Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Caso Concreto 1 Em reportagem recentemente publicada, importante veículo de comunicação afirmou que, de acordo com especialistas, a Lava-Jato inventou não um novo direito penal, mas sim uma nova maneira de conduzir o processo penal. Entendem tais juristas que as novidades não se limitam apenas à velocidade acelerada dos processos, mas também implementou novidades que são mais comuns no sistema anglo-saxão (o denominado sistema de common law) mas não na tradição romano-germânica, na qual se filia o sistema jurídico brasileiro. Cita, então, como tais novidades os acordos de delação e os acordos de leniência. Em (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/11/1936497-lava-jatoacelerou-processos- mas-direito-penal-de-curitiba-e-criticado.shtml) Neste sentido, pesquise e responda: I) Quais as características fundamentais que diferenciam os sistemas romano- germânico do sistema denominado de common law? O civil law descende do sistema de direito romano-germânico em que predominam a codificação e a lei em sentido estrito, tendo no raciocínio lógico abstrato e no direito legislado (produzido pelo legislador) suas características. O common law, por sua vez, é o sistema jurídico adotado pelos países anglo-saxões, descendente de um direito autóctone (próprio daquela cultura). Possui forte influência dos costumes e do direito costumeiro, predominando a consolidação jurisprudencial, o raciocínio concreto e o direito judicialista (produzido pelo juiz). II) Por que razão o Brasil acabou adotando o sistema jurídico românico-germânico em detrimento do sistema de common law? O direito português seguiu a tradição romano-germânica, e o Brasil, por ter sido colonizado por Portugal, adotou o mesmo sistema vigente em sua metrópole. O civil law também é o sistema mais difundido na Europa e em grande parte das colônias de países europeus, em razão da dominação. Caso Concreto 2 O Foral de Olinda de 1537 é o documento histórico mais antigo relativo à cidade e elevou o povoado de Olinda à condição de Vila, estabelecendo seu patrimônio público, bem como um plano de ocupação territorial. Foi produzido pelo primeiro capitão donatário de Pernambuco (Duarte Coelho) aos povoadores e moradores, cedendo o direito de uso da terra, mas sem transferir sua propriedade. Ainda hoje a Prefeitura Municipal se utiliza do documento para fundamentar a cobrança de foro anual e também de laudêmio. Inconformado, José, morador em terreno passível de cobrança, afirma que no Brasil não se reconhece um documento com quase cinco séculos de existência, além do que os forais não possuem força jurídica. Diante da informação acima, pesquise e responda: a) o que é uma Carta Foral? http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/11/1936497-lava-jatoacelerou-processos-mas-direito-penal-de-curitiba-e-criticado.shtml http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/11/1936497-lava-jatoacelerou-processos-mas-direito-penal-de-curitiba-e-criticado.shtml Carta de foral ou Carta Foral é um documento concedido por um rei ou por um senhorio a uma povoação, onde se estabelecem as normas de relacionamento dos seus habitantes, entre si e com o senhor que lhes outorgou o documento. É concedido como uma carta de privilégio, que dá direito ao receptor a cultivar e cuidar de terras, e que estruturava o controle da capitania hereditária, já que estipulava tributos e o modelo de distribuição de lucros do que era produzido na capitania, separando o que era devido à Coroa e o que restava aos donatários. b) Com que fundamento o Município de Olinda continua cobrando o foro anual e laudêmio? O foro anual foi instituído com o processo de colonização do Brasil, uma vez que todas as terras pertenciam ao reino de Portugal. Assim, quem morava em terras do reino - inquilino ou foreiro - deveria pagar uma taxa para a utilização do imóvel. O laudêmio é uma receita patrimonial da União, que tem o direito de receber determinado valor calculado sobre o preço do imóvel nas transações de compra e venda. O município de Olinda continua a cobrar foro anual e laudêmio pois as terras ali ainda pertencem à União (com a integração das áreas de marinha ao patrimônio da União). Caso Concreto 3 Frequentemente o apoio à pena de morte é destaque na mídia brasileira. Recentemente, mais especificamente o mês de janeiro de 2018, pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha apontou que 57% da população brasileira são favoráveis à pena de morte. Na verdade tal número representou um aumento de 10 pontos percentuais em relação à última pesquisa, realizada no ano de 2008, quando a quantidade de pessoas que apoiavam este tipo de punição era de 47%. Ao menos em relação ao tema