunitárias, de classe ou de 
caráter cívico. 
Art. 56. À Mesa dentre outras atribuições, compete: 
I - Tomar as medidas necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos; 
II - Propor projetos que criem ou extingam cargos nos serviços da Câmara e fixem os respectivos 
vencimentos; 
III - Apresentar projetos de Resolução dispondo sobre a abertura de créditos suplementares e 
especiais, através do aproveitamento total ou parcial das consignações orçamentárias da Câmara; 
IV - Promulgar a Lei Orgânica e suas emendas; 
V - Representar, junto ao Executivo, sobre necessidades de economia interna; 
VI - Contratar, na forma da lei, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público; 
Art. 57. Dentre outras atribuições, compete ao Presidente da Câmara: 
I - Representar a Câmara em juízo ou fora dele; 
II - Dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara; 
III - Interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno; 
IV - Promulgar as resoluções e decretos legislativos; 
V - Promulgar as leis com sanção tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário, desde que 
não aceita esta decisão, em tempo hábil, pelo Prefeito; 
VI - Fazer publicar os atos da Mesa, as resoluções, decretos legislativos e as leis que vier a 
promulgar; 
VII - Autorizar as despesas da Câmara; 
VIII - Representar, por decisão da Câmara, sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato municipal; 
IX - Solicitar, por decisão da maioria absoluta da Câmara, a intervenção no município nos casos 
admitidos pela Constituição da República e pela Constituição do Estado; 
X - Encaminhar, para parecer prévio, a prestação de contas do Município ao Tribunal de Contas do 
Estado ou órgão a que for atribuída tal competência. 
 
 Parágrafo único. Ao que se referem os incisos II, IV, V, VI, VII deverão ser aprovados e 
executados por decisão da maioria dos membros da Mesa Diretora. (Parágrafo incluído pela Emenda a Lei 
Orgânica n001 de 29/03/2005) 
 
