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Gestão da Cadeia de
Suprimentos
Aula 7 - Estratégia de estoques –
características, tipos, funções e custo de
manutenção
INTRODUÇÃO
Nesta aula você irá compreender melhor os elementos da estratégia de estoques, estudando principalmente os
principais tipos, classi�cação, técnicas e formas de gestão de estoques na cadeia de suprimentos.
OBJETIVOS
Conhecer os fundamentos básicos na gestão de estoques.
Conhecer os principais tipos e características.
Conhecer os principais componentes de custos para manter o estoque disponível.
O PAPEL DOS ESTOQUES
A administração de estoques é de importância signi�cativa na maioria das empresas, tanto em função do próprio valor
dos itens mantidos em estoque, associação direta com o ciclo operacional da empresa. Da mesma forma como as
contas a receber, os níveis de estoque também dependem em grande parte do nível de vendas, com uma diferença:
enquanto os valores a receber surgem após a realização das vendas, os estoques precisam ser adquiridos antes das
realizações das vendas.
Essa é uma diferença crítica e a necessidade de prever as vendas antes de se estabelecer os níveis desejados de
estoques torna sua administração uma tarefa difícil.
Deve ser observado também que os erros na �xação dos níveis de estoque podem levar à perda das vendas (caso
tenham sido subestimados) ou a custos de estocagem excessivos (caso tenham sido superestimados), residindo,
portanto, na correta determinação dos níveis de estoques, a importância da sua administração. Seu objetivo é garantir
que os estoques necessários estejam disponíveis quando necessários para manutenção do ritmo de produção, ao
mesmo tempo em que os custos de encomenda e manutenção de estoques sejam minimizados.
O estoque tem uma participação crucial na capacidade da cadeia de suprimento em apoiar a estratégia competitiva da
empresa. Se essa estratégia exige um alto nível de atendimento, a empresa pode usar o estoque para alcança-la,
disponibilizando grandes quantidades de estoques próximas ao cliente.
Contrariamente, a empresa também pode usar o estoque para se tornar mais e�ciente, reduzindo-o e
consequentemente diminuindo seus custos. A escolha implícita sobre o estoque está entre o nível de serviço,
resultante da manutenção de maiores estoques, e a e�ciência resultante de estoques menores.
Atenção
, A gestão de estoques é uma atividade integrada com o gerenciamento da cadeia de suprimentos.
TIPOS DE ESTOQUES
Os estoques são divididos em categorias, sendo estas vinculadas ao �uxo de material e à forma em que será
encontrado.
Os estoques, para Bertaglia (2003), dividem-se em:
Matéria-prima São os itens que sofrem alterações durante o
processo de produção.
Produto em processo Refere-se ao produto durante as diferentes fases
do processo produtivo.
Produto semi-acabado
São aqueles que ficam estocados, esperando
alguma operação a mais que os adaptem a
variadas formas de uso.
Produto acabado
São aqueles onde já foram realizadas e finalizadas
todas as operações do processo produtivo,
inclusive os testes finais, sendo ainda aprovados
pelo controle de qualidade.
Estoque de
distribuição
É o item já examinado e aprovado, passando ao
centro de distribuição devido a exigências
logísticas.
Estoque em
consignação
São estoques que ficam com o cliente, mas que por
alguma negociação ou acordo mútuo continua na
propriedade do fornecedor, até que seja utilizado.
Provisão de materiais
para manutenção,
reparos e operações
produtivas MRO
Nesta classe, estão itens já usados que possam
favorecer as operações da organização.
CUSTOS DOS ESTOQUES
Os estoques incorrem em custos, oneram o capital, ocupam espaço e necessitam de gerenciamento tanto na entrada
como na saída. Eles podem tornar-se obsoletos e ultrapassados, causando prejuízos para o empreendimento. Neste
sentido, é necessário levar em consideração o custo de manutenção dos estoques, que são componentes importantes
do custo das operações logísticas.
Custos diretamente proporcionais
Ocorrem quando os custos crescem com o aumento da quantidade média estocada. Por
exemplo, quanto maior o estoque, maior o custo de capital investido. Do mesmo modo,
quanto maior a quantidade de itens armazenados, maior a área necessária e maior o custo
de aluguel.
