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9-Ética Cristã Ética e Piedade Parte 4 -Segunda parte (1)

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Ética e Vida Cristã por: Pr. Leonardo Teixeira 
 
www.institutomundobiblico.com 
 
BACHAREL LIVRE EM TEOLOGIA 
SUMÁRIO 
Continuamos o tema de nossa aula anterior, explorando os 
principais pontos que norteiam as resoluções de Jonathan 
Edwards e a vida cristã. 
ÉTICA E VIDA CRISTÃ 
Ética e Piedade Cristã – Parte 6 
Segunda Parte 
Olá! bem-vindo de volta, continuamos com ética e piedade 
pessoal. 
Lembro que a palavra piedade precisa ser reinterpretada. Piedade 
não significa um ato de pena, piedade tem a ver com toda a vida 
devocional do Cristão, no sentido mais abrangente da palavra, 
piedade tem sentido de vida cristã, tudo que o crente fala e faz, 
todas as suas relações tem a ver com a forma com que busca a 
Deus. Uma pessoa piedosa é uma pessoa que demonstra em 
toda sua vida, a cosmovisão, a ética cristã e os princípios cristãos. 
Utilizamos Jonathan Edwards como sendo o nosso gancho para 
refletirmos sobre esse assunto. Falamos que ele fez 70 
resoluções para servir como bússola, como diretrizes, para 
alcançar os objetivos da vida. Ele percebia que a alma do ser 
humano tem muita facilidade em perder o foco, nos perdemos no 
meio das nossas convicções, no meio dos nossos sonhos e em 
meio dos nossos projetos. Edwards prometeu para si mesmo, e, 
às vezes, são essas promessas as mais importantes, as 
promessas fazemos a nós mesmos, porque quando falhamos 
Ética e Vida Cristã por: Pr. Leonardo Teixeira 
 
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nessas promessas, o peso disso é incrivelmente nocivo para 
nossa existência, para vivermos de forma plena. 
RELEMBRANDO A PRIMEIRA RESOLUÇÃO DE EDWARDS 
A primeira prioridade, o carro-chefe dessas resoluções de 
Jonathan, foi viver para glória de Deus, viver entendendo que a 
gloria de Deus é prioridade. Precisamos expandir a nossa 
consciência quando se fala de glória, para não pensar em glória 
como sendo apenas uma atividade ou movimento dentro do culto 
Cristão. Glória significa colocar a Deus em primeiro plano em tudo 
que se faz, como nas tarefas que realizamos durante o dia. Por 
exemplo, um pastor tem aconselhar, ler, visitar, administrar, 
muitas coisas são colocadas na sua frente e tem que decidir o que 
fazer em primeiro lugar e o que pode de ser deixado para depois. 
Relaciono essa situação com a forma de atendimento numa 
emergência do hospital aqui em Criciúma, onde cada paciente 
recebe um tipo de cor específico ao grau de necessidade que 
esse paciente tem, se é urgente, se ele pode esperar mais, se ele 
pode esperar menos. Exatamente essa mesma questão quando 
vamos tomar as nossas resoluções, diante de dilemas, o que é 
mais importante, o que é prioritário. Edwards entendeu que o 
prioritário tem a ver com a percepção daquilo que dá mais glória a 
Deus. Ele tentava se analisar e construir a sua rotina, sua agenda 
baseada nessa premissa. 
Edwards sabia que antes de chegar na coroa, a realização de um 
projeto, a realização de um sonho, antes de chegar numa coroa, 
sempre haverá uma cruz. Isso serve tanto no ambiente religioso 
como o fora da religião. Temos campanhas publicitárias que 
revelam essa máxima como a Nike que diz “no pain, no gain” 
(sem dor, sem ganho), reforçando a ideia que se não houver o 
esforço, você não vai conseguir alcançar os seus objetivos, então 
Ética e Vida Cristã por: Pr. Leonardo Teixeira 
 
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ele entende que antes da coroa, da realização, sempre existe a 
cruz, sempre existe o sacrifício. 
É muito interessante perceber que Edwards começa quase todas 
as suas resoluções dizendo “Eu resolvi”. 
ARREPENDIMENTO 
A vida cristã é marcada por coisas que você resolve fazer, decidir 
é parte fundamental na vida cristã, está totalmente ligada ao tipo 
de coisas que você sabe e pode decidir. Edwards toma como 
resolução abandonar o pecado, viver em constante 
arrependimento. 
Isso para nós é uma coisa difícil, porque muitas vezes viver em 
arrependimento é visto em nossa sociedade como uma coisa 
negativa, ruim. Edwards entende que, biblicamente, o 
arrependimento é justamente um motor que nos permite chegar 
mais longe, perceber o que não deu certo. Em qualquer profissão, 
em qualquer ramo de atividade da vida, quando você percebe 
aquilo que não funciona bem, você olha e tem a capacidade de 
dizer: isso não soou tão bem, isso não foi realizado tão bem. De 
forma mais profunda, quando você olha para sua alma, para 
dentro do seu coração, percebe que isso não está bom, que isso 
não está bem, esse sentimento, esse pensamento, essa atitude, 
essa raiz, essa essência precisa ser transformada. Vou ler a 
resolução dele, vale a pena acompanhar o que ele diz: 
“Resolvi que se eu cair e me tornar insensível de forma a 
negligenciar qualquer parte destas resoluções, arrepender-me-ei 
de todas as coisas das quais puder me lembrar, quando recobrar 
a lucidez.” 