SEÇÃO V DO PROCESSO LEGISLATIVO 
 
Art. 58. O Processo Legislativo Municipal compreenderá a elaboração de: 
I - Emendas à Lei Orgânica Municipal; 
II - Leis complementares; 
III - Leis ordinárias; 
IV - Resoluções; 
V - Decretos legislativos. 
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Art. 59. A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada mediante proposta: 
I - De um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal; 
II - Do Prefeito Municipal; 
§ 1º. A proposta será votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias e aprovada por 
dois terços dos membros da Câmara Municipal. 
§ 2º. A emenda a Lei Orgânica Municipal será promulgada pela Mesa da Câmara com o respectivo 
número de ordem. 
§ 3º. A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de estado de sítio ou de intervenção no 
Município. 
Art. 60. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer vereador, Comissão 
Permanente da Câmara, ao Prefeito e aos cidadãos, que a exercerão sob a forma de moção articulada, 
subscrita, no mínimo, por cinco por cento do total do número de eleitores do Município. 
Parágrafo Único. A iniciativa popular será caracterizada através de listas organizadas por qualquer 
entidade associativa, que se responsabilizará pela idoneidade das assinaturas, obedecidas as seguintes 
condições: 
I - A assinatura de cada eleitor deverá ser acompanhada de nome completo e legível, além do 
número do título eleitoral com indicação da zona e seção onde vota; 
II - Os subscritores da proposta indicarão entre si aquele que deverá discutir a matéria, por uma 
única vez, quando de sua inclusão na Ordem do Dia; 
III - A proposição que receber parecer contrário da Comissão Permanente encarregada de analisá-
la será considerada prejudicada e arquivada, salvo se houver recurso de 1/3(um terço) dos Vereadores, caso 
em que irá ao Plenário para debate e deliberação final; 
IV - Cada proposição deverá restringir-se a um único assunto, independentemente do número de 
artigos que contenha; 
V - Ao Presidente da Câmara incumbe verificar se a proposição atende aos requisitos exigidos nos 
incisos anteriores, podendo conceder prazo de até três dias para a sua regularização, antes do exame a cargo 
da Comissão Permanente; 
Art. 61. Mediante proposta fundamentada por 1/3(um terço) dos Vereadores ou por 5%(cinco por 
cento) dos eleitores inscritos na circunscrição, será submetida a plebiscito popular questão relevante para os 
destinos do Município. 
§ 1º. A iniciativa popular se exercerá na forma prevista em lei complementar e nesta Lei Orgânica; 
§ 2º. A votação deverá ser organizada pelo Tribunal Regional Eleitoral, no prazo de três meses 
após a aprovação da proposta, assegurando-se formas de publicidade gratuita para os partidários e os 
opositores da proposição; 
§ 3º. Será realizada uma só consulta plebiscitária por ano, admitindo-se até três proposições por 
consulta e vedada a sua realização nos quatro meses que antecedem à realização de eleições municipais, 
estaduais e nacionais; 
§ 4º. O Tribunal Regional Eleitoral proclamará o resultado do plebiscito que será considerado como 
decisão definitiva sobre a questão proposta; 
§ 5º. A proposição que já tenha sido objeto de plebiscito popular somente poderá ser representada 
com intervalo de cinco anos; 
§ 6º. O Município assegurará ao Tribunal Regional Eleitoral os recursos necessários à realização das 
consultas plebiscitárias. 
Art. 62. As leis complementares somente serão aprovadas se objetivarem a maioria absoluta dos 
votos dos membros da Câmara Municipal, observados os demais termos de votação das leis ordinárias. 
Parágrafo Único. Serão leis complementares dentre outras previstas nesta Lei Orgânica: 
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I - Código Tributário do Município; 
II - Código de Obras; 
III - Código de Postura; 
IV - Lei instituidora do Regime Jurídico Único dos servidores municipais; 
V - Lei Orgânica instituidora da Guarda Municipal; 
VI - Lei de criação de cargos, funções ou empregos públicos; 
VII - Lei que institui o Plano Diretor do Município. 
Art. 63. São de iniciativa exclusiva do Prefeito as leis que disponham sobre: 
I - Criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos públicos na administração 
direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; 
II - Servidores públicos do Poder Executivo, na administração indireta e autarquias, seu Regime 
Jurídico,provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; 
III - Criação, estruturação e atribuições das Secretarias, Departamentos ou Diretorias equivalentes 
e órgãos da administração pública; 
IV - Matéria orçamentária e a que autoriza a abertura de créditos ou conceda auxílio e subvenções; 
Parágrafo Único. Não será admitido aumento da despesa prevista nos projetos de iniciativa 
exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado disposto na primeira parte do inciso IV, deste artigo. 
Art. 64. É da competência exclusiva da Mesa da Câmara a iniciativa das Leis que disponham sobre: 
I - Autorização para aberturas de créditos suplementares ou especiais, através do aproveitamento 
total ou parcial das consignações orçamentárias da Câmara; 
II - Organização dos serviços administrativos da Câmara, criação, transformação ou extinção de 
seus cargos, empregos e funções e fixação da respectiva remuneração. 
Parágrafo Único. Nos projetos de competência exclusiva da Mesa da Câmara não serão admitidas 
emendas que aumentem a despesa prevista, ressalvado o disposto na parte final do inciso II deste artigo, se 
assinada pela metade dos Vereadores. 
Art. 65. O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação dos projetos de sua iniciativa. 
§ 1º. Solicitada a urgência, a Câmara deverá se manifestar em até noventa dias sobre a 
proposição, contados da data em que for feita a solicitação; 
§ 2º. Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior sem deliberação pela Câmara, será a 
proposição incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se as demais proposições, para que se ultime a votação; 
§ 3º. O prazo do §1º não corre no período de recesso da Câmara nem se aplica aos projetos de lei 
complementar. 
Art. 66. Aprovado o Projeto de Lei, será este enviado ao Prefeito, que, aquiescendo, o sancionará. 
§ 1º. O Prefeito, considerando o projeto no todo ou em parte inconstitucional ou contrário ao 
interesse público vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do 
recebimento; 
§ 2º. Decorrido o prazo do parágrafo anterior, o silêncio do Prefeito importará sanção; 
§ 3º. O veto parcial somente abrangerá texto integral do artigo, de parágrafo, de inciso ou de 
alínea; 
§ 4º. A apreciação do veto pelo Plenário da Câmara, será feita dentro de trinta dias a contar do seu 
recebimento em uma só discussão e votação, com parecer ou sem ele, considerando-se rejeitado pelo voto 
da maioria absoluta dos Vereadores, em escrutínio secreto; 
§ 5º. Rejeitado o veto, será o projeto enviado ao Prefeito para promulgação; 
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§ 6º. Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no §4º, o veto será colocado na Ordem do 
Dia da Sessão seguinte, sobrestadas as demais proposições até a sua votação final, ressalvadas as matérias 
de que trata o artigo 65, desta Lei Orgânica; 
§ 7º. A não promulgação da Lei no prazo de quarenta e oito horas pelo Prefeito, nos casos dos § 
2º e § 5º, fica autorizado o Presidente da Câmara a fazê-lo em igual prazo. 
Art. 67. Os projetos de resolução disporão sobre matérias de interesse interno da Câmara e os 
projetos de decreto legislativo, sobre os demais casos de sua competência privada. 
Parágrafo Único. Nos casos de projeto de resolução e de projeto de decreto legislativo, considerar-
se-á concluída a deliberação com a votação final e elaboração da norma jurídica, que será promulgada pelo 
Presidente da Câmara. 
Art. 68. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá ser objeto de novo projeto 
na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara. 
 
