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Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Centro de Ciência e Tecnologia – CCT Curso: Engenharia Civil Relatório do período compreendido entre (06/2016) e (04/2017) Bolsista: George Barbosa de Souza Matrícula: 115110082 Orientador (a): Vânia José Karam Plano de trabalho: Análise de flexão de placas por diferentes teorias. Fonte financiadora da bolsa: CNPQ Campos dos Goytacazes - RJ Abril de 2017 1. INTRODUÇÃO As placas são usualmente definidas como elementos estruturais limitados por duas superfícies geralmente planas. A superfície neutra é equidistante às duas superfícies limites, cuja a distância entre estas superfícies, chamada espessura, é pequena se comparada com as outras duas dimensões. O estudo do comportamento estrutural de placas, sejam estas enrijecidas ou não, é de extrema importância devido à sua vasta aplicação em muitas estruturas civis e militares, como, por exemplo, em uma laje de ponte ou de edifício, na fuselagem de um avião, no casco de um navio, entre outros. Nos projetos de estruturas, o dimensionamento dos elementos estruturais, tais como as placas, requer, inicialmente, a análise dos esforços solicitantes que atuam nas mesmas, sendo também de interesse o cálculo de deslocamentos e deformações nesses elementos estruturais. A análise de flexão de placas pode ser feita por diferentes teorias e as mais usuais são a de Kirchhoff, a de Mindlin e a de Reissner. A teoria de Kirchhoff (Timoshenko e Woinowsky-Krieger, 1970; Ugural, 1981; Reddy, 2007; Ugural, 2009) admite que as seções normais ao plano da superfície média antes da deformação permaneçam retas e, além disso, permaneçam normais à superfície média após a deformação. É uma teoria muito utilizada, no entanto, torna-se menos precisa à medida que a espessura da placa aumenta. As teorias de Mindlin e de Reissner (Mindlin, 1951; Reissner, 1945) não desprezam os efeitos das deformações cisalhantes, sendo, portanto, válidas também para placas de altura moderada. Os métodos analíticos de análise possuem certas limitações em relação aos tipos de cargas e geometria. Com o objetivo de minimizar essa situação, foram criados métodos numéricos para análise. Os métodos numéricos mais conhecidos e utilizados atualmente são o Método das Diferenças Finitas (MDF), o Método dos Elementos Finitos (MEF) e o Método dos Elementos de Contorno (MEC). O MDF transforma equações diferenciais em equações algébricas válidas apenas nos nós dentro do domínio, através de aproximações das derivadas por diferenças finitas, enquanto que o MEF (Owen e Hinton, 1980; Bathe, 1996; Soriano, 2002) transforma o próprio domínio em uma série de subdomínios finitos, chamados elementos finitos, conectados através de seus nós, sendo as variáveis sobre cada elemento governadas por funções aproximadas contínuas. Já o MEC (Brebbia et al, 1984) caracteriza-se por discretização do contorno do problema apenas ou, dependendo do caso, pela discretização do contorno e também do domínio ou de parte deste. Este método usa a solução fundamental do problema e também usa funções de interpolação. 