Quanto maior o estoque, mais área armazenada, mais custo de aluguel, mais pessoas e
equipamentos necessários para manusear os estoques, mais custo de mão-de-obra e de
equipamentos, mais chances de perdas, mais custo decorrente de perdas, maiores as
chances de materiais tornarem-se obsoletos, mais custos decorrentes de materiais que não
mais serão utilizados, maiores as chances de materiais serem furtados e/ou roubados.
Custos inversamente proporcionais
São custos ou fatores de custos que diminuem com o aumento do estoque médio. Isto é,
quanto mais elevados os estoques médios, menores serão tais custos (ou vice-versa). São
os denominados custos de obtenção, no caso de itens comprados e custos de preparação,
no caso de itens fabricados internamente.
GESTÃO DOS ESTOQUES
A gestão dos estoques constitui uma série de ações que permitem ao administrador veri�car se os estoques estão
sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem
controlados.
Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle dos estoques, sendo os mais usuais exempli�cados
a seguir.
Saiba Mais
, Inventário físico – consiste na contagem física dos itens em estoque periodicamente. O inventário não deve ser efetuado em
excesso, qualquer custo pode ser reduzido se bem gerenciado., , CT = Custos diretamente proporcionais + Custos inversamente
proporcionais + custos independentes.
Nível de serviço ou nível de atendimento – indica qual o nível de atendimento, ou seja, quão e�caz foi o estoque para
atender às solicitações dos clientes.
No almoxarifado de uma empresa, durante um período de 6 meses, foram apresentadas 3.100 requisições de
materiais, com um número médio de 1,45 item por requisição. Foram entregues 4.400 itens, exatamente como
solicitado. Qual o nível de atendimento do almoxarifado?
Cobertura de estoques – indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que o estoque médio será
su�ciente para cobrir a demanda média:
Calcule a cobertura com base nos dados do exemplo anterior (tabelas).
Giro de estoques – mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou girou:
De janeiro a junho, o estoque de uma empresa apresentou a seguinte movimentação em reais. Veja os exemplos a
seguir.
Tabela 1
Mês
Estoque
inicial
Entradas Saídas
Estoque
final
Janeiro 124.237,35 237.985,00 282.756,30 79.466,05
Fevereiro 79.466,05 347.123,56 263.675,33 162.914,28
Março 162.914,28 105.542,90 271.845,78 73.804,40
Abril 73.804,40 303.457,00 295.902,50 81.358,90
Maio 81.358,90 265.856,00 301.845,12 45.369,78
Junho 45.369,78 345.965,00 246.204,56 143.130,22
Total 1.667.037,59
Tabela 2
Mês (EI+EF)/2 Estoque médio (R$)
Janeiro (123.237,35 +
79.466,05)/2
101.851,70
Fevereiro (79.466,05 +
162.914,28)/2
121.190,17
Março (162.914,28 +
73.804,40)/2
118.359,34
Abril (73.804,40 +
81.358,90)/2
77.581,65
Maio (81.358,90 +
45.369,78)/2
63.364,34
Junho (45.369,78 +
143.130,22)/2
94.250,00
Total
ANÁLISE DE ESTOQUES PELO MÉTODO ABC
Analisar em profundidade milhares de itens no estoque é uma tarefa extremamente difícil e, na maioria das vezes,
desnecessária. É conveniente que os itens mais importantes, segundo algum critério, tenham prioridade sobre os
menos importantes. Assim, economizam-se tempo e recursos.
A análise ABC classi�ca as mercadorias através de alguma medida de desempenho para determinar quais itens não
devem faltar no estoque, quais itens podem �car em falta no estoque, ocasionalmente, e quais devem ser excluídos da
seleção de estoque.
A análise ABC utiliza o princípio geral de 80-20 que implica que 80% do valor dos estoques ou vendas são provenientes
de 20% dos itens em estoque ou vendidos.
Clique em cada um dos itens abaixo e veja como ocorrea sequência do processo de construção da curva ABC.
1 - Lista dos códigos dos produtos ou materiais com as unidades consumidas no período com os respectivos custos
unitários. (glossário)
2 - Tabela com a apuração do curso total por item (consumo unitário X custo unitário). (glossário)
3 - Tabela com o custo total por item. (glossário)
4 - Tabela com a colocação dos itens em ordem crescente. Cálculo do percentual de participação por item.
