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FERTILIDADE DO SOLO, 
MECANIZAÇÃO E PLANTAS 
INVASORAS 
PROFESSORA: 
Priscila S. da C. Oliveira 
Mestra em Ciencia e Tecnologia de 
Alimentos 
EngªAgrônoma /Tec. em Agronegócio 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, 
MECANIZAÇÃO E PLANTAS 
INVASORAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Fertilidade do solo.............................................................................................4 a 18 
Mecanização ....................................................................................................19 a 53 
Plantas invasoras e controle (Material complementar)........................................54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO 
 
 
“..do solo dependem as plantas, a água, o clima. Tudo está interligado. Não existe 
ser humano sadio se o solo não for sadio e as plantas bem nutridas.” 
Ana Maria Primavesi
 
 INTRODUÇÃO A FERTILIDADE DO SOLO E IMPORTÂNCIA PARA AS 
PLANTAS 
 
A fertilidade do solo mede a capacidade do solo de sustentar a vegetação. Por 
isso, ela depende do pH, da presença e quantidade de minerais, e, principalmente, da 
presença e quantidade de vida microbiana (húmus). Um solo rico é aquele que 
apresenta o grupo certo de minerais e água para determinados tipos de plantas. 
 
Figura 1. Fertilidade do solo. 
 
Um solo fértil é um solo com grande capacidade de fornecer nutrientes para a 
planta. Em geral, os solos brasileiros são pobres em nutrientes e ácidos (70% dos 
solos cultivados tem limitação séria de fertilidade), sendo, portanto, geralmente 
necessário à aplicação de corretivos e fertilizantes, tomando o cuidado para que sejam 
aplicados na dosagem correta. Para alcançar o máximo de fertilidade é preciso 
conhecer o solo da propriedade, peculiaridades e características para que o manejo 
seja muito bem feito e que os resultados na lavoura sejam fantásticos. 
 
Alguns pontos são importantes e determinantes para a fertilidade do solo: 
 17 elementos químicos são necessários para a nutrição das plantas, sendo 14 
deles fornecidos pelo solo (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, 
enxofre, boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, níquel e zinco) e três 
fornecidos pela água ou do ar (carbono, hidrogênio e o oxigênio). O primeiro 
papel do solo é de fornecedor esses elementos químicos essenciais para que 
a planta se desenvolva. 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 A água é o principal fator limitante de produção máxima, sendo a fertilidade o 
segundo. 
 Cada solo tem uma capacidade diferente de fornecer nutrientes para as plantas 
em função de suas características químicas, físicas e biológicas. 
 O manejo dos nutrientes para o solo é específico para cada tipo de solo e de 
cultura. 
 
Algumas características são tão determinantes para se trabalhar a fertilidade 
do solo que são denominadas “Leis da Fertilidade do Solo”. É necessário conhece-las 
para definir as ações e conseguir atuar na melhoria da fertilidade do solo e alcançar 
máxima produtividade: 
 Lei do Mínimo: “A produção das culturas é limitada pelo nutriente em menor 
disponibilidade no solo, mesmo que todos os outros estejam disponíveis e em 
quantidade adequada”. A Lei no Mínimo nos permite concluir que a planta 
precisa de todos os 14 nutrientes em suas quantidades adequadas para uma 
produção sustentável e em grande escala. 
 Lei dos Incrementos Decrescentes: “Ao se adicionar doses crescentes de um 
nutriente, o maior incremento em produção é obtido com a primeira dose. Com 
aplicações sucessivas do nutriente, os incrementos de produção são cada vez 
menores”. A Lei dos Incrementos Decrescentes dita que o aumento da 
produção com aplicação de fertilizantes e corretivos não é linear. 
 
O manejo correto da fertilidade é responsável pela maior parcela dos ganhos 
de produtividade obtidos com o uso de práticas culturais recomendadas para as 
diversas culturas. Isto quer dizer que, se avaliarmos a fertilidade do solo de maneira 
correta, aplicaremos a quantidade correta de fertilizantes e corretivos necessária para 
explorarmos o máximo de produção que aquela cultura pode nos oferecer. Por isso, 
conhecer os conceitos básicos sobre fertilidade do solo é fundamental. 
 
 COMO REALIZAR COLETA DE SOLOS 
Para realizar uma coleta eficiente do solo, a propriedade deve ser dividida em 
áreas uniformes, e só após a correta identificação de cada área, é que a coleta do 
solo deve ser feita. 
O terreno deve ser divido em glebas homogêneas, nunca superiores a 20 
hectares, e cada área deve ser amostrada isoladamente. As glebas devem ser 
divididas de acordo com a mesma posição topográfica (solos de morro, meia encosta, 
baixada, etc.), cor do solo, textura (solos argilosos, arenosos), cultura ou vegetação 
anterior (pastagem, café, milho, etc.), adubação e calagem anteriores. 
Em culturas perenes, deve ser leavado em conta também a idade e variedade 
das plantas. Áreas com uma mesma cultura, mas com produtividades muito 
diferentes, devem ser amostradas separadamente. Identificando as glebas de maneira 
definitiva, fazendo um mapa para o acompanhamento da fertilidade do solo com o 
passar dos anos. 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
 
Figura 2. Croqui de divisão de glebas do terreno. 
 
Após definir as áreas uniformes, o método correto para realizar a coleta de solo 
é o “caminhamento ziguezague”, de forma a pecorrer em sua totalidade a área, e ao 
acaso serão coletados porções de solos de no mínimo 20 pontos diferentes, ou 20 
amostras simples, as áreas nunca devem ultrapassar 20 hectares. 
O solo de cada um desses pontos, ou amostras simples, será colocado em um 
balde limpo. Depois, quando estiverem no mesmo balde as 20 amostras simples, o 
solo de dentro deve ser bem misturado, obtendo-se a amostra composta, e uma 
caixinha ou saquinho de plástico identificado será preenchido. O número para 
identificação é aquele que a gleba recebeu no croqui. O solo deve ser guardado 
sempre em material limpo, para evitar qualquer tipo de contaminação que alterem os 
resultados das análises. 
 
Figura 3. Caminhamento ziguezague na gleba. 
 
Na coleta manual do solo podem ser usado trados, enxadão, pá reta, cavadeira, 
colher de pedreiro, balde de plástico, sacos de pano ou de plásticos, caixinha de 
papelão, saquinhos de plásticos, etc. É preciso que os matérias usados na coleta 
estejam realmente limpos, para evitar qualquer problema nos resultados. Deve-se 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
considerar como contaminantes: sacos ou baldes contaminados com calcário, cal, 
cimento, defensivos agrícolas, leite e outros produtos. 
Na coleta automotizadas de solo os equipamentos são acoplados com GPS. 
As empresas prestadoras de serviços em agricultura de precisão dispõem de veículos 
com amostrador, GPS, computador de bordo e programação especifica para localizar 
as amostras no terreno. Amostradores elétricos portáteis, tipo rosca, também são 
utilizados na coleta de solo. 
Tanto na agricultura convencional quanto na agricultura de precisão a 
profundidade para retirada de solo é , geralmente, de 0,0 a 20 cm, porque é nessa 
camada que se adiciona os adubos e corretivos, e nela cresce a maior parte das 
raízes, e se incorporam os restos vegetais. 
Após as coletas de solo, as amostras devem ser devidamente identificadas, 
com: nome (do proprietário), nome da propriedade, município onde está localizada a 
propriedade, cultura a ser feita, número da amostra ou gleba. 
 
 NECESSIDADE DE NUTRIENTES PELAS CULTURASUm vegetal não se desenvolve normalmente se não obtiver os nutrientes que 
são necessários para o seu crescimento. Os elementos minerais benéficos, são os 
que promovem o crescimento em várias plantas, mas que não são absolutamente 
necessários para que se complete o ciclo de vida da planta, ou que não age 
diretamente na planta, mas mesmo assim apresente grande importância no seu ciclo. 
Por isso as necessidades de nutrientes que influênciam na estrutura das 
plantas devem ser consideradas no cálculo de adubação. Quase todos os elementos 
são captados como íons pelas plantas, com cargas que podem variar de positivas a 
negativas no solo. Os nutrientes não são absorvidos na forma orgânica, resultando 
que todos os fertilizantes orgânicos devem passar por mineralização de nutrientes por 
microrganismos do solo para se tornarem disponíveis para as plantas. 
A deficiência de nutrientes minerais nos solos, acarreta uma serie de problemas 
para a produção, causando alterações no metabolismo e no suprimento adequado do 
elemento para as plantas. As plantas apresentam sintomas indicadores das 
deficiências. Estes indicadores dependem da função do elemento deficiente na planta 
e da mobilidade no vegetal. As deficiências de nutrientes das plantas têm vários 
sintomas observáveis os quais normalmente são semelhantes, independente da 
espécie da planta, e que podem ser confundidos com pragas e doenças. 
 
O sintoma de deficiência mais comum na maioria das plantas é a redução do 
crescimento, entretanto ocorrem outros sintomas como a mudanças de coloração que 
apresentam padrões específicos. Os sintomas de deficiência mineral podem aparecer 
nas folhas novas ou nas folhas mais velhas, indicando a mobilidade do nutriente na 
planta e a habilidade da planta em translocar estoques existentes deste nutriente. Os 
íons variam em sua mobilidade tanto no solo como na planta. Os íons N, P, K, Mg, Cl 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
apresentam maior mobilidade; S, Cu, Fe, Mn, Zn, Mo, são íons de pouca mobilidade 
e Ca e B são imóveis. 
Funções dos nutrientes do solo nas plantas: 
 Nitrogênio (N): 
- Participa da cor verde das folhas 
- Acelera o crescimento 
- Aumenta o rendimento da folhagem 
- Aumenta a produção e o tamanho de frutos 
- Aumenta o teor protéico (componente das proteínas) 
Obs: pode retardar a floração e frutificação quando aplicado em desprorporção com outros nutrientes. 
 Fósforo (P) 
- Estimula a floração e formação de sementes 
- Estimula o rápido desenvolvimento da raiz 
- Favorece um inicio de desenvolvimento rápido e vigoroso 
- Acelera a maturação dos frutos 
 Potássio (K) 
- Proporciona as plantas vigor e resistência as enfermidades 
- Desenvolve a produção de proteínas 
- Melhora a qualidade dos frutos e sementes 
- Reduz acamamento, pois dá vigor as plantas 
- Ajuda no desenvolvimento de tubérculos 
- Aumenta o tamanho dos frutos, e maior qualidade de açúcares 
 Cálcio (Ca) 
- Oferece maior resistência à palha de cereais de grãos pequenos 
- Permite a rápida formação das radicelas 
- Neutraliza materiais tóxicos produzidos pelas plantas 
- Melhora a estrutura física e química do solo 
- corrige a acidez do solo 
 Magnésio (Mg) 
- Atua na clorofila 
- Faz parte da formação de açúcares 
- Ajuda a regularizar a assimilação de outros nutrientes, como o N e K 
 
 
 
 
 INTERPRETAÇÃO DE RESULTADO DE ANÁLISES DE SOLOS 
A interpretação da análise de solos deve sempre levar em consideração a 
cultura plantada ou que planeja plantar, tipo de solo, clima, e topografia local, uma vez 
que todas essas variáveis influenciam no tipo de solo. 
Além da influência dos fatores de solo nas análises, alguns laboratórios 
empregam unidades diferentes para expressar os resultados de análises de solos, 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
que devem ser convertidos de acordo com a cartilha de interpretação que vai ser 
utilizada, como por exemplo, EMBRAPA ou IAC – Boletim 100. 
 
