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Escola de Ciência da Saúde Curso de Enfermagem PESQUISA DE DOENÇAS ASSOCIADAS A ERROS NO PROCESSO DE TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO Aluna: REBECA RODRIGUES DE ARAÚJO MANAUS,AM 2019 Escola de Ciências da Saúde Curso de Enfermagem Disciplina: Processo Biológicos Professora: Eliane Carvalho dos Santos Turma: ENN01S1 ALUNA: REBECA RODRIGUES DE ARAÚJO - 19260385 PESQUISA DE DOENÇAS ASSOCIADAS A ERROS NO PROCESSO DE TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO Manaus, 23 Novembro de 2019 1) Introdução As doenças genéticas estão relacionadas com alterações na sequência de nucleotídeos que provocam erros na sintese de proteinas. Os genes são regiões do DNA que podem ser transcritas em RNA, sendo, portanto, fundamentais para a síntese de proteínas. São eles os responsáveis por todas as nossas características, sendo assim, qualquer erro ou dano em um gene pode desencadear uma doença genética. Essas doenças podem ser definidas em dois grupos principais: aquelas que afetam apenas um gene e aquelas que afetam vários. Quando apenas um gene apresenta alteração, dizemos que é uma doença monogenética; quando mais de um gene foi afetado, dizemos que são doenças multifatoriais, também chamadas de poligênicas. 2) Objetivo Demonstrar como as doenças genéticas atingem a sequência de nucleotídeos, todas são incuráveis. O que temos atualmente são apenas técnicas que retardam o avanço da doença e reduzem os sintomas, melhorando a qualidade de vida. Diante da complexidade das doenças genéticas e sua incidência relativamente rara, montamos uma seção destinada ao estudo apenas desses distúrbios. Aqui você encontrará informações a respeito dos sintomas e o que há de mais avançado no tratamento dessas doenças. 3)Resultados Algumas das principais doenças genéticas conhecidas, podemos citar: 1. Acondroplasia 2. Fibrose Cística 3. Anemia Falciforme 4. Hemocromatose 5. Daltonismo 6. Hemofilia 7. Distrofia Muscular Duchenne 8. Síndrome de Down 9. Doença de Hungtington 10. Síndrome de Patau 11. Doença de Tay-Sachs 12. Síndrome de Turner 13. Doença de Wilson 14. Síndrome do X frágil Dentre essas doenças, falarei em aspecto geral de 3: 1. Acondroplasia (Mutação em FGFR3) Autossômica Dominante Principios: • Mutações de ganho de função; Idade Paterna e Mutação de novo; Principais caracteristicas fenótipicas: • Idade de inicio: pré-natal • Baixa estatura rizomélica • Megaloencefalia • Compreensão da coluna dorsal; Historia e achados fisicos: P.S., uma mulher saudável de 30 anos de idade, estava na 27ª semana de gestação de seu primeiro filho. Um exame ultrassonografico do feto com 26 semanas de gestação identificou em feto do sexo feminino com microcefalia e rizomelia (encurtamento dos segmentos proximais das extremidades). O esposo de P.S. tinha 45 anos de idade e era saudavel; ele tinha filhos saudaveis do casamento anterior. Nenhum dos genitores possui história familiar de displasia esquelética, defeitos congênitos ou distúrbios genéticos. O obstetra explicou aos pais que seu feto possuía características da acondroplasia. A Menina nasceu após 38 semanas de gestação por cesariana. Apresentava as características físicas e radiológicas de acondroplasia, incluindo bossa frontal, megaloencefalia, hipoplasia da face média, fotos e lombar, extensão limitada do cotovelo, rizomelia, mãos em tridente, braquidactilia e hipotonia. Compatível com suas características físicas, os testes de DNA https://www.biologianet.com/doencas/anemia-falciforme.htm https://www.biologianet.com/doencas/sindrome-turner.htm identificaram uma mutação 1138G>A, levando a uma substituição da oficina pela arginina no cólon 380 (Gli380Arg) do gene do receptor de 3 do fator de crescimento do fibroblastos (FGFR3). BASES Etiologia e Incidência da Doença A acondroplasia (MIM n° 100800), causa mais comum de nanismo humano, é um distúrbio autossômico dominante causado por mutações específicas em FGRF3; duas mutações, 1138G>A (~98%) e 1138G>C (1% a 2%), são responsáveis por mais de 99% dos casos de acondroplasia, E ambas resultam na substituição Gli380Arg. A acondroplasia possui uma incidência de um em 15.000 ate um em 40.000 nascidos vivos, e afeta todos os grupos étnicos. Patogenia O FGFR3 é um receptor de tirosina quinase transmembrana que se liga a fatores de crescimento dos fibroblastos. A ligação desses fatores ao domínio extracelular de FGFR3 ativa o domínio intracelular de tirosina quinase do receptor e