Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI ANDRÉ BENGEL GABRIELA STAMPACCHIO GILSON REIS LAÍS OLIVEIRA MARCOS MORTARI ROBERTA RODRIGUES FORMAÇÃO E PREPARAÇÃO DO ATOR PARA TEATRO MUSICAL São Paulo Outubro de 2013 2 ANDRÉ BENGEL GABRIELA STAMPACCHIO GILSON REIS LAÍS OLIVEIRA MARCOS MORTARI ROBERTA RODRIGUES FORMAÇÃO E PREPARAÇÃO DO ATOR PARA TEATRO MUSICAL Trabalho apresentado como exigência parcial da disciplina de Documentário em Áudio e Vídeo, do curso de Jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi, sob orientação da Prof.ª Eliane Basso São Paulo Outubro de 2013 3 SUMÁRIO PARTE I – INTRODUÇÃO..................................................................................4 1.1. Proposta.........................................................................................4 1.2. Justificativas...................................................................................5 1.3. Cronograma....................................................................................6 PARTE II – A PESQUISA....................................................................................7 2.1. Levantamento de dados.................................................................7 PARTE III – O PRODUTO.................................................................................11 3.1. Eleição e descrição dos objetos...................................................11 3.1.1. Personagens......................................................................11 3.1.2. Lugares..............................................................................14 3.1.3. Material de arquivo............................................................15 3.1.4. Trilha sonora......................................................................16 3.2. Estratégias de abordagem...........................................................17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................29 4 PARTE I – INTRODUÇÃO 1.1. Proposta A proposta do documentário é retratar como é a preparação e formação do ator especificamente para atuar em peças musicais. Com o crescimento do gênero no Brasil, há uma procura muito maior de atores por cursos específicos de teatro musical. Dessa forma, o documentário irá retratar como é a formação para atuar neste tipo específico de espetáculo, pois o ator deste gênero teatral não pode saber apenas atuar, mas também cantar, dançar e, às vezes, até ter habilidades acrobáticas ou tocar algum instrumento musical. Esse processo de formação será mostrado, explicado e exemplificado através de diferentes personagens ligados ao meio musical: desde o aluno de teatro, ainda amador, que busca um espaço nos palcos; passando pelos educadores e mentores destes cursos; até especialistas e grandes atores já estabelecidos no ramo. O documentário também será alimentado com imagens, tanto de fotos quando de vídeos, dos musicais que os entrevistados participam ou já participaram. Para isso, será feita uma busca pelos arquivos pessoais e por canais de comunicação habituados a divulgar e resenhar musicais. Por fim, após ter retratado todo o processo de formação do ator, o documentário será finalizado mostrando as perspectivas do teatro musical para o futuro: quais suas falhas, como é possível melhorar, e qual a maior tendência do gênero – se progredir cada vez mais ou cair no esquecimento após o ápice desse frenesi. 5 1.2. Justificativas O teatro musical é um gênero da dramaturgia que vem crescendo constantemente nos últimos anos. Enquanto antigamente via-se apenas um musical da Broadway por ano desembarcar em São Paulo, hoje em dia temos pelo menos cinco grandes produções acontecendo neste mesmo período de tempo, incluindo espetáculos totalmente brasileiros. Porém, apesar do crescimento do gênero no mercado do entretenimento, não se pode dizer o mesmo a respeito do casting de atores que atuam em musicais. Este fenômeno cultural também tem despertado o interesse dos jovens, que há muito tinham esquecido o teatro; mas as grandes produções costumam contar com os mesmos rostos para interpretar protagonistas e papeis de destaque – aqueles poucos que já têm larga experiência em musicais, pois começaram há mais de dez anos, quando o gênero ainda não tinha estourado no Brasil. É a exigência de versatilidade artística (atuar + cantar + dançar) e do tempo necessário de dedicação que, muitas vezes, dificulta o jovem ator de se sobressair. Isso impede que haja uma diversidade