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Olá, 
Eu me chamo Adriana e irei orientá-lo(a) no desenvolvimento desse TCC! Buscarei de forma clara apontar os elementos que precisam ser revistos para enriquecer essa produção e a articulação das ideias apresentadas. Lembre-se sempre que as indicações buscam, portanto, contemplar elementos fundamentais em um trabalho acadêmico que são obrigatórios (normas ABNT, sustentação teórica, etc). 
Para otimizar a correção, segue a legenda das indicações realizadas:
Palavra: 	Palavras destacadas em verde – será preciso rever a ortografia (palavras escritas erradas). 
Trechos: 	Trechos destacados em azul – releia o trecho em questão e reescrevam. Esses destaques indicam que o texto foi encontrado em fontes da internet e precisa ser readaptado para ser aceito, ao lado estará escrita a fonte em rosa onde foi encontrada.
Trechos: 	Trechos destacados em taxado – são trechos que devem ser substituídos por trechos que estarão em vermelho logo após o destaque. 
Nomes: 	Os nomes marcados em vermelho no seu trabalho NÃO têm seus respectivos documentos listados nas referências, ou seja, você deverá inseri-los, de acordo com as normas ABNT.
Não há necessidade de marcar as suas alterações. Irei identificá-las durante a nova leitura.
Sinta-se livre para inserir qualquer comentário que achar pertinente, só marque com cor diferente para facilitar a localização.
Desejo-lhes um excelente trabalho!
Atenciosamente, 
Profª Adriana .
REVER CONFIGURAÇÃO DO TRABALHO
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
TECNOLOGIA E LETRAMENTO DIGITAL: UMA QUESTÃO PERTINENTE
CURITIBA/PR
2017
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
PAULO DONIZETE ESPERANELINO
TECNOLOGIA E LETRAMENTO DIGITAL: UMA QUESTÃO PERTINENTE
Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidação de competências, para obtenção de certificado de Especialização Lato Sensu, do curso de Formação Profissional Tecnológica, conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2, da LDB 9394/96
CURITIBA/PR
2017
RESUMO
A tecnologia está presente no cotidiano do cidadão comum em todos os setores. A educação faz parte da sociedade, portanto, a tecnologia faz parte dela também, principalmente com o advento da popularização da Internet no Brasil na primeira década do século XXI. Professores que já estavam no magistério há algumas décadas estão, algumas vezes, no mesmo patamar de conhecimento tecnológico dos alunos: o das redes sociais e dos sites de pesquisa. A formação continuada é parte do processo de construção do saber de todo ser humano, portanto, docentes e discentes estão juntos no novo aprendizado de como utilizar a tecnologia a favor da educação. Para que isso aconteça é necessário refletir sobre o letramento digital, que levará o professor e o aluno a pensarem no letramento nas diversas disciplinas escolares de forma completa e plena, construindo consciência de que é preciso modificar a sociedade quando esta não está a favor do homem e da mulher. 
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia. Educação. Letramento. Professores. Alunos. 
1. INTRODUÇÃO
TIRAR ESPAÇAMENTO DEPOIS EM TODO O TRABALHO. CONFIGUREI O PRIMEIRO PARÁGRAFO; UTILIZE-O COMO PADRÃO.
	Há várias formas de letramento, contudo e algumas ainda não atingiram os educadores. Essa afirmação pode parecer chocante, mas para quem leciona há décadas utilizando o giz, o quadro e uma cartilha em suas aulas, é difícil aceitar a tecnologia que invade esferas da sociedade, inclusive a escola. Mas é uma realidade da qual nenhum profissional da educação pode fugir: a tecnologia atinge os alunos desde a infância e só faz aumentar sua importância na vida dos adolescentes e jovens que precisam de comunicação e informações rápidas. 
	O Brasil foi dominado pela educação tradicional desde o período no qual os jesuítas eram responsáveis pelas únicas escolas na colônia portuguesa e o pensamento tradicional ainda perdura para alguns professores que se consideram os únicos transmissores de conhecimentos para alunos vazios, que precisam ser preenchidos como depositários. 
