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ENDODONTIA
Anatomia interna geral
A cavidade pulpar é constituída por duas porções: a câmara pulpar e o canal radicular, localizadas na coroa e na raiz anatômica, respectivamente. O contorno da câmara e do canal radicular acompanha anatomia externa do dente.
Alterações anatômicas
A morfologia poderá se modificar dependendo das agressões que o dente vier a sofrer durante toda a vida. Essas alterações anatômicas podem ocorrer por ação fisiológica ou por patológicas:
Processos fisiológicos: ocorre à deposição de dentina secundária e cemento ao longo da vida devido a processos como idade, mastigação.
- Dente jovem: odontoblasto e cementoblasto produzindo dentina e cemento. O limite CDC está mais próximo ao ápice;
- Dente adulto: canal dentinário estreito, aumento do canal cementário;
- Dente senil: canal dentinário mais estreito ainda e canal cementário mais espesso devido a hiperprodução de cemento nesta região. O limite CDC aumenta de distância em relação ao ápice. 
*o canal dentinário só muda em largura, em comprimento apenas o canal cementário.
Processos patológicos: ocorre à deposição de dentina reacional e cemento devido a agressões de natureza mecânica, térmica, química ou bacteriana. Processos inflamatórios ativa clastos – exemplo: cementoclastos que leva à reabsorção do cemento.
Outras alterações anatômicas como: canal em forma de C, presença de nódulos que poderá resultar em uma pulpite, dens in dens, fusão, geminação, Macrodontia, Microdontia, Taurodontia, dilaceração podem ocorrer.
Limite de tratamento - CDC (idealmente) e constrição apical
CDC: cemento dentina canal (região de maior constrição do canal). Trata-se do ponto onde o tecido pulpar termina e o tecido periodontal começa, ou seja, encontro do canal dentinário com o canal cementário, idealmente deveria ser o limite do tratamento endodôntico, mas só é possível verificar microscopicamente. Localização: 0,5 a 1 mm do forame. 
Por esses motivos, a escolha de término do tratamento se da pela referencia da região apical e forame apical. 
O forame apical é uma circunferência que diferencia a terminação do canal cementário da superfície exterior da raiz, local onde passa o feixe vásculo-nervoso. O ápice e o forame apical nunca estão no mesmo lugar. Isso ocorre devido ao feixe vasculo-nervoso que entra distalmente pelo forame, deixando ele mais distal em relação ao ápice. 
Sistema de canais e forames
· Canais principais;
· Ramificações (tratados por substâncias químicas);
Canal lateral: Sai do canal principal para o periodonto lateral (terço médio/cervical).
Canal secundário: Sai do canal principal para o periodonto lateral (terço apical/delta apical).
Canal colateral: Sai do canal principal e percorre todo o trajeto “paralelamente” ao canal principal. 
Canal acessório: Sai do canal secundário e diverge para lateral (região de delta apical).
Canal recorrente: Sai do canal principal e volta novamente para o principal após percorrer um pequeno trajeto dentinário.
Canal interconduto: Canal que une dois canais quaisquer.
Canal cavo: canal que se origina no assoalho da câmara pulpar (dentes posteriores) e sai pela furca. Este canal nunca deve ser tratado com instrumentação, apenas substancias químicas. 
Os canais se juntam e seguem em direção ao um forame ou varias foraminas que denominamos de delta apical.
Como é a anatomia do canal radicular?
Teoricamente: cônico. Mas possui um achatamento no sentido M-D, ou seja, canal mais extenso no sentido V-L/P. Quanto maior o achatamento da raiz, menos achatado é o canal, pois pode levar à divisão do canal deixando ele mais redondo.
ISTMOS: área estreita que liga dois canais. Todos os istmos devem ser encontrados, preparados e preenchidos durante a cirurgia, pois podem funcionar como reservatórios de bactérias.
ANATOMIA INTERNA DOS DIFERENTES GRUPOS DENTAIS
	DENTE
	CARACTERÍSTICA
	Incisivo central superior
	Raiz e canal: 1
Cornos pulpares: 3
Câmera pulpar ampla sentido M-D
	Incisivo lateral superior
	Raiz e canal: 1 (diâmetro menor que ICS)
Sinal patognomônico: raiz com curvaturas para distal e lingual;
	Canino superior
	Raiz e canal: 1
Cornos pulpares: ausente
Câmera pulpar ampla sentido V-L. Achatamento M-D
	1º Pré-molar superior
	Raiz e canal: 2 – canal lingual de maior volume;
Cornos pulpares: 2
Câmera pulpar ampla sentido V-L. Achatamento M-D
	2º Pré-molar superior
	Raiz e canal: 1 – pode ter 2 canais e raízes (ilhotas de dentina)
Câmera pulpar ampla sentido V-L. Achatamento M-D
	1º Molar superior
	Raiz: 3 (mesiovestibular, distovestibular e lingual)
Canal: 4 (2 canais na raiz MV, 1 canal na raiz DV e um canal na raiz lingual)
Cornos pulpares: 4 (MV, MP, DV e DP); 
Câmera pulpar ampla sentido M-D
IMPORTANTE: com o tempo oblitera 4º canal.
	2º Molar superior
	Raiz: 3 (mesiovestibular, distovestibular e lingual) geralmente fusionadas. Semelhante 1ºMS
Canal: 3. OBS: 4 canais são menos frequentes;
	Incisivo central inferior
	Raiz: 1 / Canal: 1 *poderá ter dois canais
Câmera pulpar ampla sentido V-L; Achatamento M-D.
	Incisivo lateral inferior
	Raiz: 1 / Canal: 1
Câmera pulpar ampla sentido V-L; Achatamento M-D.
Coroa com pequeno desgasta na distal incisal
	Canino inferior
	Raiz e canal: 1 *pode apresentar dois canais
Cornos pulpares: ausente
Câmera pulpar ampla sentido V-L. Achatamento M-D
	1º Pré-molar inferior
	Raiz: 1 / Canal: 1/2/3
Câmera pulpar ampla sentido V-L.
Dente apresenta duas fossetas (olhinhos)
	2º Pré-molar inferior
	Raiz: 1 / Canal: 1 *pode ter 2 canais
Câmera pulpar ampla sentido V-L.
	1º Molar inferior
	Raiz: 2 *pode ter 3 raízes
Canal: 3 *pode ter 4 canais. Raiz mesial apresenta dois canais. Se houver 4 canais este corresponde ao DV.
Câmera pulpar ampla sentido M-D
Coroa: possui 3 cúspides na V e 2 na L.
	2º Molar inferior
	Raiz: 2 *pode ter 3 raízes
Canal: 3 *pode ter 4 canais. Raiz mesial apresenta dois canais. Se houver 4 canais este corresponde ao DV.
Coroa: possui 2 cúspides na V e 2 na L.
Fases do tratamento endodôntico:
1) Diagnostico e planejamento;
2) Isolamento do campo operatório;
3) Cirurgia de acesso;
4) Odontometria e esvaziamento;
5) PQC;
6) Medicação intracanal (MIC);
7) Obturação do sistema de canais.
DIAGNÓSTICO E PLANEJAMENTO
Exame clínico
1. Anamnese;
- Queixa principal do paciente;
- História médica;
- História odontológica;
2. Exame físico
Exame físico extra-oral
- inspeção: fístula, tumefação, sinais de limitações físicas e de assimetria facial;
- palpação gânglios;
Exame físico intra-oral 
- inspeção: fístula, escurecimento dental, cáries, restaurações, edema, avaliação dos tecidos moles (anormalidades de cor e textura), mobilidade dental;
- palpação: apertar o ápice de todos os dentes;
- percussão: vertical, com o cabo do espelho no sentido apical; horizontal, com o cabo do espelho de vestibular para lingual/palatino. 
