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Acordos de basileia

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Disponível em: http://www.mundodosbancos.com/acordos-de-basileia 
(27/01/2016) 
O que são os Acordos de Basiléia 
26 de fevereiro de 2014 
Os Acordos de Basiléia são um conjunto de acordos bancários firmados entre vários bancos 
centrais de todo o mundo para prevenir o risco de crédito criando exigências mínimas 
de reserva de capital. São organizados e publicados pelo Comitê de Supervisão Bancária de 
Basiléia (BCBS). 
Os acordos são coordenados no Banco de Compensações Internacional (BIS) na cidade de 
Basiléia, Suíça, que é uma organização que reúne bancos centrais de vários países. 
Foram criados três acordos de Basiléia: 
 Basiléia I 
 Basiléia II 
 Basiléia III 
Cada um foi criado para suplementar o anterior e consertar algumas deficiências existentes. 
Os bancos estão submetidos ao risco de descasamento, quando o volume de saques torna-se 
impossível de ser atendido por conta dos empréstimos que a instituição concedeu com 
o dinheiro dos clientes. Ou seja, não há dinheiro suficiente para satisfazer o pedido dos 
clientes, desesperados para fazerem sua retirada, mesmo que seu saldo em conta diga o 
contrário. É o famoso problema da multiplicação da moeda, o dinheiro só existe de forma 
escritural. 
Os acordos de Basiléia foram criados para proteger os bancos e seus clientes da quebra. São 
uma série de recomendações para regulamentações no setor bancário. 
Basiléia I 
O primeiro acordo, firmado em 1988 na cidade de Basiléia, Suíça, concentrava-se no risco de 
crédito e na ponderação de risco de ativos. 
Basiléia I focava em três pontos: 
1. Capital regulatório: montante de capital próprio para cobertura de riscos. 
2. Índice Mínimo de Capital para Cobertura do Risco de Crédito: capital regulatório 
mínimo de 8% sobre o volume de ativos em empréstimos einvestimentos. 
3. Fatores de Ponderação de Risco dos Ativos: o cálculo de exposição ao risco de 
crédito dos ativos é ponderado por diferentes pesos, considerando, principalmente, o 
perfil do tomador. 
Esse primeiro acordo não levava em conta os tipos de ativo que o banco tinha. Ativos com 
riscos variados eram tratados uniformemente. O risco de crédito dos bancos eram diferentes e 
assim apresentaram diversos problemas ao tratá-los como iguais. 
Basiléia II 
Em 2004, foi publicado um novo acordo, Basiléia II, para corrigir falhas encontradas no 
primeiro documento. Pretendia de criar um padrão internacional para os reguladores bancários 
para controlar quantos recursos os bancos precisavam resguardar para protegê-los (e toda a 
economia) contra riscos financeiros e operacionais e garantir sua liquidez. 
Esse acordo teve os seguintes pilares: 
1º pilar – capital mínimo 
O primeiro pilar trata de melhorar as práticas de gestão de risco com cálculo aprimorado de 
capital regulatório mínimo. Esse cálculo abrange três componentes de risco que os bancos 
enfrentam: 
 Risco de crédito 
 Risco operacional 
 Risco de mercado 
2º pilar – fortalecimento do processo de supervisão 
O segundo pilar dá aos reguladores ferramentas melhores para supervisão bancária. Também 
oferece uma estrutura para lidar com outros riscos, chamados riscos residuais, associados à 
indústria bancária, que não são tratados pelo primeiro pilar. 
Os supervisores poderão, assim, avaliar a mensuração de risco de cada banco, assim como 
verificar se as instituições estão mantendo capital regulatório mínimo para o índice de risco 
que apresentam. 
3º pilar – disciplina de mercado 
Esse pilar trata da disciplina de mercado que as instituições devem seguir. Essa proposta 
estimula maior transparência dos bancos. 
Resumindo… 
Basiléia II deu maior transparência de informações sobre os bancos e trouxe maior liberdade 
de gestão de riscos das instituições. 
Houve, também, o fortalecimento da supervisão bancária. 
Basiléia III 
A crise de 2008 acabou resultando no terceiro acordo de Basiléia. A economia global 
enfraqueceu e evidenciou deficiências no sistema financeiro. Ainda em implantação, Basiléia 
III foi publicado em 2010 e tem por objetivo fortalecer os requisitos de capital, aumentando a 
liquidez e diminuindo a alavancagem bancária. 
Diferente dos acordos anteriores, que focavam na reserva de capital que os bancos deveriam 
reservar em razão dos riscos dos empréstimos e investimentos, Basiléia III está primariamente 
relacionado ao risco de uma corrida aos bancos, exigindo diferentes níveis de reserva para 
diferentes formas de depósitos bancários e outros empréstimos. 
Com o novo acordo, os bancos terão de triplicar as reservas de capital para se protegerem de 
uma crise. Passará a 7% a reserva mínima de capital para proteção contra riscos. 
Índice de alavancagem 
Basiléia III introduziu um índice mínimo de alavancagem. Os bancos devem manter um 
índice de alavancagem mínimo de 3% sobre o capital total, segundo o novo acordo. 
 
 
Exigência de liquidez 
Foram criados dois índices de liquidez para assegurar uma eventual fuga de capitais, o “Índice 
de Cobertura de Liquidez” e o “Índice de FinanciamentoLíquido Estável”. Eles exigem que o 
banco mantenha ativos de alta qualidade suficientes para cobrir sua saída de caixa total por 
um período de 30 dias. 
Conclusão 
Os acordos de Basiléia são delineados para prover segurança e solidez às instituições 
bancárias, aos seus clientes e à economia mundial. Sua adoção pelas agências de regulação 
significaram maior transparência, liquidez e credibilidade ao sistema financeiro.

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