Cigarrinha-das-pastagens - apresentação

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DISCENTE: KAUÊ BOESING BEZERRA DO NASCIMENTO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE AGRONOMIA E ZOOTECNIA
DISCIPLINA DE FORRAGICULTURA 
DOCENTE: DANIEL DE PAULA
Cigarrinha-das-pastagens 
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Qual o retrato da pecuária de corte brasileira atualmente..?
Fonte: Sistema Famasul
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“Trata-se de um problema entomológico complexo.”
Fonte: BeefPoint
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cigarrinha-das-pastagens
Incluem um complexo de espécies pertencentes à ordem Hemiptera, subordem Auchenorrhyncha e família Cercopidae
Esses insetos recebem, dependendo do país, diferentes denominações, que incluem: spittlebugs, froghoppers, salivazo, mión de los pastos, candelilla, baba de culebra, salivita, chicharrita de los pastos e mosca-pinta.
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Froghopper= saltador;
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Espécies associadas as pastagens 
Deois incompleta (Walker)
Notozulia entreriana (Berg)
Deois schach (Fabricius)
Aeneolamia selecta (Walker)
Deois flavopicta (Stal)
N. entreriana
Encontradas na região Nordeste
Predominam nos Estados do Brasil Central, norte do Paraná e na região Leste
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Pragas importantes também em pastagens
Maharnava posticata
Mahanarva fimbriolata
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Notozulia entreriana
7,6 mm
3,4 mm
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Coloração geral negra brilhante, com manchas creme, ou amareladas. Cabeça, pronoto e escutelo, negros brilhantes. Tégminas de coloração muito variável, aparecendo coloridas em maior grau nas fêmeas.
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Deois flavopicta
9,8 mm
4,4 mm
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O inseto apresenta coloração preta com duas faixas transversais amarelas nas asas. O abdômen e as pernas são vermelhos.
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Deois incompleta 
8,2 mm
3,6 mm
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Coloração geral castanha ou castanho-escura com manchas esbranquiçadas nas tégminas. Cabeça, pronoto e escutelo, castanhos, mais escuros que as tégminas.
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Deios schach
9,2 mm
4,1 mm
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O inseto apresenta coloração preto-esverdeado com uma faixa transversal de cor alaranjada no terço da asa. O abdômen e pernas são vermelhos.
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Mahanarva fimbriolata
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Figura 5.1. Macho (a) e fêmea (b), ambos da espécie M. fimbriolata.
Fonte: USP
a.
b.
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O inseto apresenta coloração avermelhada nos machos e marrom avermelhado nas fêmeas. Esta espécie se tornou uma importante praga em canaviais e atualmente é uma ameaça às pastagens, segundo Valério (2009).
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Ciclo biológico das cigarrinhas
Tipo de desenvolvimento
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*Hemimetabolia. Nesse caso, a ninfa já apresenta semelhança com a cigarrinha adulta, diferindo no tamanho e na ausência de asas. A metamorfose para esse grupo de insetos, portanto, é apenas PARCIAL ou também referida como INCOMPLETA.
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Ciclo biológico das cigarrinhas
Tipo de desenvolvimento
Fase de ovo
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*Postura ao nível do solo ou sobre restos vegetais; Alongado = grão de arroz; Coloração amarelo-pálida; Surgimento do opérculo (fenda por onde eclode a ninfa); Quantidade de ~ 100 ovos; Período mínimo de incubação de 14 dias;
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*Postura ao nível do solo ou sobre restos vegetais; Alongado = grão de arroz; Coloração amarelo-pálida; Surgimento do opérculo (fenda por onde eclode a ninfa); Quantidade de ~ 100 ovos; Período mínimo de incubação de 14 dias;
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Ciclo biológico das cigarrinhas
Tipo de desenvolvimento
Fase de ovo
Ninfa
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Fase característica, evidenciando algo próprio da família dos cercopídeos;
Produzem e Vivem dentro de uma massa de espuma. PROTEÇÃO contra perca de umidade e inimigos naturais;
Relacionada com a grande quantidade de LÍQUIDO EXCRETADO pelas cigarrinhas;
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Figura 7.1. Ninfas da cigarrinha-das-pastagens.
