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Evolução Histórica da Fisioterapia UNIDADE I Profª Wane Vasconcelos Faculdade de Macapá – Fama Pós graduanda em Fisioterapia Neurofuncional. Objetivos gerais da disciplina Apresentar: A história da Fisioterapia. Áreas de atuação. Possibilitar a compreensão do que representa a profissão e a sua importância para a sociedade. Capacitar o graduando a desenvolver e a exercer um comportamento profissional adequado, sustentado nos códigos morais e na legislação. Objetivos gerais da disciplina Apresentar as especialidades reconhecidas na profissão e a sua relação na saúde, educação e pesquisa. Informar sobre o mercado de trabalho da Fisioterapia. Expor a evolução histórica da Fisioterapia. Mostrar as leis que fundamentam a profissão e os órgãos fiscalizadores. Discutir a responsabilidade profissional do fisioterapeuta frente aos pacientes, colegas de profissão e outros membros da equipe de saúde; e apresentar as principais condutas e os recursos utilizados pelo fisioterapeuta. Apresentar a trajetória da fisioterapia pelo mundo e a sua evolução no Brasil. As disciplinas determinadas pelo Ministério da Educação. Objetivos gerais da disciplina A importância da realização de um estágio curricular para a sua atuação profissional após o seu devido registro no Conselho de Classe de sua região. Conhecimento do Código de Ética para se tornar um profissional ético e humano, respeitando sempre o seu paciente em todas as suas dimensões. O que é Fisioterapia? O que é a Fisioterapia? É a ciência que tem como objeto de estudo o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades. Além de estudar, diagnosticar e reabilitar indivíduos com distúrbios cinéticos funcionais que ocorrem em órgãos e sistemas do corpo humano, a Fisioterapia previne e promove a saúde, definida como um estado completo de bem-estar físico, psíquico e social, e não simplesmente a ausência de doenças e enfermidades (SEGRE; FERRAZ, 1997). a Fisioterapia tem como objetivo não apenas restabelecer, reabilitar, restaurar ou desenvolver a integridade dos órgãos, sistemas e/ou funções, mas também visa manter, preservar e promover a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos IMPORTANTE: Juramento da fisioterapia Juramento da fisioterapia “Juro, por Deus e minha família, diante de meus mestres que me dedicarei à Fisioterapia com honra, dignidade, respeitando a vida humana desde a concepção até a morte, jamais cooperando em ato que voluntariamente se atente contra ela, ou que coloque em risco a integridade física, psíquica e social do ser humano; dispondo todo meu conhecimento, talento e inteligência para a promoção, proteção e recuperação da saúde. Repassarei meus conhecimentos sempre que se fizer necessário e agirei com humildade e honestidade. Assim, eu juro.” Fonte: Crefito-10 (2007). Símbolo oficial da Fisioterapia Aprovado e oficializado pela Resolução n. 232, do COFFITO, de 2002. Fonte: https://www.coffito.gov.br/nsite/?page_id=2359 Significado dos componentes do símbolo oficial da Fisioterapia Serpentes: Ciência e sabedoria. Transmissão e utilização do conhecimento compreendido de forma sábia. Estão entrelaçadas: Para demonstrar elo ou integração entre os atributos da natureza – humana, social e profissional. Cor verde: simboliza a saúde. Significado dos componentes do símbolo oficial da Fisioterapia O raio: identifica os valores e as práticas corretas da vida; Por estar entre as serpentes: remete também à união entre a consciência individual e as técnicas utilizadas na Fisioterapia. Interessante: as técnicas elétricas foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados pela profissão. Cor amarelo-ouro: simboliza a luz, a claridade e o brilho intenso. Uso autorizado do símbolo oficial de fisioterapia No âmbito do Sistema dos Conselhos Federal (COFFITO) e Regionais (CREFITO) da Fisioterapia, inclusive pode ser utilizado como o segundo brasão nos seus documentos oficiais. Nas Forças Armadas, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares como símbolo profissional de indivíduo com patente de oficial, graduado em grau universitário Superior em Fisioterapia. Por profissionais fisioterapeutas com registro no CREFITO. Por pessoas físicas ou jurídicas, desde que expressamente autorizadas pelo COFFITO. Quem é o profissional Fisioterapeuta? Fonte: crefito14.org.br Quem é o profissional fisioterapeuta? Diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais. Também conhecido como cinético funcional, cinesiológico funcional ou fisioterapêutico. Distúrbios cinéticos funcionais referem-se às perturbações de movimentos que levam às incapacidades nas funções de órgãos ou dos sistemas corporais. Fonte: https://br.freepik.com/vetores-gratis/conjunto-desenhado-a-mao-de-exercicios-de-reabilitacao_1153321.htm#page=1&query=fisioterapia&position=4#position=4&page=1&query=fisioterapia