maior de rostos interpretando personagens de destaque, restringindo atores mais novos ao coro e à figuração, ainda que tenham potencial para obter papeis maiores. O tema em questão, portanto, circunda um gênero da arte que cada vez mais cresce, se difunde e gera interesse de diferentes formas. Assim, o documentário se justifica tanto pela onipresença do tema quanto pela diversidade de públicos-alvo que pode atingir com sua abordagem: o jovem que ainda não conhece o teatro musical, o que aprecia musicais mas nunca havia pensado na possibilidade de ser ator, o que já quer ser ator mas não sabe como começar ou ganhar espaço; e, claro, ao ator já consolidado, que necessita saber quais são as perspectivas futuras do mercado em que está inserido. 1.3. Cronograma Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 6 Definição de tema A pesquisa Eleição e descrição dos objetos Eleição das estratégias de abordagem Sugestão de estrutura Pautas Gravações Decupagens Roteiro Edição Entrega do documentário 7 PARTE II – A PESQUISA 2.1. Levantamento de Dados Há dez anos, quando A Bela e a Fera estreou no antigo Teatro Abril (hoje Renault), foi um marco para a cidade de São Paulo. Já haviam sido montados outros musicais por aqui, mas era a primeira vez que um grande espetáculo da Broadway tinha um investimento tão alto para sua reprodução brasileira. A partir daí, o Brasil começou a entrar no mapa-múndi das grandes produções musicais. Mas o que originou esse frenesi “broadwariano”? Na verdade, apesar do “boom” de musicais no Brasil ser recente, sua história aqui é muito mais antiga do que os leigos poderiam imaginar. Segundo Neyde Veneziano (2012, p. 38), o primeiro teatro musical que surgiu no Brasil foi “um espetáculo de variedades com números de canto, dança, ginastas e um corpo de baile de lindas francesinhas que levantavam a saia e mostravam as pernas envoltas em justíssimas meias grossas”, trazido pelo empresário Monsieur Arnaud em 1859. Esse era um gênero popular denominado como “teatro de revista”, cujas principais características eram a apresentação de números musicais, apelo à sensualidade e comédia leve com críticas sociais e políticas. Nossa tradição teatral permite afirmar que o teatro de revista foi o gênero mais expressivo do teatro brasileiro. Em termos numéricos, entre as décadas de 1920 e 1940, a produção revisteira nacional foi surpreendente e insuperável. O Rio de Janeiro era um formigueiro teatral para onde iam os turistas e o público ansioso de diversão, música e beleza. (VENEZIANO, 2010, p.9) Entretanto, o gênero acabou entrando em decadência por conta do menosprezo da crítica e da censura política. Quase se extinguiu por completo, mas passou por dois períodos de mudança que foram decisivos para que os musicais e montagens brasileiras tomassem forma e perdurassem até hoje. Primeiramente em 1965, quando surgiu o musical de resistência, com Arena conta Zumbi e Arenaconta Tiradentes (1967), no Teatro de Arena de São Paulo. Chico Buarque de Hollanda também teve sua imersão no teatro nessa época, 8 compondo as músicas para a peça Morte e Vida Severina e estreando na dramaturgia, com Roda Viva, no ano seguinte. Em segundo, no finalzinho do século XX, começaram os musicais biográficos de astros da MPB no Rio, e as montagens de traduções norte- americanas, com o bem sucedido Rent. A montagem de Rent, em 1999, foi o marco que introduziu o Brasil na rota milionária do teatro musical. Ao mesmo tempo, criaram-se novas leis de incentivo que facilitaram a realização de superproduções. Acelerou-se a profissionalização de atores (algumas escolas particulares conseguiram oferecer cursos profissionalizantes com estágio na própria Broadway). O fenômeno da consolidação do profissionalismo e de “como fazer” teatro musical se deve a um conjunto de novos fatores e talentos que impulsionaram e possibilitaram a evolução do cenário musical teatral brasileiro. (VENEZIANO, 2012, p.42) Com a produção da CIE Brasil (atual Time for Fun), chegou-se a uma vasta produção de musicais, já iniciada em 2000, mas consolidada apenas alguns anos mais tarde. Em entrevista recente à Folha de São Paulo, o ator/cantor Saulo Vasconcelos afirmou que, após dois anos atuando em grandes musicais (como O Fantasma da Ópera e Les Misérables) na Cidade do México, chegou a São Paulo em 2001 e encontrou “uma terra de ninguém”, pois até então eram poucos os atores com formação musical, e “quase não havia concorrência”. Porém, após o