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Alterações Sistêmicas Associadas à Circulação Extracorpórea (CEC)
www.nucleodoconhecimento.com.br
RODRIGUES, Camila Cristine Torres dos Reis [1], ARAÚJO, Graziela [2]
RODRIGUES, Camila Cristine Torres dos Reis; ARAÚJO, Graziela. Alterações Sistêmicas
Associadas à Circulação Extracorpórea (CEC). Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 03, Ed. 05, Vol. 02, pp. 36-54, Maio de 2018. ISSN:2448-0959
Resumo
Introdução: A circulação extracorpórea (CEC) possibilitou novas curas em doenças cardíacas,
contudo existem complicações que podem ser desencadeadas durante ou após a cirurgia.
Objetivo: Relacionar as principais desordens sistêmicas associadas à circulação
extracorpórea; identificando os principais distúrbios hematológicos; definindo as alterações
imunológicas do paciente e correlacionando as implicações renais e pulmonares. Materiais e
Métodos: Trata-se de uma revisão da literatura utilizando bases de dados científicos da
SciELO, LILACS e PUBMED abrangendo publicações nacionais e internacionais no período de
1993 à 2014. Resultados e discussão: Apesar de toda modernidade o organismo reconhece o
sistema da CEC como estanho, gerando uma resposta imunológica que pode evoluir
rapidamente para uma Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) e também uma
resposta hematológica através da coagulação sanguínea, sendo essencial anticoagular o
paciente para evitar trombose durante a cirurgia com CEC, ao tempo, que no pós-operatório,
o paciente fica suscetível à hemorragia por diversos fatores. Problemas renais e pulmonares
são comumente observados após a CEC devido uma multiplicidade de fatores, sendo que
alguns casos evoluem rapidamente para Insuficiência Renal Aguda (IRA), enquanto a
disfunção pulmonar continua sendo a maior causa de morbidade pós-operatória.
Considerações finais: A CEC deve ser usada quando for a única forma de recurso operatório
para pacientes cardíacos, pois existem severas complicações associadas a esta técnica que
aumentam as taxas de morbidade e mortalidade. Entretanto, há uma complexa inter-relação
do procedimento cirúrgico, da anestesia e da CEC que dificulta atribuir todas as complicações
ao uso exclusivo da CEC.
Palavras-Chaves: Perfusão Extracorpórea, Coração-Pulmão, Complicações Sistêmicas.
Introdução
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Alterações Sistêmicas Associadas à Circulação Extracorpórea (CEC)
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A cirurgia cardíaca juntamente com a circulação extracorpórea desde o século XX foi umas
das maiores conquistas na área da saúde, pois trouxe um grande avanço na medicina,
diminuindo significativamente o número de óbitos e trazendo a possibilidade para novas
curas em doenças cardíacas 16.
Em 1953, John H. Gibbon realizou a primeira cirurgia cardíaca com sucesso utilizando a
técnica de circulação extracorpórea (CEC). Esse procedimento tem por finalidade assumir a
função temporária do coração e pulmão quando o paciente passa por um processo cirúrgico
cardíaco. Assim, um conjunto de máquinas, aparelhos e circuitos mantém a circulação do
sangue ativo, enquanto esses órgãos ficam excluídos da circulação43.
De acordo com Lima23 (1997), nem todos os pacientes submetidos à cirurgia cardíaca utilizam
a técnica da circulação extracorpórea, pois embora seja um método que melhorou bastante
nos resultados, sabe-se que certos inconvenientes ainda existem, como: reação inflamatória,
hemodiluição, acidente vascular cerebral, morbidade diversa, além do aumento dos custos.
Portanto, quando possível, utilizam-se outras técnicas sem o auxílio da CEC para menor
agressão ao paciente.
Com o surgimento da CEC, apareceram novos estudos ligados a uma fisiologia diferenciada.
Entretanto, estes conhecimentos beneficiaram não só as cirurgias cardiovasculares, mas
também todas as especialidades, obtendo conceitos para os cuidados dos pacientes durante
a realização cirúrgica e incluindo o subsequente período pós-operatório17.