	O pensamento tradicional vê o fracasso escolar como responsabilidade do próprio aluno, pois a ele foram dadas as mesmas oportunidades que aos outros. Portanto, não se faz necessário o uso de tecnologia ou qualquer outra coisa que altere a metodologia utilizada. É uma apropriação da ideia de que basta ensinar, não importando se o ensinado vai aprender. 
	O século XX trouxe a Escola Nova e a utilização de metodologias diferenciadas da Escola tradicional. Novos livros eram utilizados em sala de aula, bem como o material lúdico. No final do mesmo século a Internet chegou à casa de alguns brasileiros, mas ainda era tímida a sua presença nas escolas. 
	O século XXI consolidou a popularização da Internet e atualmente até nos lares mais humildes é possível encontrar computadores, tablets, Iphones e demais celulares de última geração. 
	Nas escolas os alunos utilizam as redes sociais nos intervalos e até mesmo durante as aulas, uma questão cara aos educadores e gestores educacionais. É preciso pensar uma forma de utilizar a tecnologia a favor da educação e não permanecer numa eterna discussão sobre as formas de mantê-la afastada da sala de aula. Isso se chama Letramento Digital e, como dito no início dessa introdução, alguns professores também precisam dela, mas não só eles, pois os alunos podem usar as redes sociais e os sites de pesquisa, mas necessitam entender e conscientizarem do que é uma verdadeira pesquisa com fontes sérias e científicas, questão que vai além do “copiar e colar” que pode caracterizar o crime de plágio. 
	Portanto, é necessário pesquisar e escrever sobre a tecnologia em sala de aula no letramento do século XXI, pois a formação contínua faz parte da vida do educador e, mais do que nunca, da distinção entre uma alfabetização mecanizada e um letramento efetivo. 
2. O LETRAMENTO NO SÉCULO XXI
	O mundo evolui e os educadores evoluem com ele. Durante toda a história da humanidade inovações surgiram que colocaram os homens e mulheres inseridos no processo educacional em situações de mudança. 
	Sendo a tecnologia digital uma realidade entre os estudantes de todas as idades é extremante necessário que os professores, mesmo os mais resistentes, se adaptem a ela como uma ferramenta a favor da educação. 
	Uma fala disseminada em muitas reuniões entre professores é a de que “os alunos já conhecem e sabem tudo sobre Internet” CITAÇÃO?. A realidade, porém, mostra que mesmo conhecendo ferramentas de comunicação populares na rede mundial de computadores os estudantes têm dificuldades em fazer pesquisas e utilizar corretamente conteúdos encontrados em sites, blogs etc. 
	Essa dificuldade é filha do receio que os educadores têm em inserir a internet em sala de aula e, para que isso aconteça, é preciso investir em formação e torná-los letrados na área digital, para que possa utilizar a tecnologia como realidade palpável nas escolas brasileiras.
	A educação tradicional que está presente no Brasil desde os tempos jesuíticos acreditava que o professor era o único portador do conhecimento e, portanto, ao aluno restava ser o depositário do conhecimento acumulado. Os livros didáticos e literários eram fonte de conhecimento durante as aulas e os deveres de casa, além do giz e do quadro que servia para inúmeras cópias e atividades. 
	A educação tradicional ainda perdura em colégios de todo o país e também na formação e história acadêmica e profissional de inúmeros professores. Portanto, a resistência à tecnologia ainda é numerosa para um corpo docente acostumado a trabalhar apenas com sua voz e suas expressões. 
	Na educação tradicional os alunos eram considerados de forma homogênea e acreditava-se que a eles era oferecida a mesma chance de aprendizagem e, se esta não acontecia, era por pura responsabilidade do discente, não cabendo ao professor modificar sua metodologia ou utilizar tecnologias diferenciadas no processo de ensino e aprendizagem.