sucesso de bilheteria de três grandes musicais importados, Les Misérables (2001), Chicago (2004) e O Fantasma da Ópera (2005), o público brasileiro de musicais finalmente começou a se formar. O Fantasma da Ópera, muito provavelmente, foi o maior marco para que isso acontecesse. A temporada de 2005-2006 fez tanto sucesso que teve que ser estendida até 2007, totalizando dois anos de duração e mais de um milhão de espectadores, segundo reportagem da revista Brasileiros (abril de 2012, p. 64). Dessa forma, começou a ter uma procura maior do ator pela preparação e aprimoração das outras vertentes que abrangem um musical: o canto e a dança. Mirna Rubim explica em artigo para a Revista Poiésis: O sucesso de bilheteria de Les Misérables (2001), Chicago (2004) e Fantasma da Ópera (2005) em São Paulo dá margem a um novo momento econômico para o teatro musical no Brasil. Nós viramos mercado internacional e os cantores brasileiros 9 começam a vislumbrar o momento onde as audições, dentro dos moldes da Broadway, começam a acontecer de forma mais sistemática e profissional. A procura por preparo também é um fator marcante, [...] e os professores e alunos de canto que estudaram fora do país começam a compartilhar e demonstrar seu conhecimento influenciando a qualidade técnica dos novos espetáculos. (RUBIM, 2010, p. 44) Mas não é porque o musical caiu no gosto popular que se tornou mais fácil trazer um espetáculo da Broadway para cá. Pelo contrário, com o mercado aquecido, a exigência é maior. Stephanie Mayorkis, atual diretora da Time for Fun, disse em entrevista ao portal Cultura e Mercado que, antes de trazerem uma peça, fazem pesquisas para saber se ela se adequa ao público brasileiro. Avalia-se também a popularidade do título, a dose de humor, se o nome não é muito “internacionalizado” e se a música tem apelo para o público. Para ser realizado, o musical ainda depende da disponibilidade da equipe internacional em se deslocar até o país para acompanhar o processo de produção e seleção dos atores, garantindo a fidelidade ao original. Quanto ao interesse do público, este não tem se limitado somente a comprar o ingresso e assistir ao espetáculo. A efervescência desse mercado tem despertado o sonho de muitos de também estarem em cima dos palcos, rodeados pela tríplice interpretação + canto + dança. Mas o caminho a ser trilhado até o sucesso é longo e árduo, necessitando, portanto, de tempo e dedicação extrema. Mirna Rubim destaca algumas deficiências que impedem que os aspirantes a atores/cantores brasileiros alcancem a excelência das americanas: [...] os alunos e professores que estão fora do mercado apresentam algumas características comuns: (1) a falta de comprometimento; (2) falta de senso de competitividade saudável e adequada; (3) falta de noção do que é bom e por quê; (4) acesso restrito ao conhecimento embasado e científico [...]; (5) divergências entre os professores. (RUBIM, 2010, p.46) Ainda assim, o cenário do mercado de musicais aqui no Brasil, em especial no eixo Rio-São Paulo, é bastante otimista. Embora ainda não haja cursos superiores com diploma de bacharel em teatro musical, crescem os cursos livres e técnicos profissionalizantes, como a CAL, TABLADO e Curso da 10 Cininha de Paula no Rio de Janeiro; e em São Paulo, a 4ACT Performing Arts e o Projeto Educacional SESI-SP em Teatro Musical, idealizado pelo ator e produtor Cleto Baccic e com previsão de início para março de 2014. Esta nova fase atrai uma leva de novos atores preparados para interpretar, cantar e dançar, segundo as necessidades do novo musical. O conjunto das produções reflete a grandiosidade das obras e das novas casas de espetáculo, aparelhadas para as modernas produções. Teatros com fosso de orquestra voltaram à moda e novas salas estão sendo construídas. Orquestras com até 23 integrantes garantem a sonoridade única e o momento inesquecível. Quem antes precisava ir a Nova York, hoje assiste aqui a montagens exatamente iguais e bem feitas. São Paulo tornou-se a Broadway Brasileira. (VENEZIANO, 2010, p.10) Agora, com a comprovada ascensão e consolidação do gênero musical, o interesse crescente do público em fazer parte desse meio, a modernização dos teatros e o fluxo financeiro de milhões envolvidos a cada novo espetáculo, é possível prever que, em um futuro próximo, o Brasil é que estará exportando musicais da mesma forma que, no passado, foi feito com o teatro de revista. (VENEZIANO, 2012, p.43) 11 PARTE III – O PRODUTO 