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Circuitos Elétricos I Professor Jorge Júnior Análise Nodal A análise nodal fornece um procedimento genérico para análise de circuitos usando tensões nodais como variáveis de circuitos. Optar por tensões nodais em vez de tensões de elementos como essas variáveis é conveniente e reduz o número de equações que se deve resolver simultaneamente. Para simplificar as coisas, partiremos do pressuposto, nesta seção, de que os circuitos não contêm fontes de tensão, pois os que contêm serão analisados na seção seguinte. Análise Nodal Na análise nodal, estamos interessados em encontrar as tensões nos nós. Dado um circuito com n nós sem fontes de tensão, a análise envolve as três etapas a seguir: Análise Nodal O primeiro passo na análise nodal é selecionar um nó como nó de referência ou nó-base. O nó de referência é comumente chamado terra (GND). (a) (b) - Quando o potencial da terra é usado como referência (c) - terra (chassi) e é usado em dispositivos onde o gabinete, caixa protetora para equipamento ou chassi atuam como um ponto de referência para todos os circuitos. Análise Nodal Exemplo: Primeira etapa definir nó de referência. Análise Nodal Exemplo: Segunda etapa, aplicar a LKC, a cada um dos nós que não são de referência do circuito. Acrescentamos i1, i2 e i3 como as correntes através dos resistores R1, R2 e R3 Aplicando a LKC ao nó 1, temos: Aplicando a LKC ao nó 2, temos: Agora, aplicamos a lei de Ohm para expressar as correntes desconhecidas i1, i2 e i3 em termos de tensões nodais. Podemos expressar esse princípio como: Em um resistor, a corrente flui de um potencial mais elevado para um potencial mais baixo. Análise Nodal Exemplo: Segunda etapa Substituindo estas Equação nas Equações encontradas da corrente resulta, respectivamente, em: Em um resistor, a corrente flui de um potencial mais elevado para um potencial mais baixo. Análise Nodal Exemplo: Segunda etapa Em termos de condutância: Análise Nodal Exemplo: Terceira etapa, encontrar as tensões nodais. Se aplicarmos a lei dos nós aos n – 1 nós que não são de referência, obtemos n – 1 equações simultâneas, como as equações abaixo: Ou Resolvemos as Equações para obter as tensões nodais v1 e v2, usando qualquer método-padrão como o da substituição, da eliminação, a regra de Cramer ou a inversão de matrizes. Análise Nodal Exemplo: Terceira etapa, encontrar as tensões nodais. Para usar um dos dois últimos métodos, devem-se formular as equações simultâneas na forma matricial. Por exemplo, as Equações de condutância podem ser formuladas na forma matricial como: Análise Nodal Equações simultâneas e inversão de matrizes Análise Nodal Regra de Cramer A regra de Cramer é uma das maneiras de resolver um sistema linear, mas só poderá ser utilizada na resolução de sistemas que o número de equações e o número de incógnitas forem iguais. Portanto, ao resolvermos um sistema linear de n equações e n incógnitas para a sua resolução devemos calcular o determinante (D) da equação incompleta do sistema e depois substituirmos os termos independentes em cada coluna e calcular os seus respectivos determinantes e assim aplicar a regra de Cramer que diz: Os valores das incógnitas são calculados da seguinte forma: Análise Nodal Regra de Cramer Exemplo: • Agora calculamos o seu determinante que será representado por D. • D = 1 + 6 + 2 + 3 – 1 + 4 • D = 15. Análise Nodal Regra de Cramer Exemplo: Agora devemos substituir os temos independentes na primeira coluna da matriz A, formando assim uma segunda matriz que será representada por Ax. Dx = 8 + 4 + 3 + 2 – 8 + 6 Dx = 15 Análise Nodal Regra de Cramer Exemplo: Substituímos os termos independentes na segunda coluna da matriz incompleta formando