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POLÍMEROS E ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS 13 e 14 de Outubro de 2011 Curso Técnico em Química Disciplina ―Química dos Polímeros‖ Prof. Luiz Gustavo Criado Gonçalves Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 2 Programação 13/10 9:00h – 12:30h: Introdução teórica à Química dos Polímeros, alinhamento das Bases Tecnológicas. 13:30h – 17:00h: Aulas Práticas – Preparação do Rayon, Preparação de Resinas (Anilina-Formaldeído, Fenol-Formaldeído, Uréia-Formaleído, Poliuretano). 14/10 9:00h – 12:30h: Aulas Práticas – Extração da Caseína do Leite, Produção de Cola a partir da Caseína, Obtenção da Geleca (Amoeba), Identificação e Propriedades dos Polímeros. 13:30h – 17:00h: Propriedades e Aplicações dos Polímeros, Considerações Finais. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 3 Ciência dos Materiais METAIS – Materiais metálicos consistem normalmente das combinações de elementos metálicos. Característica química principal: ligação metálica (e suas propriedades). CERÂMICAS – Materiais cerâmicos são compostos formados entre elementos metálicos e elementos não-metálicos. Na maioria das vezes, são compostas por óxidos, nitretos e carbetos metálicos. Característica química principal: ligação iônica (e suas propriedades). POLÍMEROS – Materiais poliméricos incluem os materiais comuns de plásticos e borrachas que são conhecidos. São essencialmente formados por cadeias carbônicas ligadas a hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e halogênios. Característica química principal: Ligação covalente (e suas propriedades). Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 4 Polímeros Molécula muito grande constituída de muitas unidades moleculares que se repetem, chamadas monômeros. A reação que faz com que os monômeros se agreguem para constituir o polímero é chamada reação de polimerização: n MONÔMERO --[-POLÍMERO-]--n Para que tenha aplicação industrial: 2000 < n < 100.000. Fonte: ALLINGER, N. L. Química Orgânica. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed Guanabara Dois, 1978. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 5 Polímeros Oligômeros: polímeros que não possuem massa molecular muito elevada. Polímeros com alta massa molecular são chamados de alto polímeros (high polymer), com massas moleculares da ordem de 103 a 106 g/mol. O número de meros na cadeia polimérica é chamado grau de polimerização. O produto do grau de polimerização n e da massa molecular da unidade monomérica Mu, é a massa molecular do polímero Mpol: Mpol = n . Mu Fonte: NOGUEIRA, J. S. N. Introdução a Polímeros. 1ª. Ed., Cuiabá: Ed GPNM, 2000. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 6 Copolímeros Os polímeros formados por um único tipo de monômero são designados homopolímeros. Quando existem tipos diferentes de meros na composição dos polímero, este é chamado de copolímero. Copolímero em bloco: A-A-A-A-A-A-A-A-B-B-B-B-B-B-A-A-A-A-A-A-A-A Copolímero grafitizado: B-B-B-B-B-B A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A B-B-B-B-B-B Fonte: NOGUEIRA, J. S. N. Introdução a Polímeros. 1ª. Ed., Cuiabá: Ed GPNM, 2000. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 7 Taticidade Orientação dos substituintes em relação ao plano formado pela cadeia principal (em zigue-zague, devido à ligação sp3). Polímero Isotático: ramificações voltadas para mesmo lado do plano: Fonte: NOGUEIRA, J. S. N. Introdução a Polímeros. 1ª. Ed., Cuiabá: Ed GPNM, 2000. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 8 Taticidade Polímero Sindiotático: alternância de orientação em relação ao plano da cadeia: Fonte: NOGUEIRA, J. S. N. Introdução a Polímeros. 1ª. Ed., Cuiabá: Ed GPNM, 2000. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 9 Taticidade Polímero Atático: não há qualquer regularidade de orientação: Fonte: NOGUEIRA, J. S. N. Introdução a Polímeros. 1ª. Ed., Cuiabá: Ed GPNM, 2000. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 10 Taticidade Encadeamento: cabeça-cauda, cabeça-cabeça e cauda-cauda: Fonte: NOGUEIRA, J. S. N. Introdução a Polímeros. 1ª. Ed., Cuiabá: Ed GPNM, 2000. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 11 Nomenclatura Toma-se por base o nome do monômero, acrescentando o prefixo poli: Fonte: NOGUEIRA, J. S. N. Introdução a Polímeros. 