Tabela 1. Fatores para conversão de unidades antigas para o Sistema Internacional 
de Unidades. 
 
 
A necessidade do teor de potássio, nitrogênio e fósforo no solo pode variar de 
acordo com a cultura, textura e estrutura do solo, e principalmente, região do Brasil. 
Na Amazônia oriental, por exemplo, os teores de recomendação desses nutrientes 
tendem a ser mais altos do que em outras regiões do Brasil, isso acontece por 
possuírem um solo do tipo arenoso ou muito arenoso, que causa grandes perdas de 
adubos durante todo o ano pelo fato desse solo apresentar poucas cargas. Além disso, 
esses solos são mais porosos, levando uma maior quantidade de adubo pelas águas 
da chuva para camadas mais profundas, processo esse chamado de lixiviação. 
A EMBRAPA Amazônia Oriental disponibiliza uma cartilha para adubos e 
corretivos nessa região (Cravo et al., 2009). No entanto, quando for realizado um 
cálculo de adubação, é sempre necessário visualizar a cartilha local, porque os solos 
mudam bastante de região para região. Apesar disso, é sempre importante visualizar 
também a recomendação da cultura em cartilhas de outras regiõs, como a do Intituto 
Agronômico de Campinas – São Paulo (Boletim 100), para verificar se existe 
discrepância entre as recomendações, e assim recomendar uma quantidade 
adequada de adubo para a obtenção de uma maior produtividade. 
 
Tabela 2. Classes de interpretação de fertilidade do solo no estado do Pará, na 
Amazônia Oriental1. 
 
Classificação 
 Unid. 
Muito 
baixo 
Baixo Médio Alto 
Muito 
Alto 
Matéria Orgânica cmolc/dm3 < 0,71 0,71-2,0 2,01-4,00 4,01-7,0 > 7,0 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
Calcio (Ca2+) cmolc/dm3 < 0,41 0,41-1,2 1,21-2,40 2,41-4,0 > 4,0 
Magnésio (Mg2+) cmolc/dm3 < 0,16 0,16-0,45 0,46-0,90 0,91-1,5 > 1,5 
Aluminio (Al3+) cmolc/dm3 < 0,21 0,21-0,5 0,51-1,00 1,01-2,0 > 2,0 
Soma das Bases (SB) cmolc/dm3 < 0,61 0,61-1,8 1,81-3,60 3,61-6,0 > 6,0 
H+Al cmolc/dm3 < 1,01 1,01-2,5 2,51-5,00 5,01-9,0 > 9,0 
pH cmolc/dm3 < 0,81 0,81-2,3 2,31-4,60 4,61-8,0 > 8,0 
CTC cmolc/dm3 <1,61 1,61-4,3 4,31-8,60 8,61-15,0 > 15,0 
Saturação por Al3+ % <15,1 15,1-30 30,1-50,0 50,1-75,0 > 75,0 
Saturação por bases V% % <20,1 20,1-40 40,1-60,0 60,1-80,0 >80,0 
Fósforo (P)2 mg/dm3 - <10 11,0-30,0 >30 - 
Potássio (K)2 mg/dm3 - <45 46,0-90,0 >90 - 
Boro (Br) mg/dm3 - <0,35 0,35-0,90 >0,9 - 
Cobre (Cu) mg/dm3 - <0,70 0,70-1,80 >1,8 - 
Ferro (Fr) mg/dm3 - <18 18,0-45,0 >45 - 
Manganês (M mg/dm3 - <5 5,00-12,0 >12 - 
Zinco (Zn) mg/dm3 - <0,9 0,90-2,20 >2,2 - 
1 média da EMBRAPA Amazônia Oriental para os solos do Pará, as unidades são diferentes das 
análises realizadas no estado de São Paulo, e podem variar de acordo de cultura para cultura. 2 Análise 
de solo realizado pelo método de Mehlich-1. 
As recomendações de adubação nitrogenada normalmente são baseadas em 
curvas de respostas para as diversas culturas. Os laboratórios de análise de solo 
costumam realizar análise de solo separadamente, uma vez que essa análise é cara 
e demanda bastante tempo para realizar-la. Alguns estudiosos não indicam realizar 
analise de nitrogênio do solo, pelo fato desse nutriente ser muito movél e volátil no 
solo, mudando rapidamente. Entretanto, em virtude dos poucos dados de pesquisa 
com nitrogênio existentes e pelo fato de não haver um método consistente, até o 
momento, para determinação das quantidades de nitrogênio disponível no solo, 
devem ser considerados os conhecimentos existentes sobre o histórico de uso das 
áreas de plantio, para interpretação da disponibilidade do nutriente no solo. 
Observações na região, têm indicado maior freqüência de respostas à adubação 
nitrogenada, em solos com uso mais intensivo e que estejam sendo cultivados por 
vários anos sem adubação orgânica ou adubos verdes. 
 
Tabela 3. Recomendação de adubaçãonitrogenada e saturação por bases (V%) para 
as principais culturas do estado do Pará, na Amazônia Oriental adaptado de Cravo et 
al. (2009). 
Doses de Nitrogênio Faixa de V% 
Cultura Plantio Cobertura1 
Acerola - 50 (g/planta) 50-55 
Açaí - 45 (g/planta) 60-70 
Abacaxi - 50 (kg/ha) 40-50 
Banana - 100 (g/planta) 50-60 
Cacau - 40 (g/planta) 60-70 
Citros - 70 (g/planta) 60-70 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
Cupuaçu - 40 (g/planta) 50-60 
Graviola - 40 (g/planta) 50-60 
Hortaliças folhosas - 60 (kg/ha) 60-70 
Feijão-caupi - 15 (kg/ha) 60-70 
Mandioca - 40 (kg/ha) 50-60 
Mangostão - 40 (g/planta) 50-60 
Mamão - 80 (kg/ha) 50-55 
Maracujá - 10 (g/planta) 60-70 
Melancia e abóbora - 40 (kg/ha) 50-55 
Milho - 80-100 (kg/ha) 50-60 
Soja - 20 (kg/ha) 60-70 
Sorgo - 30 (kg/ha) 50-60 
Dendê - 50 (g/planta) 40-50 
Pastagens - 60 (kg/ha) 50-60 
Pimenta-do-Reino - 25 (g/planta) 40-50 
Pupunha - 50 (kg/ha) 50-60 
1 recomendação baseada apenas para a primeira cobertura. 
 
 CÁLCULO DE CORRETIVOS E FERTILIZANTES 
 
 Neutralização de acidez no solo: É uma prática que visa corrigir a acidez do 
solo através da aplicação de calcário, em dosagem de acordo com as 
propriedades químicas do solo e com as próprias exigências da cultura. 
Objetivos: Elevação do pH do solo; Neutralização ou redução dos efeitos 
tóxicos de alumínio; Elevação dos teores de cálcio de magnésio; Favorece o 
desenvolvimento do sistema radicular, principalmente em profundidade. 
Principais corretivos de acidez: 
1. Calcário - Calcítico (45-45% de CaO e 1-5% de MgO) 
 - Magnesiano (30-40% de CaO e 6-12% de MgO) 
 - Dolomítico (25-30% de CaO e >12% de MgO) 
2. Cal virgem – óxidos de Ca e Mg (68% de CaO e MgO) 
3. Cal hidratado – hidróxidos de Ca e Mg (50% de CaO e MgO) 
A acidez que deve ser aumentada no solo é a potencial (H+Al), isso ocorre 
porque quando é realizado a calagem no solo, o objetivo é diminuir a quantidade de 
íons de H+ e Al3+ que são tóxicos para as plantas. Então, quando diminui a acidez 
potencial, vai ter um aumento de saturação por bases (V%), que consequentemente, 
aumenta o pH do solo. 
 Antigamente, pensava-se erroneamente que era necessário corrigir a acidez 
trocavél (Al3+) ou acidez ativa (pH), no entanto, para neutralizar 1 mol desse ácido 
seria necessário 1 mol de bases (Ca2+ ou Mg2+) de volta no solo para isso acontecer, 
e isso não compensa, porque a saturação de bases continuaria baixo (o total de bases 
necessários para aumentar o pH do solo). Porque a quantidade de acidez trocavél é 
diferente de bases trocavéis, e não podem ser correlacionadas para neutralizar 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
acidez. Logo, o que precisa aumentar no solo é a saturação por bases (V%), que pode 
ser aumentado pelo cálculo da necessidade de calagem do solo (NC): 
 
NC = (V1 – V2) x CTC 
 PRNT 
 NC = Necesidade de calagem em t/ha 
 V1 = Faixa de V% recomendada para a cultura 
 V2 = Faixa de V% da análise de solo 
 CTC = Capacidade de Troca de Cátions da análise de solo 
 PRNT = Poder Relativo de Neutralização Total = 90% 
 
 É importante ressaltar que nem todo alumínio é tóxico para as plantas, apenas 
a forma Al3+, que inibem o crescimento das raízes em camadas mais profundas. Por 
isso é necessário realizar análise do solo em camadas mais profundas (de até 60 cm) 
quando for o caso de cultura com raízes mais profundas, como é o caso da cana-de-
açúcar, por exemplo. 
 Quando é constato uma quantidade alta de m% (saturação de alumínio) nas 
camadas mais profundas do solo, é necessário realizar a gessagem do solo, porque 
muitas das vezes a calagem não chega nessas camadas. É importante ressaltar que 
a gessagem não neutraliza acidez do solo, porque não é um ânio de ácido fraco, o 
gesso é formado por sulfato de cálcio. Quando esse produto é aplicado no solo, o 
gesso se dissolve em água, liberando íons de cálcio trocavél (Ca2+) e sulfato (SO2-4), 
e quando livres na solução do solo, formam pares iônicos (esse processo ocorre 
quando um cátion e um ânion se aproximam, mas não formam moléculas) que são 
solúveis, e que descem para as camadas mais profundas do solo. 
CaSO4 + H2O  Ca2+ + SO2-4 + OH- 
 Além disso, é importante realizar a calagem em conjunto com a gessagem, para 
que as camadas superiores a acidez seja neutralizada, evitando que o sulfato seja 
adsorvido nas primeiras camadas do solo, prejudicando o processo de lixiviação das 
camadas mais profundas. 
 
 Cálculo de NPK 
Para realizar o cálculo dos macro nutrientes nitrogênio, fósforo e potássio, os 
principais constituinste de uma boa produção, é necessário escolher a fonte do 
fertilizante que vai ser utilizado, e isso depende, principalmente, do resultado da 
análise de solo, e da necessidade de nutrientes da cultura. A seguir, na Tabela 4, tem-
se o nome dos principais fertilizantes comerciais e a porcentagem do teor de nutriente. 
 