3.1. Eleição e descrição de objetos 3.1.1. Personagens Nossos personagens pertencem e estes grupos: educadores de cursos de teatro musical; alunos destes mesmos cursos, ou seja, o ator em formação; especialistas/pesquisadores/críticos de teatro musical; e, por fim, atores/produtores já inseridos profissionalmente neste gênero da arte. Guilherme Leal – Educador de interpretação vocal e de canto e coral na escola de atores 4ACT Performing Arts. Formado em regência coral pela Escola Técnica Estadual de artes, atua como preparador vocal, regente e diretor musical de grupos vocais e teatrais. Assinou a direção musical dos espetáculos Fora Cabeçuda (baseado na história de Alice no país das maravilhas) e Aqualuz (Um estudo dos sons do cotidiano desenvolvidos em cena). Como ator, participou de diversos workshops, leituras e montagens de estudo, como O Despertar da primavera, Pequena Loja dos Horrores, Violinista no Telhado e Ópera do Malandro. Também dublou os vilões da Disney no show Disney no Gelo – Rotary Club (2011). Bia Freitas – Educadora de jazz e de ballet clássico na escola de atores 4ACT Performing Arts. Iniciou seus estudos no ballet clássico em 1993, dançou ballets de repertório como Paquita, a Bela Adormecida, Carmem e La Bayadere. Estende seu repertório com as modalidades de jazz contemporâneo e street dance. Formada em Artes Cênicas na oficina de Atores Nilton Travesso, mantém seus estudos no teatro e técnica vocal. Em 2005 fez workshops em Nova York nas Academias Broadway Dance Center e Steps. Em 2010 retorna para participar de um curso de especialização em teatro musical com grandes nomes da Broadway como Stephen Schawartz, Tittus Burguer, David Alpert e James BrownIII. Coreógrafa do Grupo de Musicais da Cultura inglesade 2010 a 2012 com as peças “Rock Horror Show”, “As You Like it”, “Oh! Brother” e The Tempest. 12 Rodrigo Miallaret – Educador de interpretação e ética na escola de atores 4ACT Performing Arts. É ator, cantor, diretor, apresentador e preparador de atores. Atuou nos principais musicais que estiveram em cartaz em São Paulo: Les Misérables; A Bela e a Fera; Comunitá - O Musical; O Fantasma da Ópera, como diretor e ator; Emoções Que o Tempo Não Apaga - uma crônica musical; e O Sítio do Picapau Amarelo, em que interpretou o Visconde de Sabugosa; A Bela e a Fera – Disney Theatrical Productions, em que interpretou as personagens Maurice e Lumiére; Hairspray; e Jekyll & Hyde – O Médico e o Monstro. Aluno da escola de atores 4ACT Performing Arts – Será escolhido no dia das entrevistas com os três educadores citados acima. O aluno em questão será do curso profissionalizante de formação em teatro musical, ou seja, será alguém maior de idade e que frequenta todas as aulas que englobam as três artes que formam um musical: canto, dança e interpretação. Beth Néspoli – Crítica de teatro do jornal O Estado de S. Paulo. Graduada em jornalismo pela Faculdade da Cidade, no Rio de Janeiro, e em artes cênicas pela Casa das Artes de Laranjeiras. É mestranda em artes cênicas e teoria teatral na ECA-USP. Cleto Baccic – Além de ator profissional, Cleto Baccic é o idealizador e coordenador do Projeto Educacional SESI-SP em Teatro Musical, e diretor geral de produção d’A Madrinha Embriagada, em cartaz atualmente no Teatro do Sesi. Graduado pelo GLOBE-SP, atuou em Cats, Mamma Mia! e Tieta do Agreste – O Musical. Saulo Vasconcelos – ator profissional. Protagonista de grandes produções musicais, como O Fantasma da Ópera, Cats, Les Miserables e A Bela e a Fera, Saulo Vasconcelos é uma das maiores referências do Teatro Musical brasileiro. Seus trabalhos mais recentes incluem os populares Mamma Mia e Priscilla, a Rainha do Deserto. Kiara Sasso – Kiara é, atualmente, o nome de maior peso no teatro musical brasileiro, com 19 musicais em seu currículo. Iniciou sua carreira na infância, atuando em séries de tv, longas-metragens e comerciais em Los Angeles, Califórnia, onde foi criada. Lá, cursou teatro musical na Faculdade de 13 Santa Monica. Protagonizou os maiores musicais já montados em São Paulo, incluindo A Bela e a Fera, O Fantasma da Ópera, Miss Saigon, New York New York, A Noviça Rebelde e Mamma Mia. Sara Sarres – É uma das maiores referências em teatro musical no país. Protagonizou os espetáculos O Fantasma da Ópera, Les Misérables, Cats, West Side Story, O Mágico de Oz, Cole Porter, Godspell, A Família Addams e Shrek. Na ópera, estreou aos 15 em A Flauta Mágica como Rainha da Noite. Interpretou