a matriz Ay. Dy = -3 + 24 + 4 – 9 – 2 + 16 Dy = 30 Análise Nodal Regra de Cramer Exemplo: Substituindo os termos independentes do sistema na terceira coluna da matriz incompleta formaremos a matriz Az. Dz = – 2 + 18 + 16 + 24 – 3 – 8 Dz = 45 Análise Nodal Regra de Cramer Exemplo: Depois de ter substituído todas as colunas da matriz incompleta pelos termos independentes, iremos colocar em prática a regra de Cramer. Análise Nodal Regra de Cramer Outro Exemplo: Análise Nodal Exercício 1- Calcule as tensões nodais no circuito mostrado na Figura abaixo: Análise Nodal Exercício 1- Calcule as tensões nodais no circuito mostrado na Figura abaixo: No nó 1, aplicando a LKC e a lei de Ohm, obtemos: Multiplicando por 4 cada termo da última equação, obtemos: ou No nó 2 fazemos o mesmo e obtemos: Multiplicando cada termo por 12, resulta em: ou O resultado foram duas equações: Análise Nodal Exercício 1- Calcule as tensões nodais no circuito mostrado na Figura abaixo: No nó 1, aplicando a LKC e a lei de Ohm, obtemos: Multiplicando por 4 cada termo da última equação, obtemos: ou No nó 2 fazemos o mesmo e obtemos: Multiplicando cada termo por 12, resulta em: ou O resultado foram duas equações: Análise Nodal Exercício 1- Calcule as tensões nodais no circuito mostrado na Figura abaixo: O resultado foram duas equações: Existem 2 métodos para resolver: • Técnica de eliminação • Regra de Cramer Usando a técnica de eliminação: Análise Nodal Exercício 1- Calcule as tensões nodais no circuito mostrado na Figura abaixo: Usando a Regra de Cramer: O determinante da matriz é: Obtemos v1 e v2 como segue Se precisarmos dos valores das correntes, podemos calculá-los facilmente a partir dos valores das tensões nodais. Análise Nodal Exercício 2- Obtenha as tensões nodais no circuito da Figura abaixo: Análise Nodal Exercício 2- Obtenha as tensões nodais no circuito da Figura abaixo: Análise Nodal Exercício 3- Determine as tensões na Figura abaixo: Análise Nodal Exercício 3- Determine as tensões na Figura abaixo: Análise Nodal Exercício 3- Determine as tensões na Figura abaixo: No nó 1, Multiplicando por 4 cada termo da última equação, obtemos: No nó 2, Multiplicar por 8 e reorganizar os termos resulta em: No nó 3, Multiplicando por 8, reorganizando os termos, e dividindo por 3, obtemos: Temos três equações simultâneas a resolver para obter as tensões nodais v1, v2 e v3. Análise Nodal Exercício 3- Determine as tensões na Figura abaixo: Temos três equações simultâneas a resolver para obter as tensões nodais v1, v2 e v3. regra de Cramer Desta, obtemos: Portanto, determinamos: Análise Nodal Exercício 3- Determine as tensões na Figura abaixo: Temos três equações simultâneas a resolver para obter as tensões nodais v1, v2 e v3. MATLAB: Onde: A é a matriz quadrada 3 X 3; B é o vetor-coluna; e V é um vetor-coluna formado por v1, v2 e v3 que queremos determinar. Usamos o MATLAB para determinar V como segue: Análise Nodal Exercício 4- Determine as tensões nos três primeiros nós que não são de referência no circuito da Figura abaixo: Análise Nodal Exercício 4- Determine as tensões nos três primeiros nós que não são de referência no circuito da Figura abaixo: Análise nodal com fontes de tensão Análise nodal com fontes de tensão Vamos considerar como as fontes de tensão afetam a análise nodal. Considere as duas possibilidades a seguir. Se a fonte de tensão estiver conectada entre o nó de referência e um de não referência. Se a fonte de tensão (dependente ou independente) estiver conectada entre dois nós que não são de referência, eles formarão um nó genérico ou supernó; aplicamos tanto a LKC como a LKT para determinar as tensões nodais. Análise nodal com fontes de tensão Analisamos um circuito com supernós