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zz 2 Sumário Introdução 1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SEUS PARTICIPANTES .......................... 8 1.1 Funções Básicas. ........................................................................................... 8 1.2 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional ...................................................... 9 1.2.1 Conselho Monetário Nacional – CMN ......................................................... 9 1.2.2 Banco Central do Brasil – BACEN............................................................. 10 1.2.3 Comissão de Valores Mobiliários – CVM ................................................... 10 1.2.4 Superintendência de Seguros Privados – SUSEP ..................................... 11 1.2.5 . Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de capitais - ANBIMA. ............................................................................................... 12 1.2.5.1 Papel da ANBIMA. ............................................................................. 12 1.2.5.1.1 Padrões de Conduta ..................................................................... 15 1.2.5.2 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas de Distribuição de Investimento no Varejo. .................................................................................... 15 1.2.5.2.1 Objetivo ........................................................................................ 15 1.2.5.2.2 Princípios gerais. .......................................................................... 16 1.2.5.2.3 Da publicidade e divulgação dos produtos de investimento. ......... 16 1.2.6 Principais Intermediários Financeiros ........................................................ 19 1.2.6.1 Banco Comercial ................................................................................ 19 1.2.6.2 Banco de Investimento ....................................................................... 20 1.2.6.3 Banco Múltiplo ................................................................................... 21 1.2.7 Outros Intermediários ou Auxiliares Financeiros ....................................... 21 1.2.7.1 B3 S/A: Bolsa, Balcão e BM&F Bovespa. ........................................... 21 1.2.7.2 Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários. ............. 22 1.2.9 Sistema de Pagamentos Brasileiros – SPB ............................................... 24 SIMULADOS MÓDULO 1 ........................................................................................... 25 2. ÉTICA, REGULAMENTAÇÃO E ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR .......... 29 2.1 Ética. ............................................................................................................ 29 2.1.1. Definições ................................................................................................. 29 2.1.2. Objetivo ..................................................................................................... 30 2.1.3. Princípios Gerais ....................................................................................... 31 2.1.4. Segurança e Sigilo das Informações ......................................................... 31 3 2.1.5. Material Publicitário ................................................................................... 32 2.1.6. Material Técnico ........................................................................................ 32 2.1.7. Avisos Obrigatórios ................................................................................... 33 2.1.8. Divulgação de Informações via Site .......................................................... 33 2.1.9. Conheça seu Cliente ................................................................................. 34 2.1.10.Suitability .................................................................................................. 35 2.1.11.Selo ANBIMA ............................................................................................ 36 2.2 Prevenção a Lavagem de Dinheiro ............................................................... 36 2.2.1 Identificação dos clientes .......................................................................... 37 2.2.2 Fases da lavagem de dinheiro .................................................................. 37 2.2.3 Pena ......................................................................................................... 39 2.2.4 Comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). .....................................................................................................................40 2.3 COAF – Conselho de Controle de Atividade Financeira ............................... 41 2.4 Ética na Venda ............................................................................................. 41 2.5 Análise do perfil do investidor. ...................................................................... 42 SIMULADOS MÓDULO 2 ........................................................................................... 45 3. NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS ............................................................. 52 3.1 Conceitos Básicos de Economia ................................................................... 52 3.1.1 PIB ............................................................................................................ 52 3.1.2 IPCA ......................................................................................................... 53 3.1.3 IGP-M e IGP-DI ......................................................................................... 54 3.1.4 Taxa de Câmbio ........................................................................................ 55 3.1.5 Taxa Selic (over e meta) ........................................................................... 57 3.1.6 Taxa DI / CDI ............................................................................................ 59 3.1.7 Taxa TR .................................................................................................... 59 3.2 COPOM – Comitê de Política Monetária ....................................................... 60 3.3 Conceito Básico de Finanças ....................................................................... 61 3.3.1 Taxa de Juro Nominal e Taxa de Juro Real .............................................. 61 3.3.2 Taxa Equivalente Versus Taxa de Juros Proporcional .............................. 62 3.3.3 Capitalização Simples e capitalização composta. ..................................... 63 3.3.4 Índice de Referência (Benchmark) ............................................................ 65 3.3.5 Volatilidade ............................................................................................... 65 3.3.6 Prazo Médio Ponderado de uma carteira de Títulos .................................. 66 3.3.7 Marcação a mercado................................................................................. 66 3.3.8 Mercado Primário e Mercado Secundário ................................................. 66 4 SIMULADOS MÓDULO 3 ........................................................................................... 68 4. PRINCÍPIOS DE INVESTIMENTOS .................................................................... 73 4.1 Principais Fatores de Análise de Investimento .............................................. 73 4.1.1 Rentabilidade Absoluta Versus Rentabilidade Relativa ............................. 73 4.1.2 Rentabilidade Esperada e Rentabilidade Observada ................................ 74 4.1.3 Rentabilidade Bruta Versus Rentabilidade Liquida. ................................... 74 4.1.4 Liquidez e Risco ........................................................................................75 4.2 Principais Riscos do Investidor ..................................................................... 75 4.2.1 Risco de Mercado ..................................................................................... 75 4.2.2 Risco de Mercado Externo ........................................................................ 76 4.2.3 Risco de Crédito ........................................................................................ 77 4.2.4 Risco de Liquidez ...................................................................................... 78 4.3 Fatores Determinantes para adequação dos produtos de investimentos as necessidades dos investidores ................................................................................ 78 4.3.1 Objetivo do investidor e horizonte de investimento .................................... 78 4.3.2 Risco Versus Retorno ............................................................................... 