recentemente Musetta em La Boheme e Micäela em Carmem, no Theatro Nacional de Brasília. Matheus Braga – Com apenas 11 anos e há 6 na profissão de ator e modelo, Matheus Braga já participou de mais de 400 campanhas publicitárias. Atuou em diversos musicais da Broadway, como Miss Saigon, O Rei e Eu, Evita e Um Violinista no Telhado. Investindo cada vez mais em seu aprimoramento artístico, frequenta aulas de piano, violão, canto popular, canto lírico e musical, sapateado, dança, além de ter sua própria coach em fisiologia musical. Atualmente está em cartaz em O Rei Leão. 3.1.2. Lugares Salas de aula: pano de fundo das entrevistas com professores e alunos do curso de teatro musical. Imagens das salas durante as aulas que englobam as três vertentes do musical: canto, dança e interpretação. O objetivo é mostrar como são os estudos para se tornar um ator de musicais. Biblioteca: mais uma opção de pano de fundo para as entrevistas com professores ou alunos do curso de teatro. Imagens das estantes, do acervo de livros/filmes relacionados a musicais, do espaço de leitura. Casa da Beth Néspoli: pano de fundo da entrevista com a crítica de teatro do jornal Estado de São Paulo. Casa do Matheus Braga: pano de fundo da entrevista com um dos meninos que faz o Simba pequeno no musical O Rei Leão. Imagens de objetos 14 relacionados ao ator e seu personagem, como piano e decoração com objetos de musicais que ele já fez. Camarins: pano de fundo das entrevistas com o produtor e os atores profissionais nos bastidores de uma apresentação musical. 3.1.3. Material de arquivo Acervo pessoal do Matheus Braga: fotos e vídeos do ator mirim nos diversos musicais que ele já fez. Fotos de autoria dos próprios pais ou de divulgação. Acervo dos atores profissionais: fotos pessoais ou de divulgação de Kiara Sasso, Saulo Vasconcelos, Sara Sarres e Cleto Baccic em musicais que trabalharam anteriormente. Acervo do Cena Musical: arquivo do portal que faz a cobertura de todos os musicais que entram em cartaz aqui no Brasil. O portal existe há um ano, então só possui imagens e fotos de musicais mais recentes. Imagens de divulgação do SESI: gravações que o SESI-SP fez do musical A Madrinha Embriagada, em cartaz atualmente no teatro do SESI, onde os atores entrevistados também estão trabalhando. 3.1.4. Trilha sonora Música incidental: alunos cantando durante aulas de coral. Trilha sonora dos musicais usados nas imagens: a definir de acordo com a disponibilidade dos acervos dos atores e do portal de cobertura de musicais. Sugestões: A Bela e a Fera, O Fantasma da Ópera, Cats, Mamma Mia!, O Rei Leão, A Madrinha Embriagada. 15 3.2. Estratégias de abordagem Não é do intuito deste documentário que o entrevistador ou qualquer integrante do grupo de produção seja percebido pelo espectador. Dessa forma, alternando entrevistas com cobertura de imagens e, se necessário, offs, o produto será uma mescla das categorias de documentário participativo e expositivo, predominando a primeira por conta das entrevistas. Apenas uma câmera será utilizada nas filmagens, e os cortes irão variar de planos médios a closes. Os entrevistados aparecerão deslocados em um dos cantos da imagem, podendo variar o canto (direito ou esquerdo) de um entrevistado para outro. A personagem vai estar posicionada de modo a olhar para o entrevistador, sem que este apareça ou seja ouvido. A trilha sonora será sempre associada aos musicais que se relacionam com os entrevistados, seja inserida de forma incidental ou na edição. Serão usadas imagens de arquivo e, se possível, de peças em cartaz para ilustrar algumas falas dos entrevistados. As entrevistas serão gravadas nos camarins de teatros, salas e estúdios de ensaio e, no caso de críticos e/ou pesquisadores acadêmicos, em ambientes casuais, como sua própria casa, sempre ligando o ambiente com o personagem e sua ocupação. No caso dos professores, tentaremos pegar um plano no qual seus alunos fiquem desfocados ao fundo da imagem. Roteiro de perguntas: Educadores 4ACT Bloco 1 – Contexto contemporâneo 1) (BIA FREITAS) O que/como te despertou a vontade de ser dançarina/bailarina? 2) (GUILHERME E RODRIGO) O que/como te despertou a vontade de trabalhar com teatro e música? 3) Quando você começou a buscar essa formação? Como ela foi? 4) (BIA FREITAS) Por que você resolveu levar o talento de dançarina para o teatro? Como foi essa transição? 