Infelizmente, uma das principais características dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca
com CEC é a facilidade dos sistemas orgânicos serem afetados por alterações da função do
sistema cardiovascular. Uma variedade de complicações pode ocorrer após a cirurgia do
coração, em frequência são encontradas: hemorragias, disfunção respiratória, baixo debito
cardíaco, disfunção renal, alterações neurológicas e infecções43.
Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi relacionar as principais desordens sistêmicas
associadas ao uso da circulação extracorpórea; identificando os principais distúrbios
hematológicos; definindo as alterações imunológicas do paciente e correlacionando as
implicações renais e pulmonares do paciente à circulação extracorpórea.
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Materiais e Métodos
Trata-se de uma revisão da literatura com levantamento bibliográfico utilizando bases de
dados científicos da SciELO, LILACS e PUBMED. Os artigos encontrados foram lidos e
selecionados, abrangendo publicações nacionais e internacionais no período de 1993 à 2014.
Os descritores usados para a busca foram: perfusão extracorpórea, coração/pulmão,
alterações sistêmicas. 
REFERENCIAL TEÓRICO
Circulação Extracorpórea (CEC)
Durante a CEC, as funções de bombeamento do coração são desempenhadas por uma
bomba mecânica e as funções dos pulmões são substituídas por um aparelho capaz de
realizar as trocas gasosas com o sangue20.
Neste contexto, para entendimento das complicações sistêmicas relacionadas a este
procedimento faz-se necessário a compreensão básica sobre o circuito do sangue durante a
circulação extracorpórea.
Assim, na CEC, o sangue venoso é desviado do coração e dos pulmões ao chegar ao átrio
direito do paciente, através de cânulas colocadas nas veias cavas superior e inferior. Por uma
linha comum, o sangue venoso é levado ao oxigenador, reservatório feito de membranas
semipermeáveis para separação do sangue do oxigênio e realização das trocas gasosas8.
Do oxigenador, o sangue é bombeado para um ponto do sistema arterial do paciente,
geralmente a aorta ascendente, de onde percorre o sistema arterial e é distribuído a todos os
órgãos, cedendo oxigênio aos tecidos para a realização dos processos vitais, e recolhendo o
dióxido de carbono neles produzido. Após circular pelo sistema capilar dos tecidos, o sangue
volta ao sistema das veias cavas superior e inferior, onde será continuamente reconduzido à
máquina de CEC até o fim da cirurgia14.
Para a realização de cirurgias cardíacas com CEC alguns procedimentos foram adotados ao
longo da história para obtenção de melhores, como a hipotermia, o uso de soluções
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cardioplégicas e a hemodiluição.
A hipotermia foi associada à circulação extracorpórea com o objetivo de reduzir as
necessidades metabólicas dos pacientes e, portanto, o seu consumo de oxigênio, oferecendo
proteção adicional ao organismo, especialmente aos órgãos vitais, evitando lesões por
anóxia7. Atualmente, é empregada a hipotermia central que é induzida pelo resfriamento do
sangue com água gelada no permutador térmico do oxigenador, assim através da circulação
do sangue frio nos órgãos ocorre o resfriamento dos mesmos. A reversão da hipotermia, ou
seja, o reaquecimento do paciente se obtém circulando água morna no permutador de
calor43.
As soluções cardioplégicas, ricas em potássio, são usadas para impedir lesões do miocárdio,
levando à parada quase instantânea do coração, sem consumo de energia. Alia-se, portanto,
para proteção do miocárdio o uso criterioso de soluções cardioplégicas e a hipotermia, para
que, após o processo cirúrgico,ocorra à volta ao estado normal da homeostase metabólica7.
Antes do início da CEC, para preencher o reservatório do oxigenador e os demais
componentes do circuito, processo conhecido como desareação, usam-se soluções não
celulares, de solutos cristalóides ou colóides (chamado de perfusato ou prime), dessa forma,
ocorre uma diluição do sangue. Estudos mostraram que esta hemodiluição melhora a
oxigenação obtida durante a perfusão, reduzindo a quantidade total de sangue necessária a
cada paciente, durante e após a operação, preservando um maior número de plaquetas,
além de reduzir as perdas sanguíneas pós-operatórias3.