3. Exames complementares
- Teste térmico: com gás refrigerante diclorodifluometano ou tetrafluoretano. Este teste indica se a polpa está viva ou morta e qual a sua condição vascular. Fazer isolamento relativo, secar o dente, pegar uma bolinha de algodão compatível com o tamanho da coroa do dente. Colocar a bolinha de algodão na região da polpa por vestibular (verificar a altura da câmara pulpar na radiografia). Se demorar mais de 10 segundos para passar a dor já é considerado pulpite irreversível! Sempre fazer em dente hígido (dor menor) e dente suspeito.
IMPORTANTE: Não utilizamos o teste de calor, pois dá muito falso-positivo devido as fibras do tipo C que resistem a hipóxia e são as últimas a necrosarem.
- Exame radiográfico: panorâmicas, periapicais, interproximais, oclusais.
- Teste elétrico (não usamos, diz apenas se a polpa está viva ou morta);
- Fluxometria laser Doppler: 1 hora para mensurar; Indica se esta ocorrendo ou não congestão vascular na polpa; 
- Oximetria: verificar oxigenação no dente (mensurar concentração de oxigênio no sangue).
Para diagnósticos difíceis:
- Teste de anestesia: quando anestesia, a dor do paciente cessa; utilizado apenas quando o diagnóstico estiver praticamente fechado! 
- Testede cavidade: abrir um dente “suspeito” sem anestesiar o paciente. Se o paciente sentir é porque a polpa está viva. 
Teste para identificar fraturas:
- Mordida sobre uma superfície maleável (palito de madeira; a fratura se abre);
- Azul de metileno a 2% (penetra nas áreas trincadas/fraturadas);
- Microscopia clínica (detecção de fraturas na coroa clínica e nas superfícies radiculares);
- Transiluminação (luz de alta intensidade na superfície externa do dente, na junção cemento-esmalte, pode indicar a extensão da fratura).
ETIOPATOGENIA DAS DOENÇAS PULPARES E PERIAPICAIS
· PULPARES
Polpa: tecido conjuntivo frouxo quando jovem, de origem mesodérmica, tornando-se denso fibroso com o evoluir da idade. A polpa possui como componentes células odontoblastos (células formadoras de dentina), fibroblastos, células mesênquimais, macrófagos, linfócitos etc. 
* Complexo dentino-pulpar = prolongamentos dos odontoblastos.
Fibras mielínicas A: na periferia da polpa, 90 % - impulso nervoso mais rápido;
Fibras amielínicas C: situada em região profunda e resistentes a hipóxia (menor concentração de oxigênio), 10% - impulso nervoso mais lento;
 As fibras são responsáveis pela sensibilidade dolorosa (“dão” a dor) e pela inflamação neurogênica.
 A dor referida (percepção de dor em uma parte do corpo distante da fonte original) de um dente é, usualmente, provocada por uma estimulação intensa das fibras C da polpa que quando estimulados causam uma dor intensa, lenta e imprecisa. 
	
* A polpa está presa em uma cavidade anelástica (dentina) não tendo espaço para se edemaciar;
* Chega um momento que entra sangue na polpa, mas não sai pela veia devido ao grande vasodilatação da artéria, levando à polpa a necrose – denominado congestão vascular (dificuldade de retorno de sangue).
Funções da polpa:
- Nutrição;
- Inervação;
- Defesa;
- Reparo.
O que é uma polpa saudável?
É uma polpa livre de um processo inflamatório, independente da sua etiologia. 
Dentes com polpa normal não exibem nenhum sintoma espontâneo, quando estimulada por algum teste não causará nenhum desconformo no paciente resultando em uma sensação suave, transitória que desaparece em segundos. 
AGENTES ETIOLÓGICOS (IRRITANTES): Dependendo da frequência e intensidade pode levar à agressões no complexo dentino-pulpar levando ao processo inflamatório. 
A. CAUSAS DE ORIGEM DIVERSAS
1. Microbianas (cárie, infecção periodontal);
2. Físicas (traumas, erosão, abrasão);
3. Químicas (suco gástrico, cirurgia bariátrica).
B. CAUSAS DECORRENTES OU RELACIONADAS A PROCEDIMENTOS OPERATÓRIOS ODONTOLÓGICOS
 
1. Microbianas: raspagem deixando a dentina exposta, contaminação entre as sessões de restaurações (restauração poderá cair resultando em contaminação microbiana), técnica sanduiche (colocação de CIV como cobertura, depois se retira parte dele e faz restauração);
2. Físicas: mecânicas – rolamento danificado do alta-rotação danificado onde a broca gira fora do seu eixo; térmicas, elétricas – corrente galvônica (utilização de materiais metálicos diferentes em dentes antagonistas);
3. Químicas: resinas de rápida polimerização (fazer uma cobertura de verniz de flúor no dente para evitar esse trauma); ataque ácido.
CLASSIFICAÇAO DAS ALTERAÇÕES PULPARES 
INFLAMATÓRIAS 
· Agudas (DOR)
- Pulpite reversível; hiperemia
- Pulpite transitória; serosa
- Pulpite irreversível; supurativa
· Crônicas (ASSINTOMATICAS)
- Pulpite crônica assintomática;
- Pulpite crônica hiperplásica;
- pulpite crônica ulcerativa 
DEGENERATIVAS (TRAUMAS)
- Reabsorção interna e externas;
- Calcificação pulpar – difusa ou nódulo pulpar;
- fibrosamento – degenreção distrófica 
1. INFLAMATÓRIAS AGUDAS
	FASE REVERSÍVEL – pulpite reversível ou hiperemia (POLPA VIVA)
	DOR
	Estimulada: doce, frio ou ácido.
Dor localizada e curta duração (fugaz)
Estímulo retirado dor cessa
	Inspeção intra-oral:
	Cárie pequena de esmalte, restauração;
	Palpação apical
	Negativa (-)
	Percussão horizontal (avalia fibras laterais)
	Negativa (-)
	Percussão vertical (avalia fibras apicais)
	Negativa (-)
	Teste térmico frio
	Positivo (++)
	Exame radiográfico
	Sem lesão
	Tratamento
	Remoção do fator irritante + restauração
	FASE DE TRANSIÇÃO – pulpite transitória (POLPA VIVA)
	DOR
	Estimulada por frio ou calor ou dor espontânea intermitente (estimulada por mínimas alterações térmicas);
Dor localizada 
Estímulo retirado a dor demora para passar
*Mal combatida com analgésicos
	Inspeção intra-oral:
	Cárie, restauração;
	Palpação apical
	Negativa (-)
	Percussão horizontal (avalia fibras laterais)
	Negativa (-)
	Percussão vertical (avalia fibras apicais)
	Negativa (-)
	Teste térmico frio
	Positivo (+++) com declínio lento
	Exame radiográfico
	Sem lesão
	Tratamento
	Remoção da cárie + curativo expectante ou demora (CIV) por 30 a 45 dias – se não houver dor, restaurar. 
Pulpectomia.
	FASE IRREVERSÍVEL – pulpite irreversível (POLPA VIVA)
	DOR
	Não precisa de estímulo para doer (espontânea, intensa e contínua). Piora com o quente (devido vasodilatação do vaso) e melhora com frio (vasoconstrição - no inicio, depois passa a doer com frio também);
Dor difusa
*Mal combatida com analgésicos
	Inspeção intra-oral:
	Cárie (geralmente extensa), restauração;
	Palpação apical
	+/-. Quando mais próximo da fase de necrose a dor é positiva devido ao envolvimento das fibras.
