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1
INTRODUÇÃO
Desde que a molécula de DNA foi descoberta, em 1953, a capacidade de entender os fenômenos vitais no âmbito molecular cresceu assustadoramente. Assim, existe a possibilidade de manipulação do DNA para produzir modificações importantes nos seres vivos. Essa capacidade permitiu o surgimento da engenharia genética.
A genética clássica apresentou aos médicos uma longa lista de doenças causadas por genes mutantes. O estudo dessas doenças começou logo após a redescoberta do trabalho de Mendel. Em 1909, Archibald Garrod, médico e bioquímico britânico, publicou um livro intitulado Inborn Errors of Metabolism (Erros Inatos do Metabolismo). Nesse livro, Garrod documentou como as anormalidades metabólicas podem estar associadas a alelos mutantes. “As pesquisas foram produtivas, e, nas décadas seguintes, foi identificado e catalogado um grande número de distúrbios humanos hereditários, possibilitando à medicina diagnosticar doenças genéticas, a rastreá-las nas famílias e a prever as chances de um determinado indivíduo herdá-las. ” (SNUSTAD, D.P. e SIMMONS).
A maior contribuição para a genética atual foi dada por Gregor Mendel (1822-1884), que realizou experimentações com ervilhas. Mendel postulou que a transmissão dos caracteres hereditários era feita por meio de “fatores” que se encontravam nos gametas. Hoje, conhecemos esses “fatores” como genes, fator genético que ajuda a determinar um traço; definido em nível molecular como uma sequência de DNA que é transcrita em uma molécula de RNA.
Cada gene está localizado em um local do cromossomo chamado locus; locus gênico é o local específico em um cromossomo onde um gene está localizado. As características hereditárias dos genes são transmitidas dos pais aos filhos. Os genes podem sofrer mutações, e, as mutações que os genes acumulam ao longo do tempo, podem resultar benéficas para a evolução da espécie. 
Agora é possível explicar os resultados de Mendel sobre a base do comportamento dos cromossomos e dos genes. Estes se encontram em pares - um em cada cromossomo homólogo – e os dois membros de cada par são denominados alelos. Em cada cromossomo homólogo o alelo ocupa um lugar chamado locus (plural, loci). Existe alelo de caráter dominante e recessivo. Um alelo é dominante se tiver o mesmo efeito fenotípico em heterozigotos e homozigotos, isto é, os genótipos Aa e AA produzem fenótipos iguais. O Caráter recessivo, por sua vez, é aquele que não se manifesta na presença de seu alelo e é representado por letra minúscula, em dose simples (aa).
1. ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS ESTRUTURAIS E NUMÉRICAS
 
1.1. ALTERAÇÕES NUMÉRICAS
Ocorre quando há perda ou aumento do número dos cromossomos, podendo acontecer nos autossomos ou nos cromossomos sexuais. Essas alterações causam distúrbios e anomalias como a Síndrome de Down provocada pela trissomia do cromossomo 21, a síndrome de Turner, causada pela monossomia do cromossomo sexual X, a síndrome de Klinefelter, provocada pela trissomia dos cromossomos sexuais; a síndrome de Patau, causada pela trissomia do 13, e a síndrome de Edwards, causada pela trissomia do cromossomo 18.
Síndrome de Patau
Ocorre em indivíduos que apresentam adição cromossômica (trissomia do 13), somando um total de 47 cromossomos (2n+1). A frequência estimativa ao nascimento desses indivíduos é de 1/20.000. A doença apresenta os seguintes sintomas: deficiência mental e surdez, convulsões musculares leves, fenda labial e/ou palatina, anomalias cardíacas, calcanhar proeminente. 
1.2. ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS
As mutações estruturais provocam a quebra em pedaços dos cromossomos provocando anomalias significativas. Essas alterações podem ser causadas pela deleção, duplicação, inversão e translocação.
DELEÇÕES
Nos seres humanos, uma deleção no braço curto do cromossomo 5 é responsável pela síndrome de cri-du-chat. O nome (do francês, “miado de gato”) é originado pelo som emitido, semelhante ao miado de um gato, pelos recém-nascidos com essa síndrome. Uma criança heterozigota para essa deleção tem cabeça pequena, olhos bem espaçados, rosto redondo e déficit intelectual.