Tabela 4. Composição e teores de fertilizantes minerais (Boletim n° 208 – IAC, 2011). 
Fertilizante Fórmula Teor do nutriente (%) 
 Nitrogenados 
Nitrato de Amônio NH4NO3 33 
Nitrato de Cálcio Ca(NO3)2 15(N), 20 (Ca) 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
Nitrato de sódo NaNO3 16 
Sulfato de amônio (NH4)2SO4 20(N), 24(S) 
Uréia CH₄N₂O 45 
 Fosfatados 
Superfosfato simples Ca(H2PO4)2.2H2O+CaSO4 18(P2O5) 
Superfosfato triplo Ca(H2PO4)2.2H2O 15(P2O5), 20(Ca), 12(S) 
Termofosfatos diversas 16 a 18(P2O5 total) 
Fosfatos naturais Ca3(PO4)2 24 a 34(P2O5 total) 
Ácido fosfórico H3PO4 55 a 70 (P2O5) 
 Potássicos 
Cloreto de potássio KCl 60 
Sulfato de potássio K2SO4 50(K2O), 18(S) 
Sulfato de potássio e magnésio K2SO4.2MgSO4 21(K2O), 21(S), 10(Mg) 
 Nitrogenados-fosfatados 
Fosfato monoamônico (MAP) NH4H2PO4 10(N), 52(P2O5) 
Fosfato diamônico (DAP) (NH4)2HPO4 18(N), 45(P2O5) 
Fosfato de uréia CO(NH2)2H3PO4 18(N), 44(P2O5) 
 Nitrogenados-potássicos 
Nitrato de potássio KNO3 13(N), 44(K2O) 
Salitre potássico NaNO3.KNO3 15(N), 14(K2O) 
 Fosfo-potássicos 
Fosfito de potássio KH2PO3 58(P2O5), 38(K2O) 
Fosfato de monopotássico (MKP) KH2PO4 51(P2O5), 33(K2O) 
 
Exemplo 1: Considando que foi realizado em uma determinada área uma análise 
de solo, e obtiveram os seguintes resultados: pH=4.6, SB=1.21, CTC=5.21, V%=23, 
P=2.8 mg/dm3, K=44 mg/dm3. Após os resultados das análises, o produtor rural 
pretende realizar o plantio de campim Mombança nessa área, sabendo que a 
necessidade de fertilidade do solo dessa cultura seja: N=60 kg ha-1, V%=60, P(0-
10)=80 kg ha-1, K(0-40)=60 kg ha-1. 
 
1. Cálculo de Nitrog ênio 
 
100 kg de uréia ------------------- 45 kg de N 
 X ------------------- 60 kg de N 
 X = 133,33 kg de de uréia 
 
2. Calculo de Fósforo 
 
100 kg de superfostato simples ---------------- 18 kg de P2O5 
 X ---------------- 80 kg de P2O5 
 X = 444,44 kg de superfostato simples 
 
3. Cálculo de Potássio 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
100 kg de KCl ---------------- 60 kg de K 
 X ---------------- 60 kg de K 
 X = 100 kg de de KCl 
 
 
 Cálculando as fórmulas de NPK 
A recomendação de adubação com base na análise de solo são apresentadas 
na forma de quantidade de nutrientes e os cálculos são baseados em fontes de 
fertilizantes comerciais. O responsável técnico deve transformar as quantidades de 
nutrientes recomendadas pelas tabelas de adubação em formulas, para ficar mais fácil 
para o produtor rural aplicar, caso não encontre os fertilizantes separadamente. 
No caso anterior, que o objetivo do produtor era realizar o plantio de capim 
Mombaça para o estado do Pará, portando, é recomendado aplicar as seguintesquantidades de nutrientes para essa cultura: N= 60 kg ha-1, P2O5 = 80 kg ha-1, KCL=60 
kg ha-1. Para transformar os cálculos anteriores em fórmula, é necessário que: 
1) Calcular a relação entre os nutrientes: 
N= 60/10 = 6; , P2O5 = 80/10 = 8; KCL=60/10 = 6 
Portanto, a relação é 6:8:6 
 
2) Multiplicar a relação por número inteiro para obter a fórmula: 
Por exemplo, multiplica-se por 3: 
3 x 6:8:6 
A formula encontrada é 18-24-18 
 
3) Calcular a quantidade da fórmula que deverá ser aplicada: 
Toma-se um nutriente qualquer da fórmula, por exemplo, o valor corresponde ao 
P2O5, que é a maior relação da fórmula, logo, tem-se: 
 
100 kg da fórmula 18-24-18 ---------------- 24 kg de P2O5 
 X ---------------- 80 kg de P2O5 
 X = 333,33 kg ha-1 da fórmula 18-24-18, que deverão ser aplicados. 
 
No entanto, as fórmulas precisam ser complementadas com outros fertilizantes, 
para conseguir manter o equilíbrio dos demais nutrientes, como é o caso do nitrogênio 
na cultura da mombança, que precisa de 133,33 kg de de uréia. Para isso, é preciso 
calcular: 
 
 100 kg de uréia --------------- 45 kg de N 
 X --------------- 18 kg de N da fórmula 18-24-18 
 X = 40 kg de N de uréia 
 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
Se é necessário aplicar aproximadamente 130 kg de N para suprir a 
necessidade do campim mombança e a fórmula representa apenas 40 kg de N dessa 
quantidade da fórmula, ainda são necessários aplicar na área 130-40 = 90 kg de uréia 
após a formação da pastagem para suprir a sua necessidade de nutrientes. 
 
 Portanto, a quantidade que o produtor rural vai comprar da fórmula 18-24-18 é 
de 330 kg ha-1, mais 90 kg ha-1 de uréia. Que deverão ser aplicados de acordo com o 
laudo técnico da cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CÁLCULO DE ADUBOS ORGÂNICOS 
O cálculo de adubos orgânicos é baseado na porcentagem dos nutrientes 
requeridos pela cultura, portanto, ainda baseado no exemplo anterior, cálcularemos a 
necessidade de adubo para o campim Mombaça. O calculo dos nutrientes é feito de 
acordo com os resíduos orgânicos disponíveis, e podem variar de macro a micro 
nutrientes (Tabela 5 contém os teores dos nutrientes dos principais resíduos 
orgânicos), que depende apenas da análise de solo da área. Vamos tomar como 
exemplo o resíduo de esterco de galinha. Sabendo que a necessidade de nutrientes 
do capim mombança é N= 60 kg ha-1, P2O5 = 80 kg ha-1, K2O=60 kg ha-1, de acordo 
com os resultados da análise de solo da área. 
 
 
 
1) Esterco de galinha 
100 kg de esterco de galinha -------------- 2,1 kg de N 
 X -------------- 60 kg de N 
 X = 2857,14 kg de N de esterco de galinha 
 X = 2857,14/1000 = 2,857 t ha-1 de N esterco de galinha 
 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
100 kg de esterco de galinha -------------- 1,8 kg de P2O5 
 X -------------- 80 kg de P2O5 
 X = 4444,44 kg de P2O5 de esterco de galinha 
 X = 4444,44/1000 = 4,44 t ha-1 de P2O5 de esterco de galinha 
 
100 kg de esterco de galinha -------------- 1,6 kg de K2O 
 X -------------- 60 kg de K2O 
 X = 3750 kg de K2O de esterco de galinha 
 X = 3750/1000 = 3,75 t ha-1 de K2O de esterco de galinha 
 
 
 
 Portanto, para suprir a necessidade de NPK pelo capim Mombaça usando o 
resíduo orgânico de esterco de galinha, é necessário adicionar aproximadamente 
11 t ha-1 na área onde foi realizado a análise de solo, que nada mais é do que o 
somatório de 2,857+4,44+3,75 ≈ 11 t ha-1. 
 
 
 
 
 
 
Tabela 5. Teores de macro e micro nutrientes de resíduos orgânicos (Cravo et al., 
2009). 
 
 
 LAUDO TÉCNICO DE ADUBOS E CORRETIVOS PARA O SOLO 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
O laudo técnico corresponde a avaliação do resultado de análise de solo, sua 
interpretação deve ser analítica e todos os cuidados devem ser tomados na sua 
construção, evitando-se fradulências e demasiadas doses de fertilizantes e corretivos 
no solo que possam causar desastres ambientais, portanto, o laudo técnico deve ser 
composto por: 
- Nome do proprietário. 
- Nome da cultura. 
- Número da Amostra. 
- Cartilhas de interpretação que foram usadas. 
- Doses e recomendações de uso, que muda de cultura para cultura. 
É importante ressaltar que os resultados da interpretação e cálculos devem ser 
sempre divididos, e legíveis para evitar complicações de interpretação pelo 
proprietário e/ou vendedores de corretivos e fertilizantes. A seguir, tem-se um exemplo 
de laudo técnico de adubos e corretivos no solo para a cultura de capim Mombaça, 
onde pode perceber que foi dado duas alternativas para o produtor, de comprar os 
fertilizantes separadamente e misturá-los, ou comprar a fórmula mais o adicional de 
uréia: 
 
 
EXEMPLO DE LAUDO TÉCNICO 
RECOMENDAÇÃO DE ADUBOS E CORRETIVOS NO SOLO 
 
PRODUTOR: JOÃO 
CULTURA: Campim Mombaça 
AMOSTRA: 2019001X 
Recomendação de adubação e calagem seguem as diretrizes segundo a EMBRAPA Amazônia 
Oriental do Belém-PA e Boletim 100 do Instituto Agronômico de Campinas (IAC)-SP. 
 
ADUBAÇÃO MINERAL 
ADUBO QUANTIDADE RECOMENDAÇÃO 
Calagem – Calcário dolomítico 2 ton ha -1 
Aplicar antes do plantio, com 
revolvimento do solo, para uma maior 
incorporação, recomendado aplicação 
quando existir previsão de chuvas. 
Ureia 
 
 
130 kg ha -1 
Se escolher essa forma, parcelar 3x, 
uma no plantio, 2x na cobertura quando 
o pasto tiver baixo (intervalo de 45 dias 
entre cada uma). Preferência período 
chuvoso. 
 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 - Plantio 
- Manutenção 
OBS: Somente caso a fórmula for escolhida. 
ADUBO QUANTIDADE RECOMENDAÇÃO 
Ureia 90 kg há-1 
45 dias após o plantio aplicar essa última dose de 
nitrogênio no pasto, em cobertura, de preferência em 
período chuvoso para ter a menor perda possível. 
 
 
 
ADUBAÇÃO ORGÂNICA 
- Quando escolhido, essa quantidade deve ser aplicada anualmente, com 40 kg ha-1 de ureia, 
para evitar imobilização do N. 
ADUBO QUANTIDADE RECOMENDAÇÃO 
Esterco de Frango 11 t ha-1 
Adubação de plantio: Aplicados de uma 
única vez. Quando curtido deve ser 
incorporado ao solo 15 dias antes do plantio, 
quando não curtido, 25 dias antes do plantio. 
 
 
 QUANTIDADE RECOMENDAÇÃO 
Esterco de Bovino 25 t ha-1 
Adubação de plantio: Aplicados de uma 
única vez. Quando curtido deve ser 
incorporado ao solo 15 dias antes do plantio, 
quando não curtido, 25 dias antes do plantio. 
 