	Percussão horizontal (avalia fibras laterais)
	Negativa (-)
	Percussão vertical (avalia fibras apicais)
	+/-
	Teste térmico frio
	Positivo (++) – dor suave (mitigada) no início. No final poderá exacerbar.
	Teste térmico calor
	Positivo (+++) dor exacerbada
	Exame radiográfico
	- / ou aumento do espaço pericementário
	Tratamento
	Pulpectomia.
	Alguns pacientes eventualmente podem relatar:
- dor ao fazer exercício físico;
- dor em decolagem e pouso de avião;
- dor em mergulho com cilindro;
- dor latejante ao deitar (coração no dente – devido à altura da cabeça e coração aumenta o fluxo sanguíneo);
MECANISMO DE DOR REFLEXA 
O paciente relata dor em um dente, mas geralmente é o antagonista ou um outro dente do mesmo hemiarco que dói. Isso ocorre devido à proximidade das estruturas no cérebro, causando muitas vezes uma interferência de estimulo e o paciente não sabe qual é o dente.
· Algógeno: o dente que realmente dói;
· Sinálgico: o que dá sinal de dor;
2. INFLAMATÓRIAS CRONICAS (AUSÊNCIA DE DOR)
	Pulpite assintomática (POLPA MORTA)
	DOR
	Ausência de dor
	Inspeção intra-oral:
	Pode ou não ter a presença de cárie; Exposição pulpar. Criança – retorno venoso melhor – ápice aberto
	Palpação apical
	Negativa (-)
	Percussão horizontal (avalia fibras laterais)
	Negativa (-)
	Percussão vertical (avalia fibras apicais)
	Negativa (-)
	Teste térmico frio
	Negativa (-)
	Exame radiográfico
	Pode ter lesão
	Tratamento
	Penetração desinfectante
	Pulpite crônica hiperplásica (POLPA VIVA)
	DOR
	Ausência de dor
	Inspeção intra-oral:
	Pacientes jovens. Pólipo pulpar (polpa responde hiperplasiando) Pode ou não ter a presença de cárie; Exposição pulpar.
	Palpação apical
	Negativo (-)
	Percussão horizontal (avalia fibras laterais)
	Negativo (-)
	Percussão vertical (avalia fibras apicais)
	Negativo (-)
	Teste térmico frio
	Positivo (+)
	Exame radiográfico
	Pode ter lesão
	Tratamento
	Pulpotomia inicial (remoção da polpa coronária até fechamento do ápice) + Pulpectomia
CLASSIFICAÇAO DAS ALTERAÇÕES PERIAPICAIS
· Etiologia: microrganismos. No momento em que ocorre a necrose pulpar começa a ocorrer à colonização de bactérias.
1) Agudas
· Periodontite apical aguda traumática* excessão que pode ocorrer também em polpa viva;
· Periodontite apical aguda infecciosa;
· Periodontite apical com abscesso.
2) Crônicas
· Periodontite apical crônica (GRANULOMA);
· Periodontite apical com fístula.
· Cisto periapical;
1. AGUDAS
	Periodontite apical aguda traumática ou Pericementite primária (POLPA MORTA)
	Queixa principal
	Sensação de dente crescido (dente em supra-oclusão devido exsudato do periápice);
	DOR
	Dor violenta e permanente
Dor localizada 
·Sem edema facial
	Inspeção intra-oral:
	Contato prematuro. *pode também ser causada por extravasamento de substancias químicas e sobreinstrumentação.
	Palpação apical
	-/+ Ligeira sensibilidade
	Percussão horizontal (avalia fibras laterais)
	Negativa (-)
	Percussão vertical (avalia fibras apicais)
	Positiva (++)
	Teste térmico frio
	Negativo (-)
	Exame radiográfico
	Aumento do espaço pericementário *não conclusivo*, pode ou não ter rompimento da lâmina dura. 
	Tratamento
	Retirar o trauma e analgésico
*se tem endo –retratar. Fazer endo.
	Periodontite apical aguda traumática ou Pericementite primária (POLPA VIVA)
	Queixa principal
	Sensação de dente crescido (dente em supra-oclusão devido exsudato do periápice);
	DOR
	Dor violenta e permanente
Dor localizada
· Sem edema facial
	Inspeção intra-oral:
	Contato prematuro, restauração.
	Palpação apical
	-/+ Ligeira sensibilidade
	Percussão horizontal (avalia fibras laterais)
	Negativa (-)
	Percussão vertical (avalia fibras apicais)
	Positiva (++)
	Teste térmico frio
	Positivo (+)
	Exame radiográfico
	Aumento do espaço pericementário *não conclusivo*, pode ou não ter rompimento da lâmina dura. 
	Tratamento
	Retirar o trauma, anti-inflamatório e analgésico
 Não se receita anti-inflamatório, pois aumenta a capacidade da bactéria e diminui quantidade de defesa. 
	Periodontite apical aguda infecciosa ou Pericementite secundária (POLPA MORTA)
	Queixa principal
	Sensação de dente crescido (dente em supra-oclusão devido exsudato do periápice);
	DOR
	Dor violenta e premente
Dor localizada 
· Sem edema facial
· Presença de MO no canal
	Inspeção intra-oral:
	Cárie, restauração.
	Palpação apical
	-/+ Ligeira sensibilidade
	Percussão horizontal (avalia fibras laterais)
	Positiva (+)
	Percussão vertical (avalia fibras apicais)
	Positiva (++)
	Teste térmico frio
	Negativo (-)
	Teste térmico calor
	Negativo (-) ou Ligeira sensibilidade
	Exame radiográfico
	Aumento do espaço pericementário;
Rarefação óssea periapical (significa que havia doença crônica instalada e ela agudizou);
· Agudização as lesão crônica
	Tratamento
	Penetração desinfectante
* Esta doença pode evoluir para a periodontite apical com abscesso!
	Periodontite apical com abscesso (POLPA MORTA)
	Etiologia
	Erro na técnica de penetração desinfetante (não desce de 2 em 2 mm) empurrando para ápice MO ou falha do organismo em combater a doença;
	DOR
	Espontânea e violenta;
Contínua (intermitente);
Localizada ou difusa;
Paroxística (com picos - pulsátil).
· Presença de edema facial com pus. Os neutrófilos liberam lisossomos que fazem a destruição bacteriana e de células saudáveis formando uma coleção purulenta.
	Inspeção intra-oral:
	Cárie, restauração, edema apical, mobilidade.
	Palpação apical
	Positiva (+++) – dor exacerbada
	Percussão horizontal (avalia fibras laterais)
	Positiva (+++)
	Percussão vertical (avalia fibras apicais)
	Positiva (+++)
	Teste térmico frio
	Negativo (-)
	Teste térmico calor
	Negativo (-) ou Ligeira sensibilidade
	Exame radiográfico
	Ruptura da lâmina dura;
Rarefação óssea periapical;
· Agudização as lesão crônica
	Tratamento
	Abertura, penetração desinfectante, drenagem, medicação (analgésico, anti-inflamatório, antibiótico - principalmente quando se alastra para organismo causando febre, prostração, linfadenopatia, utilizado como auxiliar no tratamento clinico).
*Esperar 72 horas para continuar a endo (processo agudo = cronificação)
	Evolução do abscesso
	· Osteoflegmão: abscesso contido dentro do osso - dor;
· Abscesso subperióstico: abscesso atravessa o periósteo; fase onde o paciente sente mais dor e sensibilidade;
· Linfocelulite: abscesso ganha o tecido conjuntivo, rompe pele, mucosa; Ponto de flutuação – visto por transparência no tecido o seu conteúdo interior.