Acumulação do percentual calculado item a item. (glossário)
5 - Curva ABC. (glossário)
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA GESTÃO DE ESTOQUES
O desempenho e a e�cácia dos estoques podem ser aumentados substancialmente e a incerteza reduzida, integrando-
se às necessidades de informação (previsões, pedidos, planos de marketing, composição de estoque e posição da
expedição), para toda a empresa e os participantes da cadeia de distribuição.
A informação é um fator importante para melhorar a competitividade da logística. É tecnologia-chave para aperfeiçoar
o planejamento, as operações e a avaliação de desempenho.
Os chamados PRRs (Programas de Resposta Rápida) surgiram com o objetivo de reduzir custos de produção e
distribuição, bem como para intermediar o relacionamento entre empresas, seus fornecedores e clientes, através do
compartilhamento de informações.
Podemos citar alguns exemplos, como EDI e VMI já apresentados na aula anterior.
ECR (E�ciente Consumer Response) – o sistema seria uma estratégia de negócios entre fabricantes do setor de
alimentos e supermercadistas, a �m de atender às crescentes necessidades dos consumidores �nais ao menor custo
possível.
TÉCNICAS DE GESTÃO DE ESTOQUES
Segundo Ballou (1995, 217), existem várias formas de controlar a quantidade em inventário de modo a atender os
requisitos de nível de serviço e ao mesmo tempo minimizar o custo de manutenção do estoque. Anos de pesquisas e
aplicações geraram centenas de conceitos e métodos para administrar estoques. Veja, a seguir, algumas dessas
técnicas.
Fluxo Descontínuo de Material
Para Ching (2001, 40), esse é o sistema clássico, comumente conhecido como método de
empurrar estoque (push). O �uxo de material é “empurrado” ao longo do processo pela
fábrica até a distribuição, para suprir clientes. Ele começa com a previsão de vendas que é a
base para os programas de produção. À medida que os pedidos dos clientes chegam, eles
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gesca4/galeria/aula7/docs/aula07_pdf01.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gesca4/galeria/aula7/docs/aula07_pdf02.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gesca4/galeria/aula7/docs/aula07_pdf03.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gesca4/galeria/aula7/docs/aula07_pdf04.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gesca4/galeria/aula7/docs/aula07_pdf05.pdf
são atendidos com os produtos acabados estocados nos depósitos. Para repor os estoques
nos depósitos, a fábrica produz contra a previsão de vendas e não contra a demanda atual
ou do depósito.
La vuelta de Martín Fierro (1879)
O JIT requer os seguintes pontos chaves:
• Qualidade: deve ser alta, porque distúrbios na produção por erros de qualidade reduzirão o
�uxo de materiais;
• Velocidade: essencial em caso de se pretender atender à demanda dos clientes
diretamente conectados com a produção em vez de por meio dos estoques;
• Con�abilidade: pré-requisito para se ter um �uxo rápido de produção;
• Flexibilidade: importante para que se consiga produzir em lotes pequenos, atingir �uxo
rápido e lead time (tempo de ressuprimento) curtos;
• Compromisso: essencial comprometimento entre fornecedor e comprador de modo que o
cliente receba sua mercadoria no prazo e local determinado sem que haja qualquer tipo de
problema em seu processo de entrada de mercadorias para venda.
Esse sistema possibilita que a empresa possua estoques próximos de zero, mas tenha o
produto e a matéria-prima disponíveis em curtíssimo espaço de tempo. Com isso, o cliente
tem menores custos de estocagem, aumenta sua produtividade, além de ter uma coisa a
menos com que se preocupar, podendo se dedicar ao seu negócio de fato (core business).
Fluxo Contínuo de Material
Era um ambiente de constantes alterações, os clientes demandam uma variedade crescente
de produtos, em lotes cada vez menores e mais frequentes, altas exigências de qualidade e
demanda veloz de entregas de seus fornecedores. Estas são exigências críticas de
competitividade em que as empresas precisam estar atentas caso queiram sobreviver. Um
enfoque distinto do �uxo de materiais, o de �uxo contínuo, fornece uma e�ciente resposta.
O �uxo contínuo é um re�namento da �loso�a do JIT. É comumente conhecido como
método de puxar estoque (pull).