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Figura 1: Esquematização do equipamento de Circulação Extracorpórea (Adaptação Fonseca19 et al. 2008).
Complicações Sistêmicas Pós CEC
A circulação extracorpórea devido à multiplicidade de componentes mecânicos e interações
com o sangue produz várias alterações no organismo humano que geram grandes desvios da
fisiologia, seja logo após a saída da perfusão ou no início do pós-operatório 31, 50.
Apesar de toda modernidade da aparelhagem em uso, quanto maior o tempo de CEC,
maiores serão as chances de ocorrerem complicações. Além disso, as condições intrínsecas
como idade, peso, uso de medicações, doenças de base, entre outros, podem comprometer o
estado de saúde final do paciente. Sabe-se, por exemplo, que pacientes idosos e crianças
com idade inferior a três meses tem piores prognóstico, já que estão em maior risco para a
hipotermia, pois crianças pequenas são mais propensas à dispersão do calor e nos idosos
anestesiados o limite para vasoconstrição está no nível de temperatura mais baixa que em
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adultos mais jovens24.
Cleveland13 et al., (2001) relataram uma mortalidade de 2,9% em cirurgias com CEC e 2,3%
sem CEC, além disso, pacientes operados sem CEC apresentaram 10,6% de complicações,
comparado com 14% dos operados com CEC.
Uma variedade de complicações pode ocorrer, após a cirurgia do coração e dos grandes
vasos, algumas relacionadas ao manuseio anestésico, outras relacionadas à cirurgia e outras
relacionadas à circulação extracorpórea. Com frequência, é difícil atribuir uma determinada
complicação a um procedimento específico, em função da inter-relação dos procedimentos
na sala de operações. Salienta-se, portanto, que as complicações mais frequentemente
encontradas são as complicações imunológicas, hematológica, pulmonares, e renais16.
Distúrbios Hematológicos
As disfunções hemorrágicas relacionadas à CEC invariavelmente esbarram-se nas alterações
da coagulação sanguínea, uma vez que o sangue circula através de tubos e aparelhos que
são superfícies não endotelizadas. E, apesar de serem utilizados materiais compatíveis, ainda
assim constituem superfícies estranhas, capazes de estimular simultaneamente, em maior ou
em menor grau, os sistemas de coagulação e imunológico36.
Ocorre, portanto, um desequilíbrio da hemostasia sanguínea, sendo que durante a CEC o
mais comum é a ocorrência de eventos trombóticos, enquanto que após a CEC geralmente
são relatados quadros de sangramento.
Assim, durante a CEC, as vias extrínseca e intrínseca da cascata da coagulação serão
ativadas, a primeira através do contato do fator XII à superfície artificial e a segunda pela
liberação do fator tecidual (FT), ambas culminando na formação de coágulo.
Além disso, quando o sangue é aspirado do campo cirúrgico e retornado ao circuito
extracorpóreo, ocorre uma série de outros elementos, tais como: fragmentos de coágulos
e/ou gordura, tromboplastina tissular, e resíduos de materiais, aumentando o risco para
trombose29.
A CEC induz ainda a alteração da fibrinólise com diminuição na formação da plasmina, o que
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favorece ainda mais o surgimento de trombos36. Dessa forma, a associação destes fatores
indicam a importância da heparinização do paciente logo no início da perfusão, a fim de
evitar a coagulação sanguínea, impedindo-se os eventos trombóticos9,36.
O anticoagulante heparina é o mais utilizado para essa finalidade, porque tem poucos efeitos
colaterais, sem inconvenientes e existe um antídoto específico, a protamina, que é usado ao
final da perfusão para neutralizar o efeito anticoagulante da heparina, pois o sangramento
pós-cirúrgico pode ocorrer devido o efeito hemorrágico da heparina. É válido mencionar que
a simples neutralização da heparina circulante mediante a administração de doses
adequadas de protamina restaura a atividade hemostática apenas de forma parcial, não
sendo capaz de recuperar imediatamente as funções hemostáticas dos pacientes submetidos
à CEC45.