pena de morte, parece que a visão da população brasileira parece estar indo de encontro com as ideias preconizadas por Cesare Beccaria, um grande iluminista italiano, contemporâneo de Tiradentes. Agora que você leu o texto acima, faça uma pesquisa e responda as seguintes perguntas: a) Com base em que legislação Tiradentes foi, no Século XVIII, condenado à pena de morte? A pena à qual foi submetido Tiradentes estava prevista nas Ordenações Filipinas. b) A condenação e a pena aplicadas a Tiradentes foram influenciadas pelas ideias de Cesare Beccaria? Justifique. Não, Beccaria pensava o oposto, não sendo favorável a tortura e nem a pena de morte. Tiradentes foi torturado e morto. c) Nos dias de hoje, é possível haver condenação a pena de morte no Brasil? Justifique. Não, pois o Brasil proíbe constitucionalmente (cláusula pétrea) as penas cruéis, incluindo tortura e pena de morte. Caso Concreto 4 Sabe-se que a Constituição Imperial foi a única da história do Brasil que adotou a "divisão" do poder por quatro Poderes. Porém, em mensagem transmitida na abertura do ano judiciário de 2018, a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, afirmou que o Poder Judiciário precisa ser um poder suficientemente forte para enfrentar constantemente as pressões de toda ordem, além de poder fazer face a uma das suas principais características, que é a de um poder moderador, isto é, capaz de efetivar o seu controle externo sobre os atos dos demais poderes públicos, quando for necessário. Pergunta-se: a) O que caracterizou o chamado Poder Moderador no âmbito do Primeiro Império? Poder moderador foi um dispositivo legal presente na primeira constituição brasileira, outorgada pelo imperador D. Pedro I em março de 1824, que se baseava nos ideais políticos de Benjamim Constant (1767-1830) sobre um poder neutro capaz de ajustar e regular os outros três poderes clássicos: Executivo, Legislativo e Judiciário. O Poder Moderador não era considerado, segundo seus ideólogos, um “poder ativo”, isto é, o imperador não agia efetivamente como um juiz, ou como legislador, ou ainda como ministro de Estado. O Imperador apenas tinha o poder de nomear esses cargos e de supervisioná-los, coordenando-os para que houvesse o equilíbrio institucional no Império. Segundo o artigo 101 da Constituição de 1824, munido do Poder Moderador, o imperador atuava, entre outras coisas: Nomeando os Senadores” (em caráter vitalício); Nomeando e demitindo livremente os Ministros de Estado; Suspendendo Magistrados; Perdoando e moderando as penas impostas aos réus condenados por sentença; Concedendo a anistia em caso urgente, e que assim aconselhem a humanidade e o bem do Estado. b) Relacione a fala da Ministra com a crítica de que a atuação do Poder Judiciário como um poder moderador acaba desaguando em uma judicialização da política. A fala da Ministra nos diz que quando as decisões no âmbito político são incapazes de se concretizarem, as condutas sempre pedem uma intervenção de outro poder, então, a política acaba sempre levando seus membros a recorrerem ao judiciário como interventor. Ou seja, ao invés de o poder legislativo tomar suas decisões de maneira autônoma, tal como o executivo,ambos acabam sendo moderados pelo judiciário, por iniciativa própria destes ou de algum terceiro. Caso Concreto 5 (Udesc 2017 - adaptada) A abdicação de Dom Pedro I, em 1831, foi seguida por anos turbulentos, nos quais diferentes grupos políticos defendiam distintos projetos para os destinos da nação. Neste período - que, até a coroação de Dom Pedro II, é conhecido como Período Regencial - diversas revoltas eclodiram nas províncias e reivindicavam, especialmente, autonomia em relação ao poder central. Assim, responda brevemente por que razão o Período Regencial (1831-1840) é considerado um período de transição na história da formação do Estado brasileiro. Este período é considerado um período de transição, pois é exatamente o período em que o Império Brasileiro está se construindo. Declarada a Independência, Dom Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, passa pouco tempo no Brasil, retornando a Portugal para resolver questões políticas, colocando no trono o seu filho menor de idade. Durante esse período, o Brasil fica nas mãos de um conjunto de conselheiros do Imperador, sendo elaboradas as primeiras leis e modos de governo do Império. Depois dele o Império Brasileiro terá uma identidade própria, se afastando de Portugal, e tendo o seu primeiro governante legitimamente brasileiro e com interesses legitimamente brasileiros em toda a história. Caso Concreto 6 A questão agrária no Brasil, tão atual e discutida por diversos setores de nossa sociedade, remonta um longo processo histórico que assinala o problema