 
 QUANTIDADE RECOMENDAÇÃO 
Compostagem 41 t ha-1 
Adubação de plantio: Aplicados de uma 
única vez. Quando curtido deve ser 
incorporado ao solo 10 dias antes do plantio, 
quando não curtido, 20 dias antes do plantio. 
 
 
 
SPF 
 
 445 kg ha -1 
Se escolher essa forma, parcelar 2x 
(plantio e na primeira dose de ureia na 
cobertura, caso for escolhido). 
Preferência período chuvoso. 
KCl 
 
100 kg ha -1 
Se escolher essa forma, aplicar 2x, uma 
no plantio e outra em cobertura 45 dias 
após o plantio quando o pasto tiver 
baixo, em período chuvoso. 
FÓRMULA 
18-24-18 
 
330 kg ha-1 
Se escolher essa forma, aplicar 450 kg 
ha-1 no plantio, preferência no período 
chuvoso. 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
MÁQUINAS DE PREPARO PERIÓDICO DO SOLO: DISTRIBUIDOR DE CALCÁRIO E ADUBO 
 
 
1. DISTRIBUIÇÃO DE CALCÁRIO E ADUBO 
Finalidades 
 Os Distribuidores de Calcário e Adubo efetuam a distribuição uniformede calcário seco e úmido, adubo 
granulado e em pó, gesso, sementes e outros produtos. 
 Corrigir o pH do solo com aplicação de calcário 
 Adubar o solo com formulações de NPK 
 
 
2. MODELOS DE DISTRIBUIDORES 
De acordo com seu princípio de funcionamento, os distribuidores podem ser enquadrados em duas 
grandes categorias: distribuidores por gravidade e distribuidores a lanço. 
 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
3. COMPONENTES DO ARADO 
A barra de tração é utilizada para operar implementos de arrasto (grades de arrasto, 
plantadeiras/semeadeiras de grande porte, etc.). 
É importante salientar fque o engate da barra de tração, deve estar numas altura adequada, de modo que 
o cabeçalho esteja bem paralelo ao solo e na mesma linha de tração do trator. 
01 - Chassi 
02 - Caçamba 
03 - Macaco 
04 - Cardan c/Proteção 
05 - Engate ao Trator 
06 - Pneus 
07 - Ganchos p/ içar 
08 - Proteção da Correia 
09 - Redutor 
10 - Esteira 
11 - Comporta 
12 - Discos Rotativos 
13 - Aletas 
 
 
 
 
4. PREPARAÇÃO PARA O TRABALHO 
4.1 Acoplamento ao Trator 
Acople o cabeçalho na barra de tração do trator usando o pino (A) e cupilha. 
Para facilitar o acoplamento utilize a regulagem do macaco (B). - A parte do engate que possui o furo redondo deve 
ficar para cima. 
- Após o acoplamento deixe o macaco (b) em posição de transporte/ operação, conforme a figura abaixo. 
- Mantenha a barra de tração do trator fixa no centro. 
Obs.: - A parte do engate que possui o furo redondo deve ficar para cima. 
- Após o acoplamento deixe o macaco (b) em posição de transporte/operação, conforme a figura abaixo. 
- Mantenha a barra de tração do trator fixa no centro. 
 
 
 
 
 
4.2 Nivelamento do DCA 
Após acoplar o cabeçalho verifique o nivelamento horizontal do distribuidor. Se necessitar de ajustes proceda da 
seguinte maneira: 
Consulte o Manual de Instruções do trator e certifique-se das posições em que se pode trabalhar com a barra de 
tração; utilize a altura que resulte no melhor nivelamento da máquina. 
 
 
4.3 Acoplamento do Cardan na TDP 
Inicialmente verifique o comprimento do eixo cardan da seguinte maneira: 
- Separe o cardan e acople a "Fêmea" na tomada de potência. 
- Posicione o trator esterçado até que o pneu toque o cabeçalho do DCA². 
- Acople o "MACHO" do cardan no DCA², posicione as barras lado a lado e verifique se existe uma folga mínima de 
02 centímetros entre o macho e a fêmea em cada extremidade. 
- Se necessário, corte partes iguais do macho e da fêmea, bem como das proteções. 
Obs.: Neste momento pode-se utilizar os recursos de regulagem da barra de tração do trator, aumentando ou 
diminuindo seu comprimento. 
 
Nota: É necessário dar acabamento nas partes cortadas. para isto utilize uma lima. em seguida retire as limalhas e 
lubrifique o "macho" com uma fina camada de graxa. 
A 
 
 
 
- Toda vez que alterar de trator, verifique novamente o comprimento do eixo cardan. 
- As correntes das capas de proteção devem ser fixadas no DCA² e no trator, de modo que não se soltem durante as 
manobras. 
- Verifique a disposição correta dos garfos das cruzetas, conforme o desenho abaixo. A montagem errada provoca 
vibração excessiva, prejudicial à transmissão. 
 
 
4.4 Uso do Defletor 
O defletor (A) evita a sobrecarga sobre a esteira, permitindo que o início de acionamento da esteira e todo o serviço 
seja mais suave. 
Para a distribuição de calcário o defletor jamais deverá ser retirado. 
Sempre que utilizar o defletor este deve ser devidamente colocado e contrapinado para evitar que o mesmo se solte 
e danifique a esteira. 
4.5 Velocidade do Trator 
A velocidade do trator deve ser uniforme em todo o serviço. 
Escolha a velocidade mais segura para o tipo de terreno. 
Recomenda-se a média de 6 a 7 km/h. 
 
4.6 Rotação da TDP 
A rotação da Tomada de Potência deve ser mantida em 540 rpm. 
Obs.: Consulte o manual do trator para ver qual a rotação correspondente no motor. 
 
4.7 Velocidade dos Discos Rotativos 
A velocidade dos discos está diretamente relacionada com a rotação da TDP. 
 
4.8 Velocidade da Esteira 
A velocidade da esteira está relacionada com a rotação da TDP e com os recâmbios de rodas dentadas "A" e "B" 
que podem ser usadas na transmissão. 
O DCA² sai de fábrica montado com rodas dentadas para distribuição de calcário. 
Após a troca de rodas dentadas ajuste sempre o esticador de corrente (C). 
Nunca trabalhe com a corrente frouxa. 
 
 
 
 
 
A distribuição de produtos não mencionados no quadro acima deve ser feita com base na semelhança entre os 
mesmos. 
 
4.9 Inspeção Final 
Antes de abastecer o Distribuidor verifique os seguintes pontos: 
 Se a esteira está ajustada, conforme instruções. 
 Se a correia está com a tensão adequada, conforme instruções. 
 Se a calibragem dos pneus está igual para todos: 
Pneus 7.50 x 16 = 70 Lbs/pol² 
Pneus 11L - 15 = 52 Lbs/pol² 
Pneus 12.4 - 24/10 = 30 Lbs/pol² 
 Se todas as graxeiras receberam a devida lubrificação. 
 Verifique também o nível de óleo do redutor. 
 Se o macaco encontra-se travado na posição de transporte/operação. 
 Se a caçamba está livre de objetos (sacos, lonas, pedras, etc) que podem prejudicar o seu bom funcionamento. 
 Observe a montagem correta dos pneus nos cubos, conforme o desenho abaixo. Os aros são voltados para dentro. 
 
5. REGULAGENS E OPERAÇÕES 
5.1 Regulagem do Divisor 
A regulagem do divisor de fluxo (A) serve para direcionar a caída do produto sobre os discos rotativos, auxiliando 
na uniformidade da distribuição. 
 
 
 
 
 
5.2 Posição das Aletas nos Discos 
Os discos rotativos possuem 04 aletas com regulagem de fixação que oferecem uniformidade na aplicação, tanto 
em alta como em baixa dosagem. 
Variando o ângulo das aletas nos discos obtem se a alteração na largura da faixa de aplicação e no direcionamento 
do produto. 
 
 
Posição 1 - Largura de Distribuição Média e Direcionamento do Produto Intermediário. 
Posição 2 - Largura de Distribuição Menor e Direcionamento do Produto mais para o centro. 
Posição 3 - Largura de Distribuição Maior e Direcionamento do Produto mais para as extremidades. 
Se for necessário alterar o direcionamento de parte do produto, para obter melhor uniformidade na distribuição, 
pode se ajustar apenas 2 aletas em ângulo diferente das demais, alterando-se as posições no disco. 
 
5.3 Distância entre as Passadas 
A distância entre as passadas deve ser bem observada para que consiga uma distribuição homogênea em toda a 
área; ou seja, mesma quantidade distribuída por m² de solo. Na prática, admite-se no entanto uma variação de até 25% 
na quantidade distribuída; o que ocorre especialmente entre as passadas; isto é, na faixa de sobreposição. 
A distância de 07 metros para o calcário seco, 09 metros para calcário úmido e 10 metros para adubo comercial 
granulado, (conforme as tabelas), são resultantes de vários ensaios de campo, onde se obteve a melhor distribuição. 
Sugerimos não aumentar estas distâncias, para manter a faixa de sobreposição adequada. 
"X" = 07 Metros para Calcário Seco. 
"X" = 09 Metros para Cálcario Úmido. 
"X" = 10 Metros para Adubo Comercial Granulado. 
A 
 
 
 
5.4 Abertura da Comporta 
A tampa da comporta tem a função de limitar a quantidade do produto que a esteira transporta. Seu acionamento é 
feito por meio de uma rosca que permite movimentos leves, abrindo ou fechando a saída. 
A abertura da comporta é indicada junto a escala graduada, (0 a 15) que vai com divisões de meio centímetro. 
As tabelas de distribuição indicam o uso de parte da graduação da escala, em função das quantidades de produtos 
agronomicamente recomendáveis. 
 
5.5 Tabelas de Aplicação 
A quantidade de produto a ser distribuida 
(Kg/hectares) leva em consideração os seguintes 
pontos: 
1º) Velocidade de deslocamento do trator: (Ver 
Tabelas). 
2º) Rotação da tomada de potência do trator: (540 
Rpm). 
3º) Combinaçãode rodas dentadas da transmissão, que 
determina a velocidade da esteira. 
4º) Abertura da comporta, determinada pela escala 
graduada: (Ver Tabela). 
5º) Distância entre as passadas. 
6º) Peso específico do produto, que está diretamente 
relacionado com a sua granulometria e sua densidade. 
 
Tabela para distribuição de cálcario seco. 
Relação de Rodas Dentadas: 35 x 35 
 
Rotação da TDP: 540 Rpm. 
Distância entre Passadas: 07 metros. 
Umidade do Cálcario: 1,56%. 
Atenção: Os valores da tabela são em kg/ha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* As quantidades da segunda coluna (Kg/Segundo) são usadas apenas para o cálculo descrito na página 26 ou para 
aferir a vazão na descarga da esteira. 
 