79 4.3.3 Diversificação, Risco Sistemático e não sistemático ................................. 80 4.3.4 Conceito de orçamento pessoal e Familiar. ............................................... 81 4.3.5 Patrimônio Líquido (Ativos e Passivos). Índice de endividamento ............. 82 SIMULADOS MÓDULO 4 ........................................................................................... 83 5. FUNDO DE INVESTIMENTO E FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS ......... 88 5.1. Características Fundos de Investimento ....................................................... 88 5.1. Registro dos fundos ...................................................................................... 90 5.2. Assembleia geral de cotistas (Competências e Deliberações) ...................... 91 5.2.1. Convocação da Assembleia ...................................................................... 92 5.2.2. Assembleia Geral Ordinária (AGO) e Assembleia Geral Extraordinária (AGE) 92 5.2.3. Direitos e obrigações dos condôminos. ..................................................... 93 5.3. Informações relevantes (Disclaimers) ........................................................... 94 5.4. Obrigações dos Administrador de um fundo de investimento ....................... 95 5.5. Regras gerais sobre divulgação de informação: ........................................... 95 5.6. Segregação de funções e responsabilidades: ............................................... 96 5.7. Tipos de fundos: ........................................................................................... 96 5.8. Tipos de Taxas ............................................................................................. 98 5.9. Despesas ..................................................................................................... 99 5.10. Documentos dos fundos .......................................................................... 100 5 5.11. Gestão de Recursos ............................................................................... 104 5.12. Investidores qualificados ......................................................................... 106 5.13. Investidores profissionais ........................................................................ 106 5.14. Tributação em Fundos de Investimento .................................................. 107 5.15. PRINCIPAIS MODALIDADES DE FUNDOS DE INVESTIMENTO .......... 108 5.15.1.FUNDOS DE RENDA FIXA..................................................................... 108 5.15.2.FUNDO DE RENDA FIXA DE CURTO PRAZO ...................................... 109 5.15.3.FUNDOS DE RENDA FIXA REFERENCIADOS ..................................... 110 5.15.4.FUNDOS DE RENDA SIMPLES ............................................................. 111 5.15.5.FUNDOS DE RENDA FIXA DE DÍVIDA EXTERNA ................................ 112 5.15.6.FUNDO CAMBIAL .................................................................................. 113 5.15.7.FUNDO DE AÇÕES ................................................................................ 114 5.15.8.FUNDOS MULTIMERCADOS ................................................................. 115 5.15.9.FUNDO DE CRÉDITO PRIVADO ........................................................... 115 5.15.10.FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO ................................................................................................ 116 5.15.11.Come-Cotas .......................................................................................... 117 5.16. RESUMÃO FUNDOS DE INVESTIMENTO ............................................. 119 SIMULADOS MÓDULO 5 ......................................................................................... 121 6. Instrumentos de Renda Variável e Renda Fixa .................................................. 132 6.1 Ações ......................................................................................................... 132 6.1.1 Oferta pública de ações (IPO) e conceitos sobre ações. ......................... 133 6.1.2 Despesas incorridas na negociação com ações: ..................................... 138 6.1.3 Tributação: .............................................................................................. 138 6.1.4 LCI- Letra de Crédito Imobiliário .............................................................. 141 6.1.5 LCA ......................................................................................................... 142 6.1.6 Caderneta de poupança .......................................................................... 143 6.1.7 CDB – Certificado de Depósito Bancário ................................................. 144 6.1.8 Debêntures e Debêntures Incentivadas .................................................. 146 6.1.8.1 Garantias debêntures ....................................................................... 147 6.1.8.2 Tributação ........................................................................................ 148 6.1.8.3 Debêntures Incentivadas .................................................................. 149 6.1.9 Títulos Públicos ....................................................................................... 150 6.1.9.1 Principais Títulos públicos e sua Característica ............................... 151 6.1.10 . Operações Compromissadas ................................................................ 158 SIMULADOS MÓDULO 6 ......................................................................................... 160 6 7. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E VGBL ........................... 169 7.1 PREVIDÊNCIA SOCIAL X PREVIDÊNCIA PRIVADA ................................. 169 7.2 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS QUE INFLUENCIAM O PRODUTO ....... 169 7.2.1 Fase de Acúmulo/Diferimento ................................................................. 169 7.3 PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL) .............................. 172 7.4 VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES(VGBL) ................................... 172 7.5 Regimes de Tributação (Imposto de Renda)............................................... 173 SIMULADOS MÓDULO 7 ......................................................................................... 175 7 Introdução Este material foi desenvolvido para você que deseja mudar sua vida e carreira. Voltado para a certificação CPA-10 Anbima o mesmo busca aliar o conteúdo com a prática oferecendo conteúdo dinâmico desenvolvido através do programa detalhado da Certificação Anbima CPA-10. O conteúdo do material busca aliar o melhor conteúdo bibliográfico para te apoiar no alcance da sua certificação. Material Atualizado com o conteúdo 01/01/2020. A prova da CPA-10é desenvolvida com 50 questões, com total de 2 horas de prova. A estrutura da prova é extremamente conceitual, sendo assim não é necessário realizar cálculos na prova sendo somente cobrado o conhecimento dos conceitos apresentados neste material. É necessário obter 70% dos acertos para ser profissional Anbima CPA-10, sendo assim são necessários 35 questões corretas para alcançar a sua certificação, na qual possui vigência de 5 anos (para funcionário de instituição participante da Anbima) e 3 anos (para não funcionários de instituição participante Anbima). Abaixo segue o site para inscrição: http://www.anbima.com.br/pt_br/educar/quero-me-certificar/inscricao.htm O valor da prova é de: • Funcionário de instituição Associada: R$ 260,50. • Não Funcionário de Instituição Associada: R$ 313,00. A prova é dividida nos seguintes percentuais por conteúdo conforme abaixo: http://www.anbima.com.br/pt_br/educar/quero-me-certificar/inscricao.htm 8 1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SEUS PARTICIPANTES Este módulo equivale de 5 a 10% do conteúdo que cairá em sua prova. Este módulo busca apresentar o conhecimento do Sistema Financeiro Nacional mostrando as principais instituições que participam da construção e estrutura do mercado financeiro nacional e quais são suas atribuições e seu impacto no contexto brasileiro. 1.1 Funções Básicas. O Mercado Financeiro é o sistema que intermédia os recursos de agentes superavitários (que possuem recursos para aplicação) e os agentes deficitários (que necessitam de dinheiro para empréstimo). Este sistema é composto de diversas instituições financeiras de intermediação (Banco Múltiplo, Banco de Investimento, Banco Comercial, Bolsa de Valores, Corretoras e Distribuidoras), Instituições de prestação de serviço de gerenciamento de recursos (Cetip, Selic, Bm&F Bovespa), Instituições governamentais normativas e fiscalizadoras (CMN, Bacen, CVM e Susep) e instituições acessórias (Anbima) na qual exercem papel fundamental para o seu correto funcionamento. 