da concentração de terras em nosso país. Durante o Segundo Reinado, destacamos um dos mais importantes marcos desse processo no momento em que o poder imperial estabelece a Lei de Terras de 1850. Sendo um fruto de seu tempo, essa lei assinalou o predomínio dos grandes proprietários de terra no cenário político do século XIX. Essa lei surgiu em uma época de intensas transformações sociais e políticas do Império. Naquele mesmo ano, duas semanas antes da aprovação da Lei de Terras, o governo imperial criminalizou o tráfico negreiro no Brasil por meio da aprovação da Lei Euzébio de Queiroz. De fato, essas duas leis estavam intimamente ligadas, pois o fim da importação de escravos seria substituído por ações que incentivavam a utilização da mão de obra assalariada dos imigrantes europeus. (texto adaptado – disponível em: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/lei-terras-1850.htm) Responda as questões abaixo: a) O texto acima faz referência à Lei Euzébio de Queiroz. No âmbito do processo de Abolição da Escravatura no Brasil, as leis abolicionistas que se seguiram à referida Lei podem ser consideradas fruto do amadurecimento humanístico de nossas elites? A questão agrária no Brasil, tão atual e discutida por diversos setores de nossa sociedade, remonta um longo processo histórico que assinala o problema da concentração de terras em nosso país. Durante o Segundo Reinado, destacamos um dos mais importantes marcos desse processo no momento em que o poder imperial estabelece a Lei de Terras de 1850. Sendo um fruto de seu tempo, essa lei assinalou o predomínio dos grandes proprietários de terra no cenário político do século XIX. Essa lei surgiu em uma época de intensas transformações sociais e políticas do Império. Naquele mesmo ano, duas semanas antes da aprovação da Lei de Terras, o governo imperial criminalizou o tráfico negreiro no Brasil por meio da aprovação da Lei Euzébio de Queiroz. De fato, essas duas leis estavam intimamente ligadas, pois o fim da importação de escravos seria substituído por ações que incentivavam a utilização da mão de obra assalariada dos imigrantes europeus. A chegada desse novo contingente populacional representava uma ameaça ao interesse econômico de muitos proprietários de terra. De fato, vários dos imigrantes europeus esperavam chegar ao Brasil para obterem terras onde poderiam praticar um tipo de agricultura contrário ao sistema monocultor e agroexportador estabelecido pela nossa classe proprietária de terras. b) Considerando o texto, estabeleça relações entre Lei de Terras, Imigração Subvencionada e Abolição da Escravatura A Lei de Terras foi estabelecida para que agora todas as propriedades fossem regulamentadas. Essa lei tornou tudo mais difícil para quem era ex-escravo (apesar de que a abolição ainda não tinha sido promulgada já havia alguns ex-escravos), imigrantes. O preço da terra se elevou tanto que apenas uma pequena parcela da população brasileira era capaz de comprar. Ou seja, foi a base para a estrutura fundiária atual com tamanha desigualdade e excesso de latifundiários. Caso Concreto 7 Embora a charge acima apresente um tom intencionalmente irônico, há alguns questionamentos que podem ser feitos. No que se refere à ignorância dos personagens no terceiro quadro acerca da Proclamação da República, teria ela alguma conexão com a situação ocorrida em 1891? A Proclamação da República não foi um movimento com ampla participação popular, mas sim um golpe arquitetado pela elite para a manutenção de seu plano para o país. Então, a grande maioria das pessoas da época não tinham exatamente muita certeza do que tinha acabado de acontecer, assim como o personagem do terceiro quadrinho. b) No que se refere ao segundo quadro, apesar do estabelecido no Art. 72 da Constituição de 1891 (direitos fundamentais), a presença dos militares no comando da Proclamação propiciaram maior grau de liberdade aos cidadãos brasileiros? Não. A República do Brasil já nasce sem legitimidade. Apesar de boa parte das pessoas da época aspirarem ao modelo republicano de governo e houvesse grupos intelectuais de grande expressão empenhados em trazê-la para realidade, o episódio em si da Proclamação foi um golpe armado seguido de pronunciamento militar, onde o povo recebeu, perplexo, a transição do governo. Caso Concreto 8 As eleições são de fundamental importância, pois além de representar um ato de cidadania, possibilitam a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um mau governante pode representar uma queda na qualidade em nossas vidas. Analise a figura abaixo e, depois, responda as seguintes questões: a) Quais as características do processo eleitoral estabelecidos pela Constituição brasileira de 1891? O direito ao voto no