1ª. Ed., Cuiabá: Ed GPNM, 2000. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 12 Classificação São classificados quanto à estrutura das cadeias, métodos de preparação, características térmicas e mecânicas: Fonte: NOGUEIRA, J. S. N. Introdução a Polímeros. 1ª. Ed., Cuiabá: Ed GPNM, 2000. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 13 Polímeros de Adição São resultados de poli-reações de adição, a partir de monômeros vinílicos ou diênicos: Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 14 Polímeros Vinílicos São derivados de monômeros que possuem o esqueleto ―C = C‖. Polietileno: derivado do etileno (eteno). Possui alta resistência à umidade e ao ataque químico, porém baixa resistência mecânica. Empregado na fabricação de folhas (toalhas, cortinas, envólucros) recipientes (baldes, sacos), brinquedos, etc. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 15 Polímeros Vinílicos Polipropileno: derivado do propileno (propeno). É mais duro e mais resistente ao calor que o polietileno. Muito empregado na fabricação de artigos moldados e fibras. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 16 Polímeros Vinílicos Poliisobutileno: derivado do isobutileno (isobuteno). Constitui um tipo de borracha sintética denominada ―borracha butílica‖. Muito empregado na fabricação de câmaras pneumáticas (bóias). Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 17 Polímeros Vinílicos Poliestireno: derivado do estireno (vinil-benzeno). Muito resistente a ataques químicos, bom isolante elétrico, com boa transparência. Muito empregado na fabricação de artigos moldados (pratos, xícaras, copos). Quando recebe injeção de gases a quente, expande e dá origem ao isopor, com bom isolamento térmico. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 18 Polímeros Vinílicos Policloreto de Vinila – PVC: obtido do cloreto de vinila (cloroeteno). É duro e tem boa resistência térmica e elétrica. Muito empregado na fabricação de caixas d´água, telhas e tubos. Com plastificantes, torna-se mole e extremamente versátil, sendo usado tubos flexíveis, sapatos, luvas e couro sintético (usado em revestimento de estofados, automóveis, fitas vedantes, etc. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros.1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 19 Polímeros Vinílicos Acetato de Polivinila – PVA: obtido do acetato de vinila. Empregado na fabricação de tintas a base d´água (tintas vinílicas, de adesivos e de gomas de mascar. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 20 Polímeros Vinílicos Politetrafluoretileno – TEFLON: obtido do tetrafluoretileno. É o polímero que tem maior resistência ao calor e à corrosão por agentes químicos. Muito caro. Empregado na fabricação de válvulas, registros, revestimento de panelas e utensílios de cozinha, próteses, isolamentos elétricos, revestimentos para equipamentos químicos. A pressão necessária para produzir o Teflon é de cerca de 50.000 atm. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 21 Polímeros Acrílicos São derivados de monômeros que possuem o esqueleto do ácido acrílico ―H2C=C(CH3)COOCH3‖. Polimetacrilato de Metila – PMMA: obtido do acrilato de meta- acrilato de metila. Possui excelente resistência mecânica e ótimas propriedades ópticas. Conhecido como ―vidro plástico‖, Plexiglass ou Lucite. Empregado na fabricação de lentes para óculos, parabrisas de aviões, janelas leves, etc. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 22 Polímeros Acrílicos Poliacrilonitrila – PAN: obtido da acrilonitrila. É usado essencialmente como fibra têxtil, na fiação com algodão, lã ou seda. Produz tecidos conhecidos como orlon, acrilan ou dralon, muito empregados na confecção de roupas de inverno. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 23 Polímeros Diênicos São derivados de monômeros que possuem o esqueleto de dienos conjugados ―C=C—C=C‖. Polibutadieno – BUNA: obtido do 1-3-butadieno. Constitui uma borracha sintética não totalmente satisfatória, sendo muito utilizado na confecção de copolímeros. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 24 Polímeros Diênicos Poliisopreno – Látex: obtido do 2-metil-1-3-butadieno (isopreno). Muito conhecido como borracha natural, ou simplesmente látex. Muito empregado na confecção de carcaças de pneus, bicos de chupetas e de mamadeiras, preservativos, etc., por possuir baixa irritabilidade dérmica. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 25 Polímeros Diênicos Policloropreno ou Neopreno: obtido do 2-cloro-1-3-butadieno (cloropreno). Constitui uma borracha sintética de ótima qualidade, muito resistente a tensões mecânicas, aos agentes atmosféricos e aos solventes orgânicos. Muito empregado na fabricação de luvas, juntas, tubos flexíveis e no revestimento de materiais elétricos. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 26 Copolímeros São formados por dois ou mais monômeros diferentes. SARAN: obtido a partir do cloreto de vinila e do 1,1-dicloro-etileno. É um polímero muito resistente aos agentes atmosféricos e aos solventes orgânicos. Muito empregado na fabricação de tubos plásticos para estofados automotívos, filmes para envólucros de alimentos, etc. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 27 Copolímeros PERBUNAM (BUNA-N): obtido a partir da acrilonitrila e do 1,3- butadieno. É uma borracha muito resistente aos óleos minerais, sendo muito empregada na fabricação de tubos para transporte de óleos lubrificantes em indústrias, automóveis, máquinas, etc. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 28 Estrutura dos Copolímeros Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 29 Polímeros de Condensação São resultados de poli-reações de condensação entre monômeros iguais ou diferentes, com eliminação de moléculas simples (H2O, HCl, NH3, etc.). Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 30 Polímeros de Condensação Polifenol – Resina Fenol-Formaldeído: É o resultado da condensação entre o fenol e o formaldeído (metanal). No primeiro estágio da polimerização, forma um polímero quase linear, de massa molecular baixa,conhecido como Novolae, empregado na fabricação de tintas, vernizes e colas para madeira Se a reação prosseguir, forma-se a Baquelite, polímero mais antigo de uso industrial (1909). Empregado na fabricação de peças moldadas como cabos de panelas, tomadas, plugues, etc. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 31 Polímeros de Condensação Resina Uréia-Formaldeído: É o resultado da condensação entre a uréia o formaldeído (metanal). É um material tridimensional, rígido e transparente, porém se torna opaco com o tempo. Com a adição de celulose se torna opaco, sendo usado em vernizes, resinas e impregnação de papéis. Muito conhecido como Fórmica. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 32 Polímeros de Condensação Resina Melamina-Formaldeído: É o resultado da condensação entre a melamina o formaldeído (metanal). É um material tridimensional, de estrutura muito semelhante à da resina uréia-formaldeído, substituindo a uréia pela melamina na reação. Foi muito empregada na fabricação de discos musicais antigos. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 33 Polímeros de Condensação Poliéster: É o resultado da condensação entre poliácidos carboxílicos (ou seus anidridos e éteres) e polióis, eliminando água. Polietileno tereftalato – PET: resultado da condensação entre o éster metílico do ácido tereftálico e o etileno glicol. É um material resistente, empregado na produção de garrafas ou como fibra têxtil (Terilene ou Dacron). Misturado a fibras naturais (algodão, lã, seda) dá origem ao Tergal. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 34 Polímeros de Condensação GLIPTAL: resultado da condensação entre o anidrido ftálico e glicerina. É um material resistente, empregado na fabricação de tintas secativas. Fonte: FRANQUINI, P. E. ApostilaQuímica Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 35 Polímeros de Condensação Poliamida (ou Nylon): É o resultado da condensação entre ácidos dicarboxílicos e diaminas, eliminando água. Nylon-66: resultado da condensação entre o ácido adípico (hexanodióico) e haxametileno diamina. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 36 Polímeros de Condensação As poliamidas são conhecidas por Nylons, são fibras duras, de grande resistência mecânica. São moldados em forma de engrenagens e outras peças de máquinas, em formas de fios e também se prestam à fabricação de cordas, tecidos, garrafas, linhas de pesca etc. Outros nylons importantes são o Nylon-6 (ou Perlon), obtido por aquecimento da caprolactama, e o Nylon-10, obtido da condensação de um aminoácido, o ácido 11-amino-undecanóico. Fonte: FRANQUINI, P. E. Apostila Química Orgânica III – Polímeros. 