	Ação terapêutica
	· Drenagem intra-canal: via canal - lima ultrapassar o CRT (forame) para que ocorra a drenagem;
· Drenagem intra-oral: via ligamento (aperta a mucosa e esperar pus sair pela bolsa periodontal) ou via cirúrgica (trefinação - incisão da mucosa, exposição de osso e perfuração da cortical óssea alveolar com explorador de ponta reta ou lima 40 para drenar)
· Drenagem extra-oral.
· Abcesso fênix: doença crônica que agudizou, pode se confundir com pulpite irreversível, o que diferencia é a presença de edema facial e teste térmico. Não tem tempo de uma doença aguda já ter uma imagem radiográfica, por esse motivo se torna abscesso fênix. 
Angina de Ludwig
Celulite originada de uma infecção odontogênica, do segundo e terceiro molares inferiores, que envolve os espaços submandibular, sublingual e submentoniano. Abscesso em vez de se exteriorizar se interioriza; 
Sintomatologia: dor, aumento de volume da região cervical, disfagia (dificuldade de deglutir), dor ao deglutir, trismo, edema do assoalho bucal, protrusão lingual, febre, linfoadenopatia, calafrios. 
Tratamento: nível hospitalar.
2. CRÔNICAS
	Periodontite apical crônica ou granuloma (POLPA MORTA)
	DOR
	Ausente
	Inspeção intra-oral:
	Cárie, restauração.
	Palpação apical
	Negativo (-)
	Percussão horizontal (avalia fibras laterais)
	Negativo (-)
	Percussão vertical (avalia fibras apicais)
	-/+ Ligeira sensibilidade
	Teste térmico frio
	Negativo (-)
	Exame radiográfico
	Rarefação óssea periapical (achado radiográfico); Dentro desta rarefação possui tecido de granulação e células de defesa com o objetivo de reparação (células gigantes, fibroblastos, linfócitos), mesmo assim a lesão não cura, pois o foco esta dentro do canal, após fazer endodontia a lesão irá regredir e terá nova neoformação óssea. 
	Tratamento
	Exodontia ou penetração desinfectante
	Periodontite apical com fístula (POLPA MORTA)
	DOR
	Ausente
	Inspeção intra-oral:
	Presença de fístula (drenagem intermitente)
Cárie ou origem periodontal (trauma)
	Palpação apical
	Negativo (-)
	Percussão horizontal (avalia fibras laterais)
	Negativo (-)
	Percussão vertical (avalia fibras apicais)
	-/+ Ligeira sensibilidade
	Teste térmico frio
	Negativo (-)
	Exame radiográfico
	Radiolúcido de limites indefinidos. * Sempre traçar a fístula, com cone de guta-percha secundário;
	Tratamento
	Penetração desinfectante – fistula se fecha
	Cisto periapical (POLPA MORTA)
	DIAGNÓSTICO
	Não fazemos o diagnóstico clínico, só histopatológico;
* cisto não pode se tornar nenhuma outra doença.
	Teoria
	Todo cisto veio de uma periodontite apical crônica ou granuloma (estimulação dos restos epiteliais de Malassez).
	Tratamento
	Penetração desinfectante + acompanhamento radiográfico de 6 em 6 meses + remoção cirúrgica se não regredir.
OUTRAS
	OSTEOMIELITE DE GARRÉ, PERIOSTITE OSSIFICANTE, PERIOSTITE PROLIFERATIVA CRÔNICA
	INFORMAÇÕES
	Predileção por mandíbula
Jovens e sexo feminino.
Infecção de baixa virulência.
Não tem lise óssea, osso cresce.
	DIAGNÓSTICO
	Associado a presença de cárie, MO no canal. Alta atividade do periósteo (desequilíbrio entre atividade osteoblástica e osteoclástica). 
	Teste térmico
	Negativo
	Tratamento
	
	DISPLASIA CEMENTIFORME
	INFORMAÇÕES
	Predileção sexo feminino.
Raça negra;
Meia idade (40-50 anos);
Infecção de baixa virulência.
Não tem lise óssea, osso cresce.
Predileção por dentes anteriores da mandíbula
	ETIOLOGIA
	Sem etiologia 
	Teste térmico
	Positiva
	Radiograficamente
	Estágio 1: primaria ou fibroso (radiolucente)
Estágio 2: fase mista (focos radiolúcidos e radiopacos)
Estágio 3: maturado (radiopaco)
	Tratamento
	Desnecessário, some em 4/5 anos. 
ISOLAMENTO DO CAMPO OPERATÓRIO: 
Deve-se realizar o isolamento relativo (com rolete de gaze) e em seguida o isolamento absoluto.
1) Avaliação dos espaços interdentários (fio dental), contornos interproximais e remanescente dental;
2) Profilaxia: realizar uma limpeza rápida com gaze embebida em clorexidina.
3) Anestesia com vasoconstritor.
4) Seleção do dique de borracha e marcação das perfurações com a mesma posicionada no arco de Ostby; Fazer as devidas perfurações.
5) Seleção do grampo = parte ativa do grampo semelhante ou menor que o colo dental,nunca maior; Asa do grampo voltada para a distal; 
6) Colocação do grampo com pinça Palmer, depois ajustar bem o dique/lençol de borracha na M e D; 
7) Se necessário utilizar barreira gengival para complementação do vedamento do campo operatório.
8) Antissepsia do campo operatório: com álcool 70% ou iodado com bolinha de algodão. Começar pelo dente, grampo, seguindo em direção as extremidades. Deve ser feito após o isolamento ou sempre que o campo operatório estiver sujo;
CIRURGIA DE ACESSO
 É a primeira fase do tratamento não cirúrgico do canal para que os materiais e instrumentos possam ser usados e manipulados de forma adequados. 
Manobras operatórias:
· Remover todas as cáries (se presentes) para minimizar o risco de contaminação da câmara pulpar e canal radicular e restaurações defeituosas.
· Ponto de eleição: local para iniciar à cirurgia de acesso. O inicio se dá com uma broca diamantada esférica HL compatíveis com o tamanho da câmara pulpar para o canal de maior volume.
· Direção de trepanação: direção dada à broca para cair em cavidade anatômica – cair no vazio – penetração no teto da câmara pulpar;
· Forma de conveniência: deixar as paredes lisas e divergentes para facilitar instrumentação do canal para que fique mais conveniente. Feito através da remoção do ombro ou teto (que impede o acesso direto e reto ao canal radicular), com uma broca troncocônicas de ponta embotada (não corrermos o risco de lacerar o assoalho ou desgastar exageradamente em profundidade. Ex.: Endo Z) com movimentos de lateralidade, verificar depois com um instrumento de ângulo (sonda com ângulo) a remoção completa desses ombros.
· Após a remoção completa de todo o teto cavitário e ombros, os orifícios de entrada dos canais radiculares devem ser localizados com sondas clinicas de ponta reta. 
· Preparo da entrada do canal: brocas CP-Dril (colocada em 3 mm na região do canal e fazer movimentos de lateralidade – sem ponta ativa), Largo (movimento de lateralidade), Gates-Gilden (movimentos de entra e sai).
CIRURGIA DE ACESSO EM DENTES ANTERIORES
· PONTO DE ELEIÇÃO: acima da região de cíngulo;
· DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: perpendicular ao longo eixo do dente e depois paralelo;
· FORMA DE CONVENIÊNCIA: 	
	- Incisivos = triangular, com a base para a incisal.
	- Caninos = chama de vela ou losangular. 
CIRURGIA DE ACESSO EM PRÉ-MOLARES SUPERIORES
· PONTO DE ELEIÇÃO: face oclusal, região central;
· DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: canal lingual (mais volumoso);
· FORMA DE CONVENIÊNCIA: oval ou elíptico com o maior eixo no sentido vestíbulolingual. 