5.6 Cálculo para Diferentes Distribuições 
Caso utilize velocidade do trator e distância entre passadas diferentes das tabelas anteriores, siga o exemplo do cálculo 
abaixo para encontrar a abertura da escala: 
Exemplo: 
Dosagem = 2700 Kg por Hectare. (Calcário Seco). 
Velocidade do Trator = 06 Km/h (constante). 
Distância entre Passadas = 06 metros. 
Tomada de Potência = 540 rpm (constante). 
1º) Transforme a Dosagem em gramas/m². 
2700 ÷10.000 m² = 0,27 Kg/m² ou 270 gramas /m². 
2º) Calcule a área que será trabalhada em 01 (uma) hora. 
6.000 m/h (Velocidade) x 6,0 m (Distância entre passadas) = 36.000 m²/h 
3º) Sabe-se que 01 Hora = 60 min. ou = 3.600 segundos. Logo, divida a área encontrada (m²) pelos segundos, para 
obter m²/s. 
36.000 m² ÷ 3.600 seg = 10 m²/s. 
4º) Multiplique m²/seg com gramas/m²; assim: 
10 m² / seg x 270 g/m² = 2.700 g/s. 
5º) Agora basta passar o resultado para kg e comparar com a 2º coluna da tabela. 
 
 
 
2.700 ÷ 1.000 = 2,7 Kg/s. 
 
 
6º) Veja na tabela para Calcário Seco que a abertura deverá estar próximo de 5,0. 
 
 
5.7 Ajuste da Tensão da Esteira 
Antes de iniciar o trabalho, verifique a tensão da 
esteira do seguinte modo: 
- Desligue a tomada de potência e o motor do trator. 
- Por baixo da caçamba, em seu trecho intermediário, 
empurre a esteira para cima verifique se existe uma 
folga (até 50 mm). 
- Se a folga for maior, reajuste a tensão da esteira 
através dos esticadores (A), soltando os parafusos (B) 
que possuem regulagem através dos rasgos. 
 
 
- Verifique a tensão da esteira nas primeiras horas de 
serviço. depois verifique diariamente. 
- Quando terminar o curso de regulagem dos 
esticadores (a), devese diminuir o comprimento da 
esteira, retirando alguns segmentos da mesma. 
Obs.: - Reaperte igualmente os dois lados, para evitar 
desalinhamento da esteira. 
 
 
 
 
 
5.8 Ajuste da Tensão da Correia 
Para ajustar a tensão da correia da transmissão, 
proceda da seguinte maneira: 
- Afrouxe a porca da polia (A), juntamente com a 
porca interna do esticador (B). 
 
- Em seguida, ajuste a tensão da correia e faça o 
reaperto das porcas. 
Obs.: TENSÃO PERMITIDA = 3,5 CM CONFORME 
DETALHE ABAIXO. 
 
 
 
 
5.9 Troca da Correia (C-128) dos Discos Rotativos 
- Afrouxe o esticador (A) e a porca (B) da polia, retirando a correia. 
Sequência de Colocação da Correia C-128: 
1º) Posicione a correia no cubo de transmissão (C). 
2º) Passe a parte inferior da correia na polia do distribuidor direito (D). 
3º) Depois faça a torção da correia e passe-a na polia do distribuidor esquerdo (E). 
4º) Passe-a por último na polia maior (F). 
Faça o ajuste do esticador (A) e reaperte a porca (B) da polia. 
 
 
 
 
 
 
5.10 OPERAÇÕES - Pontos Importantes 
 
 
- Reaperte porcas e parafusos antes de iniciar o uso do 
Distribuidor e após o primeiro dia de trabalho, bem 
como verifique as condições dos pinos e contrapinos. 
- Observe com atenção os intervalos de lubrificação. 
- Antes de abastecer o Distribuidor verifique o 
acoplamento correto na barra de tração e tomada de 
potência do trator. 
- Mantenha a barra de tração do trator fixa. 
- Verifique o nivelamento do Distribuidor. 
- Mantenha a calibragem correta dos pneus para cada 
modelo do DCA, conforme instruções da página 18. 
- Verifique também se não há objetos estranhos no 
interior da caçamba, tais como: saco, lona, pau, pedra, 
chave, etc... 
- Certifique-se que o produto utilizado não contém 
objetos estranhos. 
- Observe o ajuste da tensão da esteira, bem como da 
correia de transmissão. 
 
 
- Mantenha constante a velocidade de deslocamento e 
a rotação na tomada de potência do trator. 
- Mantenha constante a distância entre as passadas para 
não comprometer a uniformidade da distribuição. 
- Ângulo de operação do cardan = 20º. 
- Nas manobras desligar a TDP e não permitir que os 
pneus do trator toquem no cabeçalho. 
Obs.: VELOCIDADE RECOMENDADA = 06 A 07 
KM/H. 
ROTAÇÃO NA TDP = 540 RPM. 
 
 
 
 
6. OPCIONAIS 
6.1 Abafador 
O abafador é indispensável para aplicação de 
calcário seco; com a ocorrência de vento. Seu uso 
auxilia na retenção do produto, assegurando maior 
uniformidade na distribuição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. MANUTENÇÃO 
7.1 Lubrificação 
A forma mais simples de prolongar a vida útil do seu 
DCA² e evitar que apresente interrupções durante o 
trabalho, é executar uma correta lubrificação, 
conforme indicamos a seguir. 
A cada 24 horas de serviço, lubrifique as articulações 
através das graxeiras da seguinte maneira: 
- Certifique-se da qualidade do lubrificante, quanto a 
sua eficiência e pureza, evitando o uso de produtos 
contaminados por água, terra, etc... 
- Retire a corôa de graxa velha em torno das 
articulações. 
- Limpe a graxeira com um pano antes de introduzir o 
lubrificante e substitua as defeituosas. 
 
 
 
- Introduza uma quantidade suficiente de graxa nova. 
- Utilize graxa de média consistência. 
- CARDANS: Engraxar as cruzetas e verificar se o 
tubo e o eixo estão protegidos com graxa. 
- MANCAIS: Engraxar através das engraxadeiras os 
mancais de transmissão, as buchas e o pino de 
articulação do tandem (rodado duplo) e os mancais do 
eixo da esteira. 
- ROSCAS: Depositar graxa sobre a rosca do varão 
regulador da comporta e dos esticadores. 
- CORRENTES: Lubrificar com óleo e manter 
esticadas. 
Lubrificar a cada 24 Horas de Serviço 
Usar graxa a base de sabão de litio, grau NLGI2-EP 
que é de elevada resistência à 
lavagem e de grande estabilidade à oxidação. 
 
 
 
 
 
 
7.2 Manutenção Periódica 
A manutenção periódica é feita nos mecanismos 
que sofrem grandes solicitações e estão mais 
 
protegidos do meio externo, necessitando manutenção 
menos frequente. 
 
7.3 Redutor 
O redutor deve ser inspecionado toda vez que for 
colocar o DCA em funcionamento. Se o nível do óleo 
estiver baixo, deverá ser completado. 
Recomenda-se fazer a troca de óleo após as 
primeiras 200 horas de trabalho, pois nesse período é 
que ocorre o amaciamento do redutor. 
Depois, a troca pode ser feita a cada 1000 horas. A 
verificação do nível do óleo deve ser feita em local 
plano, afrouxando ou retirando o bujão de nível até que 
se perceba a presença ou não de óleo. 
Para a realização da troca total, deve-se 
primeiramente esgotar todo o óleo, retirando o bujão 
de dreno, localizado na parte inferior do redutor, o 
bujão de respiro e o bujão de nível. 
Depois recoloque o bujão de dreno e abasteça pelo 
bujão de respiro até o óleo vazar pelo bujão de nível. 
Ao completar o nível do óleo, faça-o com o mesmo 
tipo de óleo já existente no redutor. não sendo 
possível; então faça A troca completa do óleo mesmo 
que esta não seja necessário. Volume de óleo do 
redutor = 1,5 litros. Utilize óleo SAE 90. 
 
 
7.4 Armazenamento do DCA² 
Antes de armazenar o DCA² recomenda-se: 
1) Remover todos os resíduos de produtos que 
permanecem no equipamento após o seu uso, 
principalmente no caso de adubo. 
2) Lavar todo o equipamento, retirando a graxa suja, 
terra, sementes de capim, etc. 
3) Repor a pintura nas áreas que houver necessidade. 
4) Retirar as correntes e guardá-las em banho de óleo. 
A correia de transmissão deve serretirada e guardada 
para evitar ressecamento. 
5) Engraxar todos os pontos até o aparecimento de 
graxa nova. 
6) Pulverizar a máquina com óleo penetrante ou anti- 
corrosivo. 
7) Guardar o equipamento em local coberto e seco, 
protegido do sol e da chuva, devidamente apoiado no 
solo ou sobre cavaletes. 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
MECANIZAÇÃO 
REGULAGEM E CALIBRAÇÃO DE PULVERIZADORES AGRÍCOLAS 
 
 
1 – CONCEITOS : 
 
Regulagem , é preparar o pulverizador para atender o desejado , ou seja, 
produzir as gotas de uma determinada classe de tamanho, e aplicar uma 
determinada taxa de aplicação (l/ha) da calda do defensivo. 
 
Calibração , é verificar se o desempenho do pulverizador está como o 
previsto pela regulagem, e fazer os ajustes finos na pressão para deixá-lo pronto . 
Na calibração, também é feito o diagnóstico do estado das pontas. 
 
 
UM PULVERIZADOR BEM REGULADO E CALIBRADO É A CERTEZA 
DE UMA APLICAÇÃO EFICIENTE E SEGURA !! 
 
 
2 – EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS 
 
Pela importância econômica e ambiental deste procedimento, torna-se claro 
que os proprietários e empresas devem adotar rotinas e critérios sistemáticos de 
freqüência e metodologia para as regulagens e calibrações dos pulverizadores. 
 
Com a gama de conhecimentos já adquiridos sobre a qualidade de 
pulverização torna-se importante a verificação de todos os parâmetros possíveis da 
pulverização, ao contrário da mentalidade vigente até o presente de apenas se 
preocupar com a taxa de aplicação. 
 
DEVEMOS NOS CONCIENTIZAR QUE NA REGULAGEM DE PULVERIZADOR A 
TAXA DE APLICAÇÃO É APENAS UM DOS PARÂMETROS DA PULVERIZAÇÃO 
A SEREM ACERTADOS, E QUE OS OUTROS PARÂMETROS COMO TAMANHO 
DE GOTAS, DENSIDADE DE GOTAS E POTENCIAL DE DERIVA SÃO TÃO OU 
MAIS IMPORTANTES QUE A TAXA DE APLICAÇÃO. 
 