decorrer da chamada Primeira República seguiu os ditames estabelecidos na Constituição de 1891. São as suas principais características: voto universal (não censitário, embora as mulheres não tivessem ainda conquistado seu direito de votar), direto (opondo-se ao voto indireto) e aberto (que se opõe ao chamado voto secreto, no qual o eleitor não precisa tornar público o candidato no qual votou). b) Explique a relação entre a charge e o chamado voto aberto. A charge acima procura estabelecer a relação entre o voto aberto e o denominado voto de cabresto. O que ficou conhecido como voto de cabresto ocorreu em todo território nacional, embora tenha sido mais evidente nas pequenas províncias onde os grandes proprietários de terras (os chamados coronéis) orquestravam as decisões políticas por meio de pressão e de coação sobre a população local. Nesse sentido, as áreas de influência em que tais protagonistas da vida local exerciam tal pressão passou a se currais eleitorais, ou seja, espaços de mando e desmando, onde a decisão destes? chefes locais? determinavam, às vezes de forma violenta, o candidato dos eleitores/cidadãos e, com isso, os rumos políticos nacional, regional e local. Caso Concreto 9 PEDERNEIRAS, R. Revista da Semana, ano 35, n. 40, 15 set. 1934. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através das caricaturas (1840-2001). Rio de Janeiro: Bom Texto; Letras e Expressões, 2001. Na imagem, da década de 1930, há uma crítica à conquista de umdireito pelas mulheres. https://historiadigital.org/questoes/questao-direitos-da-mulher-na-era- vargas/ (ENEM, 2013 - Adaptada) Na imagem, da década de 1930, há uma crítica à conquista de um direito pelas mulheres. Relacione o representado na imagem com o conteúdo da aula. Na década de 1930 – para ser mais precisa em 1932 – as mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto, durante o governo do presidente Getúlio Vargas. No entanto, as mulheres só conseguiram participar efetivamente das decisões políticas, sem restrições, com a instauração da constituição de 1934. Essa conquista foi fruto da luta dos movimentos feministas sufragistas criados no início do século XX, que buscavam garantir direitos iguais para as mulheres, dentre eles os direitos políticos. Caso Concreto 10 Leia atentamente os Artigos 178 e 187 da Constituição de 1937, abaixo descritos: ?(...) Art. 178 - São dissolvidos nesta data a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, as Assembleias Legislativas dos Estados e as Câmaras Municipais. As eleições ao Parlamento nacional serão marcadas pelo Presidente da República, depois de realizado o plebiscito a que se refere o art. 187. (...) Art. 187 - Esta Constituição entrará em vigor na sua data e será submetida ao plebiscito nacional na forma regulada em decreto do Presidente da República. (...) Como se vê, em razão de ter sido a Carta de 1937 outorgada, o seu Art. 178 previu a submissão da mesma a um plebiscito nacional, na forma regulada em decreto pelo próprio Presidente da República, a fim de que o povo a legitimasse. Neste sentido, pergunta-se: a) O Presidente obteve a legitimação da Carta de 1937 por via do referido ?plebiscito nacional? constitucionalmente previsto? Não, pois o decreto que deveria legitimar a carta nunca foi implementado, então a convocação foi feita de forma irregular. b) O Congresso Nacional foi atuante no decorrer do Estado Novo varguista? Não, pois as eleições parlamentares nunca ocorreram durante a ditadura de Vargas. Portanto, todas as competências legislativas da União ficaram sendo supervisionadas pelo próprio presidente Vargas. Caso Concreto 11 Em comparação com as constituições anteriores, A Constituição de 1946 possibilitou a heterogeneidade político-ideológica com o pluripartidarismo, sendo que mesmo seu texto já foi escrito por deputados e senadores eleitos por nove diferentes partidos, ou seja, representativos de todo o espectro político e donos de diferentes trajetórias políticas até aquele momento. Além disso, a Carta de 1946 trouxe algumas características importantes no âmbito político-eleitoral, tanto em relação à eleição do Presidente e Vice-presidente, como em relação ao voto feminino. Agora, veja a charge abaixo e, depois responda as perguntas que seguem: Nesse sentido: a) No que se refere aos direitos eleitorais da mulher, quais as diretrizes seguidas pela Constituição de 1946 que a distinguem das Cartas anteriores? A obrigatoriedade de as mulheres exercerem seus direitos eleitorais. b) Sabe-se que a nossa atual Constituição (1988) exige que os candidatos a Presidente e Vice- Presidente se elejam por uma mesma chapa. Como foi tratado esse tema na Constituição de 1946? Esse tema foi tratado de forma diferente na Constituição de 19 