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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO Código: PE – X.X Processo: Estaca Hélice Continua PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DRENAGEM E REBAIXAMENTO DE LENÇOL Identificação: PE.RJ-2.4 Revisão: 01 1. OBJETIVO O objetivo desse procedimento é padronizar e fornecer as diretrizes básicas para execução de rebaixamento de lençol, drenagem superficial, galerias de águas pluviais e drenagem profunda, descrevendo procedimentos para execução das redes de drenagem. Este procedimento é aplicável às obras da Unidade Rio de Janeiro. 2. CONDIÇÕES PARA O INÍCIO DOS SERVIÇOS ITEM PRÉ-REQUISITOS ITEM REQUISITOS GERAIS 1 Recolhimento da ART de execução. 1 Equipamentos e ferramentas liberados para uso e calibrados, quando aplicável. 2 Terreno próximo da cota definitiva de terraplanagem. 2 Equipamentos críticos da obra com a sua manutenção periódica em dia. 3 Local limpo e sem obstruções. 3 Equipamentos operados por pessoal treinado e apto conforme normatização vigente. 4 Local demarcado e conferido pela topografia, pós demolição, se houver. 4 Projetos da obra disponíveis e na última versão. 5 Rebaixamento de lençol funcionando, se for necessário. 5 Materiais críticos inspecionados e controlados desde o recebimento até sua utilização final. 6 É recomendável que toda a terraplanagem já esteja realizada. 6 Produtos não conforme segregados e identificados, para evitar o uso não intencional. 7 Todo o material deve estar na obra a fim de se evitar ao máximo o tempo das valas abertas. 7 Resíduos gerados armazenados e destinados conforme PGRCC (Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil). 8 Verificar se existe projeto do empreendimento está aprovado no órgão competente (RIO – ÁGUAS). 8 Análise Preliminar de Risco (APR) elaborada e assinada antes do início das atividades. 9 Caso os projetos estejam aprovados no órgão, será necessário a comunicação ao órgão e a obtenção da A.I.O (Autorização de Início de Obra) 9 Planejamento Diário de Segurança (PDS) realizado. 10 Em obras de rebaixamento de lençol freático é necessária licença específica para lançamento das águas nas galerias. 11 Os equipamentos de proteção individual e coletiva devem estar disponíveis, conforme orientações do PCMAT da obra. 11 Análise do terreno de acordo com as sondagens da área. 12 Caso necessidade de troca de material observar licença de bota fora e importação do material. 13 Análise da topografia das cotas de fundo e topo para deságue final. 14 ARTs, Licenças de operação (transportador), licenças ambientais dos materiais importados entre outros. 3. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DOS MATERIAIS ITEM MATERIAL / PRODUTO ITEM MATERIAL / PRODUTO 1 Brita / Areia grossa lavada. 11 Canaletas de concreto. 2 Bidin. 12 Tela de nylon. 3 Tubo dreno PEAD corrugado. 13 Argamassa. 4 Tubo de concreto. 14 Aditivo. 5 Areia graduada. 15 Argila. 6 Tubo ranhurado de PVC ou aço. 16 Registros e conexões. 7 Mangote flexível. 17 Tubo de borracha. 8 Mangueira coletora. 18 Fios elétricos. 9 Peças pré-moldadas para sistema de coletas de águas pluviais. 19 Tampa de visita de ferro fundido conforme projeto específico. 10 Tubo PVC reforçado( Vinilfort). 20 Grelha de ferro fundido. 4. EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS ITEM EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS ITEM EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS ITEM EPIs MÍNIMOS 1 Nível topográfico. 8 Escovas. 1 Bota de segurança. 2 Pás. 9 Panos. 2 Capacete. 3 Enxadas. 10 Prumos de face e centro. 3 Colete refletivo. 4 Cavadeiras. 11 Réguas metálicas 4 Protetor auricular ou concha 5 Chibanca. 12 Escavadeiras e retroescavadeiras 5 Luvas de proteção. 6 Soquetes manuais. - 6 Óculos de proteção. 7 Soquetes pneumáticos ou compactadores de placa vibratória. - 7 Uniforme. 5. PARTICULARIDADE DO PROCESSO Em caso de troca de material sempre transportar com as NTR - Notas de Transporte de Resíduos (FORM-RJ.MAM-02-NTR). 