CIRURGIA DE ACESSO EM PRÉ-MOLARES INFERIORES
· PONTO DE ELEIÇÃO: face oclusal, central; 
· DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: discretamente em direção mesial; 
· FORMA DE CONVENIÊNCIA: arredondado, levemente oval. 
CIRURGIA DE ACESSO EM MOLARES SUPERIORES
· PONTO DE ELEIÇÃO: face oclusal, fossa central;
· DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: canal lingual;
· FORMA DE CONVENIÊNCIA: triangular, com a base voltada para vestibular. 
REGRA DE MARMASSE: utilizada para localizar o canal DV (seve para 1º e 2º molares superiores). 
- Traçar uma linha reta do canal mésio-vestibular até o canal lingual e em seguida traçar um semi-círculo para distal unindo esta reta. A metade desse semi-círculo na vestibular é a área onde podemos encontrar o canal disto-vestibular. 
CIRURGIA DE ACESSO EM MOLARES INFERIORES
· PONTO DE ELEIÇÃO: face oclusal, fossa central;
· DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO: canal distal;
· FORMA DE CONVENIÊNCIA: 
	- 1ºM = trapezoidal com a base maior voltada para mesial.
	-2ºM = quadrangular.
LIMITE DE TRABALHO ENDODÔNTICO E ODONTOMETRIA
Odontometria- MEDIDAS SUGESTIVAS, NUNCA EXATAS!
1) Raio-X inicial
 Radiografia antes da abertura do dente através da técnica do paralelismo.
2) CAD – comprimento aparente do dente. 
Utilizar régua milimétrica transparente, lupa e negatoscópio.
Distância em milímetros do da borda incisal ou oclusal até o vértice radiográfico. O ponto escolhido na oclusal ou incisal sempre deverá ser mantido como referência. 
 
3) CRI – comprimento real do instrumento
A partir do CAD, subtraímos 3 mm (devido a distorções da imagem), transferindo o resultado para o instrumento de odontometria com o uso de limitadores de silicone e realizar nova aquisição radiográfica pela técnica da bissetriz excêntrica (incidência do feixe de raios-X no ápice do dente, podendo ou não cortar a coroa). Lembrando-se de encostar o limitador no ponto de referência adotado. OBS: se houver mais de um canal, deve-se colocar limas em todos de forma a sair na radiografia todas as limas juntas. 
4) CRD – comprimento real do dente 
Mede-se, com o auxilio do negatoscópio, lupa e régua milimétrica transparente, o espaço entre a ponta do instrumento e o vértice radiográfico. A esta medida teremos um valor x. Sabendo a medida do x, iremos somar ao valor do CRI, totalizando o valor do CRD. 
5) CRT – comprimento real de trabalho
O CRT correspondendo 1 mm aquém do CRD. Este é o limite de trabalho. 
6) Confirmação da odontometria: visualização do halo radiográfico
Colocar a lima com o CRT dentro do canal e radiografar. Visualizar o halo radiográfico na ponta do instrumento com CRT. Se estiver coincidindo com ápice é porque ultrapassou, e se estiver 1 mm aquém é adequado.
Técnicas radiográficas
- Técnica de Clarck: dissociação de raízes e canais radiculares. Fazer duas aquisições. Baseada no principio da paralaxe. O objeto mais distante acompanha o observador.
(1) ORTORADIAL
(2) MESIORADIAL OU DISTORADIAL
ESVAZIAMENTO
1) Pulpectomia 
A pulpectomia é a incisão e exérese do tecido pulpar vital em canais amplos retos ou com pequena curvatura. Não esta infectada. A pulpectomia por esmagamento é realizada em canais atrésicos e/ou curvos. Nesta modalidade de pulpectomia, a polpa é removida durante o preparo químico-cirúrgico. Existe a pulpectomia alta onde retira a polpa apenas do tamanho da parte ativa da lima 16 cm.
1) Anestesia, isolamento absoluto e antissepsia do campo operatório;
2) Cirurgia de acesso coronário;
3) Irrigação e aspiração da câmara pulpar com hipoclorito de sódio a 1%;
4) Corte e remoção do tecido da câmara pulpar com curetas de pescoço longo seguida de nova irrigação com hipoclorito; 
5) Preparo de entrada do canal radicular. Proceder com farta irrigação de hipoclorito de sódio a 1,0%. 
6) Odontometria: Levar o instrumento até o CRI, descolando a polpa das paredes do conduto (ladeando) com um instrumento de fino calibre (lima tipo K). Proceder com a tomada radiográfica excêntrica, a fim de se obter X, calcular CRD e CRT. Confirmação do CRT.
7) Corte da polpa com uma lima Hedstroen compatível com o diâmetro do canal no CRT. Introduzir este instrumento e aplicar pressão lateral de uma parede à outra do conduto, com o intuito de remover o tecido excisado; Em casos de molares com canais mais finos pode-se cortar a polpa com instrumento do tipo K.
2) Penetração desinfetante (retirar polpa necrosada)
A penetração desinfetante visa neutralizar e/ou remover o conteúdo necrótico, microorganismos e produtos bacterianos encontrados no interior do canal radicular sem levar estes componentes à porção apical.
1) Anestesia, isolamento absoluto e antissepsia do campo operatório;
2)Cirurgia de acesso coronário;
3) Preenchimento da câmara pulpar com hipoclorito de sódio a 1,0%;
4) Introduzir um instrumento tipo K de fino calibre até cerca de  2,0mm além da entrada do canal, com suaves movimentos de vaivém, agitando a solução até se perceber o seu turvamento;
5) Remover o instrumento, irrigar com hipoclorito de sódio e aspirar;
6) Preencher novamente a câmara pulpar com hipoclorito de sódio e introduzir o instrumento até 2,0mm além do limite anterior. Realizar os mesmos movimentos, irrigar e aspirar ate as proximidades com o CRI, fazer radiografia excêntrica e calculo de X, obter CRD e CRT; 
7) Preparo de entrada dos canais radiculares procedido por farta irrigação com hipoclorito de sódio;
8) Fazer a manobra de penetração desinfetante até o CRT calculado para obter a radiografia de confirmação do CRT. 
3) Desobturação(remoção de uma obturação endodôntica). 
= eucaliptol, óleo de laranja
PREPARO QUÍMICO CIRÚRGICO (PQC)
 O preparo químico-cirúrgico compreende a sanificação e modelagem dos sistemas de canais. A sanificação é composta pela ação conjugada de substâncias químicas auxiliares e instrumentos endodônticos, com vistas à promoção da limpeza (remoção de matéria orgânica ou em decomposição ou qualquer outra substancia) e desinfecção (eliminação dos microorganismos – não causa esterilidade do canal) do sistema de canais radiculares. A modelagem é a obtenção de um canal cirúrgico, realizado através da instrumentação (manuais e rotatórios), para dar forma adequada ao canal para receber e conter o material obturador. O canal cirúrgico deverá conter o canal anatômico.
Magma dentinário ou smear layer: Massa pastosa natural composta por restos de dentina (inorgânico), resíduos orgânicos, MO que ficam aderidas à dentinária obstruindo os túbulos dentinários e diminuindo a permeabilidade dentinária. Dificultando a penetração de medicação e desinfecção dos canais. Pode ficar compactada na região apical. São removidas com substancias quelantes (EDTA). 
Irrigação/ aspiração
Irrigação = aplicação de um líquido sob pressão na cavidade pulpar; Irrigar 3 mm aquém do ápice; 
Aspiração = ação aspirar fluidos e partículas sólidas de uma cavidade; 
Requisitos das substâncias químicas empregadas no PQC (LIVRO)
NÃO EXISTE UMA ÚNICA SUBSTANCIA QUE FAÇA ISSO, APENAS ASSOCIAÇÃO DELAS!