Ética e Vida Cristã por: Pr. Leonardo Teixeira 
 
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Muitas vezes iremos desviar da nossa rota, das nossas 
resoluções, mas depois desses desvios, existe um momento onde 
recobramos a lucidez, percebemos que isso era o melhor para 
mim e em algum momento, eu me desviei disso. Edwards se 
compromete, promete para ele mesmo que, quando recobrar a 
lucidez, irá se esforçar a voltar na direção que ele se prometeu, 
entendendo que o evangelho o levará a agir. 
LEMBRE-SE 
Mais uma vez, lembre-se das promessas que você fez para você 
mesmo e quais dessas promessas precisa cumprir e quais dessas 
promessas talvez sejam tolas e que você pode repensar. 
Eduard percebia que alguns pecados vêm do temperamento e 
alguns pecados vem do relacionamento. Ele estava 
profundamente comprometido a olhar tudo que estava no seu 
temperamento e tudo que estava no seu relacionamento, para que 
vindo essa lucidez, pudesse enfrentar a si mesmo. Isso é sempre 
uma das lutas mais difíceis, das mais necessárias, a luta travada 
contra nós mesmos. Lutar contra os outros, eu costumo dizer, é 
relativamente fácil. A luta mais difícil é a luta que temos contra as 
nossas próprias mazelas, as nossas próprias questões. É muito 
mais do que simplesmente uma questão de avaliar resultados, 
quando se é cristão, avalia-se a essência. 
Vemos que profissionais bem-sucedidos são profissionais muito 
capacitados a avaliar resultados, pensar em resultados e 
conseguir dialogar com eles para que esses resultados sejam os 
melhores possíveis. Pensando na ética cristã, temos uma 
diferença sutil, além de pensar nos nossos resultados, o que 
estamos produzindo nos nossos relacionamentos familiares, por 
exemplo, quando se relaciona a consequência é que o seu filho 
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tem intimidade para falar, a sua mãe, o seu pai, são os frutos 
desse relacionamento. Jesus chegou a dizer que “Pelos frutos vos 
conhecereis”, o crente é aquele que precisa perceber o que está 
frutificando e produzindo como crente, não se pode ficar cego, 
inerte, àquilo que produzimos como cristão, mas, mais do que 
avaliar o fruto, precisamos avaliar a nossa essência a cada 
instante, verificar do que nós somos feitos, o que tem dentro no 
nosso cerne. Cristão é alguém que está sempre avaliando e se 
arrependendo, aperfeiçoando, inclusive, a própria essência. 
RECONHECENDO O PECADO EM NÓS 
Essa resolução de Eduard fazia com que ele entendesse que eu 
sou o causador da Cruz, se existe uma cruz, eu sou responsável 
por ela. Ser responsável pela cruz é no sentido de que a cruz é 
uma necessidade, porque existe alguma coisa em mim que 
precisa ser refeita, reprogramada, reconsiderada. Viver 
simplesmente sem entender essa responsabilidade, é uma vida 
superficial. Viver responsável pela cruz não como se fosse uma 
questão de autoflagelação, não é no sentido de se mutilar no 
sentido, de se destruir, mas no sentido de perceber que como 
pecador, tal qual Pauloafirma, se percebendo como sendo o 
principal dos pecadores. 
A consciência de olhar para si como principal dos pecadores, isso 
é justamente para combater um orgulho que é natural do ser 
humano ter. 
Quando vemos alguém caindo em alguma área, vemos alguém 
relatando, quando temos acesso aos pecados de outras pessoas, 
muitas vezes falamos assim “Não sei como essa pessoa 
consegue fazer isso, eu não sei como essa pessoa tem esse tipo 
de atitude”. Às vezes temos um ar de superioridade em relação ao 
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pecado as pessoas, já Edwards tinha o costume de, quando ele 
via algum acesso, buscava enxergar aqueles erros dentro dele 
mesmo e pedia perdão pelo erro. Ele imaginava que, de alguma 
forma aquilo, também estava escondido no coração dele, então 
não se exultava quando via alguém pecando e sim sondava o seu 
próprio coração a viver de forma humilde. 
Edwards estava sempre comprometido a enxergar seu progresso 
espiritual, não como uma conta numérica, mas nessa percepção 
de estar abandonando o pecado, de reavaliar vez após vez, até 
chegar a sua essência. 
Quando se fala em abandono de pecado como ética, como 
princípio para tomar decisão, se decide também pensando que 
nós estamos numa luta contra o pecado. Nossas decisões 
precisam estar marcadas, precisam estar fundamentadas, 
conectadas com essa percepção. Toda vez que Edwards percebia 
um erro, fazia um scan (escaneamento) na alma até perceber o fio 
da meada, a causa original do erro que havia cometido, e ele diz: 
“Resolvi nunca ceder, o mínimo que seja, para diminuir a minha 
luta contra as minhas corrupções, por mais mal sucedido que eu 
venha ser.” 