Por outro lado, há várias causas para o sangramento pós CEC, tais como: hemodiluição,
consumo dos fatores de coagulação, alteração quantitativa e qualitativa das plaquetas,
hipotermia, resposta imune do hospedeiro na formação do complexo heparina-protamina e
hemostasia cirúrgica inadequada. Alguns pacientes necessitam, portanto, de re-intervenção
devido o sangramento no início do pós-operatório e muitas vezes não pode ser identificada a
causa do sangramento na cirurgia 1, 28.
O paciente durante e após a CEC pode desenvolver trombocitopenia devido diversos fatores,
tai como: deposição de plaquetas nas superfícies internas dos tubos, oxigenadores e filtros;
resultado da ação da heparina utilizada para a anticoagulação; redução da capacidade de
agregação devido o contato com as superfícies não endoteliais dos circuitos e aparelhos;
efeito dilucional sobre as plaquetas devido à hemodiluição; além do sequestro de numerosas
plaquetas pelo baço e fígado27.
Segundo Ascione2 et al. (2001), em estudos prospectivos com grupos aleatórios de baixo
risco pré-operatório, foi encontrado quadro de sangramento 1,6 vezes maior no grupo com
circulação extracorpórea do que no sem circulação extracorpórea. Ainda foi indicado que
menos de 20% dos pacientes sem CEC necessitaram de transfusão sanguínea, comparado a
mais da metade do grupo com CEC.
Outros estudos mostraram que a revascularização do miocárdio (RM) sem circulação
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extracorpórea apresenta vantagens em relação à RM com circulação extracorpórea, em
relação ao menor sangramento no pós-operatório e menor necessidade de transfusão de
concentrado de hemácias, minimizando os fatores mórbidos e custos hospitalares1,2. Por isso,
atualmente, nas cirurgias de RM estão sendo feitas sem CEC.
Sabe-se que aproximadamente cerca 10 a 20% dos pacientes que se submetem a CEC
apresentam sangramento excessivo logo após a cirurgia, ou seja, cerca de 5 a 10%
necessitam nas primeiras horas logo após a cirurgia de reposição sanguínea6.
De acordo com Souza43 et al. (2006) a complexa interação de diversos fatores (hemodiluição,
hipotermia, trauma da perfusão, interação das plaquetas com as superfícies não endoteliais,
deposição do fibrinogênio nas cânulas, redução do número e da atividade das plaquetas
circulantes e liberação de um número de substâncias ativadoras das plaquetas) favorecem a
ocorrência dos distúrbios da hemostasia e da coagulação.
Além das próprias alterações hemorrágicas citadas, a CEC promove também hemólise das
hemácias devido principalmente o desvio da circulação normal pelo uso de cânulas quem
formam centros de turbulênciae também pela calibragem inadequada das bombas de
roletes do sistema. Contudo, para equipes cirúrgicas que utilizam o reservatório de
cardiotomia ou sistema de sucção cardiotômica, responsável por aspirar o sangue
extravasado no campo operatório, esta prática constitui a maior causa de hemólise, pois
quando o ar é aspirado com sangue através do aspirador ocorrem danos às células
vermelhas11,51.
A hemólise acentuada culmina em quadros de hemoglobinemia e hemoglobinúria, que pode
influenciar a filtração glomerular por obstrução dos glomérulos glomerular, gerando um
quadro de insuficiência renal34.
Alterações Imunológicas
Quando o coração permanece sem sangue durante a CEC, ou seja, parado instantaneamente,
associado à interação com materiais estranhos ao organismo ocorre consequentemente a
ativação da resposta imunológica com possível repercussão para complicações futuras9.
O sangue ao entrar em contato com as superfícies artificiais do circuito da perfusão ativa o
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sistema complemento, bem como a resposta inflamatória. Com o sistema complemento
ativado são liberadas as anafilatoxinas C3a e C5a que estimulam a produção de citocinas e
vários mediadores do processo inflamatório. Além disso, os leucócitos serão também
ativados pelo grande poder quimiotático dessas anafilatoxinas, com consequente
vasocontrição e aumento da permeabilidade vascular, gerando acúmulo de água no
interstício29, 38, 49.