9 Figura: Função Básica do Mercado Financeiro 1.2 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional 1.2.1 Conselho Monetário Nacional – CMN Instituição máxima do Sistema Financeiro Nacional na qual é sua principal função é: “Fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária (Controla Quantidade de moeda em circulação e taxa de juros) e de Crédito, compra e venda de ouro” Obs.: É o órgão que determina a Meta para INFLAÇÃO (IPCA – Índice de Preço do Consumidor Amplo) O CMN é um órgão Normativo, sendo assim ele determina o funcionamento do mercado financeiro. Sua atribuição é comandar o mercado, sendo assim é uma instituição financeira que não exerce EXECUÇÃO de atividades. O CMN em si somente determina o que as demais instituições irão seguir e adotar. Dica: Nas questões o CMN é sempre ligado a verbos de comando. Ex.: Determinar, Regulamentar, Fixar, Disciplinar. 10 1.2.2 Banco Central do Brasil – BACEN O Banco Central é a Instituição Governamental na qual é responsável pelo: “Controle da inflação, atua para regular a quantidade de moeda na economia buscando a estabilidade nos preços (controle de inflação). Instituição também responsável pela regulação e supervisão das demais instituições Financeiras no País”. OBS: O BC executa as orientações do Conselho Monetário Nacional (CMN). Além disso, conduz as políticas monetária, cambial, de crédito, e de relações financeiras com o exterior; a regulação e da supervisão do Sistema Financeiro Nacional (SFN); Autorização para abertura e Funcionamento de Instituições Financeiras, Emite papel-moeda, a administração do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e os serviços do meio circulante. OBS: Comitê criado pelo Banco Central Chamado de COPOM (Comitê de Política Monetária) é o responsável pela “Decisão da TAXA SELIC”, taxa básica de juros do país. 1.2.3 Comissão de Valores Mobiliários – CVM A Comissão de Valores Mobiliários é uma instituição governamental que foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o objetivo: “Fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários um título de propriedade (ação) ou de crédito (obrigação), emitido por um ente público (governo) ou privado (sociedade anônima ou instituição financeira] no Brasil”. Exemplos de Valores Mobiliários: Ação, Debêntures, Cota em Fundo de Investimento, Contrato Futuro, Opções e etc. https://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/CMN https://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/n/CMN https://pt.wikipedia.org/wiki/Propriedade_(direito) https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_(finan%C3%A7as) https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%ADtulo_de_cr%C3%A9dito https://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o_(economia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_an%C3%B4nima https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_an%C3%B4nima https://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o_financeira 11 DICA: A CVM tanto executa, quanto determina e regulamenta o mercado de títulos e valores mobiliários. É a instituição governamental que regula e executa o mercado de valores mobiliários. As leis criadas por este órgão SERÃO sempre superiores e devem ser seguidas 1.2.4 Superintendência de Seguros Privados – SUSEP A SUSEP é a instituição governamental responsável pelo: “Controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.” Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966. Resumo CMN, BACEN, CVM e SUSEP 12 1.2.5 . Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de capitais - ANBIMA. 1.2.5.1 Papel da ANBIMA. ANBIMA é uma Associação que reuni diversas empresas diferentes entre si (bancos, gestoras, corretoras, distribuidoras e administradoras) com o objetivo de reproduzir dentro de casa a pluralidade (diversidade) dos mercados. É uma instituição que conduz as melhores práticas para distribuição de investimento. Obs.: O código de conduta da Anbima jamais irá se sobrepor a LEI. Sendo assim é um condigo de conduta que deve ser conduzido. A ANBIMA desenvolve quatro atividades que são: • Informar; • Representar; • Autorregular; • Educar; OBS: O Código Anbima se refere quanto a distribuição e negociação de valores mobiliários (Investimentos) de acordo com a LEI 6.385 e as regulamentações da (CVM) com o objetivo de proporcionar a adequada transparência a este mercado. SENDO ASSIM qualquer alteração na LEI que não haja alteração no Código Anbima a Lei se sobrepõe (prevalece) ao Código Anbima. A fim de garantir o equilíbrio e os controles necessários de sua atividade regulatória, a dinâmica básica da autorregulação da ANBIMA é a seguinte: 13 O Código de Regulação e Melhores Práticas está embasado em três pilares que serão abordados abaixo: • Objetivo; • Obrigatoriedade; • Legislação; 14 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação Continuada O objetivo do Código de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação Continuada (Código) é estabelecer princípios e regras que deverão ser observados pelas instituições participantes, que atuam nos mercados financeiro e de capitais, de maneira a buscar a permanente elevação da capacitaçãotécnica de seus profissionais, bem como a observância de padrões de conduta no desempenho de suas respectivas atividades. (Relação Funcionário com Mercado, Instituição Participante (Banco), Investidor). Princípios e padrões de conduta exigidos das instituições participantes Os princípios e padrões exigidos diretamente das instituições participantes estão dispostos no art. 8º do Código de Certificação, podendo ser resumidos em: • Seguir código de ética e evidenciar a adesão de seus profissionais a ele; • Verificar se seus profissionais têm reputação ilibada e atestar que não tenham: a) Sido inabilitados para o exercício de cargo em instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo BACEN, CVM, Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) ou Susep; b) Sofrido punição definitiva, nos últimos cinco anos, em decorrência de sua atuação como administrador ou membro de conselho fiscal de entidade sujeita a controle e fiscalização dos órgãos reguladores mencionados; • Zelar pelo aperfeiçoamento de seus profissionais, fornecendo atualização profissional constante sobre práticas de mercado, produtos e regulação aplicável; • Manter elevados padrões éticos, adotar práticas transparentes nas negociações e proibir práticas não equitativas e de concorrência desleal; • Divulgar com clareza riscos e consequências que poderão advir dos produtos, instrumentos e modalidades operacionais disponíveis no mercado; • Preservar as informações reservadas ou privilegiadas, excetuadas as hipóteses em que a sua divulgação seja exigida por lei ou tenha sido autorizada; • Adotar procedimentos formais de controle, relacionados à obtenção e manutenção da certificação pertinente a todos os seus profissionais; 15 1.2.5.1.1 Padrões de Conduta 1.2.5.2 Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas de Distribuição de Investimento no Varejo. 1.2.5.2.1 Objetivo O objetivo do presente Código de Regulação e Melhores Práticas para Atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo (“Código”) é estabelecer, para as instituições participantes abaixo definidas, os parâmetros relativos à atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo, com as seguintes finalidades: I. Manter os mais elevados padrões éticos e consagrar a institucionalização das práticas equitativas no mercado; II. Estimular o adequado funcionamento da atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo; III. Manter transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o canal utilizado e as características do produto; IV. Promover a qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo; V. Comprometer-se com a qualidade da atuação na distribuição de produtos e serviços; 16 1.2.5.2.2 Princípios gerais. As instituições participantes devem observar os seguintes princípios e regras no desempenho da Atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo: I. Adotar práticas que promovam a transparência na relação com o Investidor; II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de sua atividade, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas; III. Efetuar prévia e criteriosa análise quando contratar serviços de terceiros; IV. Evitar práticas que possam vir a prejudicar o mercado de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo; Neste Próximo tópico você deve se atentar as frases que são exigidas e que devem estar informadas em todos os materiais de divulgação de investimento que TODOS os bancos e corretoras que estão filiadas a ANBIMA seguir este modelo. 