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Disciplina: Estágio de Prevenção e Prática Clínica ll (Fundamentos teóricos) UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA Professor: Dannyel Cardoso - CIRURGIÃO – DENTISTA Graduado em ODONTOLOGIA pelo UNIFLU - BIÓLOGO Graduado em CIÊNCIAS BIOLÓGICAS pela UNIVERSO - BIOMÉDICO Graduado em BIOMEDICINA pela FAESP - Especialização em Saúde Pública - Especialização em Odontologia do Trabalho - Especialização em Ensino de Biologia - Especialização em Ensino de Química - Especialização em Ensino de Empreendedorismo - Especialização em Implantodontia - Especialização em Ortodontia Formação acadêmica do professor: - MESTRADO ACADÊMICO em Educação em Ciências e Saúde Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO EM ODONTOLOGIA O que são levantamentos epidemiológicos? • São instrumentos com metodologia específica que têm como objetivo coletar informações referentes a um determinado problema em uma população. • Podem abordar aspectos referentes a fatores de risco, uso de serviços, consumo de medicamentos, conhecimentos , atitudes e práticas relacionadas à saúde, além de dados demográficos e de outra natureza. Objetivos de um levantamento epidemiológico Estudar a distribuição dos problemas na população. Diagnosticar e medir as necessidades acumuladas. Determinar prioridades. Avaliar as atividades dos serviços em saúde. Os levantamentos fornecem um quadro de informações mais apuradas das condições de saúde bucal e das necessidades de tratamento de uma população, bem como podem proporcionar condições para controlar as mudanças nos níveis ou padrões da doença (OMS, 1999). Os dados coletados em um levantamento epidemiológico podem ser utilizados para comparações em um momento futuro (Pereira, 2000). Levantamento epidemiológico A partir dos dados coletados podem-se: avaliar, planejar e executar ações de saúde inferir sobre a eficácia geral dos serviços permite comparações de prevalências em diferentes períodos de tempo e áreas geográficas. Eles produzem dados básicos confiáveis para o desenvolvimento de programas nacionais ou regionais de saúde bucal e para o planejamento do número e do tipo apropriado de pessoal. Levantamento epidemiológico Levantamento em saúde bucal no Brasil • 1986 – 1º levantamento epidemiológico em saúde bucal de âmbito nacional realizado pelo MS. Foram levantados dados referentes à cárie dentária, doença periodontal, uso e necessidade de próteses totais e a procura por serviços odontológicos. • 1996 – 2º levantamento epidemiológico em saúde bucal no Brasil, realizado pelo MS, através da área técnica de saúde bucal, em parceria com a ABO, CFO e as SES e SMS. A pesquisa foi realizada somente com relação à cárie dentária em crianças na faixa etária de 6 a 12 anos de escolas públicas e privadas. Classificação dos levantamentos • - - Forma de obtenção das informações: Por ENTREVISTA. Por EXAME. • Extensão territorial: Nacional incluir localidades suficientes para cobrir todos os subgrupos importantes da população e pelo menos 3 idades índices ou grupos etários possíveis de serem examinados. Local ou Estudo Piloto inclui na amostra somente os subgrupos mais importantes da população e fornecem quantidade mínima de dados necessários para um adequado planejamento. Classificação dos levantamentos • Tipos de Morbidade: Gerais todos os agravos à saúde estão incluídos. Específicos quando um agravo à saúde ou um grupo de condições afins é investigado. • - - Tipo de Bases de Dados: Populacionais. Institucionais. Planejamento do levantamento Grupos populacionais de interesse Idades índices e grupos etários recomendados pela OMS: -de 18 a 36 meses: problemas orais em bebês. -5 anos: dentição decídua. -12 anos: dentição mista. -15 anos: dados de incidência de cárie e índices periodontais em adolescentes. -35-44 anos: saúde bucal em adultos. -65-74 anos: Verificação da necessidade de tratamento e controle dos efeitos gerais