Nesse processo também é ativado a coagulação sanguínea e aumento da adesão dos
neutrófilos às células endoteliais, sendo este um pré-requisito essencial a todos os processos
que conduzem à injúria tecidual10.
Assim, os neutrófilos são ativados e liberam substâncias que contribuem para a formação da
reação inflamatória generalizada. Durante a perfusão, os neutrófilos tendem a se acumular
nos pulmões, onde seus produtos tóxicos produzem aumento da permeabilidade vascular e
edema intersticial. Além disso, os demais leucócitos ativados liberam radicais livres de
oxigênio que em determinadas circunstâncias podem produzir oclusão microvascular30.
Essa cascata de reações inflamatórias constituem a Síndrome de Resposta Inflamatória
Sistêmica (SIRS) podendo ser manifestada em menor ou maior grau, sendo mais evidentes e
deletérias em idosos e neonatos17.
A SIRS também denominada de síndrome pós-perfusão, apresenta características clínicas
muito semelhantes ao choque séptico. Clinicamente a SIRS pós-CEC se caracteriza pelo
comprometimento das funções pulmonares, renais, cerebrais, cardíacas, presença de febre,
taquicardia, hipotensão arterial, leucocitose, coagulopatias, suscetibilidade às infecções,
alteração da permeabilidade vascular levando ao acúmulo de líquido intersticial,
vasoconstricção e hemólise35.
A frequência das manifestações clínicas de SRIS após a CEC varia entre 22% e 27,5%, ainda
que tenha sido avaliada por diferentes métodos15. Em um estudo de 1993 foi relatado a
incidência de 27,5% de SRIS em crianças no qual o critério diagnóstico utilizado foi adaptado
da definição de SRIS em pacientes clínicos41.
Em cirurgias de RM foi observado a SIRS como uma resposta protetora do organismo em
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torno de 11%, com uma alta taxa de mortalidade de 41%25.
Outro dado relevante, é que a CEC é seguida da Síndrome de Desconforto Respiratório Agudo
(SARA) com frequência de 0,4% em população adulta, sendo que há uma alta mortalidade
associada15, 28.
Segundo Torrati47 et al. (2012) a CEC produz uma resposta inflamatória sistêmica em razão
das alterações na permeabilidade vascular e à diminuição na pressão oncótica, com
liberação de substâncias que prejudicam a coagulação e a resposta imunológica, acarretando
algumas complicações no período pós-operatório imediato.
Em alguns pacientes, a resposta exacerbada do sistema de defesa do organismo ocorre
devido à liberação de substâncias com efeito vasodilatador, como a bradicinina, sendo que
sua ação paraliza a vasculatura arteriolar, complicando a saída da perfusão29. Devido seu
mecanismo vasoativo ocorre aumento da permeabilidade vascular e vasodilatação arteriolar,
favorecendo o extravasamento de líquidos para o interstício, sendo que a bradicinina
permanecerá elevada durante a CEC, pois seu sítio pulmonar de metabolização está excluído
do processo38.
Alguns pacientes podem desenvolver resistência à heparina ou ainda reações de
hipersensibilidade desencadeadas pelo complexo heparina-protamina, agravando as
respostas protetoras do sistema imunológico22.
Um estudo comparativo sobre a RM com e sem a CEC identificou uma resposta inflamatória,
através do aumento das concentrações da Proteína C Reativa (PCR) e fibrinogênio 24h após o
procedimento. Sendo que a RM com CEC apresentou evidências bioquímicas de um estado
pró-trombótico precoce após a cirurgia, porém, sem evidências do aumento do número de
eventos trombóticos. Este estado pró-trombótico pode ser consequência do circuito
extracorpóreo, resposta compensatória ao sangramento ou a ambos32.
Vale ressaltar que a resposta inflamatória desencadeada pela CEC é significativamente
menor quando o tempo de perfusão é inferior a 70 minutos52.
Alterações Renais
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A insuficiência renal no período pós CEC é um evento grave que está relacionado à elevada
taxa de mortalidade e morbidade. Apesar de toda evolução da tecnologia na circulação
extracorpórea, a insuficiência renal continua apresentando alta na incidência, sendo o
desenvolvimento dessa complicação complexo e multifatorial44.