1.2.5.2.3 Da publicidade e divulgação dos produtos de investimento. A divulgação de publicidade e material técnico elaborado pelas instituições participantes deve obedecer às disposições da legislação, regulação e autorregulação vigente aplicável a cada produto de investimento, podendo o Conselho de Regulação e Melhores Práticas expedir diretrizes específicas sobre o tema: Todo o material utilizado para publicidade dos Produtos de Investimento é de responsabilidade de quem o divulga, inclusive no que se refere à conformidade de tal material com as normas do presente Código. Caso a divulgação seja feita por um prestador de serviço, este deve obter, antes da divulgação, aprovação expressa da instituição participante. 17 As instituições participantes devem, no que diz respeito à publicidade e divulgação de material técnico de Produtos de Investimento: I. Envidar seus melhores esforços no sentido de produzir publicidade ou material técnico adequado ao seu público-alvo, minimizando incompreensões quanto ao seu conteúdo, e privilegiando informações necessárias para a tomada de decisão; II. Buscar transparência e clareza das informações, fazendo uso de linguagem adequada ao público-alvo, no intuito de embasar a decisão do Investidor; III. Conter informações alinhadas com a documentação do produto, quando for o caso; IV. Zelar para que não haja qualificações injustificadas, superlativos não comprovados, opiniões ou previsões para as quais não exista uma base técnica, promessa, garantia de resultados futuros ou isenção de risco para o Investidor, quando isso não refletir a realidade do produto; Os Produtos de Investimento de mesma natureza podem ser comparados, desde que sejam informadas simultaneamente as datas, os períodos, a fonte das informações utilizadas, os critérios de comparação adotados e demais informações consideradas relevantes para adequada avaliação pelo Investidor dos dados comparativos divulgados. É vedada a divulgação de comparativo entre Produtos de Investimento de diferentes instituições, diferentes naturezas e/ou categoria diversa. Obs: Você só pode comparar produtos de mesma característica. Se for comprar LCI você deve comparar com outra LCI. Toda publicidade, exceto aquela veiculada em rádio ou short message service (SMS), deve obedecer às seguintes regras na divulgação de avisos ao Investidor. • Publicidade que não possua selo ANBIMA proveniente das regras estabelecidas para o Produto de Investimento deve adicionar aviso com a seguinte redação: 18 ESTA INSTITUIÇÃO É ADERENTE AO CÓDIGO ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA ATIVIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS DE INVESTIMENTO NO VAREJO. Publicidade que faça referência a histórico de rentabilidade, ou menção a sua performance, deve adicionar aviso com a seguinte redação, quando aplicável: A RENTABILIDADE DIVULGADA NÃO É LÍQUIDA DE IMPOSTOS. • Publicidade que mencione Produto de Investimento que não possua a garantia do Fundo Garantidor de Crédito, adicionar aviso com a seguinte redação: TRATA-SE DE UMA MODALIDADE DE INVESTIMENTO QUE NÃO CONTA COM A GARANTIA DO FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO – (FGC). • Publicidade que divulgue simulação de rentabilidade, adicionar aviso com a seguinte redação: AS INFORMAÇÕES PRESENTES NESTE MATERIAL SÃO BASEADAS EM SIMULAÇÕES E OS RESULTADOS REAIS PODERÃO SER SIGNIFICATIVAMENTE DIFERENTES. Sem prejuízo das demais regras dispostas neste código, todo material de publicidade quando direcionado a um único Produto de Investimento deve possuir o seguinte conteúdo mínimo sobre o produto: I. Público-alvo; II. Classificação de risco. (Conservador, Moderado, Agressivo) III. Características do produto;IV. Informações sobre os canais de atendimento; V. Endereço para o portal de educação financeira da ANBIMA “Como Investir” (www.comoinvestir.com.br) e/ou portal de educação financeira da instituição participante, quando se tratar de material de publicidade disponibilizado na internet; 19 1.2.6 Principais Intermediários Financeiros 1.2.6.1 Banco Comercial Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar (emprestar), a curto e médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista (conta corrente), livremente movimentáveis, e empréstimo de dinheiro é atividade típica do banco comercial. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco". (Resolução CMN 2.099, de 1994). Para melhor entendimento dos participantes do Banco Comercial: • Agente superavitário: Cliente/Investidor que possui dinheiro disponível buscando ganhar com investimentos; • Instituição financeira: O BANCO na qual irá realizar esta intermediação; • Agente Deficitário: Cliente que procura o banco em busca de empréstimo; Neste contexto o banco utiliza o dinheiro do agente superavitário e empresta para o agente deficitário cobrando juros maiores em relação os rendimentos pagos aos agentes superavitários. Esta diferença é chamada de “spread” e este é o lucro das instituições financeiras. 20 1.2.6.2 Banco de Investimento Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento". Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo (conta de Investimento), repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999). Para melhor entendimento dos participantes do banco de investimento: • Agente superavitário: Cliente/Investidor que possui dinheiro disponível buscando ganhar com investimentos; • Instituição financeira: O BANCO na qual irá realizar esta intermediação; • Agente Deficitário: Empresa que busca dinheiro emprestado junto a investidores; Neste contexto o banco utiliza o dinheiro do agente superavitário e repassa a empresa que deseja o dinheiro emprestado. Com isto a empresa cria uma dívida com o investidor que deverá ser paga a fim de garantir investidores disponíveis a financiar as atividades da empresa. Obs.: Nesta modalidade o investidor não é sócio da empresa. Nesta situação ele empresta dinheiro a empresa e a mesma deverá pagar o que foi emprestado mais os juros que serão a remuneração do investidor. 21 1.2.6.3 Banco Múltiplo Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: • Comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. OBS: O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima. Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco público. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994). OBS: Deve possuir UM CNPJ para cada Carteira. Podendo publicar um balanço único. 1.2.7 Outros Intermediários ou Auxiliares Financeiros 1.2.7.1 B3 S/A: Bolsa, Balcão e BM&F Bovespa. É a empresa onde ocorrem as operações (compra e venda) de ações, Derivativos, Commodities, Balcão, Operações Estruturadas. É a instituição que permite que corretoras enviem ordem de compra e venda de seus clientes a fim de ocorrer a transacionalidade neste segmento do mercado financeiro. 22 As negociações são realizadas no Pregão Eletrônico (Bovespa) e Via Internet, com intermédio do Home Broker das Corretoras. Na Bolsa, o investidor que deseja comprar uma ação deverá procurar sua corretora que emite uma ordem de compra para a bolsa, assim a bolsa divulga esta informação ao mercado. Após esta divulgação a bolsa procura alguma corretora que tenha enviado ordem de venda de algum investidor que aceite vender pelo preço que o comprador esteja disposto a comprar. Após a finalização desta transação se cria a negociação no mercado. 1.2.7.2 Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários. São empresas especializadas e autorizadas pela CVM que intermediam a compra, venda e distribuição de valores mobiliários através de ordem de terceiros (clientes investidores). Visto a impossibilidade de o investidor realizar compra e venda de títulos e valores mobiliários diretamente na bolsa, a corretora e distribuidora possui extrema importância para continuidade deste mercado sendo obrigatório o envio de ordem de compra e venda por Empresas “Corretoras e Distribuidoras” de valores mobiliários, na qual cobram corretagem e comissões por este tipo de serviço. Estas empresas devem ser constituídas sob forma de S/A (Sociedade Anônima). De acordo com a decisão do BACEN e CVM do dia 17/03/2009, foi definido que não há diferença na área de atuação entre Corretora de Valores e Distribuidora de Valores. Considerações importantes sobre estas empresas: • Uma corretora pode atuar por conta própria; • Pode atuar como agente Fiduciário (pode representar os investidores garantindo seus interesses); • Sua principal função é dar liquidez e segurança ao mercado acionário; • Podem administrar fundos e clubes de investimento; • Podem Intermediar operações com câmbio (compra e venda de moeda estrangeira); 23 1.2.8 Sistemas e Câmeras de Liquidação e Custódia (Clearing House) A Clearing House (câmara de compensação) é responsável pelo registro de todas as operações realizadas, acompanhamento das posições mantidas, compensação financeira dos fluxos e liquidação dos contratos. Obs: Quando ocorre a negociação (compra e venda) de algum título ou valor mobiliário, a Clearing House irá fazer o registro da operação garantindo a troca de titularidade de determinado investimento. Esta é uma garantia da Clearing House. Sua principal função no mercado financeiro é diminuir (mitigar) o risco de liquidação (garantir que seja transferido os recursos de quem comprou para quem vendeu). No Brasil há duas Clearing House que serão descritas abaixo: • SELIC: é responsável pelas operações, acompanhamento de posições mantidas, compensação financeira e liquidação dos contratos financeiros de “TÍTULOSPÚBLICOS FEDERAIS” (LFT, LTN, NTN-B,NTN-B Principal, NTN-F); • B3: é responsável pelas operações, acompanhamento de posições mantidas, compensação financeira e liquidação dos contratos financeiros de “TÍTULOS PRIVADOS”: o Ações e Derivativos; o Títulos privados: Derivativos (Termo, Futuros, Swaps e opções); o Renda Fixa: (CDB, RDB, LF, DI); o Títulos Agrícolas: (CPR, CRA E LCA); o Títulos de Crédito: (CCB); o Títulos Imobiliários: (CCI, CRI, LCI); o Valores Mobiliários (Debêntures e NC) e Cotas de fundos de investimento. 