Por diversas vezes em nossas lutas, nós fracassamos, porém 
esse fracasso não pode ser uma desculpa para parar de lutar 
contra as nossas corrupções. Nessa sociedade, onde valores 
como auto exaltação, como auto estima, são idolatrados, essa 
percepção de enxergar que existe corrupção dentro de nós é 
colocada de lado e se quiser viver a partir de princípios cristãos, 
precisa considerar de uma forma mais pontual, mais radical, que 
existe corrupção dentro do ser humano, dentro de mim, dentro de 
você. A confissão é simplesmente marcada por concordar com o 
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que Deus está falando, sobre a gravidade que Deus fala acerca 
do pecado, tem a ver com enxergar esse velho homem (corrupção 
interna) e diferenciá-lo. para muitas pessoas, o velho homem, tem 
a ver com a questão estética comportamental, sobre que tipo 
roupa que você veste, se você tem tatuagem, se você não tem 
tatuagem, se você tem brinco, se você não tem brinco, se você 
fuma, se você não fuma, se você bebe, se você não bebe. 
Querido, essas questões não passam nem longe da superfície do 
que é o velho homem de verdade, o velho homem é aquilo que 
corrompe a vida, que sabota. Gosto de dizer, se todo mundo diz 
que se ama, porque que estamos sempre ferindo pessoas que 
amamos. 
Uma mãe diz amar o filho, mas o filho cresce e ele se sente, 
muitas vezes, ferido pelo amor da mãe. Marido, mulher, dizem se 
amar eternamente, mas se tem uma coisa comum e profunda são 
feridas que casais apaixonados fazem um pelo outro, se nos 
amamos muito, porque nos ferimos tanto? 
A única explicação é a explicação bíblica que eu creio. Mesmo 
amando, ferimos porque existe corrupção dentro de nós e por 
isso, com qualquer ato que se venha a fazer, inclusive nos nossos 
melhores atos, como amor, nós revelamos a corrupção do nosso 
coração. 
O TEMPO E A ETERNIDADE 
O próximo ponto é o princípio da eternidade e Edwards fez 
entender que o tempo é uma coisa preciosa. Os americanos têm 
muito isso, nessa ideia do time is money (tempo é dinheiro), mas 
curiosamente uma das pessoas que levantou essa bandeira, foi 
um camarada em 1700, Cristão. Antes de dessa máxima 
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americana de que time is Money, não se pode dispensar o tempo, 
existiu um cristão dizendo algo que marca o meu coração: 
“Resolvi nunca perder um momento, mas aproveitar o tempo da 
forma mais vantajosa que puder.” 
PARA REFLETIR 
Lembra da provocação que fiz em outra aula, sobre como as 
éticas influenciam a sociedade moderna? muita gente não sabe 
da onde esses pensamentos vieram e muitos desses 
pensamentos nascem exatamente com esse camarada, Jonathan 
Edwards, que é um dos responsáveis por pensar coisas como 
essa na nossa sociedade. 
Edwards é alguém profundamente comprometido com a causa 
cristã e intelectual brilhante a ponto de ser chamado para ser 
reitor da Universidade de Princeton. Ele conversa consigo mesmo 
e com as suas ovelhas para discernir aquilo que é urgente, 
daquilo que está chamando a nossa atenção, porque tem muita 
coisa que clama pela nossa atenção e não é realmente urgente, 
se precisa aprender a diferenciar, justamente por entender que o 
nosso tempo precisa ser usado estrategicamente para Deus e 
para a glória de Deus. 
Vou citar mais uma frase que nos ajuda a entender isso: 
“Segunda-feira, 3 de fevereiro. Todas as coisas têm o mesmo 
valor agora, que teriam se eu estivesse no leito de enfermidade e, 
em qualquer busca que eu estiver empreendendo, que essa 
questão venha com frequência a minha mente, quanto valor eu 
daria a isso se estivesse em meu leito de morte?” 
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Ele fazia essa reflexão para perceber o valor e o tempo que ele 
daria para as coisas. Se eu tivesse no meu leito de morte, isso 
seria realmente uma coisa importante, isso seria indispensável? 
com esse raciocínio, ele tomava decisões. 
Quem já teve problemas de saúde, já ficou internado em estado 
sensível, sabe exatamente da experiência que, enquanto você 
está no leito de hospital, muitas coisas simplesmente perdem a 
importância. Eu tive algumas experiências com isso e é 
assustador como uma coisa que, no seu dia-a-dia te deixa tão 
aflito porque você tem que resolver e você tem que fazer, quando 
você tem essa dimensão de vida e morte, alguns têm para glória 
de Deus ou não, percebemos que centenas de coisas do nosso 
coração seriam indispensáveis, se tornam irrelevantes. 
Com este conceito de eternidade, Edwards se esforçava em 
administrar o seu tempo da melhor forma possível, para que não 
fosse um tipo de pessoa que vivesse com remorso, com 
sentimento de ter uma vida desperdiçada. Se tem uma coisa triste 
é quando um cristão tem a sensação de ter a sua vida 
desperdiçada, quando um cristão acha que a sua vida não está 
valendo a pena, quando um cristão acha que não consegue 
aproveitar, e, se isso acontece, fatalmente passa pelo ponto de 
não conseguir administrar o tempo, não conseguir entender o que 
significa viver para glória a Deus. 
VIVENDO PLENAMENTE 
Edwards diz: 
“Frequentemente ouço as pessoas idosas dizerem como teriam 
vivido, se pudessem voltar ao início da sua vida novamente. 
Resolvi que viverei da forma como desejaria ter vivido no caso de 
ter chegado a uma idade avançada. 8 de julho de 1723” 
Ética e Vida Cristã por: Pr. Leonardo Teixeira 
 
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Ele percebeu que tinha muitos idosos que olhavam para trás 
dizendo: “Não vivi tudo que eu podia, não vivi tudo que eu devia.” 