O caminho cultural em direção ao saber é o mesmo para todos os alunos, desde que se esforcem. Assim,os menos capazes devem lutar para superar as dificuldades e conquistar um lugar junto aos mais capazes. Caso não consigam, devem procurar um ensino mais profissionalizante (GÔNGORA, 1985, p. 23).
	Portanto, para a educação tradicional o professor não precisava se preocupar com o aprendizado dos alunos, mas apenas em ensinar, pois se os alunos não aprendessem, não havia o que fazer. Era a condenação do discente sem nenhuma forma de modificar a situação. 
	O século XX trouxe outras concepções escolares, por exemplo, a Escola Nova, que não depositava no aluno a culpa pelo fracasso escolar. A pedagogia escolanovista pregava que:
[...] a centralidade da criança nas relações de aprendizagem, o respeito às normas higiênicas na disciplinarização do corpo do aluno e de seus gestos, a cientificidade da escolarização de saberes e fazeres sociais e a exaltação do ato de observar, de intuir, na construção do conhecimento do aluno (VIDAL, 2003, p. 497).
	A Escola Nova colaborou para a mudança de metodologias em muitas salas de aula do Brasil, pois a tecnologia começou a ser usada, ainda de forma tímida, a partir de brinquedos e da ludicidade que o novo pensamento pregava.
	O século XXI trouxe a consolidação da importância do uso da tecnologia em sala de aula. Essa importância já fora iniciada no século XX com o trabalho de estudiosos que viam outras formas de educar além da tradicional, que havia sido perpetuada no Brasil desde o período jesuíta. 
	O próprio conceito de letramento superou a alfabetização mecanizada e não reflexiva e se tornou uma máxima entre os educadores. Pesquisas sobre o tema proliferam nas estantes das universidades, elas pretendem aproximar a educação escolar básica da educação superior, das salas das universidades e dos pesquisadores que produzem os estudos sobre a aprendizagem no Brasil.
	Viver no século XXI, portanto, é um desafio para professores que iniciaram sua vida acadêmica em décadas passadas e tinham como única ferramenta de apoio as cartilhas, algumas criticadas hoje por fugirem à realidade da escola e apresentarem aos alunos um mundo muito diferente do seu. O processo de adaptação para esses professores ainda está acontecendo e muitos apresentam resistência quanto ao uso de tecnologias em sala de aula. 
	Sendo simpáticos ou não a tecnologia é impossível viver sem ela não apenas na escola, mas também no cotidiano, pois os bancos estão adaptados ao processo de desenvolvimento tecnológico, assim como Shoppings, restaurantes, estádios de futebol, empresas etc. A escola, por vezes, ainda resiste ao processo de desenvolvimento tecnológico, confundido por alguns educadores com o prazer que os alunos apresentam ao digitarem mensagens em celulares ou pesquisar trabalhos prontos na Internet. 
	A educação é parte da sociedade, portanto, é imprescindível que acompanhe as mudanças desta. É difícil imaginar uma sala de aula na qual o educador utilize apenas o quadro e um giz para ensinar, ou mesmo a velha cartilha que serviu para a alfabetização de alunos há trinta anos. 
	Mesmo em sociedades agrícolas, distantes da cidade grande, é possível encontrar alunos que têm acesso à tecnologia de várias formas: a smart TV, o Iphone, as redes sociais, os sites de pesquisa como Google, por exemplo. Como fugir da tecnologia no letramento se os alunos já são, diversas vezes, letrados nas ferramentas que ela oferece?
	
A experiência da televisão mostra como essa tecnologia demorou várias décadas para ocupar grande parte da vida e do tempo de milhões de espectadores. Entretanto, no âmbito interativo, o mesmo fenômeno está ocorrendo a uma velocidade vertiginosa. Os dados confirmam que, cada vez mais, diminui a idade de acesso às telas. Na amostragem mencionada, quase seis de cada dez jovens afirmam ter adquirido seu celular antes dos 12 anos (BERTOCCHI; ANTONIO et al, 2013, p. 16).