As previsões de vendas de médio e longo prazo, agora são usadas para planejar as
necessidades de compras e devem re�etir a sazonalidade da demanda. Quando o pedido do
cliente chega, ele é transmitido online para a fábrica, e não para o depósito. A fábrica produz
contra a demanda, em ciclos de produção curtos e rápidos. Ela despacha o produto ao
cliente, diretamente ou por meio do estoque regulador, que pode ser apenas de
consolidação da carga ou terminais. Dessa forma, a demanda do cliente “puxa” o �uxo de
material.
As previsões de vendas de médio e longo prazo, agora são usadas para planejar as
necessidades de compras e devem re�etir a sazonalidade da demanda. Quando o pedido do
cliente chega, ele é transmitido online para a fábrica, e não para o depósito. A fábrica produz
contra a demanda, em ciclos de produção curtos e rápidos. Ela despacha o produto ao
cliente, diretamente ou por meio do estoque regulador, que pode ser apenas de
consolidação da carga ou terminais. Dessa forma, a demanda do cliente “puxa” o �uxo de
material.
Segundo esse enfoque, estoque de produtos acabados é evitado tanto quanto possível,
especialmente estoque de segurança. A razão disso é que a produção ocorre contra a
demanda real.
Fluxo Sincrônico de Material
De�ne-se o �uxo sincrônico de material como um novo enfoque que está emergindo, ainda
mais e�ciente, para o sistema de controle da produção. A produção e a distribuição se
tornam integradas por meio do uso da tecnologia da informação.
O �uxo do material é balanceado de uma só vez ao longo do processo de
compras/produção/distribuição por um sistema automatizado de gestão de materiais. Esse
sistema fornece um �uxo sincronizado de informação que atualiza simultânea e
instantaneamente todas as partes envolvidas: fornecedores, fábricas, estoque regulador e
distribuição.
A demanda real do cliente dá início ao processo, porém o �uxo de material é agora
balanceado e a informação sobre a necessidade de material (seja produto acabado, seja de
matéria-prima) �ui paralelamente, não em série, para todos os envolvidos. Este enfoque
fornece uma resposta mais rápida às mudanças no mercado.
As demandas são capturadas instantaneamente no ponto-de-venda e transmitidas online
para um módulo de processamento de transações que processa as demandas e otimiza as
relações de custo-benefício envolvidos (como carga ideal, melhor roteiro, volume mínimo) e
alimenta os resultados para todas as partes envolvidas.
PLANEJAMENTO E GESTÃO DE MATERIAIS
A partir da globalização dos mercados, do aumento da concorrência, da necessidade de maior diversi�cação de
produtos e melhoria constante em e�ciência operacional, a gestão de demanda passou a ser assunto central na gestão
de operações.
Segue uma breve revisão de alguns conceitos relacionados à gestão de demanda em operações industriais, em
ambientes que requerem alta �exibilidade, alta diversidade e baixos custos, abordando os seguinte tópicos e suas
correlações:
a) Gestão de demanda
Previsões de demanda desempenham um papel-chave em diversas áreas na gestão de
organizações. A área �nanceira, por exemplo, planeja a necessidade de recursos analisando
previsões de demanda de longo prazo; as mesmas previsões também servem às áreas de
recursos humanos e marketing, no planejamento de modi�cações no nível da força de
trabalho e nas vendas. Talvezmais do que em qualquer outra área de uma organização,
previsões de demanda são essenciais na operacionalização de diversos aspectos do
gerenciamento da produção. Alguns exemplos são a gestão de estoques, o desenvolvimento
de planos agregados de produção e a viabilização de estratégias de gerenciamento de
materiais. São inúmeras as aplicações de previsão dentro de uma empresa. A
operacionalização satisfatória de estratégias de planejamento e controle da produção, por
exemplo, está fortemente associada a existência de um sistema e�ciente de previsão de
demanda.
b) Planejamento e controle de produção
Os sistemas de produção devem ser classi�cados sobre os critérios de:
• Competitividade;
• Estratégia de produção;
• Complexidade dos produtos;
• Tecnologia; e
• Diversidade.