Edwards se prometeu a viver de tal forma que ao chegar na idade 
avançada, não irá dizer isso, porque não desperdiçou a vida com 
aquilo que é menos importante, administrou o tempo de tal forma 
que tudo seja útil para glória de Deus e que a minha vida faça 
sentido, que minha vida seja intensa que a minha vida seja plena. 
Querido, isso é uma coisa que alcançará todo mundo em algum 
passo da vida, a sensação de será que eu estou desperdiçando 
vida, será que eu estou desperdiçando tempo, e, muitasvezes, a 
nossa resposta será sim. Em cima dessa percepção colocamos 
uma estratégia, algumas pessoas para não desperdiçar a vida, 
irão curtir todos os momentos, indo em festas, baladas. Outras 
pessoas para não desperdiçar a vida, tentam valorizar o tempo 
com a sua família. Seja como for, todo mundo que já passou por 
esse dilema de não quero desperdiçar a minha vida, escolheu 
uma forma de tentar resolver essa questão e entendeu que para 
resolver isso, a disciplina era fundamental. 
Para isso, Edwards dizia o seguinte: 
“Resolvi que, enquanto estiver vivo, viverei com todas as minhas 
forças e, para eu viver com todas as minhas forças, eu preciso ter 
disciplina, eu preciso ter foco, eu preciso estar completo no lugar. 
Se eu estou aqui, eu preciso estar inteiro.” 
Se tem uma coisa que atinge a nossa sociedade é que estamos 
sempre pela metade, estamos em um lugar e pensando em outro. 
Com celular, as mídias sociais, é difícil estar inteiro em um lugar, 
nos dividimos em um monte de pedacinhos porque queremos 
fazer muito de todas as coisas. Quando não se consegue estar 
inteiro num lugar, a sensação de desperdiçar a vida cresce cada 
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vez mais, porque sentimos que estivemos em todos os lugares, 
mas não conseguimos estar em nenhum. 
Edwards promete que enquanto estiver vivo, viverá com todas as 
suas forças e essa é a atitude do Cristão, viver inteiro, não viver 
pela metade. Por isso, até mesmo na questão de alimentação, de 
exercício, ele cortava lenha durante meia hora quase todos os 
dias, caminhava, cavalgava, porque entendia que o cuidado físico 
também fazia parte para ter a possibilidade de estar inteiro e de 
viver de uma forma intensa. 
A PRÁTICA DO AMOR 
Edwards resolveu se esforçar para demonstrar amor. Muitas 
vezes entendemos que amor é uma coisa que flui, que é natural, é 
verdade, mas, muitas vezes, o amor é uma coisa que precisamos 
nos esforçar para manifestar e nos movimentar nesta direção. Às 
vezes esperamos que o outro demonstre amor por nós, Edwards 
resolveu não ficar esperando os outros demonstrarem amor por 
ele então, demonstrando primeiro amor para pessoa, e se elas 
quiserem demonstrar isso é resolução delas. 
Enfatizo aqui que estamos falando de amor cristão e, 
biblicamente, podemos fazer coro com Edwards, pois o amor é 
uma coisa que não pode esperar, não pode ficar esperando o 
outro amar, simplesmente se ama porque isso faz parte da nossa 
essência. 
Isso nos faz pacificadores e não justiceiros, porque enquanto se 
espera, iremos querer fazer justiça, mas quando se decide amar 
primeiro, viemos com a paz, nos tornamos o tipo de pessoa que 
quer construir paz e não exigir justiça. Isso faz uma diferença 
incrível, uma coisa é viver construindo pontes de paz, outra coisa 
Ética e Vida Cristã por: Pr. Leonardo Teixeira 
 
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é viver como justiceiro. A ética cristã é uma ética de 
pacificadores. 
FIDELIDADE A DEUS 
Para Edwards, a ética cristã passa pelo alto exame de uma 
maneira profunda e sistemática, até ao ponto de que ele 
examinava sua própria conversão e isso é uma coisa que 
perdemos. Será que eu já me converti de verdade? Edwards tinha 
coragem de olhar dentro dos seus próprios olhos e pensar, de 
olhar para sua alma e questionar, “Eu sou convertido de verdade 
ou isso que eu vivo é uma confusão, delírio meu?” 
Há muitos cristãos que não conseguem ter coragem de olhar para 
dentro de si para perceber se essa fé é uma frutífera, se essa fé 
autêntica. Vou ler o que Edwards diz ajudando a ilustrar bem esse 
ponto: 
“Resolvi examinar cuidadosa e constantemente o que é isso em 
mim, que me leva duvidar de alguma maneira do amor de Deus e 
direcionar todas as minhas forças a combater isso.” 