Fonte: Agromove
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Sugam seiva bruta do xilema, que contém nutrientes em baixas conc.
Câmara filtro
Expansão e contração do abdomen – liberação de bolhas de ar junto ao liquido; (glândulas de Batelli e tubos de Malpighi)
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Duração: de acordo com a espécie e as condições climáticas;
5 instares – (troca de pele); ~24 dias para N. entreriana;
A produção de espuma é interrompida antecedendo a última troca de pele (ecdise)
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Ciclo biológico das cigarrinhas
Tipo de desenvolvimento
Fase de ovo
Ninfa
Adulto
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O adulto da cigarrinha típica de pastagem explora a parte aérea da planta hospedeira;
Possui voos curtos, encontra-se em um raio de 100m do local da eclosão;
Ausência de migração, a não ser que plantas hospedeiras sejam cortadas ou tornavam-se menos suculentas.
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Figura 8.1. Adulto da cigarrinha-das-pastagens, Deois flavopicta. 
Fonte: Nascimento, K.B.B.
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Alimentação: Folha e colmo, sendo que em 80% dos casos, isso se deu na lâmina foliar, predominantemente (75%) na face superior da folha;
Posição: Terço apical da planta nas horas de menor incidencia lumisona, e nos terços medios e bassais entre 9h e 13h;
Longevidade média de 10 (DEZ) dias;
Número de gerações é em função da duração do período chuvoso;
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Ciclo biológico das cigarrinhas
Tipo de desenvolvimento
Fase de ovo
Ninfa
Adulto
Ocorrência 
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Regiões altamente estacionais, com períodos bem definidos (restringe-se a época das águas);
Época da seca – permanecem no solo na forma de ovo, estes denominados de diapáusicos ou quiescentes. (Baixo nível de UMIDADE);
Ovo – ovo: ~50 dias (período de incubação: 17 dias; período ninfal: 30 dias; e pré-oviposição: três dias).
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Ciclo biológico das cigarrinhas
Tipo de desenvolvimento
Fase de ovo
Ninfa
Adulto
Ocorrência 
Danos
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São ressultantes da sucção da seiva, principalmente do xilema, bem como da injeção de secreções salivares no tecido vegetal.
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Mandíbulas modificadas (com pontas serrilhadas) par externo;
Maxilas modificadas (antecedem e facilitam a penetração) par interno – ACOPLAM-SE, originando os canais;
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Valério et al. (1989), após observações realizadas com adultos da cigarrinha N. entreriana em B. decumbens, constataram dois tipos de substâncias salivares introduzidas pela cigarrinha: 
		1ª - Aquelas que se coagulam no interior dos tecidos da folha, resultado da formação da bainha salivar durante a introdução dos estiletes (possivelmente desorganizando o transporte da seiva);
		2ª - As solúveis, que se translocam nas folhas, predominantemente no sentido apical.
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À reação da planta aos compostos salivares introduzidos pelo adulto da cigarrinha, denomina-se FITOTOXEMIA
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*As dimensões são função da duração do período de alimentação e grau de suscetibilidade da planta;
Byers e Wells (1966), com P. bicincta, a expressão plena dos sintomas se deu após 14 dias, enquanto que com N. entreriana, segundo Valério e Nakano (1992), isso se deu após 23 dias. 