1.1 Objetivos: Este trabalho tem como objetivo analisar as diferenças entre as teorias de Kirchhoff e Mindlin/Reissner para a análise de flexão de placas de diferentes formas e carregamentos, por métodos analíticos e numéricos, com a finalidade de se verificar os limites de validade da teoria mais aproximada em relação às menos aproximadas. Objetiva também analisar o comportamento do MEF com o uso destas teorias. 2. METODOLOGIA 2.1 Teoria de Kirchhoff Utilizando como base as hipóteses da Teoria de Kirchhoff, considera-se uma placa de espessura t, com geometria qualquer, isotrópica, homogênea e de comportamento linear elástico. O plano xy coincide com o plano médio, sendo, assim, a deflexão em z igual a zero, conforme mostra a figura 1. As componentes do deslocamento num ponto nas direções x, y e z são u, v e w, respectivamente. Quando, devido a carregamentos laterais, existe deformação, a superfície média num ponto qualquer (xa,ya) tem deflexão w. Figura 1: Sistema de referência e configuração deformada. O campo de deslocamentos fica expresso por: 𝑢𝑢 = −𝑧𝑧 𝜕𝜕𝜕𝜕(𝑥𝑥,𝑦𝑦) 𝜕𝜕𝑥𝑥 (1) v = −𝑧𝑧 𝜕𝜕𝜕𝜕(𝑥𝑥,𝑦𝑦) 𝜕𝜕𝑦𝑦 (2) 𝜕𝜕 = 𝜕𝜕(𝑥𝑥,𝑦𝑦) (3) 2.2 Relação Deformação-Deslocamento As relações geométricas entre deformações e deslocamentos podem ser escritas como: 𝜀𝜀𝑥𝑥 = 𝑑𝑑𝑢𝑢 𝑑𝑑𝑥𝑥 = −𝑧𝑧 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑥𝑥2 (4) 𝜀𝜀𝑦𝑦 = 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑦𝑦 = −𝑧𝑧 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑦𝑦2 (5) 𝜀𝜀𝑧𝑧 = 𝑑𝑑𝜕𝜕 𝑑𝑑𝑧𝑧 = 0 (6) 𝛾𝛾𝑥𝑥𝑦𝑦 = 𝜕𝜕𝑢𝑢 𝜕𝜕𝑦𝑦 + 𝜕𝜕𝑑𝑑 𝜕𝜕𝑥𝑥 = −2𝑧𝑧 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑥𝑥𝜕𝜕𝑦𝑦 (7) 2.3 Relação Deformação-Curvatura A curvatura de uma curva plana é definida como a taxa de variação do ângulo do declive da curva em relação à distância ao longo da curva. Devido ao pressuposto de que o quadrado de um declive pode ser considerado desprezível e as derivadas parciais das equações anteriores representam as curvaturas da placa, as curvaturas k na superfície media em planos paralelos ao plano xz, yz e xy são, respectivamente: 1 𝑟𝑟𝑥𝑥 = 𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑥𝑥 � 𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑥𝑥� = 𝑘𝑘𝑥𝑥 (8) 1 𝑟𝑟𝑦𝑦 = 𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑦𝑦 � 𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑦𝑦� = 𝑘𝑘𝑦𝑦 (9) 1 𝑟𝑟𝑥𝑥𝑦𝑦 = 𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑥𝑥 � 𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑦𝑦� = 𝑘𝑘𝑥𝑥𝑦𝑦 (10) sendo 𝑘𝑘𝑥𝑥𝑦𝑦 = 𝑘𝑘𝑦𝑦𝑥𝑥. A equação (10) refere-se à torção do plano médio em relação aos eixos x e y. 2.4 Relação Tensão-Deformação As deformações 𝜀𝜀𝑧𝑧, 𝛾𝛾𝑥𝑥𝑧𝑧 e 𝛾𝛾𝑦𝑦𝑧𝑧 podem ser negligenciadas. As relações tensão-deformação podem ser escritas na como: 𝜎𝜎𝑥𝑥 = − 𝐸𝐸𝑧𝑧 1 − 𝑑𝑑2 � 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑥𝑥2 + 𝑑𝑑 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑦𝑦2 � (11) 𝜎𝜎𝑦𝑦 = − 𝐸𝐸𝑧𝑧 1 − 𝑑𝑑2 � 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑦𝑦2 + 𝑑𝑑 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑥𝑥2 � (12) 𝜏𝜏𝑥𝑥𝑦𝑦 = − 𝐸𝐸𝑧𝑧 1 + 𝑑𝑑 � 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑥𝑥𝜕𝜕𝑦𝑦 � (13) com: 𝐺𝐺 = 𝐸𝐸 2(1 + 𝑑𝑑) (14) onde E, 𝑑𝑑 e G são, respectivamente, o módulo de elasticidade longitudinal, o coeficiente de Poisson e o módulo de elasticidade transversal do material. 