 
Devemos assim nos preocupar em acertar numa regulagem o conjunto de 
parâmetros citados no quadro 01:
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
Quadro 01 : Parâmetros passíveis de serem avaliados em uma regulagem de 
pulverizador: 
 
 
Parâmetro Equipamento 
Velocidade de deslocamento Trena e relógio 
Distância entre pontas ou 
largura de trabalho da ponta 
Trena 
Vazão de Pontas Proveta graduada, 
relógio, 4 recipientes 
plásticos 
2 pares de Luvas 
Pressão nas pontas Kit Manômetro 
Velocidade do vento 
Termohigroanemômetro Temperatura do Ar 
Umidade relativa 
Densidade de gotas Papel sensível e Lupa 
ou Software E-
sprinkle Scaner de 
mesa 
PC ou Notebook 
Tamanho de gotas 
Amplitude Relativa 
Potencial de Deriva 
Distribuição na barra Mesa de checagem de distribuição 
 
 
 
Quadro 02 : Equipamentos utilizados na Regulagem e Calibração de 
Pulverizadores 
 
Software E-Sprinkle 
Papel Sensivel Mesa de checagem de distribuição 
Termohigro- 
anemômetro 
Kestrel 3000 
Termohigro- 
anemômetro 
Kestrel 4000 Jarra e Proveta 
MMaannôômmeettrroo ddee BBiiccoo 
““KKiitt MMaannôômmeettrroo”” 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
3 – FÓRMULAS E FATORES DE CONVERSÃO ÚTEIS : 
 
Fatores de Conversão : 
 
Um BAR = 14,22 Libras/pol2 ( 
PSI ) 1 m/seg = 3,6 km/h 
1 Galão (USA) = 3,785 l/min 
1 Ha = 10.000 m2 
 
Fórmulas para pulverizadores terrestres de barra : 
 
l/min (por bico) = l/ha x km/h x E 
60.000 
 
l/ha = 60.000 x l/min(por bico) 
km/h x E (cm) 
 
l/min = litros por 
minuto l/ha = litros por 
hectare 
km/h = velocidade do trator em km/h 
 
E = Espaçamento entre pontas em cm na barra para aplicação em 
área total ou 
= Faixa de aplicação em cm para bicos únicos , aplicação em faixas ou 
pulverização sem barra 
ou 
= Espaçamento entre as linhas em cm dividido pelo número de bicos 
por rua para aplicação dirigida. 
 
 
4 - REGULAGEM E CALIBRAÇÃO DE PULVERIZADORES DE ARRASTO/TRES PONTOS 
 
 
1º Passo: Definir a ponta de pulverização 
 
A definição da ponta será em função do tamanho de gotas que necessitamos, e 
esta definição das gotas será em função : 
 
 Do modo de ação do produto: 
 
- Herbicidas sistêmicos e de solo podem ser aplicados com gotas 
muito grossas ou grossas, a partir de 20 gotas/cm2; 
 
- Produtos de contato (herbicidas, fungicidas e inseticidas), vão 
exigir gotas médias ou finas, com mais de 40 gotas/cm 2; 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
- Os fungicidas de inverno , do grupo dos Triazóis, que embora 
sistêmicos somente se deslocam pela planta de baixo para cima, 
exigem que o produto atinja as partes inferiores da planta, exigindo 
assim gotas médias ou finas, mais de 40 gotas/cm2. 
 
 Das condições climáticas: 
 
- Em condições mais favoráveis à evaporação e deriva (mais ventos, 
maiores temperaturas e menores umidades relativas) – evitar 
produzir gotas finas ou médias 
 
 Da situação do nosso alvo: 
 
- Quando a cultura ou o mato estiver mais alto e fechado, e 
necessitarmos de penetração na folhagem (herbicidas, inseticidas e 
fungicidas de contato) devemos produzir gotas finas ou médias . 
 
- Às vezes na própria dessecação com glifosato, se existir o “Efeito 
Guarda Chuva” (mato maior ou a própria palha dificultando a 
pulverização de chegar no mato pequeno que fica por baixo) , 
necessitaremos de gotas médias ou finas para atingir o alvo. 
 
Para a definição da ponta, será necessário o uso das 
informações do fabricante, como as contidas no quadro 03 
abaixo : 
 
Pressão 
(bar) 
ULD015F120 ULD02F120 ULD025F120 ULD03F120 ULD04F120 ULD05F120 ULD06F120 
1,0 0,346 0,462 0,577 0,693 0,924 1,155 1,386 
1,5 0,424 0,557 0,707 0,849 1,131 1,414 1,697 
2,0 0,490 0,653 0,816 0,980 1,306 1,633 1,960 
2,5 0,548 0,730 0,913 1,095 1,461 1,826 2,191 
3,0 0,600 0,800 1,000 1,200 1,600 2,000 2,400 
3,5 0,648 0,864 1,080 1,296 1,728 2,160 2,592 
4,0 0,693 0,924 1,155 1,386 1,848 2,309 2,771 
4,5 0,734 0,978 1,225 1,470 1,960 2,449 2,939 
5,0 0,775 1,033 1,291 1,549 2,066 2,582 3,098 
6,0 0,849 1,131 1,414 1,697 2,263 2,828 3,394 
7,0 0,917 1,222 1,528 1,833 2,444 3,055 3,666 
8,0 0,980 1,306 1,633 1,960 2,613 3,266 3,919 
 
Fina Média Gross
a 
Muito 
Grossa 
Extremamente Grossa 
Quadro 03 – Características das Pontas ULD - Hypro. 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
2º Passo : Definição da Taxa de Aplicação – L/Ha 
 
Seguir a instrução do fabricante do defensivo . 
 
3º Passo : Checar a velocidade de deslocamento do pulverizador 
 
A velocidade é determinada cronometrando se uma passada em 50 m, 
na rotação e velocidade normal de trabalho. Para se obter a velocidade em 
km/h, basta dividir 180 pelo tempo gasto em 50 m , isto é : 
 
 
onde T = tempo gasto em segundos para percorrer 50 m 
 
 
4º Passo : Checar o espaçamento entre bicos na barra ( 
em cm ) 5º Passo: Calcular qual a vazão necessária na 
ponta 
Esta vazão em l/min será calculada pela seguinte fórmula : 
 
Onde : 
 
l/min = vazão necessária no 
bico l/ha = taxa de aplicação 
desejada 
km/h = velocidade deslocamento do pulverizador 
 
E = Espaçamento entre pontas em cm na barra para aplicação em 
área total ou 
= Faixa de aplicação em cm para bicos únicos , aplicação em faixas ou 
pulverização sem barra 
ou 
= Espaçamento entre as linhas em cm dividido pelo número de bicos 
por rua para aplicação dirigida/Turbo atomizadores 
 
6º Passo : Escolha da vazão e pressão de trabalho da ponta 
 
Uma vez determinada vazão necessária ponta , escolher então , 
dentro do tipo de ponta já definido, no primeiro passo, a vazão da ponta e 
pressão de trabalho que produzam o tamanho de gota desejado. 
 
Para isto, torna-se necessário o uso de informações do fabricante, 
como o quadro 03 (ver tabelas originais no catalogo de Pontas Hypro) , onde 
nas células temos 
l/min = l/ha x km/h x E 
60.000 
V = 180 
T 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
a informação da vazão na ponta em l/min em função da pressão, e pela cor 
da célula temos (pela legenda) a classe de tamanhode gota que está sendo 
obtida. Lembre-se que 1 BAR = 14,22 PSI (Libras) : 
 
Procure evitar pressões excessivas (acima de 60 PSI ou 4 BAR), para 
garantir menos deriva e mais durabilidade na ponta. 
 
 
7º Passo : Calibração 
 
A - Estando a barra com as pontas escolhidas, ajustar a pressão de trabalho 
com o auxílio de um manômetro de bico; 
 
B – Coletar o volume de saída de água em um minuto em no mínimo 6 
pontas pontas, e anotar; 
 
C – Determinar a vazão média obtida, e : 
 
Verificar se não há pontas variando mais de 5% desta média (se isto 
ocorrer, é sinal que o desgaste já está excessivo, e todas as 
pontas devem ser trocadas por novas) 
 
Verificar se a vazão média obtida não esta variando mais ou menos 
que 5 % da calculada na regulagem . (se isto ocorrer, faça ajuste na 
pressão e cheque as vazões novamente) 
 
8º Passo : Determinação da quantidade de produto por carga do tanque 
 
Por regra de 3 , calcular a dose de produto no tanque, a partir da capacidade 
do tanque e da taxa de aplicação desejada. 
 
 
 
5 - EXEMPLOS DE REGULAGEM : 
 
5.1 - Exemplo Regulagem de Barra em Área Total 
 
Para um produtor que deseja fazer uma aplicação de 3 l/ha de herbicida pós-
emergente sistêmico (permitindo portanto gotas grossas ou muito grossas ) , com 
pulverizador de 600 litros, em soja nova , onde não está ocorrendo efeito “guarda 
chuva” , com 100 l/ha de calda , e o trator fazendo 50 metros em 28 segundos, qual 
seria uma boa opção de ponta e pressão de trabalho , e a carga no tanque ? 
 
Vamos agora seguir o roteiro citado anteriormente : 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
1º Passo : 
Pensando no tamanho de gotas : considerando que não tenha o efeito 
guarda chuva na lavoura, pode-se programar aplicar gotas grossas para 
termos menos deriva. 
 
Escolha do tipo de ponta : observe no quadro 04 que 
a ponta ULD pode produzir gotas 
grossas - Temos a ponta ULD portanto como boa opção. 
 
 
2º Passo : 
Taxa de aplicação : já recomendada no exemplo, de 100 l/ha 
 
 
3º Passo: 
Velocidade de deslocamento do Pulverizador pela fórmula : 
 
Velocidade (km/h) 
= 
 
4º Passo: 
180 
28 
s 
 
= 6,43 km/h 
Checar espaçamento entre bicos na barra : 50 cm, por exemplo. 
 
5º Passo: 
Cálculo da Vazão necessária na ponta : Usando a fórmula : 
 
l/min = 100 l/ha x 6,43 km/h x 50 
cm 60.000 
= 0,536 l/min 
ou seja , precisaremos de uma vazão de 0,536 l/min na ponta. 
 
6º Passo: 
Escolher a melhor opção de ponta e pressão dentro do quadro de 
informações da ponta ULD no quadro 04 abaixo (ver original no catálogo): 
 
Pressão 
(bar) 
ULD015F120 ULD02F120 ULD025F120 ULD03F120 ULD04F120 ULD05F120 ULD06F120 
1,0 0,346 0,462 0,577 0,693 0,924 1,155 1,386 
1,5 0,424 0,557 0,707 0,849 1,131 1,414 1,697 
2,0 0,490 0,653 0,816 0,980 1,306 1,633 1,960 
2,5 0,548 0,730 0,913 1,095 1,461 1,826 2,191 
3,0 0,600 0,800 1,000 1,200 1,600 2,000 2,400 
3,5 0,648 0,864 1,080 1,296 1,728 2,160 2,592 
4,0 0,693 0,924 1,155 1,386 1,848 2,309 2,771 
4,5 0,734 0,978 1,225 1,470 1,960 2,449 2,939 
5,0 0,775 1,033 1,291 1,549 2,066 2,582 3,098 
6,0 0,849 1,131 1,414 1,697 2,263 2,828 3,394 
7,0 0,917 1,222 1,528 1,833 2,444 3,055 3,666 
8,0 0,980 1,306 1,633 1,960 2,613 3,266 3,919 
 
Fina Média Gross
a 
Muito Grossa 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
Extr
ema
men
te 
Gro
ssa 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
Observe no quadro 04 que teremos duas opções de escolha para obtermos 
0,536 l/min: 
 
 
- Com a ponta ULD015-F120 em torno de 2,3 BAR de pressão (33 PSI) , 
produzindo gotas grossas. 
 