SEÇÃO VI DA OUVIDORIA MUNICIPAL 
 
Art. 69. Fica criada no âmbito do Poder Legislativo a Ouvidoria Municipal, provida por um Ouvidor-
Geral, funcionalmente autônomo, com a finalidade de defender os direitos de cidadania e exercer vigilância 
aos atos administrativos da administração direta e indireta do Município. 
Art. 70. Incluem-se entre as atribuições do Ouvidor-Geral: 
I - Velar pelo cumprimento da Lei e demais disposições, a que se submete a administração 
municipal; 
II - Proteger o cidadão com relação a ações e omissões lesivas a seus interesses, quando atribuídas 
a titular responsável por cargo ou função pública; 
III - Receber e apurar queixas e denúncias apresentadas por quem se considerar prejudicado por 
ato da administração municipal; 
IV - Zelar pela celeridade e racionalização dos procedimentos administrativos; 
V - Criticar e censurar atos da administração pública municipal e recomendar as correções e 
melhorias do serviço público em geral; 
VI - Defender a ecologia, os direitos do consumidor e demais interesses do cidadão. 
Art. 71. Poderá dirigir-se ao Ouvidor-Geral qualquer pessoa, brasileira ou estrangeira, física ou 
jurídica, que resida ou exerça atividades, ainda que de passagem no Município e que se considere lesada por 
ato da administração pública municipal. 
Parágrafo Único. A menoridade não será impedimento para o recebimento de reclamações ou 
denúncias, podendo o Ouvidor-Geral atuar de ofício. 
Art. 72. A Ouvidoria Municipal será regulamentada por lei complementar de iniciativa do Poder 
Legislativo, a quem compete a indicação do Ouvidor-Geral, pelo voto de 2/3(dois terços) dos membros da 
Câmara Municipal, em Sessão e escrutínio secreto. 
 