· Tensão superficial: Quanto menor a tensão superficial maior será a sua capacidade de umectação e penetração, aumentando a efetividade da limpeza;
· Viscosidade: O aumento da viscosidade reduz a capacidade de penetração da solução química no canal radicular;
· Atividade antimicrobiana: efeito na eliminação de bactérias. 
· Atividade quelante: remoção da smear layer após a instrumentação;
· Atividade lubrificante: conservam as paredes dentinária hidratadas e reduz atrito entre o instrumento e da dentina. 
· Ser solúvel e aumentar permeabilidade dentinária;
Agentes químicos utilizados durante o preparo químico-cirúrgico (PQC):
· Hipoclorito de sódio
· Endo-PTC (creme)
Agentes químicos utilizados na irrigação final
· EDTA-T (quelante) + irrigação final com Hipoclorito de sódio
Hipoclorito de sódio (NaOCl)
Propriedades: 
- Desinfetante;
- Ação sobre matéria orgânica (solvente);
- Ação clareadora;
- Gosto desagradável;
- Alvejante, irritante para pele e mucosa e tecidos periapicais;
- Ação detergente (gorduras) = umectação – adsorção (englobamento gordura) – emulsificação (ligação com a gordura fica solúvel em agua);
- Lubrificante;
- Bactericida;
- pH alcalino;
- Pode ser associado com quelantes ou detergentes. 
Tipos:
· DAKIN 0,5%
· MILTON 1,0%
· SODA CLORADA 2,5%
· SODA CLORADA 2X 2,5%
Endo-PTC
Usar durante todo o PQC com associação de hipoclorito causando uma efervescência; Inserir o endo-ptc com uma agulha de ponta romba e gotejar 0,5ml ou 1% de NaOCl, agitando com uma lima durante 15 minutos. Parar de instrumentar apenas quando parar de efervescer; Quando parar, gotejar mais hipoclorito e verificar se ainda ocorre efervescência, se não ocorrer, irrigar, aspirar
· Composição: 
- peróxido de uréia: é um agente desinfetante,	antimicrobiano; Também é um agente clareador em composição mais baixa. 
- tween 80 (detergente): diminui a tensão superficial do creme, permitindo que o creme se espalhe mais rápido (umectante). Liga-se a gordura (emulsificação);
- carbowax (veículo): veiculo/transporte sem ação química ou farmacológica. Torna a reação entre o peróxido de uréia e o hipoclorito mais lenta com a efervescência contínua e duradoura. 
EDTA (ácido etilenodiamino tetracético)- 17%
- 5 minutos de EDTA no canal (até 5 mL), agitando para remover a smear layer, desobstruindo os túbulos e aumentando permeabilidade;
- Cria um complexo de cálcio estável com o smear layer;
- Depois irrigar com hipoclorito para aumentar a desinfecção;
- Se associado com detergente temos o EDTA-T que trouxe melhorias à substancia. 
PREPARO QUÍMICO CIRÚRGICO (PQC) – PARTE 2
Instrumental básico
Para a escolha do primeiro instrumento devemos observar as condições anatômicas, (CRT, diâmetro apical e curvaturas). Para a escolha do último instrumento devemos analisar as condições anátomo-patológicas, como condição da polpa (viva ou mortificada), presença de reabsorções, etc, mas deve ser no mínimo #25 (apical). 
Processo de fabricação: 
	Instrumentos torcidos
	Instrumentos usinados
	Limas tipo K (aço inoxidável)
Limas flex (aço inoxidável)
	Limas tipo H (aço inoxidável)
Limas NiTi (níquel-titânio)
Secção transversal – indica a flexibilidade. 
· Limas tipo H (Hedströen) = , (forma de ponto e vírgula)
· Limas tipo K = 
· Limas flex = ∆
· Limas NiTi = ∆
Cinemática
· Penetração (passiva): o instrumento deve entrar no canal radicular sem tocar/raspar nenhuma parede;
· Ação (translação – em todas as paredes); A lima é pré-curvada para aumentar o ângulo de trabalho.
· Retirada (tração-ativa): O instrumento deve sair raspando todas as paredes do canal, de forma uniforme em uma amplitude de movimento de 2 mm (não retirar completamente). 
Informações:
· Toda lima é constituída por uma parte ativa, uma haste e um cabo;
· Toda lima pode ter três comprimentos diferentes: 21, 25 ou 31 mm. No entanto, a parte ativa sempre tem que ter 16 mm. É o comprimento da haste que sofre alteração;
· O cabo possui uma cor e um número. O número indica o diâmetro da ponta ativa do instrumento, chamado de DO;
· Diâmetro: 
	- limas 10 até 60: 0,05 mm (10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60);
	- limas 60 até 140: 0,10 mm (60, 70, 80, 90, 100, 110, 120, 130, 140);
	- série especial: 0,02 mm (6, 8, 10);
· Toda lima é cônica – índice de conicidade é de 0,02 pela ISO. A cada 1 mm, aumenta 0,02 mm de diâmetro da ponta ativa até a haste;
· Sequência da cor da lima série especial: cinza (8), roxa (10).
· Sequência da cor da lima primeira série: branca (15), amarela (20), vermelha (25), azul (30), verde (35), preta (40).
· Sequência da cor da lima segunda série: branca (45), amarela (50), vermelha (55), azul (60), verde (70), preta (80).
· A instrumentação do dente deve ser realizada criando uma sequência lógica (sentido horário ou anti-horário);
· As limas sempre deverão ser colocadas em um tamborel, nunca devem ficar soltas na bandeja;
· Descarte quando necessário: perfuro-cortantes. 
· O assoalho da câmara pulpar que tende a guiar o instrumento.
Técnicas de instrumentação
a) Técnica seriada:
· 1º instrumento é o de confirmação do CRT seguindo de trocas para uma lima de maior diâmetro. A cada troca de lima realiza-se irrigação e aspiração para remoção da smear layer;
· Instrumentação de todo o conduto ao mesmo tempo;
· Vantagens: técnica fácil;
· Desvantagens: menor senso táctil, maior desgaste físico do dentista, maior risco de entupimento da região apical e extravasamento de dentina para o periápice.
b) Técnica escalonada (telescópica ou step-back):
· Indicado para canais com curvas acentuadas (não usa mais);
 Inicia-se com lima de confirmação de CRT, o diâmetro da lima deve ser aumentado ao mesmo tempo em que se diminui 1 mm do CRT, formando degraus durante o preparo.
· Ao final da raspagem deve-se utilizar uma outra lima para unificar o preparo, eliminando os degraus; 
· Vantagens: melhor obturação de canais curvos;
· Desvantagens: as mesmas da seriada, além da formação de degraus.
c) Técnica do preparo progressivo (crown-down) ou técnica coroa-ápice:
O primeiro instrumento a ser utilizado deve ser a somatória da lima memória (neste caso #25) + 4 calibres acima (mínimo). A lima memória corresponde ao calibre da lima de confirmação do CRT!
	 1º instrumento #45 com stop do comprimento de trabalho, entrar o suficiente sem forçar, tracionando, irrigando e aspirando. Para qualquer troca de instrumento deve-se sentir uma certa folga. 
	 Instrumento memória #25 para verificar se não houve obstrução do canal. 
	 2º instrumento #40 + irriga + aspira
	 instrumento memória #25
	 3º instrumento #35+ irriga + aspira
	 instrumento memória #25
	 4º instrumento #30 + irriga + aspira
	 instrumento memória #25
 5º instrumento #25 + irriga + aspira
Posteriormente fazer os passos de instrumentação seriada para alargamento do ápice.