Nos primeiros instantes da CEC é comum o quadro de hipotensão devido uma multiplicidade
de fatores como: a redução do fluxo de perfusão, a hemodiluição com redução da
viscosidade do sangue, e o aumento do vasodilatador bradicinina. Após este período, o
organismo começa uma resposta compensatória que, com frequência, resulta em
hipertensão. Assim, a vasoconstrição produzida pela hipotermia, a elevação da resistência
vascular sistêmica e a ausência de pulsatilidade na circulação contribuem para esta resposta
hipertensiva43.
Contudo, como consequência da vasoconstrição renal, ocorre uma redução do fluxo
sanguíneo renal, predispondo os rins à isquemia e injúria. Dessa forma, a energia disponível
para os mecanismos da atividade renal normal fica reduzida, inviabilizando as funções
reabsortivas e secretórias renais48.
Além disso, a hemodiluição com soluções cristalóides, quando em excesso, predispõe o
paciente a formação de edema, devido a redução da pressão coloido-osmótica do plasma,
diminuindo a reabsorção nos capilares peritubulares, o que resulta em uma diurese aquosa e
rica em eletrólitos, podendo culminar num desequilíbrio hidroeletrolítico39.
A hemólise ocasionada na CEC produz vasoconstrição pela liberação de produtos vasoativos
do interior das células e por ser uma molécula grande, a hemoglobina é filtrada com
dificuldade e pode se cristalizar nos túbulos renais, causando obstrução e necrose tubular34,
37.
Alguns outros fatores também são responsáveis pela produção de disfunção renal, como
doença renal pré-operatória, incluindo o emprego de agentes nefrotóxicos, isquemia renal,
vasoconstrição severa, hemodiluição extrema e hipotermia profunda44.
Em pacientes idosos o risco de desenvolver distúrbios de insuficiência renal aguda é mais
frequente, pois esse grupo de pacientes na maioria das vezes vem acompanhado de outrashttps://www.nucleodoconhecimento.com.br
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doenças como: diabetes, reserva renal marginal, doença vascular periférica, e febre
reumática. Então, para uma medida preventiva é importante adicionar manitol ao perfusato,
com o objetivo de proteger contra a injúria isquêmica do tecido renal47.
Contudo, há várias evidências de que os efeitos deletérios da circulação extracorpórea sobre
os rins, incluindo a produção de insuficiência renal aguda, estão relacionados ao tempo de
duração da perfusão. Isso foi comprovado no estudo de Taniguchi44 et al., (2007) que
identificou a influência negativa do tempo de CEC na função renal pelo aumento da
creatinina sérica, da variação da creatinina sérica e maior incidência de diálise em pacientes
com tempo de CEC maior que 90 minutos.
A insuficiência renal em cirurgia cardíaca tem uma incidência variando de 3,5% a 31,0%, com
elevação da taxa de mortalidade de 0,4% a 4,4% para 1,3% a 22,3%; sendo que a
necessidade de terapia dialítica acha-se presente em 0,3% a 15,0% dos casos, e nestes, a
taxa de mortalidade atinge 25,0% a 88,9%26.
As cirurgias cardíacas com o auxílio da CEC apresentam algumas implicações típicas, sendo
algumas maiores e mais prevalentes do que outras. Dentre elas está incluída a insuficiência
renal com o processo de evolução para a insuficiência renal aguda (IRA) que ocorre em
média de 7% a 30%. Acredita-se que fatores genéticos como aterosclerose, diabetes e até
mesmo hipertensão arterial sistêmica possam contribuir na disfunção renal logo no pós-
operatório46.
Alterações Pulmonares
Nos últimos anos, devido o avanço e a sofisticação dos equipamentos e das técnicas de
perfusão, houve uma redução das complicações pulmonares. Entretanto, ainda constituem a
causa mais significativa de morbidade no pós-operatório com evolução tão rápida que resiste
a todas as medidas terapêuticas39.
O paciente submetido a uma cirurgia do coração com CEC normalmente apresentará um
grau de disfunção pulmonar com diminuição da capacidade residual funcional dos pulmões.