	Dentro de um tablet, um notebook, um Iphone o aluno e o professor podem guardar uma biblioteca inteira com livros de literatura brasileira, estrangeira, técnica, além de dicionários e livros didáticos. Os meios que a Internet oferece não estão restritos, dessa forma, ao lazer, mas podem auxiliar o docente e o discente no trabalho educativo e no desenvolvimento do homem e da mulher na sociedade. 
	Mas diante desse quadro da tecnologia presente na vida dos alunos e em seu cotidiano podemos concluir que a escola brasileira está preparada para receber alunos conectados vinte e quatro horas por dia em um celular? A resposta é muito difícil e subjetiva, pois depende da escola que se quer para esse aluno e também da visão do professor sobre o uso da tecnologia no letramento e em demais esferas educativas. 
Vivemos a era das linguagens líquidas. Por isso temos insistido em passar do letramento para os multiletramentos e em enxergar o aluno em sala de aula como o nativo digital que é: um construtor- -colaborador de criações conjugadas na era das linguagens líquidas. É preciso que a escola se apresse a preparar os estudantes para um funcionamento da sociedade cada vez mais digital e também para buscar no ciberespaço um lugar para se encontrar, de maneira crítica, com diferenças e identidades múltiplas (NETO, 2013, p.10).
	É difícil discutir as tecnologias em sala de aula se a visão de escola que o professor tem é a da alfabetização mecanizada que prepara o aluno para decodificar apenas textos simples e fazer as quatro operações básicas da matemática. Portanto, a questão da tecnologia em sala de aula não é uma questão humana também. 
	Não é fácil adaptar as escolas ao ritmo “frenético” das crianças, adolescentes e jovens que precisam de informações de forma líquida, cada vez mais rápida, em outras palavras, que precisam de multiletramentos, alunos para os quais já não basta o quadro-negro e o giz. 
	É pertinente pensar que nem todos os alunos que usam a tecnologia têm conhecimento suficiente para pesquisar e utilizá-la como instrumento educacional. O professor está preparado para ensiná-lo? 
Para que a pesquisa na internet faça parte do processo de apropriação do conhecimento pelo aluno, evitando-se o famoso “copiar e colar”, é importante adotar uma metodologia focada no desenvolvimento de habilidades para identificar e selecionar informações relevantes. Essas habilidades envolvem diversos recursos cognitivos, tais como o levantamento de hipóteses, a análise, a comparação e a síntese, e pressupõem a leitura de textos não lineares, como os hipertextos, além da alfabetização nos códigos das linguagens do ambiente hipermídia (BERTOCCHI, ANTONIO et al, 2013, p. 64).
	Para que a pesquisa na Internet seja válida é importante que o aluno conheça o que está pesquisando, tenha consciência de que, para aprender, não basta apenas “copiar e colar”, além de que, é importante saber a fonte na qual se pesquisa, fugindo de Blogs sem procedência científica ou mesmo de postagens em redes sociais e, principalmente, saiba agir com ética evitando o plágio, a utilização de textos sem referências que pode caracterizar crime perante a lei. 
	O professor, por vezes ainda não letrado na tecnologia, também acredita que basta “copiar e colar” para preparar uma boa aula, trabalhando com textos de conhecimento público da rede de computadores ou mesmo com textos científicos sem referências. Essa posição do docente não é ética e pode influenciar o aluno em suas concepções do que é uma pesquisa. 
Ao planejar suas aulas, o professor, como mediador, precisa considerar as características particulares da leitura e da escrita na internet. Para que seu trabalho de mediação seja bem-sucedido, é importante que o professor também seja um leitor/autor familiarizado com o mundo digital. Se ele estiver acostumado apenas a ler na mídia impressa, terá dificuldade em entender o hipertexto e, consequentemente, em ajudar o aluno a se apropriar das possibilidades desse tipo de leitura. Se ele estiver habituado a escrever apenas no papel, não saberá utilizar os recursos disponíveis nos processadores de texto e na busca por informações on-line, que podem e devem sustentar o conteúdodas produções escritas (BERTOCCHI, ANTONIO et al, 2013, p. 71).