6. MÉTODO EXECUTIVO 6.1. DRENAGEM ITEM PROCESSO DESCRIÇÃO DO PROCESSO ILUSTRAÇÃO 1 Obras de drenagem · Deve ser conferido o nível de projeto com o nível da rua e com o nível referenciado no projeto arquitetônico aprovado. A locação dos elementos de drenagem deverá ser executada pelo seu eixo principal. Serão utilizados gabaritos de madeira pelo seu ponto central (poço de visita) ou com base no dispositivo hidráulico principal (bocas-de–leão e/ou bocas-de-lobo, que são os pontos de captação de água). · Deverão ser demarcados no terreno os limites previstos na escavação para implantação das obras. · Deverão ser implantadas referências topográficas ao longo das obras, externamente à área de trabalho e em locais protegidos para utilização no exato posicionamento das obras nas fases seguintes. 2 Escavação de valas a céu aberto · As escavações das valas e cavas para implantação das tubulações e dispositivos associados a galerias serão executadas manualmente com o auxilio de ferramentas apropriadas ou mecanicamente por meio de retroescavadeira ou escavadeira. · A complementação da escavação será feita manualmente, sendo nesta operação realizados os serviços de regularização, nivelamento e compactação do fundo da vala, quando o solo for instável. · Para a compactação do fundo devem ser utilizados soquetes manuais ou compactadores manuais de placa vibratória e soquetes pneumáticos. · Para evitar a inundação das valas por águas superficiais, cuidados especiais deverão ser tomados no sentido de proteger as bordas das escavações como criação de valetas estrategicamente localizadas para captação das águas na crista do talude. · Seguir as recomendações da NR-18: - Prever escoramento da vala para aberturas superiores a 1,25 m de altura, ou fazer taludes nas paredes da vala se o espaço permitir; mantendo a estabilidade da região de trabalho. - Os acessos devem ser garantidos por escadas com guarda corpo laterais com patamar intermediário quando a altura ultrapassar 2,00m ou rampas de acesso protegidas. - Em casos que a profundidade seja de tal forma que necessite de escoramento, antes de iniciar o serviço necessitamos de ART, projeto e memória de cálculo do - Em casos que a profundidade seja de tal forma em que fabricante dos escoramentos (blindagens). a formação de taludes nas valas sejam estáveis, necessitamos de ART e laudo de estabilidade de taludes pelo consultor. - É recomendável a validação do consultor nos taludes executados em cada visita ao canteiro, registrando no caderno de fundações. - Os materiais provenientes da escavação da vala devem estar distantes no mínimo da metade da sua profundidade. 3 Assentamento de tubos de concreto · Dimensões e inclinações indicadas no projeto do tipo ponta e bolsa atendendo a norma técnica NBR 8890. O assentamento deverá ser efetuado com argamassa que garanta resistência, rejuntado tanto pela face externa e interna a partir do Ø 1,00m, sobre berço de areia ou brita. Os tubos de concreto armado podem ser de classes CA1, CA2, ou conforme projeto específico. · Antes do assentamento dos tubos deve-se verificar se as juntas a serem acopladas estejam perfeitamente limpas, isentas de poeira, nata de cimento, argila ou irregularidades. · A limpeza deve ser feita com escovas, panos ou ainda, ferramentas leves, para a retirada de materiais incrustados, tanto na bolsa como na ponta. · Os tubos de concreto devem ser assentados sobre embasamento perfeitamente alinhado, de forma a permitir o arraste dos tubos para o encaixe. · Os tubos deverão ser acoplados de maneira que a bolsa esteja parada e a ponta se desloque para o interior da bolsa. · O equipamento de içamento manterá a ponta do tubo na altura exata do encaixe, sendo o alinhamento lateral efetuado através de alavancas. · Deve-se revisar constantemente o alinhamento dos tubos na altura como na lateral, observando-se sempreo encontro entre ponta e bolsa, para que não ocorra nenhum deslocamento. · O processo se segue até que seja notado o endurecimento da argamassa de assentamento, não permitindo mais movimentos. Neste ponto, os tubos já estarão acoplados, existindo contato entre o concreto da ponta e o da bolsa. · No caso de deslocamentos imprevistos ocorridos durante a operação de acoplamento, deve-se fazer o uso de alavancas ou cunhas de madeira, batidas com martelo, para reposicionamento na posição correta. · As valas de assentamento das redes deverão ter dimensão suficiente para propiciar o perfeito adensamento e compactação no material de reaterro. 