inicia uma cascata de sinalização. No osso endocondral, a ativação do FGFR3 inibe a proliferação de condrócitos na placa de crescimento e, assim, ajuda a coordenar o crescimento e a diferenciação dos condrócitos com o crescimento e a diferenciação das células progenitoras do osso. As mutações em FGFR3 associadas à acondroplasia são mutações de ganho de função que causam ativação do FGFR3 independente do ligante. Essa ativação constitutiva de FGFR3 inibe inadequadamente a proliferação de condrócitos na placa de crescimento e, consequentemente, leva ao encurtamento dos ossos longos, bem como a diferenciação anormal dos outros ossos. A guanina na posição 1138 no gene FGFR3 é um dos nucleotideos mais mutáveis juidentificados dentre todos os genes humanos. A mutação desse nucleotideos é responsável por quase 100% das acondroplasias; mais de 80% dos pacientes possuem uma mutação de novo. As mutações de novo na guanina 1138 de FGFR3 ocorrem exclusivamente na linhagem germinativa do pai e aumentam em freqüência com a idade paterna avançada (>35 anos). Fenótipo e História Natural Os pacientes com acondroplasia apresenta-se ao nascimento com encurtamento rizomelico dos braços e pernas,tronco relativamente longo e estreito, configuração das mãos em tridente e, macrocefalia com hipoplasia da face média e testa proeminente. Possuem um comprimento ao nascer que, em geral, é ligeiramente menor do que o normal, embora ocasionalmente situado no valor mínimo da faixa normal, embora ocasionalmente situado no valor mínimo da faixa normal; seu comprimento ou peso caem progressivamente para muito abaixo da faixa normal á medida que eles crescem. Geralmente, os pacientes têm inteligência normal, embora a maioria tenha um desenvolvimento motor atrasado. Esse atraso resulta de uma combinação de hipotonia, articulações hiperextensiveis ( embora os cotovelos possuam extensão e rotação limitadas), dificuldade mecânica de equilibrar uma cabeça grande e, menos comumente,estenose do forame magno com compressão do tronco encefálico. O crescimento anormal do crânio e dos ossos faciais resulta em hipoplasia da face média, uma base craniana pequena e forames cranianos pequenos. A hipoplasia da face média causa aglomeração dentária, apneia obstrutiva e otite média. Acredita se que estreitamento dos forames jugulares aumente a pressão venosa intracraniana e, consequentemente, cause hidrocefalia. O estreitamento do forame magno frequentemente causa compressão do tronco encefálico na junção cranio cervical em aproximadamente 10% dos pacientes e resulta na frequência aumentada de hipotonia, quadriparesia, retardo no crescimento e desenvolvimento, apneia central e morte súbita. De 3% a 7% dos pacientes morrem de forma inesperada durante o seu primeiro ano de vida devido à compressão dotronco cerebral ( apneia central) ou apneia obstrutiva. Outras complicações médicas incluem obesidade, estenose da espinha lombar que piora com a idade, e joelho varo. Tratamento Suspeitas com base nas características clínicas, o diagnóstico da acondroplasia geralmente é confirmado pelos achados radiográficos. Os testes de DNA para mutações em FGFR3 podem ser utéis em casos ambíguos, mas geralmente não são necessários para se fazer o diagnostico. Por toda a vida, o controle deve enfocar a antecipação e tratamento das complicações da acondroplasia. Durante a lactânia e o inicio da infância, os pacientes devem ser monitadorados quanto a otite média, hidrocefalia, compressão do tronco cerebral e apneia obstrutiva, e receber tratamento quando necessário. O tratamento dos pacientes com compressão do tronco encefalico por descompressãoda junção craniocervical geralmente resulta em melhora significativa da função neurologica. Durante o final da infância e o ini da vida adultaos pacientes devem ser monitorados quanto a estenose espinal sintomatica, ao joelho varo sintomatico, á obesidade, a complicações dentárias e a otite média crônica, e tratados quando necessário. O tratamento da estenose especial geralmente requer descompressão cirúrgica e estabilização da coluna. A obesidade é difícil de se impedir e controlar, e geralmente traz complicações ao tratamento da apneia obstrutiva e dos problemas de coluna e articulações. Tanto a terapia com hormônio do crescimento quanto o alongamento cirúrgico das pernas tem sido realizados para tratamento da baixa estatura. Ambas as terapias permanecem controversas. Além do tratamento dos seus problemas médicos, os mipacientes quase sempre precisam