	Diferente das crianças que nascem já inseridas nesse meio tecnológico, as gerações anteriores a essa popularização da rede de computadores busca ainda se adaptar e ser letrada nas questões relacionadas à Internet. Portanto, é comum que as falhas dos nossos alunos e suas pesquisas sem discernimento sejam fruto das nossas próprias dificuldades em trabalhar a tecnologia em sala de aula: a nossa dificuldade em a eles o letramento digital quando nós mesmos ainda lutamos para adquiri-lo. 
	Trabalhar como educador tem uma carga social muito grande que, através dos tempos mantêm-se viva, apesar de todas as inovações que muitas vezes quiseram “eliminar” a figura do professor como necessária ao processo de ensino-aprendizagem. Como ser essencial nesse processo é preciso saber conviver e inserir em sala de aula as mudanças que ocorrem na sociedade. Nem todas são fáceis, durante toda a história da humanidade homens e mulheres lutam ara se adaptar ao progresso, pois no momento em que surgem, as inovações parecem distantes e indiferentes à nossa realidade cotidiana. Um exemplo ligado à educação:
Diferente do que à primeira vista se poderia supor, a invenção do papel não foi muito bem recebida na Europa, fato que, aliás, explica a lentidão, medida a séculos, de sua passagem de um país europeu a outro. Apesar de o papiro andar desaparecido desde o século VIII e de o pergaminho ser escasso, os europeus armaram-se de variados preconceitos contra o papel (COSTELLA, 1984, p. 32).
	É difícil para a geração que não nasceu inserida no mundo tecnológico aceitar a utilização de celulares e afins como meios educacionais, mas a vida do professor é um eterno aprendizado, portanto, se faz necessário aprender a lidar com o que a tecnologia oferece de proveitoso para a preparação das aulas e demais atividades do processo educacional. Sem contar que as gerações atuais olham para seus professores tradicionais com esse mesmo olhar estupefato de quem não consegue enfrentar o que é diferente de seu cotidiano. 
	Ao invés de brigar com o que é novo, o professor precisa utilizá-lo em sua vida profissional como um fator positivo, a favor da melhoria da educação no Brasil, pois mudanças fazem parte da vida do ser humano.
2.1. Educadores adaptando-se ao letramento digital e incorporando a tecnologia à sala de aula
	A história do desenvolvimento tecnológico surpreendendo educadores não é nova, pois o próprio surgimento da imprensa no século XVII foi um grande marco para os cidadãos por proporcionar a reprodução mais rápida da escrita. A Revolução Francesa iniciada em 1789 trouxe a popularização do folhetim, forma de literatura que buscava publicar um capítulo por dia de romances famosos em cada edição dos jornais, o que representou uma popularização da escrita literárias, antes restrita apenas às camadas nobres da sociedade. Portanto, a tecnologia abre espaço para novos educandos e abrange maior parcela da população.
Após 46 anos desde sua invenção, a eletricidade (1873) passou a ser utilizada por 50 milhões de usuários em todo o mundo. O automóvel foi criado em 1886 e somente 35 anos depois atingiu essa marca. O mesmo com o telefone (1876): foram mais de três décadas para se disseminar. O rádio (1906), 22. A televisão (1926), 26. O forno de micro- -ondas (1953), 30. O microcomputador (1975), 16 e o celular (1983), 13 anos. A internet alcançou esse número em apenas quatro anos, entre 1995 e 1999, que marcou seu período mais comercial. Em março de 2002, éramos 561 milhões de pessoas plugadas à rede mundial de computadores. De acordo com cálculos do Instituto do Futuro, na Califórnia (EUA), uma inovação tecnológica leva, em média, 30 anos para ser realmente absorvida pela sociedade. O que essas informações nos dizem objetivamente? Primeiro, que a profunda diferença entre a internet e as outras descobertas e invenções humanas foi o período de tempo necessário para entrar na vida de milhões de pessoas. Insignificante. Segundo, que ainda vivemos um estágio de absorção dessa tecnologia. O que nos leva a crer que, independente dessa rápida disseminação, a internet está hoje, sob uma perspectiva histórica, em uma fase de desenvolvimento embrionário (BERTOCCHI; ANTONIO et al, 2013, p. 76).