usando as mesmas três etapas mencionadas anteriormente, exceto pelo fato de os supernós serem tratados diferentemente. Por quê? Porque um componente essencial da análise nodal é aplicar a LKC, que necessita conhecermos a corrente por meio de cada elemento. Não há nenhuma maneira de se saber de antemão a corrente que passa por uma tensão nodal, entretanto, a LKC tem de ser realizada em um supernó como qualquer outro nó. Para aplicara lei de Kirchhoff para tensão no supernó da figura, redesenhamos o circuito conforme mostrado ao lado Percorrendo o laço no sentido horário, temos: Análise nodal com fontes de tensão Exercício 1: Para o circuito apresentado na abaixo, determine as tensões nodais. Análise nodal com fontes de tensão Exercício 1: Para o circuito apresentado na abaixo, determine as tensões nodais. O supernó contém a fonte de 2 V, nós 1 e 2 e o resistor de 10 V. Aplicando a LKC ao supernó, conforme mostrado na Figura a , resulta em: Expressando i1 e i2 em termos de tensões nodais: Ou Para obter a relação entre v1 e v2, aplicamos a LKT ao circuito da Figura b . Percorrendo o laço, obtemos: A partir das Equações dessas equações, escrevemos: ou e v2 = v1 + 2 = –5,333 V Note que o resistor de 10 Ohm não faz qualquer diferença, pois está conectado através do supernó. Análise nodal com fontes de tensão Exercício 2: Calcule v e i no circuito da Figura abaixo: Análise nodal com fontes de tensão Exercício 2: Calcule v e i no circuito da Figura abaixo: Análise nodal com fontes de tensão Exercício 2: Determine as tensões nodais no circuito da Figura abaixo: Análise nodal com fontes de tensão Exercício 3: Determine v1, v2 e v3 no circuito da Figura abaixo usando análise nodal. Análise de Malhas Análise de Malhas A análise de malhas fornece outra maneira para se verificarem circuitos usando as correntes de malha como variáveis de circuito, e usar essas correntes em vez de correntes de elementos como variáveis é conveniente e reduz o número de equações que devem ser resolvidas matematicamente. Um laço é um caminho fechado que não passa mais de uma vez pelo mesmo nó. Uma malha é um laço que não contém qualquer outro laço dentro de si. Análise de Malhas A análise nodal aplica a LKC para encontrar tensões desconhecidas em dado circuito, enquanto a análise de malhas aplica a LKT para determinar correntes desconhecidas; É aplicável apenas a um circuito que é planar, que pode ser desenhado em um plano sem nenhum ramo cruzado entre si; caso contrário, torna-se um circuito não planar. Análise de Malhas Um circuito pode ter ramos cruzados e ainda ser planar, se ele puder ser redesenhado de tal forma que não apresente mais nenhum ramo cruzando outro. Análise de Malhas Um circuito pode ter ramos cruzados e ainda ser planar, se ele puder ser redesenhado de tal forma que não apresente mais nenhum ramo cruzando outro. Análise de Malhas Os caminhos abefa e bcdeb são malhas, porém o trecho abcdefa não é uma malha. A corrente através de uma malha é conhecida como corrente de malha. Nessa análise, estamos interessados na aplicação da LKT para determinar as correntes de malha em dado circuito. Análise de Malhas Exemplo: Para o circuito da Figura abaixo, determine as correntes de ramo I1, I2 e I3 usando a análise de malhas. Malha 1 Malha 2 Análise de Malhas Método da substituição (substitui a equação da malha 1 na equação da malha 2): Consequentemente: Logo: Método - regra de Cramer, formulamos as Equações Obtemos os determinantes: Portanto: Exercício 1: Calcule as correntes de malha i1 e i2 no circuito da Figura abaixo: Análise de Malhas Exercício 2: Calcule as correntes de malha i1 e i2 no circuito da Figura abaixo: Análise de Malhas
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