2.5 Tensão e Resultante de Tensões No caso de um estado de tensão tridimensional, as tensões e deformações estão relacionadas pela lei de Hooke generalizada, válida para um material isotrópico e homogêneo. As tensões distribuídas ao longo da espessura da placa produzem momentos fletores, momentos torsores e forças de cisalhamento. Estes momentos e forças por unidade de comprimento são conhecidos por resultantes de tensões. Os momentos são expressos pelas equações: 𝑀𝑀𝑥𝑥 = −𝐷𝐷�𝑘𝑘𝑥𝑥 + 𝑑𝑑𝑘𝑘𝑦𝑦� = −𝐷𝐷 � 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑥𝑥2 + 𝑑𝑑 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑦𝑦2 � (15) 𝑀𝑀𝑦𝑦 = −𝐷𝐷�𝑘𝑘𝑦𝑦 + 𝑑𝑑𝑘𝑘𝑥𝑥� = −𝐷𝐷 � 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑦𝑦2 + 𝑑𝑑 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑥𝑥2 � (16) 𝑀𝑀𝑥𝑥𝑦𝑦 = −𝐷𝐷(1 − 𝑑𝑑)𝑘𝑘𝑥𝑥𝑦𝑦 = −𝐷𝐷(1 − 𝑑𝑑) 𝜕𝜕 𝜕𝜕2 𝜕𝜕𝑥𝑥𝜕𝜕𝑦𝑦 (17) onde D é a rigidez de flexão dada por: 𝐷𝐷 = 𝐸𝐸𝑡𝑡3 12(1 − 𝑑𝑑2) (18) Substituindo as equações dos momentos nas equações das tensões, podem-se obter as tensões em função dos momentos, expressas por: 𝜎𝜎𝑥𝑥 = 12𝑀𝑀𝑥𝑥 𝑡𝑡3 𝑧𝑧 (19) 𝜎𝜎𝑦𝑦 = 12𝑀𝑀𝑦𝑦 𝑡𝑡3 𝑧𝑧 (20) 𝜏𝜏𝑥𝑥𝑦𝑦 = 12𝑀𝑀𝑥𝑥𝑦𝑦 𝑡𝑡3 𝑧𝑧 (21) A tensão máxima ocorre nas superfícies superior e inferior (em z= 𝑡𝑡/2−+ ) da placa. 2.6 Equação de Equilíbrio As resultantes de tensão variam, geralmente, de ponto para ponto numa placa carregada. Estas variações são governadaspelas condições de equilíbrio da Estática. O cumprimento destas condições estabelece certas relações conhecidas por equações de equilíbrio. Considera-se um elemento infinitesimal sujeito a um carregamento por unidade de área uniformemente distribuído, p, conforme a figura 2. Figura 2- Resultantes de tensão e carregamento em um elemento de placa. Assume-se que a inclusão do peso da placa, sendo um valor pequeno, no carregamento p, não afeta a precisão do resultado. Uma vez que o elemento de placa é muito pequeno, por simplicidade, assume-se que as componentes de força e de momento estão distribuídas uniformemente em cada uma das faces da placa. Com uma mudança de posição, por exemplo da face esquerda para a face direita, a componente do momento Mx que atua na face negativa de x varia em valor relativamente à face positiva de x. Esta variação pode ser representada por uma série de Taylor truncada: 𝑀𝑀𝑥𝑥 + 𝜕𝜕𝑀𝑀𝑥𝑥 𝜕𝜕𝑥𝑥 𝑑𝑑𝑥𝑥 (22) Tratando todas as componentes de forma similar, obtém-se o estado das resultantes de tensão da figura 2. Como o somatório das forças na direção z tem que ser zero e também os somatórios de momentos em relação aos eixos x e y têm que ser nulos, obtêm-se: 𝜕𝜕𝜕𝜕𝑥𝑥 𝜕𝜕𝑥𝑥 + 𝜕𝜕𝜕𝜕𝑦𝑦 𝜕𝜕𝑦𝑦 + 𝑝𝑝 = 0 (23) 𝜕𝜕𝑀𝑀𝑥𝑥𝑦𝑦 𝜕𝜕𝑥𝑥 + 𝜕𝜕𝑀𝑀𝑦𝑦 𝜕𝜕𝑦𝑦 − 𝜕𝜕𝑦𝑦 = 0 (24) 𝜕𝜕𝑀𝑀𝑥𝑥 𝜕𝜕𝑥𝑥 + 𝜕𝜕𝑀𝑀𝑥𝑥𝑦𝑦 𝜕𝜕𝑦𝑦 − 𝜕𝜕𝑥𝑥 = 0 (25) Resolvendo as equações de equilíbrio dos momentos em relação às forças por unidade de comprimento e substituindo os resultados na equação do equilíbrio das forças anterior, resulta na equação: 𝜕𝜕 𝑀𝑀𝑥𝑥2 𝜕𝜕𝑥𝑥2 + 2 𝜕𝜕 𝑀𝑀𝑥𝑥𝑦𝑦2 𝜕𝜕𝑥𝑥𝜕𝜕𝑦𝑦 + 𝜕𝜕 𝑀𝑀𝑦𝑦2 𝜕𝜕𝑦𝑦2 = −𝑝𝑝 (26) Esta é a equação diferencial de equilíbrio para flexão de placas esbeltas. Escrevendo esta equação em termos de deslocamentos, tem-se: 𝜕𝜕 𝜕𝜕4 𝜕𝜕𝑥𝑥4 + 2 𝜕𝜕 𝜕𝜕4 𝜕𝜕𝑥𝑥2𝜕𝜕𝑦𝑦2 + 𝜕𝜕 𝜕𝜕4 𝜕𝜕𝑦𝑦4 = 𝑝𝑝 𝐷𝐷 (27) Podem-se obter as seguintes expressões para as forças cortantes Qx e Qy em função da deflexão w: 𝜕𝜕𝑥𝑥 = −𝐷𝐷 𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑥𝑥 � 𝜕𝜕2𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑥𝑥2 + 𝜕𝜕2𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑦𝑦2 � (28) 𝜕𝜕𝑦𝑦 = −𝐷𝐷 𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑦𝑦 � 𝜕𝜕2𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑥𝑥2 + 𝜕𝜕2𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑦𝑦2 � (29) 2.7 Condição de Contorno A distribuição de tensão na placa tem que ser satisfeita de modo a acomodar as condições de equilíbrio em relação às forças ou deslocamentos impostos no contorno. Para cada tipo de bordo, devem ser determinadas as condições essenciais a que estão submetidos. Nas figuras 3, 4 e 5, têm-se os bordos engastado, simplesmente apoiado e livre, com suas respectivas condições de contorno. Figura 3- Bordo Engastado Figura 4- Bordo Simplesmente Apoiado 𝜕𝜕 = 0 𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑥𝑥 = 0, com isto:𝑀𝑀𝑥𝑥𝑦𝑦 = 0 𝜕𝜕 = 0 𝑀𝑀𝑥𝑥 = 0, 𝜕𝜕𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑦𝑦 = 𝜕𝜕2𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑦𝑦2 = 0,𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎: ∂2𝜕𝜕 ∂x2 = 0 Figura 5- Bordo Livre 2.8 Solução de Navier Este método foi introduzido por Navier em 1820. Ele propôs que a equação de deslocamentos transversais w(x,y) fosse uma solução expandida em série dupla de Fourier em senos. A solução desenvolvida por Navier aplica- se a placas retangulares simplesmente apoiadas em todos os seus bordos. Em geral, a solução do problema de flexão de placas faz uso das séries de Fourier para deslocamento transversal e carregamento: 𝜕𝜕(𝑥𝑥,𝑦𝑦) = ∑ ∑ 𝑎𝑎𝑚𝑚𝑚𝑚𝑎𝑎𝑎𝑎𝑠𝑠 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑥𝑥 𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑠𝑠 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑦𝑦 𝑏𝑏 ∞ 𝑚𝑚=1 ∞ 𝑚𝑚=1 (30) 𝑝𝑝(𝑥𝑥, 𝑦𝑦) = ∑ ∑ 𝑝𝑝𝑚𝑚𝑚𝑚𝑎𝑎𝑎𝑎𝑠𝑠 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑥𝑥 𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑠𝑠 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑦𝑦 𝑏𝑏 ∞ 𝑚𝑚=1 ∞ 𝑚𝑚=1 (31) e das condições de contorno seguintes: 𝜕𝜕 = 0 𝜕𝜕2𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑥𝑥2 = 0 (𝑥𝑥 = 0, 𝑥𝑥 = 𝑎𝑎) 𝜕𝜕 = 0 𝜕𝜕2𝜕𝜕 𝜕𝜕𝑦𝑦2 = 0 (𝑦𝑦 = 0,𝑦𝑦 = 𝑏𝑏) sendo amn e pmn constantes que dependem dos números inteiros m e n, correspondentes aos números de meias-ondas de seno consideradas nas direções x e y, respectivamente. As dimensões a e b são correspondentes aos bordos nas direções x e y, respectivamente, conforme mostra a figura 6. 𝑉𝑉𝑥𝑥 = 0 𝑀𝑀𝑥𝑥 = 0 Figura 6-Localização do sistema de coordenadas para o método de Navier. Os coeficientes amn da série são as coordenadas centrais máximas das curvas seno e os m’s e os n’s indicam o número de meias curvas seno nas direções x e y, respectivamente. Aumentando o número de termos na série, aumenta a precisão do resultado. Substituindo as equações (30) e (31) na equação diferencial de equilíbrio da placa, e evidenciando amn, tem-se: 𝑎𝑎𝑚𝑚𝑚𝑚 = 1 𝜋𝜋4𝐷𝐷 𝑝𝑝𝑚𝑚𝑚𝑚 ��𝑚𝑚 𝑎𝑎 � 2 + �𝑚𝑚 𝑏𝑏 � 2 � 2 Finalmente, substituindo este resultado na equação de w, obtém-se a equação de superfície de deflexão da placa: 𝜕𝜕(𝑥𝑥,𝑦𝑦) = 1 𝜋𝜋4𝐷𝐷 � � 𝑝𝑝𝑚𝑚𝑚𝑚 ��𝑚𝑚𝑎𝑎� 2 +�𝑚𝑚𝑏𝑏� 2 � 2 ∞ 𝑚𝑚=1 ∞ 𝑚𝑚=1 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑠𝑠 𝑎𝑎𝜋𝜋𝑥𝑥 𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑠𝑠 𝑠𝑠𝜋𝜋𝑦𝑦 𝑏𝑏 (32) Com isto, basta que o coeficiente qmn seja determinado e substituído na equação acima para que os deslocamentos em qualquer ponto da placa sejam conhecidos. Quando uma placa retangular está sujeita a um carregamento uniformemente distribuído p(x,y) = p0, os resultados da seção anterior são um