	A Internet está intimamente ligada à velocidade e ao tempo. Quem busca a rede mundial de computadores busca a rapidez, as mensagens instantâneas, as informações em tempo real. A comunicação imediata. Embora a disseminação dela seja mais rápida que a de outros inventos, como a televisão e o rádio, por exemplo, é certo que envolve uma abrangência de características que a tornam inovadora a cada dia, com o surgimento de novas possibilidades de comunicação, de pesquisa e, temos ainda que considerar, o advento da educação à distância que, embora tenha surgido há alguns séculos utilizando tecnologias já ultrapassadas na atualidade, inegavelmente ganharam popularidade junto com os computadores e o acesso mais fácil a eles. 
	Os cursos à distância se tornaram muito comuns, principalmente no âmbito da educação superior, a partir do advento da Internet que proporciona a possibilidade das plataformas virtuais, por exemplo. Em algumas plataformas virtuais é possível assistir aulas ao vivo com professores especializados, ou mesmo gravadas para que o aluno assista no momento em que achar mais pertinente. 
	Outras plataformas virtuais oferecem os textos a serem estudados em formado PDF ou mesmo e-book para que o estudante não perca e o curso não seja barateado. Diversos educadores consideram a Educação à distância como uma forma de inclusão, pois ela possibilita flexibilidade de horários e locais de estudo, auxiliando trabalhadores que não conseguiram se adequar a educação presencial e pessoas que buscam a graduação em idade avançada. 
	Desde o início da Educação à distância ela ganhou status de inclusiva, pois mulheres possibilitadas de estudar em instituições regulares em épocas remotas podiam instruir-se a partir do rádio, das correspondências por cartas, ou mesmo das apostilas enviadas pelas escolas. Cursos de alfabetização para adultos, de magistério e tecnólogos eram fontes de procura dos estudantes da Educação à distância nos primeiros tempos de surgimento desta. 
O crescimento do mercado de educação a distância (EaD) é explosivo no Brasil e no Mundo. Dados estão disponíveis por toda parte: cresce exponencialmente o número de instituições que oferecem algum tipo de curso a distância, o número de cursos e disciplinas ofertadas, de alunos matriculados, de professores que desenvolvem conteúdos e passam a ministrar aulas a distância, de empresas fornecedoras de serviços e insumos para o mercado, de artigos e publicações sobre EaD, crescem as tecnologias disponíveis, e assim por diante (MAIA E MATTAR, 2007, p.13).
	Para que o professor consiga utilizar-se da tecnologia em sala de aula não basta que o governo insira computadores em salas específicas em escolas ou mesmo ofereça tablets a docentes e discentes. É preciso preparar ambos para o uso desta na educação, além de conscientizar sobre a importância da tecnologia para o desenvolvimento do processo educacional. É preciso investir na formação humana para que a formação tecnológica ganhe corpo e se torne uma realidade na educação brasileira. 
	A formação do professor nos cursos de licenciatura, as formações continuadas, especializações etc., precisam incorporar a idéia de que os professores precisam do letramento digital, pois sem a formação necessária não poderão disseminar a tecnologia em sala de aula e ela se tornará apenas mais uma dificuldade a ser enfrentada entre tantas que os profissionais da educação já enfrentam no cotidiano escolar. 