de ajuda para seu ajustamento social, quer devido ao impacto psicológico de sua aparência e baixa estatura, quer devido a incapacidade físicas. A assistência de grupos de suporte baseia se em proporcionar a interação com pessoas afetadas de modo semelhante e em oferecer programas de integração social. Risco de Herança Para pais normais com um filho afetado por acondroplasia, o risco de recorrência em seus próximos filhos é baixo, mas provavelmente maior do que na população geral, pois o mosaicismos envolvendo a linhagem germinativa, embora extremamente raro na acondroplasia, já foi documentado. Para os relacionamentos nos quais um dos parceiros é afetado por acondroplasia , o risco de recorrência em cada é de 50%, pois a acondroplasia é um distúrbio autossômico dominante com penetração completa. Para relacionamentos nos quais ambos os parceiros são afetados, cada filho corre o risco de 50% de ter acondroplasia, um risco de 25% de ter a forma de homozigotica letal, e uma chance de 25% de ter uma estrutura normal. O nascimento de um bebê de estatura normal de uma mãe com acondroplasia, geralmente requer cesariana.as características da acondroplasia não podem ser dectadas por ultrassonografia pré natal antes de 24 semanas de gestação, enquanto a displasia tanaforica, mais grave, pode ser detectada mais cedo. 11.Doença de Tay- Sachs ( Mutação de Hexa) autossômica recessiva Princípios: • Doenças no armazenamento lisossomico • Variação étnica nas frequências alelicas • Deriva genética • Pseudodeficiencia • Triagem populacional Principais características fenotipicas: • Idade de inicio: jactância ate a idade adulta • Neurodegeneração • Ponto vermelho cereja na retina • Psicose BASES Etiologia e Incidência da Doença A doença de Thay-Sachs (MIM n° 272800), gangliosidose gm, infantil, é um dos disturbios autossômico recessivo panétnico do catabolismo de gangliosídeos, que é causado por uma deficiência da hexosaminidade A. Além da doença grave de inicio infantil, a deficiência da hexosamidase A causa doenças mais brandas de inicio juvenil ou na idade adulta. A incidência da deficiência da hexosaminidase A varia enormemente entre diferentes populações; a incidência da doença de Tay-Sachs varia de um em cada3.600 nascimentos de judeus Ashkenazi a umm cada 360.000 nascimentos de judeus norte-americano não Ashkenazi. Os franco-canadenses, os Cajuns da Louisiana, e os Amish da Pensilvânia possuem uma incidência da doenças de Tay-Sachs semelhante a dos judeus Ashkenazi.A frequência aumentada de carregadores nessas quatro populações parece ser resultado de deriva genética,apesar de a vantagem do heterozigoto não poder ser excluída. Patogenia Gangliosideos são oligossacarideos de cerâmica presentes em todas as membranas de superfície celular, porém sendo mais abundantes no cérebro. Os Gangliosideos estão concentrados na superfície de membranas neuronais, particularmente nos terminais axonicos e dendriticos. Eles funcionam como receptoresde vários hormônios glicoproteicos e toxinas bacterianas, e estão envolvidos na diferenciação celular e na celular e na interação célula-célula. A hexosaminifase A é A é uma enzima lisossomico comportada duas subunidades. A subunidade é codificada pelo gene HEXA no cromossomo 15, e a subunidade é codificada pelo gene HEXA no cromossomo 5. Na presença de uma proteína ativador, a hexosaminifase A remove a Ñ acetilgalactosamina terminal do Gangliosideos GM. Mutações na subunidade a da proteína ativador causam o acumulode GM no lisossomo, e assim a doenças de Tay-Sachs do tipo infantil, juvenil,ou adulto. ( Mutação na subunidade b causa a doença de Sandhoff. O mecanismo pelo qual o acúmulo do Gangliosideos GM, causa morte neuronal não foi totalmente definido, apesar de , por analogia com a doenças de Gaucher, subprodutos do Gangliosideos GM, poderem causar neuropatologia. O nível de atividade residual da hexosaminifase A se correlaciona inversamente com a gravidade da doença.Pacientes com Gangliosideos GM de início infantil possuem dois apelos nulos, ou seja, nenhuma atividade enzimática da hexosaminidase A. Pacientes com as formas de início juvenil ou na idade adulta da Gangliosideos GM são normalmente heterozigoto compostos para um apelo HEXA nulo e um apelo com baixa atividade residual da hexosaminidase A. Fenótipo e História Natural A gangliosideos GM de início infantil é caracterizada pordeterioração neuronal, começando dos 3 aos 6 meses de vida, e progredindo até a morte entre 2 a 4 anos. O desenvolvimento