4 Aterro de valas · Este serviço só será executado após a colocação da tubulação e verificação da linearidade e declividade. · A compactação será feita com soquetes manuais, compactadores mecânicos, placas vibratórias ou rolos compactadores. · Em caso de vala escorada, a saída do escoramento deve ser concomitante com o reaterro. · Quando o nível da camada inferior de estroncas for atingido pelo aterro, as estroncas serão removidas, assim como, as longarinas e consoles. - 5 Drenagem Superficial (detalhes de execução) 5.1. Poços de visitas e outras execuções · Escavação mecanizada da vala, regularização e compactação do fundo da vala e execução do lastro de brita e lastro de concreto magro. · Execução de laje de fundo, alvenaria em blocos de concreto, enchimento do fundo e lançamento dos tubos superiores com reaterro compactado parcial. · Complementação da alvenaria até a altura da laje de tampa e execução da laje de tampa. · Execução da chaminé em alvenaria ou anel pré-moldado de concreto e complementação do reaterro compactado. · Não serão permitidas caixas de passagem para mudança de níveis ou declividade das tubulações sem tampas de inspeção. · As paredes dos poços de visita serão em bloco de concreto de 20 cm de espessura e preenchidos de concreto e revestidas internamente de argamassa. · Os fundos dos poços de visita serão de concreto armado sobre concreto magro. Esta camada deverá ser 0,50 m maior nas duas dimensões (comprimento e largura) que as suas dimensões externas. · Os deflectores devem estar numa altura até um terço da altura da tubulação. · As tampas de concreto armado dos poços de visita deverão ser dimensionadas de forma a absorver as tensões oriundas do tráfego sob os quais estarão sujeitas. · As tampas e grelhas dos PVs e caixas ralos deverão ser do modelo conforme especificado no projeto aprovado do órgão. 5.2 Boca de Lobo · Escavação para execução da boca de lobo. · Regularização do fundo da cava e execução do lastro de brita. · Execução da laje de fundo da boca de lobo. · Assentamento dos tubos de ligação da boca de lobo com poço de visita. · Execução das paredes da boca de lobo em alvenaria ou pré-moldado de concreto. · Reaterro compactado após a verificação e desobstrução das tubulações. · Assentamento das guias da boca de entrada. · Execução de sarjeta rebaixada (verificar as elevações). · Revestimento interno da boca de lobo. · Colocação da tampa de concreto pré-moldado. · Reaterro compactado complementar. 5.3 Boca de Leão · Escavação para execução da boca de leão. · Regularização do fundo da cava e execução do lastro de brita. · Execução da laje de fundo da boca de leão. · Assentamento dos tubos de ligação da boca de leão com poço de visita. · Execução das paredes da boca de leão em alvenaria de bloco de concreto, ou pré-moldado de concreto. · Reaterro compactado após a verificação e desobstrução das tubulações. · Assentamento das guias da boca de entrada. · Revestimento interno da boca de leão. · Colocação da grelha de ferro fundido conforme especificação. · Reaterro compactado complementar. · Execução de sarjeta rebaixada (sarjetão) (verificar as elevações). 5.4. Drenagem de Cortina (moldada in loco) · Nos muros e baldrames é recomendada a instalação de dispositivo drenante (geocomposto drenante), constituído por um núcleo drenante, e duas faces com filtro geotêxtil, aplicada sobre a cortina. 