1ª. Ed., ETECAP, Campinas: 2007. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 37 Conceitos Básicos Termoplásticos: materiais plásticos que apresentam a capacidade de ser repetidamente amolecidos pelo aumento de temperatura e endurecidos pelo resfriamento. Essa alteração é, portanto, reversível. Termofixos ou Termorrígidos: materiais plásticos que, quando curados, com ou sem aquecimento, não podem ser reamolecidos por meio de um aquecimento posterior. O processo de cura consiste em uma série de reações químicas que promovem a formação de ligações químicas primárias (ligações covalentes) entre as macromoléculas da resina termofixa mediante o uso de calor, pressão, radiação ou catalisadores, tornando-a rígida, insolúvel e infusível. Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 38 Estrutura Molecular Polímeros Lineares: as unidades monoméricas se unem extremidade a extremidade em cadeias únicas. Formam cadeias flexíveis e podem ser consideradas como se fossem uma massa de espaguete, unidas por ligações de van der Waals e de hidrogênio. Exemplos: PEAD, PVC, PS, PMMA, PTFE, Nylons. Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 39 Estrutura Molecular Polímeros Ramificados: polímeros com cadeias de ramificações laterais conectadas às cadeias principais, resultantes de reações paralelas que ocorrem durante a polimerização. Exemplo: PEBD. Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 40 Estrutura Molecular Polímeros com Ligações Cruzadas: polímeros com cadeias lineares adjacentes unidas umas às outras em várias posições por meio de ligações covalentes, realizadas durante a síntese do polímero ou através de reações irreversíveis, conduzidas sob temperatura e pressão altas. Exemplo: borrachas vulcanizadas. Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 41 Estrutura Molecular A vulcanização é um processo de reticulação pelo qual a estrutura química da borracha, matéria-prima, é alterada pela conversão das moléculas do polímero independente, numa rede tridimensional onde ficam ligadas entre si. Converte um emaranhamento viscoso de moléculas com longa cadeia numa rede elástica tridimensional, unindo quimicamente (reticulação) estas moléculas em vários pontos ao longo da cadeia. O módulo de elasticidade e a resistência mecânica das borrachas são aumentados com a vulcanização. Principais agentes vulcanizantes: Enxofre Peróxidos Orgânicos Metais Complexantes Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 42 Estrutura Molecular Polímeros em Rede: polímeros formados por unidades monoméricas trifuncionais, formando três ligações covalentes ativas, ou com muitas unidades de ligações cruzadas, que proporcionam propriedades mecânicas e térmicas muito interessantes aos materiais. Exemplos: resinas epóxi, baquelite. Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 43 Configurações Moleculares Amorfo: Estrutura polimérica onde as macromoléculas se encontram no estado de menos energia, permitindo a passagem da luz (transparência). Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 44 Configurações Moleculares A estrutura polimérica linear é altamente influenciada pela liberdade de movimentação dos carbonos sp3. Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 45 Configurações Moleculares Amorfo Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 46 Configurações Moleculares Cristalino: Estrutura polimérica onde as macromoléculas se encontram em estado ―orientado‖, não permitindo passagem da luz (opaco). Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 47 Configurações Moleculares Cristalino: Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 48 Configurações Moleculares Não existe material 100% amorfo nem 100% cristalino ! Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 49 Propriedades dos Polímeros Temperatura de transição vítrea (Tg): Temperatura abaixo da qual a movimentação (vibração) das moléculas é diminuída. O polímero torna-se duro e quebradiço sempre que está na fase vítrea. Temperatura de fusão (Tm): Temperatura de fusão existe apenas para a fase cristalina do polímero e caracteriza-se pela temperatura acima da qual não existe arranjo ordenado entre as moléculas (fase cristalina). Portanto pode-se dizer que não existe ponto de fusão para estruturas amorfas. Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 50 Propriedades dos Polímeros Plástico: Material sólido cujo ingrediente principal é um polímero orgânico de alto peso molecular; pode conter aditivos, tais como enchimentos, agentes plastificantes, retardadores de chamas e materiais afins. Plasticidade: Capacidade que um material possui de se deformar sob tensão, sem sofrer alteração química. Característica específica dos materiais poliméricos (plásticos) e dos metais (dúcteis). Elastômero: Material polimérico que pode experimentar deformações elásticas grandes e reversíveis. Módulo de Elasticidade: Razão entre a tensão e a deformação, quando a deformação é totalmenteelástica. Medida da rigidez de um material. Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 51 Gráfico Tensão x Deformação Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 52 Gráfico Tensão x Deformação Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 53 Características das Borrachas/Elastômeros Possuir preferencialmente longas cadeias moleculares; O segmento individual da cadeia deve ser flexível para ter movimento Browniano, à temperatura ambiente. Assim, as moléculas assumem alguma conformação estatisticamente ordenada quando são sujeitas a tensões de tração. Uma vez essa tensão removida, elas retomam a sua conformação aleatória (estado de entropia máximo), podendo o processo de deformação ser descrito termodinamicamente, considerando que sob condições ideais, a energia interna do sistema não sofre alteração. A temperatura de transição vítrea, Tg, deve ser inferior a -50°C. Deve haver uma interação entre cadeias moleculares, para que não se possa mover de uma forma inteiramente livre e independente. Nas borrachas vulcanizadas, há uma interação adicional devida à formação de pontes intermoleculares (ligação química que reduz a mobilidade das cadeias), que melhoram a resistência à tração e a elasticidade. Devem ter uma distribuição do peso molecular tão larga quanto possível, para que possam ser processadas utilizando as máquinas convencionais. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 54 Características das Borrachas e Elastômeros Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 55 Peso Molecular Médio É obtido pela relação entre o peso molecular médio das cadeias e massa molar do monômero. Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 56 Peso Molecular Médio Distribuição do peso molecular das moléculas. Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 57 Peso Molecular Médio Distribuição do peso molecular das moléculas. Fonte: CALLISTER Jr., W. D. Materiais. 2ª. Ed., Rio de Janeiro: Ed LTC, 2006. Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 58 Polímeros Naturais Estrutura do Amido (Amilose: D-Glicoses unidas por α-1-4 ). Fonte: http://www.scielo.br/pdf/cr/2009nahead/a109cr517.pdf - Acesso em 10/10/2011. http://www.scielo.br/pdf/cr/2009nahead/a109cr517.pdf Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 59 Polímeros Naturais Estrutura da Amilopectina (D-Glicoses unidas por α-1-4 e α-1-6). Fonte: http://www.scielo.br/pdf/cr/2009nahead/a109cr517.pdf - Acesso em 10/10/2011. http://www.scielo.br/pdf/cr/2009nahead/a109cr517.pdf Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 60 Polímeros Naturais Estrutura da Celulose. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cellulose_Sessel.svg - Acesso em 10/10/2011. //upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/07/Cellulose_Sessel.svg Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 61 Polímeros Naturais Estrutura do DNA. : Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:DNA_Overview.png - Acesso em 10/10/2011. http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f0/DNA_Overview.png Prof. Luiz Gustavo C. Gonçalves Polímeros e Ensaios Físico-Químicos 62 Polímeros Naturais Ligação Peptídica: Estrutura das Proteínas: Fonte: http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/proteinas.htm - Acesso em 10/10/2011.