SEÇÃO VII DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
 
Art. 73. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município 
será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo e pelos sistemas de controle interno do 
Executivo, instituídos em Lei. 
§ 1º. O controle externo da Câmara será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado 
ou órgão Estadual a que for atribuído essa incumbência, e compreenderá a apreciação das contas do Prefeito 
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e da Mesa da Câmara, o acompanhamento das atividades financeiras e orçamentárias, bem como o 
julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por bem e valores públicos; 
§ 2º. As contas do Prefeito e da Câmara Municipal, prestadas anualmente, serão julgadas pela 
Câmara dentro de 60(sessenta) dias após o recebimento do parecer prévio do Tribunal de contas ou órgão 
Estadual a que for atribuído essa incumbência, considerando-se julgadas nos termos das conclusões desse 
parecer se não houver deliberação dentro desse prazo; 
§ 3º. Somente por decisão de 2/3(dois terços) dos membros da Câmara Municipal deixará de 
prevalecer o parecer emitido pelo Tribunal de Contas do Estado ou órgão Estadual incumbido dessa decisão; 
§ 4º. As contas do município ficarão no decurso do prazo previsto no §2º deste artigo, à disposição 
de qualquer contribuinte para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade nos termos 
da Lei; 
§ 5º. As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos pela União e Estado serão prestadas 
na forma da Legislação Federal e Estadual em vigor, podendo o Município suplementá-las sem prejuízo de 
sua inclusão na prestação anual de contas. 
Art. 74. O Executivo manterá sistema de controle interno, a fim de: 
I - Criar condições indispensáveis para assegurar eficácia ao controle externo e regularidade à 
realização da receita e despesa; 
II - Acompanhar as execuções de programas de trabalho e do orçamento; 
III - Avaliar os resultados alcançados pelos administradores; 
IV - Verificar a execução dos contratos. 
 
CAPÍTULO II DO PODER EXECUTIVO 
 
SEÇÃO I DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO 
 
Art. 75. O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais 
ou Diretores com atribuições equivalentes ou assemelhadas.Parágrafo Único. Aplica-se à elegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito o disposto no §1º do artigo 
35 desta Lei Orgânica, no que couber, e a idade mínima de vinte e um anos. 
Art. 76. A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-á simultaneamente com a dos 
Vereadores, nos termos estabelecidos no artigo 29, incisos I e II da Constituição da República. 
§ 1º. A eleição do Prefeito importará a do Vice-Prefeito com ele registrado; 
§ 2º. O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos para mandato de quatro anos, devendo a eleição 
realizar-se até noventa dias antes do término do mandato daqueles a quem devam suceder, na forma 
determinada em lei. 
Art. 77. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia primeiro de janeiro no ano subseqüente 
à eleição, em sessão da Câmara Municipal, prestando compromisso de manter, defender e cumprir a Lei 
Orgânica, observar as Leis da União, do Estado e do Município, promover o bem geral dos munícipes e 
exercer o cargo sob a inspiração da democracia, da legitimidade e da legalidade. 
Parágrafo Único. Decorridos dez dias da data fixada para a Posse, se o Prefeito e o Vice Prefeito, 
salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. 
Art. 78. Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á na vaga o Vice Prefeito. 
§ 1º. O Vice Prefeito não poderá recusar-se a substituir o Prefeito, sob pena de extinção do 
mandato; 
§ 2º. O Vice Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, auxiliará o 
Prefeito sempre que por ele for convocado para missões especiais. 
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Art. 79. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou vacância do cargo assumirá a 
administração municipal o Presidente da Câmara. 
Parágrafo Único. A recusa do Presidente da Câmara, por qualquer motivo, em assumir o cargo de 
prefeito importará em automática renúncia à sua função de dirigente do Legislativo, ensejando, assim, a 
eleição de outro para ocupar a vaga de Presidente da Câmara, à Chefia do Poder Executivo. 
Art. 80. Verificando-se a vacância do cargo de Prefeito e inexistindo Vice Prefeito, observar-se-á o 
seguinte: 
I - Ocorrendo a vacância nos três primeiros anos do mandato, dar-se-á eleição noventa dias após a 
sua abertura, cabendo aos eleitos completar o período de seus antecessores; 
II - Ocorrendo a vacância no último ano de mandato, assumirá o Presidente da Câmara, que 
completará o período. 
Art. 81. A eleição ou reeleição do Prefeito, bem como do Vice Prefeito dar-se-ão conforme dispuser 
a Constituição da República e o mandato terão início em 1º de janeiro do ano seguinte ao da eleição. 
Art. 82. O Prefeito e o Vice Prefeito quando no exercício do cargo, não poderão, sem licença da 
Câmara Municipal, ausentar-se do Município por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo 
ou do mandato. 
Parágrafo Único. O Prefeito regularmente licenciado terá direito a perceber a remuneração, quando: 
I - Impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doença devidamente comprovada; 
II - Em gozo de férias; 
III - A serviço ou em missão de representação do Município. 
Art. 83. O Prefeito gozará férias anuais de 30(trinta) dias sem prejuízo da remuneração, ficando ao 
seu critério a época para usufruir do descanso. 
Art. 84. A remuneração do Prefeito será estipulada na forma do inciso XXIV do artigo 43 desta Lei 
Orgânica. 
 