5.5 Drenagem em Muros (com declividade no tubo de captação) 5.6 Drenagem em Muros e Taludes (com canaleta “meia cana”) · Valas deverão ser abertas de forma mecanizada ou manual com o auxílio de ferramentas apropriadas. · O controle de inclinação da vala deverá ser feito geometricamente, devendo obedecer rigorosamente às cotas de fundo e inclinação conforme projeto específico. Fazer um coxim de areia para assentamento das peças. · As canaletas deverão ser assentadas e unidas com argamassa à base de areia e cimento. Durante a execução, verificar o nivelamento e alinhamento das mesmas. · Após o assentamento, fazer o reaterro e compactação manual ou lastro de concreto conforme indicação de projeto. 5.8. Escada Hidráulica · As escadas são dissipadores de energia hidráulicos promovendo a redução das velocidades de escoamento. · Escavação da vala para assentamento dos dissipadores deve obedecer aos alinhamentos, cotas e dimensões indicadas no projeto. · Regularização da vala escavada com compactação com emprego de compactador mecânico a fim de garantir o suporte necessário para o dissipador, em geral de considerável peso próprio. · Colocação e amarração das armaduras definidas pelo projeto, no caso de utilização de estrutura de concreto armado. No caso das alvenarias laterais, prever arranques já no piso da escada. · Lançamento de concreto magro com utilização de concreto de cimento amassado em betoneira ou produzido em usina e transportado para o local em caminhão betoneira, sendo o concreto dosado experimentalmente para resistência característica à compressão (fck) min., aos 28 dias de 15 Mpa. · É recomendado que a declividade do patamar seja em torno de 3% e a base seja igual a altura. · Lançamento, vibração e cura do concreto tomando-se as precauções anteriormente mencionadas. · Execução das alvenarias laterais e das paredes de dispositivos acessórios, como dentes e degraus, limitando-se os segmentos a serem executados em cada etapa e execução de juntas de dilatação, a intervalos de 12,0 m. Deve ter atenção a calafetagem das paredes das escadas afim de evitar escoamento lateral das águas superficiais. · Recomposição do terreno lateral às paredes dos dissipadores com colocação e compactação de material escolhido do excedente da escavação, com a remoção de pedras ou fragmentos de estrutura que possam dificultar a compactação. · Sendo o material local de baixa resistência, deverá ser feito o preenchimento dos vazios com areia. · No caso de utilização de caixas deverá ser feito o lançamento e arrumação cuidadosa das pedras visando criar alterações bruscas no fluxo d’água (dissipar energia) Para as saídas de sarjetas e valetas usar pedra de mão com diâmetros entre 10 e 15 cm e para saídas de bueiros, diâmetros de 15 cm a 25 cm. · As paredes das escadas hidráulicas enterradas serão em concreto armado ou em bloco de concreto preenchidos de concreto, com cinta armada de coroamento no sentido longitudinal e transversal, revestidas internamente e externamente de argamassa. · Os fundos das escadas hidráulicas serão em concreto armado com espessura mínima de 0,10 m sobre camada de brita e solo compactado, devendo-se prever saliências em espaçamentos suficientes para evitar o seu escorregamento (de 2 em 2 m ou conforme projeto se houver). · Ao final das escadas hidráulicas deverão ser executados muros de alas de configuração adequada à dissipação de energia das águas e de forma a não provocar erosão no terreno. · As cotas e a locação dos elementos de drenagem deverão ser executadas pelo eixo principal seguindo o projeto específico de drenagem. Poços de visitas e outras execuções Boca de Lobo Corte Boca de Leão Planta Corte Longitudinal Corte transversal Detalhe genéricode execução de rede de drenagem em canaleta “meia-cana” em talude (execução deverá ser feita na crista e pé do talude). 