Preparo apical: pegar uma lima acima do último calibre, chegar até o CRT, fazer meia volta no sentido horário e puxar (repetir esse movimento 3 ou 4 vezes para criar um degrau apical – proporciona melhor adaptação do material obturador – cone principal). Esse procedimento deve ser realizado apenas em canais retos; em canais curvos não fazer o movimento de rotação! Mínimo #35.
IMPORTANTE:
- Polpa morta: lima inicial + 4 instrumentos;
- Polpa viva: lima inicial + 3 instrumentos;
INSTRUMENTAÇÃO MECANIZADA
- As limas automatizadas são de níquel titânio, extremamente flexíveis. 
· Vantagens/características: alta flexibilidade, facilidade de acesso em preparos de canais curvos não sendo necessário o pré-curvamento dos instrumentos, mais efetivas no corte de dentina, biocompatibilidade, superelasticidade, ultraflexibilidade, efeito memoria de forma (EMF) que corresponde à reversão à forma original após a deformação plástica, preparos mais uniformes, menor tempo de trabalho.
· Desvantagens: sensibilidade tátil limitada, baixa resistência à pressão, pouca durabilidade das lâminas de corte, grandes fraturas (devido a sua entrada de forma ativa –aumenta a fadiga da lima), custo elevado, conicidade acaba deixando áreas sem preparo ou com preparo excessivo.
Sistema RACE
- Variações de conicidade dentro do mesmo instrumento. Quando aumenta a conicidade do corpo e diminui a da ponta ele trabalha em terço cervical e médio. Quando diminui a conicidade do corpo e aumenta a da ponta ele trabalha na região de ápice.
- Ângulo helicoidal não contínuo = um ângulo de corte alternado com áreas de escape para evitar o rosqueamento; 
- Secção transversal triangular: flexibilidade. 
- As limas do sistema RACE possui 2 cursores, sendo um deles fixo. Conforme o uso da lima, uma pétala é destacada desse cursor! 
- Tarja mais fina representa a conicidade do instrumento e tarja mais grossa é o diâmetro da ponta. 
- Rotação em sentido horário;
Sequência sistema RACE: segue princípio coroa-ápice
1) Lima manual nº 15 para odontometria até o CRT e ela será a lima memória;
2) RACE 15/0.6 até alcançar o CRT em movimentos de entra e sai no máximo 3 vezes seguidas trabalhando o corpo , sempre que passar das três vezes antes da nova sequencia novamente para tentar alcançar o CRT deve-se irrigar, aspirar, lima manual memória nº 15;
3) RACE 25/0.6 até alcançar o CRT em movimentos de entra e sai no máximo 3 vezes seguidas trabalhando o corpo , sempre que passar das três vezes antes da nova sequencia novamente para tentar alcançar o CRT deve-se irrigar, aspirar, lima manual memória nº 15;
4) RACE 35/0.4 até alcançar o CRT em movimentos de entra e sai no máximo 3 vezes seguidas trabalhando o terço apical , a partir dessa lima já é possível chegar direto ao CRT (muitas vezes), irrigar, aspirar, lima manual memória nº 15;
5) RACE 40/0.4 até alcançar o CRT em movimentos de entra e sai no máximo 3 vezes seguidas trabalhando o terço apical , a partir dessa lima já é possível chegar direto ao CRT (muitas vezes), irrigar, aspirar, lima manual memória nº 15;
6) Refinamento das áreas não preparadas: Lima manual do tipo K nº 15/20/25 para trabalhar em áreas de achatamento (istmo) e mesial e distal. Não há necessidade de preparo apical como na instrumentação manual. 
A. BRANCA - diâmetro da ponta Race branca corresponde ao diâmetro da lima K manual #15
B. VERMELHO – diâmetro da ponta Race vermelho corresponde ao diâmetro da lima K manual #25
C. VERDE - diâmetro da ponta Race verde corresponde ao diâmetro da lima K manual #35
D. PRETA- diâmetro da ponta Race preta corresponde ao diâmetro da lima K manual #40
Sistema Reciproc: princípio lima única, preparo único. 
· R25 vermelha: para canais estreitos. Nos 3 primeiros milímetros a conicidade é de 8; 
· R40 preta: para canais regulares. Nos 3 primeiros milímetros a conicidade é de 6.
· R50 amarela: para canais largos. Começa nos primeiros milímetros com conicidade de 5.
- Secção transversal em forma de til (~);
- NiTi M-WIRE: mais flexibilidade e maior resistência do que só NiTi;
- Sistema RECIPROC roda em sentido anti-horário – vai 170 º e volta 50º, até fazer a volta completa causando também um acumulo de fadiga cíclica;
- Estéril e de uso único;
Sequência sistema RECIPROC
- Se a lima da odontometria for de 15, iniciar o preparo com a R25;
- Se a lima da odontometria for de 20, iniciar o preparo com a R40;
- Se a lima da odontometria for de 30, iniciar o preparo com a R50;
- Podemos utilizar a R25 associada com uma lima rotatória ou manual nº 35 ou 40 ou manuais, pois o mínimo é a lima 35 e não pode parar na 25;
- O movimento é idêntico ao do sistema RACE: movimentos de entra e sai, no máximo 3 x até chegar no CRT;	
MEDICAÇÃO INTRA-CANAL
 Função:
· Manter a sanificação e combater microrganismos que resistiram à sanificação do sistema de canais radiculares – processo de reparo;
· Modular a reação inflamatória que ocorre após o preparo do canal radicular para um pós operatório favorável;
Informações:
· Medicar sempre polpa viva e morta;
· A MIC necessita de um componente antimicrobiano (impede que bactéria se “expanda”) associado a um anti-inflamatório (modular inflamação) do grupo dos corticosteroides quando viva; Quando morta apenas necessário antimicrobiano.
· Os corticoides bloqueia a ação da histamina, diminui a dilatação capilar e de macrófagos e monócitos, aumenta a resistência vascular e da membrana lisossômica.
· Quando se optar por obturar em única sessão (possível no caso de polpa viva), fazer a MIC junto com aprova do cone para ir agindo, até o momento da obturação em si;
· Se pretende alcançar com a polpa viva o fechamento biológico do ápice onde forma conteúdo mineral (cemento) no lugar que se deixa 1mm aquém do ápice. 
· Medicação é disponibilizada em tubetes.
Tipos: (medicação liquida)
· NDP: dexametasona 0,32g (anti-inflamatório corticosteróide) + paramonoclorofenol 2g (antimicrobiano) + polietilenoglicol 400 e Rinossoro em partes iguais – qsp – 100 mL veículo.
· CLORDEX: Fosfato de dexametasona 0,32 g (anti-inflamatório corticosteróide) + Clorexidina a 0,4% em solução alcoólica (antimicrobiano) + polietilenoglicol 400 e Rinossoro em partes iguais – qsp – 100 mL veículo. 
POLPA VIVA:
- Pulpectomia completa 
- Pulpectomia incompleta (urgência polpa viva)
- PQC completo ou incompleto
POLPA MORTA
- PQC completo
· PRP: paramonoclorofenol 2 g (antimicroniano) + polietilenoglicol 400 e Rinossoro em partes iguais – qsp- 100 mL (veículo viscoso). 
· CP400: glucano de clorexidina (antimicrobiano) + polietilenoglicol 400 (veículo) e Rinossoro em partes iguais.
POLPA MORTA:
-Urgência polpa morta (penetração desinfectante incompleta)
- PQC incompleto
- Retratamento 
Técnica de introdução da MIC – PROTOCOLO 1 (PRINCIPAL)
1) Secagem do canal, aspiração com cânulas;
2) Secagem com cones de papel absorvente de calibre e comprimento idêntico ao utilizado no preparo apical;
3) Calibrar agulha curta, pré-curvada e limitador de silicone à 1 mm aquém do CRT na carpule. Sempre desprezar a primeira gota da MIC escolhida antes da introdução e preencher de apical para cervical até as imediações da entrada do canal;
4) Selamento provisório simples (bolinha de algodão estéril + cotosol) ou duplo (bolinha de algodão estéril + cotosol + CIV). 