SEÇÃO II DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO 
 
Art. 85. Compete ao Prefeito, entre outras atribuições: 
I - Iniciar o processo legislativo, na forma e casos previstos nesta Lei Orgânica; 
II - Representar o Município em juízo e fora dele; 
III - Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e expedir os 
regulamentos para sua fiel execução; 
IV - Vetar no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados pela Câmara; 
V - Nomear e exonerar os Secretários Municipais e os Diretores dos órgãos da administração 
pública direta e indireta; 
VI - Decretar, nos termos da lei, a desapropriação por necessidade, utilidade pública ou por 
interesse social; 
VII - Expedir decretos, portarias e outros atos administrativos; 
VIII - Permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros; 
IX - Prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes à situação funcional dos 
servidores; 
X - Enviar à Câmara os projetos de lei relativos ao orçamento anual e ao plurianual do Município e 
das autarquias; 
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XI - Encaminhar à Câmara, até quinze de abril, a prestação de contas, bem como os balanços, do 
exercício findo; 
XII - Encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de contas 
exigidas em lei; 
XIII - Fazer publicar atos oficiais; 
XIV - Prestar à Câmara dentro de quinze dias as informações solicitadas, salvo prorrogação a seu 
pedido e por prazo determinado, em face da complexidade da matéria ou da dificuldade de obtenção, nas 
respectivas fontes de dados necessários ao atendimento do pedido; 
XV - Prover os serviços e obras da administração pública; 
XVI - Superintender a arrecadação dos tributos, bem como a guarda e a aplicação da receita, 
autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias ou dos créditos votados 
pela Câmara; 
XVII - Colocar à disposição da Câmara, dentro de dez dias, de sua requisição, as quantias que 
devem ser despendidas de uma só vez, e, até o dia vinte de cada mês os recursos correspondentes às suas 
dotações orçamentárias compreendendo os créditos suplementares e especiais; 
XVIII - Aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como revê-las quando impostas 
irregularmente; 
XIX - Resolver sobre requerimentos, reclamações ou representação que lhe forem dirigidas; 
XX - Oficializar, obedecidas às normas urbanísticas aplicáveis, às vias e logradouros públicos, 
mediante denominação aprovada pela Câmara; 
XXI - Convocar extraordinariamente a Câmara quando interesse da administração exigir; 
XXII - Aprovar projetos de edificação e planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano 
ou para fins urbanos; 
XXIII - Apresentar anualmente à Câmara relatório circunstanciado sobre o estado das obras e dos 
serviços municipais, bem assim o programa da administração para o ano seguinte; 
XXIV - Organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, com observância do limite das 
dotações a elas destinadas; 
XXV - Contrair empréstimos e realizar operações de crédito, mediante prévia autorização da 
Câmara; 
XXVI - Providenciar sobre a administração dos bens do município e sua alienação, na forma da lei; 
XXVII - Organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras do município; 
XXVIII - Desenvolver o sistema viário do município; 
XXIX - Conceder auxílios, prêmios e subvenções, nos limites das respectivas verbas orçamentárias 
e do plano de distribuição, prévia e anualmente aprovado pela Câmara; 
XXX - Providenciar sobre o incremento do ensino; 
XXXI - Estabelecer a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei; 
XXXII - Solicitar o auxílio das autoridades policiais do Estado para garantia do cumprimento de 
seus atos; 
XXXIII - Solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câmara para ausentar-se do Município por 
tempo superior a quinze dias; 
XXXIV - Adotar providências para conservação e salvaguarda do patrimônio municipal; 
XXXV - Publicar até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da 
execução orçamentária; 
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