16 5) Há dez anos, havia pouquíssimas produções musicais por ano aqui. Hoje, vemos uma chegando atrás da outra. Como esse “boom” aconteceu? O que contribuiu para isso? 6) (BIA FREITAS) Corrija-me se eu estiver errada: quando vejo um musical, os bailarinos parecem mais secundários. Os próprios atores parecem mais focados na interpretação e no canto. Por que isso acontece? 7) Muitas vezes, vemos nomes excessivamente repetidos nos elencos e direções dos musicais. Há uma escassez de profissionais na área? 8) E qual é o cenário do mercado de musicais atualmente? Já se consolidou ou ainda está em processo? Bloco 2 – Formação do ator 9) Como essecenário impacta na perspectiva das escolas e dos cursos de teatro? 10) Qual o diferencial que um curso de teatro musical deve ter? 11) Como você enxerga o nível da formação dos atores para musicais no Brasil? 12) O que um ator precisa ter para poder atuar em um musical? 13) Como os atores/cantores/dançarinos têm se preparado para esse momento de efervescência de musicais? 14) Como vocês preparam os novos atores? 15) Quais são as disciplinas necessárias para formar um ator completo? 16) E o que a pessoa precisa ter para conseguir se tornar este ator completo, que faz tanta coisa ao mesmo tempo? 17) (GUILHERME) Quais cuidados deve-se ter para preservar a voz e as cordas vocais? 18) (RODRIGO) Qual a diferença da interpretação para teatro musical para a interpretação em outros tipos de peça? 19) (RODRIGO) O que é necessário para o ator convencer o público com seu personagem? 20) Qual é o maior desafio para um ator em formação? 21) O que fazer quando um aluno não atende às expectativas? 22) Há uma idade mínima para se começar os estudos? 17 23) Alguém que começa a estudar numa idade mais avançada tem chances de conseguir espaço nesse meio? 24) (BIA FREITAS) Qual é o papel da dança em uma montagem musical? Bloco 3 – Futuro e considerações finais 25) O cenário atual atende à expectativa que você tinha quando iniciou a carreira? 26) Você se espelha em algum ator(atriz)/cantor(a)/dançarino(a)? Isso é importante para a formação do ator de musicais? 27) Quais são suas projeções para o futuro dos musicais na cena teatral brasileira? 28) Defina o que você sente por fazer parte da formação das próximas gerações de atores de musicais. 29) Que pergunta deixamos de fazer que você gostaria de ter respondido? Responda-a. 30) Você pode dançar/cantar um pouco pra gente? Alunos 4ACT Bloco 1 – O início da procura 1) O que te fez procurar por este curso? Como te despertou a vontade de ser ator de musicais? 2) Você já havia feito aulas de canto, teatro ou dança antes de estudar aqui? Como isso contribui para o seu desempenho hoje? Bloco 2 – Preparação e formação do ator 3) Como são as aulas aqui e como você estuda? 4) O que uma pessoa precisa ter para se tornar um ator de musicais? 5) Qual o maior desafio que você, como ator em formação, tem que enfrentar? 6) Qual é a parte mais desafiadora para você: o canto, a dança ou a interpretação? 7) Você acha que há uma idade mínima para começar a estudar? Por quê? 18 8) Como você enxerga o nível de formação dos atores para musicais no Brasil? 9) O que você mudaria nesse quesito? Bloco 3 – Projeções futuras e considerações finais 10) Quanto a suas projeções para o futuro da carreira: você acha que vai conseguir se destacar nesse meio tão concorrido? 11) Quais são suas projeções para o futuro dos musicais na cena teatral brasileira? 12) O que você sente quando está cantando/dançando/atuando, ainda que somente em apresentações do curso? 13) Que pergunta deixamos de fazer que você gostaria de ter respondido? Responda-a. 14) Você pode cantar/dançar um pouco pra gente? Beth Néspoli Bloco 1: Contexto histórico 1) Você é formada tanto em jornalismo quanto em artes cênicas. Como é se dividir entre essas duas profissões? Há alguma que você goste mais? 2) Você é mais atuante em uma ou em outra? Por quê? Foi uma escolha sua? 3) Há dez anos, havia pouquíssimas produções musicais por ano aqui. Hoje, vemos uma chegando atrás da outra. Como esse “boom” aconteceu? O que contribuiu para isso? (mencionar Fantasma da Ópera, + de 1mi de espectadores) 4) E qual é o cenário do mercado de musicais atualmente? 5) Por que o mercado ainda é tão preso ao eixo Rio-São Paulo? 6) A princípio, só assistíamos a musicais “importados”, totalmente reproduzidos. Hoje também vemos produções nacionais. Como está a produção genuinamente nacional? 7) Qual o diferencial das produções nacionais das importadas? 