pouco simplificados. Tem-se como pmn: 𝑝𝑝𝑚𝑚𝑚𝑚 = 16𝑝𝑝0 𝜋𝜋2𝑎𝑎𝑠𝑠 (𝑎𝑎,𝑠𝑠 = 1,3, … ) (33) e, como pmn = 0 para valores pares de m e n, estes só tomam valores ímpares. Substituindo pmn na equação (32), obtém-se: 𝜕𝜕 = 16𝑝𝑝0 𝜋𝜋6𝐷𝐷 �� 1 𝑚𝑚𝑚𝑚��𝑚𝑚𝑎𝑎� 2 +�𝑚𝑚𝑏𝑏� 2 � 2 ∞ 𝑚𝑚 ∞ 𝑚𝑚 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑠𝑠 𝑎𝑎𝜋𝜋𝑥𝑥 𝑎𝑎 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑠𝑠 𝑠𝑠𝜋𝜋𝑦𝑦 𝑏𝑏 (𝑎𝑎,𝑠𝑠 = 1,3, … ) (34) A partir da equação de deslocamentos w(x,y), é possível conhecer o comportamento estrutural da placa em qualquer ponto, aplicando as equações desenvolvidas na teoria de Kirchhoff. 2.9 Placas Analisadas Foram analisadas, com base na Teoria de Kirchhoff, placas com bordos simplesmente apoiados submetidas a um carregamento uniformemente distribuído em suas superfícies. Foi utilizada a Solução de Navier com o auxílio do Excel para a solução analítica e foi utilizado o programa computacional ANSYS, utilizando o Método dos Elementos Finitos para efeito de comparação com a teoria de Mindlin. Ainda com o auxílio do ANSYS, foram obtidos resultados para placas de bordos engastados. Figura 7- Modelo da placa analisada Dados: q = 10 KN/m2 E = 200GPa v= 0,30 São utilizados como dados as propriedades físicas e geométricas apresentadas na figura 7. Na série dupla correspondente à solução de Navier, foram considerados 20 termos para cada direção da placa. Foram consideradas várias espessuras, entre 0,005 m e 0,3 m. 3. Resultados Os resultados serão expressos em gráficos comparativos, mostrando os resultados obtidos com as expressões analíticas e também pelo método dos elementos finitos, para cada espessura considerada. Foram utilizadas bordas simplesmente apoiadas e bordas engastadas. Os gráficos das figuras 8 a 31 exibem os resultados, para diferentes espessuras, na seguinte sequência: • figuras 8 a 13, deslocamento transversal ao longo da direção y, para y= 1 m, para placa simplesmente apoiada; • figuras 14 a 19, deslocamento transversal ao longo da direção y, para y= 1 m, para placa engastada; • figuras 20 a 22, rotação y, ao longo da direção x, para y= 1 m, para placa simplesmente apoiada; • figuras 23 a 25, rotação y, ao longo da direção x, para y= 1 m, para placa engastada;• figuras 26 a 28, rotação x, ao longo da direção y, para x= 0,5 m, para placa simplesmente apoiada; • figuras 29 a 31, rotação x, ao longo da direção y, para x= 0,5 m, para placa engastada. Na figura 32, apresenta-se um gráfico com o erro percentual entre as duas teorias, calculado com os resultados do MEF, para os casos simplesmente apoiado e engastado, à medida que a espessura da placa aumenta. Figura 8 - Deslocamento Transversal no meio da placa, Bordas Simplesmente Apoiadas. Figura 9 - Deslocamento Transversal no meio da placa, Bordas Simplesmente Apoiadas. -0,05 -0,045 -0,04 -0,035 -0,03 -0,025 -0,02 -0,015 -0,01 -0,005 0 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 De slo ca m en to s ( m ) Distancia em X (m) Deslocamentos Transversais em y=1 m para t=0,005 m Kirchhoff Mindlin Analítico -0,007 -0,006 -0,005 -0,004 -0,003 -0,002 -0,001 0 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 De slo ca m en to (m ) Distância em X (m) Deslocamentos Transversais em y=1 m para t=0,01 m Kirchhoff Mindlin Analítico Figura 10 - Deslocamento Transversal no meio da placa, Bordas Simplesmente