Ele percebeu que muitos momentos existe alguma coisa no 
coração dele que duvidava do amor de Deus e ele resolveu que 
toda vez ao sentir ou pensar isso, iria lutar contra esse sentimento 
que brotou em seu coração, para entender da onde estava vindo 
e, enquanto ele não entendesse, não iria ficar satisfeito. Edwards 
continua dizendo: 
“18 de dezembro, 1722. Hoje fiz a 35ª resolução. As razões pelas 
quais questionam pouco interesse pelo amor e favor de Deus são: 
um pouco, porque não consigo falar tão plenamente da minha 
experiência dessa obra preparatória de qual falam os teólogos; 2, 
não me lembro de ter experimentado a regeneração exatamente 
Ética e Vida Cristã por: Pr. Leonardo Teixeira 
 
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por meio daquele espaço que os teólogos dizem que em geral são 
tomados; 3, não tenho sensibilidade suficiente para sentir as 
graças cristãs, principalmente a fé. Temo que o que eu sinto 
sejam apenas afeições hipócritas e externas, as quais tanto os 
homens perversos podem sentir, como também nos outros. O que 
sinto não parece estar suficientemente no íntimo e ser pleno, 
sincero e genuíno, não parece tão substancial e forjado em minha 
própria natureza de forma como eu desejaria que fosse; 4, porque 
às vezes sou culpado de pecados de omissão e de comissão.” 
Está faltando o crente sincero assim. Edwards está duvidando não 
de Deus, mas de si mesmo. Hoje, se duvida de tudo menos da 
gente, da nossa natureza. Se não fizermos um profundo 
movimento de reflexão para reavaliar nossa fé, a nossa fé vai ser 
inútil. A ética cristã a vida cristã precisam ser marcadas pelo auto 
exame. 
Para você ler, quero deixar essas 70 resoluções que foram feitas 
há muito tempo atrás, não para que sirva como limites, não para 
que você tome isso como se fosse um amuleto, mas que te ajude 
a tomar as suas próprias resoluções. Quais são as suas 
resoluções? no que você se compromete a viver como cristão? 
Aquilo que você prometer a si mesmo seja fiel em cumprir assim 
como aquilo que você promete a Deus, seja fiel em cumprir 
A vida cristã É baseada também em fidelidade e que Deus te 
abençoe. 
Resoluções de Jonathan Edwards (1722-1723) 
Por Jonathan Edwards 
Estando ciente de que sou incapaz de fazer qualquer coisa sem a 
ajuda de Deus, humildemente Lhe rogo que, através de Sua 
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graça, me capacite a cumprir fielmente estas resoluções, 
enquanto elas estiverem dentro da Sua vontade, em nome de 
Jesus Cristo. 
Lembra de ler estas resoluções uma vez por semana. 
1. Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de 
Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante todo 
tempo de minha peregrinação, sem nunca levar em consideração 
o tempo que isso exigirá de mim, seja agora ou pela eternidade 
fora. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que 
traga benefícios para a humanidade em geral, não importando 
quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a 
enfrentar. 
2. Resolvi permanecer na busca contínua de novas maneiras para 
poder promover as resoluções acima mencionadas. 
3. Resolvi arrepender-me, caso eu um dia me torne menos 
responsável no tocante a estas resoluções, negligenciando uma 
ínfima parte de qualquer uma delas e confessar cada falha 
individualmente assim que cair em mim. 
4. Resolvi, também, nunca negar alguma maneira ou coisa difícil, 
seja no corpo ou na alma, menos ou mais, que leve à glorificação 
de Deus; também não sofrê-la se tiver como evitá-la. 
5. Resolvi jamais desperdiçar um só momento do meu tempo; 
pelo contrário, sempre buscarei formas de torná-lo o mais 
proveitoso possível. 
6. Resolvi viver usando todas minhas forças enquanto viver. 
7. Resolvi jamais fazer alguma coisa que eu não faria, se 
soubesse que estava vivendo a última hora da minha vida. 
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8. Resolvi ser a todos os níveis, tanto no falar como no fazer, 
como se não houvesse ninguém maisvil que eu sobre a terra, 
como se eu próprio houvesse cometido esses mesmos pecados 
ou apenas sofresse das mesmas debilidades e falhas que todos 
os outros; também nunca permitirei que o tomar conhecimento 
dos pecados dos outros me venha trazer algo mais que vergonha 
sobre mim mesmo e uma oportunidade de poder confessar meus 
próprios pecados e miséria a Deus. 
9. Resolvi pensar e meditar bastante e em todas as ocasiões 
sobre minha própria morte e sobre circunstâncias relacionadas 
com a morte. 
10. Resolvi, sempre que experimentar e sentir dor, relacioná-la 
com as dores do martírio e também com as do inferno. 
11. Resolvi que sempre que pense em qualquer enigma sobre a 
salvação, fazer de tudo imediatamente para resolvê-lo e entendê-
lo, caso nenhuma circunstância me impeça de fazê-lo. 
12. Resolvi, assim que sentir um mínimo de gratificação ou deleite 
de orgulho ou de vaidade, eliminá-lo de imediato. 
13. Resolvi nunca cessar de buscar objetos precisos para minha 
caridade e liberalidade. 
14. Resolvi nunca fazer algo em forma de vingança. 
15. Resolvi nunca sofrer nenhuma das mais pequenas 
manifestações de ira vinda de seres irracionais. 
16. Resolvi nunca falar mal de ninguém, de forma tal que afete a 
honra da pessoa em questão, nem para mais nem para menos 
honra, sob nenhum pretexto ou circunstância, a não ser que 
possa promover algum bem e que possa trazer um real benefício. 
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17. Resolvi viver de tal forma como se estivesse sempre vivendo o 
meu último suspiro. 
18. Resolvi viver de tal forma, em todo o tempo, como vivo dentro 
dos meus melhores padrões de santidade privada e daqueles 
momentos que tenho maior clarividência sobre o conteúdo de todo 
o evangelho e percepção do mundo vindouro. 