24 Fluxograma da Clearing House 1.2.9 Sistema de Pagamentos Brasileiros – SPB O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende as entidades, os sistemas e os procedimentos relacionados com o processamento e a liquidação de operações de transferência de fundos, de operações com moeda estrangeira ou com ativos financeiros e valores mobiliários. São integrantes do serviço do SPB • Compensação de cheques; • Compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito; • Transferência de fundos e de outros ativos financeiros; • Compensação e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários; • Compensação e liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros e outras entidades; Esses fatos possibilitaram a redução dos riscos de liquidação nas operações interbancárias, com consequente redução também do risco sistêmico, isto é, o risco de que a quebra de uma instituição financeira provoque a quebra em cadeia de outras, no chamado "efeito dominó". INVESTIDOR BANCO/ CORRETORA CLEARING HOUSE 25 SIMULADOS MÓDULO 1 _____________________________________________________________________ Além dos simulados abaixo, temos os simulados gratuitos em nosso site. Você encontrará 1.000 questões de CPA-10 para treinar e se preparar para a prova da Anbima. Link: https://www.leadinvest.com.br/simuladocpa10-modulo-1 _____________________________________________________________________ 1- É uma carteira que deve estar presente em um Banco Múltiplo, obrigatoriamente: A) Comercial B) Crédito e Financiamento C) Crédito Imobiliário D) Desenvolvimento 2 - Seu cliente contratou um plano Vida Gerador de Benefício Livre - VGBL. Onde o mesmo pode obter mais informações sobre o plano, além da seguradora: A) Superintendência de Previdência Complementar - PREVIC B) Banco Central do Brasil - BACEN C) Comissão de Valores Mobiliários - CVM D) Superintendência de Seguros Privados - SUSEP 3 - O Banco Central do Brasil – BACEN é uma autarquia do governo federal e tem como função: A) Autorizar a emissão de papel moeda B) Autorizar o funcionamento de instituição financeira estrangeira C) Coordenar a política monetária D) Realizar operações de redesconto 4 - São ativos custodiados no SELIC: A) Letra Financeira B) Títulos Públicos Federais C) Títulos Privados D) Ações 5- São ativos custodiados na B3: A) Títulos Públicos Federais B) Ações C) LTN D) LFT 6 - O Conselho Monetário Nacional - CMN, tem como função: A) Exercer a fiscalização das instituições financeiras B) Conceder autorização para abertura de bancos estrangeiros no Brasil C) Realizar operações de redesconto junto às instituições financeiras D) Definir as diretrizes e normas referentes ao câmbio https://www.leadinvest.com.br/simuladocpa10-modulo-1 26 7 - É uma função da B3 (Fusão da BM&F + CETIP): A) Fazer o lançamento das ações registradas na CVM B) Fazer a liquidação dos ativos no exterior C) Fazer a compensação de cheques D) Fazer a custódia e liquidação de derivativos 8 - Segundo a Anbima, rentabilidade informada dos ativos deve estar acompanhada do aviso de que: A) A rentabilidade não é líquida de impostos B) A rentabilidade futura será sempre maior que a rentabilidade passada C) A rentabilidade não possui nenhum tipo de risco D) A rentabilidade possui cobertura do Fundo Garantidor de Crédito - FGC 9 - É uma função da Comissão de Valores Mobiliários – CVM: A) Fiscaliza as instituições financeiras do ramo bancário B) Determina as diretrizes do mercado de câmbio C) Limitar os valores máximos de comissão que podem ser cobrados pelas instituições que participam do mercado de distribuição de valores mobiliários D) Estimular os investimentos em caderneta de poupança 10 - Os Bancos de Investimentos são instituições muito importantes na estrutura do sistema financeiro nacional. Sobre essas instituições, assinale a alternativa correta: A) Realizam operações de emissão de valores mobiliários, assessoram operações de fusões e aquisições e ofertam crédito de curto e médio prazo, como cheque especial, por exemplo. B) Realizam operações de emissão de valores mobiliários, assessoram operações de fusões e aquisições e realizam operações com dólar turismo C) Fiscalizam o mercado de distribuição de valores mobiliários D) Assessoram empresas em operações de fusões e aquisições, emissões de valores mobiliários e ofertas públicas, além de fornecer crédito para médio e longo prazo 11 - É uma função do Banco Central do Brasil – BACEN: A) Atuar, através do Comitê de Política Monetária - COPOM, para definir a taxa meta de inflação B) Realizar, através de operações de redesconto bancário, empréstimos de assistência à liquidez para as instituições financeiras C) Estimular a formação de poupança e direcionamento da mesma para o mercado de valores mobiliários D) Fiscalizar as instituições financeiras e não financeiras que atuam na gestão de recursos de terceiros 27 12 - É uma definição correta sobre o Sistema de Pagamentos Brasileiro - SPB: A) Sistema criado para transferir fundos entre bancos de um mesmo conglomerado B) Sistema criado para realização de DOC’s para valores superiores a R$ 5 mil C) É a transferência de fundos próprio e de terceiros realizados entre bancos em tempo real, com o objetivo de reduzir o risco sistêmico D) Sistema criado para gerenciar o risco de crédito das instituições ao custodiar todos os CDB’s emitidos por essas instituições 13 - Um Banco Múltiplo é constituído com a carteira Comercial e a de Crédito, Financiamento e Investimento. Esse banco está autorizado a: A) Captar por depósito à vista e também administrar fundos de investimentos B) Conceder crédito para médio prazo, porém não pode captar pode depósito à vista C) Captar por depósito à vista e também conceder crédito para aquisição de bens D) Captar por depósito à vista e conceder crédito imobiliário 14 - Banco Comercial é aquele que: A) Pode captar por depósito a prazo e conceder crédito imobiliário B) Possui pelo menos 2 carteiras e pode captar por depósito à vista C) Pode administrar fundos de investimentos D) Pode captar por depósito a prazo e também depósito à vista 15 - Depósito compulsório é um dos instrumentos de política monetária. A quem compete receber os mesmos: A) COPOM B) BACEN C) CMN D) Instituição Financeira onde o cliente possua a conta 16 - A atividade de uma “Clearing House” tem como objetivo diminuir o risco do mercado. Qual tipo de risco que esse tipo de instituição visa mitigar: A) Liquidação B) Liquidez C) Crédito D) Sistemático 17 - Tipo de Sociedade que a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, fiscaliza: A) Sociedades de Economia Mista quesejam de propriedade privada B) Sociedades Anônimas que possuem ações negociadas em Bolsa de Valores e Mercado de Balcão C) Sociedades Anônimas que possuem ações negociadas em Bolsa de Valores e Mercado Primário D) Sociedades Limitadas que possuem ações negociadas em Bolsa de Valores 28 18 - Sobre a ANBIMA, assinale a alternativa correta: A) É uma associação de autorregulação formada pelas instituições financeiras e seus códigos têm força de lei B) É uma associação de autorregulação formada pelas instituições financeiras e seus códigos são complementares à legislação vigente C) É um órgão governamental formada pelas instituições financeiras e seus códigos são complementares à legislação vigente D) É um órgão governamental formada pelas instituições financeiras e seus códigos têm força de lei 19 - Conforme o código de Certificação Continuada da ANBIMA, analise os objetivos abaixo: I. Estabelecer princípios e regras para o mercado II. Proporcionar uma permanente elevação da capacitação técnica dos profissionais III. Definir regras para a distribuição de produtos. Está (ão) correto (s): A) I e III B) I e II C) II e III D) Todas as alternativas 20 - O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de: A) Entidades, sistemas e mecanismos relacionados com o processamento e a liquidação de operações de transferência de fundos, de operações com moeda estrangeira ou com ativo financeiros e valores mobiliários. B) Instituições financeiras, cooperativas de crédito e centrais depositárias de ações e de títulos de dívida corporativa. C) Sistemas eletrônicos disponibilizados pelo governo brasileiro para transferência de fundos e pagamentos de tributos D) Sistemas e mecanismos que possuem relação com a liquidação de câmbio entre as instituições financeiras 21 - Uma empresa decide abrir seu capital no mercado. Essa operação será coordenada por um (a): A) Banco de Investimento B) Banco Comercial C) Banco Múltiplo, com carteira comercial D) Comissão de Valores Mobiliários - CVM 22 - São funções de uma SCTVM (Corretora de Valores Mobiliários), exceto: A) Administrar planos de capitalização B) Administrar clubes de investimentos C) Administrar fundos de investimentos D) Realizar operações de câmbio 29 2. ÉTICA, REGULAMENTAÇÃO E ANÁLISE DO PERFIL DO INVESTIDOR Este módulo contempla a complementação do código de regulação da ANBIMA tanto quanto o distribuidor de investimento realizar a análise do Perfil do Investidor com Objetivo de melhor adequar seus investimentos dentro do seu perfil de risco. O peso deste módulo na prova equivale de 15% a 20%. 2.1 Ética. 2.1.1. Definições Art. 1º. Para os efeitos deste Código, entende-se por: I. Administração Fiduciária: compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e à manutenção dos Veículos de Investimento; II. ANBIMA ou Associação: Associação Brasileira dos Mercados Financeiros e de Capitais; III. Canais Digitais: canais digitais ou eletrônicos utilizados na distribuição, que servem como instrumentos remotos sem contato presencial entre o investidor ou potencial investidor e a Instituição Participante; IV. Conglomerado ou Grupo Econômico: conjunto de entidades controladoras diretas ou indiretas, controladas, coligadas ou submetidas a controle comum; V. Criptografia: conjunto de técnicas para codificara informação de modo que somente o emissor e o receptor consigam decifrá-la; VI. Distribuição de Produtos de Investimento: (i) oferta de Produtos de Investimento de forma individual ou coletiva, resultando ou não em aplicação de recursos, assim como a aceitação de pedido de aplicação por meio de agências bancárias, plataformas de atendimento, centrais de atendimento, canais digitais ou eletrônicos, ou qualquer outro canal estabelecido para este fim; e (ii) atividades acessórias oferecidas aos investidores, tais como manutenção do portfólio de investimentos e fornecimento de informações periódicas acerca dos investimentos realizados; VII. Documentos dos Veículos de investimento: são os documentos oficiais exigidos pela regulação específica dos Veículos de Investimento; VIII. Gestão de Recursos de Terceiros: consiste na gestão profissional dos ativos integrantes das carteiras dos Veículos de Investimento, nos termos estabelecidos nos Documentos dos Veículos de Investimento, assim como na regulação em vigor; IX. Instituições Participantes: instituições associadas à ANBIMA ou instituições aderentes a este Código; 30 X. Material Publicitário: material que tenha como objetivo estratégia comercial e mercadológica, divulgado pelas Instituições Participantes por qualquer meio de comunicação disponível e destinado a investidores ou potenciais investidores; XI. Material Técnico: material de suporte técnico a uma decisão de investimento, divulgado pelas Instituições Participantes por qualquer meio de comunicação disponível e destinado a investidores ou potenciais investidores; XII. Produtos Automáticos: aqueles que possuem a funcionalidade de aplicação e resgate automático, conforme saldo disponível na conta corrente do investidor; XIII. Produtos de Investimento: títulos, valores mobiliários, direitos e outros instrumentos de emissor público ou privado, regulados pela Comissão de Valores Mobiliários e/ou pelo Banco Central do Brasil; XIV. Organismos de Supervisão: a Comissão de Acompanhamento para Distribuição de Produtos de Investimento e o Conselho de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de Produtos de Investimento, ambos previstos no Título IV deste Código; XV. Propaganda Institucional: todo material utilizado pelas Instituições Participantes e empresas do mesmo conglomerado ou grupo econômico com o objetivo de estratégia mercadológica e que mencione em seu conteúdo a Distribuição de Produtos de Investimento; XVI. Regulação: normas legais, infralegais e de autorregulação que abrangem a Distribuição de Produtos de Investimento; XVII. Veículo de Investimento: Fundos de Investimento e Carteiras Administradas constituídos com o objetivo de investir recursos obtidos junto a um ou mais investidores. 2.1.2. Objetivo O presente Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de Produtos de Investimento (“Código”) tem como objetivo estabelecer princípios e regras para Distribuição de Produtos de Investimento, visando, principalmente: I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da institucionalização de práticas equitativas no mercado financeiro e de capitais; I. A concorrência leal; III. A padronização de seus procedimentos; IV. O estímulo ao adequado funcionamento da Distribuição de Produtos de Investimento; V. A transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o canal utilizado e as características dos investimentos; VI. A qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na Distribuição de Produtos de Investimento; 31 2.1.3. Princípios Gerais As Instituições Participantes devem: I. Exercer suas atividades com boa fé, transparência, diligência e lealdade em relação aos investidores; II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de suas atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venhama ser cometidas; III. Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa e da livre concorrência, evitando a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, e respeitando os princípios de livre negociação; IV. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e princípios contidos neste Código, na regulação pertinente e/ou nas demais regras estabelecidas pela ANBIMA; V. Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral e profissional; VI. Divulgar informações claras e inequívocas aos investidores acerca dos riscos e consequências que poderão advir dos Produtos de Investimento; VII. Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Distribuição de Produtos de Investimento, especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às atribuições específicas de cada uma das Instituições Participantes estabelecidas em contratos, regulamentos e na regulação vigente; VIII. Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento atuem com imparcialidade, conheçam o código de ética da Instituição Participante e as normas aplicáveis à sua atividade; e IX. Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse que possam afetar a imparcialidade das pessoas que desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento. 2.1.4. Segurança e Sigilo das Informações As Instituições Participantes devem estabelecer mecanismos para: I. Propiciar o controle de informações confidenciais a que tenham acesso os seus sócios, diretores, alta administração, profissionais e terceiros contratados; II. Assegurar a existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico; e 32 III. Implantar e manter treinamento para os seus sócios, diretores, alta administração, profissionais e terceiros contratados que tenham acesso a informações confidenciais. As Instituições Participantes devem implementar e manter, em documento escrito, regras e procedimentos para assegurar o disposto no caput, incluindo, no mínimo: I. Regras de acesso às informações confidenciais indicando como se dá o acesso e controle de pessoas autorizadas e não autorizadas a essas informações, inclusive nos casos de mudança de atividade dentro da mesma instituição ou desligamento do profissional; II. Regras específicas sobre proteção da base de dados e procedimentos internos para tratar casos de vazamento de informações confidenciais, mesmo que oriundos de ações involuntárias; e III. Regras de restrição ao uso de sistemas, acessos remotos e qualquer outro meio/veículo que contenha informações confidenciais no exercício de suas atividades; 2.1.5. Material Publicitário A Instituição Participante, ao divulgar Material Publicitário em qualquer meio de comunicação disponível, deve incluir, em destaque, link ou caminho direcionando investidores ou potenciais investidores ao Material Técnico sobre o Produto de Investimento mencionado, de modo que haja conhecimento de todas as informações, características e riscos do investimento. 