Estes, constataram que os percentuais de redução na produção de matéria seca variaram inversamente aos teores de umidade do solo. Concluíram que a severidade dos danos é maior nos casos de deficiência hídrica;
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As cigarrinhas e o processo de degradação das pastagens
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Figura 11. “Modelo iceberg”
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Alternativas de controle
Resistência de gramíneas forrageiras às cigarrinhas-das-pastagens
B. brizantha cv. Marandu;
B. brizantha cv. Piatã
Andropogon gayanus cv. Planaltina
Panicum maximum cv. Tanzânia
P. maximum cv. Mombaça
P. spp. cv. Massai, bem como o híbrido de braquiaria, denominado Mulato II.
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Suscetíveis: Setaria, Cynodon, Hyparrhenia, Digitaria e Melinis. Entre as braquiárias, B. decumbens cv. Basilisk e B. ruziziensis;
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Práticas culturais
		De acordo com Suber et al. (1985), as populações de cigarrinhas tendem a aumentar em pastagens viçosas e subutilizadas.
		Nesse contexto, Byers (1965) menciona que a eliminação do ambiente úmido, onde a ninfa sobrevive, contribui para a redução dos níveis populacionais.
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Fonte: Koller (1988)
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Figura 12. Pastagem de tifton atacada por cigarrinha-das-pastagens
Fonte: Rehagro
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Subdivisão de pastos, controlando a pressão de pastejo;
Recomenda-se que pastagens de capinssuscetíveis sejam rebaixadas, sem sobra de matéria senescente durante o período de maior concentração de postura de ovos em diapausa (março/abril).;
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Outros medidas
Correção do pH e adubação de pastagens;
Consorciação de gramíneas x leguminosas;
Sementes forrageiras;
Uso do fogo?;
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Manter as plantas vigorosas e resistêntes;
Quando as leguminosas são plantadas em faixas, essas atuam como barreira na dispersão dos adultos, redução do substrato livre;
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Monitoramento da ninfas à campo, recomenda-se, o controle somente após a constatação da existência de 20 a 25 ninfas de últimos instares (quase adultos)/m²;
	*OBS: Jamais utilizar inseticidas após a constatação do amarelecimento, pois a expressão dos sintomas se dá cerca de três semanas após o ataque das cigarrinhas adultas, período no qual os insetos responsáveis pelo dano já completaram seu ciclo;
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Controle químico
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Controle químico
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Tomada de decisão?
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Tabela 2. Tomada de decisões para controle da cigarrinha-das-pastagens.
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**O Professor Luís Cláudio Paterno Silveira da Universidade Federal de Lavras (UFLA), recomenda realizar o monitoramento a partir da tabela a seguir.
Em pastagens, a amostragem deve ser realizada semanalmente ou quinzenalmente. Para levantamento dos adultos a amostragem deve ser realizada por uma rede-entomológica através de dez “redadas” em forma de zig-zag, segundo Valério (2005). O monitoramento de ninfas pode ser realizado demarcando 5 pontos de 1m² no pasto e fazer a contagem do número de espumas, ambas coletas devem ser realizadas a cada 1ha.
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Controle biológico
Metarhizium anisopliae;
Salpingogaster nigra e Salpingogaster pygophora;(larvas de moscas);
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1. A efetividade do fungo depende dos fatores ambientais: temperatura e UR;
2. Larvas das moscas - penetrando a massa espumosa para se alimentarem das ninfas;
3. Em canaviais
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Referências 
https://agrogeoambiental.ifsuldeminas.edu.br/index.php/Agrogeoambiental/article/view/790/pdf_51 (acessado em 11/08/2019 as 20:30);
https://blog.agromove.com.br/cigarrinha-das-pastagens/amp/ (acessado em 11/08/2019 as 19:00);
https://rehagro.com.br/blog/cigarrinhas-das-pastagens/ (acessado em 11/08/2019 as 21:15);
https://pt.engormix.com/pecuaria-corte/artigos/cigarrinhas-pastagens-t37523.htm (acessado em 12/08/2019 as 12:20);
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/853370/cigarrinhas-das-pastagens (acessado em 12/08/2019 as 18:45);
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Obrigado!!
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 Kauê Nascimento
(65)99994-5591
naskaue@gmail.com
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