19. Resolvi nunca fazer algo de que tenha receio de fazer uma 
hora antes de soar a última trombeta. 
20. Resolvi manter a mais restrita temperança em tudo que como 
e tudo quanto bebo. 
21. Resolvi nunca fazer algo que possa ser contado como justa 
ocasião para desprezar ou mesmo pensar mal de alguém de 
quem se me aperceba algum mal. 
(Resoluções 1 a 21 foram escritas em New Haven em 1722) 
22. Resolvi esforçar-me para obter para mim mesmo todo bem 
possível do mundo vindouro, tudo quanto me seja possível 
alcançar de lá, com todo meu vigor em Deus – poder, vigor, 
veemência, violência interior mesmo, tudo quanto me seja 
possível aplicar e admoestar sobre mim de qualquer maneira que 
me seja possível pensar e aperceber-me. 
23. Resolvi tomar ação deliberada e imediata sempre que me 
aperceber que possa ser tomada para a glória de Deus e que 
possa devolver a Deus Sua intenção original sobre nós, Seu 
desígnio inicial e Sua finalidade. Caso eu descubra, também, que 
em nada servirá a glória de Deus exclusivamente, repudiarei tal 
coisa e a terei como uma evidente quebra da quarta resolução. 
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24. Resolvi que, sempre que encetar e cair por um caminho de 
concupiscência e mau, voltar atrás e achar sua origem em mim, 
tudo quanto origina em mim tal coisa. Depois, encetar por uma via 
cuidadosa e precisa de nunca mais tornar a fazer o mesmo e de 
orar e lutar de joelhos e com todas as minhas forças contra as 
origens de tais ocorrências. 
25. Resolvi examinar sempre cuidadosamente e de forma 
constante e precisa, qual a coisa em mim que causa a mínima 
dúvida sobre o verdadeiro amor de Deus para direcionar todas as 
minhas fortalezas contra tal origem. 
26. Resolvi abater tais coisas, à medida que as veja abatendo 
minha segurança. 
27. Resolvi nunca omitir nada de livre vontade, a menos que essa 
omissão traga glória a Deus; irei, então e com frequência, rever 
todas as minhas omissões. 
28. Resolvi estudar as Escrituras de tal modo firme, preciso, 
constante e frequente que me seja tornado possível e que me 
aperceba em mim mesmo de que estou crescendo no 
conhecimento real das mesmas. 
29. Resolvi nunca ter como uma oração ou petição, nem permitir 
que passe por oração, algo que seja feito de tal maneira ou sob 
tais circunstâncias que me possam privar de esperar que Deus 
me atenda. Também não aceitarei como confissão algo que Deus 
não possa aceitar como tal. 
30. Resolvi extenuar-me e esforçar-me ao máximo de minha 
capacidade real para, a cada semana, ser levado a um patamar 
mais real de meu exercício religioso, um patamar mais elevado de 
graça e aceitação em Deus, do que tive na semana anterior. 
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31. Resolvi nunca dizer nada que seja contra alguém, exceto 
quando tal coisa se ache de pleno acordo com a mais elevada 
honorabilidade evangélica e amor de Deus para com a sua 
humanidade, também de pleno acordo com o grau mais elevado 
de humildade e sensibilidade sobre meus próprios erros e falhas e 
de pleno acordo àquela regra de ouro celestial; e, sempre que 
disser qualquer coisa contra alguém, colocar isso mesmo 
mediante a luz desta resolução convictamente. 
32. Resolvi que deverei ser estrita e firmemente fiel à minha 
confiança, de forma que o provérbio 20:6 “Mas, o homem fiel, 
quem o achará?” não se torne nem mesmo parcialmente 
verdadeiro a meu respeito. 
33. Resolvi, fazer tudo que poderei fazer para tornar a paz 
acessível, possível de manter, de estabelecer, sempre que tal 
coisa nunca possa interferir ou inferir contra outros valores 
maiores e de aspectos mais relevantes. 26 de Dezembro de 1722 
34. Resolvi nada falar que não seja inquestionavelmente verídico 
e realmente verdadeiro em mim. 
35. Resolvi que, sempre que me puser a questionar se cumpri 
todo meu dever, de tal forma que minha serenidade e paz de 
espírito sejam ligeiramente perturbadas através de tal 
procedimento, colocá-lo diante de Deus e depois verificar como tal 
problema foi resolvido. 18 de Dezembro 1722 
36. Resolvi nunca dizer nada de mal sobre ninguém que seja, a 
menos que algum bem particular nasça disso mesmo. 19 de 
Dezembro de 1722 
37. Resolvi inquirir todas as noites, ao deitar-me, onde e em quais 
circunstancias fui negligente, que atos cometi e onde me pude 
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negar a mim mesmo. Também farei o mesmo no fim de cada ano, 
mês e semana. 22 e 26 de Dezembro de 1722 
38. Resolvi nunca mais dizer nada, nem falar, sobre algo que seja 
ridículo, esportivo ou questão de zombaria no dia do Senhor. 
Noite de Sábado, 23 de Dezembro de 1722 
39. Resolvi nunca fazer algo que possa questionar sobre sua 
lealdade e conformidade à lei de Deus, para que eu possa mais 
tarde verificar por mim se tal coisa me é lícito fazer ou não. A 
menos que a omissão de questionar me seja tornada lícita. 