2.1.6. Material Técnico O Material Técnico deve possuir, no mínimo, as seguintes informações sobre o Produto de Investimento: I. Descrição do objetivo ou estratégia; II. Público-alvo, quando destinado a investidores específicos; III. Carência para resgate e prazo de operação; IV. Nome do emissor, quando aplicável; V. Tributação aplicável; VI. Classificação de risco do produto, nos termos estabelecidos pela Diretriz ANBIMA de Suitability; 33 VII. Descrição resumida dos principais fatores de risco, incluindo, no mínimo, os riscos de liquidez, de mercado e de crédito, quando aplicável; e VIII. Informações sobre os canais de atendimento. 2.1.7. Avisos Obrigatórios As Instituições Participantes devem incluir, com destaque, nos Materiais Técnicos os seguintes avisos obrigatórios: I. Caso faça referência a histórico de rentabilidade ou menção a performance: Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros; A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos; II. Caso faça referência a Produtos de Investimento que não possuam garantia do fundo garantidor de crédito: O investimento em [indicar produto de investimento] não é garantido pela instituição ou por qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, pelo fundo garantidor de crédito; III. Caso faça referência à simulação de rentabilidade: As informações presentes neste material técnico são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser significativamente diferentes; 2.1.8. Divulgação de Informações via Site As Instituições Participantes devem disponibilizar em seus sites na internet seção exclusiva sobre os Produtos de Investimento distribuídos, contendo, no mínimo, as seguintes informações: I. Descrição do objetivo e/ou estratégia de investimento; II. Público-alvo, quando destinado a investidores específicos; III. Carência para resgate e prazo de operação; IV. Nome do emissor, quando aplicável; 34 V. Tributação aplicável; VI. Classificação de risco do produto, nos termos estabelecidos pela Diretriz ANBIMA de Suitability; VII. Descrição resumida dos principais fatores de risco, incluindo, no mínimo, os riscos de liquidez, de mercado e de crédito, quando aplicável; VIII. Informações sobre os canais de atendimento; 2.1.9. Conheça seu Cliente As Instituições Participantes devem buscar conhecer seus investidores no início do relacionamento e durante o processo cadastral, identificando a necessidade de visitas pessoais em suas residências, seus locais de trabalho e em suas instalações comerciais (“know your customer – KYC”). §1º. As Instituições Participantes devem implementar e manter, em documento escrito, regras, procedimentos e controles de KYC que sejam efetivas e consistentes com a natureza, porte, complexidade, estrutura, perfil de risco dos Produtos de Investimento distribuídos e modelo de negócio da instituição. §2º. O documento de que trata o parágrafo acima deve conter, no mínimo: I. Procedimento adotado para aceitação de investidores, incluindo procedimento para análise e validação dos dados, bem como a forma de aprovação dos investidores; II. Indicação dos casos em que são realizadas visitas aos investidores em sua residência, local de trabalho ou instalações comerciais; III. Indicação do sistema e ferramentas utilizadas para realizar o controle das informações, dados e movimentações dos investidores; IV. Procedimento de atualização cadastral, nos termos da regulação em vigor; V. Procedimento adotado para identificar a pessoa natural caracterizada como beneficiário final, nos termos da regulação em vigor; VI. Procedimento adotado para veto de relacionamentos em razão dos riscos envolvidos; 35 2.1.10. Suitability As Instituições Participantes, no exercício de suas atividades, não podem recomendar Produtos de Investimento, realizar operações ou prestar serviços sem que verifiquem sua adequação ao perfil do investidor. §1º. As Instituições Participantes devem implementar e manter, em documento escrito, regras e procedimentos que possibilitem verificar a adequação dos Produtos de Investimento ao perfil dos investidores (“Suitability”), devendo conter, no mínimo: I. Coleta de informações:descrição detalhada do mecanismo de coleta das informações junto ao investidor para definição de perfil; II. Classificação do perfil: descrição detalhada dos critérios utilizados para a classificação de perfil do investidor, devendo ser observadas as características de classificação para cada perfil, conforme Diretriz ANBIMA de Suitability; III. Classificação dos Produtos de Investimento: descrição detalhada dos critérios utilizados para a classificação de cada produto de investimento, devendo ser observado o disposto na Diretriz ANBIMA de Suitability; IV. Comunicação com o investidor: descrição detalhada dos meios, forma e periodicidade de comunicação utilizada entre a Instituição Participante e o investidor para: a. Divulgação do seu perfil de risco após coleta das informações; e b. Divulgação referente ao desenquadramento identificado entre o perfil do investidor e seus investimentos, a ser efetuada sempre que verificado o desenquadramento; V. Procedimento operacional: descrição detalhada dos procedimentos utilizados para a aferição periódica entre o perfil do investidor e seus investimentos; VI. Atualização do perfil do investidor: descrição detalhada dos critérios utilizados para atualização do perfil do investidor, incluindo a forma como a Instituição Participante dará ciência desta atualização; VII. Controles internos: descrição detalhada dos controles e mecanismos adotados pela Instituição Participante, observada a seção I do capítulo V deste Código, para o processo de Suitability com o objetivo de assegurar a efetividade dos procedimentos estabelecidos pela instituição. 36 2.1.11. Selo ANBIMA A veiculação do Selo ANBIMA tem por finalidade exclusiva demonstrar o compromisso das Instituições Participantes em atender às disposições deste Código. §1º. A ANBIMA não se responsabiliza pelas informações constantes dos documentos divulgados pelas Instituições Participantes, ainda que façam uso do Selo ANBIMA, nem tampouco pela qualidade da prestação de suas atividades. §2º. Cabe à Diretoria da ANBIMA expedir diretrizes para regulamentar as regras de uso do Selo ANBIMA. 2.2 Prevenção a Lavagem de Dinheiro Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o criminoso transforma, recursos obtidos através de atividades ilegais, em ativos comuns a origem aparentemente legal. Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos a lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo dinâmico que requer: • Primeiro, o distanciamento dos fundos de sua origem, evitando uma associação direta deles com o crime; • Segundo, o disfarce de suas várias movimentações para dificultar o rastreamento desses recursos; • Terceiro, a disponibilização do dinheiro novamente para os criminosos depois de ter sido suficientemente movimentado no ciclo de lavagem de dinheiro podendo ser considerado “limpo”; 37 2.2.1 Identificação dos clientes A lei sobre crimes de “lavagem” de dinheiro exige que as instituições financeiras entre outros: • Identifiquem seus clientes mantendo cadastro atualizado; inclusive dos proprietários e representantes das empresas (clientes Pessoa Jurídica); • Mantenham registro das transações em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela autoridade competente e nos termos de instruções por esta expedida; • Atendam no prazo fixado pelo órgão judicial competente, as requisições formuladas pelo (COAF) que se processará em segredo de justiça; Arquivem por cinco anos os cadastros e os registros das transações. 