DUPLICAÇÕES
Mutação na qual parte do cromossomo é duplicada. Um indivíduo homozigoto para uma duplicação carreia a duplicação em ambos os cromossomos homólogos, e um indivíduo heterozigoto para uma duplicação tem um cromossomo normal e o outro com a duplicação.
INVERSÕES
A inversão cromossômica ocorre quando um segmento do cromossomo é invertido – gira 180°. Os organismos individuais com inversões não perdem nem ganham nenhum material genético; apenas a sequência de DNA foi alterada. Contudo, essas mutações têm profundos efeitos no fenótipo.
TRANSLOCAÇÃO
Uma translocação ocasiona o movimento do material genético entre cromossomos não homólogos ou dentro do mesmo cromossomo. A translocação não deve ser confundida com crossing over, em que ocorre troca de material genético entre cromossomos homólogos.
2. HERANÇAS MONOGÊNICAS AUTOSSÔMICAS DOMINANTES E RESSEVIVAS
HERANÇAS AUTOSSÔMICAS
O cariótipo humano apresenta 46 cromossomos organizados em ordem crescente (de 1 a 22 + 2), isto é, cada par cromossômico ocupa uma posição de 1 a 22, chamados autossomos, mais 2 cromossomos não autossômicos, conhecidos como cromossomos sexuais, XX ou XY, os quais determinam o sexo.
•Cromossomos autossômicos = cromossomos do corpo =44; 
•Cromossomos sexuais = determinam o sexo = 2 (XX ou XY);
As células humanas possuem 44 cromossomos denominados autossômicos, mais 2 cromossomos sexuais XX ou XY.
DISTÚRBIO MONOGÊNICO 
É determinado por alelos em um único locus. Caracteriza-se pelo seu padrão de herança nas famílias, o qual depende de dois fatores: o local cromossômico do locus gênico (autossômico ou ligado ao X) e se o fenótipo é dominante ou recessivo. 
Existem quatro padrões básicos de herança monogênica: 
1. Autossômica dominante 
2. Autossômica recessiva 
3. Dominante ligado ao X 
4. Recessiva ligada ao X
HERANÇA AUTOSSÔMICO DOMINANTE
Ocorre nos autossomos. Basta um alelo mutante para expressar o fenótipo, ou seja, este é expresso da mesma maneira em homozigotos e heterozigotos. O fenótipo em geral aparece em todas as gerações, com pessoas tendo um genitor afetado. 
Qualquer filho de um genitor afetado tem um risco de 50% de herdar a característica quando o outro genitor é normal. Membros fenotipicamente normais não transmitem o fenótipo para seus filhos. Homens e Mulheres têm a mesma probabilidade de transmitir o fenótipo aos filhos de ambos os sexos.
HERANÇA AUTOSSÔMICO RECESSIVO 
Ocorre apenas nos homozigotos; portanto, devem ter herdado um alelo mutante de cada genitor. Para a maioria das doenças autossômicas recessivas, ambos os sexos têm a mesma probabilidade se serem afetados; o risco de os filhos receberem o alelo recessivo de cada genitor e serem afetados é de 25%.
POLIDACTILIA
 A polidactilia é um fenótipo dominante raro das mãos e dos pés humanos. A polidactilia, é caracterizada por dedos extras das mãos ou dos pés, ou de ambos, e é determinada por um alelo Dominante. É uma síndrome relativamente comum em seres humanos. A polidactilia é comum nos vertebrados, em gatos, galinhas, camundongos e outras espécies. 
Cruzamento - Polidactilia
https://slideplayer.com.br/slide/1269943/
Esse distúrbio é causado por uma mutação dominante, (P) que se manifesta em alguns de seus portadores.
ACONDROPLASIA 
Tipo de nanismo causado por um alelo autossômico dominante. Os indivíduos homozigotos morrem antes de nascer; em indivíduos heterozigóticos apresentam a anomalia, mas conseguem sobreviver. Indivíduos com acondroplasia apresentam: distúrbio esquelético, membros curtos, cabeça grande, ponte nasal baixa, lordose lombar, mãos pequenas, em tridente. 