40. Resolvi inquirir cada noite de minha existência, antes de 
adormecer, se fiz as coisas da maneira mais aceitável que eu 
poderia ter feito, em relação a comer e beber. 7 de Janeiro de 
1723 
41. Resolvi inquirir de mim mesmo no final de cada dia, de cada 
semana, mês e ano, onde e em que áreas poderia haver feito 
melhor e mais eficazmente. 11 de Janeiro 1723 
42. Resolvi que, com frequência renovarei minha dedicação de 
mim mesmo a Deus, o mesmo voto que fiz em meu batismo, o 
qual recebi quando fui recebido na comunhão da igreja e o qual 
reassumo solenemente neste dia 12 de Janeiro, 1722-23. 
43. Resolvi que a partir daqui, até que eu morra, nunca mais agirei 
como se me pertencesse a mim mesmo de algum modo, mas 
inteiramente e sobejamente pertencente a Deus, como se cada 
momento de minha vida fosse um normal dia de culto a Deus. 
Sábado, 12 de Janeiro de 1723. 
44. Resolvi que nenhuma área desta vida terá qualquer influência 
sobre qualquer de minhas ações; apenas a área da vivência para 
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Deus. E que, também, nenhuma ação ou circunstância que seja 
distinta da religião seja a que me leve a concretizar. 12 de Janeiro 
de 1723 
45. Resolvi também que nenhum prazer ou deleite, dor, alegria ou 
tristeza, nenhuma afeição natural, nem nenhuma das suas 
circunstâncias correlacionadas, me seja permitido a não ser aquilo 
que promova a piedade. 12 e 13 de Janeiro e 1723 
46. Resolvi nunca mais permitir qualquer medida de qualquer 
forma de inquietude e falta de vontade diante de minha mãe e pai. 
Resolvi nunca mais sofrer qualquer de seus efeitos de vergonha, 
muito menos alterações de minha voz, motivos e movimentos de 
meu olhar e de ser especialmente vigilante acerca dessas coisas 
quando relacionadas com alguém de minha família. 
47. Resolvido a encetar tudo ao meu alcance para me negar tudo 
quanto não seja simplesmente disposto e de acordo com uma paz 
benévola, universalmente doce e meiga, repleta de quietude, 
hábil, contente e satisfeita em si mesma, generosa, real, 
verdadeira, simples e fácil, cheia de compaixão, industriosa e 
empreendedora, cheia de caridade real, equilibrada, que perdoa, 
formulada por um temperamento sincero e transparente; e 
também farei tudo quanto tal temperança e temperamento me 
levar a fazer. Examinarei e serei severo e acutilante nesse exame 
cada semana se por acaso assim fiz e pude fazer. Sábado de 
manhã, 5 Maio de 1723 
48. Resolvi a, constantemente e através da mais acutilante beleza 
de caráter, empreender num escrutínio e exame minucioso e 
muito severo, para constatar e olhar qual o estado real de toda a 
minha alma, verificando por mim mesmo se realmente mantenho 
um interesse genuíno e real por Cristo ou não; e que, quando eu 
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morrer não tenha nada de que me arrepender a respeito de 
negligências deste tipo. 26 de Maio de 1723 
49. Resolvi a que tal coisa (de não ter afeto por Cristo) nunca 
aconteça, se eu a puder evitar de alguma maneira. 
50. Resolvi que, sempre agirei de tal maneira, que julgarei e 
pensarei como o faria dentro do mundo vindouro apenas. 5 de 
Julho de 1723 
51. Resolvi que, agirei de tal forma em todos os sentidos, como 
iria desejar haver feito quando me achasse numa situação de 
condenação eterna. 8 de Julho de 1723 
52. Eu, com muita frequência, ouço pessoas duma certa idade 
avançada falarem como iriam viver suas vidas de novo caso lhes 
fosse dada uma segunda oportunidade de a tornarem a viver. Eu 
resolvi viver minha vida agora e já, tal qual eu fosse desejar vivê-
la caso me achasse em situação de desejar vivê-la de novo, como 
eles, caso eu chegue a uma sua idade avançada como a sua. 8 
de Julho de 1723 
53. Resolvi apetrechar e aprimorar cada oportunidade, sempre 
que me possa achar num estado de espírito sadio e alegremente 
realizado, para me atirar sobre o Senhor Jesus numa re-entrega 
também, para confiar nEle, consagrando-me a mim mesmo 
inteiramente a Ele também nesse estado de espírito; que a partir 
dali eu possa experimentar que estou seguro e assegurado, 
sabendo que persisto a confiar no meu Redentor mesmo assim. 8 
de Julho de 1723 
54. Sempre que ouvir falar algo sobre alguém que seja digno de 
louvor e dignificante e o possa ser em mim também, resolvi tudo 
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encetar para conseguir o mesmo em mim e por mim. 8 de Julho 
de 1723 
55. Resolvi tudo fazer como o faria caso já tivesse experimentado 
toda a felicidade celestial e todos os tormentos do inferno. 8 de 
Julho de 1723 
56. Resolvi nunca desistir de vencer por completo qualquer de 
minhas veleidades corruptas que ainda possam existir, nem nunca 
tornar-me permissivo em relação ao mínimo de suas aparências e 
sinais, nem tão pouco me desmotivar em nada caso me ache 
numa senda de falta de sucesso nessa mesma luta. 