Ocorre nos pulmões um aumento no extravasamento de água para o interstício causado
pelas células inflamatórias, com preenchimento alveolar, levando à inativação do surfactante
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e ao colapso de algumas regiões, e redução na capacidade pulmonar. Além disso, a
exposição à hipotermia durante a CEC também afeta a função pulmonar negativamente,
causando prejuízo para o endotélio pulmonar12.
Outro fator que contribui para a disfunção pulmonar pós CEC são as doses de anestésicos e
sedativos que comumente deprimem a ventilação pulmonar, reduzindo a capacidade residual
funcionar em torno de 20%5,40.
Assim, a fisiopatologia da disfunção pulmonar é multifatorial, ocorrendo a combinação
referente aos efeitos gerados pela anestesia, incisão cirúrgica, tempo de isquemia, trauma
cirúrgico na circulação extracorpórea, e ativação do sistema imunológico. Estes fatores
apresentam grande relevância sobre o aparecimento de complicações respiratórias no pós-
operatório de cirurgia cardíaca 4,21,33.
Várias complicações pulmonares surgem no pós-operatório de uma cirurgia cardíaca, dentre
elas destaca-se a atelectasia com média de incidência entre 60% a 90% dos casos, sendo um
número 6 vezes superior às cirurgias cardíacas sem CEC18, 33.
A atelectasia pulmonar é uma das principais causas de hipoxemia que ocorre no pós-
operatório com CEC, causando uma redução nas trocas gasosas e acarretando problemas
pulmonares como: compressão do parênquima pulmonar, a absorção do ar alveolar e
comprometimento da função surfactante5,42.
Dentre todos os órgãos afetados pelo o ato cirúrgico pós CEC, o pulmão tende a ser o mais
comprometido. Embora ocorram vários fatores associados ao aumento de água intersticial, o
mais importante é a deposição de neutrófilos na microcirculação pulmonar, principal local de
sequestração dos neutrófilos ativados. Essas células liberam enzimas lisossômicas e radicais
livres de oxigênio, ocasionando lesão endotelial direta e alterando a permeabilidade vascular,
com consequente acúmulo de água no interstício pulmonar38.
Estudos mostram a CEC como uma das principais causas para o prejuízo pulmonar devido ao
aumento da resistência da via aérea e possível aumento da disfunção diafragmática, sendo
que toda cirurgia cardíaca gera danos pulmonares, contudo na CEC é maior21.
Contudo, o estudo de Montes34 et al. (2004) relata que não houve diferença significativa da
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função pulmonar, 72 horas após a cirurgia, de pacientes operados com e sem CEC, sendo
que em ambos teve uma redução.
Muitos estudos revelam que o tempo de permanência em sala cirúrgica é maior nos
pacientes que utilizaram a CEC 22,28,43,53.. Sendo que alguns autores ainda afirmam que
os pacientes que utilizam a CEC criam maior dependência de ventilação mecânica no pós-
cirúrgico1,38. Entretanto, este assunto ainda é controverso, pois existem dados que mostram
não haver diferença significativa quando comparados grupos com e sem CEC. Da mesma
forma, alguns dados indicam não haver diferença na média de tempo para extubação entre
pacientes operados com e sem CEC 11,29.
Considerações Finais
Mesmo com a grande evolução da CEC ao longo de seus mais de 50 anos de história no
Brasil, ainda existem muitas implicações observadas ao uso desta técnica, que apesar de ser
a única forma de recurso operatório para muitos procedimentos cardíacos, pode repercutir
em severas complicações, sendo estas responsáveis pelo prolongamento do tempo de
internação com aumento dos custos hospitalares, além de importante causa de morbidade e
mortalidade.
Em cirurgias de grande porte como as cardíacas existe uma complexa inter-relação do
procedimento cirúrgico em si, da anestesia e da CEC (principalmente em relação ao tempo
de cirurgia), além de fatores relacionados ao paciente, sendo, portanto, questionável a
etiologia das alterações sistêmicas.
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[1] Aluna do Curso de Biomedicina
[2] Professora Mestre do Curso de Biomedicina
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