dos cuidados odontológicos prestados a esta população. Planejamento do levantamento Os levantamentos epidemiológicos podem abranger a população em sua totalidade (UNIVERSO) ou uma parte dela (AMOSTRA) que represente características semelhantes, por meio de tratamento estatístico, podendo extrapolar dados da amostra para a população total, economizando tempo e custos. O cálculo da amostra é dependente do objetivo específico do estudo, bem como da facilidade de se obtê-lo. Planejamento do levantamento Tipos de Amostra: -Amostra de conveniência (ou não-aleatória). -Amostra aleatória (ou casuais, probabilísticas, estatísticas ou ao acaso). Planejamento do levantamento Amostra de conveniência Caracterizada pela facilidade de acesso aos participantes. Não há metodologia estatística na escolha dos participantes. Ex.: entrevista por telefone, pacientes que frequentam um centro de saúde, etc. Vantagem – a possiblidade de se obter informações mais detalhadas sobre um determinado aspecto de saúde. Desvantagem – não produz estimativas que sejam compatíveis com a real prevalência do aspecto na população. Planejamento do levantamento Amostra aleatória São subconjuntos da população com a seleção dos participantes feitas ao acaso. Amostra aleatória simples consiste em numerar cada elemento da população e realizar um sorteio simples. Amostra sistemática cria-se um critério para a escolha dos participantes da pesquisa. Ex.: somente números ímpares ou somente números pares ou somente números que terminem em 4. 4x4maniacos.blogspot.com Planejamento do levantamento Amostra aleatória Amostra estratificada divide-se a população para que tenha o maior grau de homogeneidade possível. Ex.: divisão por sexo, por faixa etária, por ocupação, etc. Amostra por conglomerado sorteiam-se regiões da população, nas sorteadas, todos os elementos terão que fazer parte da amostra. Planejamento do levantamento Amostra em estágios: -Estratificação da amostra em suas diferentes características. Ex: instituição pública ou privada. -Escolha de uma amostra simples ou sistemática de cada extrato. Ex: escolha do bairro e a seguir o sorteio simples para a escolha da escola do bairro. Planejamento do levantamento Amostra aleatória Amostra multifásica subconjuntos da amostra total são escolhidos para prover informações sobre um determinado problema por fases. Ex.: 18 escolas escolhidas, em todas seria avaliada a doença cárie, mas somente em 6 escolas seria observada a doença periodontal e em 3 escolas a aplicação de questionários sobre hábitos de higiene. Planejamento do levantamento Determinação do tamanho da Amostra A OMS (1999) preconizou que para um levantamento básico de saúde, é recomendado, para cada grupo etário, um número de participantes (número aproximadamente igual de homens e mulheres) que pode variar de 25 a 50, dependendo da prevalência e severidade da doença. Para populações em que esses índices são desconhecidos, é necessário realizar um estudo piloto. Planejamento do levantamento Instrumento de medidas: índices odontológicos Cárie dentária. Condição periodontal. Traumatismo dentário. Condição de oclusão dentária. Fluorose dentária. Edentulismo. Condições sócio-econômicas. Utilização de serviços odontológicos. Autopercepção de saúde bucal (dor). PIP: 0 – perda de inserção de 0 a 3 mm 1 - Perda de inserção de 4 a 5 mm 2 – perda de inserção de 6 a 8 mm 3 – perda de inserção de 9 a 11 mm 4 – perda de inserção de 12 mm ou mais X – caso haja menos de 2 dentes no sextante 9 – sextante não registrado ou não examinado image4.png image5.png image13.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.jpeg image12.png image14.jpg image15.jpg image16.jpg image17.jpg image18.jpg image19.jpg image20.jpg image21.jpg image22.jpg image23.jpg image24.png image25.jpg image26.png image27.png image28.pngimage29.png image30.png image31.png image32.png image33.png image34.png image35.png image36.png image1.jpg image2.jpg image3.jpg