6 Drenagem Profunda (detalhes de execução de drenagem em subsolos de edifícios) 6.1 Drenagem de Subsolos · Valas deverão ser abertas de forma mecanizada ou manual com o auxílio de ferramentas apropriadas. · O controle de inclinação dos tubos-dreno deverá ser feito geometricamente, devendo ser obedecidas rigorosamente as cotas de assentamento dos tubos e as distâncias indicadas em projeto. · Antes da colocação do geotêxtil, se houver lama acumulada no fundo da trincheira, remove-la e lançar uma camada de areia para proteger o geotêxtil contra queda de eficiência. · Após a colocação do geotêxtil, lançar uma pequena camada de brita de aproximadamente 5 cm para então ser posicionado o tubo-dreno. Completar com brita até a cota especificada em projeto. É importante que a pedra britada das trincheiras seja totalmente envolvida pelo geotêxtil, assegurando-se que não haja nenhum ponto de fuga de finos pelo interior do sistema drenante, evitando assim entupimentos e erosão do solo. 7 Dissipação em rachão · No final das obras de drenagem definitiva em concreto (canaletas, descidas em degrau e galerias pluviais), com a existência ou não de estruturas de dissipação de energia (blocos de impacto, degraus), onde a água passa a escoar pelo terreno natural, deverão ser executados revestimentos em rachão para dissipação de energia e/ou controle de erosão no pé das estruturas. · As dimensões desses dispositivos deverão ser definidas pelo projeto ou a critério da fiscalização durante a execução dos trabalhos em função das necessidades locais e do tipo de material existente na fundação. · Deverá ser constituída uma transição/filtro em material granular ou manta geotêxtil conforme indicado no projeto. · O rachão deverá ser lançado após a remoção dos materiais inadequados existentes na área, a critério da fiscalização, e na sequência feita à compactação manual, de forma a se obter um bom imbricamento entre as partículas, criando uma superfície uniforme sem blocos soltos. - 8 Preservação dos serviços acabados · Executar pescoço de proteção nos PVs antes da pavimentação/concretagem, evitando a deposição excessiva de solo dentro das tubulações. - 6.2. REBAIXAMENTO DE LENÇOL ITEM PROCESSO DESCRIÇÃO DO PROCESSO ILUSTRAÇÃO 1 Bombeamento direto · Também denominado de esgotamento de vala, este método consiste em recalcar a água para fora da área de trabalho, conduzindo-a por meio de valetas executadas no fundo da escavação, e acumulada em um ou vários poços construídos abaixo da escavação ou área de trabalho. · Depois de escavar o terreno, realizar em suas extremidades valetas para que a água do solo seja direcionada para esse local. · Fazer alguns poços dentro das valetas, com nível abaixo da escavação, conforme figura ao lado. A quantidade de poços irá variar de acordo com o fluxo de água no terreno. · Dentro do poço, colocar um “tambor” furado ou qualquer dispositivo para proteger a bomba, pode-se colocar uma camada de brita para proteger e filtrar a água que será retirada pela bomba. · Em terrenos muito argilosos é comum a formação de muita lama. Nesses casos, mesmo com a colocação de brita não é suficiente, a bomba tende a não funcionar corretamente. Deve-se trocar a bomba por outro modelo, a chamada bomba submersível tipo “lameira”. · Fazer a instalação da bomba no poço para recalque. · Direcionar a água retirada do solo para o local apropriado. A potência da bomba deverá ser escolhida conforme a necessidade da obra. As bombas são acionadas quando a água atinge o volume determinado no projeto. 2 Ponteiras filtrantes · Também conhecidas pela denominação inglesa Well point ou sistemas de poços filtrantes, as ponteiras filtrantes permitem executar o rebaixamento do nível do lençol freático de toda a área de trabalho. · As ponteiras são tubos de ferro galvanizado ou PVC, e o tubo é perfurados e envolvido por tela de Nylon. Instalação das ponteiras filtrantes · Fazer a locação dos eixos das ponteiras com o espaçamento conforme o projeto. · Perfurar os poços com diâmetro variando entre 10 a 15 centímetros e inserindo, nos poços, as ponteiras conectadas a tubos que vão até acima da superfície. · Todos os tubos ligados à ponteira deverão ficar na mesma altura, para que a rede coletora fique no mesmo nível. · Colocar a ponteira dentro do poço e ao redor da ponteira é colocado areia grossa ou brita. · Com a ponteira instalada no fundo do poço é executada a vedação da parte