46, porque a eleição para Presidente era desvinculada da eleição par a Vice-Presidente, portanto, eles não s e elegiam pela mesma chapa como seria futuramente, na Constituição de 1988. O Vice-presidente da República era o primeiro substituto e sucessor do Presidente da República (conforme artigo 79 da Constituição de 1946) e ainda atuava como presidente do Senado Federal, com o direito de voto de desempate (conforme artigo 61 da Constituição de 1946) c) Que crítica está sendo formulada pelo cartunista, na charge acima, mais precisamente no que se refere à forma como os políticos brasileiros se posicionam em face do sistema pluripartidarista? Na Carta de 19 46 ocorreu a constitucionalização dos partidos políticos, consagrando-se o pluripartidarismo, sendo vedados apenas partidos cujos ideais fossem contrários a o regime democrático, conforme Art. 141, . parágrafo § 13. Caso Concreto 12 No Brasil, entre 1964 e 1968, foram implementadas diversas medidas legais que interromperam o regime político democrático que havia se estabelecido em 1946. Assim, entre o Golpe de 1964 e a decretação do Ato Institucional nº 5, decretado em 13 de dezembro de 1968, inaugurou um novo momento político da ditadura militar no Brasil, que durou até meados da década de 1970. Sobre esse período da história política brasileira, responda o que se pede a seguir. a) Pesquise e cite ao menos duas disposições do AI-5 que favoreceram o recrudescimento da repressão política promovida pela ditadura militar. Fechar congresso nacional, cassar políticos eleitos pelo povo e demitir, transferir e aposentar funcionários públicos. b) A Constituição de um Estado Democrático de Direito pode veicular normas que reproduzam o teor das normas do Ato Institucional nº 5? Não, porque dentro de um estado democrático de direito o que vale é a Constituição, sendo que os Atos Institucionais não respeitavam a Constituição. O A I5 não obedecia a nenhum documento político. c) Explique a importância desse surto econômico para o regime militar. Ficou conhecido como "o milagre econômico" - onde houve o crescimento da economia em cerca de 11% ao ano, taxas de inflação relativamente baixas e aumento do comercio exterior em mais de três vezes. Caso Concreto 13 Os direitos humanos têm uma posição bidimensional, pois por um lado tem um ideal a atingir, que é a conciliação entre os direitos do indivíduo e os da sociedade; e por outro lado, assegurar um campo legítimo para a democracia. Já os Direitos Fundamentais, que são uma projeção destes, são definidos como conjunto de direitos e garantias que estão localizados dentro da Constituição e cuja finalidade principal é o respeito a sua dignidade, com proteção ao poder estatal e a garantia das condições mínimas de vida e desenvolvimento do ser humano. Assim ele visa a garantir ao ser humano, o respeito à vida, à liberdade, à igualdade e a dignidade, para o pleno desenvolvimento de sua personalidade. A partir desta visão, pergunta-se: a) A Constituição de 1988 retrocedeu, permaneceu estagnada ou avançou no que se refere aos direitos fundamentais em relação à Constituição de 1967? A CF/88 avançou em termos de garantias e direitos individuais, sendo chamada de constituição cidadã, por prezar a noção de cidadania. b) Cite direitos estabelecidos pela Constituição de 1988 que pela primeira vez tiveram reconhecimento jurídico pela via constitucional. Dos direitos e deveres individuais e coletivos, li gados ao conceito da pessoa humana e a sua personalidade , tais como a vida, a igualdade , a dignidade , a honra, a segurança, a propriedade e a liberdade. Caso Concreto 15 Como tivemos a oportunidade de analisar, a história do Brasil é repleta de permanências e rupturas. O direito não deixa de ser um instrumento de solidificação de algumas permanências (já que o direito também tem por função conceder estabilidade social), mas também pode ser visto como agente de transformação (introduzindo normas que aceleram o processo de mudanças sociais e mentais no seio social). Neste sentido: a) O caso do "mensalão" pode ser considerado um fato isolado em nossa história ou representa uma permanência indesejável de nossa cultura política? Sem reforma política, tudo continuará como sempre foi, e a distinção ficará entre os que foram pegos e os que ainda não foram. O mensalão não constitui fato isolado na vida política. b) O reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmosexo pode ser explicado pela tradição jurídica e mental do povo brasileiro ou representa uma ruptura com um tipo de mentalidade vigente em nosso país cuja superação foi acelerada pelo Direito? Representa uma ruptura com um tipo de mentalidade vigente e nosso país cuja superação foi acelerada pelo Direito.
Compartilhar