8) Alguns musicais importados, como a própria Madrinha Embriagada, ganham um toque brasileiro quando adaptados aqui. Como nossas versões se diferenciam das originais sem perder a essência da peça? 19 Bloco 2 – Formação do ator 9) Como você enxerga o nível de formação dos atores para musicais no Brasil? (precisa melhorar?) 10) Por que vemos alguns nomes tão constantes nos elencos e direções dos musicais? (há uma escassez?) 11) Qual é o maior desafio para um ator em formação? 12) O que a pessoa precisa ter para conseguir se tornar este ator completo exigido pelos musicais, que atua, canta e dança ao mesmo tempo? 13) Como os atores devem se preparar para esse novo cenário do teatro musical? 14) Qual deve ser o diferencial de um curso de formação em teatro musical? 15) Há uma idade mínima para se começar os estudos? 16) Alguém que começa a estudar numa idade mais avançada tem chances de conseguir espaço nesse meio? (se sim – como. Se não – por quê?) 17) Que conselho você daria para alguém que está começando agora? Bloco 3 – Projeções futuras e considerações finais 18) Quais são suas projeções para o futuro dos musicais na cena teatral brasileira? 19) E suas projeções para os atores musicais em formação? (com novos cursos, eles podem alcançar a excelência de quem já é consolidado no meio?) 20) Que pergunta deixamos de fazer que você gostaria de ter respondido? Elenco e produção A Madrinha Embriagada Cleto Baccic – diretor geral de produção e ator Bloco 1: Contexto contemporâneo 20 1) Há dez anos, havia pouquíssimas produções musicais por ano aqui. Hoje, vemos uma chegando atrás da outra. Como esse “boom” aconteceu? O que contribuiu para isso? (mencionar Fantasma da Ópera, + de 1mi de espectadores) 2) E qual é o cenário do mercado de musicais atualmente? 3) Por que o mercado ainda é tão preso ao eixo Rio-São Paulo? 4) A princípio, só assistíamos a musicais “importados”, reproduzidos. Hoje também vemos produções nacionais. Como está a produção genuinamente nacional? 5) A Madrinha ganhou um toque brasileiro quando adaptada aqui. Explique um pouco como nossas versões se diferenciam das originais sem perder a essência da peça. Bloco 2 – Preparação e formação do ator 6) Como os atores têm se preparado para esse novo cenário do teatro musical? 7) Ao produzir um grande espetáculo, o que se exige do ator para que ele seja convocado? 8) Como você enxerga o nível de formação dos atores para musicais no Brasil? 9) Além da óbvia excelência deles, por que vemos alguns nomes tão constantes nos elencos e direções dos musicais? (há uma escassez?) 10) Em entrevista recente ao Estado de S. Paulo, você disse que fizeram uma pesquisa no mercado brasileiro, buscando as necessidades e principais deficiências neste mercado aqui no Brasil. Quais seriam? 11) Ainda na mesma reportagem, foi afirmada a necessidade de se conhecer experiências no exterior. Por quê? 12) Você é o idealizador e coordenador do Projeto Educacional SESI- SP em Teatro Musical. Qual a diferença das Oficinas de Vivência e do curso de formação que terá início ano que vem? 13) Qual deve ser o diferencial de um curso de formação em teatro musical? 14) Há uma idade mínima para se começar os estudos? 21 15) Alguém que começa a estudar numa idade mais avançada tem chances de conseguir espaço nesse meio? (se sim – como. Se não – por quê?) Bloco 3 – Projeções futuras e considerações finais 16) Quais são suas projeções para o futuro dos musicais na cena teatral brasileira? 17) E suas projeções para os atores musicais em formação? (com novos cursos, eles podem alcançar a excelência de quem já é consolidado no meio?) 18) Defina em, no máximo três palavras, o que você sente quando está nos palcos. Pode ser poético. 19) Que pergunta deixamos de fazer que você gostaria de ter respondido? 20) Além de produtorvc também é ator/cantor. Pode cantar um trechinho de alguma música que você já tenha interpretado nos palcos? Saulo Vasconcelos, Kiara Sasso e Sara Sarres – atores consolidados no meio musical Bloco 1 – Início e contexto 1) O que te despertou a vontade de ser ator/atriz? 2) Quando você começou a buscar essa formação? Como ela foi? 3) Desde quando você começou a atuar profissionalmente? 4) E desde quando você começou a buscar oportunidades especificamente no teatro musical? 5) (SAULO E KIARA) Por que você iniciou sua carreira fora do Brasil? E por que resolveu vir para cá? 6) (SAULO) Em entrevista recente para a Folha de São Paulo, você disse que quando chegou no Brasil não havia concorrência e o público, ainda não acostumado com o gênero, não aplaudia os quadros musicais e vcs puxavam as palmas da coxia. Hoje o cenário é bem diferente. O que você acha que contribuiu para consolidar o gênero musical aqui no Brasil? 