superior do poço (selo de argila). Observação: O Sistema de drenagem com ponteiras filtrantes deve envolver a área onde o nível do lençol deverá ser rebaixado. Esse sistema é eficiente para rebaixar 5 metros de profundidade em solo menos permeável. Rede coletora · Instalar um mangote flexível nos tubos que estão conectados às ponteiras. · Os mangotes deverão ser instalados no cilindro com uma válvula para controlar o vácuo, sendo que está será a rede coletora. · A rede coletora deverá ser fixada nos perfis metálicos, longarinas ou cortinas. · Verificar no projeto se existe a câmara de vácuo, pois ela é acoplada a rede coletora e em seguida instalada a bomba de vácuo. · É recomendável que seja realizada uma caixa de areia na saída final do rebaixamento das águas, a fim de evitar o assoreamento das redes de águas pluviais. Observação: A água é extraída por meio de sucção através das ponteiras. Recomenda-se que a bomba de vácuo fique o mais próximo possível da boca de lobo ou deposito construído pela obra, onde será depositada a água retirada do solo. Processo de perfuração. Instalação da ponteira. Funcionamento da câmara de vácuo. Sistema de ponteiras. 7. VERIFICAÇÃO E LIBERAÇÃO Nota: As medições somente devem ser liberadas mediante serviços executados e com suas inspeções registradas nas FVS´s sem pendências. 7.1. DRENAGEM O QUE VERIFICAR COMO VERIFICAR RESULTADO ESPERADO Escavação/Caimento Nível e visual. - Dimensão dos tubos Trena. 0 cm Especificação do Tubo Visual Conforme projeto Limpeza e compactação Valas Visual. - Colocação manta geotextil Visual. Conforme projeto Caimento após colocação tubo dreno Trena e nível (verificar projeto). Conforme projeto Caminhamento da tubulação Visual. Conforme projeto PV/BocaLobo/Leão - quantidade/cota fundo /posicionamento Visual (quantidade) e trena (cota fundo). Conforme projeto Brita envolvendo tubo dreno Visual. Conforme projeto Fechamento e costura manta geotextil com arame galvanizado Trena e visual. mín 15 cm de transpasse 7.2. REBAIXAMENTO DE LENÇOL O QUE VERIFICAR COMO VERIFICAR RESULTADO ESPERADO REBAIXAMENTO DE LENÇOL - BOMBEAMENTO DIRETO Escavação do terreno concluída. Visual - Execução de valetas no terreno. Visual / Trena - Execução de poços dentro das valetas com nível abaixo da escavação (suficiente para instalação de bomba). Visual / Trena ± 10mm Instalação da bomba de recalque conforme orientação do fabricante. Visual - Direcionar a água retirada do solo para o local apropriado. Visual - Após a instalação da bomba, avaliar nas próximas 24h se a potência da bomba atende o volume de água. Visual - REBAIXAMENTO DE LENÇOL - PONTEIRAS FILTRANTES As ponteiras estão conforme projeto (material e comprimento). Visual / Trena ± 10mm Perfurar os poços com diâmetro de projeto. Visual / Trena ± 10mm Ponteiras inseridas e conectadas a tubos ate a superfície. Visual - Os tubos ligados à ponteira estão na mesma altura. Visual - Brita ou Areia ao redor da ponteira e do tubo. Vedação da parte superior do poço. Visual - Instalação da bomba conforme fabricante Visual - Direcionar a água retirada do solo para o local apropriado. Visual - Após a instalação da bomba, avaliar nas próximas 24h se a potência da bomba atende o volume de água. Visual- 8. REGISTROS · FVS.RJ – 2.4a – Drenagem. · FVS.RJ – 2.4b – Rebaixamento de Lençol. 9. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA · Projeto de rede de drenagem; · Projeto de hidráulica; · PCMAT; · Memorial Descritivo de hidráulica. 10. CONTROLE DE REVISÃO REVISÃO DATA DESCRIÇÃO DA REVISÃO 00 05/05/2016 Emissão inicial 01 14/06/2017 Revisão dos itens 2, 3, 4, 5, 6 e 7. - - - 11. CONTROLE DE APROVAÇÃO CONTROLE DE ELABORAÇÃO Elaborado por Victor Monteiro Teixeira – Gerente de Obras. Elaborado por Comitê de GGO´s, GO´s, Qualidade e Segurança. CONTROLE DE APROVAÇÃO Analisado por Hugo Poubel – Gerente Geral de Obra – UNRJ Aprovado por Fábio Barros – Diretor de Construção UNRJ 1 de 11 Página 1 de 11 Antes de utilizar este procedimento, verifique a versão vigente no Autodoc Qualidade.