- Com a ponta ULD02-F120 em torno de 1,2 BAR (17 PSI) , produzindo 
gotas muito grossas 
 
 
 As duas opções nos atende bem produzindo gotas de baixo 
potencial de deriva 
 
A dose por tanque do herbicida do exemplo será : 
 
(Em 1 ha ): 100 litros - 3 litros 
Em 600 litros - x 
x = 3 x 600/100 = 18 litros por tanque de 600 l 
 
 
 
5.2 - Exemplo de Regulagem de “Conceição” 
 
 
Para uma aplicação com conceição com largura de 2 metros e 4 bicos, 
tanque de 400 litros , para se aplicar de 3 l/ha de glifosato (herbicida pós-emergente 
de sistêmico , portanto podendo se trabalhar com gotas grossas ou muito grossas) , 
eucalipto novo, com 150 l/ha de calda , e o trator fazendo 50 metros em 40 
segundos, qual seria a ponta, a regulagem e a carga no tanque ? 
 
Vamos agora seguir o roteiro: 
 
1º Passo : 
 
Pensando no tamanho de gotas : considerando que o eucalipto novo é 
altamente sensível ao Glifosato aplicando gotas muito grossas teremos 
menos deriva. 
 
Escolha do tipo de ponta : A ponta AI será a mais indicada para este caso 
 
2º Passo : 
 
Taxa de aplicação : já recomendada no exemplo, de 150 l/ha 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
3º Passo: 
 
Velocidade de deslocamento do Pulverizador : pela fórmula : 
 
Velocidade (km/h) 
= 
18
0 
40 
 
= 4,5 km/h 
 
4º Passo: 
 
Checar espaçamento entre bicos na barra : 
 
Lembre-se que estamos agora fazendo uma aplicação em faixa, 
e nesta faixa aplicada de 2 metros como o pulverizador do exemplo 
está com 4 bicos, a faixa de aplicação de cada bico é de 4m/4 bicos = 
0,5 m = 50 cm por bico 
 
 
5º Passo: 
 
Cálculo da Vazão necessária na ponta : Usando a fórmula : 
 
l/min = 150 l/ha x 4,5 km/h x 50 
cm 60.000 
= 0,563 l/min por bico 
ou seja , precisaremos de uma vazão de 0,563 l/min na ponta. 
 
6º Passo: 
 
Escolher a melhor opção de ponta e pressão dentro do quadro 
pressão x vazão da ponta: 
 
Observe no quadro 03 que para obtermos 0,563 l/min teremos 
como opção : Ponta AI10015 um pouco abaixo de 3 bares de 
pressão 
 
A dose por tanque do herbicida do exemplo 
será : (Em 1 ha ): 150 litros - 3 litros 
Em 400 litros - x 
 
x = 3 x 400/100 = 12 litros por tanque de 400 l 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
5.3 – Exercício de regulagem de “Arrastão” 
 
( O Arrastão é uma barra suspensa utilizada em área de florestas, de onde descem 
4 mangueiras com lanças manuais na ponta, conduzidas por operários a pé.) 
 
Para uma aplicação com arrastão com e 4 operários (4 linhas), eucalipto com 
3 metros de rua e tanque de litros , para se aplicar de 3 l/ha de glifosato 
(herbicida pós- emergente de sistêmico , portanto podendo se trabalhar com gotas 
grossas ou muito grossas) , eucalipto novo, com 150 l/ha de calda , e o trator 
fazendo 50 metros em segundos , cada 
operário fazendo uma faixa de m 
 
Qual seria a ponta, a regulagem e a carga no tanque ? 
 
Vamos agora seguir o roteiro: 
 
1º Passo : 
 
Pensando no tamanho de gotas : considerando que o eucalipto novo é 
altamente sensível ao Glifosato aplicando gotas muito grossas teremos menos 
deriva. 
 
Escolha do tipo de ponta : A ponta ULD ( indução de ar) será a mais indicada 
para este 
caso 
 
 
 
2º Passo : 
 
Taxa de aplicação : já recomendada no exemplo, de 150 l/ha 
 
 
3º Passo: 
 
Velocidade de deslocamento do Pulverizador : Pela fórmula : 
 
Velocidade (km/h) 
= 
 
4º Passo: 
 
180 
= km/h 
t 
 
Como cada lança terá um bico, e cada operário irá fazer a largura de metros, a 
faixa aplicada por bico será de cm 
 
 
5º Passo: 
 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
Cálculo da Vazão necessária na ponta : Usando a fórmula : 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
l/min = = l/min por bico 
 
 
6º Passo: 
 
Escolher a melhor opção de ponta e pressão dentro do quadro 
pressão x vazão da ponta: 
 
 
 
A dose por tanque do herbicida do exemplo 
será : (Em 1 ha ): 150 litros - 3 litros 
Em litros - x 
 
x = litros do defensivo em um tanque de litros 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
5.4 - Exercício de Regulagem de “Conceição” 
 
 
Para uma aplicação com conceição com largura de metros e 
 bicos, tanque de 
 litros , para se aplicarde l/ha de glifosato (herbicida pós-emergente de 
sistêmico , portanto podendo se trabalhar com gotas grossas ou muito grossas) , 
eucalipto novo, com 150 
l/ha de calda , e o trator fazendo 50 metros em 
 
regulagem e a carga no tanque ? 
 
Vamos agora seguir o roteiro: 
 
1º Passo : 
segundos, qual seria a ponta,
 a 
 
Pensando no tamanho de gotas : considerando que o eucalipto novo é 
altamente sensível ao Glifosato aplicando gotas muito grossas teremos 
menos deriva. 
 
Escolha do tipo de ponta : 
 
2º Passo : 
 
Taxa de aplicação : já recomendada no exemplo, de 150 l/ha 
 
 
 
3º Passo: 
 
Velocidade de deslocamento do Pulverizador : pela fórmula : 
 
Velocidade (km/h) 
= 
18
0 
t 
 
= km/h 
 
4º Passo: 
 
Espaçamento entre bicos na barra ou faixa aplicada por bico : 
 
 
cm 5º Passo: 
Cálculo da Vazão necessária na ponta : Usando a fórmula : 
 
l/min = = l/min por bico 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
6º Passo: 
 
Escolher a melhor opção de ponta e pressão dentro do quadro 
pressão x vazão da ponta: 
 
Ponta : 
 
Pressão: Bar 
 
 
A dose por tanque do herbicida: 
 
 
 
 
 
 litros por tanque de 400 l 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
6 - REGULAGEM E CALIBRAÇÃO DE TURBO ATOMIZADORES 
 
Na regulagem de turbo atomizadores deve-se ter em mente evitar a deriva 
desnecessária, e conseqüentemente garantir o máximo de ingrediente ativo 
atingindo o alvo, tomando–se sempre o cuidado de fechar pontas que não forem 
necessárias e regular adequadamente a angulação das pontas e da canaleta que 
dirige o jato de ar, para evitar apontar as gotas para fora do alvo. 
 
A velocidade de rotação ventilador e/ou angulação das pás quando forem 
reguláveis, também deve ser ajustadas para não se ter perdas excessivas por 
deriva. 
 
Na calibração dos turbo atomizadores, o uso do papel sensível, assim como 
o processo de tentativa e erro na calibração e ajustes citados são fundamentais. 
 
1º Passo : Calcular a vazão total dos bicos 
 
A vazão necessária total Q (l/min) poderá ser obtida a partir da velocidade do 
pulverizador Vp(km/h) , taxa de aplicação necessária em l/ha ou da taxa em litros por 
plantas – l/planta, e da largura da rua Lr (m) ou do espaçamento entre plantas na 
linha E(m) conforme nossa opção em l/ha ou l/plantas respectivamente, a saber : 
 
Para taxa de aplicação em litros /planta : 
 
Q(l/min) = Vp(km/h) x l/planta 
E(m) x 0,06 
 
Para taxa de aplicação em litros/ha : Ou 
 
Q(l/min) = Vp(km/h) x Lr(m) x l/ha 
600 
 
 
Exemplo : Para Turbo pulverizador andando a 4 km/h, largura de rua de 3 m, 2 
metros entre plantas, pergunta-se qual a vazão total para uma uma taxa de 600 l/ha 
 
Q(l/min) = 4 km/h x 3 m x 600 l/ha = 12 
l/min 600 
 
Observe que como temos 12 m2 por planta, temos 1.666 plantas/ha, e a taxa 
de 600 l/ha corresponde a 0,360 l/planta. Usando esta taxa em l/planta e a outra 
fórmula chegaremos ao mesmo resultado : 
 
Q(l/min) = 4 km/h x 0,360 l/planta = 12 
l/min 2 m x 0,06 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
 
 
2º Passo : determinar a vazão por bico: 
 
Será a vazão total Q dividida pelo numero de bicos : 
L/min(bico) = Q/n 
Onde 
Q = Vazão total 
necessária n = número 
de bicos 
 
3 Passo : Definir as pontas a utilizar 
 
Normalmente são utilizados bicos de jato cone tipo ponta difusor nestes 
pulverizadores, e a escolha entre cone cheio e cone vazio vai depender da largura 
de rua, e porte da copa ou altura e enfolhamento no caso de parreiral, que definirão 
( após testes com papel sensível ) o tamanho de gotas mais adequado. 
Para a escolha da combinação correta de ponta difusor , deve-se verificar nas 
tabelas de pressão e vazão do manual técnico qual combinação dará a vazão 
necessária, numa pressão razoável (evitar pressões superiores a 10 BAR ou 150 
PSI. No quadro 05 e são mostradas diferentes características de pulverizações 
(DMV e percentagem do volume pulverizado com gotas menores que 100 
micrômetros) de diferentes bicos e combinações de ponta/difusor, em três 
velocidades de deslocamento, mesma pressão de trabalho e mesma taxa de 
aplicação (l/ha). 
 