Apoiadas. Figura 11 - Deslocamento Transversal no meio da placa, Bordas Simplesmente Apoiadas. -0,00025 -0,0002 -0,00015 -0,0001 -0,00005 0 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 De slo ca m en to s ( m ) Distância em X (m) Deslocamentos Transversais em y=1 m para t=0,03 m Kirchhoff Mindlin Analítico -0,000007 -0,000006 -0,000005 -0,000004 -0,000003 -0,000002 -0,000001 0 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 De slo ca m en to (m ) Distância em X (m) Deslocamentos Transversais em y=1 m para t=0,1 m Kirchhoff Mindlin Analítico Figura 19- Deslocamento Transversal no meio da placa, Bordas Simplesmente Apoiadas. Figura 103 - Deslocamento Transversal no meio da placa, Bordas Simplesmente Apoiadas. -9E-07 -8E-07 -7E-07 -6E-07 -5E-07 -4E-07 -3E-07 -2E-07 -1E-07 0 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 De slo ca m en to (m ) Distância em X (m) Deslocamentos Transversais em y=1 m para t=0,2 m Kirchhoff Mindlin Analítico -3E-07 -2,5E-07 -2E-07 -1,5E-07 -1E-07 -5E-08 0 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 De slo ca m en to (m ) DIstância em X(m) Deslocamentos Transversais em y=1 m para t=0,3 m Kirchhoff Mindlin Analítico Figura 114 - Deslocamento Transversal no meio da placa, Bordas Engastadas. Figura 15- Deslocamento Transversal no meio da placa, Bordas Engastadas. -0,012 -0,01 -0,008 -0,006 -0,004 -0,002 0 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 De slo ca m en to s ( m ) Distância em X (m) Deslocamentos Transversais em y=1 m para t=0,005 m Kirchhoff Mindlin -0,0016 -0,0014 -0,0012 -0,001 -0,0008 -0,0006 -0,0004 -0,0002 0 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 De slo ca m en to (m ) Distância em X (m) Deslocamentos Transversais em y=1 m para t=0,01 m Kirchhoff Mindlin Figura 126- Deslocamento Transversal no meio da placa, Bordas Engastadas. Figura 17 - Deslocamento Transversal no meio da placa, Bordas Engastadas. -0,00006 -0,00005 -0,00004 -0,00003 -0,00002 -0,00001 0 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 De slo ca m en to s ( m ) Distância em X (m) Deslocamentos Transversais em y=1 m para t=0,03 m Kirchhoff Mindlin -1,8E-06 -1,6E-06 -1,4E-06 -1,2E-06 -0,000001 -8E-07 -6E-07 -4E-07 -2E-07 0 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 De slo ca m en to (m ) Distância em X (m) Deslocamentos Transversais em y=1 m para t=0,1 m Kirchhoff Mindlin Figura 138- Deslocamento Transversal no meio da placa, Bordas Engastadas. Figura 149- Deslocamento Transversal no meio da placa, Bordas Engastadas. -3E-07 -2,5E-07 -2E-07 -1,5E-07 -1E-07 -5E-08 0 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 De slo ca m en to (m ) Distância em X (m) Deslocamentos Transversais em y=1 m para t=0,2 m Kirchhoff Mindlin -1,4E-07 -1,2E-07 -1E-07 -8E-08 -6E-08 -4E-08 -2E-08 0 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 De slo ca m en to s ( m ) Distância em X (m) Deslocamentos Transversais em y=1 m para t=0,3 m Kirchhoff Mindlin Figura 20- Rotação y no meio da placa, na direção x. Bordas Simplesmente Apoiadas. Figura 215- Rotação y no meio da placa, na direção x. Bordas Simplesmente Apoiadas. -0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 Ro ta çã o em y (r ad ) Distância em X (m) Rotação y em y=1 m para t=0,005 m Kirchhoff Mindlin -8,00E-04 -6,00E-04 -4,00E-04 -2,00E-04 0,00E+00 