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Objetivos do encontro Balanço de potências Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Transformação ou conversão estrela triângulo Revisão equações simultâneas e regra de Cramer Análise Nodal Balanço de potências Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Um circuito elétrico pode ser equacionado também através de suas potências ativas e passivas. Tomemos como exemplo o da figura 2.48. (2.22) = 1 + 3 + 2 = 1 + 3 + 2 (2.23) (2.24)1 1 + 3 3 + 2 2 = 12 1 + 32 3 + 22 2 Figura 2.48 Transformação ∆ - Y Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel A figura 2.49 mostra um circuito resistivo em Y (ipsilon), também conhecido por estrela, e um circuito em ∆ (delta), também conhecido por triângulo. O circuito Y pode ser desenhado na forma de T (circuito tê), e o circuito ∆ pode ser desenhado na forma de um (circuito pi). Figura 2.49 Transformação ∆ - Y Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel (2.25) (2.26) (2.27) (2.28) A equivalência e a correspondente relação entre estes circuitos pode ser calculado como: Figura 2.49 Exemplos Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Exemplo 1 : Converta a rede ∆ da Figura 2.50 em uma rede Y equivalente. Solução: Usando das Equações (2.26) a (2.28), obtemos Figura 2.50 Exemplos Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Exemplo 3 : Obtenha a resistência equivalente Rab para o circuito da Figura 2.52 e a use para encontrar a corrente i. Figura 2.52 Solução: Definição. O problema está claramente definido. Note que essa parte normalmente precisará de um investimento de tempo muito maior. Exemplos Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Figura 2.52 Apresentação. Fica claro, ao eliminarmos a fonte de tensão, que, no final das contas, temos um circuito puramente resistivo. Uma vez que ele é composto por deltas e ípsilons (triângulos e estrelas), há um processo mais complexo de associação de elementos. Podemos usar transformações estrela-triângulo como uma forma de abordagem na tentativa de encontrar uma solução. É útil localizar as estrelas (existem duas delas nesse caso, uma em n e outra em c) e os triângulos (existem três: can, abn, cnb). Exemplos Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Figura 2.52 Alternativa. Existem diferentes métodos que podem ser usados para solucionar esse problema. Já que o foco desta Seção é a transformação estrela-triângulo, esta deve ser a técnica a ser empregada. Outra abordagem seria encontrar a resistência equivalente injetando um amperímetro no circuito e encontrando a tensão entre a e b. Exemplos Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Figura 2.52 A abordagem que podemos aplicar aqui para nos certificarmos seria usar uma transformação estrela-triângulo como primeira solução para o problema. Posteriormente, podemos verificar a solução iniciando com uma transformação triângulo-estrela. Tentativa. Nesse circuito, existem duas redes Y e três redes ∆. Transformar apenas uma delas já o simplificará. Se convertermos a rede Y formada pelos resistores de formada de 5 Ω, 10 Ω e 20Ω. podemos selecionar Exemplos Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Portanto, das Equações (2.26) a (2.28), temos Exemplos Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Com o Y convertido em ∆, o circuito equivalente (com a fonte de tensão eliminada por enquanto) é mostrado na Figura 2.53. Associando os três pares de resistores em paralelo, obtemos Figura 2.53 de modo que o circuito equivalente é mostrado na Figura 2.54. Assim, determinamos Exemplos Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel entãoFigura 2.54 Observe que fomos bem-sucedidos na resolução do problema. Agora, temos de avaliar a solução. Exemplos Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Avaliação. Desta vez, precisamos determinar se a resposta está correta e em seguida avaliar a solução final. É relativamente fácil verificar a resposta; isso pode ser feito resolvendo o problema partindo de uma transformação triângulo-estrela. Transformemos o triângulo, can, em uma estrela. Seja Rc = 10Ω , Ra = 5 e Rn = 12,5 . Isso conduzirá ao seguinte (façamos que d represente o centro da estrela): Exemplos resolvidos Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Isso agora conduz ao circuito mostrado na Figura 2.55. Examinando a resistência entre d e b, temos duas associações série em paralelo, o que resulta em Figura 2.55 E está em série com o resistor de 4,545Ω, ambos os quais estão em paralelo com o resistor de 30Ω . Isso resulta, em seguida, na resistência equivalente do circuito. Exemplos resolvidos Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Isso agora nos leva a Note que usar duas variações na transformação estrela- triângulo conduz aos mesmos resultados. Isso representa