2.2.2 Fases da lavagem de dinheiro • Colocação: primeira etapa, consiste no ingresso dos recursos ilícitos no sistema econômico em “Espécie”. Para isso, são realizadas as mais diversas operações, como, por exemplo: A colocação se efetua por meio de: • Depósitos na boca do Caixa em dinheiro; • Compra de instrumentos negociáveis (investimentos); • Compra de bens (Carro, Casa, e etc); • Compra de Ouro, Metais e Jóias Preciosas; • Compra de Obra de Arte; Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como: 38 • Fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro;. • Utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham com dinheiro em espécie; OBS: NESTA FASE É UTILIZADO DINHEIRO EM ESPÉCIE (DINHEIRO VIVO) • Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em dificultar o rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas – preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou realizando depositados em contas “fantasmas”, ou comprando bens e serviços de forma eletrônica. OBS: NESTA FASE É UTILIZADO TRANSFERÊNCIAS ELETRÔNICAS (TED) • Integração – nesta última etapa, os ativos são incorporados formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades – podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada a cadeia, torna-se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal. Principais operações que são indícios de crimes de lavagem de dinheiro: • Aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa física ou jurídica, sem causa aparente, em especial se tais depósitos são posteriormente transferidos, dentro de curto período de tempo, a destino anteriormente não relacionando com o cliente; • Troca de grandes quantias de notas de pequeno valor por notas de grande valor; • Proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda estrangeira e vice-versa; • Compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de pagamentos ou outros instrumentos em grande quantidade-isoladamente ou em conjunto independente dos valores envolvidos sem evidências de propósito claro • Movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras; • Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a ocupação profissional e a capacidade financeira presumida do cliente; • Numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em dinheiro sem nome de um 39 mesmo cliente, cujos valore, somado, resulte em quantias significativa. • Abertura de conta em agências bancárias localizadas em estação de passageiros, aeroporto, rodovia ou porto internacional ou pontos de atração turística, salvo se o proprietário ou empregado de empresa regulamente instalada nesses locais; • Utilização de cartão de crédito em valor não compatível com a capacidade financeira do usuário. Fases Lavagem de Dinheiro 2.2.3 Pena Reclusão de três a dez anos e multa. Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo: • Os converte em ativos lícitos; • Os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere; • Importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros. 40 A multa pecuniária, aplicada pelo (COAF), será variável não superior:a) Ao dobro do valor da operação; b) Ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação; c) Ai valor de R$ 20.000,00 (Vinte milhões de reais); Obs.: A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar aplica-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime. A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos na lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa. 2.2.4 Comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). De acordo com a Circular 2852/98, Carta-Circular 2826/98 e a complementação da Carta- Circular 3098/03, as instituições financeiras deverão comunicar ao Banco Central: • As operações suspeitas envolvendo moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, metais ou qualquer outro ativo passível de ser convertido em dinheiro de valor acima de R$ 10.000,00 • As operações suspeitas que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado ou grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$10.000,00; • Depósito em espécie, retirada em espécie ou pedido de provisionamento para saque, de valor igual ou superior a R$ 50.000,00, independentemente de serem suspeitas ou não, o cliente deve avisar ao banco com no mínimo 3 dias de antecedência ao saque (retirada). 41 Obs: Toda operação realizada por uma instituição financeira acima de R$ 10.000,00 deve ficar registrada no banco. A operação que for igual ou acima de R$ 10 mil e SUSPEITA deve ser reportada ao COAF, através do SISCOAF. 2.3 COAF – Conselho de Controle de Atividade Financeira Órgão máximo no combate à lavagem de dinheiro. O COAF está vinculado ao Banco Central do Brasil e tem como finalidade disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e entidades. Porém, para que as atividades do COAF sejam bem-sucedidas, é importante que, todas as instituições visadas, no que diz respeito à lavagem de dinheiro, proveniente do crime, mantenham em registro, todas as informações de relevância sobre seus clientes e suas operações. Além dos bancos, devem combater a lavagem de dinheiro empresas e instituições que trabalham com a comercialização de joias, metais preciosos e obras de arte. 2.4 Ética na Venda A venda casada, como o próprio nome mostra, ocorre quando dois produtos ou serviços são vendidos como se fossem um pacote, ou, em outras palavras, que a venda de um esteja subordinada a venda do outro. Exemplo: Cliente vai até um banco precisando de um empréstimo. O gerente do banco somente irá liberar o valor se o cliente contratar um seguro junto com esse empréstimo. 42 2.5 Análise do perfil do investidor. Análise do Perfil do investidor (API) é uma ferramenta utilizada pelas instituições financeira com o intuito de adequar o produto de investimento ao perfil do seu cliente, buscando atender as expectativas de retorno/risco, visto cada cliente possuir um perfil e expectativas diferentes quando o assunto é investimento. Sendo assim as Instituições participantes deverão adotar procedimentos formais, estabelecidos de acordo com critérios próprios, e controles que possibilitem verificar o processo de API (Análise do Perfil do Investidor) buscando entender o objetivo e situação financeira do cliente. Para definição do objetivo de investimento do Investidor, as instituições participantes devem considerar, no mínimo, as seguintes informações do Investidor: I. Período em que será mantido o investimento; II. As preferências declaradas quanto a assunção de riscos; III. As finalidades do investimento; Para definição da situação financeira do Investidor, as instituições participantes devem considerar, no mínimo, as seguintes informações do Investidor: I. O valor das receitas regulares declaradas; II. O valor e os ativos que compõem seu patrimônio; III. A necessidade de recursos futuro declarada; A API (Analise do Perfil do Investidor) pode ser realizado mediante contato pessoal ou com o uso de qualquer meio de comunicação, seja sob forma oral, escrita, eletrônica ou pela rede (internet) mundial de computadores. A Instituição deve atualizar as informações relativas ao perfil de seus clientes em intervalos não superiores a 24 (vinte e quatro) meses. 43 Não é obrigatório a aplicação do API para os clientes: I. Investidores Qualificados. (Lembre-se que todo investidor profissional também é qualificado); II. Pessoa jurídica de direito público; III. Cliente tiver sua carteira de valores mobiliários administrada discricionariamente por administradores de carteira de valores mobiliários autorizados pela CVM. Obs: Investidor Pessoa Jurídica considerada investidor qualificado não é necessário preencher o API. Investimentos que não necessitam de realização do API: Poupança, Previdência Privada e Fundo de Renda Fixa Simples. Após finalizar o preenchimento do questionário, o cliente poderá ser classificado em um dos três perfis indicados abaixo: Perfil Conservador: Clientes com este perfil têm como objetivo a preservação do capital e possuem baixa tolerância a riscos. Também é representado por clientes que, apesar de estarem dispostos a correr um pouco mais de riscos na busca por retornos diferenciados, tenham necessidade de sacar os recursos em curto período de tempo. Perfil Moderado: Clientes com este perfil estão dispostos a correrem alguns riscos em investimentos, buscando um retorno diferenciado no médio prazo, com baixa necessidade de liquidez no curto prazo, havendo disponibilidade para diversificar parte das aplicações em alternativas mais arrojadas. Perfil Arrojado: Clientes com alta tolerância a riscos, baixa ou nenhuma necessidade de liquidez no curto/médio prazo e que estejam dispostos a aceitar as oscilações dos mercados de risco (e possíveis perdas) na busca por retornos diferenciados no longo prazo. 44 Produtos Sugeridos de Acordo com o Perfil do Investidor Situações Atípicas no Preenchimento do API (Analise Perfil Investidor) Caso o cliente se recuse a assinar o API: Assina o termo de recusa na qual atesta a não intenção do cliente em preencher o questionário API, e no qual o cliente assume os riscos financeiros relacionados às aplicações dos recursos nos produtos, serviços e operações escolhidos por ele. Termo de Investidor Qualificado: poderá ser preenchido apenas pelos clientes Pessoa Jurídica que declaram essa condição, afirmam que a empresa possui investimentos financeiros no valor superior à R$ 1 MM e ainda atestam possuir conhecimento suficiente sobre os mercados financeiro e de capitais, de modo a estarem dispensados da obrigação do Banco de verificar a adequação dos produtos, serviços ao seu Perfil de Investimento; Termo de Desenquadramento: Termo na qual o cliente atesta a aceitação em aplicação em um investimento fora do seu perfil. Aceitando riscos maiores mesmo fora do seu perfil. Obs.: O perfil é valido somente para o titular da conta. É realizado um API por CPF/CNPJ.
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