2,00E-04 4,00E-04 6,00E-04 8,00E-04 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 Ro ta çã o Y( ra d) Distância em X (m) Rotação y em y=1 m para t=0,03 m Kirchhoff Mindlin Figura 22- Rotação y no meio da placa, na direção x. Bordas Simplesmente Apoiadas. Figura 163- Rotação y no meio da placa, na direção x. Bordas Engastadas. -8,00E-07 -6,00E-07 -4,00E-07 -2,00E-07 0,00E+00 2,00E-07 4,00E-07 6,00E-07 8,00E-07 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 Ro ta çã o Y( ra d) Distância em X (m) Rotação (y) em y=1 m para t=0,3 m Kirchhoff Mindlin -0,04 -0,03 -0,02 -0,01 0 0,01 0,02 0,03 0,04 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 Ro ta çã o Y( ra d) Distância em X (m) Rotação y em y=1 m para t=0,005 m Kirchhoff Mindlin Figura 174- Rotação y no meio da placa, na direção x. Bordas Engastadas. Figura 185- Rotação y no meio da placa, na direção x. Bordas Engastadas. -0,0002 -0,00015 -0,0001 -0,00005 0 0,00005 0,0001 0,00015 0,0002 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 Ro ta çã o Y( ra d) Distância em X (m) Rotação y em y=1 m para t=0,03 m Kirchhoff Mindlin -2E-07 -1,5E-07 -1E-07 -5E-08 0 5E-08 0,0000001 1,5E-07 0,0000002 x=0 x=0,1 x=0,2 x=0,3 x=0,4 x=0,5 x=0,6 x=0,7 x=0,8 x=0,9 x=1,0 Ro ta çã o Y( ra d) Distância em X (m) Rotação (y) em y=1 m para t=0,3 m Kirchhoff Mindlin Figura 196 - Rotação x no meio da placa, na direção y. Bordas Simplesmente Apoiadas. Figura 207 - Rotação x no meio da placa, na direção y. Bordas Simplesmente Apoiadas. -1,00E-01 -8,00E-02 -6,00E-02 -4,00E-02 -2,00E-02 0,00E+00 2,00E-02 4,00E-02 6,00E-02 8,00E-02 1,00E-01 y=0 y=0,2 y=0,4 y=0,6 y=0,8 y=1,0 y=1,2 y=1,4 y=1,6 y=1,8 y=2,0 Ro ta çã o X( ra d) Distancia em Y (m) Rotação x em x=0.5 m para t=0,005 m Kirchhoff Mindlin -5,00E-04 -4,00E-04 -3,00E-04 -2,00E-04 -1,00E-04 0,00E+00 1,00E-04 2,00E-04 3,00E-04 4,00E-04 5,00E-04 y=0 y=0,2 y=0,4 y=0,6 y=0,8 y=1,0 y=1,2 y=1,4 y=1,6 y=1,8 y=2,0 Ro ta çã o X( ra d) Distância em Y (m) Rotação x em x=0.5 m para t=0,03 m Kirchhoff Mindlin Figura 218 - Rotação x no meio da placa, na direção y. Bordas Simplesmente Apoiadas. Figura 229 - Rotação x no meio da placa, na direção y. Bordas Engastadas. -5,00E-07 -4,00E-07 -3,00E-07 -2,00E-07 -1,00E-07 0,00E+00 1,00E-07 2,00E-07 3,00E-07 4,00E-07 5,00E-07 y=0 y=0,2 y=0,4 y=0,6 y=0,8 y=1,0 y=1,2 y=1,4 y=1,6 y=1,8 y=2,0 Ro ta çã o X( ra d) Distância em Y (m) Rotação (x) em x=0,5 m para t=0,3 m Kirchhoff Mindlin -0,025 -0,02 -0,015 -0,01 -0,005 0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 y=0 y=0,2 y=0,4 y=0,6 y=0,8 y=1,0 y=1,2 y=1,4 y=1,6 y=1,8 y=2,0 Ro ta çã o X( ra d) Distância em Y (m) Rotação x em x=0.5 m para t=0,005 m Kirchhoff Mindlin Figura 30 - Rotação x no meio da placa, na direção y. Bordas Engastadas. Figura 31 - Rotação x no meioda placa, na direção y. Bordas Engastadas. -0,00015 -0,0001 -0,00005 0 0,00005 0,0001 0,00015 y=0 y=0,2 y=0,4 y=0,6 y=0,8 y=1,0 y=1,2 y=1,4 y=1,6 y=1,8 y=2,0 Ro ta çã o X( ra d) Distância em Y (m) Rotação x em x=0.5 m para t=0,03 m Kirchhoff Mindlin -1,5E-07 -1E-07 -5E-08 0 5E-08 0,0000001 1,5E-07 y=0 y=0,2 y=0,4 y=0,6 y=0,8 y=1,0 y=1,2 y=1,4 y=1,6 y=1,8 y=2,0 Ro ta çã o X( ra d) Distância em Y (m) Rotação (x) em x=0,5 m para t=0,3 m Kirchhoff Mindlin Figura 32- Erro percentual da flecha entre as Teorias de Kirchhoff e Mindlin. 