7) (SAULO E KIARA) O Fantasma da Ópera é o musical que mais público teve aqui no Brasil, com mais de 1mi de espectadores, e desde então 22 não pararam de desembarcar grandes produções aqui. Qual foi a importância da produção desse musical aqui no Brasil? Ele foi decisivo para consolidar o gênero? Bloco 2 – Formação e preparação do ator 8) Quais são os principais desafios que um ator de musicais tem que enfrentar? 9) Quais atividades você faz para se aprimorar? 10) Como você se prepara para um teste? 11) Quais dicas você daria para quem está iniciando a carreira nesse meio? 12) Além da óbvia excelência de vocês, por que vemos alguns nomes tão constantes nos elencos e direções dos musicais? (há uma escassez?) 13) (APENAS SARA E SAULO) Você é um(a) dos(as) coordenadores/pessoas envolvidas no projeto do Sesi de oficinas de Vivência Musical e do curso de formação. Qual a importância desse projeto? Como ele será feito? Vocês também darão aula? 14) Como você enxerga o nível de formação dos atores para musicais no Brasil atualmente? Bloco 3 – Projeções futuras e considerações finais 15) Você se espelha em algum ator/atriz? Isso é importante para a formação do ator? 16) Quais são suas perspectivas para o futuro? 17) Tem algum musical que você gostaria de participar e ainda não teve oportunidade? 18) Você pode cantar pra gente um trechinho de alguma música que vc já cantou em alguma peça e te marcou? 19) Defina em, no máximo três palavras, o que você sente quando está nos palcos. Pode ser poético. 20) Tem mais alguma coisa que nós não perguntamos que você gostaria de nos contar (alguma curiosidade, experiência)? 23 Matheus Braga Bloco 1 – O início da carreira 1) O que te despertou a vontade de ser ator? 2) A ideia de ser ator partiu de você mesmo ou de seus pais? 3) Seus pais te apoiaram desde o início? 4) Desde quando você começou a atuar profissionalmente (primeiras audições, primeiras peças)? 5) E desde quando você começou a buscar oportunidades especificamente no teatro musical? 6) Como foi a sua primeira apresentação em musicais como ator profissional (qual peça)? 7) O que significa para você ser, já tão novo, um ator profissional? 8) O que você sente quando está no palco, representando para uma plateia tão grande? 9) Qual trabalho mais te marcou até hoje? Bloco 2 – Formação e preparação do ator 10) Quais atividades você faz para se aprimorar como ator de musicais? 11) Quais são os principais desafios que um ator de musicais tem que enfrentar? 12) Como você faz para se dividir entre a escola, a peça e as aulas de teatro e canto? Bloco 3 – Futuro e considerações finais 13) Tem algum musical que você gostaria de participar e ainda não teve oportunidade? 14) Quais são suas perspectivas para o futuro? 15) Você pretende seguir a carreira de ator profissional? 16) Tem algum ator no qual você se inspira, que seja um ícone pra você? 17) Quais dicas você daria para quem está iniciando a carreira? 24 18) Você pode cantar pra gente um trechinho de alguma música que vc já cantou em alguma peça? 19) Tem mais alguma coisa que nós não perguntamos que você gostaria de nos contar? 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Ubiratan. Usina de Talentos. Jornal O Estado de São Paulo. São Paulo, p. C-1, 20 de Maio de 2013. Caderno 2. PEREIRA, Márcia. Musical $.A. Revista Brasileiros. São Paulo, Abril de 2012. p. 62-69. PEREZ, Raul. Brasil consolida público consumidor de musicais. Disponível em: http://www.culturaemercado.com.br/mercado/brasil-consolida-publico- consumidor-de-musicais/ Acesso em: 03/09/2013 RUBIM, Mirna. Teatro Musical Contemporâneo no Brasil: sonho, realidade e formação profissional. Disponível em: http://www.poiesis.uff.br/PDF/poiesis16/Poiesis_16_EDI_TeatroBrasil.pdf Acesso em: 03/09/2013. SÁ, Nelson de. Musical à brasileira. Jornal Folha de São Paulo. São Paulo, p. E- 1, 4 de Julho de 2013. Caderno Ilustrada. VENEZIANO, Neyde. Preconceito e teatro musical. Disponível em: http://www.teatrosemcortinas.ia.unesp.br/Home/PratadaCasa/revistarebento/eb ook_rebento3.pdf Acesso em: 03/09/2013 VENEZIANO, Neyde. Teatro Musical: da tradição ao contemporâneo. Disponível em: http://www.poiesis.uff.br/PDF/poiesis16/Poiesis_16_EDI_TeatroMusical.pdf Acesso em: 03/09/2013.
Compartilhar