excelente comprovação. Resolução de equações simultâneas Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Resolução de equações simultâneas Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Regra de Cramer Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Regra de Cramer Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Regra de Cramer Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Regra de Cramer Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Regra de Cramer Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Regra de Cramer Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Análise nodal Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel A análise nodal fornece um procedimento genérico para análise de circuitos usando tensões nodais como variáveis de circuitos. Optar por tensões nodais em vez de tensões de elementos como essas variáveis é conveniente e reduz o número de equações que se deve resolver simultaneamente. Para simplificar as coisas, partiremos do pressuposto, nesta seção, de que os circuitos não contêm fontes de tensão, pois os que contêm serão analisados na seção seguinte. Na análise nodal, estamos interessados em encontrar as tensões nos nós. Dado um circuito com n nós sem fontes de tensão, a análise envolve as três etapas a seguir: Análise nodal Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Agora, vamos explicar e aplicar as etapas dadas. O primeiro passo na análise nodal é selecionar um nó como nó de referência ou nó-base. O nó de referência é comumente chamado terra (GND). Análise nodal Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel uma vez que se supõe que ele tenha um potencial nulo, e esse nó é indicado por qualquer um dos três símbolos apontados na Figura 2.56. O tipo de terra na Figura 2.56c é denominado terra (chassi) e é usado em dispositivos onde o gabinete, caixa protetora para equipamento ou chassi atuam como um ponto de referência para todos os circuitos. Quando o potencial da terra é usado como referência, usamos o terra (solo) indicado na Figura 2.56a ou b. Vamos sempre usar o símbolo indicado na Figura 2.56b. Figura 2.56 Análise nodal Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Assim que escolhemos um nó de referência, atribuímos designações de tensão aos nós que não são de referência. Consideremos, por exemplo, o circuito da Figura 2.57a. O nó 0 é o de referência (v = 0), enquanto aos nós 1 e 2 são atribuídos, respectivamente, as tensões v1 e v2 . Tenha em mente que as tensões nodais são deinidas em relação ao nó de referência. Conforme ilustrado na Figura 2.57a, cada tensão nodal é a elevação de tensão a partir do nó de referência ao que não é de referência correspondente ou simplesmente a tensão daquele nó em relação ao nó de referência. Análise nodal Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Figura 2.57 Como segunda etapa, aplicamos a LKC a cada um dos nós que não são de referência do circuito. Para evitar o acúmulo de informações, o circuito elétrico da Figura 2.57a é redesenhado na Figura 2.57b, em que, agora, acrescentamos i1 , i2 e i3 como as correntes através dos resistoresR1 , R2 e R3 , respectivamente. Aplicando a LKC ao nó 1, temos Análise nodal Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Agora, aplicamos a lei de Ohm para expressar as correntes desconhecidas i1 , i2 e i3 em termos de tensões nodais. A ideia central é ter em mente que os resistores são elementos passivos, pela convenção de sinal passivo, e por isso a corrente sempre deve fluir de um potencial mais elevado para um mais baixo. No nó 2, temos Fonte de corrente Fonte de corrente (2.29) (2.30) Análise nodal Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Podemos expressar esse princípio como (2.31) Note que esse princípio está de acordo com a maneira pela qual definimos resistência. Sabendo disso, obtemos o seguinte da Figura 2.57b: Análise nodal Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel (2.32) Substituindo a Equação (2.32) nas Equações (2.29) e (2.30) resulta, respectivamente, em Figura 2.57 Análise nodal Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel (2.33) Em termos de condutâncias, as Equações (3.5) e (3.6) ficam (2.35) (2.34) (2.36) Análise nodal Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel A terceira etapa na análise nodal é encontrar as tensões nodais. Se aplicarmos a lei dos nós aos n – 1 nós que não são de referência, obtemos n – 1 equações simultâneas, como as Equações (2.33) e (2.34) ou (2.35) e (2.36). Para o circuito da Figura 2.57, resolvemos as Equações (2.33) e (2.34) ou (2.35) e (2.36) para obter as tensões nodais v1 e v2 , usando qualquer método- padrão como o da substituição, da eliminação, a regra de Cramer ou a inversão de matrizes. Para usar um dos dois últimos métodos, devem-se formular as equações simultâneas na forma matricial. Análise nodal Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel (2.37) Por exemplo, as Equações (2.35) e (2.36) podem ser formuladas na forma matricial como que podem ser resolvidas para obter-se v1 e v2 . A Equação (2.37) será generalizada na Seção 3.6. As equações simultâneas também podem ser resolvidas usando calculadoras ou pacotes de software como o MATLAB, Mathcad, Maple e Quattro Pro. Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Solução: Considere a Figura 2.58b, na qual o circuito da Figura 2.58a foi preparado para análise nodal. Observe como as correntes são selecionadas para a aplicação da LKC. Exceto para os ramos com fontes de corrente, os nomes atribuídos às correntes são arbitrários, porém consistentes. Exemplo 1: Calcule as tensões nodais no circuito mostrado na Figura 2.58. Figura 2.58 Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel No nó 1, aplicando a LKC e a lei de Ohm, obtemos (Por consistente queremos dizer que se, por exemplo, considerarmos que i2 entra no resistor de 4 do lado esquerdo, i2 tem de deixar o resistor do lado direito.) O nó de referência é selecionado e as tensões nodais v1 e v2 agora devem ser determinadas. Multiplicando por 4 cada termo da última equação, obtemos (2.38) Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Multiplicando cada termo por 12, resulta em No nó 2 fazemos o mesmo e obtemos Desta vez, temos duas Equações simultâneas (2.38) e (2.39). Podemos resolver as equações usando qualquer método e obter os valores de v1 e v2 . (2.39) Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Substituindo v2 = 20 na Equação (2.38), temos Método 1: Usando a técnica de eliminação adicionamos as equações 2.38 e 2.39 Método 2: Para usar a regra de Cramer, precisamos colocar as Equações (2.38) e (2.39) na forma matricial como segue Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel O determinante da matriz é Obtemos v1 e v2 como segue (2.40) Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel que dá o mesmo resultado que obtivemos pelo método da eliminação. Se precisarmos dos valores das correntes, podemos calculá-los facilmente a partir dos valores das tensões nodais. Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Exemplo 2: Determine as tensões na Figura 2.59a. Figura 2.59 O circuito neste exemplo tem três nós de referência, diferentemente do exemplo anterior que tinha dois nós que não eram de referência. Atribuímos as tensões aos três nós, conforme mostra a Figura 2.59b, e identiicamos as correntes. Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Multiplicar por 8 e reorganizar os termos resulta em No nó 1, Multiplicando por 4 cada termo da última equação, obtemos No nó 2, (2.41) Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Multiplicando por 8, reorganizando os termos, e dividindo por 3, obtemos. No nó 3, (2.43) (2.42) Temos três equações simultâneas a resolver para obter as tensões nodais v1 , v2 e v3 . Resolveremos as equações das três maneiras Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel MÉTODO 1 Usando a técnica de eliminação, adicionamos as Equações (2.41) e (2.43). (2.44) Somando as Equações (2.42) e (2.433), temos (2.45) Substituir a Equação (2.45) na Equação (2.44) resulta em Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Da Equação (2.43), obtemos Portanto, Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel MÉTODO 2 Para usar a regra de Cramer, colocamos as Equações (2.41) a (2.43) na forma matricial. (2.46) Desta, obtemos Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel onde ∆, ∆1 , ∆2 e ∆3 são os determinantes a serem calculados como segue. Conforme explicado no Apêndice A para calcular o determinante de uma matriz 3 por 3, repetimos as duas primeiras colunas e realizamos uma multiplicação cruzada. Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel De forma similar, obtemos Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Portanto, determinamos conforme obtido através do Método 1. Exemplo Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel MÉTODO 3 Agora, usamos o MATLAB para resolver a matriz. A Equação (2.46) pode ser escrita na forma onde A é a matriz quadrada 3 X 3; B é o vetor-coluna; e V é um vetor-coluna formado por v1 , v2 e v3 que queremos determinar. Usamos o MATLAB para determinar V como segue: Consequentemente, v1 = 4,8 V, v2 = 2,4 V e v3 = –2,4 V, conforme obtido anteriormente. Referências GUSSOW, Milton. Eletricidade básica. 2 ed.. São Paulo: Pearson Makron Books, 1997 Modelagem de Circuitos Profa. Ma. Gabriela Schenkel Fundamentos de circuitos elétricos [recurso eletrônico] / Charles K. Alexander, Matthew N. O. Sadiku ; tradução: José Lucimar do Nasci¬mento ; revisão técnica: Antônio Pertence Júnior. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013.
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