O foco do PCP, segundo os autores, pode ser de�nido segundo programação ou
planejamento (se produz para estoque, o foco é planejamento; se produz sob encomenda, o
foco é programação; e se produz sob encomenda com alta variedade de produtos �nais o
foco é tanto planejamento quanto programação). A classi�cação dos sistemas de produção
é dada a partir do nível de repetibilidade da produção, podendo ser: contínuo puro,
semicontínuo, produção em massa, repetitivo, semirepetitivo, não repetititvo e grandes
projetos. A repetibilidade do sistema de produção se caracteriza a partir do comportamento
da demanda.
c) Gestão de capacidade
No setor de produção, além da gestão interna da capacidade a obtenção de matérias-primas
e componentes é vital e grande parte da capacidade encontra-se fora dos muros da
empresa, mas ainda dentro da cadeia, nos fornecedores. O controle sobre a capacidade
desses fornecedores, então, é fundamental para a análise da disponibilidade de matérias-
primas, insumos e sub-conjuntos e, portanto, da capacidade de produção. Nesse ambiente
de manufatura/montagem, algo que in�uencia muito a capacidade é o mix de produtos que
se vai fazer. Dependendo dele, a capacidade é maior ou menor. Existem mixes que
aumentam a capacidade sem que seja preciso mudar um parafuso. Uma dada combinação
de produtos usa melhor a estrutura produtiva. Da mesma forma, outras combinações
diminuem a capacidade, porque os produtos concorrem contra capacidades que estão na
rede ou na fábrica.
d) Captação de materiais
Um exemplo de problemas associado á falta de coordenação na cadeia de suprimentos é o
fenômeno da distorção da informação de demanda. Este fenômeno, conhecido como “efeito
chicote” (bullwhip effect), começou a ser estudado na década de 60, por Forrester (1961),
que chegou a seguinte conclusão: quando a demanda de um produto é transmitida ao longo
de uma série de empresas, por meio de pedidos, a variação entre a demanda conhecida na
empresa-cliente (a que envia o pedido) e a demanda conhecida na empresa-fornecedora) a
que recebe o pedido) cresce a cada transferência. As causas do efeito chicote estão
relacionadas com a estrutura de gestão descentralizada observada em grande parte das
cadeias de suprimento, a qual nem sempre distribui a informação adequadamente a todos
os elementos da cadeia.
e) Processamento das Variações de Demanda
A distorção da demanda surge devido à falta de visibilidade que os fornecedores e
fabricantes têm do real consumo de seus produtos. Uma forma de reduzir esse aspecto é
compartilhando as informações de consumo com as empresas que atuam na cadeia de
distribuição.
f) Padronização e Modularização
Projetar mecanismos de montagem e�cientes e desenvolver produtos que possam ser
separados e ter suas partes padronizadas. A modularização no projeto de produto pode
ajudar aumentando a velocidade no processo de novos desenvolvimentos de produto.
Orientando o projeto base dos novos produtos assim como maximizando o uso dos
componentes padronizados existentes, economizando recursos (�nanceiros e humanos),
bem como reduzindo o tempo requerido. Isto implicará, certamente, em ganhos �nanceiros
e de tempo, nos processos de desenvolvimento.
g) Distribuição de produtos acabados
Conforme citado por Helder et al. (2000), entre as práticas mais usuais em Supply Chain
Managemente (SCM), uma que exerce extrema importância é o sistema de postergação.
Este sistema visa atender às necessidades de customização em massa conseguindo
disponibilizar uma alta variedade de produtos a baixo preço. Isto é possível porque o
sistema de postergação consegue garantir a customização dos produtos sem que haja,
entretanto, a  perda das vantagens provenientes da economia de escala. Esta técnica
consiste em uma forma e�caz de lidar com variações de demanda e de possibilitar entregas
mais rápidas e con�áveis, criando centros de diferenciação de produtos ao longo da cadeia
onde um determinado produto semi-acabado é guardado até que chegue um pedido com,
por exemplo, certas especi�cações de embalagem. Aí então, o produto pode ser acabado de
acordo com o pedido do cliente. A remodelagem do produto e do processo, a �m de retardar
o ponto de diferenciação do produto, aumentam a �exibilidade do processo para lidar com
as variações do mercado.
ATIVIDADE
Leia atentamente o estudo de caso proposto com base na Companhia Brasileira de Distribuição para entender o
problema. Clique aqui (glossário) para ler o texto e depois escreva sua resposta no campo ao lado.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gesca4/galeria/aula7/docs/aula07_pdf06.pdf
Resposta Correta
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