motor normalmente torna se estagnado,ou comeca a a regredir, em torno dos 8 aos 10 meses, e progride rapidamente; em torno dos 8 aos 10 meses, e progride para perda dos movimentos voluntários dentro do segundo ano de vida. A perda visual começa no primeiro ano e progride rapidamente esta quase uniformemente associada com o ponto vermelho cereja no exame fundoscopio. As convulsões normalmente se iniciam perto do fim do primeiro ano, e pioram progressivamente. Deterioração adicional no segundo ano de vida resultam em postura descerebrada, dificuldades para deglutir, piora das convulsões e finalmente, em um estado sem respostas, vegetativo. Tratamento O diagnóstico da gangliosideos GM baseia se na demonstração, tanto da atividade ausente ou quase ausente da hexosaminidase A no soro ou nos leucócitos, quanto na atividade normal á elevada da hexosaminidase B. A análise de mutação do gene HEXA também pode ser usada para o diagnóstico, mas geralmente fica restrita somente para esclarecer o estado de portador e para testes pré natais. A doença de Tay-Sachs é atualmente um distúrbio incurável; portanto, o tratamento é focado no controle dos sintomas e nos cuidados paliativos. Quase todos os pacientes necessitam de tratamento farmacológico de suas convulsões. As manifestações psiquiátricas de pacientes com gangliosidoseGM de início na idade adulta geralmente não respondem as medicações antipsicoticas e antidepressivas convencionais; o lítio e a terapia eletroconvulsiva são mais eficazes. Risco de Herança Para casais sem uma históriafamiliar de gangliosidose GM o risco empírico de ter um filho afetado pela doença depende da frequência da mesma em seu grupo étnico. Para a maioria dos norte-americanos., o risco empírico de ser um portador é aproximadamente de 1 em cada 250 a 1 em cada 300, enquanto para indivíduos judeus Ashkenazi, o risco empírico de ser portador é de aproximadamente um em cada 30. Para casais em que ambos são portadores, o risco de ter uma criança com gangliosidose GM é de 1 em cada 4. O diagnóstico pré natal baseia se na identificação das mutações em HEXA ou na deficiência de hexosaminidase em um tecido fetal como as calosidades coriônicas ou os amniócitos. A identificação precisa de fetos afetados por meio da análise de mutações e HEXA normalmente requer que as mutações responsáveis pela gangliosidose GM em uma família ja tenham sido identificadas. A triagem para portadores nas populações de alto risco e a subsequente prevenção reduziram em quase 90% a incidência da doença de Tay-Sachs entre judeus Ashkenazi. Essa triagem é tradicionalmente realizada determinando se a atividade serica da hexosaminidase A com um substrato artificial. Entretanto, esse ensaio de sensibilidade não consegue distinguir as mutações patológicas das pseudodeficiências (catabolismo reduzido do substrato artificial, mas catabolismo normal do substrato natural); portanto, o estado de portador é geralmente confirmado pela análise molecular do HEXA. Dois apelos de pseudodeficiência e mais de 70 mutações patológicas foram identificados no gene HEXA. Entre os judeus Ashkenazi que são positivos na triagem enzimática de portadores, 2% são heterozigoto para um alelo de pseudodeficiência, e 95% a 98% são heterozigoto para 1 de 3 mutações patológicas, duas causando o início infantil, e uma causando o início da gangliosidose GM na idade adulta. Em contraste, entre Norte americanos não judeus que são positivos pela triagem enzimática de portadores, 35% são heterozigotos para um alelo de pseudodeficiência. 4) Conclusões ou Considerações Finais Com este trabalho, podemos concluir que a nível dos genes podem surgir erros que consequentemente provocam mutações e possíveis deficiências (físicas, mentais, etc.) Podemos ainda acrescentar que é devido principalmente a uma “falha” na cópia do código genético do DNA para o mRNA que surgem erros, que por sua consequência darão origem às mutações. 5) REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS Genética Médica- Thompson &Thompson, Nussbaum; Mclnnes; Willard 7ª edição Fudamentos da Genética- Snust & Simons 4 edição PESQUISA DE DOENÇAS ASSOCIADAS A ERROS NO PROCESSO DE TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO Aluna: REBECA RODRIGUES DE ARAÚJO Curso de Enfermagem ALUNA: REBECA RODRIGUES DE ARAÚJO - 19260385 PESQUISA DE DOENÇAS ASSOCIADAS A ERROS NO PROCESSO DE TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO 1) Introdução
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