 
 
QQuuaaddrroo 0055 -- DDeesseemmppeennhhoo CCoommppaarraattiivvoo ddee PPoonnttaass ddee 
PPuullvveerriizzaaççããoo 
 NOME DA PONTA 
CARACTERíSTICAS 
JACTO 
JA – 2 
CONEJET 
TX - 8 
PONTA-DIFUSOR 
D3 - 25 
PONTA-DIFUSOR 
D2 - 31 
 
TIPO DE JATO 
 
CONE VAZIO 
 
CONE VAZIO 
 
CONE VAZIO 
 
CONE CHEIO 
 
VAZÃO (lt/min) 
 
0,73 
 
1,0 
 
1,2 
 
DMV (µm) 
 
129 
 
140 
 
268 
 
335 
 
% gotas < 100 µm 
 
32 
 
21 
 
9 
 
< 3 
 
PRESSÃO ( bar) 
 
7 Bar = 100 Lbs/Pol² 
 
VELOCIDADE (Km/h) 
 
4 
 
5 
 
6 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
VOLUME ( lt/ha ) 
 
486 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
QQuuaaddrroo 0066 -- CCaarraacctteerrííssttiiccaass ddaa PPuullvveerriizzaaççõõeess PPrroodduuzziiddaass PPeellooss 
BBiiccooss ddee JJaattoo CCôônniiccoo (( PPoonnttaa--DDiiffuussoorr)) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quanto a vazão individual das pontas, embora a regra básica seja dividir o a vazão 
total necessária Q pelo número de pontas que estarão funcionando no pulverizador 
no caso de culturas perenes de copa cônica ou trapezoidais como café, maçã, etc 
recomenda-se ajustar o volume do líquido na cortina de ar proporcionalmente ao 
volume da copa da planta , isto é, se a metade inferior da copa ocupa por exemplo 
um volume de 2/3 do total e a metade superior ocupa um volume de 1/3 do volume 
total, os bicos de baixo que cobrirão 50 % da altura da copa devem ter 2/3 da vazão 
total , e os bicos que atingirão a metade superior da altura da copa deverão totalizar 
1/3 da vazão total. Veja o esquema no quadro 06 abaixo. 
 
 
bico PSI DV0,1 DV0,5 DV0,9 A.R. PRD 
D1-45 200 78 135 205 0,94 24,0 
D2-45 200 90 152 232 0,93 15,0 
D3-45 200 100 170 250 0,88 10,0 
D5-45 200 118 198 290 0,87 5,0 
D7-45 200 135 222 320 0,83 2,5 
D10-45 200 147 240 345 0,83 < 2 
D14-45 200 163 270 390 0,84 < 2 
D16-45 200 178 290 410 0,80 < 2 
 
bico PSI DV0,1 DV0,5 DV0,9 A.R. PRD 
D1-25 200 75 124 185 0,89 29,0 
D2-25 200 83 140 212 0,92 20,0 
D3-25 200 94 158 238 0,91 15,0 
D5-25 200 108 180 270 0,90 7,5 
D7-25 200 120 202 295 0,87 4,5 
D10-25 200 134 222 320 0,84 2,5 
D14-25 200 152 250 355 0,81 < 2 
 
BICO DE JATO CÔNICO PONTA-DIFUSOR D3-25 
PSI l/m in DV0,1 DV0,5 DV0,9 A.R. PRD 
50 0,76 148 250 375 0,91 2,0 
100 1,10 134 228 350 0,95 2,5 
200 1,52 94 158 238 0,91 15,0 
300 1,82 76 128 184 0,84 27,0 
400 2,20 70 108 154 0,78 40,0 
 
BICO DE JATO CÔNICO PONTA-DIFUSOR D3-45 
PSI l/m in DV0,1 DV0,5 DV0,9 A.R. PRD 
50 0,97 150 265 420 1,02 < 2 
100 1,37 141 245 375 0,96 2,5 
200 1,94 100 170 250 0,88 10,0 
300 2,36 80 138 210 0,94 21,0 
400 2,74 70 115 170 0,87 34,0 
 
Quadro 06 - Exemplo de distribuição de vazão proporcional ao volume da copa 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
3º Passo: Calibração 
 
O método mais preciso é o do volume conhecido: 
 
A - Ajustar a pressão para atingirmos a vazão prevista nos bicos, pela 
tabela dos bicos. 
 
B - Iniciar a pulverização, percorrendo um numero de plantas ou área 
conhecida. 
Este ponto da calibração também deve ser utilizado para a verificação 
da deposição com o papel sensível, que pode ser grampeado nas folhas 
da cultura alvo 
 
C - Completar o tanque medindo o volume de abastecimento , comparando 
com o volume que estava previsto para o número de pés ou para a área 
conhecidos 
 
D – Fazer reajustes na pressão se necessário e fazer novamente o teste. 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
7 - REGULAGEM E CALIBRAÇÃO DE PULVERIZADORES COSTAIS 
 
 
1º Passo: Definir a Vazão e o tamanho de gotas desejado 
 
Esta definição vai depender do produto a ser aplicado 
 
2 Passo – Escolhao tipo ponta de pulverização 
 
A definição da ponta será em função do tamanho de gotas que necessitamos, 
e deve-se seguir o mesmo raciocínio já mostrado no item 5 – Regulagem e 
calibração de pulverizadores de arrasto ou três pontos. 
 
Alguns aspectos cabem ser comentados : 
 
Nos costais manuais, a pressão máxima de trabalho gira em torno de 60 PSI , 
 
Na ausência de válvula reguladora de pressão fica difícil prever um trabalho 
realmente preciso do operador quanto a pressão, e como as pontas antideriva de 
indução de ar exigem pressão mínima de 30 PSI para funcionarem, recomenda-se 
a utilização das válvulas reguladoras de pressão para garantir o funcionamento 
adequado das pontas. 
 
3 Passo - Determine a largura da faixa de 
aplicação 4 Passo – Determine a velocidade 
de trabalho 
Determine o tempo gasto para se fazer 50 metros. E use a fórmula 
 
V = 180 
T 
 
5 Passo - Determine a vazão da Ponta 
 
Utilize a fórmula : l/min = l/ha x km/h x E , onde 
60.000 
 
l/min = vazão necessária na 
ponta l/ha = taxa de aplicação 
desejada km/h = velocidade 
de operação 
E = largura da faixa de aplicação em cm 
 
Determinada a vazão necessária, escolha a vazão e pressão de 
trabalho da ponta, dentro da tabela de pressão/vazão do tipo de ponta 
escolhido, que vá atender ao tamanho de gota desejado. 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
6 Passo – Calibração 
 
É mais prático adotar o método do volume conhecido: 
 
A – Abasteça e prepare o pulverizador com a ponta e a válvula reguladora 
adequados 
 
B – Percorra uma distância conhecida fazendo a aplicação na 
velocidade normal de trabalho 
 
C – Complete o pulverizador com uma proveta ou jarra graduada , 
anotando o volume gasto. 
 
D – Por regra de três, determine a taxa de aplicação real . 
 
E – Se for possível ajustar a pressão , fazer o ajuste para acertar a taxa 
de aplicação real com a programada, e repetir os passos A a D. 
 
Caso não se disponha de como regular a pressão, o cálculo da 
carga de defensivo por tanque deverá ser feito com a taxa real, e não 
com a taxa programada. 
 
7 Passo: Cálculo da carga de defensivo no tanque do pulverizador 
 
Determinar por regra de três 
 
 
 
8 – EXEMPLO DE REGULAGEM E CALIBRAÇÃO DE PULVERIZADOR COSTAL 
 
Para uma aplicação de 150 l/ha, de glifosato, dose de 3 l/ha, com gotas 
grossas, percorrendo-se 50 m em 60 seg, largura de aplicação = 0,80 m 
 
1 Passo : Taxa de aplicação e tamanho de gota 
 
Já exemplificado : 150 l/ha, gotas grossas 
 
2 Passo: Definição do tipo de ponta 
 
Vamos considerar o uso da ponta AI, que produzirá as gotas grossas 
desejadas. 
 
3 Passo: Largura da faixa de aplicação 
 
Conforme exemplificado : 1,00 m = 100 cm ( lembre-se que na fórmula 
iremos precisar desta medida em cm 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
 
4 Passo – Determinação da velocidade de trabalho 
Como foi citado , 50 metros em 60 segundos. Usando a a 
fórmula V = 180 : 180 = 3,0 km/h 
T 60 
 
5 Passo - Determinação da vazão da Ponta 
 
Utilizando fórmula : l/min = 150 l/ha x 3,0 km/h x 80 cm = 0,6 l/min, 
60.000 
 
 
Observando-se a tabela de pressão x vazão da ponta AI, temos como 
alternativa a Ponta AI 110015 a cerca de 3 Bares de pressão. 
 
6 Passo : Calibração 
 
7 Passo : Calculo da carga 
 
Adotando se como exemplo que na calibração tenha se obtido a taxa 
real como a taxa programada de 150 l/ha, caso o tanque do pulverizador seja de 
20 litros, teremos a seguinte carga: 
 
150 l --- 3 l 
20 l --- x x = 20 x 3 = 0,4 l/tanque de 20 litros 
150 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS 
 
 
ÍNDICE 
 
 
 
Página 
PLANTAS DANINHAS: BIOLOGIA E MÉTODOS DE CONTROLE ..... 1 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1 
2. PLANTA DANINHA ................................................................................... 2 
2.1. Prejuízos Causados pelas Plantas Daninhas ........................................... 3 
2.1.1. Prejuízos diretos......................................................................................... 3 
2.1.2. Prejuízos indiretos...................................................................................... 3 
2.2. Utilidades das Plantas Daninhas ....................................................................... 4 
2.3. Origem, Estabelecimento e Propagação das Plantas Daninhas ........................ 4 
2.4. Classificação das Plantas Daninhas .................................................................. 9 
2.4.1. Características práticas para reconhecimento das principais famílias de 
plantas daninhas......................................................................................... 10 
2.5. Características de Agressividade das Plantas Daninhas ................................... 11 
3. COMPETIÇÃO ENTRE PLANTAS DANINHAS E CULTURAS ........ 12 
3.1. Fatores do Ambiente Passíveis de Competição ................................................ 13 
3.1.1. Competição por água ................................................................................. 15 
3.1.2. Competição por luz .................................................................................... 17 
3.1.3. Competição por CO2 .................................................................................. 19 
3.1.4. Competição por nutrientes ......................................................................... 20 
4. ALELOPATIA ............................................................................................. 21 
4.1. Alelopatia das Plantas Daninhas Sobre as Culturas e Plantas Daninhas .......... 22 
4.2. Alelopatia entre Culturas .................................................................................. 22 
4.3. Alelopatia das Coberturas Mortas .................................................................... 22 
5. COMPETIÇÃO E PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO .............. 23 
6. MÉTODOS DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS .................... 25 
6.1. Controle Preventivo .......................................................................................... 26 
6.2. Controle Cultural .............................................................................................. 26 
6.3. Controle Mecânico ou Físico............................................................................ 27 
6.4. Controle Biológico............................................................................................ 28 
6.5. Controle Químico ............................................................................................. 29 
LITERATURA CONSULTADA...................................................................... 30 
1 
FERTILIDADE DO SOLO, MECANIZAÇÃO E PLANTAS INVASORAS 
 
PLANTAS DANINHAS: 
BIOLOGIA E MÉTODOS DE CONTROLE 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Para um leigo, o controle de plantas daninhas, usando métodos manuais, mecânicos ou 
químicos, é extremamente simples. Na verdade, é uma ciência multidisciplinar que depende de 
conhecimentos de botânica, biologia, mecanização agrícola, física e química do solo, química 
orgânica, bioquímica, fisiologia vegetal, climatologia, fitotecnia, técnicas de biologia molecular 
e sensoriamento remoto. 
Como toda ciência, o estudo das plantas daninhas é dinâmico. Novas técnicas estão 
sempre sendo pesquisadas e incorporadas. Assim, com ajuda da física, o ultra-som, a 
eletricidade, as microondas e o raio laser estão sendo avaliados como futuros métodos de 
controle; isoenzimas e RAPD (biotecnologia) e sensoriamento remoto também são úteis na 
identificação de plantas daninhas. Muitos estudos estão sendo conduzidos em genética, visando o 
melhoramento de culturas para resistência a herbicidas; como exemplos, estão sendo 
desenvolvidos trabalhos objetivando a criação de cultivares de soja resistentes ao glyphosate; de 
milho, ao

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