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Suspensão de Licitação por Irregularidades

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Direito Público
Resenha do Artigo Tribunal de Contas do Município suspende licitação da inspeção veicular por suspeita de irregularidades.
	
Nome do Aluno: Wallison Estacio Visozi
Trabalho da disciplina: Licitações públicas e contratos administrativos
Tutor: Prof. Marcelo Pereira dos Santos
CURITIBA
2019
Resenha do Artigo:
O Tribunal de Constas do Município de São Paulo suspendeu licitação por suspeitas de irregularidades, dentre elas estão falta de justificativa para o preço de referência da inspeção, ausência de estudo de impacto orçamentário, falta de planilha de custos e infringências a dispositivos legais. A publicidade dos atos da licitação é princípio que abrange desde os avisos de sua abertura até o conhecimento do edital e seus anexos, o exame da documentação e das propostas pelos interessados e o fornecimento de certidões de quaisquer peças, pareceres ou decisões com ela relacionadas. É em razão desse princípio que se impõem a abertura dos envelopes da documentação e proposta em público e a publicação oficial das decisões dos órgãos julgadores e do respectivo contrato, ainda que resumidamente conforme o Arts. 3º, par. 3º, e 43, par. 1º.
Como o artigo menciona que não houve diversas justificativas essenciais para a continuação do processo licitatório, agiu de forma acertada o Tribunal de Contas do Município de São Paulo, uma vez que para resguarda o interesse público e o orçamento público de uma possível anulação de processo licitatório o suspendeu, para que seja possível averiguação de possíveis irregularidades e se tiver que seja corrigido com o intuito de que não haja uma possível anulação, o que causaria prejuízo aos cofres públicos.
Vale ressaltar que o Tribunal de Contas têm competência para a fiscalização de quaisquer pessoa, física ou jurídica, públicas ou privada que utilizem dinheiro público, ou seja, o Tribunal de Contas tem legitimidade de suspender o processo licitatórios tendo em vista possíveis irregularidades. Conforme o art.71, inciso VII, o Tribunal de Contas, como demonstra o artigo, poderá caso haja irregularidades e que cause prejuízo ao erário aplicar, aos responsáveis, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado.
CASO:
A Secretaria estadual de Esportes do Estado ABC realiza certame licitatório para a seleção de prestadora de serviço de limpeza predial na sua sede. A vencedora do processo licitatório foi a empresa XYZ. Decorridos 10 (dez) meses, diante do que a Secretaria reputou como infrações por parte da empresa, foi instaurada comissão de instrução e julgamento composta por três servidores de carreira e, após processo administrativo, em que foram garantidos o contraditório e a ampla defesa, a empresa XYZ foi punida pela Comissão com a declaração de inidoneidade para contratar com a Administração Pública. 
A empresa, então, ajuizou ação ordinária por meio da qual pretende anular o ato administrativo que aplicou aquela sanção, arguindo a ausência de tipificação da conduta como ato infracional, a não observância da aplicação de uma penalidade mais leve antes de uma mais grave e a não observância de todas as formalidades legais para a incidência da punição. 
Considerando o fato apresentado acima, responda, de forma justificada, aos itens a seguir. 
A) É possível a anulação do ato administrativo que aplicou a penalidade, tendo em vista a não observância da aplicação de uma penalidade mais leve antes de uma mais grave? 
Não, como não há uma ordem legal de penalidades, elas podem ser aplicadas discricionariamente pela  Administração Pública, sem a necessidade de aplicação de uma penalidade mais leve antes da mais grave, porém a sanção administrativa deve ser sempre adequada à gravidade da infração cometida no caso concreto.
B) É possível ao Judiciário anular o ato administrativo por algum dos fundamentos apontados pela empresa? Em caso afirmativo, indique-o.
Sim, em razão da não observância no caso concreto de todas as formalidades legais para a incidência da punição, uma vez que a penalidade aplicada é de competência exclusiva do secretário estadual de esportes conforme o art. 87, § 3º, da Lei n. 8.666/93.
Art.187...
§ 3o A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação.

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