5) se o pós-operatório for bom ou satisfatório pode-se obturar. 
 Bactérias resistentes: Enterococcus faecalis
- capacidade de invadir o túbulo dentinário e aderir ao colágeno;
- Altamente patogênica - capa da bactéria é capaz de provocar inflamação;
- resistente ao pH alcalino;
- capacidade de formar biofilme.
- utilizar o protocolo 2 (hidróxido de cálcio).
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO
- induz reparo e estimula a formação de tecido mineralizado devido a ação enzimática (fosfatase alcalina);
- ação antimicrobiana obtida pela elevaçãodo Ph (alcalinização);
- utilizado como curativo de demora
- Tempo de ação do curativo: depende do tipo e localização do microrganismo envolvido, presença ou ausência de smear layer, presença ou ausência de exsudato, grau de susceptibilidade da medicação;
- necessita de 28 dias no mínimo dentro do canal e deve-se fazer a troca a cada 15 dias.
- necessita de um veiculo em sua administração (se dissocia em íons hidroxila e cálcio):
· anestésico, soro fisiológico, água destilada (aquosos);
· polietilenoglicol (PEG), PRP e CLORDEX (viscosos);
· óleo de oliva (lipossolúveis). 
- remoção com muito NaOCl 1% e EDTA e última lima utilizada;
- cuidados pós-operatórios: repouso articular (checagem de oclusão); instruções ao paciente. 
- seringa UltraCal® - Ultradent.
-introdução com lima, cone ou lentullo
- condensação com cone de papel ou calcador de paiva
Indicações do hidróxido de cálcio:
- lesões refratárias;
- ápice incompleto;
- reabsorções radiculares externas;
- perfurações;
- envolvimento endo-pério;
- existência de exsudato. 
- PQC completo de polpa morta
- retraramento e lesões 
OBTURAÇÃO
O que é? 
É a conclusão da terapia endodôntica, que consiste no preenchimento de todo o espaço do canal cirúrgico de forma tridimensional para evitar a proliferação de micro-organismos que resistiram ao preparo do canal (infecção persistente) ou em momento posterior possam ganhar acesso a esses espaços (infecção secundária). 
Objetivos:
· Selar toda a extensão da cavidade endodôntica, desde a sua abertura coronária até o seu término apical (CDC).
· Perpetuar o saneamento obtido durante: PQC e MIC.
Selamento apical
Espaço vazio leva a um acúmulo de fluido tecidual (produzido pelo periápice) que alimenta os MO que começam a se proliferar e liberar seus subprodutos tóxicos levando a inflamação do periápice. O selamento apical impede que ocorra isso.
	
Selamento marginal
Microrganismos sepultados (presos) no interior dos canalículos dentinários se feita à obturação corretamente.
Selamento cervical 
Conseguido com a restauração do dente. Quando a restauração provisória cair é possível restaurar novamente em até 30 dias, sem que haja contaminação por microrganismos. Só é necessário refazer o retratamento endodôntico se passar de 30 dias. 
Momento oportuno para obturar
· De 72 horas após o PQC ou até uma semana após o PQC (polpa morta);
· Logo após o PQC e MIC em caso de polpa viva;
· Ausência de sinais e sintomas:
- dor (nem espontânea, nem com teste);
- ausência de edema;
- ausência de mobilidade;
- ausência de exsudato;
- odor: indica permanência de infecção.
Requisitos de material obturador ideal 
· Estabilidade dimensional sob alteração de temperatura;
· Radiopacidade: permite o controle radiográfico do preenchimento do canal radicular;
· Tempo de trabalho;
· Não alterar a cor da coroa;
· Adesividade: capacidade do cimento permanecer aderido fisicamente às paredes dos canais radiculares;
· Insolúvel aos fluidos bucais e teciduais (todos são solúveis, o nível de solubilidade que varia);
· Bom escoamento: para penetrar nos túbulos dentinários, em irregularidades, istmos e ramificações inerentes ao sistema de canais radiculares;
· Ser solúvel a um solvente comum quando necessário sua retirada;
OBTURAÇÃO: MATERIAL SÓLIDO (CONE DE GUTA-PERCHA) + CIMENTO para aglutinação do material e ligação com os túbulos (parede dos canais) e preenchimento das irregularidades permitindo o selamento hermético do sistema de canais.
Cimentos
· Óxido de zinco: 
- Cimento N-Rickert (pó + líquido) - possui em sua composição sais de prata, tendo como solvente o álcool para evitar o escurecimento da coroa após obturação. Radiopacidade, ação antiinflamatoria, antimicrobiana, escoamento e pouca adesividade, tempo de presa longo. 
· Hidróxido de cálcio: não utilizado devido à solubilidade. Pode ser usado em MIC.
· Ionômero de vidro: não é utilizado devido à solubilidade, possui adesividade dentária. 
· Silicone
· Resinosos: AH Plus: PADRÃO OURO, apresentado na composição pasta-pasta. Possui bom escoamento, biocompatibilidade, adesividade, fácil manipulação, radiopacidade. 
Técnicas de obturação
Compactação vertical aquecida
1) Irrigação e aspiração final (após o preparo cirúrgico do canal para remoção da smear layer);
2) Escolha do cone principal ou mestre:
· Taper 0.4 associado com limas rotatórias;
· Taper 0.2 associado com limas manuais;
3) Teste da prova do cone:
- Teste visual: fazer marquinha (dobra) em 18 cm, por exemplo, e ver se bate com o nível oclusal;
- Teste tátil: o cone deve ter certa resistência ao sair, travamento. Se não tiver é porque não está bem vedado na região apical e deve-se cortar com gilette a ponta aumentando a conicidade do cone.
- Teste radiográfico: para confirmar a exatidão da seleção do cone. 
4) Desinfecção do cone de guta-percha em hipoclorito por 1 minuto.
5) Secagem: Primeiro aspirar com a cânula roxa e depois usar o papel absorvente;
6) Espatulação do cimento:
- N-Rickert:
Placa de vidro despolida e espátula flexível;
Proporção de 0,37 g de pó para 3 gotas de líquido;
Formando um fio contínuo (ponto de bala ou de suspiro); Aplicar força na espatulação devido aos cristais de prata. 
- AH Plus:
Apresentação pasta-pasta;
Porções de 1:1; Em placa lisa ou bloco de espatulação.
7) Inserção do cimento: Cone principal com uma bolinha de cimento pincelar as paredes começando por região apical, gota a gota até ser visível na parte coronária – provoca menos bolhas.
8) Acomodação lateral dos cones secundários no CANAL RADICULAR, não colocar na câmara pulpar (RS e R7) dos mais finos e compridos para os mais grossos e curtos, até não entrar mais cones;
9) Radiografia de qualidade da obturação: Antes de cortar as pontas do guta-percha com tesoura.
10) Cortar as pontas do cone de guta-percha de 1 a 2 mm abaixo do colo – para evitar a presença de cimento na câmara pulpar. 
11) Aquecer o calcador de Paiva ao rubro (vermelho) e fazer condensação vertical, no sentido apical. 
12) Limpeza final: Álcool 70% e bolinhas de algodão estéreis para limpar a região da câmara pulpar com possíveis excessos de cimentos.
13) Selamento provisório: Coltosol = colocar em cima da obturação e completar com CIV. Se a cavidade for rasa, colocar direto o CIV porque é mais resistente. + checagem de oclusão.
14) Radiografia final e proservação por 2 anos no consultório.

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