O Fisioterapeuta É o profissional habilitado a: Realizar uma avaliação específica; Elaborar o diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais; Prescrever, ordenar e induzir as condutas fisioterapêuticas; Acompanhar a evolução do quadro clínico ou dos sinais e sintomas do paciente; Estabelecer as condições para a alta do serviço fisioterapêutico. Decreto-Lei n. 938 – 13 de outubro de 1969 Fonte: http://www.crtrmg.org.br/decreto-9-531-de-17-de-outubro-de-2018/ Decreto-Lei n. 938 – 13 de outubro de 1969 Decreto-lei é um decreto com força de lei que foi muito utilizado no Brasil no regime militar, com legitimidade efetiva de uma norma administrativa e poder de lei. A palavra lei trata, basicamente, do conjunto de normas estabelecidas por autoridades competentes. Elaborado durante o período do regime militar no Brasil pelos ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar, o fisioterapeuta diplomado em escolas e cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) tornou-se um profissional de nível superior. Decreto-Lei n. 938 – 13 de outubro de 1969 É atividade privativa do fisioterapeuta executar métodos e técnicas próprias com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente. Em seu campo de atividades específicas, o fisioterapeuta pode dirigir serviços em órgãos e estabelecimentos públicos ou particulares ou assessorá-los tecnicamente, exercer o magistério nas disciplinas de formação básica ou profissional, de nível superior ou médio e supervisionar profissionais e alunos em trabalhos técnicos e práticos. Decreto-Lei n. 938 – 13 de outubro de 1969 Os profissionais diplomados em escolas estrangeiras devidamente reconhecidas no país de origem podem revalidar seus diplomas. O Dia do Fisioterapeuta Lei n. 8.856 – 1 de março de 1994 Itamar Franco aprovou a Lei n. 8.856. Fixa a jornada de trabalho dos profissionais fisioterapeutas à prestação máxima de 30 horas semanais de trabalho. Lei n. 6.316 – 17 de dezembro de 1975 Lei n. 6.316 – 17 de dezembro de 1975 Sancionada pelo presidente Ernesto Geisel Criação do COFFITO e dos CREFITOs, compostas por membros eleitos e suplentes, com um mandato de quatro anos Em conjunto COFFITO e CREFITOs constituem uma autarquia federal que, inicialmente foi vinculada ao ministério do trabalho. Porém, com a Lei n. 9.098 (1995) ocorreu o desvinculamento. Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO Sediado em Brasília. Área de jurisdição: todo o país. Fonte: coffito.gov.br Principais competências do COFFITO Supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo o território nacional. Organizar, instalar, orientar e inspecionar os Conselhos Regionais e examinar as suas prestações de contas […]. Fixar o valor das anuidades, taxas, emolumentos e multas devidas pelos profissionais e empresas aos Conselhos Regionais a que estejam jurisdicionados. Principais competências do COFFITO Dispor, com a participação de todos os Conselhos Regionais,sobre o Código de Ética Profissional, funcionando como o Tribunal Superior de Ética Profissional. Instituir o modelo das carteiras e dos cartões de identidade profissional (BRASIL, 1975). Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – CREFITO Os 16 CREFITOs representam, regionalmente, o órgão máximo federal – COFFITO. Estão sediados em capitais de estados brasileiros ou nas áreas de jurisdição. Exemplo: CREFITO-3 – área de jurisdição – Estado de São Paulo. Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – CREFITO Algumas das 15 competências dos CREFITOs determinadas na Lei n. 6.316 (1975): Fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição. Funcionar como Tribunal Regional de Ética, conhecendo, processando e decidindo os casos que lhe forem submetidos. Expedir a carteira de identidade profissional aos profissionais registrados. Arrecadar e promover a cobrança de anuidades, multas, taxas e emolumentos. Estimular a exação no exercício da profissão, velando pelo prestígio e bom conceito dos que a exercem. (BRASIL, 1975) Existe punição para as infrações? Infringir significa transgredir ou desrespeitar. Alguns exemplos de infrações ou do profissional fisioterapeuta sujeitos à advertência, repreensão, multa, suspensão ou até ao cancelamento do registro: Transgredir preceito ou norma do Código de Ética Profissional. Exercer a profissão quando impedido de fazê-lo. Facilitar, por qualquer meio, o exercício profissional aos que não são registrados ou aos leigos. Violar o sigilo profissional. Existe punição para as infrações? Praticar ato que a lei defina como crime ou contravenção (infração penal de menor gravidade que um crime). Depois de notificado, não cumprir determinação emitida pelo CREFITO no prazo determinado. Deixar de pagar, pontualmente, as contribuições obrigatórias ao CREFITO. Faltar a qualquer dever profissional prescrito nesta