57. Resolvi que, quando eu temer adversidades ou maus 
momentos, irei examinar-me e ver se tal não se deve a: não ter 
cumprido todo meu dever e cumprir a partir de então; e permitir 
que tudo o mais em minha vida seja providencial para que eu 
possa apenas estar e permanecer inteiramente absorvido e 
envolvido com meu dever e meu pecado diante de Deus e dos 
homens. 9 de Junho e 13 de Julho de 1723 
58. Resolvi a não apenas extinguir nem que seja algum leve ar de 
antipatia, simpatia fingida que encobre meu estado de espírito, 
impaciência em conversação, mas também e antes poder exprimir 
um verdadeiro estado de amor, alegria e bondade em todos os 
meus aspectos de vida e conversação. 27 de Maio e 13 de Julho 
de 1723 
59. Resolvi que, sempre que me achar consciente de provocações 
de má natureza e de mau espírito, que me esforçarei para antes 
evidenciar o oposto disso mesmo, em boa natureza e maneira; 
sim, que em tempos tal qual esses, manifestar a boa natureza de 
Deus, achando, no entanto, que em algumas circunstâncias tal 
comportamento me traga desvantagens e que, também, em 
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algumas outras circunstâncias, seja mesmo imprudente agir 
assim. 12 de Maio, 2 e 13 de Julho 
60. Resolvi que, sempre que meus próprios sentimentos 
comecem a comparecer minimamente desordenados, sempre que 
me tornar consciente da mais ligeira inquietude interior, ou a 
mínima irregularidade exterior, me submeterei de pronto à mais 
estrita e minuciosa examinação e avaliação pessoal. 4 e 13 de 
Julho de 1723 
61. Resolvi que a falta de predisposição nunca me torne relaxado 
nas coisas de Deus e que nunca consiga retirar minha atenção 
total de estar plenamente fixada e afixada só em Deus, exista a 
desculpa que existir para me tentar; tudo que a fala de 
predisposição me instiga a fazer, abre-me o caminho do oposto 
para fazer. 21 de Maio e 13 de Julho de 1723 
62. Resolvi a nunca fazer nada a não ser como dever; e, depois, 
de acordo com Efésios 6:6-8, fazer tudo voluntariosamente e 
alegremente como que para o Senhor e nunca para homem; 
“Sabendo que cada um, seja escravo, seja livre, receberá do 
Senhor todo bem que fizer”. 25 de Junho e 13 de Julho 1723 
63. Supondo que nunca existiu nenhum indivíduo neste mundo, 
em nenhuma época do tempo, que nunca haja vivido uma vida 
cristã perfeita em todos os níveis e possibilidades, tendo o 
Cristianismo sempre brilhante em todo o seu esplendor, e 
parecendo excelente e amável, mesmo sendo essa vida 
observada de qualquer ângulo possível e sob qualquer pressão, 
eu resolvi agir como se pudesse viver essa mesma vida, mesmo 
que tenha de me esforçar no máximo de todas as minhas 
capacidades inerentes e mesmo que fosse o único em meu 
tempo. 14 De Janeiro e 3 de Julho de 1723 
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64. Resolvi que quando experimentar em mim aqueles “gemidos 
inexprimíveis”, Romanos 8:26, os quais o Apóstolo menciona e 
dos quais o Salmista descreve como, “ A minha alma se consome 
de anelos por tuas ordenanças a todo o tempo ”, Salmos 119:20, 
que os promoverei também com todo vigor existente em mim e 
que não me “cansarei” (Isaías 40:31) no esforço de dar expressão 
a meus desejos tornados profundos nem me cansarei de repetir 
esses mesmos pedidos e gemidos em mim, nem de o fazer numa 
seriedade contínua. 23 De Julho e 10 de Agosto de 1723 
65. Resolvi que, me tornarei exercitado em mim mesmo durante 
toda a minha vida, com toda a franqueza que é possível, a sempre 
declarar meus caminhos a Deus e abrir toda a minha alma a Ele: 
todos os meus pecados, tentações, dificuldades, tristezas, medos, 
esperanças, desejos e toda outra coisa sob qualquer 
circunstância. Tal como o Dr. Manton diz em seu sermão nr.27, 
baseado no Salmo 119. 26 De Julho e 10 de Agosto, 1723 
66. Resolvi que, sempre me esforçarei paramanter e revelar todo 
o lado benigno de todo semblante e modo de falar em todas as 
circunstâncias de toda a minha vida e em qualquer tipo de 
companhia, a menos que o dever de ser diferente exija de mim 
que seja de outra maneira. 
67. Resolvi que, depois de situações aflitivas, avaliarei em que 
aspectos me tornei diferente por elas, em quais aspectos melhorei 
meu ser e que bem me adveio através dessas mesmas situações. 
68. Resolvi confessar abertamente tudo aquilo em que me acho 
enfermo ou em pecado e também confessar todos os casos 
abertamente diante de Deus e implorar a necessária 
condescendência e ajuda dele até nos aspectos religiosos. 23 de 
Julho e 10 de Agosto de 1723 
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69. Resolvi fazer tudo aquilo que, vendo outros fazerem, eu possa 
haver desejado ter sido eu a fazê-lo. 11 de Agosto de 1723 
70. Que haja sempre algo de benevolente toda vez que eu fale. 
17 De Agosto, 1723 
Original: http://www.jonathanedwards.com/text/Personal/resolut.htm 
Tradução livre: José Mateus (Portugal) Revisado por: Felipe 
Sabino de Araújo Neto. Julho/2004

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