[...] há de se dedicar tempo, investir em formação e respeitar a trajetória de cada um que, nesse caso, é muito particular. Diz um ditado popular que o tempo muda as coisas, mas ele também afirma que, na realidade, quem tem de mudá-las é cada um de nós, com o tempo (BERTOCCHI, ANTONIO et al, 2013, p. 77).Portanto, o processo de inserir a tecnologia nos meios educacionais não pode acontecer de forma mecânica, tem que haver preparo para os docentes e também preocupação com questões logísticas, como a capacidade do ambiente escolar receber computadores em salas específicas, ou mesmo que todos os alunos tenham acesso aos celulares ou até tablets. 
	Quando a formação dos professores nesse âmbito digital estiver concluída, a relação docente/discente poderá ser desenvolvida em várias questões, entre elas na relação de dicotomia que existe ao propor uma pesquisa, uma atividade, uma nova forma de aprender e de ensinar. 
A relação professor-aluno é horizontal, recíproca e dialética – ambos são pesquisadores. O professor ouve, observa, reflete, problematiza os conteúdos e propõe atividades e situações-problema, responde às perguntas, analisa os “erros”, formula e sistematiza hipóteses. Ele faz a mediação entre o texto, aquele que o produz e o contexto, ao mesmo tempo em que estimula a interação e o diálogo que levam à produção do conhecimento (BOLZAN, 1998, p. 13).
	
	Todo docente deve estar aberto a aprender enquanto ensina. O letramento digital é o maior exemplo disso, pois para levar aos alunos a tecnologia como uma ferramenta de aprendizagem, eles precisam interar-se dela, fazendo com que ela se torne uma realidade palpável em sala de aula. 
	É importante que a educação use todas as ferramentas cabíveis a seu favor. A ferramenta de maior expansão atualmente é a tecnologia, particularmente a Internet. Os alunos de diversas idades têm acesso muitas vezes a uma tecnologia que está longe da sala de aula e, os professores, com a crença de que eles já “sabem tudo” sobre o mundo tecnológico não procuram utilizá-lo na escola.
	Falta, na maioria das vezes, letramento digital aos educadores, filhos de uma Era na qual as únicas ferramentas em sala de aula eram o quadro-negro e o giz. A questão não é tão simples, não basta entregar aos professores e alunos tablets, notebooks e outros meios para navegar na internet; é preciso que o letramento no século XXI tenha características diferenciadas, para que a tecnologia não seja apenas uma ilustração do que poderia ser feito em sala de aula e também para que, além da tecnologia, a metodologia seja modificada incorporando novas formas de ensinar e aprender. 
	Marcelo Piragibe, economista e mestre em Gestão Empresarial, apresenta algumas colocações sobre o letramento digital para os professores em uma entrevista ao site Gazeta do Povo no dia vinte e sete de setembro de 2011. Para ele o letramento digital:
É a capacidade que os docentes devem desenvolver para compreender a possibilidade de utilização de todos os recursos tecnológicos gerando interação e humanização na pedagogia, andragogia, que lida com o aluno mais maduro, e eutagogia, ligado ao ensino a distância e outros métodos em que os alunos aprendem por si só. Letramento é utilizar esse conhecimento para fazer com que o aluno se desenvolva e possa gerar pesquisa e níveis de reflexão mais amplos com a possibilidade do aprendizado multinível, usado nos diversos níveis de tecnologia existentes dentro e fora de sala (PIRAGIBE, Gazeta do Povo, 2011).
	O século XXI apresenta inúmeros desafios, cabe aos profissionais da educação adequar-se a eles e o letramento digital faz com que o professor precise voltar aos bancos escolares e às pesquisas, aprendendo, inúmeras vezes junto aos alunos, como levar a tecnologia à sala de aula. É um processo contínuo que ainda se estabiliza na escola brasileira. 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A educação acompanha as mudanças da sociedade. É uma máxima que não é fácil de realizar-se verdadeiramente nas escolas no Brasil. A precariedade das instituições educacionais brasileiras é um dos grandes problemas para que a tecnologia se torne presente nelas, pois, embora os computadores e a Internet tenham surgido em alguns lares brasileiros no século XX, foi só na primeira década do século XXI que eles começaram a se tornar presentes na escola e, ainda assim, de forma tímida. 