Lei. Manter conduta incompatível com o exercício da profissão. Departamento de Fiscalização – DEFIS DEFIS – cumpre a função principal do Conselho Regional: Fiscalizar o exercício da profissão de Fisioterapia. Manter constante vigilância sobre os serviços de Fisioterapia oferecidos por profissionais, instituições públicas e privadas. Zelar pela segurança, qualidade e ética no atendimento prestado à população dentro da área de jurisdição. Resolução n. 468 (2016) – Registro profissional Registro profissional realizado para: Portador de diploma ou certidão de conclusão de graduação. Bacharelado em Fisioterapia. Em curso autorizado pelo MEC. Além do diploma, são necessários, também, a colação de grau e o histórico acadêmico. Fonte: http://crefito9.org.br/noticias/crefito-9-explica-novas-normas-deregistro-e-fim-da-ltt/1160 Resolução n. 052 (1985) – Registro profissional docente A inscrição no CREFITO para docentes é obrigatória. O Decreto-Lei n. 938/69, prevê o exercício do magistério nas disciplinas de formação básica ou profissional, de nível superior ou médio. A Lei n. 6.316 (1975) estabelece que o livre exercício da profissão em todo o território nacional é permitido ao profissional inscrito no CREFITO e portador da carteira profissional, podendo, assim, exercer livremente a atividade de magistério. Resolução n. 487 (2017) – Anuidade O valor da anuidade é fixado pelo COFFITO e arrecadado pelos CREFITOs. A fixação e a arrecadação das anuidades pelos fisioterapeutas acontecem devido a vários motivos: São considerados tributos. São indispensáveis para a existência da autarquia: sistema COFFITO/CREFITOs. A organização e o funcionamento dos serviços úteis à regulamentação e à fiscalização do exercício profissional dependem destas arrecadações. Fonte: http://www.crefito3.org.br/dsn/noticias.as p?codnot=6557 Resolução n. 487 (2017) – Anuidade Em 2019, o valor está fixado em R$ 475,00 (quatrocentos e setenta e cinco reais). Para pagamento à vista até os últimos dias úteis dos meses de janeiro, fevereiro ou março – descontos de 15%, 10% ou 5%, respectivamente. Para pagamento parcelado – em até cinco vezes. Resolução n. 131 (1991) – Diplomas no estrangeiro De acordo com o Decreto-Lei n. 938 (1969) – os profissionais diplomados em escolas estrangeiras, devidamente reconhecidas no país de origem, podem revalidar os seus diplomas no Brasil. O profissional diplomado por universidade com curso reconhecido com duração de, no mínimo, quatro anos e, no máximo, oito anos, é profissional de nível superior no Brasil. Cabe à instituição brasileira responsável pela revalidação: constatar se o diploma corresponde a estes estudos superiores; se a duração do curso é compatível com a mínima exigível no Brasil e se será concedida ou não a aprovação do exercício profissional para o diplomado no estrangeiro. Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais – SINFITO O sindicato é uma entidade sindical sem fins lucrativos que tem como objetivo representar uma categoria profissional. Principal finalidade do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais (SINFITO): defender os interesses individuais e coletivos dos profissionais na sua relação de trabalho em suas respectivas bases territoriais. O SINFITO luta pela melhoria das condições de trabalho, pela remuneração dos profissionais e defesa da classe, garantindo todos os direitos trabalhistas previstos em lei. Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais – SINFITO Base de sustentação do SINFITO: contribuições sindical e assistencial. A Lei da Reforma Trabalhista n. 13.467 (2017) acabou com a sua obrigatoriedade e concluiu que a contribuição facultativa é constitucional. Questões trabalhistas, como o piso salarial, são negociadas e conquistadas pelo SINFITO de cada estado brasileiro, bem como pelo Sindicato Patronal junto à Justiça de Trabalho por meio das Convenções Coletivas de Trabalho. Federação Nacional de Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais – FENAFITO Fundada em 13 de outubro de 1989 – Federação Nacional de Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais (FENAFITO) – são filiados todos os sindicatos de ambas as categorias profissionais no território brasileiro que estão devidamente regulamentados no Ministério do Trabalho. Exemplos: Sinfito-SP, Sinfito-CE, Sinfito-MG, Sinfito-PE, Sinfito-PR, Sinfito-RJ e Sinfito-BA. O SINFITO do Estado de São Paulo (SP) foi fundado em 12 de agosto de 1980. Referências REBELATTO, J. R.; BOTOMÉ, S. P. Fisioterapia no Brasil: fundamentos para uma ação preventiva e perspectivas profissionais. 2. ed. Barueri: Manole, 1999. SEGRE, M.; FERRAZ, F. C. O conceito de saúde. Revista de Saúde Pública, v. 31, n. 5, p. 538-542, out. 1997. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v31n5/2334.pdf. Acesso em: 26 ago. 2019.
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