4. Análise dos Resultados Nos gráficos apresentados, é possível observar as diferenças entre os resultados obtidos para a teoria de Kirchhoff analiticamente e pelo MEF e também os de Mindlin pelo MEF. Observa-se que, pelo MEF, há concordância entre os valores das duas teorias para as menores espessuras e que ocorrem diferenças entre as teorias à medida que a espessura da placa aumenta. Nota-se, ainda, uma pequena diferença entre os resultados analíticos e com o MEF para a teoria de Kirchhoff. Além disso, no gráfico da figura 32, observam-se os erros percentuais das flechas entre as duas teorias, calculados com os resultados do MEF, para os casos simplesmente apoiado e engastado, à medida que a espessura da placa aumenta. Observa-se um erro percentual maior para o caso engastado do que para o caso simplesmente apoiado, e essa diferença torna-se mais acentuada para as espessuras maiores. -60,00 -50,00 -40,00 -30,00 -20,00 -10,00 0,00 10,00 t/a = 0,005 t/a = 0,01 t/a = 0,03 t/a = 0,1 t/a = 0,2 t/a = 0,3 Er ro (% ) Erro Percentual da Flecha Simp. Apoiada Engastada 5. Conclusões Foi possível observar as diferenças entre os resultados obtidos para a teoria de Kirchhoff analiticamente e pelo MEF e também destes resultados em relação aos da teoria de Mindlin pelo MEF. Conclui-se que a diferença entre as teorias de Kirchhoff e de Mindlin é maior à medida que a espessura aumenta. Os resultados do MEF e os analíticos se mostraram próximos para o caso da teoria de Kirchhoff, mas com uma pequena diferença, o que provavelmente se deve ao comportamento da solução em cada um dos métodos e ao efeito de “locking” do MEF neste caso, ou seja, de superestimar a rigidez. Isso pode ser resolvido, por exemplo, considerando elementos de ordem superior ao adotado. Além disso, pelos erros percentuais dos deslocamentos transversais entre as duas teorias, calculados com os resultados do MEF, observou-se um erro percentual maior para o caso de placa engastada, especialmente para as maiores espessuras consideradas. 6. Referências Bathe, K. 1996. Finite Element Procedures. Prentice Hall. Brebbia, CA, Telles, JCF and Wrobel, LC. 1984. Boundary Element Techniques: Theory and Applications in Engineering, Springer-Verlag, Berlin, Heidelberg. Mindlin, RD. 1951. Influence of Rotatory Inertia and Shear on Flexural Motions of Isotropic Elastic Plates, Journal of Applied Mechanics, pp. 31-38. Owen, DRJ e Hinton, E. 1980. Finite Elements in Plasticity: Theory and Practice, Pineridge Press Limited, Swansea, U. K.. Reddy, JN. 2007. Theory and Analysis of Elastic Plates and Shells, Editora CRC Press. Reissner, E. 1945. ‘The Effect of Transverse Shear Deformation on the Bending of Elastic Plates’, Journal of Applied Mechanics, 12, pp. A69-A77. Soriano, HL. 2002. Método de Elementos Finitos em Análise de Estruturas, Ed. EDUSP. Timoshenko, SP e Woinowsky-Krieger. S. 1970. Theory of Plates and Shells, Editora McGraw-Hill. Ugural, A.C., 1981. Stresses in Plates and Shells. 1ª ed. USA: McGraw-Hill. Ugural, A.C., 2009. Stresses in Beams, Plates, and Shells, 3ª ed. CRC Press. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Centro de Ciência e Tecnologia – CCT Curso: Engenharia Civil Relatório do período compreendido entre (06/2016) e (04/2017) Campos dos Goytacazes - RJ
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