No heredograma ao lado, os símbolos preenchidos representam pessoas afetadas por uma doença hereditária (acondroplasia). O padrão de herança observado por essa doença é dominante autossômica, porque os pais afetados (I–1 e I–2) tiveram uma filha normal (II–2).
https://www.biologiatotal.com.br/medio/biologia/exercicios/genetica
FENILCETONÚRIAÉ uma doença de transmissão autossômica recessiva. Foi a primeira doença genética a ter um tratamento realizado a partir de terapêutica dietética específica. Apresenta-se de forma transitória, leve e clássica, dependendo do grau de atividade enzimática envolvida. A criança portadora de fenilcetonúria apresenta quadro clínico com deficiência intelectual, agitação psicomotora, comportamento autista, entre outros. Na condição homozigota, a mutação causadora de fenilcetonúria tem efeito materno. As mulheres homozigotas para essa mutação influenciam o desenvolvimento intrauterino dos filhos. Por ser uma doença autossômica recessiva, a fenilcetonúria não estará relacionada aos cromossomos sexuais e pode ser representada como o par de alelos aa. Uma mulher portadora será heterozigota Aa. O pai dos filhos também será portador Aa, já que seu pai possuía fenilcetonúria. Um cruzamento entre os pais seria Aa x Aa, resultando em 25% dos filhos AA, 50% Aa e 25% aa. A probabilidade de a criança nascer com fenilcetonúria é de 25%.
ALBINISMO
O albinismo é atribuído a um defeito na síntese de melanina, que resulta em uma produção reduzida desse pigmento. Em diversos tipos de albinismo, ocorre mutação no gene da tirosinase, que leva à perda da função da enzima tirosinase sobre o melancólico. Tem padrão de herança sempre autossômica recessiva, com exceção do albinismo ocular de Nettleship-Falls – que é recessiva ligada ao X.
 https://www.biologiatotal.com.br/medio/biologia/exercicios/genetica
3. Heranças monogênicas ligadas ao X
O padrão de herança das anomalias dominantes determinadas por genes ligados ao cromossomo X difere daquele apresentado pelas doenças dominantes autossômicas, apesar de, nesses dois padrões de herança, os indivíduos anômalos serem, usualmente, filhos de pai ou de mãe com a mesma anomalia, e de os indivíduos normais, filhos de anômalos, não transmitirem a anomalia a seus descendentes. É que numa heredopatia determinada por um gene ligado ao cromossomo X, os homens anômalos casados com mulheres sem a anomalia somente são capazes de transmitir essa heredopatia a suas filhas, mas não a seus filhos, pois, normalmente, o cromossomo X paterno só é transmitido às filhas.
HEMOFILIA
Doença hemorrágica que causa distúrbio da coagulação sanguínea ligado ao X. O portador tem tendência ao sangramento excessivo mesmo em caso de pequeno ferimento. É um distúrbio hereditário dependente de um gene recessivo ligado ao sexo.
 
DALTONISMO
O daltonismo é um distúrbio recessivo ligado ao X. Indivíduos daltônicos são incapazes de distuinguir a cor verde da vermelha, enxergando, ao invés delas, as cores cinza, amarela ou azul. Entre os homens, aproximadamente 5% são daltônicos e cerca de 0,25% das mulheres também o são.
https://www.biologiatotal.com.br/medio/biologia/exercicios/genetica
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A genética desempenha um papel de extrema impotância na medicina. Os estudos de herança de doenças nas famílias têm sido de fundamental importância, haja visto que, muitas famílias ficavam sem explicações diante ao aparecimento de doenças hereditárias. O avanço das pesquisas a nível molecular contribuiu bastante no dagnóstico dos distúrbios causados pelas heranças genéticas. Vismos que Mendel deu início às pesquisas em suas experimentações com ervilhas, sem mesmo conhecer o gene, “causador” das características estudadas por ele.
O patrimônio genético que carregamos sofrerá, ao longo das gerções, mudanças que podem ser benéficas para a variabilidade da nossa espécie, bem como, poderá sofrer mutações que podem resultar em doenças e anomalias.
Todas as doenças genéticas envolvem defeitos a nível celular. Por isso, é necessário entender a biologia básica para se compreender as doenças genéticas. Podem ocorrer erros na replicção do material genético ou na tradução dos genes em proteínas. Tais erros normalmente produzem distúrbios monogênicos. Além disso, erros que ocorrem durante a divisão celular podem levar a distúrbios envolvendo cromossomos inteiros.
Portanto, a genética é um ramo da biologia celular que envolve vários fatores inteligados e dependentes. Isso faz da matéria, fascinante.

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