	A popularização dos celulares multimídia consolidou a tecnologia, pelo menos informalmente, nos corredores das escolas. Os alunos sabem utilizar redes sociais, sites de pesquisa e de informações, mas ainda precisam aprender a pesquisar sem plágio e utilizar e-books, por exemplo.
	Os professores, muitos vindos de outras décadas de magistério, algumas vezes buscam lutar contra o uso da tecnologia por meio dos alunos, um processo desgastante e corrosivo, já que é impossível impedir sua presença entre as crianças, jovens e adolescentes. Portanto, o letramento digital se faz necessário para docentes e discentes. 
	A tecnologia não deve ser combatida como uma “vilã” para a educação, pois, mesmo que antigo, o advento da popularização da Educação à distância se deu em grande parte por meio da Internet que proporciona a flexibilidade de horários de estudo e a proximidade com o material a ser estudado. É uma forma de inclusão de alunos que não teriam condições de frequentar a educação regular presencial. Portanto, a tecnologia pode aproximar os alunos da escola e não excluí-los. 
	O docente, ao abrir-se à tecnologia em sala de aula, assume que é um homem ou uma mulher de seu tempo, aceitando as mudanças e assimilando-as de forma positiva ao seu trabalho. 
	Durante toda a história grandes mudanças celebraram melhoras para a educação, como exemplo a abertura da escola para as camadas menos favorecidas da sociedade e também para minorias, como mulheres e pessoas com deficiências de aprendizagem. O advento da tecnologia está a favor da educação e da inclusão e celebra uma grande mudança que o século XXI trouxe para a escola.
	Usar o celular, por exemplo, numa aula de língua estrangeira, pode facilitar e ajudar na oralidade e pronuncia de palavras, já que alguns sites disponibilizam ferramentas para isso; também pode auxiliar em aulas de arte, na pesquisa de imagens de obras famosas ou mesmo em biografias encontradas em páginas de museus e pinacotecas. Para uma aula de geografia os estudantes podem acessar a ferramenta GOOGLE MAPS e visualizar o conteúdo estudado. São alguns exemplos de como o celular, talvez o aparelho tecnológico de maior presença na vida dos alunos, pode ser usado a favor da educação e não contra ela. 
	Portanto, a escola continuará se adequando à tecnologia e, para que isso aconteça, é preciso investir no aprendizado dos docentes e discentes, pois, o ser humano deve saber utilizá-la a seu favor no processo de ensino e aprendizagem. 
	
REFERÊNCIAS	
BERTOCCHI, Sônia; ANTÔNIO, José Carlos, et. al. (org.). Novos modos de aprender e ensinar. São Paulo: Fundação Telefônica, 2013.
BOLZAN, R. F. F. A. O conhecimento tecnológico e o paradigma educacional. 1998. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1998.
COSTELLA, Antônio. Comunicação – do grito ao satélite. São Paulo: Mantiqueira, 1984.
GÔNGORA Francisco Carlos, Tendências Pedagógicas na Pratica Escolar, Edições Loyola. São Paulo. 1985.
MAIA, C. e MATTAR, J. ABC da EaD: educação a distância hoje. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
NETO, Tanzi Adolfo; ROJO, Roxane (org.). Escol@ conect@d@: os multiletramentos e as TICs. - 1. ed. - São Paulo : Parábola, 2013.
VIDAL, Diana Gonçalves. Escola Nova e processo educativo. In: LOPES, Eliane Marta, FIGUEIREDO, Luciano e GREIVAS, Cynthia (orgs.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 3ª. Ed., 2003.
Site:
http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/letramento-digital-e-necessario-para-alunos-e-professores-chu3qblpvqq7788gdvn9viyq6 - acesso no dia 06 de Julho de 2017.

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